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EXP.

7 – ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS EM PARALELO

7.1 - Apresentação

Esta experiência também será realizada na bancada que pode operar com duas
bombas da IMBIL e que já foi utilizada na experiência anterior. Através da abertura e
do fechamento de algumas válvulas, vamos permitir a associação em paralelo das bom-
bas. Na Fig. 7.1 temos um esquema parcial da instalação, mostrando as bombas B1 e
B2, iguais, e definindo as seções (1), (2), (3) e (4). Os manômetros estão alinhados na
horizontal e instalados numa caixa (Fig. 7.2) fornecendo as pressões das quatro seções.

ASSOCIAÇÃO – PARALELO

QA (6)

(5)
(4)

B2
(3)
(2)
Q2
B1
(1)

Q1 Fig. 7.1

Fig. 7.2

______________________________________________________________________________ 7.1
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Antes de iniciar a experiência verifique qual o caminho que deverá ser percorrido
pelo fluido para passar pelas duas bombas. Como as mesmas deverão ser associadas em
paralelo, a sucção deverá ser feita pelas duas bombas (B1 e B2) (Q1 e Q2), juntando os
escoamentos no trecho comum e transportando a vazão da associação (QA) até o tanque
(Figs. 7.3 e 7.4).

Fig. 7.3

Fig. 7.4

______________________________________________________________________________ 7.2
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O objetivo é que a instalação seja simétrica. Abra as válvulas necessárias para
que isto aconteça, fechando as válvulas que podem permitir a fuga deste caminho.

7.2 - Objetivo da Experiência

Levantar a curva HB A  f (Q A ) da associação das bombas B1 e B2 em paralelo,


onde, HBA e QA representam a carga manométrica e a vazão da bomba fictícia denomi-
nada “bomba associação” (BA), obtida através do levantamento de dados, comparando
com a associação em paralelo das curvas oferecidas pelo fabricante.

7.3 - Cálculo das Grandezas Envolvidas

7.3.1 - Vazão da Associação - QA

A vazão da associação é a vazão que passa pelas duas bombas e é descarregada


no tanque superior. Portanto, a vazão será obtida cronometrando o preenchimento de
um volume no tanque:

∆ℎ 𝑥 𝐴𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒
𝑄𝐴 =
𝑡

O visor de nível do tanque superior está graduado em unidade de comprimento e


devemos anotar o h preenchido (ATanque = 1,916 m2).

Não permita que durante as leituras seja ultrapassada a garra superior do visor de
nível e quando isto acontecer abra a válvula de retorno para o manancial, localizada no
piso, esvaziando o reservatório.

Para orientar as mudanças de vazão utilize o mesmo procedimento utilizado em


experimentos anteriores, ou seja, verifique o intervalo de pressões num dos manôme-
tros de saída (P2 ou P4) da saída das bombas (B1 ou B2). Na vazão nula temos pres-
são máxima, e na vazão máxima temos pressão mínima, que devem corresponder ao
primeiro e ao último ensaio, respectivamente.

Dividir este intervalo em 6 ou 7 ensaios, preenchendo a coluna da pressão, P2 ou


P4, da tabela utilizada no levantamento de dados. Durante o levantamento de dados,
utilize a válvula para ajustar as pressões programadas, levantando os demais dados ne-
cessários. Desta forma teremos uma boa distribuição dos pontos da curva característica
pretendida.

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7.3.2 - Altura Manométrica da Associação - HBA

Para determinar, vamos aplicar a equação da energia das seções (1) e (3) até a
seção (6), considerando que Q1  Q2  HB1  HB2 , pois as bombas são iguais e a insta-
lação é simétrica (vide as seções consideradas na Figura 7.1). Aplicando a equação para
diversas entradas e diversas saídas, temos:

 QH   N(bombas)   QH  Natritototal


e s

Q1H1  Q2H3  Q1HB  Q2HB  QAH6  ...


1 2

...  Q1Hp2,5  Q2Hp4,5  QAHp5,6

cancelando os (s) e substituindo Q1  Q 2 


QA
2
, temos :

QA Q Q Q
 H1  A  H3  A  HB  A  HB  Q A  H6  ...
2 2 2 1 2 2
Q Q
...  A  Hp2,5  A  Hp4,5  Q A  Hp5,6
2 2

HB HB
sabendo que 1  2  HB pois HB  HB  HB , e cancelando todas as va-
2 2 A 1 2 A
zões, temos:

H1 H3 Hp2,5 Hp4,5
  HB  H6    Hp5,6 (*)
2 2 A 2 2
?

No entanto não conhecemos as perdas. Se calcularmos através das fórmulas co-


nhecidas vamos incorrer num erro, provocado pelo uso de tabelas que fornecem apenas
valores aproximados dos coeficientes, especialmente das singularidades. Para solucionar
o problema, já que podemos conhecer as pressões das seções (2) e (4) através do le-
vantamento de dados, vamos aplicar a equação para diversas entradas e saídas, das se-
ções (2) e (4), seções de saída das duas bombas, até a seção (6):

Q1H2  Q2H4  QAH6  Q1Hp2,5  Q2Hp4,5  QAHp5,6

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Substituindo novamente as vazões, deixando todas as parcelas em função da va-
zão da associação QA, e cancelando os  ( s ) , temos:

QA Q Q Q
 H2  A  H4  Q A  H6  A  Hp2,5  A  Hp4,5  Q A  Hp5,6
2 2 2 2

Cancelando a vazão da associação QA, de todas as parcelas:

H2 H Hp2,5 Hp4,5
 4  H6    Hp56
2 2 2 2

=>Resolvendo o problema das perdas.

Substituindo na equação acima (*), temos:

H1 H3 H H
  HB  H6  2  4  H6
2 2 A 2 2

1
HB   (H2  H4  H1  H3 )
A 2

v2 p
Lembrando que para as seções (1), (2), (3) e (4): H 
2g 

1 v2 p2 v 2 p4 v12 p1 v 2 p
HB  ( 2   4     3  3)
A 2 2g  2g  2g  2g 

se v 4  v2 e v1  v 3 , substituindo:

1 v 24 v12 p2  p4  p1  p3
HB   (2  2  )
A 2 2g 2g 

v2 2
4  v1  p4  p2  p1  p3
HB 
A 2g 2

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Para calcular as velocidades podemos utilizar a vazão (QA) que já foi levantada,
entretanto, note que as velocidades serão calculadas para as seções de entrada e saída
das bombas, então, deveremos dividir a vazão da associação (QA) por dois, pois cada
bomba recalca metade da vazão total, assim:

Q
4. A
QA/2 = v . A  v 2
 . D2

onde :

sucção (1) e (3) – D = 52,5 mm

recalque (4) e (2) – D = 35 mm

7.4 – Comparação e Relatório

Com os valores levantados, construir uma tabela, tipo “desenvolvimento”, para fa-
cilitar os cálculos, destacando HBA e QA.

Numa mesma folha levantar duas curvas, comparando-as:

 Curva da bomba associação (BA), HB A  f (Q A ) , conseguida através do levantamento


de dados, com duas bombas associadas em Paralelo (sem correção de rotação);
 Curva da bomba associação, HB A  f (Q A ) , conseguida com a associação em Paralelo
de duas bombas da IMBIL, utilizando curva de uma bomba, fornecida pelo fabricante
(abaixo segue a instrução de onde a informação da curva deve ser retirada (*)).

Utilizar a tabela ((*) HB e Q) de uma das bombas, levantada pelo fabricante para
as bombas doadas assim que foram fabricadas, sem correção de rotação, utilizando os
dados da tabela mostrada na Fig. 3.7 da página 3.5 da Exp. 03, cujos valores foram
indicados como “Valores Rotação de Ensaio”.

Convém lembrar que no levantamento de dados desta experiência não foi feita a
correção da rotação. Desta forma, para evitar erros, estamos utilizando na comparação,
as curvas do fabricante também sem correção de rotação, evitando erros que acontece-
riam caso comparássemos com curvas corrigidas para 3500 rpm.

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7.5 - Tabela para anotação dos dados

Exp. 7 Associação em Paralelo


ensaios ∆h t p1 p2 p3 p4
Unid.

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