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EXP.

6 – ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS EM SÉRIE

6.1 - Apresentação

Esta experiência também será realizada na bancada que opera com as duas bombas
da IMBIL e que já foi utilizada na experiência anterior. Através da abertura e do fecha-
mento de algumas válvulas, vamos permitir a associação em série das bombas. Na Fig.
6.1 temos um esquema parcial da instalação, mostrando as bombas B1 e B2, iguais, e
definindo as seções (1), (2), (3) e (4), com as respectivas pressões, que serão utilizadas
no equacionamento da experiência.

ASSOCIAÇÃO - SÉRIE

(4)

(3) B2

(2)

(1) B1

Fig. 6.1

Os manômetros estão alinhados na horizontal e instalados numa caixa (Fig. 6.2)


fornecendo as pressões das quatro seções. Assim, P1 e P2: entrada e saída da bomba B1
(primeira bomba da associação) e P3 e P4: entrada e saída da bomba B2 (segunda bomba
da associação)
Fig. 6.2

______________________________________________________________________________ 6.1
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Antes de iniciar a experiência verifique qual o caminho que deverá ser percorrido
pelo fluido para passar pelas duas bombas. Como as mesmas deverão ser associadas em
série, a sucção deverá ser feita por uma das bombas (B1) e após passar pela primeira
bomba o fluido deverá ser dirigido para a entrada da segunda bomba (B2). Abra as válvu-
las necessárias para que isto aconteça, fechando as válvulas que podem permitir a fuga
deste caminho (Vide Figs.6.3 e 6.4).

Fig. 6.3

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Fig. 6.4

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6.2 - Objetivo da Experiência

Levantar a curva HB A  f (Q A ) da associação das bombas B1 e B2 em série, onde,


HBA e QA representam a carga manométrica e a vazão da bomba fictícia denominada
“bomba associação” (BA), obtida através do levantamento de dados, comparando com a
associação em série das curvas oferecidas pelo fabricante.

6.3 - Cálculo das Grandezas Envolvidas

6.3.1 - Vazão da Associação - QA

A vazão da associação é a vazão que passa pelas duas bombas e é descarregada


no tanque superior. Portanto, a vazão será obtida cronometrando o preenchimento de um
volume no tanque:

∆ℎ 𝑥 𝐴𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒
𝑄𝐴 =
𝑡

O visor de nível do tanque superior está graduado em unidade de comprimento e


devemos anotar o h preenchido (ATanque = 1,916 m2).

Não permita que durante as leituras seja ultrapassada a garra superior do visor de
nível e quando isto acontecer abra a válvula de retorno para o manancial, localizada no
piso, esvaziando o reservatório.

Para orientar as mudanças de vazão utilize o mesmo procedimento utilizado em


experimentos anteriores, ou seja, verifique o intervalo de pressões no manômetro de saída
(P4) da segunda bomba (B2). Na vazão nula temos pressão máxima, e na vazão máxima
temos pressão mínima, que devem corresponder ao primeiro e ao último ensaio, respec-
tivamente.

Dividir este intervalo em 6 ou 7 ensaios, preenchendo a coluna da pressão P4 da


tabela utilizada no levantamento de dados. Durante o levantamento de dados, utilize a
válvula para ajustar as pressões programadas, levantando os demais dados necessários.
Desta forma teremos uma boa distribuição dos pontos da curva característica pretendida.

6.3.2 - Altura Manométrica da Associação - HBA

Para determinar, vamos aplicar a equação da energia de (1) a (4), (veja as seções
consideradas na Fig. 6.1):

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H1  HB1  HB2  H4  Hp1 , 4

2 2
v1 p v p
 1  z1  HB1  HB2  4  4  z 4  Hp1, 4
2g  2g 

 z  0  desprezado em função do alinhamento horizontal dos manômetros

HB1  HB2  HB A

2 2
v p v p
HB A  4  4  1  1  Hp1 , 4
2g  2g 

 Hp1,4 =?

No entanto Hp1 , 4  Hp2 , 3 , já que na equação da energia não devemos utilizar a


parcela da perda de carga entre a entrada e a saída de uma máquina. Então, para deter-
miná-la, podemos aplicar a equação de (2) a (3):

H2  H3  Hp2 , 3  z 0

2
v2 p v2
3 p
 2   3  Hp2 ,3
2g  2g 

v2 p2 v2 p
Hp2 , 3  2
  3  3
2g  2g 

se Hp1 , 4  Hp2 , 3 , substituindo na equação acima:

v 24 p4 2
v1 p1 v2 p2 v2 p
 HB A      2
  3  3
2g  2g  2g  2g 

como v 4  v2 e v1  v 3 , temos:

2 v 24 2
2 v1 p  p2  p1  p 3
HB A    4
2g 2g 

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2 2
p 4  p2  p1  p3 v4  v1
HB A  
 g

Para calcular as velocidades podemos utilizar a vazão (QA) que já foi levantada,

4 .𝑄𝐴
QA = v . A  𝑣= 𝜋.𝐷2

onde : sucção (1) e (3) - D = 52,5 mm

recalque (4) e (2) – D = 35 mm

6.4 – Comparação e Relatório

Com os valores levantados, construir uma tabela, tipo “desenvolvimento”, para fa-
cilitar os cálculos, destacando HBA e QA.

Numa mesma folha levantar duas curvas, comparando-as:

 Curva da bomba associação (BA), HB A  f (Q A ) , conseguida através do levantamento


de dados, com duas bombas associadas em Série (sem correção de rotação);
 Curva da bomba associação, HB A  f (Q A ) , conseguida com a associação em Série de
duas bombas da IMBIL, utilizando curva de uma bomba, fornecida pelo fabricante
(abaixo segue a instrução de onde a informação da curva deve ser retirada (*)).

Utilizar a tabela ((*) HB e Q) de uma das bombas, levantada pelo fabricante para
as bombas doadas assim que foram fabricadas, sem correção de rotação, utilizando os
dados da tabela mostrada na Fig. 3.7 da página 3.5 da Exp. 03, cujos valores foram
indicados como “Valores Rotação de Ensaio”.

Convém lembrar que no levantamento de dados desta experiência não foi feita a
correção da rotação. Desta forma, para evitar erros, estamos utilizando na comparação,
as curvas do fabricante também sem correção de rotação, evitando erros que acontece-
riam caso comparássemos com curvas corrigidas para 3500 rpm.

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6.5 - Tabela para anotação dos dados

Exp. 6 Associação em Série


ensaios ∆h t p1 p2 p3 p4
Unid.

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