Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ao longo dos primeiros 5 anos de prática clínica fui percebendo que meus pacientes
precisavam de “algo mais” do que uma boa voz e uma perfeita articulação dos sons da fala. E
esse “algo mais” tem nome, e o nome é ORATÓRIA. Comprei então todos os livros sobre o
assunto e fui estudar para montar a primeira versão do meu CURSO DE ORATÓRIA. Surgiu
assim, em 2001 o Fonoaudiólogo e Professor de Oratória Rodrigo Moreira.
Hoje em dia tenho a satisfação de afirmar que já treinei mais de 15 mil alunos das mais
diversas profissões. Analisando minha prática como professor criei o Método Falar Melhor
que meus alunos trilham amparados pela minha didática única, exclusiva e motivacional. Atuo
como Professor de Cursos de Extensão em diversas Faculdades, Cursos de Pós Graduação
presenciais e online, em Empresas Juniores, em parcerias com Diretórios Acadêmicos e
diversas outras empresas espalhadas pelo Brasil, além de ser formador de fonoaudiólogos
para ensinar oratória. Em 2017 criei o IBRO - Instituto Brasileiro de Oratória - que estimula as
ideias de que a oratória deve ser oferecida o quanto antes na educação brasileira e de que o
profissional habilitado para ensinar oratória é o Fonoaudiólogo, pois além de ensinar as
técnicas de oratória e capaz de fazer um diagnóstico e tratamento dos distúrbios de voz e da
fala.
Seja bem-vindo(a) ao mundo da oratória!!!
– Ensinar as técnicas de oratória para o comunicador transmitir sua mensagem com uma ótima
expressão verbal, seja em público, seja com apenas uma pessoa, com uma excelente linguagem
corporal, um raciocínio bem organizado e um adequado gerenciamento das emoções;
– Oferecer ao aluno a oportunidade de praticar o ‘falar em público’ através de dinâmicas filmadas e
analisadas pelo professor. Dessa forma o aluno conseguirá identificar e eliminar suas dificuldades de
oratória e fortalecer com consciência seus pontos fortes, realizando apresentações cada vez mais
eficazes.
Conteúdo Abordado:
- A comunicação: Sua forma e Conteúdo
- Linguagem corporal: contato visual, gestos, voz-fala, movimento- postura
- Nervosismo: como lidar com ele antes e durante a fala
- A Programação Neurolinguística aplicada à Oratória
- Neurociência: prepare seu cérebro para falar em alta performance
- Como organizar o raciocínio e falar com fluência
- Formas de apresentação (fala espontânea planejada, fala memorizada, improviso e leitura profissional)
- Recursos audiovisuais: uso profissional de slides e microfone
Para refletir...
Hoje em dia, com o mercado de trabalho tão competitivo e com os processos seletivos cada vez mais
rigorosos para se ingressar nesse mercado, se faz necessária a diferenciação dos profissionais pelos
detalhes e o desenvolvimento de habilidades cada vez mais específicas, como a da comunicação
interpessoal, que se apresenta como um pré-requisito essencial de um líder de sucesso, pois transmite
segurança e credibilidade a todos os que interagem com ele. O desenvolvimento da habilidade da
comunicação profissional e oratória é algo que ocorre com o aprendizado de técnicas. Portanto, falar bem
é treino! Mesmo uma pessoa extrovertida, que a princípio diríamos possuir o dom da palavra, pode errar
no uso da comunicação e oratória se não souber controlar sua fala e colocar nela as técnicas que
caracterizam um bom comunicador.
POLITO, Reinaldo e Raquel Polito. 29 minutos para falar bem em público e conversar
com desenvoltura. São Paulo: Editora Sextante, 2016.
POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições. 28. ed. São Paulo: Saraiva,
2006.
POLITO, Reinaldo. Como falar de improviso e outras técnicas de apresentação. 11. ed. São Paulo:
Saraiva, 2006.
POLITO, Reinaldo. Um jeito bom de falar bem. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.
STEPHEN, Lucas. A arte de falar em público. 11ª Ed. – Editora Bookman – 2014 –
www.grupoa.com.br
Leny Kyrillos & Milton Jung. Comunicar para liderar – Editora Contexto – 2016
Eunice Mendes, Lena Almeida, Marco Polo Henriques. Falar bem é fácil – Editora AGWM
Robbins, Tony – Poder sem limites – Editora BestSeller – 2017 – 27ª Edição
Quando comecei minha jornada como professor eu recebia os alunos e logo na primeira aula,
antes mesmo de ensinar qualquer técnica de oratória, os colocava em pé na frente da turma para
falar realizando uma apresentação pessoal. Ou seja, eu recebia um aluno precisando de ajuda
para falar melhor, fragilizado por um sistema educacional que não lhe ensinou a se expressar em
público e eu o obrigava, literalmente, a “pagar mico” na frente da turma. Com o tempo,
aperfeiçoando meu Método Falar Melhor parei de fazer isso. Hoje em dia, antes de colocar o
aluno para realizar a primeira dinâmica de fala filmada, ensino as técnicas de oratória para que
ele possa já ir se apresentar com o mínimo de chances de controlar sua performance e já começar
a experimentar o falar melhor.
A comunicação humana requer a análise dos seguintes aspectos no que se refere à FORMA DE
FALAR:
1.1.1 Voz/Fala/Dicção
2 Princípios da Oratória
A oratória possui 3 princípios aos quais o bom comunicador deve se submeter se quiser que sua
mensagem seja captada com clareza pelo ouvinte:
I. Na oratória, os detalhes fazem a diferença;
II. De vez em quando, tudo pode. Desde que não seja um erro grosseiro;
III. Tudo que se repete incomoda e/ou distrai o ouvinte.
1) Identificar
2) Perceber ao vivo fora da mente
3) Perceber ao vivo dentro da mente (radar)
4) Bloquear = Diminuir a frequência
5) Eliminar
6) Criar um trauma daquilo
7) Ajudar o outro a identificar
1. Básico x Essencial
2. Difícil x Desafio/Oportunidade
3. Complicado x Complexo
4. Escolha/Decisão – Responsabilidade – Justo/Justiça
5. Diminutivo
6. Gerundismo (estar/tá) x Infinitivo
7. Achar, Acreditar, Tentar, Pode ser que, Quem sabe, Talvez, Eu espero que... x
Certeza/Segurança
8. Futuro do Pretérito (gostaria) x Presente do Indicativo
9. Botar, Arredar, Trem
10. Generalização
“Todo mundo aqui...”
“Porque a gente...”
“Porque nós, brasileiros,...”
“Só para vocês terem uma ideia...”
“Eu não sei se vocês ficaram sabendo...”
“Como eu sempre digo...” - “Como eu costumo falar...”
“Jamais, Nunca, Ninguém, Sempre”
USAR: Palavras/Expressões Acolhedoras - por favor, por gentileza, obrigado(a), com licença,
você poderia, eu gostaria de, seja bem-vindo(a), você aceita um café, uma água..., fique à
vontade, tratar pelo nome
PIRÂMIDE DE MASLOW
Os 5 tipos de público
O público hostil é aquele que apesar de não gostar de você, do que você está falando ou de
ambas as coisas, fica atento à sua fala para discordar do que está ouvindo. Para enfrentar esse
tipo de público, prepare bem seus argumentos e mantenha a calma no momento da discussão
para que o conflito verbal não se transforme em um confronto físico.
O público indiferente é o tipo de público mais difícil. Os ouvintes estão ali, sentados à frente
do orador, sem prestar atenção e com vontade de ir embora ou fazer outra coisa. Neste caso, o
comunicador deve valorizar os benefícios e vantagens de ser ouvido. O público assim deixará de
ser indiferente para se tornar interessado!
Por fim, normalmente o comunicador costuma ter sua frente um público misto, ou seja, haverá
um conjunto de pessoas interessada, outro grupo hostil, aqueles indiferentes e alguns
desconfiados. Mas, lembre-se, dependendo da qualidade do comunicador todos ao final da
palestra podem se tornar amistosos às suas ideias.
3ª técnica: Gesticulação
Outra técnica da oratória é a gesticulação, que consiste em expressar-se por meio de gestos
representativos, ou seja, gestos que combinem com o conteúdo da fala. Sendo assim, fique
atento aos seguintes aspectos:
O corpo fala! Sendo assim, cuidado com sua postura ao falar, mantenha a elegância e fique
atento também às seguintes orientações:
Fale parado e às vezes saia do lugar enquanto fala;
Movimentar-se muito incomoda o ouvinte;
Os movimentos podem ser para frente, para trás, laterais e/ou diagonais;
Evite falar do fundo da sala;
Não se apoie em uma perna só nem balance/dance enquanto fala.
Se uma pessoa tem o dom para falar em público e treina as técnicas de oratória acaba por atingir
a excelência ao se comunicar e pode até virar um showman ao transmitir uma mensagem. Agora,
se um comunicador não tem o dom para falar e treina as técnicas de oratória, acaba por atingir
uma boa performance, sem grandes falhas ao desenvolver a fala. Ter o dom e não saber ou
treinar as técnicas de oratória fará com que o comunicador seja bom, sem saber o porquê disso.
Falar melhor é treino e aprendizado! Sendo assim é importante perceber que existem fases nesse
aprendizado. Quando alguém não sabe falar em público e erra ao realizar essa atividade, essa
pessoa está na fase do aprendizado que podemos chamar INCONSCIENTEMENTE
INCOMPETENTE, ou seja, erra ao falar, mas também não sabe o que fazer para falar bem.
Aguarde as próximas fases do aprendizado nas SUPERDICAS que virão.
Tentando acertar
Quando uma pessoa procura treinamento para falar melhor em público terá acesso à teoria do
que fazer para falar com técnica. Porém, ao tentar colocar em prática a teoria ainda não
conseguirá ser perfeito ao falar. Podemos chamar essa fase do aprendizado de
CONSCIENTEMENTE INCOMPETENTE. Ou seja, apesar de ter consciência do que fazer para falar
bem ainda não consegue executar essa teoria com excelência. Com a persistência no treinamento
logo se avança para uma outra fase do aprendizado. Aguarde!
Depois que teoricamente somos informados sobre o que fazer para falar bem em público
começamos a treinar. Aos poucos vamos acertando de forma proposital a aplicação das técnicas
de oratória em nossa performance diante do público entrando assim no estado
CONSCIENTEMENTE COMPETENTE como comunicador.
Após anos de prática e treinamento das técnicas de oratória quem fala vai incorporando no seu
jeito de transmitir as mensagens orais, as técnicas de oratória, tornando-se assim
AUTOMATICAMENTE ou NATURALMENTE CONSCIENTEMENTE COMPETENTE como
comunicador. Esta é a fase 4 do aprendizado, a que faz com que o orador esteja apto para
desenvolver sua fala com uma qualidade realmente profissional.
Existem comunicadores que falam bem mas não sabem nada sobre oratória, ou seja, são
INCONSCIENTEMENTE COMPETENTES. Esse estado da performance não é o ideal, pois o orador
não garante que acertará sempre e se quiser um dia ensinar outros a falar melhor não conseguirá,
pois não tem consciência do que está fazendo. Um curso de oratória fará com que essa pessoa
acerte de propósito as técnicas de oratória, que de forma inconsciente, já estão sendo praticadas
nas suas apresentações.
QUEM É VOCÊ?
NOME
TRAJETÓRIA ACADÊMICA E PROFISSIONAL
VIVÊNCIA DE FALAR EM PÚBLICO
EXPECTATIVA COM O CURSO DE ORATÓRIA
1) Tendo em vista a teoria ministrada nesta aula, marque V para as alternativas verdadeiras e
F para as falsas:
( ) Se o único problema de um comunicador é possuir uma voz fraca ou uma dicção ruim,
isso pode ser tolerado pelo público e, ao final, esse comunicador ter uma boa avaliação
de performance.
( ) O comunicador profissional deve se preocupar mais com seu conteúdo do que com a
sua forma de falar.
( ) Uma mesma palestra/apresentação pode ser desenvolvida repetidas vezes,
independentemente do público.
( ) Existem profissionais que possuem um excelente currículo, mas que não sabem se
comunicar, necessitando com urgência de um treinamento de oratória.
( ) O profissional que fala bem tem mais oportunidades no mercado de trabalho do que
seus concorrentes que não se expressam com profissionalismo.
Respostas:
Pergunta 01: V-F-F-V-V
Pergunta 02: letra ‘d’. Nos minutos iniciais, e às vezes por toda a apresentação, o público
forma o conceito do comunicador devido ao seu tom de voz, velocidade de fala e
desenvolvimento das técnicas de oratória.
Pergunta 03: letra ‘d’
Pergunta 04: V-V-F-V-F
Pergunta 05: letra ‘e’. Mesmo que o ouvinte fique na extremidade do auditório ou logo
abaixo de nós, devemos olhar para ele para não o excluirmos do conjunto.
Pergunta 06: ‘letra d’. A aproximação correta das mãos é abraçar uma na outra e variar esse
abraço. Não devemos falar segurando objetos que não estamos utilizando.
Pergunta 07: F-F-V-V-V
Pergunta 08: letra ‘a’. Um dos princípios da oratória afirma que de vez em quando o
comunicador pode errar, desde que o erro não seja grosseiro e aconteça pouco.
Muitos se queixam, com razão, do nervosismo, como sendo um fator dificultador para o controle
da performance ao falar em público. Porém percebemos que a maior parte das causas que geram
o nervosismo são controláveis, ou seja, podemos dominar o nervosismo e não deixar que ele nos
domine a ponto de impedir que expressemos nossas ideias em público.
5%
Nervosismo 10%
85%
Concentração
Apresentação
Explicação do gráfico
Na minha experiência, 85% dos comunicadores começam uma apresentação nervosos e esse
nervosismo se inicia muitas vezes antes de começar a falar, no momento em que se aceita o
convite para fazer a apresentação, intensificando-se nos minutos que antecedem o uso da
palavra. Acontece que, pelo fato do comunicador estar treinado e saber o assunto, esse
nervosismo vai diminuindo e termina-se a apresentação bem mais à vontade. Em alguns casos
(10%), o nervosismo é uma constante em toda a apresentação; em outros raros casos (5%) o
nervosismo aumenta e normalmente o comunicador interrompe sua fala, abandonando o
público durante o desenvolvimento inicial da fala. O grande segredo é fazer com que a
concentração para executar o planejado seja uma constante durante a apresentação e supere o
nervosismo, gerando assim a segurança necessária para o comunicador transmitir seu
conhecimento. Sobre o nervosismo para falar em público, lembre-se:
No livro “A arte de falar em público”, Stephen E. Lucas ensina que: “A confiança é o poder
mais conhecido do pensamento positivo. Se você pensar que consegue, normalmente
Esse procedimento não eliminará totalmente seu nervosismo, mas o ajudará a ter controle
sobre ele para que se concentre em transmitir suas ideias, em vez de ficar se remoendo sobre
seus medos e ansiedades.”.
Respostas:
Pergunta 1: V-V-F-F-V
Pergunta 2: letra ‘e’. Conhecer as técnicas da oratória e treiná-las até adquirir uma boa
performance é o caminho para para um comunicador profissional combater grande parte
das causas do nervosismo ao falar em público.
Pergunta 3: V-V-F-V-F
Neste item apresentaremos os momentos em que uma apresentação é dividida. São eles:
Existe um momento inicial, denominado ‘pré fala’, ao qual se deve estar atento. O comunicador
transmite uma impressão para o público antes mesmo de começar a falar, por isso, além de testar
os equipamentos e preparar tudo para a apresentação, ele deve ficar atento ao próprio
comportamento e à própria linguagem corporal, transmitindo uma impressão segura a quem o
observa.
Antes de iniciarmos a montagem dos slides que vão nos acompanhar na apresentação, devemos
pensar no que queremos falar. Fazer um mapa mental, enumerar os argumentos que serão
expostos e organizar a ordem de aparecimento deles é fundamental para o palestrante chegar
na frente do público com tudo organizado e executar o que já está planejado.
Depois de concluir sua fala, prepare-se para os aplausos. Receba-os com um sorriso no rosto e
distribua o olhar pelo público. Não bata palmas para si mesmo! O tempo de aplauso pode ser
rápido ou demorado, tudo depende da performance do comunicador.
Aproveite o tempo após sua apresentação para continuar interagindo com o público, exercitando
e ampliando assim o seu network. Algumas perguntas também podem ser respondidas neste
momento. Reserve um horário para o ‘pós fala’. Não tenha pressa de ir embora; bons negócios
podem surgir nesse momento. Ah! Não se esqueça dos seus cartões - eles são essenciais essa
hora!
Conteúdo 4
Formas de Apresentação
4. Formas de apresentação
Entender bem do assunto sobre o qual se quer falar e explicá-lo ao público com um ordenamento
didático coerente: isso caracteriza a fala espontânea planejada, que é a melhor forma de
apresentação e a que mais respeita o estilo próprio de cada comunicador. Pode-se, em alguns
casos, ordenar em um papel os tópicos que se quer falar e levar esse papel, que é uma espécie
de ‘cola’ para nos acompanhar na apresentação. Mas falar sem a ‘cola’ transmite mais
credibilidade ao comunicador. Então, se for utilizar o papel no desenvolvimento da fala
espontânea planejada, faça de forma rápida e com moderação.
Esse tipo de fala exige de nós, além de uma memória bastante confiável, uma interpretação que
faça o público ter a impressão de estamos fazendo uma fala espontânea planejada. Se isso não
ocorrer, nossa fala memorizada ficará muito visível e poderemos parecer um robô falando,
prejudicando assim nossa interação com o público. Outro problema para quem fala de forma
memorizada são os imprevistos, que exigem uma interrupção do que estamos falando. Nesse
caso o comunicador pode ter dificuldade para retomar, do ponto em que parou, o
desenvolvimento da fala memorizada e assim ter toda a sua apresentação comprometida.
Algumas vezes, de tanto falarmos de forma espontânea sobre um mesmo assunto, acabamos por
memorizar alguns trechos da nossa apresentação e utilizar a fala memorizada. Se isso ocorrer,
pode valer a pena memorizar alguns trechos que tenham um bom impacto no desenvolvimento
do nosso raciocínio para falarmos na hora certa e provocar nos ouvintes um bom efeito. Pense:
a fala memorizada é a fala dos artistas. Então se você tiver uma boa capacidade de interpretação
e memorização, vá em frente e arrisque fazer a apresentação com esse tipo de fala!
Durante uma apresentação podem ocorrer imprevistos que exigem de nós uma FALA
IMPROVISADA. Neste momento demonstre muita calma, não apele com o imprevisto, utilize o
humor e resolva o problema com um comportamento que não assuste a plateia. Apesar de todo
o preparo e testes realizados antes da apresentação, existem problemas que podem ocorrer
durante nossa fala. O público sabe disso e muitas vezes entende nossa situação e até colabora
conosco na solução do problema.
Se em uma atividade social você tem uma colocação profissional de liderança, representa um
órgão de classe ou uma instituição, ou se em um evento sua presença merece destaque, como,
por exemplo, no casamento de um familiar querido, prepare-se para falar, mesmo que sua fala
não tenha sido encomendada com antecipação. Transforme assim o que seria uma FALA
IMPROVISADA em uma FALA ESPONTÂNEA PLANEJADA ou em uma FALA MEMORIZADA.
(Se você unir qualquer fala da coluna A, com qualquer fala da coluna B, C e D, terá uma
expressão de impacto. Tente!)
A B C D
dos conceitos de
Assim mesmo, aqui na a expansão de nossa exige precisão e
10 participação
empresa atividade definição
geral.
A realização de uma LEITURA PROFISSIONAL agradável aos olhos e ouvidos de um público exige
o aprendizado de muitas técnicas. Aprendemos a ler para nós mesmos, em silêncio. Sendo assim,
para lermos bem em público, devemos passar por um novo processo de aprendizado.
Quando for fazer a LEITURA PROFISSIONAL em público, coloque na variação de voz e fala a
mesma emoção de como se estivesse lendo pela primeira vez o texto. Segure a folha na parte
superior do tórax, relaxe os braços, faça as unhas, evite gesticular ou sair do lugar, capriche na
expressão facial - que também transmitirá a emoção da leitura - e, por fim, mantenha uma
postura elegante.
“De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em
qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a
piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana
ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa
ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Sohw de bloa.”
Quando for fazer uma LEITURA PROFISSIONAL em público, memorize o que está logo antes dos
pontos finais do texto e fale isso olhando para o público, de forma que o olhar dure 2 segundos
em cada região da sala e todos se sintam olhados. Na leitura da última frase do texto, além de
olhar para o público, abaixe o papel com sua frente voltada para o seu corpo e emende essa
última frase com o ‘muito obrigado e boa noite’ para o público, e todos se sentirão olhados.
1) Sobre a forma de lidar com a ‘pré-fala’, todas as alternativas são verdadeiras, exceto:
a) A ‘pré-fala’ se inicia no momento em que o comunicador aceita o desafio de falar em
público.
b) O estudo do tema a ser abordado por parte do comunicador é uma etapa decisiva para
o êxito do processo de uma apresentação.
c) Elaborar no papel um eixo central para o desenvolvimento do assunto é uma das
primeiras providências que um comunicador profissional deve tomar.
d) Não nos preocuparmos muito na ‘préfala’ com o que vamos falar nos tornará mais
espontâneos diante da plateia.
e) Através do comportamento corporal, quem vai falar já se comunica antes mesmo de
emitir a primeira palavra.
5. Recursos audiovisuais
Hoje em dia, com o avanço tecnológico, o comunicador tem como parceiro equipamentos cada
vez mais sofisticados, além de outros mais tradicionais, como o flip chart e o quadro branco. É
importante saber que o recurso audiovisual não deve atrapalhar - nem anular - a presença
humana do comunicador. Daí a necessidade de aprender a utilizá-los como colaboradores e não
como protagonistas de nossas apresentações. Vamos ver então como utilizar bem os principais
recursos audiovisuais!
5.1 Projetor
Um dos recursos mais utilizado atualmente, projeta o que está no nosso computador e não
apenas arquivos do Power Point®;
Permite realizar links com filmes e inserir fotos: isso exigirá do comunicador estar atento para
gerenciar a iluminação do auditório ou sala onde estiver falando. Prefira sempre apagar o
mínimo de luzes possível;
Local do equipamento na sala: se não estiver fixo no teto, verifique a melhor posição do
projetor para que ele não atrapalhe a movimentação de quem fala e ao mesmo tempo seja
visível para todos os ouvintes;
O que é projetado funciona como um roteiro para o desenvolvimento da fala espontânea
planejada. Sendo assim, o comunicador deve projetar tópicos e imagens para nortear seu
raciocínio;
O excesso de texto no slide faz com que o comunicador prenda muito seu contato visual na
projeção; assim ele acabará lendo o slide em vez de explicá-lo;
Treine o sincronismo entre sua fala e o que está projetado. Um slide com poucas informações
visuais colaborará didaticamente com sua apresentação: os ouvintes prestarão atenção
exclusivamente no que você diz e não terão que ler e ouvir ao mesmo tempo;
Projetou, tem que falar! O que está projetado é para ser comentado pelo comunicador e visto
pelos ouvintes. Sendo assim, fique atento ao tamanho e formato das letras e também ao
contraste de cores utilizado;
Determinados tamanho e cor de letra facilmente visíveis ao criador da apresentação em sua
tela de computador não causam o mesmo impacto quando projetados em grandes ambientes.
Faça um teste prévio no local da apresentação;
Tenha e aprenda a utilizar um controle remoto para passar os slides durante a apresentação.
Quando for passá-los, não é necessário apontar o controle para a tela, como se estivesse
dando um tiro na projeção. Mantenha os braços na altura da cintura, passe o slide e vá em
frente na sua apresentação;
Quando for utilizar a luz do ‘laser’ para apontar alguma informação projetada, faça isso
movimentando o ponto luminoso, pois dessa forma você não deixará evidente tremores que
podem denunciar seu possível nervosismo. A utilização do ‘laser’ serve para evitar que
Atalhos no teclado:
Ponto final: escurece a tela do computador e da projeção;
Vírgula: a tela do computador e da projeção ficam brancas;
F5: costuma abrir o primeiro slide;
Shift + F5: abre o slide que está selecionado;
Digite o número do slides + ENTER Vai direto para ele.
Cuidado com a armadilha das versões 2003 – 2007 – 2010 - 2013 do Office;
Aprenda a utilizar o FREEZE ou CONGELAMENTO do controle remoto do projetor para não
projetar textos ou imagens desnecessárias e/ou manter a privacidade dos seus documentos.
5.4 Microfones
Se possível, tente utilizar os microfones de lapela ou aqueles que ficam acoplados em um arco
na cabeça. Eles liberam as mãos e o comunicador não precisa ficar regulando a altura do
microfone em relação à boca para a captação da voz;
Se for utilizar o microfone sem fio de mão, posicione-o em frente ao queixo, sem encostar
nele. Isso permitirá que os ouvintes confirmem o que ouvem através dos movimentos dos
seus lábios;
( ) É um bom e prático recurso visual e pode ser utilizado com êxito, independentemente
do tamanho do auditório.
( ) Aproveite a quantidade de folhas disponíveis e fique muito tempo escrevendo no flip
chart.
( ) Capriche no tamanho e forma das letras para que possam ser visíveis e de fácil
entendimento.
( ) Se ocorrerem erros na escrita, possivelmente o comunicador terá que passar a folha e
escrever novamente.
( ) Teste os pincéis antes de usar, pois em alguns a tinta costuma secar quando não são
muito utilizados.
Respostas:
Pergunta 01 – letra ‘e’
Pergunta 02 - V-V-V-F-F
Pergunta 03 - letra ‘c’
Pergunta 04 - F-F-V-V-V
Pergunta 05 – letra ‘e’
Em uma grande e organizada mesa de reunião, seja essa mesa oval ou retangular, existem três
tipos de pessoas que são observadas: o coordenador, o redator da ata e os participantes. O
coordenador deve se sentar na ponta da mesa, pois isso facilitará a visualização de todos os
participantes. Já o redator da ata costuma se sentar próximo ao coordenador da reunião e os
demais participantes ocuparão os lugares restantes da mesa.
O coordenador da reunião
Para que uma reunião seja organizada e produtiva, ela deve ser preparada com antecedência e
isso requer que todos os participantes recebam, também com antecedência, a AGENDA DA
REUNIÃO, contendo: local, horário de início e término, quem coordenará, os nomes dos
participantes (fixos e flutuantes) e a pauta com os horários destinados a cada assunto. Essa
agenda é elaborada pelo coordenador!
As ‘regras’ do jogo comunicativo que se iniciará devem ser apresentadas pelo coordenador, são
elas:
os assuntos da pauta serão comentados pelo coordenador e quem quiser expor sua opinião
deverá solicitar a palavra;
quem quiser falar deverá se esforçar para ser objetivo, claro e sintético devolvendo a palavra
para o coordenador, que a passará para o próximo que a solicitou;
Assuntos alheios à pauta da reunião serão discutidos em outra oportunidade, ficando assim
em um tópico que pode se chamar ‘ESTACIONAMENTO’ para serem contemplados em outra
reunião;
todos são responsáveis por fazer com que a reunião termine no horário estipulado na ‘agenda
da reunião’ e isso requer falas rápidas e objetivas.
Pauta da reunião:
ESTACIONAMENTO
Outra sugestão:
Pauta da reunião:
• De 14h as 14:10h – Leitura, aprovação e assinatura da ata da última reunião
• De 14:10h as 14:20h – Comunicado de decisões pontuais
• De 14:20h as 15h – Assunto 01
• De 15:00h as 15:40h – Assunto 02
Intervalo de 15:40h as 16h
• De 16h as 16:40h – Assunto 03
• De 16:40h as 17:20h – Assunto 04
• De 17:20h as 18h – Assunto 05
Ata da Reunião
Data: Horário: 14h às 18h Sala:
Coordenador:
Redator da Ata/Secretário:
Convocados:
Presentes: Cicrano, Beltrano (A3*);
* A3: Atrasado 3 minutos
Ausências notificadas:
Ausências justificadas: Fulano de Tal (motivo da ausência);
Ausentes:
Decisões da reunião:
1. Assunto 1:
2. Assunto 2:
3. Assunto 3:
4. Assunto 4:
5. Assunto 5:
Assuntos ESTACIONADOS:
1. Assunto 1:
2. Assunto 2:
_________________
Coordenador
_________________
Redator da Ata/Secretário
_________________
Cicrano
_________________
Beltrano
O participante da reunião
Uma vez recebida a agenda convocando para a reunião, convém confirmar esse recebimento e a
presença ou não na reunião. Caso não for comparecer, justifique neste momento sua ausência
mencionando o motivo com discrição e tato. Durante a reunião fique atento ao seu
comportamento: olhe para quem fala, deixe seus contatos virtuais e relatórios para depois. Se
quiser falar, peça a palavra levantando o indicador e aguarde a autorização do coordenador da
reunião para iniciar sua exposição. Para não esquecer o que se quer falar, um recurso é anotar
em tópicos o que planejou desenvolver e ir consultando essas anotações no decorrer do uso da
palavra. Aprenda a concluir sua fala olhando para o coordenador da reunião, devolvendo-lhe a
palavra. Seja objetivo e sintético, os ouvintes agradecem!
A fim de facilitar e conferir qualidade à comunicação entre os interlocutores nesse meio, siga as
seguintes orientações:
Dê preferência para se comunicar com as pessoas reais que estão na sua frente, de forma
presencial;
Se estiver reunido com alguém e precisar atender um telefonema urgente, peça licença,
atenda e seja breve;
Mantenha seu telefone no modo silencioso e sem o vibracall ativado, principalmente se ele
ficar em cima da mesa, pois o atrito do telefone com a mesa atrapalhará a reunião com a
mesma intensidade de um toque sonoro;
Se não puder atender uma ligação, dê retorno o mais breve possível para quem tentou falar
com você;
Se, ao retornar uma ligação, você não foi atendido, grave um recado de voz ou envie uma
mensagem deixando registrado que você fez a sua parte. Agora é a vez de o seu interlocutor
virtual ligar!;
Em uma reunião, seja você coordenador, redator da ata ou participante, abstenha-se de
fazer coisas não relacionadas com a reunião que está sendo realizada. Evite ficar entrando e
saindo da sala para atender telefonemas. Respeite o momento e concentre-se na reunião;
Quando fizer uma ligação telefônica de cunho profissional, identifique-se sempre após o
cumprimento;
Responda seus e-mails o mais breve possível e assuma eventuais dificuldades quando
demorar muito para respondê-los, pedindo desculpas;
Evite as abreviações e a linguagem de telegrama nos e-mails. Escreva parágrafos curtos e dê
espaços entre um parágrafo e outro. Cumprimente e se despeça do seu interlocutor virtual;
Se for responder e-mails do seu telefone, escreva no final que isso está acontecendo pois a
mensagem costuma ser mais curta e às vezes abreviada. Para isso sugiro incluir na assinatura
da mensagem os dizeres: ‘Enviado do meu e-phone’.
7) Seu chefe solicitou que você preparasse uma apresentação na convenção anual da
empresa. Como a estruturaria?
a) De modo intuitivo. Como não domino nenhuma técnica e não conheço nenhum método
de apresentação, ficaria em dúvida sobre o planejamento, preparação e condução da
palestra.
b) Por ter algum conhecimento sobre organização e planejamento, eu estruturaria a
apresentação com começo, meio e fim, subdividindo-a em partes. Mas sinto que ainda
sou fraco nisso.
c) Planejo, preparo, administro o tempo, uso adequadamente recursos audiovisuais, sei
técnicas para iniciar, desenvolver e encerrar uma apresentação.
MOREIRA, Rodrigo. Oratória e trabalho. Jornal Estado de Minas, Belo Horizonte, 28-10-2009.
MOREIRA, Rodrigo. Comunicação profissional e oratória. Jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte, 22-03-2010.
A comunicação humana é extremamente rica em detalhes que fazem a diferença entre um bom
e um mau comunicador.
Existem técnicas para uma comunicação eficaz, seja em pé, durante uma apresentação para um
público, seja sentado, em uma reunião de mesa mais formal. Com o aprendizado dessas técnicas,
o profissional terá a oportunidade de exercitar uma fala que transmita mais credibilidade e
segurança. Filmar as apresentações e logo em seguida analisar a gravação com o conhecimento
do que é certo ou errado na comunicação é o grande segredo para nos capacitarmos na arte de
falar melhor. Afinal, só melhoramos o que vemos e conhecemos. O fato de o comunicador se ver
falando e tentando aplicar as técnicas para uma comunicação profissional enriquece muito o
aprendizado.
Hoje em dia existe o trabalho de coaching em comunicação humana, no qual o comunicador vai
se corrigindo e sendo ensinado a falar melhor. Muitas vezes uma pessoa não fala bem porque
não tem o hábito de falar em público e, para complicar, desconhece as técnicas que devem ser
utilizadas nessa atividade. Se essa pessoa tem a oportunidade de aprender essas técnicas e de
utilizá-las falando mais vezes, certamente sua performance será melhor ao comunicar uma
mensagem.
Aprender a se expressar bem é fundamental, e isso implica corrigir as falhas que aparecem na
expressão verbal e que todos os ouvintes percebem. O único que não as vê é quem está falando.
Esse é o drama do comunicador que não sabe utilizar as 04 técnicas para uma comunicação
profissional eficaz e uma excelente oratória.
E quais são essas técnicas? São elas: contato visual com os interlocutores, gesticulação,
movimentação do corpo e variação da voz e fala.
Devemos aprender a ‘passear’ o olhar lentamente pelo auditório enquanto desenvolvemos o
nosso raciocínio - ficar olhando para o chão ou para o teto não transmite credibilidade; olhar
rápido demais para cada um dos ouvintes também não é conveniente. O ideal é fixarmos o olhar
pelo menos uns dois segundos em cada região do auditório.
É fundamental aprendermos a utilizar significativamente as mãos enquanto falamos – devemos
nos lembrar de que o corpo também fala, e é interessante sabermos usar essa fala a nosso favor
na transmissão de mensagens.
Se falamos em pé por mais de cinco minutos e temos espaço disponível, devemos sair do lugar
algumas vezes enquanto falamos – falamos, olhamos para o público e gesticulamos, tudo ao
mesmo tempo.
Por fim, se não queremos ver alguém dormindo na nossa frente durante a apresentação, é
melhor variar o tom de voz e a velocidade de fala algumas vezes.
Sugiro a todos que pretendam se comunicar bem que pratiquem essas técnicas, gravem a
performance e a analisem em seguida. Aqueles que fizerem isso devem se preparar para uma
ótima surpresa!
MOREIRA, Rodrigo. O uso da tecnologia nas reuniões. Jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte, 17-05-2010.
Você já participou de alguma reunião e levou seu laptop, ligando-o em cima da mesa?
Certamente sim, ou em breve fará isso.
Pois é, hoje em dia, com o avanço tecnológico, está cada vez mais comum o ouvinte ter que
dividir sua atenção com quem está coordenando uma reunião e os e-mails a serem lidos e que
não param de chegar, os relatórios, as planilhas, as ofertas de lojas, as redes sociais, dentre tantos
outros atrativos que um computador tem a oferecer.
Mas, se você é uma dessas pessoas cujos ouvintes se vêem obrigados a dividir sua atenção com
pessoas reais e virtuais ao mesmo tempo, cuidado, pois você pode não está sabendo fazer a
tecnologia trabalhar a favor do seu marketing pessoal.
Em reuniões, o ideal é demonstrarmos respeito por quem fala. Se alguém está expondo seu
pensamento, devemos manter o máximo de contato visual com essa pessoa, comunicar-nos com
ela através da nossa fisionomia. Às vezes podemos, sim, nos voltar para o computador para
digitar algum aspecto ou reflexão que nos veio à mente como consequência da reunião.
Caso você seja o coordenador da reunião, meu conselho é falar distribuindo o contato visual por
todos os presentes, mesmo que não estejam olhando para você. Uma atitude interessante, para
deixar claro o interesse pela reunião, é abaixar um pouco a tampa do laptop enquanto fala ou
ouve e levantá-la somente quando for consultar suas anotações ou digitar algo. Essa orientação
é útil também para todos os participantes da reunião. Se quem está falando tem baixa estatura,
esse abaixamento da tela do computador é imprescindível; caso contrário ninguém conseguirá
enxergar direito sua fisionomia, e seus lábios não serão lidos pelos ouvintes, pois o rosto estará
escondido atrás do laptop. Já participei de muitas reuniões de mesa em que se usava o projetor
multimídia. Nesse caso, deixa uma boa impressão o coordenador da reunião falar em pé.
Outra dica: se for se atrasar ou faltar a uma reunião, use a tecnologia e justifique-se ao
coordenador do encontro ou à pessoa que o espera. Se a situação que o fez se atrasar for
relevante, não hesite em ser explícito - é melhor esclarecer o motivo do atraso do que deixar que
fiquem imaginando coisas ruins sobre você. Agora, se for faltar à reunião, comunique o fato o
quanto antes, para que a pessoa que o aguarda possa reorganizar sua agenda.
Use a tecnologia a favor do seu marketing pessoal; organize seu tempo para estar por inteiro nas
reuniões; deixe outros afazeres para depois; e lembre-se de que existe um ser humano
interagindo com você e que merece seu respeito, seu olhar e sua atenção.
MOREIRA, Rodrigo. Falar melhor: os detalhes fazem a diferença. Jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte, 14-06-2010.
É impressionante como o público é sensível para se incomodar com os detalhes (quase sempre
negativos) de quem fala! Ao observar alguém falando, todos percebem o olhar fixo ou perdido
do comunicador, sua falta de habilidade para gesticular, seu movimento constante de um lado
para o outro e sua monotonia de voz e fala, que dá sono em qualquer um.
Essas características chamam a atenção de quem ouve e desviam a concentração do público, que
está ali para prestar atenção ao assunto tratado, e não à forma como esse conteúdo é ministrado.
Acontece que, por falta de treinamento e de conhecimento sobre o que fazer com o corpo no
momento em que se fala em público, a maioria das pessoas erra na forma de se expressar, e esse
despreparo gera no público uma distração que o faz desistir de acompanhar o raciocínio de quem
está falando. E o pior: o único que não se sente incomodado com a fala ruim é o orador, envolvido
que está em um misto de nervosismo e concentração.
O fato é que, assim como para dirigir um carro, necessitamos de treinamento para dirigir nosso
corpo na frente de um público. Devemos aprender a distribuir nosso contato visual enquanto
falamos, a realizar gestos que combinem com nossa fala e, quando não os fizermos, devemos
aprender a apoiar uma mão na outra diante do corpo. Além disso, não devemos falar de apenas
um local do auditório. Às vezes - veja o que escrevi: às vezes, podemos e devemos nos
movimentar de um lado para outro e também para frente e para trás enquanto falamos. Digo ÀS
VEZES, porque observo a tendência de muitos comunicadores ficarem andando de um lado para
outro sem parar, e isso incomoda o ouvinte. E por fim, devemos aprender a produzir uma fala
vibrante, com variações de ritmo e tom - isso desperta o ouvinte e o impede de cochilar enquanto
falamos.
Costumo dizer a meus clientes: tudo que se repete enquanto falamos incomoda o ouvinte. Sendo
assim, cuidado com as repetições corporais e verbais na sua comunicação. Pense: quantas vezes
não nos sentimos incomodados com o palestrante que não parava de rodar a aliança enquanto
falava?, ou com aquele professor que não parava de falar ‘né’, ‘tá’, ‘ok’, fazendo-nos contar
quantas vezes isso se repetia? Sobre o que mesmo esse professor falava? Nem me lembro...,
costuma afirmar o aluno.
Normalmente quem fala não consegue perceber o que acontece com seu corpo enquanto
desenvolve sua comunicação. Por isso, fica aqui um conselho: filme sua fala e depois, sabedor
dessas técnicas para uma boa comunicação, analise sua performance e lembre-se de que, para
falar melhor, os detalhes fazem a diferença!
MOREIRA, Rodrigo. De frente para a plateia... e nervoso!. Jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte, 23-07-2010.
Já ouvi de alguns clientes: “Eu não levo jeito para falar em público; fico muito nervoso quando
tenho que enfrentar uma platéia!”.
Até aí, nada de anormal. Mesmo palestrantes experientes, com o domínio da oratória, ficam
nervosos antes de falar e nos minutos iniciais da apresentação. Normalmente esse nervosismo
desaparece após alguns minutos e, na maioria das vezes, ele não é percebido pelo público com
a mesma intensidade com que ocorre na psicologia do palestrante.
Nas minhas aulas, peço ao aluno que acabou de falar em público para dar uma nota de 1 a 10
para o seu nervosismo no inicio da apresentação, sendo 10 a nota que corresponde ao grau de
maior nervosismo. Depois solicito a um ouvinte que dê uma nota para a percepção do
nervosismo do palestrante. A nota do ouvinte sempre é menor! Concluímos, então, que, se o
corpo de quem fala não denunciar o seu nervosismo, possivelmente nenhum ouvinte irá notá-lo.
Esse estado não é percebido pelo ouvinte só porque as mãos de quem fala estão transpirando
ou tremendo, ou porque o seu coração está batendo mais rápido, mas sim, caso o olhar fique
rápido ou perdido, porque ocorre um balanço do corpo, um esfregar ou apertar contínuo das
mãos, ou até mesmo uma crise de choro ou de riso. Uma dica: para saber se o seu corpo denuncia
o seu nervosismo, filme sua fala e a analise, ou peça a opinião sincera de um amigo que ouviu
sua apresentação.
Existe todo um preparo a ser feito antes de se pronunciar as primeiras palavras para uma platéia.
Além de ser importantíssimo o conteúdo da apresentação estar bem amadurecido, alguns
palestrantes, para se sentirem mais seguros, gostam de ouvir uma música que lhes traga
recordações de momentos de superação na vida; outros preferem se imaginar falando com
sucesso; e existem aqueles que elegem o silêncio da meditação para se concentrarem no assunto
a ser tratado.
Observo, salvo exceções, uma cronologia na mente de quem fala: no início da apresentação
prevalece o nervosismo; depois, à medida que sua fala se desenvolve, o comunicador vai se
sentido à vontade; e, no final, se esquece de acabar. Quantas vezes já fomos surpreendidos com
palestras intermináveis e de que até estávamos gostando no início, mas terminamos insatisfeitos,
pois o orador, que se esqueceu de olhar o relógio, fica falando além do tempo previsto para o
término da palestra?
Deixo aqui registrados alguns conselhos para você que quer ser um bom comunicador: aprenda
as técnicas e os detalhes para falar melhor. Para isso, faça um curso de oratória ou procure um
coaching em comunicação. Encare sua imagem e se veja falando, para superação do que não lhe
agradou. E no mais, prepare-se para demorados aplausos após suas palestras!
MOREIRA, Rodrigo. Saber ouvir. Jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte, 13-08-2010.
Inicialmente se faz necessário diferenciar o ouvir do escutar. Ouvir exige apenas que tenhamos
um ouvido funcionando bem, para que o som seja captado no ambiente e transmitido até o
cérebro. Escutar exige mais: que o ouvinte preste atenção, concentre-se no que está sendo dito
e espere seu interlocutor terminar de falar para depois emitir sua opinião, continuando assim o
diálogo.
O ouvir é a primeira habilidade comunicativa do ser humano. Ouvimos antes de falar e falamos
antes de ler e escrever. Na escola, aprendemos a ler e a escrever; podemos fazer cursos ou
treinamentos para falar melhor. Porém, para ouvir, não recebemos treinamento, e o que
aprendemos empiricamente muitas vezes não faz de nós um bom ouvinte.
O bom ouvinte olha para o falante enquanto ouve, costuma fazer movimentos afirmativos com
a cabeça, caso concorde com o que está sendo dito e, oportunamente, oferece retornos verbais
para mostrar que está atento e acompanhando o raciocínio de quem fala. Esses retornos verbais
são o ‘hum, hum’, ‘certo’, ‘sei’, ‘é’, sendo que em conversas telefônicas esses sons de apoio ao
diálogo são fundamentais, pois mantêm uma ponte comunicativa entre o falante e o ouvinte,
que não se vêem.
Outro detalhe essencial: o ouvinte não existe sem a presença do falante. Sendo assim, a pessoa
que fala bem atrai no seu interlocutor as características de um bom ouvinte. Quem não olha e
presta atenção ao palestrante, pelo fato dele dizer coisas interessantes, com entusiasmo e
técnica?
Porém, assim como existem bons falantes, existem também pessoas inconvenientes, aquelas que
falam demais, aquelas que dizem a mesma coisa várias vezes. Essas situações fazem tanto o
ouvinte quanto o falante perderem tempo, e tempo é vida!
Não raramente, o ouvinte se depara também com comunicadores que não conseguem prender
a atenção da platéia, porque não falam bem, porque desconhecem ou não conseguem praticar
técnicas eficazes para uma boa comunicação profissional e oratória.
Para ser ouvido de forma eficiente, quem fala deve adaptar sua linguagem ao nível de
compreensão de quem ouve. Não adianta utilizarmos um vocabulário rebuscado para um público
sem estudo ou com um grau de escolaridade baixo. Entretanto, para um público culto, é
conveniente usar palavras que reflitam a cultura e o conhecimento de quem fala. Enfim, é
importante saber para quem se está falando. Fica aqui então uma reflexão: conheça seu público
e aprenda a falar melhor para ser bem ouvido e aprenda também a ouvir para respeitar quem
está falando.
MOREIRA, Rodrigo. A apresentação e o drama do orador. Jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte, 23-09-2011, Classificados, p. 2.
Uma coisa é certa: antes de falarmos em público e nos minutos iniciais de nossa fala, ficamos
muito nervosos e, muitas vezes, nosso corpo denuncia esse nervosismo para as pessoas que
estão à nossa frente. Aí começa o drama do orador. Todos observam essas manifestações
corporais de nervosismo, menos quem fala, menos o orador, que vive esse drama de não saber
o que acontece com seu corpo no momento em que expõe suas idéias.
E como esse nervosismo pode se manifestar em meu corpo enquanto eu falo? – você, leitor,
pode estar se perguntando. Vamos à resposta. O olhar rápido e perdido para cada um dos
ouvintes; o esfregar, o apertar ou o movimentar das mãos sem sentido; o balanço constante das
pernas e do corpo; o tremor da voz – tudo isso é percebido pelo ouvinte, sentado
confortavelmente na frente de quem fala. E mais: normalmente, ele se sente incomodado com
o que vê e, consequentemente, tem dificuldade de prestar atenção ao que está sendo dito.
Dramaticamente, o orador, nervoso, pouco confortável, focando sua atenção no
desenvolvimento do seu raciocínio, nem sequer sabe o que acontece com seu corpo. Aliás, o
conhecimento guia a observação. O fato de o palestrante não saber o que observar em seu corpo
enquanto fala impede-o de observar o que acontece com ele e, assim, melhorar sua
apresentação corporal para o público.
Tenho o hábito de filmar meus clientes falando para que depois eles mesmos se analisem.
Logicamente, só analisam o vídeo produzido após eu ensinar as técnicas esperadas de um bom
comunicador. Essa dinâmica docente oferece a quem aprende a oportunidade de identificar suas
tendências negativas e positivas ao se expressar e, não raras vezes, fica surpreso com o que vê:
ora devido a comportamentos jamais percebidos e que se repetem, ora ao observar que o
nervosismo que sentia enquanto falava não transparece para os ouvintes com a mesma
intensidade com que é percebido por ele, palestrante, que estava falando.
Todos, como seres humanos que somos, ficaremos nervosos antes de falar em público e com
mais intensidade ainda ao falarmos para um público novo, em um local desconhecido, em um
evento importante e sobre um tema que, às vezes, não temos um domínio absoluto. Mas, para
finalizarmos essa dramática estória dando a ela um final feliz, saiba esperar pelo nervosismo,
aprenda a dominar seu corpo ao se expressar e saiba que o início é sempre mais difícil – como
em tudo na vida. Nada é feito só de início. Teremos também o meio e o fim de nossa fala, nos
quais estaremos mais à vontade, confiantes e com maiores possibilidades de conquistar nosso
público. Então comece agora mesmo a encarar o desafio de controlar o nervosismo e vá à frente
falar melhor!
Um dos elementos que o homem utiliza com mais frequência, tanto para se fazer entender como para
estabelecer um relacionamento harmônico com seus semelhantes, é a palavra. Como foi expressado
noutras oportunidades, ela é a condutora do pensamento individual e a que contribui em muito para
a formação do próprio conceito.
A importância que ela encerra, ou melhor, que ela assume na vida, evidencia-se de múltiplas formas,
e é sabido que, quanto mais respeitável é a posição de quem fala, tanto maior a confiança que sua
palavra inspira. Essa palavra, se não sofrer nenhuma modificação, será mantida como elemento de
juízo para prestigiar o conceito de quem a emite.
Quando a palavra é pronunciada para manifestar uma convicção, definir uma atividade ou uma
situação, ou expressar um sentimento, e leva em si o sadio propósito de oferecer aos semelhantes a
oportunidade de conhecer o pensamento que a anima, tende sempre a superar o conceito de quem
a emite. Muito diferente é o que acontece com aquela que é pronunciada com o propósito de enganar,
ou que surge sem reflexão, num impulso fugaz, porquanto costuma afetar ou ferir aqueles que a
ouvem, mesmo quando nada tenham a ver com ela. Isso porque o simples fato de escutá-la causa
uma má impressão, contribuindo, por outro lado, para que se elabore um juízo desfavorável a respeito
de quem a expressou.
As palavras devem conter o que o próprio homem contém. Se ele for nobre, sua palavra será nobre
e, nunca jamais, deverá baixar até a deslealdade ou a falsidade; se for honrado, todas elas terão que
ser honradas; se for culto, por sua vez elas serão cultas. Identifica-se a palavra, assim, à qualidade
moral de quem a pronuncia.
Quando se desconhece o valor das palavras, elas são usadas sem controle algum. Neste caso estão,
geralmente, aqueles que não revelam nenhuma responsabilidade, ou que carecem de educação e
cultura. E, aqui, a sentença “Cuida de tuas palavras para que elas não firam a ti mesmo” assume um
nobre significado, porquanto, na maioria dos casos, as palavras ditas sem reflexão são causa de
grandes contrariedades e infortúnios. Uma palavra ofensiva, por exemplo, expressada por sugestão
de um momento de violência, na maioria das vezes acaba por causar maior dano àquele que a disse
do que àquele que a escutou.
Quem pensa bem se esforça para falar melhor. Muito benéfico é, então, aprender a sincronizar os
movimentos da mente com a expressão oral, de modo que a palavra seja a fiel condutora do
pensamento. Disso resultará que a palavra se revestirá de interesse, contrariamente ao que acontece
quando se fala sem pensar no que se diz, pois neste caso a palavra costuma parecer vazia ou sem
sentido.
Se quiséssemos apresentar uma imagem que refletisse com mais vivo colorido o mecanismo da
palavra, teríamos de representá-la como um pequeno vagão que, à medida que passa pelo conduto
vocal, é preenchido com o pensamento que formará seu conteúdo. Quando não se preparou
previamente o trabalho mental que haverá de cumprir essa função, o vagão (ou seja, a palavra) sai
Ocorre, contudo, o caso de muitos que pretendem haver estendido esses trilhos de entendimento até
seus semelhantes, mas, no momento de proferirem suas palavras, elas se chocam entre si,
produzindo a confusão e o desconcerto.
Os que conhecem o valor da palavra e cuidam dela levam muito em conta as que eles pronunciam,
mantendo-as em constante recordação, por saberem que também devem defendê-las da deturpação
ou desnaturalização.
Na identificação das próprias palavras, é muito importante não esquecer a circunstância em que
foram ditas, quem as escutou e o pensamento que lhes deu vida. Quem é capaz de reconhecê-las
não só demonstra ser seu verdadeiro dono, mas também inspira aos demais uma absoluta confiança.
Ninguém confia naquele que as nega, seja por esquecimento, por malícia, seja porque, sabendo que
foram equivocadas, não lhe convém sustentá-las.
A ética na linguagem se define pelo caráter simples e ao mesmo tempo elevado dos termos que são
empregados como expressão, bem como pela modalidade de quem os usa, que deve estar em
consonância com a elevação dessa ética. Disso se conclui quão facilmente se pode chegar a
conhecer o grau de cultura das pessoas. É óbvio dizer que, quanto maior riqueza houver na
linguagem, ou mais acurado for o exame dos pensamentos que sejam expostos, tanto maior será a
eficiência no trabalho construtivo da palavra e mais amplo o conceito que será dispensado a quem a
expresse.
A palavra serve ao ser para atacar ou defender-se. Quando ela está a serviço do bem, em todos os
casos cumpre sua verdadeira missão; quando é usada para o mal, a natureza dessa função fica
desvirtuada.
Grande foi o empenho do homem para conseguir que seus semelhantes tivessem fé em sua palavra,
mas tal empenho teve de converter-se numa luta constante, devido ao fato de que sempre atuaram
as contradições, em prejuízo do ansiado objetivo. Sempre foi maior o número das palavras que não
traduziam a fiel expressão de seu pensamento; portanto, a confiança que com elas puderam inspirar
foi relativa e, por vezes, numa escala muito baixa.
É depois de muito caminhar que o homem, com o espírito já serenado pelas mil contingências pelas
quais teve de passar, se dispõe seriamente a cuidar de suas palavras como cuida de sua própria
vida. Mas isso não é o suficiente; elas requerem, para terem valor e força, o apoio de obras, fatos e
exemplos que demonstrem a natureza delas. Só então começa a aumentar o crédito de suas palavras
entre os seus semelhantes.
Em síntese, a palavra é um dos elementos com que o homem costuma lavrar sua felicidade ou sua
desventura, segundo sejam as manifestações de seu próprio espírito.”
(Escrito por Carlos Bernardo González Pecotche em Fevereiro de 1946 – González Pecotche
foi um Pensador e Humanista Argentino criador da ciência Logosofia –www.logosofia.org.br)