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DEPARTAMENTO DE MEDICINA
Hellen Julia
André Luís
Maria Luiza
Weverton
Vilhena, 2023
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INTRODUÇÃO
É importante pontuar que a língua de sinais foi originada a partir de uma comunicação
proposta por Ponce de Leon (1510-1584), monge Beneditino, que usava sinais para se
comunicar por conta de um voto de silencia que havia feito na Espanha, sua terra natal. A
partir disso, observou-se que Leon dominava muitas ciências e seu trabalho foi reconhecido
por toda a Europa, a ele conferiu-se o crédito da descoberta de que a PS era capaz de realizar
atividades diversas, como qualquer ser humano, inclusive, a de raciocinar. Com base nisso, a
pessoa surda passou a ser vista com mais igualdade, uma vez que houve uma comprovação de
que a cognição não estava relacionada à audição de palavras (SCHLUNZEN; DI
BENEDETTO; SANTOS, 2013). Em 1750, um dos responsáveis pela mudança na história da
educação dos surdos foi o abade Charles Michel de l’Épée. Ele aprendeu com os surdos
pobres que viviam nas ruas de Paris a língua de sinais e introduziu esse sistema de signos na
educação de outros surdos, possibilitando uma transformação significativa da realidade. O
religioso fundou a escola que viria a ser o Instituto de Surdos de Paris (Perello, Tortosa, 1978;
Rabelo, 2001). Com isso, Entre os séculos XVIII E XIX foram surgindo as primeiras escolas
especiais que eram voltadas as pessoas com deficiência que conseguiam se adaptar a algum
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tipo de ensino formal, com o objetivo de serem inseridas de algum modo em suas famílias e
sociedade. Assim, surgem diversas instituições especializadas, e no Brasil não foi diferente,
em 1857, foi fundada a primeira escola para surdos em solo brasileiro, Instituto dos Surdos-
Mudos, o atual Instituto Nacional da Educação dos Surdos (INES). (LANNA, 2010, p12-13).
DESENVOLVIMENTO
É importante, também, pontuar que, no Brasil, o povo surdo, durante todo esse tempo
de luta para sentimento de pertencimento social, estava permanecendo nas escolas de surdos,
e não sendo integrados a uma educação, realmente, inclusiva. (LEVY, 2019). Com isso, a
partir de mobilizações nacionais, em busca do reconhecimento da libras como língua e a
importância de uma educação bilíngue, foi implementada a política que hoje chama-se
Educação inclusiva, na qual houve o fechamento das escolas especiais, e a integração dos
surdos em escolas regulares (SOUTO, 2014). Além disso, em 1982, por iniciativa de
movimentos sociais, o dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi instituído no
Brasil, sendo oficializado pela lei N° 11.133, de 14 de julho de 2005. Foi escolhido o dia 21
de setembro por estar próximo da primavera, isto é, aparecimento das flore, fenômeno que
representaria o nascimento e a renovação da luta das pessoas com deficiência por maior
inclusão social em todo o país (LEVY, 2019).
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de instrutores e intérpretes e a presença de intérpretes nos locais públicos. Dessa forma, O
impacto dessa acessibilidade conduz a inserção da Libras para além das relações cotidianas
(FELIPE, 2013). Nesse contexto, compreende-se que o povo surdo forma uma comunidade
com cultura, língua e identidade próprias (CARVALHO, 2011).
CONCLUSÃO
Referências:
LEVY, Cilmara Cristina Alves da Costa. História da Surdez. São Luís: Universidade Federal do
Maranhão. UNA-SUS/UFMA, 2019.
SCHLÜNZEN, Elisa Tomoe Moriya; DI BENEDETTO, Laís dos Santos; SANTOS, Danielle Aparecida
do Nascimento. História das pessoas surdas: da exclusão à política educacional brasileira atual – Disciplina
Libras - Prograd. 2013. Disponível em: http://acervodigital.unesp.br/handle/123456789/65523. Acesso em: 15
mar. 2013.
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DUARTE, Soraya Bianca Reis et al. Aspectos históricos e socioculturais da população surda.
História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.20, n.4, out.-dez. 2013, p.1713-1734.