Você está na página 1de 2

Resumo crítico

História do surdo
Aluna: Beatriz Frutuoso

Ao longo da leitura disponibilizada o autor aborda Evolução histórica dos surdos,


falando e mostrando como é o processo de construção histórica. O texto
apresenta a evolução, como forma de legitimar os avanços conquistados pela
comunidade surda ao decorrer da história.
Na Idade Antiga os surdos eram adorados no Egito e na Pérsia, pois se
acreditava que eles se comunicavam com os deuses, mas na Grécia e em
Roma, eles eram assassinados e os que escapavam eram escravizados. Na
Idade Média, eram tidos como objeto de curiosidade, como seres estranhos.
Não podiam participar dos sacramentos religiosos, não tinham direito de casar,
de receber herança, etc. Alguns eram assassinados pelas próprias famílias.
Isso começa a mudar na Idade Moderna. O médico e filósofo Girolomo
Cardamo concluiu que os surdos tinham habilidade para a razão e podiam
aprender. Ele se comunicava com os surdos por meio de sinais e da escrita.
Nesse período, famílias nobres começaram a prover as condições para a
educação dos filhos surdos, preocupadas com o que aconteceria com suas
heranças. Assim, esses filhos eram ensinados a falar e a ler para que
pudessem receber os títulos e a herança. A partir daí, surgiram diversos
educadores de surdos.
Historicamente, no Brasil, Hernest Huet deu origem à Língua Brasileira de
Sinais (derivada do alfabeto manual francês) no século XIX, criando o atual
INES (Instituto Nacional de Educação dos Surdos). Seu método era focado na
oralidade, pois considerava mais relevante falar do que escrever (num país
onde a maioria era analfabeto). Outros diretores conduziram a instituição:
Tobias Leite (ênfase na profissionalização dos surdos), Armando Paiva
Lacerda (oralidade e distribuição por aptidões para aprender, divisão em
classes) e, em 1951, Ana Rímoli de Faria Dória (oralismo e a implementação
do Curso Normal de Formação de Professores para Surdos). Em 1970 (com a
visita de Ivete Vasconcelos-Universidade Gallaudet) chega ao Brasil a filosofia
da Comunicação Total e desenvolve-se paralelamente o Bilinguismo (com
Lucinda Ferreira Brito e Eulalia Fernandes). Dentre outras instituições,
destacam-se no Brasil: o Instituto Santa Teresinha, Escola Municipal de
Educação Especial Helen Keller e Instituto Educacional São Paulo (todos em
São Paulo).
Longe de serem considerados como um grupo de pessoas marcado pela
deficiência e olé a ânsia de cura e normalização, hoje os surdos são pensados
como um grupo identitário caracterizado por elementos próprios que marcam
sua diferença.

Você também pode gostar