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DESIGN INSTRUCIONAL

1. OBJETIVO
2. DEFINIÇÃO DE DI
3. MATRIZ DI
SUMÁRIO

4. ATUAÇÃO DO DI
5. REFERÊNCIAS
CCEAD

1. OBJETIVO
Ao longo desta disciplina, seremos capazes de verificar que, para que o
processo de ensino-aprendizagem na modalidade a distância aconteça, é
necessário o trabalho em equipe. Destaca-se, nesse contexto, o papel do
Texto
profissional em Design Instrucional que tem como ferramenta de trabalho a
Matriz de Design Instrucional.

2. DEFINIÇÃO DE DESIGN INSTRUCIONAL


Antes de tudo, faça a seguinte reflexão:

Você já parou para pensar sobre a


definição do termo Educação a distância

Segundo o Ministério da Educação, educação a distância é a modalidade


educacional na qual os alunos e professores estão separados física e
temporalmente, e por isso, faz-se necessária a utilização de meios e
tecnologias de informação e comunicação. Essa modalidade é regulada por
uma legislação específica e pode ser implantada na educação básica
(educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de nível médio)
e na educação superior.
Aretio (1994) diz que Ensino a Distância é um sistema tecnológico de
comunicação bidirecional, que pode ser massivo e que substitui a interação
pessoal, na sala de aula, de professor e aluno, como meio preferencial de
ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e
pelo apoio de uma organização e tutoria que propiciam a aprendizagem
independente e flexível dos alunos.
É importante dizer que a Educação a Distância pode ser trabalhada nos
mesmos níveis que a educação presencial: fundamental, médio, superior e
pós-graduação. Segundo Moran (2002), o maior foco da educação a distância
é na educação de estudantes que já têm experiência consolidada de
aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de
graduação e também no de pós-graduação.
No papel de conteudistas para EAD, devemos nos pautar em questões
como as seguintes:

O que é prepa
rar Por o
nde Como elaborar os
conteúdos pa come conteúdos?
ra EAD? çar?

r É preciso
m o p laneja validar ta
is
Co ? conteúdo
c on t eúdos s?
os

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O questionamento inicial, nos leva a levantar algumas etapas necessárias à


preparação do conteúdo para EAD, reforçando, assim, o papel do Design
Instrucional, foco da nossa disciplina.

No contexto de um curso ofertado na modalidade a distância, deve haver


Texto
atenção ao cuidado com a organização visual das informações (design) para o
alcance de um bom resultado do processo de ensino-aprendizagem:

Tipo de fonte;
Número de palavras por linha;
Número de linhas por página;
Escolha e posicionamento das ilustrações e imagens;
Áudio;
Animações;
Vídeos;
Conteúdo linear ou não-linear; e
Módulo obrigatório.
Para a autora Andrea Filatro, a definição de Design Instrucional (DI) é:

"[...] a ação intencional e sistemática de ensino, que envolve o planejamento, o


desenvolvimento e a utilização de métodos, técnicas, atividades, materiais, eventos e
produtos educacionais em situações didáticas específicas, a fim de facilitar a
aprendizagem humana a partir dos princípios de aprendizagem e instrução
conhecidos." FILATRO (2004), pág. 65.

Assim, pode-se notar que o Design Instrucional é um novo e importante


integrante da equipe multidisciplinar para o desenvolvimento da EAD e seu campo
de atuação envolve o planejamento, a preparação, a produção e a publicação de
textos, imagens, gráficos, sons e movimentos, simulações, atividades e tarefas
relacionadas.
Maia (2007), no livro “ABC da EAD”, afirma que o Design Instrucional (DI) é
entendido como um “arquiteto da aprendizagem” que atua no cruzamento entre a
educação, a arte, a tecnologia e a administração, sendo capaz de gerenciar
equipes e projetos.

No âmbito da Diretoria de Ensino da Aeronáutica (DIRENS), o Desenho


Instrucional é definido na ICA 37-833, que trata sobre a Implementação da EAD no
âmbito da DIRENS, como uma atividade que consiste no planejamento pedagógico
do processo de comunicação de conteúdo com abordagem didática voltada à EAD,
por meio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). De modo geral, o DI
visa tornar o processo educacional mais dinâmico, dialógico e colaborativo, em
prol de um processo de ensino-aprendizagem com engajamento.

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3. MATRIZ DE DESIGN INSTRUCIONAL


Um dos instrumentos mais importantes para o desenvolvimento deste trabalho
é a matriz de design instrucional. Neste documento deverão ser registrados e
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organizados os elementos básicos do processo de ensino-aprendizagem, tais
como: objetivos, duração, conteúdos, ferramentas midiáticas, instrumentos de
avaliação e níveis de interação entre alunos e conteúdos. Os elementos da matriz
de DI devem ser organizados seguindo o fluxo de unidades didáticas e em
conformidade com os normativos do curso (PUD, CM ou PPC). Neste sentido,
Filatro (2018, p.29) afirma que “esse passo de planejamento e design é importante
para que você possa criar conteúdos que, mesmo ofertados separadamente,
façam sentido para sua proposta como um todo”.
Na imagem a seguir, segue o modelo de Matriz DI desenvolvida pelo Núcleo
de Educação a Distância da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e com o
design do IEAD. Acesse o SITE DA UNIFEI e navegue pela plataforma, conheça os
recursos de uma matriz de Design Instrucional e se ligue nos "bizus" que constam
no campo ao lado direito da tela. Neste campo há novas dicas a cada clique no
menu.

SITE UNIFEI CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O SITE AUTOMATICAMENTE

FIGURA 01 - MATRIZ DI.

Fonte: Adaptado de UNIFEI, 2023.

Utilize os recursos disponibilizados e se familiarize com a matriz de Design


Instrucional antes de seguir adiante em seus estudos.

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4. ATUAÇÃO DO DI
Agora que já vimos o que é design instrucional e conhecemos a matriz DI, é
necessário pensar didaticamente como o conteúdo deverá ser percorrido pelo
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discente. Para isso, há uma série de elementos que devem ser considerados,
dentre eles, o perfil da audiência e o perfil do curso.

PERFIL DA AUDIÊNCIA PERFIL DO CURSO

Análise instrucional do conteúdo (ex.:


Dispersão geográfica da audiência (ex.: analisar a documentação do curso,
regionalidade) Projeto Pedagógico, Currículo mínimo e
reunião com os conteudistas)

Controle ou autonomia do aluno (ex.:


possibilidade de o aluno “pular”
Tecnologias disponíveis para a audiência
conteúdo, com liberdade de pular
(ex.: disponibilidade para região)
módulo/ disciplina, de maneira linear ou
totalmente livre)

Interação do curso e o acesso ao


Objetivos dos estudantes (ex.: perfil do
material (ex.: considerar o perfil do curso
aluno)
autoinstrucional ou não e as ferramentas
disponíveis)
Objetivos e as missões da Instituição de
ensino (ex.: objetivos institucionais com o Escolha de tecnologias (ex.: considerar o
curso) perfil do público-alvo)

A Matriz de Design Instrucional pode ser utilizada no planejamento de


atividades dinâmicas virtuais, que vislumbram a motivação e aprendizagem
colaborativa. As interações ocorrem por meio de recursos e ferramentas de
comunicação e são utilizadas como estratégias para desenvolvimento de
atividades colaborativas.

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5. REFERÊNCIAS
FILATRO, ANDREA CRISTINA. Como preparar conteúdos para EAD. Saraiva
Texto
Educação SA, 2018.

FILATRO, Andrea. Design instrucional contextualizado: educação e tecnologia.


São Paulo: Senac, 2004.

MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC da EaD: a educação a distância hoje.


Pearson Prentice Hall, 2008.

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