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Guia prático para

preceptores e
tutores do
Programa de
Residência
Multiprofissional
em Atenção
Primária em Saúde
SMSA-HOB/PBH

https://www.canva.com/design/DAFdL4Vju_c/hVc9w08CF2j
QAYEJ2zg0Gw/edit
BEM VINDOS AO PROGRAMA DE
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL!

A presente obra nasceu como resultado do Projeto de


Intervenção do Curso de Especialização em Educação na
Saúde para Preceptores do SUS (PSUS), realizado por meio da
parceria entre o Ministério da Saúde, Hospital Sírio Libanês,
com apoio do CONASS e CONASEMS. Visa colaborar com a
melhoria da formação introdutória dos preceptores, pautada
no funcionamento geral, Projeto Político Pedagógico do
Programa de Residência Multiprofissional e metodologias
ativas de aprendizagem. Na impossibilidade de identificar esse
material na literatura, propôs-se aos alunos da do curso a
construção dos capítulos do presente guia.
O material aqui apresentado não objetiva esgotar essa
temática nem oferecer uma base teórica aprofundada, mas
propõe-se a ser uma base de aproximação dos preceptores
quanto a tais metodologias, abordando informações básicas e
essenciais sobre o funcionamento do Programa de Residência
Multiprofissional.
Esperamos que aqui, você possa encontrar informações
essenciais sobre o programa, que orientem sua prática na
preceptoria, além de nortear suas buscas por aperfeiçoamento
neste fazer.
Boa Leitura!
Indice
1- Entendendo a Residência Multiprofissional
1.1- Breve Histórico
1.2- Objetivos do Programa
1.3- Cenários de Prática
1.4- Diretrizes Pedagógicas
1.5- Perfil de competências e matrizes curriculares
1.6- Direitos e deveres do residente

2- Atores e suas competências


2.1- Tutores
2.2- Preceptores
2.3- Secretaria de ensino
2.4- COREMU

3- O que é a preceptoria
3.1- Responsabilidades do Preceptor
3.2- Para refletir: um bom profissional é sempre um bom
preceptor?
3.3- O cotidiano com o residente

4- Processo de Ensino Aprendizagem


4.1- Metodologias Ativas de Aprendizagem
4.2- Atividades Profissionais Confiabilizadores (EPAs)
4.3- Clínica Ampliada
4.4- Projeto Terapêutico Singular (PTS)
4.5- Educação Permanente

5- Avaliação
5.1- Processo de avaliação

6- Conclusão do Programa

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1- Entendendo a Residência Multiprofissional

1.1 - BREVE HISTÓRICO

A Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde e a


Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde
(CNRMS) foram criadas a partir das necessidades e realidades locais
e regionais, abrangendo as diversas profissões da área da saúde. Foi
instituida por meio da Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005, tendo
como orientadores os princípios e diretrizes do Sistema Único de
Saúde (SUS). Esta lei regulamenta e determina a organização da
matriz curricular, e avalia os Programas de Residência
Multiprofissional do Brasil.

A Portaria Interministerial MEC/MS nº 1.224, de 3 de outubro de


2013 - resolução nº 2 do CNRMS, de 13 de abril de 2012, dispõe sobre
as Diretrizes Gerais para os Programas de Residência
Multiprofissional.

No caso do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção


Básica/Saúde da Família da SMSA/PBH, iniciou e primeira turma em
2015 e as profissões contempladas são:

Enfermagem,
Fisioterapia,
Fonoaudiologia,
Nutrição,
Psicologia,
Farmácia,
Educação Física,
Odontologia,
Serviço Social
Terapia Ocupacional.

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1.2 - Objetivos do Programa

Formar profissionais no nível de


pós-graduação lato sensu, na
modalidade de residência
multiprofissional, a fim de desenvolver
competências para atuação na rede
de atenção aos usuários do SUS BH,
com o foco na Atenção
Primária/Saúde da Família.

O programa é caracterizado por


treinamento em serviço com Objetivos específicos
supervisão, preferencialmente, de
profissionais da mesma categoria, e Capacitar os profissionais para
que tenham elevada qualificação ética atuação em equipe
e profissional, sendo que o principal multiprofissional na Atenção
diferencial desta residência é a Básica/Saúde da Família;
inserção dos residentes na rede preparar os profissionais para
municipal de saúde, orientados por promoção e recuperação da
uma abordagem teórico-prática de saúde e prevenção de agravos;
conteúdos que possa contribuir para contribuir para a formação de
a desconstrução das lógicas profissionais de saúde para
hospitalocêntrica e médico-centrada. atender às necessidades locais e
às políticas de saúde do SUS;
preparar os profissionais para a
promoção de ações educativas a
partir das necessidade do
trabalhador e dos usuários no
cotidiano dos serviços de saúde;
desenvolver nos profissionais as
habilidades para gerenciamento
do processo de trabalho em
saúde;
produzir conhecimento a partir
do cotidiano dos serviços de
saúde.

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1.3 - Cenários de Prática - Locais de imersão do residente no
cotidiano dos serviços da Rede SUS - PBH

São os ambientes em que o residente irá desenvolver e adquirir os


conhecimentos, habilidades e atitudes esperados durante sua formação.
É onde ele terá oportunidades de vivenciar a realidade da profissão e se
familiarizar com a rotina e desafios nos diversos serviços da rede SUS-
PBH.
Cenário de prática próprios da rede SUS-PBH:

Instâncias envolvidas:
Gerência de Ensino e
Pesquisa (GENP).
Ministério da Saúde e MEC.
Assessoria de Educação em
Comissão Nacional de
Saúde (ASEDS): planeja,
Residência Multiprofissional
organiza e implementa as
em Saúde (CNRMS).
ações de educação em
Comissão de Residência
saúde na Rede SUS-BH.
Multiprofissional (COREMU).
Coordenação de Programa.

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1.4 - Diretrizes Pedagógicas

A proposta político-pedagógica da residência multiprofissional


em Atenção Básica/Saúde da Família está sustentada pela
pedagogia crítica, usando recursos da metodologia da
problematização, colocando no centro da formação, os
princípios do SUS: universalidade, equidade, integralidade das
ações, dentre outros.

Pretende-se com o projeto pedagógico adequar o processo


de formação às exigências de transformações das profissões da
área de saúde, do ensino, do mercado de trabalho e,
principalmente, às necessidades e demandas de saúde da
população, expressas pela significante mudança no seu perfil
demográfico-epidemiológico-social.

Na residência, o profissional vivenciará diferentes situações de


assistência e gestão em saúde na área de ênfase “Atenção
Básica/ Saúde da Família e Comunidade/Saúde Coletiva”. Sendo
que o processo de formação do residente incluirá a
progressividade da atenção à saúde em seu campo específico
de atuação. Assim, em diferentes cenários de prática, o
residente terá a sua formação nos diversos níveis de
complexidade da rede de saúde, ou seja, nas Unidades Básicas,
na Atenção Secundária Ambulatorial, Pré-Hospitalar e Hospitalar,
acompanhando o usuário / família através das linhas de cuidado
em todos os níveis de atenção. Ressalta-se, contudo, que o foco
desta Residência Multiprofissional é a atenção primária e a
saúde da família.

N
W

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1.5 - Perfil de competências e matrizes curriculares

O perfil de competências na residência multiprofissional consiste


em uma descrição das habilidades a serem desenvolvidas pelo
residente. Serve como um guia para a formação dos profissionais,
possibilitando:

Identificar as áreas em que precisam se concentrar para se


tornarem especialistas em sua área de atuação;
identificar lacunas no conhecimento e nas habilidades;
desenvolver planos de aprendizagem personalizados para
abordar essas deficiências;
avaliar o progresso dos residentes ao longo do tempo, permitindo
uma avaliação mais objetiva;
padronizar a formação dos residentes em diferentes programas
de residência em saúde primária, garantindo que todos estejam
adquirindo as habilidades necessárias para a prática clínica nessa
área.

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De acordo com Programa Político Pedagógico da Residência
Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família (SMSA/PBH), ao
longo da formação, o residente deve desenvolver as seguintes
competências: comunicador, colaborador, gestor, defensor da saúde,
educador e profissional. Deve capacitar-se para gerenciar o processo
de trabalho em saúde, aprimorar o trabalho em equipe, promover e
participar de ações educativas e produzir conhecimento a partir do
cotidiano dos serviços de saúde. Ao final da residência, o aluno deve
estar apto a:

Respeitar e praticar os princípios e diretrizes do SUS;


exercer os atributos essenciais e derivados da atenção primária à
saúde;
exercer a prática profissional com vistas à Política Nacional da
Atenção Básica;
trabalhar com o conceito de rede de atenção à saúde de forma a
propor a garantia da integralidade do cuidado;
reconhecer os serviços da atenção primária como eixo norteador
da rede SUS;
conhecer e implementar os instrumentos de abordagem familiar e
comunitária;
contribuir na organização da rede de apoio para todos os ciclos de
vida;
promover uma prática interdisciplinar nos vários cenários de
atuação.

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1.6- Direitos e deveres do residente

O preceptor é responsável por guiar e apoiar os residentes em


seu desenvolvimento profissional, por isso é fundamental que
tenha conhecimento sobre os direitos e deveres dos mesmos,
para que possa garantir que eles sejam protegidos e respeitados
durante todo o percurso de formação.

O conhecimento e o respeito aos direitos e deveres dos


residentes pelo preceptor, contribui para:

A construção de um ambiente de ensino mais seguro e


equitativo, evitando discriminação ou injustiça.
O estabelecimento de um vínculo mais forte e positivo entre o
preceptor e o residente, aumentando a eficiência da
comunicação e ajudando na resolução de conflitos.
Estabelecer uma relação de confiança e respeito com os
residentes em sua jornada profissional, aumentando a sua
motivação e satisfação.

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De acordo com o Regime Interno do Programa de Residência, são
deveres dos residentes:

Obedecer às normas do serviço em que estiver atuando.


Cumprir com pontualidade e responsabilidade as atividades
práticas e teóricas do programa de residência.
Cumprimento integral da carga horária do programa.
Trabalho digno em regime de supervisão e co-responsabilidade.
Manter relacionamento ético.
Comparecer às reuniões convocadas pelo preceptor, tutor ou
coordenador.
Assinar diariamente o formulário de presença.
Justificar faltas ao preceptor e ao tutor, de modo a viabilizar uma
comunicação mais efetiva e coerente.
Em caso de falta no estágio, aulas e tutoria apresentar o atestado
médico em até dois dias à coordenação do programa. Faltas não
justificadas serão avaliadas em regime disciplinar pela coordenação
do programa e atestada na frequência do residente com desconto
na bolsa/trabalho.
Usar vestimenta adequada, crachá, ser pontual e assíduo.
Dedicar-se exclusivamente ao programa, cumprindo a carga horária
de 60 (sessenta) horas semanais.
Entregar folha de frequência mensal na secretaria de ensino, na
primeira semana do mês subsequente.
Cumprir a carga horária do Programa de Residência Multiprofissional.
A bolsa do Residente será cancelada se houver 15 dias de faltas
consecutivas ou 30 dias de faltas intercaladas, não justificadas.
Completar a carga horária total prevista, em caso de interrupção do
programa por qualquer causa justificada.
Aprovação obtida por meio do valor médio dos resultados das
avaliações realizadas com nota mínima de 60%.
Submeter à aprovação para o segundo ano através de atividade
definida pela COREMU e coordenação do programa.

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São direitos dos residentes:

Receber bolsa de estudos mensal;


Descanso semanal;
Férias de 30 (trinta) dias, DISPOSTAS NOS MESES DE JANEIRO E/OU
JULHO, que poderão ser fracionados em dois períodos de 15 (quinze)
dias, por ano de atividade. Sendo que a primeira poderá ser retirada
apenas decorridos 90 dias do início.
Licença paternidade de 5(cinco) dias.
Assegurar à profissional de saúde residente gestante ou adotante a
licença maternidade ou licença adoção de até 120 (cento e vinte)
dias; A residente poderá recorrer ao auxílio do INSS desde que tenha
mais de 10 meses de carência.
Licença casamento, mediante apresentação da certidão de
casamento, pelo período de 8 dias corridos.
Licença de 08 (oito) dias corridos, em caso de óbito de parentes de
1° grau, ascendentes ou descendentes.
Em caso de acidente de trabalho ou trajeto: direto ao seguro
acidentário preencher a notificação do SINAN, CAT preenchida pela
SMSA para entrada no INSS com pelo menos 10 meses de carência.

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2- Atores e suas competências

2 .1- Tutores

O tutor na residência em saúde é o profissional responsável por


orientar e apoiar os residentes em seu processo de aprendizagem.
Deve também apoiar o seu desenvolvimento profissional de forma
individualizada e personalizada, mantendo-o motivado e
comprometido no aprendizado. Deve ser um profissional da área de
saúde específica do residente com experiência e conhecimentos
teóricos práticos. Deve ser um mentor confiável e uma fonte de apoio
e orientação para os residentes durante todo o período de formação,
ajudando-os a identificar suas fraquezas, fornecendo estratégias para
melhorar seu desempenho. Deve avaliar, dar feedbacks, além de
ajudá-los a lidar com questões relacionadas a sua formação e
carreira.

2.2- Preceptores

O preceptor é um profissional experiente e capacitado, responsável


por garantir que os residentes desenvolvam habilidades e
competências necessárias para o desempenho adequado em sua
área de atuação no campo de prática. É importante ter uma ampla
experiência na área de atuação, bem como habilidades pedagógicas
para garantir que os residentes adquiram conhecimentos teóricos e
práticos adequados. Deve trabalhar em estreita colaboração com os
residentes, fornecendo orientação, feedback e suporte no
desenvolvimento de projetos de pesquisa, planos de cuidados,
estratégias terapêuticas, intervenções e ações preventivas em saúde.
Além disso, supervisionam e avaliam o desempenho dos residentes,
identificando suas necessidades de aprendizagem e
desenvolvimento.

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2.3- Secretaria de ensino

É responsável por garantir a qualidade do ensino e do treinamento


oferecido aos residentes em uma instituição de saúde. Deve trabalhar
para implementar e monitorar programas de ensino e avaliação para
os residentes, promovendo a integração dos mesmos com os
profissionais da equipe e de outros departamentos da instituição.
Ajudam a desenvolver políticas e diretrizes para a formação de
residentes, são responsáveis por garantir que os mesmos recebam
treinamento adequado para se tornarem profissionais qualificados.
Além disso, recebem e compilam documentos dos residentes,
acompanham a frequência nas atividades teóricas e práticas e
realizam matrícula dos residentes.

2.4- COREMU

A Comissão de Residência Multiprofissional (COREMU) coordena,


orienta e supervisiona o programa de residência. A COREMU é
composta por profissionais da área de saúde e é responsável por
definir os critérios de seleção dos candidatos, organizar o processo
seletivo, supervisionar a execução do programa de residência e avaliar
os residentes ao longo do processo de formação. Também tem a
função de promover a integração entre as diversas áreas de atuação,
bem como a articulação entre os serviços de saúde e as instituições
formadoras.

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3 - O que é Preceptoria?

A preceptoria é uma prática educativa em serviço, que visa a


formação/qualificação do profissional em saúde para atuação no SUS. É
um espaço de discussão, reflexão sobre o fazer cotidiano e de construção
de conhecimento. Promove aprendizado nos cenários de prática, os quais
retratam o contexto real dos sujeitos em seus territórios, e as dimensões
complexas das demandas apresentadas, desenvolvendo as melhores
estratégias de soluções possíveis para os problemas cotidianos da
atenção à saúde. É onde se dá a articulação do mundo do trabalho com o
mundo do ensino, para a qual a atuação do preceptor é estruturante.

3.1 - Responsabilidades do preceptor:

Supervisionar diretamente as atividades práticas realizadas pelos


residentes no serviço de saúde.
Ser mediador e facilitador do processo de formação do residente.
Orientar, dar suporte, compartilhar e trocar experiências em favor do
desenvolvimento das competências clínicas.
Prover e indicar fontes de informação.
Fomentar as práticas de trabalho em equipe e interdisciplinar
enquanto estratégias de promoção de cuidado integral em saúde.
Promover a aquisição de conhecimentos acerca da rede de saúde e
dos itinerários possíveis dos sujeitos nesta rede.
Identificar dificuldades e problemas de qualificação do(s) residente(s)
relacionadas ao desenvolvimento de atividades práticas de modo a
proporcionar a aquisição das competências previstas no Projeto
Político Pedagógico.
Realizar as avaliações periódicas dos residentes.

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3.2- Para refletir: um bom profissional é sempre um bom preceptor?

O exercício da preceptoria exige mais do que o domínio do


conhecimento especializado do conteúdo e da prática. É necessário
construir estratégias que possam transformar as atividades
profissionais vivenciadas em experiências de aprendizagem. Além
disso, é bom lembrar que o preceptor também é modelo ético e
atitudinal para o residente, tanto no exercício das práticas
profissionais, quanto nas condutas pessoais, nas relações com outros
profissionais e com os usuários.

É fundamental a disponibilidade para a interação e diálogo com o


residente na construção do aprendizado. Além disso, é importante a
compreensão do preceptor acerca de seu papel de educador, de
mediador e facilitador do processo de formação do residente.

3.2- O cotidiano com o residente

Quem é ele? Qual o contexto atual de sua vida? Quais as expectativas


com a profissão? O que motivou o interesse por esta residência? O
que espera dessa formação? Qual trajetória trilhou até ali?

Conhecer o residente: este é o ponto de partida para o


delineamento da relação educativa, de construção e troca de
conhecimentos, que é inaugurada com a chegada do profissional
residente ao cenário de prática.

O processo de aprendizagem consiste em agregar novos saberes


e experiências, transformando atitudes, representações e habilidades
já existentes. Por isto, ter clareza a respeito do profissional em
formação que estará sob sua supervisão é essencial para o trabalho
do preceptor.

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Estabelecer o plano de atividades do residente a partir do
modelo da aprendizagem centrado no aluno é fundamental para
que o mesmo desenvolva o pensamento crítico reflexivo frente às
situações concretas no campo. Assim, ao mesmo tempo, além do
conhecimento sobre a prática em serviço, favorece-se o alcance
de autonomia, capacidade de comunicação, controle e senso de
responsabilidade frente a tomadas de decisão. Para tal, é
necessário:

Compreender sua importância na formação integral do


residente.

Conhecer como o residente pensa e quais suas percepções de


vida. Cada indivíduo capta a significação do material novo em
função das particularidades historicamente construídas de sua
estrutura cognitiva.

Respeitar a diversidade cultural do residente, considerando-o


enquanto indivíduo crítico, que constrói sua própria história e é
sujeito de seu aprendizado.

Abrir discussões para que o residente possa se colocar, fazer


questionamentos, dialogar e ter participação ativa no seu
processo de ensino e aprendizagem.

Acreditar no potencial do residente, favorecendo sua auto


confiança e seu investimento na superação de dificuldades.

Incentivar a ressignificação dos novos conhecimentos, a partir


da vivência de novas experiências, levando o residente a
desenvolver a capacidade de pensar sobre aquilo que está
aprendendo.

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Despertar a criatividade e a curiosidade do residente a partir de
situações/problemas a resolver, promovendo uma formação que se
aproxime tanto quanto possível da vida real.

Promover a reflexão crítica sobre o contexto social, favorecendo a


busca de soluções para a resolução dos problemas enfrentados.

Encorajar o residente a ser capaz de construir e transferir


conhecimento.

Ter mútua responsabilidade na conquista do conhecimento com


uma postura de colaboração e parceria.

Estabelecer um ambiente favorável para boa relação interpessoal,


pautada no respeito e na confiança mútuas, garantindo assim um
espaço de escuta , acolhimento e apoio emocional para o aluno.

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HENRIETTA MITCHELL

4- Processos de Ensino Aprendizagem

Para pensar o exercício da preceptoria enquanto “prática de


ensino” no contexto das residências em saúde, deve-se considerar
que o preceptor deve aprimorar o seu papel de educador no âmbito
do trabalho, para isso elencamos a seguir, alguns referenciais teóricos
que contribuem com reflexões neste sentido.

4.1- Metodologias Ativas de Aprendizagem:

É uma concepção educativa que promove a postura ativa dos


estudantes em seu processo de aprendizagem, sendo o preceptor o
mediador desse processo, estimulando os movimentos de ação-
reflexão-ação a partir de uma situação problema vivenciada na
prática. Esta, ao impor-lhes desafios, permite pesquisar e descobrir
soluções aplicáveis à realidade.

Quais suas Características?

Consistem em estratégias que corresponsabilizam o aluno,


colocando-o no centro do processo da aprendizagem,
estimulando seu protagonismo.
Preceptor como mediador do processo de ensino e
aprendizagem.
Têm como eixo a formação crítico reflexiva.
Promovem a integração entre teoria e prática através da
abordagem problematizadora.
Ajudam a desenvolver habilidades clínicas e a adquirir
conhecimentos de forma mais significativa e duradoura.

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Vantagens do uso das metodologias ativas no processo de
formação do residente:

Envolvimento ativo dos residentes: incentivam os


estudantes a se envolverem ativamente com o conteúdo
e a trocar ideias com os colegas e preceptor, o que
aumenta a compreensão e a retenção do conhecimento.

Desenvolvimento de habilidades críticas: requerem que


os estudantes pensem criticamente sobre o conteúdo e
tomem decisões, o que ajuda a desenvolver habilidades
críticas e de resolução de problemas.

Maior flexibilidade no ensino: permitem que o preceptor


se ajuste ao ritmo e às necessidades individuais dos
estudantes, tornando o ensino mais flexível e adaptável.

Maior participação dos residentes: incentivam os


estudantes a participarem mais do processo de
aprendizagem , o que pode aumentar o engajamento e a
motivação.

Melhor compreensão do conteúdo: permitem que os


residentes experimentem e explorem o conteúdo, o que
pode ajudá-los a compreendê-lo de maneira mais
profunda e significativa.

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4.2 - EPAS (ATIVIDADES PROFISSIONAIS CONFIABILIZADORAS)

O conceito de EPAs foi desenvolvido em 2005 pelo médico


alemão Olle Ten Cate, como uma estratégia para traduzir as
matrizes de competência em atividades profissionais
observáveis. EPAS são unidades da prática profissional que
podem ser totalmente confiabilizadas a um aprendiz, quando este
demonstra as competências necessárias para executá-las de
modo eficiente e sem supervisão.

O conceito de competência tem como alicerce três dimensões


distintas: conhecimentos, habilidades e atitudes. Aliados a esses
conceitos também são necessários os atributos que envolvem os
aspectos cognitivos, técnicos, sociais e afetivos para o sucesso
de uma atividade laboral (RUTHES; CUNHA, 2016).

Na área da saúde, o modelo de Miller inclui diferentes níveis de


capacitação que sustentam a competência profissional e podem
determinar sua evolução. É representado por uma pirâmide, em
cuja base estão os conhecimentos necessários para o
desempenho eficaz do profissional. No segundo nível, está a
capacidade para utilizar os seus conhecimentos, no terceiro nível
como ele demonstra suas habilidades em determinada situação e
no pico da pirâmide a ação de como o indivíduo age em
situações clínicas reais (MILLER, 1990).

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Uma das mais significativas contribuições das EPAs para a
formação em saúde é a simplificação do processo de avaliação das
competências, uma vez que oferece ferramentas para a definição do
nível de supervisão necessário ao longo do processo. Deste modo, o
preceptor ao confiabilizar uma atividade ao residente, deve
estabelecer o nível de supervisão necessário de forma dinâmica, de
acordo com a capacidade do mesmo em cada etapa de
aprendizagem conforme a graduação a seguir.

Nível 1 – Pode observar


Nível 2 – Pode executar com supervisão direta
Nível 3 – Pode executar com supervisão indireta
Nível 4 – Pode executar sem supervisão
Nível 5 – Pode supervisionar outros aprendizes

Na formação por competência, o mais importante é o que os


alunos serão capazes de fazer ao final do percurso, e não o conteúdo
que demonstram dominar por meio de mecanismos avaliativos
tradicionais.

Esse novo modelo atribui aos preceptores um novo papel, bem


como o uso de estratégias de supervisão e métodos de avaliação
inovadores em ambientes da prática profissional.

É preciso enfatizar que a execução de uma atividade profissional


depende do domínio de um conjunto de competências pelo profissional
ou aprendiz, a serem mobilizadas no momento da realização da atividade.
Por exemplo, para a execução da atividade “acolhimento do agudo na
APS”, diversas competências serão necessárias, tais como:

profissionalismo;
capacidade de escuta empática;
conhecimento técnico para avaliação do quadro;
boa comunicação com outros atores, como familiares e demais
membros da equipe de saúde, entre outras.

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4.3 - Clínica Ampliada

A Clínica Ampliada consiste em um modelo de cuidado


proposto pelas diretrizes da Política Nacional de Humanização
para qualificar o modo de se produzir saúde. Este modelo
pretende ser capaz de responder à complexidade das
demandas dos sujeitos que utilizam os serviços de saúde.
Assim, a definição do diagnóstico e a prescrição de orientações,
medicamentos e outras terapêuticas são importantes, mas não
garantem o bom resultado do tratamento. O contexto de vida
do sujeito, sua história, sua condição social, material, laboral,
familiar, sua relação com o seu corpo, suas percepções e
crenças a respeito da doença, são determinantes para o curso
do adoecimento e para a adesão ou não ao tratamento.

Nessa perspectiva, a Clínica Ampliada pressupõe uma


abordagem singular do sujeito de forma integral, interdisciplinar
e compartilhada (Tavares, Marvilla, 2019). A terapêutica ofertada
a partir desses referenciais, vale-se de recursos outros,
conhecidos como "tecnologias leves" (Mehy, 2016) cujas
ferramentas são a comunicação, o acolhimento, o vínculo e a
escuta.

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O uso dessas ferramentas pelos profissionais de saúde
denota a valorização do poder terapêutico da palavra, da
educação em saúde, do apoio psicossocial, e do incentivo à
construção de autonomia e de autocuidado. Além disso, ao
desviar o foco exclusivo sobre a doença, direcionando-o para o
Sujeito, respeitando a singularidade do modo como a
enfermidade manifesta em seu corpo, e o contexto particular de
seu sofrimento, a Clínica Ampliada propõe novos referenciais
para a atuação do profissional de saúde. Assim, desenvolve a
capacidade de ajudar as pessoas não só a combater a doença,
mas a viver melhor a vida, mesmo com os limites muitas vezes
impostos pelo adoecimento.

No que se refere à Clínica Ampliada na Atenção Primária à


Saude, a construção de vínculos entre pacientes, famílias,
comunidade e profissionais é um dos meios para se desenvolver
um trabalho com qualidade. A construção de vínculo depende do
modo como as equipes se responsabilizam pela saúde das
pessoas de uma microrregião e de como se encarregam dos
casos específicos. O êxito das ações, está implicado com a
constituição de iniciativas compartilhadas entre profissionais e
usuários, e não apenas com o desenvolvimento da dimensão
técnica do trabalho (CAMPOS, 2003).
4.4 - Projeto Terapêutico Singular (PTS)

Trata-se de uma estratégia de cuidado, ou seja, um conjunto de


propostas de cunho terapêutico, que são discutidas e construídas
coletivamente por uma equipe multiprofissional. É elaborado
especificamente para uma pessoa, uma família ou um grupo, com
intuito de promover a integralidade e a equidade do cuidado, que
constituem princípios básicos do SUS. As ações do PTS não se
restringem apenas ao atendimento de demandas relacionadas a
problemas clínicos e de terapêuticas farmacológicas. Têm por
objetivo contemplar as necessidades do sujeito de forma singular,
sendo personalizado e amplo. A construção de um PTS pressupõe
uma maior participação do sujeito na elaboração, aplicação e
avaliação de seu projeto terapêutico, incentivando a participação
da família no processo de cuidado com intenção de facilitar a
reinserção social do indivíduo em seu meio.

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4.6- Educação Permanente

A Educação Permanente pode ser definida por um conjunto de


ações educativas que buscam alternativas e soluções para a
transformação das práticas em saúde por meio da
problematização coletiva. Além da capacitação técnica e do
desenvolvimento de habilidades, inclui ainda a aquisição e
aprimoramento de novos conceitos e atitudes. Pressupõe que a
educação e formação dos trabalhadores de saúde ocorra numa
relação recíproca e dialética com as práticas de atenção à saúde.
A reflexão e a problematização da vivências cotidianas, promove a
construção coletiva de novas formas de fazer gestão e cuidado.
A política de educação permanente institui estratégias para o
desenvolvimento da relação entre o trabalho e a educação,
contribuindo para melhorar a qualidade da assistência. Voltada
para o mundo do trabalho, baseia-se na aprendizagem significativa
e desenvolve-se a partir dos problemas diários. Leva em
consideração os conhecimentos e experiências pré-existentes e
valoriza os conteúdos relevantes para a prática profissional.
Assim, podemos dizer que essa modalidade de educação
privilegia o processo de trabalho como eixo central do ensino e
utiliza-se de metodologias ativas de aprendizagem, estimulando os
educandos a assumirem o papel de sujeitos ativos. Além disso,
promove uma relação de troca e crescimento mútuo entre
educador/educando. A adoção de estratégias dialógicas contribui
para a troca e compartilhamento de ideias, conhecimentos,
experiências e problemas, resultando em alternativas e soluções
reais e concretas para as necessidades do trabalho em saúde.

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5- AVALIAÇÃO

O conhecimento dos objetivos educacionais é essencial para que


o preceptor realize suas ações de planejamento e acompanhamento
das atividades promotoras do desenvolvimento das competências e
habilidades pelo residente no cenário de prática. Além disso, contribui
para a realização da avaliação processual ou formativa do aluno no
contexto de aprendizagem, avaliação esta que pretende, mais do que
verificar o que foi aprendido, apoiar a progressão das aprendizagens,
reorientando as atividades de acordo com as necessidades do aluno
e estimulando seu protagonismo ao longo do processo.
Segue alguns conceitos básicos sobre avaliação:

Para o processo de avaliação serão considerados aspectos


quantitativos e qualitativos no processo teórico-prático do
ensino-aprendizagem. Será valorizado o nível de integração do
residente à equipe, discentes e docentes e usuários, além do
comprometimento com a proposta do Programa.

A avaliação é compreendida como um processo contínuo e


progressivo que denota ao preceptor.

A frequência mínima exigida nas atividades teórico-práticas é de


85% e nas atividades práticas (capacitação em serviço) é de
100%.

Todos os residentes obrigatoriamente deverão elaborar trabalho


de conclusão da residência de acordo com a regulamentação
específica de cada programa, sob orientação docente.

A avaliação formativa demanda mudanças de práticas dos


preceptores, ampliando a função de mediadores da aprendizagem,
ao atuarem de forma cooperativa, crítica e flexível, com abertura
para receber e proporcionar feedbacks que promovam o
desenvolvimento do residente.

O feedback constitui um importante recurso para a avaliação


formativa.

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Dicas para um feedback efetivo:

Promova um ambiente de aprendizagem acolhedor e respeitoso.

Oriente sobre as metas e objetivos da experiência de aprendizagem e as


expectativas esperadas.

Baseie seu feedback na observação direta.

Faça comentários oportunos (feedback imediato) e em momentos pré


estabelecidos (feedback programado).

Inicie a sessão com a auto avaliação do residente.

Reconheça e reforce as boas atitudes e os desempenhos assertivos e


em seguida aponte correções necessárias, exemplos e sugestões de
melhoria.

Use linguagem adequada para comunicação positiva (ex: ao devolver o


feedback corretivo, concentre-se nos comportamentos e práticas que
podem ser mudados, não na pessoa ou em sua personalidade).

Tenha cuidado de fornecer exemplos claros.

Esteja atento para: a confirmação da compreensão do residente acerca


do que lhe foi apontado; a reação emocional do residente frente ao
feedback apresentado, principalmente tratando-se de feedback
corretivo; o histórico, o temperamento e a prontidão do residente para
mudanças.

Proponha a elaboração em conjunto (residente/preceptor) de um plano


de ação para melhoria do aprendizado.

Reflita sobre sua habilidade de feedback

18
5.1- Processo de avaliação

Portfólio do Residente: constitui-se em um espaço construído para


registro do processo pedagógico vivenciado pelo residente no dia a dia,
durante as atividades teóricas e práticas. Expressa a memória da
atuação do docente e do preceptor, contribui para sua auto-avaliação e
propicia que suas impressões, dúvidas, facilidades e dificuldades sejam
acolhidas pelo coordenador da Residência, direcionando as orientações
e encaminhamentos pertinentes às questões pedagógicas e
administrativas. Quinzenalmente o residente discutirá com seu
preceptor sobre suas anotações.

Ficha de avaliação Cognitivo Comportamental: sua finalidade é avaliar


os residentes em diferentes aspectos que vão desde o relacionamento
entre a equipe, a capacidade de organizar o tempo, a habilidades no
exame clínico e procedimentos específicos da categoria profissional. É
aplicada em cada campo de prática.

Ficha de avaliação dos preceptores: avalia os preceptores e sua


condução pedagógica no processo de ensino-aprendizagem. Permite
aos residentes descrever os aspectos positivos da orientação e aqueles
que precisam ser melhor trabalhados. A avaliação final de cada módulo
tem por referência os resultados das avaliações parciais das unidades
temáticas, contidos nas fichas de Desempenho de Atividades, no
Portfólio do Residente e outras.

18
Auto-avaliação do programa: programa será avaliado pelos
preceptores e residentes continuamente, por meio do Portfólio do
Residente, através dos encontros semanais teóricos em que o
residente terá abertura para falar ou discutir nós críticos, nas
avaliações de desempenho dos preceptores e reuniões da COREMU,
reuniões com preceptores e gestores dos cenários de prática.

Avaliação final de cada módulo: tem por referência os resultados


das avaliações parciais das unidades temáticas, contidos nas fichas
de Desempenho de Atividades, no Portfólio do Residente e outras.

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6- Conclusão do Programa

Cumprir no mínimo 85% da carga horária teórica do programa.

Obter aprovação por meio de valores ou critérios obtidos pelos


resultados das avaliações realizadas durante o ano, com nota
mínima de 60% definidos no regimento do programa.

Apresentar o seu Trabalho de Conclusão da Residência até 28 de


fevereiro. Caso for pedir prorrogação de prazo da defesa, o
residente deverá solicitar pedido com justificativa para COREMU.

O prazo somente poderá ser prorrogado por 3 meses. Salvo


situações que estenderam o prazo de conclusão do curso.

Ser aprovado na apresentação do seu Trabalho de Conclusão da


Residência.

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“O ensino deve estimular o aluno a parar, refletir sobre sua
própria maneira de ser, pensar, agir e interagir, convidando
a melhorar sua aprendizagem de forma consciente”.

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Referências:

- Ministério da Educação, Secretaria de Educação Superior, Coordenação Geral de


Hospitais Universitários e de Residências em Saúde, Comissão Nacional de
Residência Multiprofissional em Saúde. Projeto Pedagógico. Programa de Residência
Multiprofissional ou em Área Profissional da Saúde. Processo de Autorização, 2014.

-Secretaria Municipal de Saúde Gerência de Educação em Saúde -GEDSA.


Regimento Interno da Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde
Gerência de Educação em Saúde (GEDSA) Secretaria Municipal de Saúde de
Belo Horizonte. - SMSA/PBH. Belo Horizonte, 2019.

- CROTI, Adriana; DIAS, Carmen Lúcia; RUIZ, Adriano Rodrigues. Metacognição e


Aprendizagem Autorregulada na Formação Profissional. Colloquium Humanarum,
Presidente Prudente, v. 11, n. Especial, p. 920-926, jul./dez. 2014. . ISSN: 1809-8207.
DOI: 10.5747/ch.2014.v11.nesp.000620

-BEBER, Bernadétte; SILVA, Eduardo da; BONFIGLIO, Simoni Urnau. Metacognição


como processo da aprendizagem. Rev. psicopedag., São Paulo , v. 31, n. 95, p. 144-
151, 2014 .

-AGRA, G. et al. Análise do conceito de Aprendizagem Significativa à luz da Teoria


de Ausubel. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 72, n. 1, p. 248–255, jan. 2019.
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-BASTOS, Tâmara Moraes. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: UMA APRENDIZAGEM


POSSÍVEL. RACE - Revista de Administração do Cesmac, v. 2, p. 3–10, 2018. DOI:
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2019. DOI: 10.15536/thema.V16.2019.598-606.1284

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revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, n. 2, p. e20180508,
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ampliada e compartilhada, a gestão democrática e redes de atenção como
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-RIBEIRO, Victoria Maria Brant. Formação pedagógica de preceptores do ensino em saúde.


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-FERNANDES, Sheila Duarte de Mendonça. Proposta de curso semipresencial sobre


metodologias ativas de ensino para preceptores da residência multiprofissional. 2020.
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-ROMÃO, Gustavo Salata (Curso de Medicina / UNAERP). Entrustment Professional


Activites (EPAs) - Unidade 4. In: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. DIRETORIA DE
TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO. Curso de Formação de Preceptores da Educação em Saúde
- FORPRES - Módulo 1: O Eu preceptor no contexto da educação em saúde. Brasília:
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Curso de Formação de Preceptores da Educação em Saúde - Forpres - Módulo 3:
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