O documento resume a evolução histórica da comunidade surda, desde a Antiguidade quando eram adorados no Egito e Pérsia mas escravizados na Grécia e Roma, até a Idade Moderna quando foi reconhecido que poderiam aprender. No Brasil do século XIX, Hernest Huet criou a Língua Brasileira de Sinais e o INES, inicialmente focado na oralidade. Ao longo do tempo, desenvolveu-se também o bilinguismo e a visão de que os surdos formam um grupo identitário com caracterí
O documento resume a evolução histórica da comunidade surda, desde a Antiguidade quando eram adorados no Egito e Pérsia mas escravizados na Grécia e Roma, até a Idade Moderna quando foi reconhecido que poderiam aprender. No Brasil do século XIX, Hernest Huet criou a Língua Brasileira de Sinais e o INES, inicialmente focado na oralidade. Ao longo do tempo, desenvolveu-se também o bilinguismo e a visão de que os surdos formam um grupo identitário com caracterí
O documento resume a evolução histórica da comunidade surda, desde a Antiguidade quando eram adorados no Egito e Pérsia mas escravizados na Grécia e Roma, até a Idade Moderna quando foi reconhecido que poderiam aprender. No Brasil do século XIX, Hernest Huet criou a Língua Brasileira de Sinais e o INES, inicialmente focado na oralidade. Ao longo do tempo, desenvolveu-se também o bilinguismo e a visão de que os surdos formam um grupo identitário com caracterí
Ao longo da leitura disponibilizada o autor aborda Evolução histórica dos surdos,
falando e mostrando como é o processo de construção histórica. O texto apresenta a evolução, como forma de legitimar os avanços conquistados pela comunidade surda ao decorrer da história. Na Idade Antiga os surdos eram adorados no Egito e na Pérsia, pois se acreditava que eles se comunicavam com os deuses, mas na Grécia e em Roma, eles eram assassinados e os que escapavam eram escravizados. Na Idade Média, eram tidos como objeto de curiosidade, como seres estranhos. Não podiam participar dos sacramentos religiosos, não tinham direito de casar, de receber herança, etc. Alguns eram assassinados pelas próprias famílias. Isso começa a mudar na Idade Moderna. O médico e filósofo Girolomo Cardamo concluiu que os surdos tinham habilidade para a razão e podiam aprender. Ele se comunicava com os surdos por meio de sinais e da escrita. Nesse período, famílias nobres começaram a prover as condições para a educação dos filhos surdos, preocupadas com o que aconteceria com suas heranças. Assim, esses filhos eram ensinados a falar e a ler para que pudessem receber os títulos e a herança. A partir daí, surgiram diversos educadores de surdos. Historicamente, no Brasil, Hernest Huet deu origem à Língua Brasileira de Sinais (derivada do alfabeto manual francês) no século XIX, criando o atual INES (Instituto Nacional de Educação dos Surdos). Seu método era focado na oralidade, pois considerava mais relevante falar do que escrever (num país onde a maioria era analfabeto). Outros diretores conduziram a instituição: Tobias Leite (ênfase na profissionalização dos surdos), Armando Paiva Lacerda (oralidade e distribuição por aptidões para aprender, divisão em classes) e, em 1951, Ana Rímoli de Faria Dória (oralismo e a implementação do Curso Normal de Formação de Professores para Surdos). Em 1970 (com a visita de Ivete Vasconcelos-Universidade Gallaudet) chega ao Brasil a filosofia da Comunicação Total e desenvolve-se paralelamente o Bilinguismo (com Lucinda Ferreira Brito e Eulalia Fernandes). Dentre outras instituições, destacam-se no Brasil: o Instituto Santa Teresinha, Escola Municipal de Educação Especial Helen Keller e Instituto Educacional São Paulo (todos em São Paulo). Longe de serem considerados como um grupo de pessoas marcado pela deficiência e olé a ânsia de cura e normalização, hoje os surdos são pensados como um grupo identitário caracterizado por elementos próprios que marcam sua diferença.
LIMA, Mestre Alcides de COSTA, Ana Carolina Francischette Da. Dos Griots Aos Griôs - A Importância Da Oralidade para As Tradições de Matrizes Africanas e Indígenas No Brasil - 0