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ATIVIDADE TERAPÊUTICA DO CARDO-MARIANO PARA HEPATOPROTEÇÃO

Allyson Oliveira da Silva – Mat. 11037435 – Farmácia

O uso de fitoterápicos tem expandido constantemente e se tornando cada vez mais


popular no brasil. Cerca de 82% da população brasileira ainda recorre a produtos derivados
de plantas medicinais para manter sua saúde, seguindo práticas tradicionais oriundas de
diversas fontes, como a medicina indígena, quilombola, e de outras comunidades
tradicionais (MAZIERO; TEIXEIRA, 2017). O território brasileiro destaca-se por sua vasta
biodiversidade, apresentando um vasto repertório de plantas que merecem atenção para
estudos aprofundados. O uso adequado dessas plantas no tratamento de diversas
enfermidades pode proporcionar inúmeros benefícios à saúde. Portanto, torna-se
necessário realizar novas pesquisas para explorar os potenciais farmacológicos dessas
espécies vegetais nativas do Brasil. Em julho deste ano, a revista veja publicou que a falta
de cuidado com o fígado se tornou um problema de saúde pública, e este hoje é um dos
assuntos que tem maior atenção da medicina (SPONCHIATO, 2023). Unindo estes dois
temas, que são o uso de fitoterápicos, e os problemas atuais da população brasileira com
o fígado, abordaremos neste trabalho sobre a atividade terapêutica de hepatoproteção da
planta comumente conhecida como cardo-mariano.

A planta Silybum marianum L., popularmente reconhecida como cardo mariano,


cardo santo, cardo leite, entre outras designações, é uma espécie vegetal amplamente
empregada na medicina popular. Essa planta medicinal ganhou destaque devido às suas
propriedades antioxidantes e hepatoprotetoras associadas aos seus metabólitos
secundários. A Silybum marianum L. que pertence à família Compostae de classe
Magnoliopsida e divisão Spermatophyta, tem sua distribuição geral na região mediterrânica
e macaronésia (Madeira), cultivada e naturalizada em grande parte da Europa e Açores
(SILYBUM MARIANUM, 2023). O Cardo-Mariano, conhecido por suas propriedades
medicinais, é frequentemente utilizado como auxiliar no alívio dos sintomas dispépticos e
como hepatoprotetor (BRASIL, 2018). Sua ação benéfica é atribuída a componentes
específicos que contribuem para a melhoria da digestão e redução de desconfortos
gástricos. A longa tradição de seu uso respalda sua reputação como uma opção natural
para quem busca alívio dos sintomas relacionados à dispepsia e hepatoproteção. A eficácia
hepatoprotetora da Silybum marianum é atribuída aos seus mecanismos de ação, os quais
envolvem ações antioxidantes e o sequestro de radicais livres. Esses processos
demonstram a capacidade da planta de estimular a regeneração celular, além de
desempenhar papéis cruciais na regulação e estabilização das membranas celulares. A
presença significativa de flavonoides, um dos principais metabólitos secundários da
Silybum marianum, não apenas contribui para a proteção da planta, mas também confere
importantes propriedades farmacológicas. Essas propriedades englobam características
como ação antitumoral, anti-inflamatória, antiviral, antioxidante, entre outras (SILVA;
SOUZA, 2021). Os usos mais comuns desta planta medicinal são por meio de infusão ou
cápsula de uso oral.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Primeiro Suplemento do

Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 1ª edição: Brasília-DF. 2018.

MAZIERO, Maiara; TEIXEIRA, Marianne Pinheiro. A expansão da utilização de


fitoterápicos no Brasil. Guri Unipampa, 2017. Disponível em:
<https://guri.unipampa.edu.br/uploads/evt/arq_trabalhos/12656/seer_12656.pdf>. Acesso
em: 09 dez. 2023.

SILVA, Antônio Rafael da; SOUZA, Maria Nathalya Costa de. Silybum Marianum e suas
atividades farmacológicas: uma revisão integrativa. Saúde.com, Ceará, v. 17, n. 3, p.
2235-2248, 2021.

Silybum marianum. Utad Jardim Botânico, 2023. Disponível em:


<https://jb.utad.pt/especie/Silybum_marianum>. Acesso em: 09 dez. 2023.

SPONCHIATO, Diego. Por que a falta de cuidado com o fígado virou um problema de
saúde pública. Veja, 2023. Disponível em: < https://veja.abril.com.br/saude/por-que-a-
falta-de-cuidado-com-o-figado-virou-um-problema-de-saude-publica>. Acesso em: 09 dez.
2023.

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