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SEMINÁRIO PRESBITERIANO DA AMAZÔNIA - SPA

CURSO DE TEOLOGIA

RESUMO DO ARTIGO: IDE OU INDO? IGREJAS MISSIONAIS E O USO DO


PARTICÍPIO NA GRANDE COMISSÃO DE MATEUS 28:19

POR

JEAN CARLOS DE PAULA SILVA

Manaus - Am
2023
SEMINÁRIO PRESBITERIANO DA AMAZÔNIA - SPA

CURSO DE TEOLOGIA

RESUMO DO ARTIGO: IDE OU INDO? IGREJAS MISSIONAIS E O USO DO


PARTICÍPIO NA GRANDE COMISSÃO DE MATEUS 28:19

Resumo do artigo Ide ou Indo? Igreja Missionais e o uso


do particípio na Grande Comissão de Mateus 28:19, do
pastor Chun Kwang Chung. Para o módulo de Missões
Transculturais, sendo supervisionada pelo pastor Kirk
Douglas.

POR

JEAN CARLOS DE PAULA SILVA

Manaus - Am
2023
CHUNG, Chun Kwang. Ide ou indo? Igreja missionais e o uso do particípio na grande
comissão de Mateus 28:19, Fides Reformata, São Paulo, XXIV, Nº 2 (2019): 51-60
Eu, Jean Carlos de Paula Silva, aluno do terceiro ano do seminário presbiteriano da
Amazônia – SPA, declaro que li todo o texto do artigo “Ide ou indo? Igrejas missionais e o uso
do particípio na grande comissão de Mateus 28.19.
O texto se divide da seguinte forma:
- Resumo;
- Introdução;
- O discipulado e as missões são conflitantes?
- O particípio nas gramáticas introdutórias ao Grego;
* A flexibilidade do particípio adverbial do aoristo;
* O particípio da circunstância atendida;
- Ide com força imperativa e suas implicações;
* Sentido de urgência;
* Mobilidade escatológica;
* Ide pregai;

O autor do artigo procura, com uso de uma exegese fundamentada na gramática da língua
grega, argumentar que o uso do Ide em Mateus 28:19 não é um gerúndio. Portanto, não pode ser
traduzido por “Indo”, pois essa tradução traria um forte erro no sentido original da palavra no seu
contexto.
Tal erro se torna prejudicial para o entendimento da grande comissão pela igreja, inibindo
assim o avanço da mesma por todas as nações do mundo. Como Chung afirma sobre o uso errado
do ide, entende-se que agora: “..todos os cristãos deveriam procurar fazer discípulos onde quer
que estejam, sem a necessidade de intencionalmente ir até os perdidos”.Pág 52.
O autor passa a mostrar que essa maneira errônea de se entender a grande comissão
engessa as missões em lugares distantes, pois o foco da igreja passa a ser mais no discipulado
desenvolvido em pequenos grupos. A ênfase recai sobre o “fazer discípulos”, esse é o imperativo,
a ordem. E não o “Ide”.
Chung cita então que a raiz do problema é gramatical, a maioria das gramáticas
introdutórias do Grego falam sobre adverbial e adjetival do particípio como se expressasse
apenas a qualidade da ação, sem ter significado temporal. O aluno iniciante do Grego, com base
nesse princípio, tende a traduzir o Ide, no original, como Indo.
Um outro ponto abordado pelo autor sobre a tradução do Ide em forma de gerúndio está
na questão da flexibilidade do particípio adverbial do aoristo, ele cita o exemplo do texto de Atos
19:2 onde a versão King James abre espaço para uma dupla interpretação, hora usada pelos
pentecostais, hora pelos reformados. Nesse caso Chung chega a conclusão que a melhor tradução
para “quando creram” e não “depois de terem crido” como traduzido na King James.
O ajuste começa a se apresentar com uma terceira via do uso do particípio, o da
circunstância atendida. Se os cinco pontos estabelecidos por Daniel Wallace acontecerem, então:
“Tornar πορευθέντες num particípio adverbial seria tornar a Grande Comissão numa Grande
Sugestão.”
O terceiro argumento de Chung sobe a palavra Ide é que ela tem força imperativa e que
leva algumas implicações. Uma vez que se entende o Ide como particípio de circunstância
atendida com força imperativa chega-se a algumas conclusões.
A primeira é que ela indica um sentido de urgência. O fazer discípulos e ir (ide) indicam
uma só ação, poderíamos traduzir o texto também como “vá fazer discípulos”, a ideia da junção
do particípio aoristo com o imperativo aoristo está exatamente na ênfase que é dada a todas as
ações indicadas no texto.
O autor também afirma que dar ênfase ao fazer discípulos tira a característica escatológica
do texto de Mateus. Com a morte de Cristo se cumpre o que havia sido predito no Antigo
Testamento sobre a expansão do evangelho a todas as nações. a partir de então é dada a igreja
investidura para ir levar o Evangelho por todo lugar.
Como escreve Chung: “...é necessário entender que o escopo da missão não pode ser
limitado apenas às pessoas que estão no convívio social de cada cristão, mas que o movimento de
ir a fim de pregar aos que estão fora e longe...”(pág. 9).
Por fim, Chung afirma que é necessário ir e pregar, não basta simplesmente ir. Aqui o
autor deixa claro que somente a presença, o exemplo, não podem ser o cumprimento do Ide em
Mateus 28:19. Ele escreve: “É a tarefa de chamar pessoas para seguir a Cristo, portanto, e não a
ação de se deslocar que é importante. A obra missionária é a ação de trazer pessoas para Jesus,
para o senhorio de Cristo, onde quer que estejam” (pág. 10).
O texto resumido é de importância primária para a igreja atual. Observar com precisão
exegética o que realmente se deve entender da grande comissão é algo impar e que se tem
perdido e trocado por apenas discipulado. Atender a esse chamado e maneira fiel as Escrituras e
obrigatória a igreja do Senhor. Que esse entendimento possa ser ensinado a toda a igreja, nosso
chamado é para fora, para além de nossa zona de conforto, para os que ainda não foram
alcançados pela graça do Espírito Santo.

² WALLACE, Daniel B. Greek grammar beyond the basics: an exegetical syntax of the new
testament. Grand Rapids, MI: Zondervan, 1996, p. 640.

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