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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE NEGÓCIOS

ANÁLISE AMBIENTAL E COMPETITIVA

PROFESSOR JOÃO PEDRO PERES RODRIGUES

ARTIGO – ANÁLISE SOBRE LIVROS IMPRESSOS E DIGITAIS

SÃO PAULO

SET-2019
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE NEGÓCIOS

ANÁLISE AMBIENTAL E COMPETITIVA

PROFESSOR JOÃO PEDRO PERES RODRIGUES

ARTIGO – ANÁLISE SOBRE LIVROS IMPRESSOS E DIGITAIS

Fabiana Lúcia da Silva - RA 818149389

Igor Diniz Maciel - RA 818234984

Felipe Augusto de Souza - RA 818148645

Manu -

ESTUDO DE CASO COMPARANDO O ANÁLISE


AMBIENTEL E COMPETITIVA ENTRE O MERCADO
DE LIVROS IMPRESSOS E DIGITAIS

SÃO PAULO

SET-2019

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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................4
LIVROS IMPRESSOS E LIVROS DIGITÁIS...................................................................................................4
UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS FORMATOS...........................................................................................5
INTELIGÊNCIA COMPETITIVA..................................................................................................................5
ANÁLISE SOBRE OS AMBIENTES – INTERNO E EXTERNO........................................................................7
ANÁLISE SWOT.......................................................................................................................................8
NOVAS TECNOLOGIAS NO CENÁRIO.......................................................................................................9
CONCLUSÃO.........................................................................................................................................10
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................10

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INTRODUÇÃO

O objetivo desse artigo é realizar algumas análises sobre a ótica da inteligência competitiva e
dos ambientes internos e externos das organizações e do mercado atual brasileiro sobre o consumo
de livros impressos e digitais.

Não falaremos sobre nenhuma empresa especifica, mas citaremos alguns exemplos, nosso
foco será no momento atual e também não vamos falar sobre segurança de propriedades
intelectuais digitais e problema gerados por este formato.

LIVROS IMPRESSOS E LIVROS DIGITÁIS

A revolução digital transformou muitos dos nossos hábitos. Hoje, uma grande parte dos
nossos dias é passada em frente a ecrãs, seja o de computadores, smartphones ou tablets. E não
importa se o fazemos por questões profissionais ou por puro entretenimento. Um estudo realizado
em 2013, à sociedade adulta norte-americana, constatou um crescimento rápido do tempo passado
a navegar na Internet. Em média, cada pessoa passa 5 horas e nove minutos por dia em frente a um
ecrã. Em contrapartida, o tempo dedicado a conteúdos impressos e até mesmo ao rádio sofreu uma
queda significativa. Nem a televisão escapou a esta mudança de comportamentos. Uma vez que
estamos num blog dedicado à temática de livros, analisamos este problema quando enquadrado ao
cenário literário. Inevitavelmente falamos dos livros digitais.

Os livros digitais estão na moda. Com muitas vantagens a enumerar, nomeadamente a sua
portabilidade, facilidade de leitura e o preço, os livros digitais estão a transformar de forma
significativa o mercado literário. Mesmo os que não são apologistas deste formato de livro têm de
reconhecer a transformação. Pessoalmente, tenho encontrado cada vez mais pessoas a usar e-
readers ou os próprios tablets para ler livros.

Muito se tem falado de e-books nos últimos anos. Para quem não está familiarizado com o termo
passamos a fazer uma breve apresentação. Um e-book é nada mais, nada menos, do que um livro em
formato digital, que pode ser lido no ecrã de um computador ou num leitor portátil, também
conhecido como e-reader. Mas e onde estão as páginas? O cheiro das folhas? Sentir a lombada do
livro enquanto o lemos? Para alguns leitores, esta é uma traição à própria experiência da leitura.
Porém, vamos ponderar no verdadeiro impacto do e-book e em todas as vantagens que pode trazer.
Um e-book, à semelhança de um livro, pode comprar-se, descarregar-se e ler-se em poucos minutos.

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Não implicar uma viagem à biblioteca ou livraria. Para os mais preguiçosos, este é de certeza um
ponto a favor.

UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS FORMATOS

Abaixo apresentaremos uma breve comparação entre as vantagens e desvantagens no que tange
os dois formatos:

Livros Impressos Livros Digitais

* Melhor absorção de informações


* Incentivo à leitura na infância
* Biblioteca na própria bolsa/mochila
* Não agride os olhos
* Custo baixo
Vanta * Você elimina inúmeras distrações
* Primeiros capítulos grátis
gens * Ele pode melhorar seu sono
* Acesso rápido
* Bibliotecas em casa aumentam as notas das
* Variedade de leitores de livros on-line
crianças
* Eles aumentam a satisfação na leitura

* Espaço para armazenado e cuidados;


Desva * Necessita de um dispositivo eletrônico;
* Custo relativamente elevado;
ntage * Pouca confiança do consumidor;
* Peso;
ns * Depende de bateria;
* Mobilidade;

INTELIGÊNCIA COMPETITIVA

Mercado de livros digitais não decola no Brasil e estagna nos EUA e Europa

A indústria brasileira de impressão de livros já não teme que a leitura digital leve grande
parte de seus consumidores, como ocorreu no mercado de música. Um dos motivos são os sinais de
estagnação que a venda de livros digitais já dá nos Estados Unidos e na Europa. Segundo a
Association of American Publishers (entidade do setor nos EUA), as vendas de e-books (livros
eletrônicos, que podem ser lidos em e-readers, tablets, PCs ou smartphones) caíram cerca de 11%
nos primeiros nove meses de 2015, em relação a igual período de 2014. Essa retração deriva, em
parte, das disputas entre as editoras e a gigante de vendas on-line Amazon. Quando, há cerca de dois
anos, as editoras conseguiram a possibilidade de fixar os preços de seus próprios e-books, muitas
começaram a cobrar mais, e isso deu competitividade aos antigos livros impressos. No Brasil não há
dados oficiais sobre vendas de livros digitais, segundo o presidente do Snel (Sindicato Nacional dos
Editores de Livros), Marcos da Veiga Pereira.
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Ele afirma, no entanto, que pelas estimativas de mercado, nunca houve um “crescimento
exponencial nem consistente” por aqui. As vendas eletrônicas ainda crescem, mas perdem fôlego. “O
Brasil tem um crescimento que já alcançou 30% há alguns anos, depois ficou em 20%, caiu para
12%”, diz.

A Amazon, que domina esse mercado, não abre seus números no país, mas estudos da
empresa de pesquisa e consultoria Euromonitor, com base no indicador de vendas dos e-readers (os
aparelhos para a leitura digital), vislumbram um freio por aqui também. As vendas de e-readers
passaram de US$ 2,3 milhões em 2014 para US$ 2,4 milhões no ano passado no Brasil, segundo a
Euromonitor. A previsão da consultoria é que, em 2020, elas devem voltar ao patamar de US$ 1,1
milhão. Na Europa e nos Estados Unidos, essa tendência de estagnação na indústria do livro
eletrônico já ficou evidente. “Os livros digitais e os e-readers foram grandes promessas quando
chegaram ao mercado, mas a dificuldade em negociar os direitos do conteúdo prejudica as
perspectivas globalmente”, diz Loo Wee Teck, diretor da Euromonitor International.

No mercado americano, as vendas dos e-readers já haviam superado US$ 1 bilhão, mas
caíram mais de 13% em 2015. O mesmo ocorreu no mercado europeu, onde as vendas recuaram
mais de 6%.

Os livros impressos, por outro lado, ainda demonstram resiliência Arnaud Lagardère, que controla o
grupo proprietário da gigante editorial Hachette, afirmou em apresentação de resultados neste ano
que a fatia de e-books caiu para 22% de suas vendas totais nos EUA —o pico, de 30%, foi registrado
em 2013. A variação foi reabsorvida pelos livros impressos.

Para Ismael Borges, gestor no Brasil do Bookscan (painel de vendas de livros no varejo realizado pela
Nielsen), os livros eletrônicos e físicos não se “canibalizam”: há espaço para as duas categorias. “O
consumidor do e-book é bem específico. Parece que é mesmo um mercado de nicho. Mas o acesso à
leitura aqui ainda é baixo em relação à Europa. Por isso ainda é grande o potencial de crescimento do
país”, diz.

PATAMAR - Sócio da editora digital O Fiel Carteiro e membro da comissão do livro digital na
Câmara Brasileira do Livro, André Palme defende que o mercado americano parou porque já atingiu
o patamar de consolidação. “Estima-se que a participação do livro digital nos EUA seja de 20% a 25%.
No Brasil, é de 3% a 5%.” Palme prevê um amento no uso dos smartphones como plataforma de
leitura de e-books nos próximos anos. “Uma coisa que cresce muito é o segmento de livros digitais
de autopublicação”, diz Alex Szapiro, diretor-geral da Amazon no Brasil. Nesse modelo, o próprio

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autor publica seu livro, sem passar por uma editora. “Na média dos cem livros mais vendidos no
Brasil na Amazon semanalmente, cerca de 30 são autopublicação de livros digitais”, afirma.

Considerada a maior empresa de varejo on-line global, a Amazon também dá passos na


direção do mundo físico. No fim do ano passado, ela inaugurou, nos EUA, sua primeira loja física,
após 20 anos desde o início de suas vendas por internet. “Costumamos pensar que os movimentos
de ruptura sempre vão quebrar toda a estrutura, mas na indústria editorial, quando a participação do
e-book começou a bater em 25% e as pessoas começaram a prever que ele ia superar o impresso,
veio uma surpresa: a estagnação”, afirma o presidente do Snel.

ANÁLISE SOBRE OS AMBIENTES – INTERNO E EXTERNO

A última pesquisa sobre as vendas de e-books no Brasil, divulgada em 2017 com base em
números de 2016, mostrou que os livros nesse formato correspondiam a apenas 1,09% do
mercado editorial. De lá para cá, não mudou muito. Segundo Vitor Tavares, livreiro há 35
anos e presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), os e-books ainda não representam
uma fatia considerável de vendas e são pouco citados como formato viável no mercado
editorial. “Por dois motivos: o preço e a falta de interesse pela leitura por parte da
população brasileira”, explica Tavares, em entrevista a MONEY REPORT. Segundo o
presidente da CBL, o e-book não desaparecerá, mas também não representará uma ameaça
ao livro de papel, como chegaram a pensar alguns editores no passado. A seguir, sua
entrevista.

1. Por que as vendas de livros digitais não decolaram? Penso que isso se deve a diversos
fatores. O brasileiro ainda não tem o hábito de ler textos muito longos na tela de um
smartfone ou tablet. Gostamos de tecnologia digital, mas não o suficiente para ler
livros nesse formato. Outra questão é o preço do e-book. Aqui no Brasil, um livro
digital custa praticamente o mesmo valor de um livro impresso. Sem contar que,
como mostram pesquisas, boa parte da população brasileira não tem o hábito de ler
livros.
2. Por que o preço do livro digital não é tão atrativo? Embora não pareça, quando
comparado ao livro impresso, o livro digital envolve muitos custos. Uma editora não
consegue vender diretamente um e-book. Tem que colocar em uma plataforma
distribuidora, que repassa o custo para os editores. E como a procura por livros
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digitais é baixa, os poucos e-books que são produzidos têm um preço muito próximo
ao do livro impresso.
3. Como estão as vendas de e-book em outros países? Vou citar um exemplo. Voltei há
pouco da Feira (do livro) de Londres. Lá, não escutei uma única vez sequer alguém
falar sobre livros digitais. Isso mostra que o que prevalece mesmo são os livros
impressos. Quando o e-book foi lançado em outros países, foi uma festa, houve um
aumento nas vendas, muitos acreditaram que seria o fim dos livros impressos. Mas,
como estamos percebendo, não é bem assim. As vendas estão caindo.
4. Como está o mercado editorial brasileiro? Apesar da crise no ano passado, com o
pedido de recuperação judicial das redes de livrarias Cultura e Saraiva, o setor está
estável. O livro impresso não vai acabar. A presença de livros digitais não é uma
ameaça, mas sim uma amostra de que o mercado editorial sempre se reinventa,
sobretudo quando passa por crise no modelo de negócios, como essa que
presenciamos agora.
5. Pesquisa divulgada em 2017 mostrou que menos da metade (37%) das editoras
brasileiras produziam livros digitais. Custa muito caro produzir um livro? Até que
ponto a compra de livros didáticos pelo Ministério da Educação (MEC) garante o
faturamento das editoras?

Paras as editoras, o MEC tem um peso grande. Os editores que emplacam obras literárias
nos editais de compras conseguem manter o faturamento constante, visto que o governo
compra muitos livros de uma só vez. Para se ter uma ideia, há editoras que produzem
apenas livros didáticos para o setor público e estão assim há anos. Há casos de uma compra
do MEC sustentar o faturamento de uma editora por dois anos.

ANÁLISE SWOT

Essa ferramenta serve para efetuar uma síntese das análises externas e internas, identificar itens
chave para a gestão da organização, o que implica estabelecer prioridades de atuação além de
preparar opções estratégicas: riscos e problemas a resolver. Pensando nisso e para complementar o
conteúdo deste artigo, vamos apresentar uma matriz swot de uma empresa que produz e
comercializa livros impressos e uma que realizar o mesmo trabalho com livros digitais.

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Livros Impressos:

Forças Fraquezas
* Atendimento diferenciado * Pouco Investimento em Propaganda
* Profundidade do Mix de Produtos * Abrangência geográfica baixa perante
* Ambiente receptivo a concorrência
* Proporciona Experiência Cultural * Preço acima da média
* Eventos Culturais * Comunicação escassa com jovens

* Crescimento das vendas em livrarias * Desenvolvimento de e-books


* Aumento da média de livros lidos por ano * Altos índices de analfabetismo
* Crescimento das vendas via Internet * Hábito não frequente de leitura (Brasil)
* Mercado editorial em crescimento * Surgimento da audiolivrarias

Oportunidades Ameaças

Livros Digitais:

Forças Fraquezas

* Marca forte * Modelo de negócios facilmente imitável


* Orientado ao Cliente * Margens baixas em alguns segmentos
* Diferenciação e Inovação * Falhas do produto
* Grande número de vendedores terceirizados * Presença limitada

* Conversões
* Maior cobertura de mercados
* Cibercrime
* Expandir suas operações
* Imitações
* Mais aquisições e títulos
* Competição agressiva

Oportunidades Ameaças

NOVAS TECNOLOGIAS NO CENÁRIO

Para suporte a tomada de decisão e com foco na informação gostaríamos de destacar duas
ferramentas que vem mostrando eficiência e assertividade para os gestores avançarem com seus
planejamentos e avalições do mercado:

 Ferramentas de monitoramento de rede social - é possível analisar como os concorrentes


estão se posicionando, conhecer melhor os hábitos e desejos do seu público e otimizar suas
ações.

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 Big-Data - é a área do conhecimento que estuda como tratar, analisar e obter informações a
partir de conjuntos de dados grandes demais para serem analisados por sistemas
tradicionais.

Esses são recursos que estão sendo muito utilizados, porem para esse mercado dados do MEC e de
pesquisas contratada, além do feeling dos empreendedores continuam sendo essenciais para o
crescimento.

CONCLUSÃO
Concluímos que o mercado de livros enfrenta uma fase de mudanças que vão desde
as inovações tecnológicas ao modelo de negócio de distribuição, com o fechamento de lojas
físicas e mais ofertas de produtos digitais o esse mercado está entrando em uma crise. Por
outro lado, a dimensão de nosso país leva alguns otimistas a continuar investindo no setor,
que tem espaço para crescer tanto entre os livros de papel, como na oferta de produtos
digitais.

REFERÊNCIAS

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2019;
 https://blog.softium.com.br/index.php/inteligencia-organizacional-entenda-por-que-e-tao-
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 https://alfredopassos.wordpress.com/2016/04/09/inteligencia-competitiva-mercado-de-
livros-digitais-nao-decola-no-brasil-e-estagna-nos-eua-e-europa/ - Acessado em 26-09-2019;
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BRASIL-SERA-FIM-PAPEL-IMPRESSO.aspx - Acessado em 26-09-2019;
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 https://www.publishnews.com.br/materias/2016/05/19/retratos-da-leitura-mostra-
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 https://www.publishnews.com.br/materias/2017/05/15/livros-digitais-sao-689-do-mercado-
trade-no-brasil-aponta-global-ebook - Acessado em 26-09-2019;
 http://sistema.emprad.org.br/arquivos/94.pdf - Acessado em 26-09-2019;
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