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APOSTILA TREINAMENTO

MOINHO DE BOLAS COM


AEROSEPARADOR
BAUTEK MINERAIS INDUSTRIAIS LTDA
BARRO ALTO / GO

Elaboração: Shigeru Hiranobe / Rafaela Cristina Mendes 12/2023

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PLANTA MOINHO DE BOLAS COM AEROSEPARADOR BAUTEK BARRO ALTO / GO

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FLUXOGRAMA

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA PLANTA:
Planta de moagem com Moinho de Bolas e classificação do produto final no Aeroseparador
Dinâmico.
O processo consta em abastecer o Caixão Alimentador do Moinho de Bolas com material
definido pelo responsável pela produção.
A operação da planta deve obedecer a sequência determinada pela lógica, conforme definido
no supervisório.
O produto moído obtido na descarga do Moinho de Bolas, deve atender a solicitação
definida pelo responsável da produção.
Esse material moído abastecerá o Silo do Produto Moinho de Bolas, transportado pela
Rosca Helicoidal 1.
Do Silo do Produto Moinho de Bolas segue para o Silo de Alimentação do Aeroseparador,
transportado pelo Transporte Pneumático.
O produto do Silo de Alimentação do Aeroseparador é dosado por uma Válvula Rotativa de
descarga do Silo, conforme necessário para a operação do Aeroseparador.

OPERAÇÃO DA PLANTA MOAGEM:

Para operar a planta do Moinho de Bolas, necessitar-se-á que o operador esteja habilitado
para tal função.

A lubrificação e a preventiva devem estarem em dia e em condições.

Antes de operar a planta é necessário estar ciente que os tambores de óleo estejam
abastecidos, todas as tubulações de pressões de óleo para os mancais estejam injetando óleo
para aliviar a partida do Moinho de Bolas.
O óleo deverá estar com a viscosidade e fluidez conforme determina a norma da
especificação do óleo.
Conferir o nível de material no Caixão Alimentadora.

PROCEDIMENTO LIGAÇÃO DA PLANTA.

1. Ligar Válvula Rotativa da descarga do Aeroseparador (VR-401)

2. Ligar Rosca Helicoidal do retorno (RT-402)

Ligar ambos para ligar o Aeroseparador, sem essa ligação não será possível ligar o
Aero.

3. Ligar o Aeroseparador (AC-403)

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4. Ligar Válvula Rotativa de alimentação do Aeroseparador (VR-404). Essa Válvula
Rotativa somente entrará em operação caso o Silo do Produto Final (SI-453) não
estiver cheia.

5. Ligar Filtro de Alívio do Silo de Alimentação do Aeroseparador (SD-417)

6. Ligar Soprador do Transporte Pneumático (SP-405)

Verificar pressão o transmissor de pressão (PT-405) para ver se a linha está obstruída
ou não.

7. Ligar Válvula Rotativa (VR-406) da descarga do Silo do Produto do Moinho (SI-


451) através da automação do Silo de Alimentação do Aeroseparador (SI-452)

Ligar após ver se o Silo de Alimentação do Aeroseparador não está totalmente cheio.

8. Abrir a Guilhotina da descarga do Silo Produto do Moinho de Bolas.

9. Ligar Rosca Helicoidal da saída do Moinho de Bolas (RT-407)

10. Iniciar partida do Moinho de Bolas (modo automático)

O Moinho só consegue ser ligado no modo automático se a rosca da saída do Moinho de


Bolas estiver ligada e nada estiver em falha (bombas, sistema de lubrificação e Moinho
de Bolas).

Caso não esteja em automático somente a manutenção/gestores consegue partir no


modo manual.

11. Ligar TC Extratora de alimentação (TC-414)

Após ligar a TC de alimentação, colocá-la no modo automático.

PROCEDIMENTO PARA LIGAR NO MODO MANUAL:

Antes da partida do Moinho ligar as 4 bombas de lubrificação (de alta e baixa pressão) e
deixa-las operando por 3 minutos. Após os 3 minutos, ligar o motor do Moinho de Bolas.

O Moinho ficará com as 4 bombas funcionando até que se atinja a rotação de operação
(cerca de 1 minuto para atingir a velocidade)

Após atingir a velocidade de operação o Moinho de Bolas e as 4 Bombas ficarão mais 1 min
funcionando. Somente após1 min com o Moinho de Bolas e as 4 Bombas funcionando,
desligar as 2 bombas de alta pressão e ficar somente com as de baixa pressão para operação.

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PROCEDIMENTO PARADA DA PLANTA:

1. Apertar o botão de comando para desligar o Moinho de Bolas no sistema automático


do Moinho de Bolas.

Nesse processo ele ligará novamente as bombas de alta pressão, ficará 3 minutos com
as 4 bombas ligadas.

Após os 3 minutos ele desliga o Moinho de Bolas (cerca de 1 minuto para que o
Moinho de Bolas esteja completamente parado) e a TC Extratora de Alimentação ao
mesmo tempo.

Após o Moinho de Bolas totalmente parado, as bombas ficarão mais 1 minuto


ligadas. Após esse tempo são desligadas as Bombas de Alta e Baixa pressão.

Após desligar totalmente o Moinho de Bolas e a alimentação, começar o processo


para desligar demais componentes da planta.

2. Desligar a Rosca Transportadora da saída do Moinho de Bolas (RT-407).

3. Desligar sistema automático (passá-lo para manual) do Silo de Alimentação do


Aeroseparador (SI-452).

4. Fechar a Guilhotina da descarga do Silo Produto Moinho de Bolas.

5. Desligar Válvula Rotativa (VR-406) do Silo do Produto do Moinho de Bolas (SI-


451).

6. Verificar que a linha do Transporte Pneumático está vazia e desligar Soprador (SP-
405).

7. Desligar Filtro de Alívio (SD-417) do Silo de Alimentação do Aeroseparador.

8. Desligar automação (passar para manual) do Silo do Produto Final (SI-453).

9. Desligar Válvula Rotativa do Silo de Alimentação do Aeroseparador (VR-404).

10. Desligar o Aeroseparador (AC-403).

11. Desligar Rosca Helicoidal do retorno de produtos grossos (RT-402).

12. Desligar Válvula Rotativa que alimenta o Silo Produto Final (VR-401).

OBSERVAÇÕES:
• Evitar de parar o processo com os Silos completamente cheios.

• Esvaziar as duas Roscas Transportadoras antes de desliga-las.

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• A ensacadeira, a operação e parada é à parte e independente.

• O Moinho de Bolas e o Aeroseparador são os dois equipamentos que determinam a


capacidade de produção da planta do Moinho de Bolas. Corrente nominal do motor
do acionamento do Moinho de Bolas 472 A e a corrente nominal do motor de
acionamento do Aeroseparador 36,6 A.

NOTA IMPORTÂNTE: O PROCEDIMENTO PODE SER ALTERADO DE


ACORDO COM OS AJUSTES E POSTA EM OPERAÇÃO, COM ISSO, ESTE
DESCRITIVO SERVE COMO REFERÊNCIA.

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MOINHO DE BOLAS

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O processo de moagem em um Moinho de Bolas ocorre por impacto das bolas (esferas)
sobre os materiais processados.
Com o impacto ocorre fraturas nos materiais e gera até parte do material chegar a finura
desejada.
Na figura a seguir mostra o processo de fragmentação por impacto:

Como na figura abaixo o material alimentado para processar a moagem, passa pela carga de
bolas, em movimento rotativo, processando a moagem.

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O moinho de bolas é composto por um cilindro horizontal, um eixo oco para alimentação e
descarga de materiais e um cabeçote de moagem. O cilindro é um cilindro longo e o cilindro
está equipado com um corpo de moagem. Geralmente, são esferas, que é carregada no
cilindro de acordo com diferentes diâmetros e uma certa proporção, e a carga de bolas que
também pode ser feito de aço ou outro material definido conforme a necessidade.
É selecionado de acordo com o tamanho de partícula do material de moagem. O material é
alimentado pelo eixo oco em uma das extremidades do moinho de bolas. Quando o tambor
do moinho de bolas gira, a carga de bolas é fixada ao revestimento do tambor devido à ação
da inércia, força centrífuga e força de atrito. Ele é levado pelo cilindro e, quando é levado a
uma certa altura, é jogado para baixo devido à sua própria gravidade, e a carga de bolas em
queda esmaga o material no cilindro como um projétil.
Movimento da carga de bolas no interior do corpo do Moinho de Bolas.

DETERMINANTES DO MOINHO DE BOLAS:


As dimensões comprimento x diâmetro são determinantes, seleção de tamanhos de bolas,
tipo e carga de bolas, tipo de revestimentos e rotação do Moinho.

Tipo de revestimentos:

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Revestimento da Tampa da Entrada Revestimento da Tampa da Saída

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Revestimento Corpo Cilindrico

Movimento da bolas em operação:

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Simulação de um Moinho de Bolas em funcionamento

https://youtu.be/lANRHlT75t4 HlT7

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AEROSEPARADOR

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Aeroseparadores, usualmente, são denominados separadores mecanopneumáticos ou
classificadores mecanopneumáticos. O trabalho do Aeroseparador consiste
simplesmente em dividir o fluxo de material em duas parcelas, uma contendo produto
dito grosso e uma outra contendo produto fino. O equipamento, no entanto, não
efetua uma divisão exata, havendo sempre algumas partículas mais grossas no
material fino e algumas partículas mais finas no material grosso.
O produto de alimentação entra no equipamento através da bica de alimentação
situado no topo do Aeroseparador, até a Placa Dispensor e que gira em conjunto com
o rotor das Palhetas, distribuindo o material de forma homogênea e centrífuga.
Logo após a distribuição pela Placa Dispensor, o conjunto das Palhetas induzem o
fluxo de ar, arrastando o material num movimento ciclônico. Este efeito concentra as
partículas maiores ao longo do cone interno, de onde são descarregadas as partículas
grossas, enquanto que o fluxo de ar arrastando as partículas na granulometria
desejada, passam através dos conjuntos das Palhetas e pelo conjunto do Exaustor ou
Turbina, arrastando-o e descarregando-o para entre o cone central e a carcaça externa.
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O fluxo de ar passa para dentro novamente, através de aletas, retornando para o
interior do cone interno, recirculando e misturando-se ao material grosseiro que está
em corrente descendente, elutriando-o (definição do Dicionário Aurélio Básico da
Língua Portuguesa - processo por meio do qual se separa uma mistura de partículas
de diferentes tamanhos em frações mais ou menos homogêneas mediante a
sedimentação numa corrente de fluído) mais uma vez.

FIGURA DO FLUXO DE AR INTERNO AEROSEPARADOR

A finura do produto é controlada aumentando ou diminuindo a rotação do rotor das


Palhetas com o Exaustor ou Turbina por meio de inversores. Maiores ajustes
conseguem-se adicionando ou removendo as Palhetas. As Palhetas que ficarem no
rotor devem ser espaçadas uniformemente equidistantes, de modo a manter o
conjunto balanceado.

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Nos Aeroseparadores com discos para carreiras de Palhetas, é usual trabalharmos
com mais Palhetas no disco superior do que no disco intermediários e inferior.
Todavia, pode haver casos em que se trabalha com igual número de Palhetas nos
discos ou então, mais raramente, com mais Palhetas nos discos intermediários ou
inferior do que no superior.
É necessário que se realizem diversos testes para ajustes de números de Palhetas e
rotações dos rotores do Exaustor ou Turbina e das Palhetas. Para um teste inicial seria
interessante iniciar com metade das Palhetas e rotações intermediárias. Ajustar as
rotações, número de Palhetas, até que se encontre o corte mais próximo do desejado
possível. Ajustar o equilíbrio entre a alimentação e a produção final, de maneira que
seja sempre constante e a alimentação sempre contínua e sem intervalos.
É recomendado que se utilize o máximo da vazão possível; regulando os registros de
fluxos de ar - damper, que se encontram nas laterais, somente em casos muito
específicos.
Existem 4 (quatro) Damper, localizadas acima das Pás da Turbina, com função de reduzir a
vazão da mesma. Podem ser ajustadas para operar toda aberta, semi fechada e fechada,
através de uma alavanca externa. Para obter a máxima vazão é necessário abrir 100% os
dampers.
A regulagem da abertura do damper somente será possível determinar por testes na
operação em função do material fino e grosso obtido. Normalmente é aplicado com 100%
de abertura.

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Conjunto de Palhetas Whizzer, para fazer a classificação do material em granulometria para
atender as exigências do cliente. Cada camada de disco para Palhetas comporta no máximo
20 (vinte) Palhetas. São 4 (quatro) carreiras de Palhetas.
As Palhetas fornecidos pela FURLAN são de 2 (dois) modelos: Palhetas retas e Palhetas
inclinadas.

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As mais usadas são as Palhetas Retas.
As Palhetas inclinadas são mais para materiais leves ou lamelares.

Palheta reta

Palheta inclinada

Os Aeroseparadores são projetados para separarem os produtos com 85% de


passantes na peneira 60 mesh até 99,9% de passantes na peneira 400 mesh. O
Aeroseparador com uma carreira de Palhetas denominado simples é projetado para
operar na faixa de até 95% passando na peneira 200 mesh, enquanto que o de dupla
carreira é projetado em casos de maior finura do material, para a faixa de 99,9%
passando pela peneira 400 mesh ou mais. A quantidade do tamanho terminal nos
finos pode ser muito baixa; tipicamente, no entanto, existem de 10 a 30% de finos no
produto grosseiro. Além disso, a separação no tamanho de corte é, nos casos típicos,
uma curva gradual.
Como não se tem dados ou manuais instrutivos de números de Palhetas e rotações
ideais para cada tipo de materiais e ou cortes, é impossível determinar-se durante a
fabricação do Aeroseparador, o número exato de Palhetas necessárias para um
determinado produto.
A maior homogeneidade do produto final é obtida com: alta capacidade de produção,
uniformidade na alimentação e rotação mais alta possível, mesmo que seja necessário
retirar algumas Palhetas.
Ajustados as condições operacionais do equipamento, este não deverá apresentar
maiores problemas.
O produto grosso que não passam pelas Palhetas se direcionam para o bocal de descarga de
produtos grossos. Esse material por gravidade segue para a Rosca Helicoidal que transporta
até a bica de alimentação do Moinho de Bolas, que mistura com o material alimentado pela
TC Extratora do Silo de Alimentação do Moinho de Bolas.
Os ajustes do Aeroseparador são muito sensíveis e associado à quantidades de Palheta
rotação do conjunto das Palhetas, regulagens dos Dampers, até obter a granulometria final
desejada na saída do produto fino.
Importante operar com rotação do motor do acionamento do Aeroseparador com mínimo de
1000 rpm e a máxima em torno de 1780 RPM.

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Não é interessante operar o conjunto das Palhetas com rotações muito baixa e muito
próximo da rotação nominal.
Nesse caso é recomendado ajustar número de Palhetas para adequar a melhor condição.
Segue tabela relação rotação do motor / rotação do conjunto das Palhetas.
Normalmente operar o conjunto das Palhetas na rotação entre 200 a 300 RPM, obtém uma
separação mais eficaz.

Atualmente o Aeroseparador está com 20 (vinte) Palhetas na carreira superior e 10 (dez)


Palhetas na carreira intermediária abaixo da superior.

O Aeroseparador deve ser alimentado sem variações, com uniformidade para obter produto
final fino também uniforme.

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A potência do motor do acionamento do Aeroseparador é de 25 cv e corrente nominal de
36,6 A.

SIMULAÇÃO DE AEROSEPARADOR FUNCIONANDO

https://youtu.be/ruAgPB1ixcQ?si=5V9imI7W8LvdhK6i

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