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NO BRASIL
D avid D enslow *
(2) f (X i, x3) = 0
pode ser modificada de ecordo com:
P2 q3 f2 w2
(5) = ------- = ------ = -------
Pi Pirt fiT Wi
As condições dadas em (5) podem ser obtidas através da
flexibilidade de P A ou r, presumindo que q3 e T são determi
nados exogenamente. Mas suponha que p j caia bastante e
que r suba, devido a urpa união m onetária com a região S,
que tem receitas de exportação crescentes. O resultado é
m ostrado n a figura 2.
F igura 2. Nível do Preço inflexível e Taxa de Câmbio
Supervalorizada n a Região N.
II — A Proposição de Leff
A influência de p a rtilh a r com o Sudeste a m esm a nacio
nalidade, sobre a economia do Nordeste, no século XIX, era,
n u m prim eiro nível, de aproximação, o resultado líquido dos
efeitos da união alfandegária, da união m onetária e do m er
cado comum. Em bora m uitos aspectos possíveis do desen
volvimento d a economia do Nordeste, que são relacionados
às exportações e estejam , por este motivo, relacionados a
qualquer coisa que possa ter influenciado o nível das expor-
tações, eles não serão tratad o s aqui. E sta seção está lim itada
à discussão da evidência levantada por Leff, de acordo com
a e stru tu ra apresentada n a Seção I.
a) União A lfandegária
Com relação ao efeito da união alfandegária, a posição
de Leff é que a união com o Sudeste levou os term os de
troca do Nordeste, T, a um a queda. “P arte do rápido declínio
das exportações do açúcar foi devida ao fato de que o Nordeste
vendeu um a porção crescente da sua produção de açúcar p ara
o Sudeste brasileiro. O volume to tal das exportações, entre
tanto, era provavelmente m uito m ais baixo do que seria se o
Nordeste tivesse tido um acesso livre à totalidade do mercado
m undial. Além do m ais. exportações inter-regionais não
trouxeram com elas as im portações de capital, que ajudaram
a financiar a industrialização do Sudeste. Finalm ente, os
ganhos de bem -estar das exportações inter-regionais foram
reduzidos, porque o valor, a preços internacionais, das receitas
de mil-réis geradas era comprimido pela a lta ta rifa protecio
n ista brasileira. E sta aum entou os preços de m uitas m erca
dorias acim a dos níveis do mercado mundial<5>.”
Também:
“Uma p arte crescente da produção do Nordeste foi ven
dida p ara o Sudeste brasileiro. E ntretanto, não h á nenhum
indício de um fluxo contínuo de capital do Sudeste p ara o
Nordeste. Daí, um a co n trap artid a daquelas vendas inter-
-regionais do Nordeste deve ter sido exportações do Sudeste
p ara o Nordeste(6).”
Leff não apresenta nenhum a evidência q u an titativ a p ara
su sten tar suas afirmações. Uma olhada em alguns dados
sugere que elas não devem ser aceitas sem prova. Os rela
tórios dos consulados inglês e am ericano de Recife, o m aior
entreposto do Nordeste, m ostram que d u ran te o últim o quarto
de século anterior à I G uerra Mundial, 70 por cento das
exportações de açúcar desta cidade foram p a ra outros portos
brasileiros, quase que totalm ente p a ra o Sul.
TABELA 1
MÉDIA ANUAL DAS EXPORTAÇÕES DE AÇÚCAR DE
RECIFE — MILHARES DE TONELADAS CURTAS
b) União M onetária:
Leff usa duas técnicas de quantificação b astan te dife
rentes p ara su sten tar sua tese de que as exportações do café
reduziram as exportações do açúcar e do algodão, d u ran te
os anos de 1822 a 1914, um a n a Revista B rasileira de Econo
m ia e a o u tra no “Q uarterly Jo u rn al of Economics”. Desde que
o últim o artigo no QJE não repudia a técnica utilizada n a
RBE, devemos supor que ele considera am bas aproximações
válidas e trab alh a com um a de cada vez.
Na RBE, Leff dá os resultados da seguinte regressão,
utilizando dados anuais p ara dois períodos.
(6) log P = b log q + b log 1
3t 1 3t 2 (— )
r t
Produto Período b b
í 2
” . t ■:. ■:*/
TABELA 3
EXPORTAÇAO DQ CAFÉ E A TAXA CAMBIAL (9)
TABELA 4
VARIAÇÃO DO PREÇO DO ALGODÃO £ POR TONELADA
c) M ercado Comum:
O efeito do m ercado comum, pelo fato de estar o Nor
deste ligado ao Sudeste n u m a simples nação, era provavel
m ente de pouco significado, um a vez que, n as condições do
século XIX, u m a ta l m igração — como ocorreu a despeito
do alto custo de tran sp o rte e o ü tras fricções — provavelm ente
teria acontecido, mesmo se as duas regiões fossem nações
separadas.
A exceção a esta afirm ação é que a m arin h a inglesa teria
impedido algum as das vendas de escravos no Nordeste p a ra
o Sudeste, fossem as duas regiões separadas. Em relação ao
fluxo de capital, sua direção líquida, como m encionado an te
riorm ente, é desconhecida. A tualm ente, não podemos dizer
se o efeito do m ercado com um sobre renda “per ca p ita” no
Nordeste foi positivo ou negativo.
XH — Explicações alternativas
Frequentem ente, o tratam en to dado por um au to r a expli
cações altern ativ as p a ra um fenômeno é trazido a público
som ente com o objetivo de situ ar no contexto seu próprio
tratam en to definitivo. O esforço de Leff p a ra recusar outras
interpretações assum e u m a m aior im portância do que usual
m ente, contudo, ta n to por causa do espaço que devota a isto
como por causa d a inadequação da evidência positiva apre
sen tad a p a ra sua hipótese. Ele divide as interpretações a n te
riores em dois campos: conseqüências sobre a dem anda do
açúcar e algodão, e conseqüências sobre a oferta.
a) D em anda
Do lado d a dem anda, Leff rejeita o argum ento que as
políticas comerciais dos poderes da E uropa e dos Estados
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b) O ferta:
Pelo lado da oferta, Leff considera dois tipos de expli
cação, econômica e sócio-cultural. A explicação econômica
é o alto custo do trab alh o depois da abolição d a escravatura
e o alto custo do transporte, dentro do Brasil. Ele rejeita o
prim eiro porque a participação do Brasil no m ercado inglês
havia caído mesmo antes de term in ar o comércio de escravos,
e rejeita o segundo porque a participação do Brasil no m er
cado de algodão inglês não m elhorou depois da construção
de ferrovias d u ra n te a segunda m etade do século XIX.
V — RESUMO: