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Escreva um breve texto justificando a sua escolha na classificação dos tópicos 24, 25, 28
e 30.
24. Nenhuma teoria é neutra e desinteressada. O currículo passa a ser visto como uma
construção histórica e social que privilegia os conhecimentos considerados válidos.
Fiquei em dúvida, não sabia se colocava em crítica ou pós crítica. Após reler, encontrei
que ambas as teorias (crítica, marxista, e pós crítica, textualista discursiva) concordam
que só há neutralidade para a teoria tradicional. No entanto, decidi colocar como pós-
crítica.
25. Procuram olhar com atenção para o conjunto de transformações políticas, econômicas,
educacionais, culturais e tecnológicas que emergem desde as últimas décadas do século
XX, alterando significativamente os modos de vida de diferentes sociedades,
configurando o que alguns autores chamam de pós-modernidade. Incorporam em suas
análises conceitos e concepções do pós-estruturalismo e dos estudos culturais, dedicando
atenções para a desconstrução, as diferenças, as representações e os processos de
subjetivação implicados com o conhecimento escolar. Nas disputas teóricas do campo do
currículo, são criticadas por enfatizarem processos discursivos das desigualdades e um
certo abandono da classe social em suas produções.
Primeiro coloquei essa afirmação em crítica, após mais leituras, troquei para teoria pós
crítica. Isto porque, acredito que a teoria pós-crítica tece discursos sobre a desigualdade,
por isso, percebo na teoria pós crítica maior desprendimento de energia para encontrar o
equilíbrio social e valorização do diferente.
“As ideias de razão, ciência, racionalidade e progresso
constante que estão no centro desse pensamento estão
indissoluvelmente ligadas ao tipo de sociedade que se
desenvolveu nos séculos seguintes. De uma certa
perspectiva pós-modernista, são precisamente essas ideias
que estão na raiz dos problemas que assolam nossa época.
Em termos estéticos, o pós-modernismo ataca as noções de
pureza, abstração e funcionalidade que caracterizaram o
modernismo na literatura e nas artes (SILVA, 209, p 111).”
As teorias pós-críticas revelam que o poder está em toda parte e que é multiforme. E as
teorias críticas afirmam, existe formas de poder mais perigosos e ameaçadores do que
outros.
Considero essa afirmação pertencente à teoria tradicional, visto que, essa teoria valoriza
a aceitação, o ajuste e a adaptação. Favorece a hegemonia.
30. São teorias da desconfiança radical da estrutura social dominante, do status quo,
entendendo a escola e o conhecimento como fundamentais para a emancipação dos
sujeitos.
Creditei essa afirmação à teoria pós crítica, pois, segundo Silva (2009),
Bobbitt (1876-1956), escreve livro que marca a escola como conservadora e burocrática,
para resultados específicos, por meio do modelo empresarial. Assim, estabelece o
currículo, que tem transmissão de conhecimento sistematizado, lógico e método
expositivo, tendo o professor como centro. Sistema educacional newtoniano-cartesiano,
tradicional, tecnicista e escolanovista, que domina e prevalece até década de 1960.
Bourdieu faz parte da teoria crítica e é quem defende que o currículo determina valores e
hábitos, que produz e mantém a desigualdade, portanto, é teoria crítica.
[...] a capacidade de conviver com a diferença, sem falar na capacidade de gosta dessa
vida e beneficiar-se dela, não é fácil de adquirir e não se faz sozinha. Essa capacidade é
uma arte que, como toda arte, requer estudo e exercício. A incapacidade de enfrentar a
pluralidade de seres humanos e a ambivalência de todas as decisões classificatórias, ao
contrário, se perpetuam e reforçam: quanto mais eficazes as tendências a 2807
homogeneidades e o esforço para eliminar a diferença, tanto mais difícil sentir-se à
vontade em presença de estranhos, tanto mais ameaçadora a diferença e tanto mais intensa
a ansiedade que ela gera (BAUMAN, 2001, p. 123).
BAUMAN, Zygmund. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2001.
GOMES, Nilma Lino. Indagações sobre currículo: diversidade e currículo; organização
do documento Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do
Nascimento. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
48p.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do
currículo. 3.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.