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Índice

1 – Informações gerais..................................................................................................................................1
1.1 – Apresentação.................................................................................................................................1
1.2 – Nome e endereço ...........................................................................................................................1
1.3 – Declaração CE...............................................................................................................................1
1.4 – Modelo da máquina ......................................................................................................................1
1.5 – Número de série ............................................................................................................................1
1.6 – Objectivo do Manual de Instruções.............................................................................................1
1.7 – Apresentação do equipamento.....................................................................................................2

2 – Segurança ...............................................................................................................................................3
2.1 – Indicações gerais sobre segurança...............................................................................................3
2.2 – Símbolos de controlo.....................................................................................................................4
2.2.1 – Risco Eléctrico.......................................................................................................................4
2.2.2 – Perigo .....................................................................................................................................4
2.2.3 – Cuidados Especiais................................................................................................................4
2.2.4 – Indicação de Rentabilidade ..................................................................................................4
2.3 – Recomendações gerais ..................................................................................................................4
2.4 – Advertências especiais ..................................................................................................................5
2.4.1 – Protecções de órgãos em movimento ...................................................................................5
2.4.2 – Desligar a alimentação de corrente eléctrica ......................................................................5
2.4.3 – Elevação do equipamento .....................................................................................................5
2.4.4 – Equipamento de corte e soldadura ......................................................................................6
2.5 – Nível de ruído ................................................................................................................................6
2.6 – Poeiras nas instalações .................................................................................................................7
2.7 – Trabalho de manutenção geral....................................................................................................7

3 – Descrição da Máquina ............................................................................................................................9


3.1 – Terminologia .................................................................................................................................9
3.2 – Tipos de Crivos e modos de utilização ........................................................................................9
3.3 – Capacidades e Eficiência ............................................................................................................10
3.3.1 – Capacidade ..........................................................................................................................10
3.3.2 – Eficiência..............................................................................................................................10
3.4 – Cálculo de uma superfície do crivo ...........................................................................................10
3.5 – Inspecção inicial ..........................................................................................................................11

4 – Características Gerais ...........................................................................................................................12

5 – Instalação..............................................................................................................................................13
5.1 – Levantamento dos crivos............................................................................................................13

6 – Instruções para colocação da máquina em serviço ...............................................................................15


6.1 – Exigências relativas à fixação/amarração e aos sistemas de amortecimento das vibrações .15
6.2 – Condições de montagem e de instalação ...................................................................................15
6.3 – Espaço necessário para a utilização e para a manutenção ......................................................16
6.4 – Instruções para a ligação da máquina às fontes de energia ....................................................16

7 – Instruções relativas à própria máquina .................................................................................................17


7.1 – Descrição da máquina, seus acessórios, dos seus protectores e do seu dispositivo de
segurança..............................................................................................................................................17
7.1.1 – Transmissão polias/correia trapezoidal ............................................................................17
7.1.2 – Motor eléctrico de transmissão ..........................................................................................18
7.2 – Dados relativos ao ruído e às vibrações produzidos pela máquina ........................................19
7.3 - Dados relativo ao equipamento eléctrico...................................................................................19

8 – Instruções de utilização da máquina .....................................................................................................20


8.1 – Verifique o estado do CRIVO ......................................................................................................20
8.1.1 – Arranque..............................................................................................................................20
8.2 – Desligar........................................................................................................................................21
8.3 – Modos e meios de paragem (paragem de emergência) ............................................................21
8.4 – Afinações......................................................................................................................................21
Índice

8.4.1 – Determinação da vibração..................................................................................................21


8.4.2 – Velocidade de rotação.........................................................................................................22
8.4.3 – Direcção da rotação ............................................................................................................22
8.5 - Instruções para a regulação e a afinação...................................................................................23
8.6 – Descarga dos produtos processados ..........................................................................................24
8.7 – Colmatagem ................................................................................................................................24
8.8 – Atulhamento................................................................................................................................24
8.9 – Escolha do equipamento de crivo ..............................................................................................25
8.10 – Emissão de poeiras....................................................................................................................25
8.11 – Tratamento com água...............................................................................................................25
8.12 – Informação dos riscos provocados por certas utilizações, pelo emprego de determinados
acessórios, e forma de minimizar e/ou eliminar estes riscos ............................................................26
8.13 – Informação dos modos de utilização proibidos ......................................................................26
8.14 - Instruções para identificação e localização de defeitos ou avarias........................................26
8.15 - Instruções para a reparação de avarias e para o arranque após intervenção......................26
8.16 - Instruções relativas ao equipamento de protecção individual que deve ser utilizado .........27

9 – Instruções de manutenção.....................................................................................................................28
9.1 – Natureza e periodicidade das inspecções ..................................................................................28
9.2 – Instruções relativas às intervenções de manutenção para as quais são necessários
conhecimentos técnicos ou competências especiais (pessoal de manutenção, especialistas)..........28
9.3 – Instruções relativas às intervenções de manutenção (substituição de peças, etc.) cuja
execução não requer competências específicas (operadores). ..........................................................29
9.4 – Pedido de peças de desgaste ou substituição.............................................................................30
9.5 - Desenhos e esquemas...................................................................................................................30

10 – Instruções relativas à colocação fora de serviço, ou desmantelamento ..............................................33

ANEXOS.........................................................................................................................
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1 – Informações gerais

1.1 – Apresentação
A Empresa Metalúrgica do Tâmega, metalomecânica fundada em 1982 é fabricante de
todo o tipo de máquinas para a indústria extractiva, instalações completas de britagem,
lavagem e classificação de inertes.

1.2 – Nome e endereço


METALÚRGICA DO TÂMEGA de – Teixeira e Torres, S.A.
Rua da Igreja 1180
4600-591 Fregim – AMARANTE
Tel.: +351 255 432988
Fax: +351 255 432356
Email: geral@metalurgicadotamega.com
Website: www.metalurgicadotamega.com

1.3 – Declaração CE
Este equipamento encontra-se em Conformidade
com a Directiva Máquinas (Directiva 98/37CE)
e a legislação nacional que a transpõem
(Decreto Lei Nº320/2001)

1.4 – Modelo da máquina


CRIVO VIBRANTE

1.5 – Número de série


Na máquina encontra-se afixada uma placa com o respectivo número de Série e em
anexo estão as características técnicas de acordo com o número de Série inscrito na
placa da máquina.

1.6 – Objectivo do Manual de Instruções


Este manual de instruções tem por objectivo principal ajudar o proprietário e os
utilizadores dos Crivos Metalúrgica do Tâmega na sua correcta operação.
O manual inclui informações que vão permitir ao utilizador o conhecimento da
instalação, do funcionamento, da manutenção por forma a ter a maquina a trabalhar em
condições que evitem o perigo, reduza os custos de reparações e assim como as perdas
de produtividade devido a avarias. A aplicação das indicações deste manual permite
aumentar a fiabilidade e o tempo de vida útil dos crivos e seu acessórios.
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1.7 – Apresentação do equipamento


Os CRIVOS VIBRANTES de Fabrico METALÚRGICA DO TÂMEGA permitem a
selecção de inertes com diversas granulometrias. Associado à estrutura base estão
associados acessórios para cumprir a aplicação desejada. Para soluções especiais
consultar o DEPARTAMENTO TÉCNICO DA METALÚRGICA DO TÂMEGA.

Figura 1 – Crivo Vibrante.


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2 – Segurança
Neste ponto são indicadas as principais regras de segurança a verificar na montagem e
operação dos crivos assim como junto a eles, para garantir a segurança do operador,
assim como dos trabalhadores que se encontrem nas imediações do crivo.
De salientar que a segurança dos operadores e dos outros depende sempre do cuidado e
atenção na utilização da máquina.
A maioria dos acidentes está associada à falta de aplicação e desrespeito das regras e
precauções mais fundamentais. Caso sejam identificados os riscos na operação da
máquina e sejam tomadas as medidas de prevenção adequadas é possível evitar a
maioria dos acidentes.
O equipamento foi especialmente concebido para seleccionar material de explorações de
inertes ou pedreiras quando britado.
Qualquer utilização do equipamento não conforme com as especificações do mesmo
não será considerada como normal. A Metalúrgica do Tâmega não se responsabilizará
por quaisquer danos que possam devido a uma má utilização do equipamento.
Unicamente o utilizador poderá ser responsabilizado.

2.1 – Indicações gerais sobre segurança


O manual de instruções deve estar sempre presente no local de utilização do
equipamento. Adicionalmente a este devem ser respeitadas todas e quaisquer leis e
regulamentação relativa a segurança, prevenção de acidentes.
Sempre que estiver a operar ou nas proximidades de uma máquina deve usar vestuário
justo ao corpo, óculos de protecção, capacete e calçado adequado. Também deve ter lido
antecipadamente o manual de instruções da respectiva máquina para que esteja bem
familiarizado com o funcionamento da mesma.
Para sua segurança e dos seus colegas, seja responsável e cuidadoso!
Nunca retire nenhuma das protecções de segurança fornecidas com a máquina e se por
motivos diversos houver necessidade de as remover, volte a colocá-las finda a
intervenção.
Não operar com a máquina sob influência de álcool, drogas ou medicamentos que
possam influenciar a sua condição física.
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2.2 – Símbolos de controlo


Os símbolos utilizados neste manual para instruções importantes são os seguintes:

2.2.1 – Risco Eléctrico

Instruções especiais para prevenção de ferimentos


provocados por acidentes eléctricos

2.2.2 – Perigo

Instruções especiais para prevenção de ferimentos


físicos e/ou danos no equipamentos

2.2.3 – Cuidados Especiais

Instruções especiais na prevenção do


manuseamento incorrecto ou operações perigosas.

2.2.4 – Indicação de Rentabilidade

Instruções especiais relativas à eficácia das

€ operações do equipamento.

2.3 – Recomendações gerais


Os procedimentos de segurança aqui referidos não eliminam todos os perigos na área de
operação de uma máquina. Contudo, realçam práticas baseadas numa longa experiência,
que maximiza as condições de segurança na utilização de máquinas e equipamento
auxiliar. A Metalúrgica do Tâmega de Teixeira & Torres, Lda. felicita-se por poder
transmitir e receber sugestões de utilização das suas máquinas e acessórios.
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2.4 – Advertências especiais

2.4.1 – Protecções de órgãos em movimento


A segurança começa na instalação da máquina. A transmissão de movimentos aos
crivos é efectuada por correias.
PERIGO
Não deve entrar em contacto com os crivos, nem se aproximar deste,
quando eles estiverem em funcionamento, pois a vibração produzida
por eles pode provocar acidentes.
PERIGO
Devido à necessidade de realizar manutenção preventiva
frequentemente nos crivos, AQUANDO DA MONTAGEM DESTAS
MÁQUINAS DEVE-SE PROVE-LAS DE UMA PLATAFORMA
QUE PERMITA EFECTUAR OS TRABALHOS DE MANUTENÇÃO
COM SEGURANÇA.

2.4.2 – Desligar a alimentação de corrente eléctrica

PERIGO
A alimentação de energia eléctrica da máquina deve ser DESLIGADA
e fechada sempre que alguém trabalhe na parte eléctrica da máquina.

Sempre que alguma pessoa trabalhe na máquina, esta deve dispor da CHAVE que dá
ordem de funcionamento à máquina. Antes de iniciar qualquer intervenção o mecânico
deve fechar o controlo eléctrico, daí a importância de ser ele a ter consigo a chave que o
abre. Lembre-se que o arranque acidental da máquina, com pessoas nas suas
proximidades, pode causar acidentes. Trabalhe sempre na máquina com ela em
SEGURANÇA!

2.4.3 – Elevação do equipamento


A elevação do equipamento pode ser efectuada com recurso a engrenagens de elevação
ou a guindastes móveis. A elevação dos componentes dos crivos deve ser efectuada com
movimentos lentos e cautelosos.

PERIGO
No caso de utilizar engrenagens deve respeitar os valores de carga
máxima dos guindastes.

PERIGO
No caso de utilizar guindastes móveis, trabalhe sempre dentro do
mesmo, para evitar que o guindaste vacile ou tombe.

Ao elevar o equipamento não deve efectuar rotações rápidas nem arranques/paragens


bruscas, pois estes movimentos provocam cargas dinâmicas adicionais que podem
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causar falha/rotura no equipamento de elevação. Sempre que operar com ventos fortes
não efectue elevação de cargas grandes.
Antes de iniciar qualquer manobra de elevação verifique se a carga a elevar está bem
segura.

2.4.4 – Equipamento de corte e soldadura


Umas das ferramentas mais utilizadas nas instalações de britagem para a sua reparação
são os aparelhos de oxicorte e os aparelhos de soldadura.

PERIGO
Sempre que se efectuar operações de manutenção, estas só devem ser
efectuadas com a alimentação da máquina cortada para ao realizar-se a
respectiva manutenção não se danifique os componentes electrónico
presentes no sistema.
Assim, devem ser tomadas as precauções adequadas, de forma a evitar contactos entre
os equipamentos de oxicorte ou os aparelhos de soldadura com os componentes
electrónico. Dado que tubagens em borracha não são imunes ao equipamento de corte
por oxicorte, que é normalmente utilizado na manutenção dentro das instalações, deve-
se ter especial cuidado ao utilizar estes equipamentos na presença de tubagens em
borracha.

2.5 – Nível de ruído


As diversas máquinas que servem para produzir/tratar um determinado produto acabado
têm certos sistemas de funcionamento que produzem ruído (travagem, operações do
crivo, etc.). Acresce ainda o ruído causado pelos materiais transportados para as calhas,
para as tremonhas, etc.
Além disso, os níveis de ruído variam com a pedra a tratar, as quantidades
descarregadas, as afinações da máquina, a frequência com que é alimentada, etc.
É por conseguinte impossível determinar com precisão o ruído gerado por uma
máquina, num determinado contexto de operação e aplicação.
A máquina produz um nível de ruído que depende da dimensão do Crivo, no quadro
seguinte indicam-se os níveis de ruído produzidos pelos crivos da Metalúrgica do
Tâmega.

PERIGO
De acordo com estes valores, as directivas de inspecção do trabalho
devem adequar-se à protecção pessoal (tampões auriculares, duração da
exposição, protecções, etc.).
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Quadro I – Características Acústicas dos Crivos.


Modelo Nível máximo de ruído (dBA)
CV 1023-1 95
CV 1023-2 97
CV 1330-2 102
CV 1330-3 105
CV 1330-4 109
CV 1540-2 114
CV 1540-3 118
CV 1540-4 122
CV 1845-2 119
CV 1845-3 122
CV 1845-4 126
CV 2050-2 120
CV 2050-3 124
CV 2050-4 128
CV 2060-2 122
CV 2060-3 126
CV 2060-4 130
Os níveis de ruído permitidos e os limites de exposição são regulados por várias
agências, tais como a ISO, OSHA, etc. Assim consulte os regulamentos de segurança
aplicáveis às exposições permissíveis ao ruído e adopte medidas para garantir o
cumprimento dos regulamentos.

2.6 – Poeiras nas instalações


Pela sua natureza, os equipamentos de britar e auxiliares, como tapetes, calhas, estações
de transferência, crivos, etc. podem originar poeiras. Respirar estas poeiras pode ser
prejudicial para quem trabalha com, junto ao, ou próximo do equipamento.
Regra geral, altos níveis de poeiras originam um alto risco de doença pulmonar,
dependendo da concentração de poeiras, do tempo de exposição e do tipo de material
processado.
A Metalúrgica do Tâmega recomenda com veemência que sejam utilizados dispositivos
de protecção contra poeiras, como máscaras respiratórias, por quem ficar exposto à
inalação de poeiras.
É da responsabilidade do operador determinar a necessidade e a adequação daqueles
dispositivos e avisos respectivos, disponibilizá-los, e assegurar-se de que são utilizados
e respeitados.

2.7 – Trabalho de manutenção geral


Regra geral é efectuado diariamente algum trabalho próximo da máquina com esta em
funcionamento. Para que não corra riscos desnecessários deve seguir os procedimentos
abaixo indicados quando trabalhar próximo da máquina.
1. NUNCA PROCEDA a operações de manutenção em peças da máquina que
estejam em movimento. Isto inclui adicionar óleo ou componentes de lubrificação da
máquina.
2. CONSULTE as recomendações do fabricante para procedimentos e rotina de
manutenção. Estes procedimentos previnem danos na máquina e ferimentos no
operador.
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3. NAO DEIXE materiais espalhados em volta da máquina. As máquinas tendem a


projectar pedras, gravilha, etc. e portanto os operadores devem limpar regularmente a
área em redor das máquinas, para retirar os materiais que possam causar, por exemplo,
quedas.

LEMBRE-SE DE QUE A
SEGURANÇA TAMBÉM
DEPENDE DE SI!
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3 – Descrição da Máquina
Os CRIVOS da Metalúrgica do Tâmega são máquinas preparadas para seleccionar os
produtos com diversas granulometrias das centrais de britagem ou de tratamento de
inertes.

3.1 – Terminologia
Caixa de alimentação (F) – parte traseira do crivo, através da qual o material a
seleccionar é introduzido. A caixa possui abas em borracha a toda a volta.
Transmissão do crivo (A) – tipicamente, uma correia trapezoidal.
Lados com transmissão Esquerdo (L) ou Direito (R) – lado do crivo no qual a
transmissão (hidráulica ou eléctrica) é utilizada, quando vista por detrás (lado do
alimentador).
Amplitude – amplitude de vibração do crivo.
Capacidade do alimentador – quantidade de material introduzido na caixa vibratória,
expressa em toneladas métricas/hora.
Capacidade do crivo (Q) – quantidade de material que passa pelo crivo vibrátil (t/h,
m3/h).
Produto – materiais que saem do crivo.
Material retido – materiais maiores do que a malha considerada.
Material passante – materiais mais pequenos do que a malha considerada.
Separação malha/tamanho – tamanhos correspondentes à separação da matéria-prima
em dois produtos (parte em bruto e parte refinada). A dimensão da malha de separação
está entre os limites de tolerância de produto, superior e inferior, e não é sempre
correspondente à brita pretendida. O calibre de selecção pode ser ajustado pela alteração
da tela pela modificação da malha.
Veio excêntrico – mecanismo de vibração.
Quantidade de material refinado – parte refinada da matéria-prima.
Quantidade de material em bruto – parte em bruto da matéria-prima.
Eficácia da malha do crivo – quantidade de materiais em trânsito mais pequenos do
que a malha, comparando com a quantidade respectiva na matéria-prima (utilizado para
calcular o método de operação do crivo).

3.2 – Tipos de Crivos e modos de utilização


Os CRIVOS são máquinas utilizadas para seleccionar e/ou lavar inertes. A pode-se ter
selecções de um até cinco produtos.
Os CRIVOS produzidos pela METALÚRGICA DO TÂMEGA apresentam uma excelente
eficácia, são robustos e perfeitamente equilibrados, estas características são o resultado
da longa experiência desta empresa, podendo aplicarem-se como crivos primários ou de
classificação.
Os CRIVOS VIBRANTES são utilizados para a classificação e selecção de inertes secos ou
molhados.
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Os crivos de 1 andar permitem-nos obter 2 classes granulometricas.


Os crivos de 2 andares permitem-nos obter 3 classes granulometricas.
Os crivos de 3 andares permitem-nos obter 4 classes granulometricas.
Os crivos de 4 andares permitem-nos obter 5 classes granulometricas.
Produção variável de acordo com o produto a crivar, dependendo esta essencialmente da
natureza do produto, da sua densidade e das granulometrias a seleccionar e ainda se o
processo é realizado a seco ou com um sistema de rega por jactos de água.
Os materiais são introduzidos por uma das pontas do crivo (F) e descarregados pela
outra (D). O material não passante (retido) desloca-se ao longo malha do crivo caindo
numa caleira que o direccionará par um sistema de transporte, que em geral é um tapete
transportador.
A matéria-prima movimenta-se ao longo do crivo, de forma a que as partes menores do
que a malha (passantes) passem através do crivo, e que as maiores do que a malha
(retidos) passem por cima da malha. O crivo pode ter diversos andares para separação
em diferentes calibres.
O crivo é instalado sobre uma base de molas helicoidais, para possibilitar a sua
vibração. As molas amortecem as vibrações do crivo.
A configuração do crivo pode ser ajustada alterando a sua frequência ou amplitude de
vibração.

3.3 – Capacidades e Eficiência

3.3.1 – Capacidade
A capacidade do crivo é a quantidade máxima de materiais transportados num
determinado momento. A capacidade de carga depende das molas de suporte e também
da quantidade em curso, da largura da caixa do crivo, da densidade do material e do
espaço sobre a malha do crivo.

CUIDADO
Quando a capacidade de carga atinge o seu nível máximo, a eficiência do
crivo decresce, e uma grande quantidade de material passante é levado ao
longo do crivo pelo material retido.

3.3.2 – Eficiência
A eficácia das operações do CRIVO indica a precisão com que o material é passante e
separado em diferentes granulometrias. Os retidos contêm sempre materiais mais finos
do que a malha de separação e os passantes têm sempre materiais maiores do que o
tamanho teórico de separação.
A eficiência da operação do CRIVO é a relação entre a quantidade de materiais em
trânsito com dimensão inferior à malha e a respectiva quantidade existente na matéria.
Estes elementos são determinados por um teste de peneira.

3.4 – Cálculo de uma superfície do crivo


A Metalúrgica do Tâmega felicita-se por efectuar os cálculos de superfície de crivagem
para as suas aplicações específicas.
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Para tal, quando nos solicitar um CRIVO VIBRANTE deve-nos indicar os seguintes
detalhes, que servirão de base ao cálculo respectivo:
Quanto ao crivo:
- A brita (granulação) pretendida;
- Lavagem a seco ou com água;
- O material da malha do crivo utilizado (metal, poliuretano ou outro).
Quanto à pedra/matéria-prima:
- Densidade do produto tratado;
- Capacidade de alimentação;
- Curva de separação na alimentação, indicando as percentagens de pedra na brita
considerada, e as meias-malhas;
- Proporções de gravilha e pedra triturada no material;
- Percentagem de humidade no material de alimentação;
- Fracção de materiais barrentos no material de alimentação.

Quadro II – Áreas de Selecção dos Crivos.


Modelo Área de crivagem (m2)
CV 1023-1 2
CV 1023-2 5
CV 1330-2 8
CV 1330-3 12
CV 1330-4 16
CV 1540-2 12
CV 1540-3 18
CV 1540-4 24
CV 1845-2 16
CV 1845-3 24
CV 1845-4 36
CV 2050-2 20
CV 2050-3 40
CV 2050-4 60
CV 2060-2 24
CV 2060-3 36
CV 2060-4 48

3.5 – Inspecção inicial


Quando o crivo é entregue, inspeccione minuciosamente se houve algum dano durante o
transporte. Verifique também se não falta nada; no caso de faltarem peças ou existirem
danos, informe imediatamente a Metalúrgica do Tâmega, de forma a que possa haver
substituição ou reparações imediatas.
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4 – Características Gerais
A suspensão é feita por molas helicoidais de compressão devidamente dimensionadas.
Cada crivo tem a sua respectiva excentricidade, velocidade e sentido de rotação
adaptado a cada problema de forma a obter um maior rendimento.
O veio excêntrico encontra-se apoiado em rolamentos de roletes duplos, amplamente
dimensionados, este são equipados com tampas para garantindo uma perfeita
estanquecidade.
O CRIVO é suportado por molas helicoidais de compressão devidamente dimensionadas,
que são assentes sobre uma estrutura.

a)

c)

b)

Figura 2 – Esquema geral de um CRIVO.


a) Crivo;
b) Estrutura de suporte;
c) Molas.

ESTRUTURAS METÁLICAS TÂMEGA


As estruturas metálicas Tâmega, para suporte dos crivos caracterizam-se pela sua
robustez, desenho funcional, facilidade de montagem, formando uma lista padronizada
que cobre as necessidades dimensionais para aplicação em instalações de qualquer tipo
ou tamanho.
As estruturas devem ser providas de plataforma lateral para operações de manutenção, a
sua fixação é realizada na própria estrutura, assim como duma escada de acesso a estas.
Soluções standard’s ou especiais, com as características mais convenientes para cada
caso, podem ser projectadas pelo Departamento Técnico da Metalúrgica do Tâmega,
que conta com a experiência de vários anos em projectos, fabricação e montagem. Para
informações adicionais ou específicas contactar o Departamento Técnico.
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5 – Instalação
Os CRIVOS da Metalúrgica do Tâmega devem ser instalados sobre uma estrutura
metálica, de preferência construída pela Metalúrgica do Tâmega, pois só assim se
garante a devida instalação do equipamento.
Ao instalar os CRIVOS deve-se assegurar que estes não ficam impedidos de se
moverem/vibrarem.

5.1 – Levantamento dos crivos


Efectue o levantamento do CRIVO apenas com equipamento apropriado e aprovado. Ao
efectuar o levantamento do CRIVO certifique-se de que o equipamento utilizado se
encontra em perfeitas condições.
Prenda os cabos de forma que o CRIVO fique equilibrado quando suspenso pelos cabos,
para evitar a ocorrência de acidentes.
Antes de iniciar qualquer manobra de elevação verifique se a carga a elevar está bem
segura.
A elevação dos componentes dos CRIVOS deve ser efectuada com movimentos lentos e
cautelosos.
Dado que em geral os CRIVOS têm dimensões apreciáveis, a sua movimentação é
complicada e exige as seguintes precauções:
- Equipamento para elevar o CRIVO que suporte o seu peso;
- Evitar terrenos com inclinação acentuada;
- Cabos de aço em perfeitas condições e que a sua tensão de cedência/ruptura seja
superior ao peso da máquina;
- Movimentos lentos e ordenados;
- Não aproximar o CRIVO de outras máquinas ou estruturas;
- Manter as pessoas afastadas durante o movimento.

Quando levantar o crivo inteiro, ligue os cabos de aço entrançado como está ilustrado na
Figura 3.
No Quadro III apresentam-se as medidas gerais dos Crivos assim como o valor da sua
massa.

ATENÇÃO
Não permaneça em nenhuma circunstância por debaixo do CRIVO
enquanto este permanecer suspenso.
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Figura 3 Pormenor do levantamento do crivo

Quadro III – Dimensões e pesos dos Crivos.


Comprimento Largura Nº de Peso
Modelo [mm] [mm] Andares [Kg]

CV 1023-1 1 965
2300 1000
CV 1023-2 2 1085
CV 1330-2 2 2695
CV 1330-3 3000 1300 3 3045
CV 1330-4 4 3450
CV 1540-2 2 4465
CV 1540-3 4000 1500 3 4915
CV 1540-4 4 5615
CV 1845-2 2 5100
CV 1845-3 4500 1800 3 5900
CV 1845-4 4 6850
CV 2050-2 2 8850
CV 2050-3 5000 2000 3 10140
CV 2050-4 4 10640
CV 2060-2 2 9700
CV 2060-3 6000 2000 3 11250
CV 2060-4 4 12000
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6 – Instruções para colocação da máquina em serviço

6.1 – Exigências relativas à fixação/amarração e aos sistemas de amortecimento


das vibrações
Os apoios do CRIVO devem ser colocados horizontalmente sobre molas, devendo estas
estar apoiadas sobre uma estrutura de suporte.
Para operação e manutenção fáceis e seguras, o crivo deve ser equipado com uma
estrutura. Se esta estrutura de operação não tiver sido encomendada, ou se não foi
entregue com o crivo, deve ser instalada pelo utilizador/proprietário. A estrutura de
operação, degraus ou escada, devem ter um mínimo de 600mm de largura, estarem
solidamente ligadas à estrutura e terem guarda corpos, para evitar quedas do pessoal.

6.2 – Condições de montagem e de instalação


A colocação do crivo deve ser efectuada de acordo com os planos de montagem
fornecidos pela Metalúrgica do Tâmega.
Os apoios do crivo devem ser colocados horizontalmente sobre uma estrutura de
suporte.
A alimentação deve ser regulada de forma a haver uma distribuição uniforme do
material a seleccionar sobre toda a largura da superfície do crivo.
A saída do material faz-se através de caleiras metálicas que devem ser colocadas a uma
distância suficiente da caixa vibrante que não impeça a vibração da mesma.

Ao colocar a máquina em funcionamento deve:


- efectuar a lubrificação de todos os componentes que dela necessitem;
- verificar:
- sentido de rotação (este deve ser o mesmo em que circula o material);
- a velocidade de rotação;
- a alimentação.
- o crivo deve-se encontrar nivelado na direcção transversal.

Após as primeiras duas horas de funcionamento, deve parar a máquina e verificar que:
- os rolamentos apresentam uma temperatura normal;
- todos os parafusos estão devidamente apertados assim como o motor eléctrico;
- as redes estão bem esticadas;
- a tensão nas correias trapezoidais não é excessiva.

ATENÇÃO
Esta operação deve ser efectuada rigorosamente por pessoal
especializado e com a alimentação desligada.
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6.3 – Espaço necessário para a utilização e para a manutenção


Deve-se deixar um espaço suficiente, na ordem dos 50mm (mínimo), entre as partes
vibrantes e o resto da instalação fixa a fim de evitar qualquer contacto do CRIVO durante
os períodos de arranque e paragem.

6.4 – Instruções para a ligação da máquina às fontes de energia


A máquina possui um motor eléctrico que é comandado por betoneiras que se
encontram no quadro de comando da instalação. O cabo que alimenta o motor tem de
ser protegido contra curto-circuitos através de disjuntores e o motor têm que ser
protegido termicamente individualmente. A máquina possui arranque directo.
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7 – Instruções relativas à própria máquina

7.1 – Descrição da máquina, seus acessórios, dos seus protectores e do seu


dispositivo de segurança
A máquina é constituída por:

- Caixa Vibrante:
Com dois painéis laterais opostos simetricamente construído em chapa de aço ST.37.2,
travados por esquadros metálicos de suporte das telas (redes de crivagem/selecção), que
são construídos em tubo quadrado e em perfil UPN com travamentos em barra.
- Blindagens.
- Mecanismo
Compreende:
- Árvore giratória montada sobre rolamentos;
- Chumaceiras de suporte dos rolamentos e das tampas;
- Dois rolamentos;
- Dois contrabalanços nas extremidades da árvore com parafusos adicionais, para o
interior da capa de protecção, fixados à caixa vibrante.
- Suportes – Suspensão
A suspensão é feita por intermédio de molas helicoidais de compressão sobre quatro
apoios mecano-soldados.
- Órgãos de Comando:
- Motor montado sobre um chassis;
- Potência variável conforme o tipo de crivo;
- Polia de comando.

7.1.1 – Transmissão polias/correia trapezoidal


O sistema de transmissão utilizado pela Metalúrgica do Tâmega é do tipo polia/correia,
sendo a transmissão efectuadas por várias correias.

Ajustamento da tensão das correias

Uma vez que o crivo se encontra apenas apoiado sobre a sua suspensão, um ajustamento
excessivo das correias de transmissão pode desequilibrar a máquina transversalmente e
interferir com a sua amplitude de vibração.
É difícil recomendar um valor de tensionamento exacto, mas a ideia é aplicar uma
tensão ligeiramente superior à que dá origem a ocorrem deslizamentos.
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7.1.2 – Motor eléctrico de transmissão


O motor eléctrico apropriado à máquina é do tipo "gaiola de esquilo". Para um débito de
energia equivalente a um motor "standard", fornece muito mais potência no arranque. O
pico de corrente nesta fase pode atingir oito vezes o valor nominal, por ligação directa.
Para ligar o motor pressione o interruptor de protecção térmica durante cerca 30
segundos.
A máquina tem de arrancar em cerca de 5 segundos.
Com baixas temperaturas, o atrito mecânico opõe maior resistência às rotações, e o
tempo de arranque pode ser mais prolongado.
Potência variável conforme o tipo de aplicação e dimensão do crivo. A sua velocidade
também varia de acordo com o tipo de aplicação.
Para mais detalhe consultar o departamento técnico da METALÚRGICA DO TÂMEGA.

Disposições dos cabos eléctricos

As secções dos cabos devem ser calculadas de acordo com o débito do motor e
também com a distância entre o motor e o quadro de equipamento eléctrico. Se os cabos
forem sub-dimensionados, as perdas por aquecimento dos cabos podem ser altas e
comprometer um bom arranque dos motovibradores.
Cálculo para dimensionamento dos cabos:

Figura 4 – Exemplo de cálculo da área da secção do cabo.


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Figura 5 – Exemplo de cálculo da área da secção do cabo.

7.2 – Dados relativos ao ruído e às vibrações produzidos pela máquina


A máquina produz um nível de ruído que depende da dimensão do crivo e do número de
andares do mesmo. No Quadro II são apresentados os valores do nível de ruído para
condições normais de utilização.
De acordo com esses valores, as directivas de inspecção do trabalho devem adequar-se à
protecção pessoal (tampões auriculares, duração da exposição, resguardos, etc.).

7.3 - Dados relativo ao equipamento eléctrico


A potência do motor eléctrico que equipa o crivo vibrante depende do modelo desta. No
quadro que se segue encontra-se indicada a potência dos motores utilizados nos nossos
crivos com rotação de 1500 r.p.m.. O arranque dos motores deve ser directo, deve ser
protegidos com disjuntores tripolares, todos os componentes eléctricos fornecidos estão
de acordo com as normas a eles aplicados.
Quadro IV – Potências dos motores de accionamento dos Crivos.
MODELO POTÊNCIA (CV)
CV1023 7.5
CV1330 15
CV1540 20
CV1845 25
CV2050 30
CV2060 40
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8 – Instruções de utilização da máquina

8.1 – Verifique o estado do CRIVO


Deve verificar se o crivo é utilizado apenas quando está em condições de serviço e de
segurança adequadas.
O início de operação do CRIVO só deve ser efectuada quando todas as medidas de
segurança estiverem accionadas, os guarda corpos de protecção, dispositivos de
emergência para desligar, silenciadores, extractores por vácuo, etc.
O veio de transmissão da vibração terá de ser lubrificado após a montagem e antes do
arranque com o lubrificante recomendado.
Verifique se o crivo é utilizado apenas quando está em condições de serviço e de
segurança.
A operação só deve ser efectuada quando todas as medidas de segurança foram
accionadas, os guarda corpos de protecção, blindagem dos órgãos em movimento,
dispositivos de emergência para desligar, silenciadores, extractores por vácuo, etc.
Antes de operar com o CRIVO, veja se no perímetro se encontra algum pessoal que possa
ser posto em risco. Dê uma volta ao crivo para ver se está alguém próximo, debaixo ou
dentro deste.
Avise todo o pessoal nas proximidades de que o crivo vai arrancar.

CUIDADO
Após as primeiras 50 horas de operação, verifique o aperto de todos os
parafusos, porcas e junções, e em especial a montagem do equipamento
do crivo.

8.1.1 – Arranque
Antes de ligar o CRIVO, ligue o transportador onde se vai efectuar a descarga do material
retido no CRIVO. O procedimento regular para o arranque é como segue:
1. Ligar o transportador de descarga (a);
2. Ligar o CRIVO (b);
3. Ligar a máquina que efectua a alimentação do CRIVO (c);.
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Figura 6 – Ilustração da sequência de ligação.

8.2 – Desligar
Para parar o CRIVO, inverta a ordem de operações do arranque:
1. Parar a máquina que efectua a alimentação do CRIVO;
2. Parar o CRIVO;
3. Parar o transportador de descarga;
A ligação e a paragem do CRIVO, dado que este está normalmente inserido num conjunto
de máquinas, são realizadas a partir da cabine de comando da instalação através de duas
betoneiras. É utilizada uma betoneira para arranque da máquina e outra para a paragem,
também existe um Stop de Emergência para paragem total da instalação. Em caso de
paragem da máquina há uma situação de encravamento de toda a lavagem.

8.3 – Modos e meios de paragem (paragem de emergência)


Na cabine de comando, deverá existir uma betoneira destinada à paragem desta
máquina, contudo para emergência ao longo da instalação e na própria cabine existem
betoneiras de emergência que efectuam a paragem total da instalação.

8.4 – Afinações

8.4.1 – Determinação da vibração


Existe uma etiqueta debaixo do veio de transmissão que torna fácil a leitura da vibração.
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Figura 7 – Ilustração da etiqueta de amplitude de vibração.


Etiqueta:
Na etiqueta, existem círculos pretos com diâmetros entre 5 e 11mm. Cada círculo tem
um diâmetro 1mm maior do que o círculo precedente. Quando o crivo vibra, pode ver
duas linhas de círculos sobrepostas; o diâmetro dos círculos que se tocam é igual à
amplitude da vibração.
Se se colocar nos topos do crivo, o círculo de vibração é observável como uma elipse.
A vibração nominal é geralmente definida pela leitura das etiquetas colocadas no centro
do crivo (debaixo do veio de transmissão)

8.4.2 – Velocidade de rotação


A velocidade de rotação do crivo, em rpm, é determinada de origem, de acordo com as
malhas nele instaladas.
Como é óbvio, é sempre possível modificar a configuração, contudo está alteração irá
alterar ligeiramente a eficácia de operação do crivo.

PERIGO
Quando as rotações são modificadas, a vibração também tem de ser
alterada, ao contrário, para manter uma aceleração.
Mantendo este valor de aceleração, protege-se melhor o crivo e os apoios de danos
causados por fadiga. O ajuste da velocidade/vibração é sempre feito numa base de meio-
termo, no intuito de ajustar o crivo com parâmetros que privilegiem o andar mais
importante (necessário à maior parte de área do crivo).

8.4.3 – Direcção da rotação


A direcção da rotação tem influência na velocidade do material no crivo.
A direcção de rotação "B" (ver Figura 8) tende a acelerar a velocidade do material.
A direcção de rotação "A" (ver Figura 8) tende a tornar mais lento o fluxo de material.

Notas:
A direcção de rotação "A" (ver Figura 8) torna a operação de crivo mais eficiente, mas
aumenta a probabilidade de tapamento nas malhas.
Geralmente, a direcção de rotação "B" (ver Figura 8) é escolhida em 90% dos casos.
Recomendamos que seja feita a opção durante os primeiros testes de operação do crivo.
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Figura 8 – Ilustração do sentido de rotação.

8.5 - Instruções para a regulação e a afinação


Cada crivo expedido é regulado para uma amplitude de vibração determinada em
conformidade com o material a crivar e com a produção desejada.
Quadro V – Factores que influenciam a crivagem.
INFLUÊNCIA SOBRE CRIVAGEM
FACTORES QUALIDADE DA CRIVAGEM
DÉBITO COLMATAGEM MALHA MALHA MALHA
FINA MÉDIA GROSSA
Aumento da
Inclinação
Rotação
Inversa
Aumento da
velocidade de
rotação
Lavagem

INFLUÊNCIA MUITO FAVORÁVEL

INFLUÊNCIA FAVORÁVEL

INFLUÊNCIA DESFAVORÁVEL

ATENÇÃO

€ A alimentação deve ser regular e uniformemente distribuída por toda a


largura da superfície do crivo.
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8.6 – Descarga dos produtos processados


Instale calhas e painéis metálicos para canalizar os materiais, evitar que caiam.
As descargas são geralmente feitas num transportador. O sistema de descarga deve ser
concebido de forma a facilitar a manutenção do crivo.
A descarga dos produtos processados deve ser contínua; a zona de descarga deve ser
concebida de forma a evitar que os produtos se acumulem debaixo da máquina.
Verifique se o equipamento de descarga tem dimensões suficientemente para não
entupir a descarga. Preveja a possibilidade de tratar 2 ou 3 vezes a produção nominal do
crivo.
Se utilizar um painel metálico para a descarga, este deve ter uma inclinação superior
mínima de 45 graus em relação à horizontal, caso contrário existe a possibilidade do
material ficar embaraçado.

8.7 – Colmatagem
O que é a colmatagem?
A colmatagem é um fenómeno que ocorre quando a pedra que está a ser crivada fica
presa na malha, e a vibração do crivo não é suficiente para a tirar de lá.
Causas possíveis da colmatagem:
- A pedra que chega ao crivo tem formatos e planos difíceis.
- A vibração é insuficiente para o calibre da malha.
Formas de evitar a colmatagem:
- Modifique o processo de britar de forma a aumentar cubicidade da pedra que chega ao
crivo.
- Substitua as malhas do crivo por malhas “anti-colmatante”.
- Modifique a afinação do crivo, aumentando a vibração.
- Verifique se o veio de transmissão do crivo roda na direcção "positiva".

8.8 – Atulhamento
O que é o atulhamento?
O atulhamento é um fenómeno que ocorre quando a malha fica coberta por materiais.
As malhas ficam, então, sem orifícios de passagem (“cegas”).
Causas possíveis para o atulhamento:
- A humidade dos materiais é excessiva para a malha;
- Os materiais têm componentes argilosos em excesso para a malha.
Maneiras de evitar o atulhamento:
- Modifique o processo, reduzindo a humidade/natureza argilosa na pedra que chega ao
crivo;
- Aumente o calibre da malha, se possível;
- Substitua as malhas do crivo por malhas "anti-atulhamento" (zig-zag);
- Modifique a afinação do crivo, aumentando a aceleração;
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- Reduza a quantidade de água debitada pelo sistema de aspersão.

8.9 – Escolha do equipamento de crivo


As malhas metálicas de tensão lateral podem ser substituídas por malhas de borracha ou
de poliuretano.
Se for necessária a utilização de outros tipos de malhas do crivo, isso é possível.
NOTAS
Quando substituir o equipamento original do crivo por equipamento de tipo diferente é
essencial adaptar a afinação da amplitude e da velocidade de vibração, para evitar danos
na máquina.
Consulte a Metalúrgica do Tâmega sobre este assunto. Malhas metálicas de crivo mais
comuns: Respeite os valores indicados na tabela em baixo, para protecção das malhas
do crivo.
Quadro VI – Escolha de malhas.
# D* (mm) # D* (mm) # D* (mm)
1 8 8 31,5 25 68
1,25 9,5 9 34 28 73
1,6 11 10 36 31,5 80
2 12,5 11,2 40 35,5 87
2,5 15 12,5 44 40 92
3,15 17 14 47 45 100
4 20 16 50 50 110
5 23 18 54 63 125
6,3 27 20 58 80 145
7,1 29 22,4 63 100 175

* D = valor máximo do material de alimentação.

8.10 – Emissão de poeiras


As operações de crivo, infelizmente, produzem poeiras.
No caso de haver uma emissão excessiva de poeiras, é possível proceder às seguintes
correcções com vista à sua redução:
- Colocação de equipamento de retenção de poeiras, para limitar esse fenómeno;
- Equipe o crivo com taipais móveis (elásticos), para isolamento, entre a máquina e as
redondezas (debaixo da tremonha do crivo, do transportador de descarga, etc.);
- Instale um sistema de extracção de poeiras.

8.11 – Tratamento com água


No caso de ser necessário, o crivo pode ser equipado com sistema de aspersão, para
molhar os materiais. Sobre este tema aconselhe-se com a Metalúrgica do Tâmega.
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Figura 9 – Crivo com sistema de aspersão.

8.12 – Informação dos riscos provocados por certas utilizações, pelo emprego de
determinados acessórios, e forma de minimizar e/ou eliminar estes riscos
Estas máquinas dispõem de protecções mecânicas nos volantes e peças em movimento e
estas efectuam o encravamento eléctrico da máquina. No entanto os operadores devem
respeitar uma distância de 50mm das partes com vibração.
Para acesso ao CRIVO deve ser utilizada uma plataforma com varandim em volta do
crivo para permitir o acesso para monitorização, à transmissão e aos parafusos de aperto
das redes.

8.13 – Informação dos modos de utilização proibidos


- Ligar a máquina sem que se tenha verificado a sua lubrificação.
- Retirar encravamentos eléctricos.

8.14 - Instruções para identificação e localização de defeitos ou avarias


Sobre – aquecimento
Vibrações
Ruído

8.15 - Instruções para a reparação de avarias e para o arranque após intervenção


Desapertar as peças que contêm a avaria e caso não seja possível reparar a peça deve
pedir à METALURGICA DO TÂMEGA uma peça de substituição indicando a
referência da peça;
Colocá-la novamente;
Verificar aperto;
Se for peça sujeita a afinação, deve proceder à sua afinação;
Efectuar o arranque como se trata-se de uma situação normal.
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8.16 - Instruções relativas ao equipamento de protecção individual que deve ser


utilizado
O operador da máquina deve usar:
Capacete de protecção individual;
Auriculares;
Botas de biqueira de aço.
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9 – Instruções de manutenção

9.1 – Natureza e periodicidade das inspecções


As intervenções de manutenção dos CRIVOS estão essencialmente associadas ao centro
do crivo. Assim as intervenções de manutenção a efectuar nos CRIVOS são:
Reapertar periodicamente todos os parafusos e porcas da máquina;
Verificar a tensão nas telas, o seu bom estado e a montagem correcta nas calhas de
borracha;
O lubrificante a utilizar nos crivos pode ser óleo ou massa. O tipo de óleo lubrificante a
usar é o ISO 12925-1 Tipo CKC 220 (por exemplo GALP Trangear 220 EP, ou ESSO
Spartan EP220), isto para o caso dos crivos Metalúrgica do Tâmega, com lubrificação a
óleo. No caso da lubrificação ser a massa, esta deve ser uma massa com consistência
NLGI 2 (por exemplo a massa GALP BELONA 2 EP).
O período para mudança de óleos é: 1ª vez 500 horas; as seguintes mudanças devem ser
efectuadas a cada 4000 horas.
A quantidade de óleo a colocar em cada crivo está indicado no Quadro VII.
Quadro VII – Quantidade de Óleo dos Crivos.
MODELO Litros de Óleo
CV1845 13
CV2050 16
CV2060 20

Deve verificar semanalmente o nível do óleo na vareta.


A lubrificação com massa deve ser efectuada semanalmente.
Nota: O crivo deve-se encontrar nivelado na direcção transversal.

9.2 – Instruções relativas às intervenções de manutenção para as quais são


necessários conhecimentos técnicos ou competências especiais (pessoal de
manutenção, especialistas)
Mudança de Telas (REDES DE SELECÇÃO):
1 - Desapertar os parafusos das blindagens;
2 - Bater sobre as blindagens para lhe retirar os inertes entranhados;
3 - Extrair cada uma das telas de selecção (REDES);
4 - Verificar o estado de conservação das calhas. Se estas se encontrarem deterioradas,
devem ser substituídas;
5 - Colocar as novas redes no local efectuando as operações inversas;
N.B.: Após colocação de uma nova tela, deve-se esticá-la frequentemente durante as primeiras
horas de trabalho.

Substituição das Molas da Suspensão:


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1 - Retirar as capas de protecção do comando;


2 - Tirar as correias trapezoidais;
3 - Desapertar o parafuso dos amortecedores;
4 - Desmontar os amortecedores;
5 - Levantar a caixa;
6 - Retirar as molas defeituosas;
7 - Repor no lugar as molas novas, os amortecedores, as correias e as capas.

Desmontagem da Árvore do Crivo:


1 - Retirar as correias;
2 - Retirar a polia;
3 - Retirar os contrabalanços;
4 - Retirar as tampas das chumaceiras;
5 - Retirar os rolamentos;
6 - Retirar a árvore.

Figura 10 – Veio excêntrico.


Substituição dos Rolamentos:
1 - Retirar as correias;
2 - Retirar a polia;
3 - Retirar os contrabalanços;
4 - Retirar os rolamentos;
6 – Colocar os rolamentos novos no lugar efectuando as operações inversas.

9.3 – Instruções relativas às intervenções de manutenção (substituição de peças,


etc.) cuja execução não requer competências específicas (operadores).
Afinações – Verificar a tensão nas telas, o seu bom estado e a montagem correcta nas
calhas.
Lubrificação – Deve ser feita periodicamente. Para mais informação consultar o ponto
9.1.
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9.4 – Pedido de peças de desgaste ou substituição


A Metalúrgica do Tâmega tem sempre peças em "stock", para serviços de reparação e
substituição rápidas.
Para encurtar prazos de entrega, e para assegurar a entrega das peças adequadas, deve
referir as seguintes informações, quando fizer encomendas:
- Modelo/tamanho do CRIVO;
- O número de série do CRIVO, gravado na placa de identificação e ilustrado na ficha
anexa da máquina;
- A quantidade exacta de cada peça necessária;
- A designação das peças conforme na ficha anexa da máquina.
- Instruções detalhadas sobre os envios, por via marítima, ferroviária, rodoviária ou
aérea.
Nota: Se o seu manual de peças está em mau estado ou extraviado, peça outra cópia à
Metalúrgica do Tâmega.
Para uma operação correcta, utilize apenas peças Metalúrgica do Tâmega. São o garante
de fiabilidade, fabrico rigoroso e boa qualidade.
Lista de peças de substituição:
- Telas de Crivagem (REDES);
- Veio excêntrico (Árvore);
- Rolamentos;
- Chumaceiras;
- Molas helicoidais;
- Contrabalanços;
- Correias trapezoidais.
Lista de peças de Desgaste:
- Telas de Crivagem (REDES);
- Calhas de Borracha;
- Parafusos, porcas e anilhas.

9.5 - Desenhos e esquemas

Quadro VII – Escolha de malhas.


TIPO A B C D E F G H K M
CV 2010 2250 2000 1400 800 2250 1800 1220 1300 1500 1100
CV 3013 3250 3000 1900 1000 3300 2300 1650 1700 1945 1400
CV 4015 4250 4000 2300 1100 4300 2700 1870 1820 2220 1480
CV 4518 4750 4500 2500 1100 4800 2900 2170 1820 2520 1480
CV 5020 5400 5000 2560 1225 5460 2980 2260 2000 2740 1600
CV 6020 6400 6000 2885 1385 6300 3275 2260 2285 2740 1835
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2 ANDARES 3 ANDARES

E 2 ANDARES 3 ANDARES
E
D
M
E D E
M

C C
C 18° C
18° 18°
18°

A A
A A

B B
B B

4 ANDARES PLANTA

4 ANDARES H PLANTA

E
F
H
18° G K

A 18° G K

Figura 11 – Planta e vista lateral dos crivos de 2, 3 e 4 andares.

CAPACIDADE DE CRIVAGEM POR M2 DE REDE

A – Materiais secos e de fácil crivagem


B – Materiais húmidos e de difícil crivagem
Figura 12 – Curvas de selecção nas duas situações de trabalho.
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Figura 13 – Pormenor do centro.


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10 – Instruções relativas à colocação fora de serviço, ou


desmantelamento
Para colocar fora de serviço uma máquina destas deve seguir o inverso do plano de
montagem.

OBSERVAÇÃO: Documentação Técnica de acessórios e componentes em Anexo.


MANUAL DE INSTRUÇÕES
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ANEXOS

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