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Nome: Elisa Maria Machado Lima

Disciplina: Organização dos processos educativos II

Turma: EED 7132

Data: 02/03/2022

Teorias do Currículo

Teorias tradicionais Teorias críticas Teorias pós-críticas

Perduraram por 4 décadas sem Baseadas nas contribuições de Enfatizam as relações de gênero, a
questionamentos, servindo como Bourdieu e Passeron, analisam a sexualidade, as relações étnico-raciais e
referência e modelo para vários países. reprodução da cultura dominante na outras diferenças que operaram nas s
escola, em que os estudantes das relações de dominação,
classes sociais ‘mais elevadas’ são complexificando o pensamento crítico
providos de um capital cultural que se já iniciado por outras abordagens.
aproxima daquilo que a escola ensina.
Já, os estudantes das classes ‘baixas’,
não têm o mesmo ‘privilégio’ e pouco
se reconhecem nos conteúdos escolares.

Defendem saberes hegemônicos. Conjunto de análises centradas na Entendem que as diferenças não precisam
reprodução escolar da sociedade de ser minimizadas e diminuídas para que as
classes e nos processos desiguais de pessoas tenham seus direitos garantidos.
produção e distribuição do capital. Pelo contrário: defendem que a diferença
precisa ser tratada como tal, para que a
escola deixe de ser excludente.

Entendem que o sistema educacional A partir das contribuições Michael Apple, Instalam questionamentos acerca da
deve ser eficiente como qualquer outra analisam o papel da escola e do currículo cultura dominante presente nos currículos
empresa. no processo de reprodução da sociedade escolares, que acaba sendo vista como
capitalista, mas não como um processo ideal e desejada.
determinado exclusivamente pela
economia e pelo capital. Trata-se de um
incessante trabalho de convencimento
sobre as pessoas para garantir a
desejabilidade e a legitimidade deste
modelo de sociedade. Este trabalho de
convencimento é parte do processo de
hegemonia, que atingirá seu ápice quando
se torna senso comum.
A educação escolar é vista como um De acordo com as contingências históricas, Entendem a diferença como uma produção
processo de moldagem dos sujeitos, a preocupam-se com questões dos acessos histórica, social e cultural que se dá não
fim de adaptá-los à sociedade. desiguais à escola e ao conhecimento e têm somente pelas diferenças de classe, mas
a igualdade como pauta de luta pelos por outros aspectos da vida social, como
direitos e injustiças sociais. etnia, gênero... A diferença é construída
(também) pelo discurso.

Com a necessidade de massificar o acesso Enfatizam as desigualdades sociais Ampliam as análises entre currículo e
à escola, defendem um currículo universal, reproduzidas pela escola, seja por meio relações de poder. Estas análises colocam
capaz de formar sujeitos produtivos para a dos currículos, seja por meio das relações em relevo o conhecimento enquanto parte
sociedade capitalista estabelecidas nas instituições constitutiva do poder, e não como algo
externo ou oposto a ele. Baseadas no
pensamento de Michel Foucault, apontam
a indissociabilidade entre poder e saber
(pode-saber). O poder, para Foucault, é
relacional (relações de poder), está em toda
parte, é multiforme, dinâmico, não fixo,
descentrado e disseminado pela rede
social.
Dizem-se neutras e científicas. Questionam a noção de currículo oculto, Nenhuma teoria é neutra e desinteressada.
Apropriando-se da ideia de uma suposta afirmando que com a ascensão neoliberal o O currículo passa a ser visto como uma
neutralidade da ciência, apresentam-se currículo tornou-se assumidamente construção histórica e social que privilegia
como isentas de qualquer ideologia. capitalista. os conhecimentos considerados válidos.
Preocupação centrada na organização, O currículo, como transmissor da ideologia Procuram olhar com atenção para o
dominante, é visto como um lugar poder. conjunto de transformações políticas,
transmissão e eficiência do ensino. Este conjunto teórico tem uma econômicas, educacionais, culturais e
compreensão de poder centrado e fixo em tecnológicas que emergem desde as
algo ou alguém. Trata-se de um poder que últimas décadas do século XX, alterando
polui as relações, polarizando-as entre significativamente os modos de vida de
dominador X dominado, opressor X diferentes sociedades, configurando o que
oprimido. alguns autores chamam de pós-
modernidade. Incorporam em suas
análises conceitos e concepções do pós-
estruturalismo e dos estudos culturais,
dedicando atenções para a desconstrução,
as diferenças, as representações e os
processos de subjetivação implicados com
o conhecimento escolar. Nas disputas
teóricas do campo do currículo, são
criticadas por enfatizarem processos
discursivos das desigualdades e um certo
abandono da classe social em suas
produções.
E escola tem a função de ajustar e de Denunciam a existência de um currículo Entendem o currículo como um lugar de
adaptar os sujeitos à sociedade. oculto, o qual é constituído por aspectos da
disputas discursivas, sempre implicadas
vida escolar que não estão explícitos nos em relações de poder, nas quais estão em
currículos, ensinando atitudes, valores e jogo compreensões de mundo e
comportamentos convenientes à estrutura representações de identidades (de classe,
da sociedade capitalista. raça, etnia, gênero, sexualidade, entre
outras). Há, portanto, total conexão entre
currículo, poder-saber e identidade.
Denunciam as relações sociais desiguais Questionam as instituições e os discursos
ensinadas e reproduzidas no espaço que buscam definir o que é correto e
escolar, em que os mais pobres aprendem incorreto, o que é normal e anormal.
a ser subordinados e os demais aprendem
a mandar, chefiar...

De acordo com o pensamento de Paulo São teorias da desconfiança radical da


Freire, enfatizam a necessidade de romper estrutura social dominante, do status quo,
com a lógica da educação bancária, vendo entendendo a escola e o conhecimento
a educação e a pedagogia como uma forma como fundamentais para a emancipação
de emancipação e de libertação do sujeito. dos sujeitos.

Os conhecimentos curriculares são


analisados como uma forma de
corporificação das relações sociais de
poder. Há, portanto, uma forte conexão
entre o código dominante do currículo e a
reprodução do formas de consciência, de
acordo com a classe social.
A partir das críticas de Althusser, apontam
a escola e o currículo como aparelho
ideológico do Estado que contribui para a
reprodução da sociedade capitalista,
fazendo com que ela seja vista como boa e
desejável.
“O modelo de Bobbitt estava claramente “A teoria crítica questiona o status quo e o “[...] para o pós-modernismo, o sujeito
voltado para a economia. Sua palavra-chave era responsabiliza pelas desigualdades e injustiças moderno é uma ficção (SILVA, 209, p 113).”
"eficiência". O sistema educacional deveria ser sociais (SILVA, 209, p 30).”
tão eficiente quanto qualquer outra empresa
econômica. Bobbitt queria transferir para a
escola o modelo de organização proposto por
Frederick Taylor (SILVA, 209, p 23).”

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para postar.

1. Perduraram por 4 décadas sem questionamentos, servindo como referência e modelo para vários países.

2. Defendem saberes hegemônicos.

3. Baseadas nas contribuições de Bourdieu e Passeron, analisam a reprodução da cultura dominante na escola, em que os
estudantes das classes sociais ‘mais elevadas’ são providos de um capital cultural que se aproxima daquilo que a escola ensina. Já, os
estudantes das classes ‘baixas’, não têm o mesmo ‘privilégio’ e pouco se reconhecem nos conteúdos escolares.

4. Entendem que o sistema educacional deve ser eficiente como qualquer outra empresa.
5. Enfatizam as relações de gênero, a sexualidade, as relações étnico-raciais e outras diferenças que operaram nas s relações de
dominação, complexificando o pensamento crítico já iniciado por outras abordagens.

6. A educação escolar é vista como um processo de moldagem dos sujeitos, a fim de adaptá-los à sociedade.

7. Conjunto de análises centradas na reprodução escolar da sociedade de classes e nos processos desiguais de produção e distribuição
do capital.

8. A partir das contribuições Michael Apple, analisam o papel da escola e do currículo no processo de reprodução da sociedade
capitalista, mas não como um processo determinado exclusivamente pela economia e pelo capital. Trata-se de um incessante trabalho
de convencimento sobre as pessoas para garantir a desejabilidade e a legitimidade deste modelo de sociedade. Este trabalho de
convencimento é parte do processo de hegemonia, que atingirá seu ápice quando se torna senso comum.

9. Entendem que as diferenças não precisam ser minimizadas e diminuídas para que as pessoas tenham seus direitos garantidos. Pelo
contrário: defendem que a diferença precisa ser tratada como tal, para que a escola deixe de ser excludente.

10. De acordo com as contingências históricas, preocupam-se com questões dos acessos desiguais à escola e ao conhecimento e têm a
igualdade como pauta de luta pelos direitos e injustiças sociais.

11. Com a necessidade de massificar o acesso à escola, defendem um currículo universal, capaz de formar sujeitos produtivos para a
sociedade capitalista.

12. Enfatizam as desigualdades sociais reproduzidas pela escola, seja por meio dos currículos, seja por meio das relações estabelecidas
nas instituições.

13. Instalam questionamentos acerca da cultura dominante presente nos currículos escolares, que acaba sendo vista como ideal e
desejada.

14. Entendem a diferença como uma produção histórica, social e cultural que se dá não somente pelas diferenças de classe, mas por
outros aspectos da vida social, como etnia, gênero... A diferença é construída (também) pelo discurso.

15. Questionam a noção de currículo oculto, afirmando que com a ascensão neoliberal o currículo tornou-se assumidamente
capitalista.
16. O currículo, como transmissor da ideologia dominante, é visto como um lugar poder. Este conjunto teórico tem uma compreensão
de poder centrado e fixo em algo ou alguém. Trata-se de um poder que polui as relações, polarizando-as entre dominador X
dominado, opressor X oprimido.

17. Ampliam as análises entre currículo e relações de poder. Estas análises colocam em relevo o conhecimento enquanto parte
constitutiva do poder, e não como algo externo ou oposto a ele. Baseadas no pensamento de Michel Foucault, apontam a
indissociabilidade entre poder e saber (pode-saber). O poder, para Foucault, é relacional (relações de poder), está em toda parte, é
multiforme, dinâmico, não fixo, descentrado e disseminado pela rede social.

18. Denunciam a existência de um currículo oculto, o qual é constituído por aspectos da vida escolar que não estão explícitos nos
currículos, ensinando atitudes, valores e comportamentos convenientes à estrutura da sociedade capitalista.

19. Denunciam as relações sociais desiguais ensinadas e reproduzidas no espaço escolar, em que os mais pobres aprendem a ser
subordinados e os demais aprendem a mandar, chefiar...

20. Dizem-se neutras e científicas. Apropriando-se da ideia de uma suposta neutralidade da ciência, apresentam-se como isentas de
qualquer ideologia.

21. De acordo com o pensamento de Paulo Freire, enfatizam a necessidade de romper com a lógica da educação bancária, vendo a
educação e a pedagogia como uma forma de emancipação e de libertação do sujeito.

22. Preocupação centrada na organização, transmissão e eficiência do ensino.

23. Os conhecimentos curriculares são analisados como uma forma de corporificação das relações sociais de poder. Há, portanto, uma
forte conexão entre o código dominante do currículo e a reprodução do formas de consciência, de acordo com a classe social.

24. Nenhuma teoria é neutra e desinteressada. O currículo passa a ser visto como uma construção histórica e social que privilegia os
conhecimentos considerados válidos.

25. Procuram olhar com atenção para o conjunto de transformações políticas, econômicas, educacionais, culturais e tecnológicas que
emergem desde as últimas décadas do século XX, alterando significativamente os modos de vida de diferentes sociedades,
configurando o que alguns autores chamam de pós-modernidade. Incorporam em suas análises conceitos e concepções do pós-
estruturalismo e dos estudos culturais, dedicando atenções para a desconstrução, as diferenças, as representações e os processos de
subjetivação implicados com o conhecimento escolar. Nas disputas teóricas do campo do currículo, são criticadas por enfatizarem
processos discursivos das desigualdades e um certo abandono da classe social em suas produções.

26. Entendem o currículo como um lugar de disputas discursivas, sempre implicadas em relações de poder, nas quais estão em jogo
compreensões de mundo e representações de identidades (de classe, raça, etnia, gênero, sexualidade, entre outras). Há, portanto, total
conexão entre currículo, poder-saber e identidade.

27. A partir das críticas de Althusser, apontam a escola e o currículo como aparelho ideológico do Estado que contribui para a
reprodução da sociedade capitalista, fazendo com que ela seja vista como boa e desejável.

28. E escola tem a função de ajustar e de adaptar os sujeitos à sociedade.

29. Questionam as instituições e os discursos que buscam definir o que é correto e incorreto, o que é normal e anormal.

30. São teorias da desconfiança radical da estrutura social dominante, do status quo, entendendo a escola e o conhecimento como
fundamentais para a emancipação dos sujeitos.

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