Você está na página 1de 8

LABORATÓRIO

de
MÁQUINAS
HIDRÁULICAS
Disciplina:
Bombas
&
Instalações Hidráulicas
(Mecânica e Produção)

Professor
Sérgio Lopes dos Santos

Engenharia Mecânica

2012
RESUMO / SUMÁRIO

Exp. 1 Desmontagem e Montagem de Bomba


Depois de complementar as informações iniciais sobre bombas, dadas em sala de teoria, mostrando
rotores e demais componentes de bombas, os alunos desmontam e montam uma bomba centrífuga
radial, observando diretamente os caminhos que o fluido percorre dentro da bomba. (Bomba Centrífu-
ga Radial – Horizontal – De Mancal – INI-32-125 – IMBIL)
Exp. 2 Bomba Vibratória Anauger – Deslocamento Positivo – Levantamento CCB
Utilizada como bomba “sapo” no Laboratório, para o esvaziamento do reservatório principal, foi trans-
formada em bancada para o levantamento de curva característica e posterior comparação com a cur-
va fornecida pelo fabricante. Pelo fato de ser de Deslocamento Positivo é estudada a colocação de
válvula de alívio e segurança necessária ao bom funcionamento da mesma. (Anauger 800).
Levantamento de Curva Característica
Exp. 3
com Correção de Rotação - Bomba IMBIL
Levantando a curva característica principal da bomba, HB=f(Q), o objetivo da experiência é comparar
com a curva fornecida no catálogo do fabricante. Para tanto, o procedimento do ensaio deve ser o
mesmo feito pelo fabricante, ou seja, com correção da rotação. Com um tacômetro as rotações por
ensaio são levantadas e depois, através das leis da semelhança, os valores de carga e vazão são cor-
rigidos para a rotação padrão 3500rpm. (Bomba Centrífuga Radial – Monobloco – INI 32-125 fabrica-
da pela IMBIL).
Levantamento de Curva Característica com Correção de Rotação
Exp. 4
Bomba MB/Selagem Hidrocentrífuga
O objetivo desta experiência é o mesmo da anterior, ou seja, levantamento da característica principal,
com correção da rotação, e comparação com a curva fornecida pelo fabricante. Além disso, é mostra-
da a selagem não convencional, denominada “hidrocentrífuga”, que elimina o uso de gaxetas ou selo
mecânico. A bomba é construída em polipropileno e indicada para recalque de produtos químicos.
(Bomba Centrífuga Radial – Monobloco – Vertical – TG 25-12-124 – EMEBE DO BRASIL).
Exp. 5 Variador de Freqüência – Estudo de Comprovação de Economia
O objetivo desta experiência é mostrar a vantagem do uso do Variador de Freqüência, em relação ao
fechamento de válvula, para obtenção de vazões menores, obviamente quando é necessário trabalhar
com uma faixa de vazões. São levantadas duas curvas, uma com 60Hz, 3600rpm, e outra com menor
rotação através da regulagem do Variador. A economia percentual do uso do Variador, com menor ro-
tação, é calculada em relação à obtenção da mesma vazão, na situação de 60Hz, conseguida através
do fechamento parcial de uma válvula. (Bomba Centrífuga Radial – Monobloco – Horizontal – DBC da
MARK)
Exp. 6 Freio Dinamométrico – Levantamento das CCBs de uma Bomba
Nesta experiência, trabalhando com um motor suspenso por mancais de rolamento, uma célula de
carga e um analisador, podemos levantar todas as curvas fornecidas pelos fabricantes nos catálogos,
carga, rendimento e potência em função da vazão, com correção de rotação, para comparar com as
curvas características oferecidas pelo fabricante da bomba utilizada. (Bomba Centrífuga Radial – Hori-
zontal – de Mancal – DE da MARK).
Exp. 7 Associação de Bombas em Série
Utilizando a mesma bancada da segunda experiência, fechando e abrindo convenientemente as válvu-
las, associamos as bombas em série e levantamos a curva característica da Bomba Associação - BA,
comparando com a associação em série de duas curvas de bombas, obtida graficamente, ressaltando
o aumento de carga obtido com a associação.

Exp. 8 Associação de Bombas em Paralelo


Utilizando a mesma bancada da segunda experiência, fechando e abrindo convenientemente as válvu-
las, associamos as bombas em paralelo e levantamos a curva característica da Bomba Associação - BA,
comparando com a associação em paralelo de duas curvas de bombas, obtida graficamente, ressal-
tando o aumento de vazão obtido com a associação.
EXP. 1 – DESMONTAGEM & MONTAGEM DE BOMBA

1.1- Apresentação

O Laboratório de Máquinas Hidráulicas da FEI possui cinco bombas centrífugas radi-


ais INI-32-125 (Fig. 1.1 – catálogo/genérica/Fig. 1.2 – bomba do laboratório), doadas pe-
la IMBIL, para desmontagem e montagem.
Fig. 1.1

Fig. 1.2

1. 1
1.2 - Informações do Catálogo do Fabricante

1.2.1 – Aplicação das Bombas INI - IMBIL

Bombeamento de líquidos em saneamento, irrigação, indústrias químicas e petro-


químicas, usinas de açúcar, destilarias, indústrias de papel e celulose, esgotos brutos, cal-
do com bagacilho, circulação de óleo térmico, condensados, etc. As bombas da linha INI-
BLOCK (monobloco) são indicadas no bombeamento de líquidos limpos ou turvos, e en-
contram aplicação em instalações prediais e de ar condicionado, em serviços de resfria-
mento, na circulação de condensados, em irrigações, nas lavouras, nos serviços públicos,
em abastecimento de água nas indústrias, etc.

1.2.2 – Construção

Construída dimensionalmente de acordo com as normas DIN 24 256/ISO 2858 e


mecanicamente de acordo com a norma ANSI B73.1.
Bombas de eixo horizontal, mono-estágio, sucção horizontal e recalque vertical, de
construção “BACK PULL-OUT”, permitindo a desmontagem para eventual manutenção pela
parte traseira, sem afetar o alinhamento e a fixação das tubulações.
Carcaça espiral, fundida em uma única peça, incorporando os pés de fixação. A suc-
ção e a descarga são flangeadas (ANSI B16.5 FF / B16.5 RF). NOTA: Alguns modelos po-
dem ser fornecidos com sucção e descarga rosqueadas.
A vedação entre o rotor e a carcaça é feita por anel de desgaste substituível, facili-
tando a manutenção da bomba. A vedação do eixo é assegurada por gaxeta na execução
Standard ou opcionalmente por selo mecânico (Tipo 21). O eixo é dotado de bucha prote-
tora na região do engaxetamento, sem contato com o líquido bombeado. O rotor é fecha-
do único, possui equilíbrio de empuxo axial através de furos de alívio, exceto nos modelos
32-125 e 32-160. Dependendo da temperatura do líquido bombeado, as bombas podem
ser fornecidas com câmara de refrigeração.
O motor é fornecido com a bomba, padronizado com flange e ponta de eixo JM/JP
de acordo com a norma NEMA. Características: grau de proteção: IP 55, isolamento: B
(130ºC) – NBR 7094, fator de serviço: 1,15 (até 50 CV) e 1,0 (acima de 50CV), rotação:
3500/1750 – 60Hz

1.3 - Desmontagem

O objetivo desta experiência não é preparar o aluno para serviços de reparos e ma-
nutenção de bombas, especializando-o, e sim provocar o contato e a visualização dos
componentes internos de uma bomba, identificando as peças, execução da carcaça, sela-
gem, observando os caminhos internos do fluido desde o bocal de entrada até o bocal de
saída. Para tanto deverá ler o Capítulo 2 do livro de teoria, que será complementado nas
aulas de laboratório.

As bombas estão localizadas na bancada de desmontagem (Fig. 1.4) e cada grupo


de alunos receberá um conjunto de ferramentas (Fig. 1.3), desmontando a bomba no box
e verificando os detalhes internos.

Para ser desmontada devemos retirar o acoplamento elástico que liga o eixo da
bomba com o eixo do motor elétrico e em seguida retirar os parafusos de fixação da base
traseira da bomba, deixando a carcaça presa aos tubos de sucção e recalque, facilitando,
portanto o serviço de manutenção. É claro que este é o procedimento quando a bomba
está operando numa instalação.

1. 2
Fig. 1.3 Fig. 1.4

Como a bomba foi construída no sistema back-pull-out, ou seja, desmontagem


pela parte traseira, devemos retirar todos os parafusos que prendem a carcaça ao corpo
da bomba. Desta forma poderemos retirar todo o conjunto por trás (Fig. 1.5).

Fig. 1.5

Observe na Fig. 1.5 que a carcaça possui um anel de desgaste colocado por interfe-
rência e o rebaixo na parte dianteira do rotor é encaixado neste anel com ajuste incerto.
Não vamos desmontar a caixa de rolamentos somente a parte hidráulica do conjunto.

Em seguida, solte o rotor retirando a porca castelo, com cabeça arredondada, para
diminuir a perda na entrada do fluido, sacando o rotor do eixo e a chaveta paralela (Fig.
1.6). Observe que existe um anel de desgaste na parte traseira, entretanto, ele é preso
no rotor por interferência, e entra no ressalto da tampa de pressão por ajuste incer-
to.===========================================

1. 3
Fig. 1.6

Continuando, puxe a tampa de pressão, retirando-a do eixo, trazendo junto toda a


caixa de selagem da bomba e a luva protetora de eixo. Retire a luva, solte o prensa-
gaxetas e retire somente o primeiro anel de gaxeta para observação (Fig. 1.7).

Fig. 1.7

No eixo da bomba (montada), entre o prensa-gaxetas e o retentor da caixa de ro-


lamentos, existe um anel de borracha, solidário ao eixo, denominado “anel centrifugador”,
que tem a função de centrifugar gotas de água que poderiam migrar pelo eixo e tentar

1. 4
entrar na caixa de rolamentos. Esse anel pode ser visto na bomba em corte que está loca-
lizada dentro do Laboratório (Bomba – ETA da KSB)

1.3.1 – Bomba Desmontada

Com a bomba desmontada, o aluno deverá observar vários detalhes, tais como:

 Rotor: tipo do rotor e formato das pás;

Rotor: fechado, semi-aberto ou aberto. Formato das Pás: voltadas para trás, volta-
das para frente ou radiais.

 Anéis de desgaste: posições ocupadas e montagem;

Verificar se os anéis estão presos na carcaça ou no rotor. Verificar se existe ou não


furação do rotor interligando a parte traseira com a dianteira.

 Selagem: anéis de gaxetas e anel cadeado, prensa gaxetas;

Só o primeiro anel de gaxeta deverá ser retirado. Verifique com os dedos, interna-
mente na caixa de gaxetas, os demais anéis e o anel cadeado. Verifique a monta-
gem do prensa-gaxetas em duas partes que permitem a retirada do mesmo sem a
desmontagem da bomba.

 Luva protetora do eixo: vedação interna e fixação no eixo;

Verifique o interior da luva protetora de eixo, notando o rebaixo para colocação de


“O” ring de borracha que permite a vedação interna e o ressalto do eixo para encos-
to do mesmo. Verifique o recorte na ponta da luva protetora de eixo que permite
que um dos lados da chaveta trave a luva no eixo.

 Plugs externos e furações internas para passagem de fluido, etc.

Observe o furo na tampa de pressão que permite o ingresso de fluido no anel cade-
ado e os plugs externos que permitem a alimentação externa com água limpa do
anel cadeado.

1. 5
Na Fig. 1.8 – Recomendações de Gaxetas – Teadit - Asberit.

Fig. 1.8

1. 6

Você também pode gostar