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(Geodinâmica)
4. GEODINÂMICA
4.1. A Litosfera
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4.1. A Litosfera
A litosfera corresponde à capa externa do Globo,
formada pelas rochas consolidadas, tratando-se,
portanto, de uma zona rígida e corresponde não só à
totalidade da crosta como, também, à parte mais
externa do manto superior.
Presentemente, o termo litosfera envolve um conceito
mais amplo do que foi introduzido na terminologia
geológica atendendo às propriedades mecânicas dos
materiais que a constituem.
Na sequência do conceito de litosfera, as rochas são
consideradas como as unidades estruturais, rígidas,
que a constituem e correspondem a associações
naturais de minerais compatíveis entre si e com o
ambiente físico-químico em que se formaram.
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4.1. A Litosfera
O número de minerais constituinte das rochas é
geralmente reduzido, havendo rochas formadas
essencialmente por um só mineral.
Apesar de nem todas as associações de minerais
serem possíveis nas rochas, o seu número é ainda
elevado, contando-se por algumas centenas.
Note-se que o termo rocha também é aplicado a certas
formações que a linguagem comum não trata como tal,
como é o caso das areias, das argilas, dos carvões ou
do petróleo.
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4.1. A Litosfera
A litosfera, cuja espessura atinge, em certas regiões,
valores da ordem dos 100 km, assenta sobre uma zona
de baixa velocidade de propagação plástica, a
astenosfera.
Esta zona plástica permite à litosfera que, sobre ela
“flutua”, movimentos verticais, ascensionais ou de
afundamento; por outro lado imprime-lhe movimentos
laterais, funcionado, neste caso, não só como camada
lubrificante, mas também como motor desses
deslocamentos.
A astenosfera é ainda, em certos locais, a fonte de
material magmático gerador de litosfera e, noutros,
funciona como zona de reabsorção da própria litosfera
(zonas de subdução ou de Beniof).
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4.1. A Litosfera
Os movimentos verticais de porções da litosfera estão
associados à necessidade de se obter um equilíbrio
compatível com a diferença de densidades existentes
entre o bloco litosférico e o “fluido” que o suporta (este
mais denso) – equilíbrio isostático.
Equilíbrio hidrostático – é rapidamente atingido e
verifica-se entre fluidos não miscíveis de densidade
diferente ou entre um sólido e o fluido em que flutua.
Equilíbrio isostático – imperfeito e muito lentamente
atingido, verifica-se entre sólidos e substâncias de
grande viscosidade. Estas substâncias comportam-se
como sólidas quando submetidas a solicitações
bruscas e, como líquidas, face a solicitações
suficientemente lentas.
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4.1. A Litosfera
À escala do Globo consideram-se os seguintes grandes
acidentes tectónicos, com os quais se relacionam os
movimentos laterais da litosfera:
Riftes;
Fraturas transversais;
Fossas marinhas;
Cadeias montanhosas ativas ou recentes.
Riftes – são grandes fraturas, à escala mundial, situadas,
na maior parte, ao longo dos eixos das importantes cristas
montanhosas (vulcânicas) alongadas a meio dos fundos
oceânicos, também chamadas de cristas médias ou
cadeias dorsais oceânicas. É ao longo destes riftes que o
material magmático, oriundo da astenosfera, ascende e
origina nova litosfera.
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4.1. A Litosfera
Fraturas transversais – ou falhas transversais, são
acidentes mais ou menos perpendiculares ao riftes e às
cristas que, não só cortam como também deslocam.
Fossas marinhas – ou fossas abissais, são depressões
do fundo oceânico, muito alongadas e profundas,
situadas, na maior parte, à periferia do Oceano Pacífico.
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4.1. A Litosfera
Cadeias orogénicas recentes – são extensos
enrugamentos montanhosos, relativamente recentes
(principalmente cenózoicos) e ativos dos quais são
exemplo os Alpes ou os Andes.
4.1. A Litosfera
Com base na rede sísmica global considera-se a
litosfera retalhada num certo número (variável segundo
os autores) de placas, as quais, à escala das eras
geológicas, conservam grande inactividade tectónica,
revelando-se, portanto, praticamente estáveis e
assísmicas.
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4.1. A Litosfera
Assim, as placas afastam-se relativamente aos riftes
que as separam, aproximando-se ao longo dos bordos
correspondentes às fossas e deslocam-se
tangencialmente ao longo das fraturas transversais.
4.1. A Litosfera
A observação da rede desenhada à superfície do globo
pelos grandes acidentes tectónicos revela, em primeira
análise, oito placas principais, além de que permite
imaginar a existência de outras de muito menor extensão.
Alguns autores subdividem as placas principais propondo
um número maior (até 16).
1. Africana
5. Placa indo-australiana
2. Placa americana
6. Placa pacífica
(subdividida em placa norte-americana e placa sul-americana)
7. Placa antártica
3. Placa euro-asiática
8. Placa pacífica oriental, ou de Nazca
4. Placa sudoeste asiática
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4.1. A Litosfera
Ambientes geológicos
4.1. A Litosfera
Ambientes geológicos
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4.1. A Litosfera
Ambientes geológicos
4.1. A Litosfera
Ambientes geológicos
A hidrosfera corresponde a uma zona descontínua formada
não só pelo conjunto dos mares, mas também por todas as
águas do domínio continental superficiais e subterrâneas,
no estado líquido e no estado sólido.
A atmosfera, está dividida em: baixa atmosfera, ou
troposfera (até 12 km de altitude), onde têm lugar as
perturbações atmosféricas mais diretamente relacionadas
com o clima (formada essencialmente por azoto e
oxigénio); estratosfera (predomina ozono) e alta atmosfera
(mesosfera, termosfera e exosfera).
A biosfera não tem a possibilidade de figuração geométrica,
na medida em que alude ao conjunto dos seres vivos.
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4.1. A Litosfera
Ambientes geológicos
O ambiente metamórfico é caracterizado por um largo
intervalo de pressões e temperaturas.
Em relação às temperaturas, estabelece-se como limite
superior uma franja de valores que não excedem, em regra,
os 800 ºC, a qual marca o início da fusão dos materiais, isto
é, o começo do magmatismo.
Os fenómenos decorrentes no ambiente metamórfico têm
lugar em meio, essencialmente sólido.
As transformações neste ambiente podem consistir na
recristalização e formação de novos materiais, sem
alteração da composição química global, ou envolver
adição de materiais oriundos de zonas profundas.
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4.1. A Litosfera
Ciclo geoquímico da litosfera
As rochas criadas em determinado ambiente são aí
estáveis e refletem as características do mesmo, quer
através da sua composição química e mineralógica, quer
através da sua textura, isto é, tamanho, forma e arranjo dos
seus minerais.
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4.1. A Litosfera
Ciclo geoquímico da litosfera
Torna-se então evidente que a litosfera, no seu
conjunto, é sede de fenómenos, em parte, ocorridos
em profundidade e consumindo energia fornecida pelo
interior do Globo. São os chamados fenómenos
geodinâmicos internos ou endógenos e neles se
reúnem o magmatismo, incluindo o vulcanismo, o
metamorfismo e todo um conjunto de ações de que
resultam deformações e deslocações sofridas pelas
massas litosféricas.
4.1. A Litosfera
Ciclo geoquímico da litosfera
Os restantes fenómenos ocorrem na película externa
da Terra e consomem energia exterior ao Globo, em
especial a energia radiante oriunda do Sol.
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4.1. A Litosfera
Ciclo geoquímico da litosfera
A zonalidade climática da Terra, a circulação das
massas de ar diferentemente aquecidas na atmosfera
(e portanto os ventos), a evaporação das águas
superficiais que os ventos transportam e descarregam
sobre os continentes, a fotossíntese elaborada pelos
vegetais, constituem exemplos dos fenómenos
superficiais alimentados pela energia solar.
4.1. A Litosfera
Ciclo geoquímico da litosfera
Depois de acumulados, os sedimentos podem sofrer
transformações menores que passam pela expulsão
da água, compactação, cimentação e, às vezes,
recristalização dos minerais.
Este conjunto de fenómenos corresponde à litificação
ou diágenese, a qual ocorre entre limites de pressão e
temperatura que a colocam a meio caminho entre a
sedimentação e o metamorfismo e, simultaneamente,
entre os fenómenos exógenos e endógenos.
Pode dizer-se, que toda a evolução da litosfera se
processa, uma parte, no âmbito da geodinâmica
interna e, outra, no da geodinâmica externa.
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4.1. A Litosfera
Ciclo geoquímico da litosfera
4.1. A Litosfera
Ciclo geoquímico da litosfera
(exemplo do que se passa no contato de uma placa oceânica
com uma placa continental)
A placa oceânica, nascida da ascensão magmática de
materiais oriundos do manto superior, mergulha novamente
na astenosfera, no contato com o continente, ao longo de
uma fossa (depressão) extensa e profunda.
Essa fossa, por seu turno, enche-se de materiais
sedimentares carreados do continente, resultante da
erosão a que o mesmo está submetido por ação dos
agentes externos.
O mergulho da placa tem como efeito um conjunto de
transformações sucessivas, compatíveis com os valores
crescentes da pressão e da temperatura a que vai estando
sujeita, e que culminam com a sua reabsorção por fusão.
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4.1. A Litosfera
Ciclo geoquímico da litosfera
(exemplo do que se passa no contato de uma placa oceânica
com uma placa continental)
Por outro lado, esta placa arrasta para a profundidade uma
parte dos sedimentos acumulados na fossa, os quais
sofrem a mesma evolução.
Os materiais mergulhados sofrem um conjunto gradual de
transformações definidas inicialmente no âmbito do
metamorfismo e podem, no todo ou em parte, acabar por
ser fundidos, originando magmas.
Os materiais fundidos (os da placa oceânica e os
sedimentos com ela arrastados) podem permanecer
isolados ou contaminar-se mutuamente, acabando por
reconsolidar quer em profundidade, quer a vários níveis no
decurso da ascensão ou, mesmo, atingir a superfície.
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4.1. A Litosfera
Ciclo geoquímico da litosfera
(exemplo do que se passa no contato de uma placa oceânica
com uma placa continental)
Numa fase seguinte, os materiais mergulhados tendem a
elevar-se e originam grandes massas de relevo
correspondentes à cadeia montanhosa marginal. Esta fase,
designada por orogénese, é a última do conjunto de
fenómenos reunidos na geodinâmica interna.
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
Magma é um material de composição essencialmente
silicatada, total ou parcialmente fundido e provido de
mobilidade.
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
Estes minerais constituem-se a partir dos
componentes químicos existentes no banho fundido,
de acordo com as suas afinidades físico-químicas e
respectivas proporções relativas, e, também em
função das características termodinâmicos do
ambiente.
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
O magma, uma vez formado pode apresentar grande
mobilidade, tendendo a ascender ao longo de fissuras
da crosta, deslocando ou englobando as rochas
vizinhas, podendo, eventualmente, extravasar à
superfície ou então solidificar-se no interior mesmo da
crosta.
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
As rochas intrusivas podem ocorrer de maneiras muito
diversas, formando corpos de formas e tamanhos
variados e que apresentam relações variadas com as
rochas encaixantes, ou seja, com as rochas
preexistentes dentro das quais se solidificaram.
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
Sil (forma concordante) – são corpos extensos, pouco
espessos e de forma tabular quando vistos em corte.
O magma deve ser pouco viscoso para intrometer-se
entre os planos de estratificação da rocha encaixante.
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
Lapólito (forma concordante) – tem a forma de uma
bacia, de grandes dimensões e ocorre sempre no
fundo de dobras do tipo sinclinal.
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
Batólito (forma discordante) – são massas enormes
de material magmático (granítico) que afloram numa
extensão de, pelo menos, 100 km2 na superfície
terrestre. Se o afloramento tiver menos de 100 km2,
temos o stock. Os batólitos não têm, aparentemente,
delimitação em profundidade, passando gradualmente
à zona das rochas fundidas.
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
Ao atingir a superfície, o magma sofre uma brusca
descompressão logo equilibrada pela liberação de
gases e substâncias voláteis seguida de um
resfriamento gradativo que aumenta a sua
viscosidade; a partir desse momento passa a
denominar-se lava.
As lavas possuem constituição química semelhante à
das rochas ígneas. As lavas básicas são pobres em
sílica, muito fluidas e de constituição semelhante ao
basalto. As lavas ácidas são ricas em sílica, viscosas e
de composição química semelhante aos granitos.
A – cratera;
B – chaminé ou conduto vulcânico
C – coneparasita;
D - bolsão de onde provém o magma.
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
O cone é formado graças à acumulação de materiais
magmático e piroclástico provenientes de rochas
preexistentes, aglomeradas ao redor do orifício central
denominado chaminé, conduto que permite a saída do
material de ejeção.
A cratera é a porção superior da chaminé que sofre um
alargamento, geralmente provocado por explosões,
tomando a forma de um funil.
O diâmetro das crateras é geralmente inferior a 1.000 m e a
profundidade é variável, geralmente inferior ao diâmetro.
As crateras podem conter no seu interior lavas em fusão ou
semi-solidificadas. Nos vulcões extintos ou inativos as
crateras podem conter água constituindo um lago.
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
Arquipélago dos Açores - Portugal
Ilha de São Miguel
Ilha do Faial
Ilha do Faial
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
Distribuição geográfica do vulcanismo a nível mundial
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
As rochas ígneas incluem todas as rochas da crosta
da Terra, cuja origem é a consolidação do magma,
elevado da maneira comentada anteriormente.
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
Porcentagem de sílica:
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
Tipo de feldspato:
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
Classificação resumida:
Resumidamente, podemos classificar as rochas magmáticas
mais comuns da seguinte maneira:
1. Rochas portadoras de feldspatos:
a) Rochas ácidas: granitos, pegmatitos, aplitos e
granodioritos;
b) Rochas intermediárias: sienitos e dioritos;
c) Rochas básicas: basaltos, diabásios e gabros.
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4.2. Magmatismo e rochas magmáticas
Classificação das rochas magmáticas em Geologia
de Engenharia
Rochas básicas:
Características Tipos de rochas
gabro diabásio basalto basalto
maciço vesicular
granulação grossa média a fina fina com
fina cavidades
modo de massas diques derrames derrames
ocorrência rochosas e
diques
cor mais preta, cinza, preta preta/cinza marrom/roxa
comum verde
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
A génese dos sedimentos, ou sedimentogénese, situa-se
no âmbito de um processo mais vasto, decorrente na parte
externa do ciclo geoquímico da litosfera, do qual fazem
parte a pedogénese (formação dos solos), a biogénese e a
morfogénese (modelação do relevo).
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
As condições necessárias para a formação de uma
rocha sedimentar são:
a) Presença de rochas que deverão ser a fonte dos
materiais;
b) Presença dos agentes móveis ou imóveis (vento,
água, variação de temperatura, etc.) que desagreguem
ou desintegrem as rochas;
c) Presença de um agente transportador dos sedimentos
recém-formados (água, vento, etc.);
d) Deposição desse material em uma bacia de
acumulação, continental ou marinha;
e) Consolidação desses sedimentos em decorrência do
peso das camadas superiores e/ou por meio de
soluções cimentantes (carbonatos, óxidos, etc.)
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Corte esquemático da bacia do Paraná, no estado de
São Paulo
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
A formação dos solos é de grande importância para o
homem, pois é necessário para a obtenção dos produtos
agrícolas, essenciais para a existência humana.
O intemperismo também contribui para a concentração de
minerais úteis ou minérios, como ouro, platina, pedras
preciosas, pois ao destruir as rochas que os continham,
permite que esses minerais sejam concentrados mediante
a separação dos outros minerais presentes.
O intemperismo ajuda na formação de depósitos
enriquecidos de cobre, manganês, níquel, pois quando uma
rocha que contém pequenas quantidades de um desses
minerais fica sujeita ao intemperismo, a água superficial ou
subterrânea pode separar o mineral metálico, transportá-lo
e voltar a depositá-lo em outros locais.
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Agentes do Intemperismo
Os agentes do intemperismo podem ser reunidos em dois
grupos principais:
i. Físicos ou mecânicos, pelos quais os materiais são
desintegrados principalmente por ação de:
1) Variação de temperatura;
2) Congelamento da água;
3) Cristalização dos sais;
4) Ação física de vegetais.
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Fatores que influem no Intemperismo
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Tipos de Intemperismo
i. Intemperismo físico:
b) Congelamento da água: a água ao se congelar,
aumenta o seu volume em 10%, exercendo certa
pressão. Assim, se as fendas e aberturas de uma
rocha estiverem preenchidas por água, esta, ao
congelar, forçará as suas paredes.
Tensões internas poderão ser causadas por esse
processo, que será mais eficiente quanto maior o
número de vezes que for repetido.
A ação do congelamento tem maior importância em
regiões de climas moderados, onde a água se congela
e descongela muitas vezes em um tempo
relativamente curto.
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Tipos de Intemperismo
ii. Intemperismo químico:
A água pura é relativamente inerte em relação à maioria
dos minerais.
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Tipos de Intemperismo
ii. Intemperismo químico:
b) Hidratação: certos minerais podem adicionar
moléculas de água à sua composição, formando
novos compostos (ex. a hematita hidratando-se forma
a limonita).
Devido à hidratação, os minerais têm o seu volume
aumentado, tensionando-se mutuamente, o que lhes
diminui a coesão, causando a desintegração das
rochas.
Esta ação é mais intensa nos vértices, causando um
arredondamento das rochas, com a separação de
blocos concêntricos hidratados nas partes pouco ou
ainda não afetadas.
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Tipos de Intemperismo
ii. Intemperismo químico:
d) Carbonatação (decomposição por CO2): neste processo,
o CO2 contido na água forma uma pequena quantidade de
ácido carbônico.
Um calcário é mais facilmente lixiviado se o CO2 estiver
presente na água. Juntos H2O e CO2 formam o ácido
carbônico, que é um poderoso agente químico em minerais
como calcita (levando à formação de bicarbonato de cálcio).
O bicarbonato de cálcio é solúvel e é transportado em
solução. Calcários e dolomitos são particularmente
susceptíveis de lixiviação.
Quando as condições do meio variarem de tal forma que o
CO2 dissolvido na água escape, o bicarbonato de cálcio
tornará a precipitar, formando as estalactites, as
estalagmites e as rochas calcárias em geral.
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Tipos de Intemperismo
ii. Intemperismo químico:
d) Decomposição químico-biológica: a ação química
dos organismos é muito variada. Os ouriços-do-mar,
por secreção química, fazem buracos nas rochas dos
litorais; as algas e musgos ao se fixarem nas
superfícies das rochas, provocam a formação de uma
fina camada de solo, que irá aumentar com o tempo,
permitindo a fixação de plantas.
O produto da decomposição microbiana e química dos
detritos orgânicos é o húmus, que se transforma,
gerando o ácido húmico, que, como outros ácidos,
acelera grandemente a decomposição das rochas e
solos.
D – rocha sã;
C – a rocha torna-se de cor cada vez mais branca, devido a alteração dos feldspatos,
que se vão tornando pulverulentos, formando caulim;
B – solo, onde a rocha atinge o máximo de decomposição,
A – solo residual, com matéria orgânica.
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Intemperismo / decomposição
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
O intemperismo decompõe quimicamente e/ou
desintegra mecanicamente as rochas mais antigas,
transformando os maciços rochosos nesse material
que se chama comumente de terra ou solo residual.
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
No caso das águas correntes, o material mais fino
(argilas) é por elas levado em estado de suspensão, e os
fragmentos maiores são rolados sobre a superfície
rochosa ou no fundo dos leitos dos rios.
Com a redução da força de transporte dos agentes em
consequência da diminuição da intensidade da ação dos
mesmos (água, vento, gravidade) inicia-se a fase de
deposição (acumulação) dos materiais transportados.
Os mais pesados serão depositados antes dos mais
leves, resultando assim, acumulações em certos locais,
que são constituídos praticamente de um mineral, cujos
grãos são mais ou menos, do mesmo tamanho.
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Existem ainda os sedimentos de origem vegetal ou
animal (ex. em épocas anteriores a matéria vegetal
acumulou-se e modificou-se por ação de diversos
agentes, constituindo o carvão mineral).
Organismos que nos mares e na água doce extraem
matéria mineral com que forma os seus esqueletos
(conchas ou carapaças), ao morrerem, os restos
calcários ou siliciosos ficam depositados e consolidados
indo formar rochas calcárias ou siliciosas.
Os sedimentos são de início, constituídos por partículas
soltas (areias, seixos) ou frouxamente ligadas entre si
(argila), sendo portando chamado de solo pelos
engenheiros.
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Ação da gravidade;
Ações da chuva e das águas de escorrência;
Ações dos cursos de água;
Ações
Ação dos lagos;
da
Ação das vagas sobre o litoral; água
Ação dos glaciares;
Ações das águas subterrâneas;
Ações do vento;
Ação dos seres vivos.
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação da gravidade:
Escorregamento;
Desmoronamento, avalanche;
Fluência ou “creeping”.
Fluência ou“Creeping”
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação da gravidade:
Fluência ou “creeping”
Queda de detritos
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação da gravidade:
Esquema de desmoronamento
Escorregamento translacional
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ação da gravidade:
Escorregamento rotacional
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Deslizamento
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações da água:
Estado líquido:
Ações da chuva e das águas de escorrência;
Ações dos cursos de água;
Ação dos lagos;
Ação das vagas sobre o litoral;
Ações das águas subterrâneas.
Estado sólido:
Ação dos glaciares.
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações da chuva e das águas de escorrência:
Destinos possíveis para a água da chuva:
• Escorrência em superfície;
• Infiltração;
• Evaporação.
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações da chuva e das águas de escorrência:
52
4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações da chuva e das águas de escorrência:
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4.3. Sedimentogénese e rochas sedimentares
Formação das rochas sedimentares
Agentes da erosão, transporte e sedimentação:
Ações da chuva e das águas de escorrência:
Ravina de erosão
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