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A Campanha do Desarmamento foi instituída a par-

tir do Estatuto do Desarmamento, elaborado em 2003,


visando à população portadora de armas sem registro
o prazo de 180 dias para regularização de registro ou
porte perante a Polícia Federal, ou entrega de boa-fé da
arma de fogo com direito a indenização, à contar de 23
Fala, combatente! O edital do concurso da PMCE 2021 foi
de junho de 2004, conforme a Lei 10884 de 17 de junho
publicado e tivemos algumas surpresas. Uma delas foi
de 2004.
SEGURANÇA PÚBLICA como matéria extra. Pensando em
potencializar seus estudos eu preparei o material mais Segundo dados do Ministério da Justiça, a campa-
“direto ao ponto” e sem enrolação. Leia bastante e resolva nha resultou na entrega de 443719 armas de fogo, que
questões e em breve nos veremos por aí durante o serviço foram destruídas pelo Comando do Exército, número
de patrulhamento! que constatou o sucesso da campanha, que tinha por
meta recolher 80 mil armas, com ampliação desta me-
Faz teu melhor e confia! ta para 200 mil até dezembro de 2004.
Grande abraço.
Como esse objetivo foi superado, o Governo Federal
ÍTALO SOUZA. estendeu a Campanha do Desarmamento até 23 de ou-
tubro de 2005, data do referendo onde se questionou a
proibição ou não proibição da comercialização de ar-
mas de fogo ou munição (com a vitória do "Não").

II - criação e fortalecimento de redes sociais e comuni-


tárias.
LEI Nº 11.530, DE 24 DE OUTUBRO DE 2007
III - fortalecimento dos conselhos tutelares;
Institui o Programa Nacional
de Segurança Pública com Ci- IV - promoção da segurança e da convivência pacífica;
dadania - PRONASCI e dá ou-
tras providências. V - modernização das instituições de segurança públi-
ca e do sistema prisional.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
VI - valorização dos profissionais de segurança pública
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu e dos agentes penitenciários;
sanciono a seguinte Lei:
Análise por ação PRONASCI
Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de Segu-
rança Pública com Cidadania - PRONASCI, a ser executa- As ações orçamentárias do PRONASCI são divididas
do pela União, por meio da articulação dos órgãos fede- em noventa e quatro ações definidas em Planos Inter-
rais, em regime de cooperação com Estados, Distrito Fe- nos do Programa.
deral e Municípios e com a participação das famílias e da
comunidade, mediante programas, projetos e ações de A tabela a seguir indica as ações com valores de exe-
assistência técnica e financeira e mobilização social, vi- cução mais expressivos, destacando-se as seguintes
sando à melhoria da segurança pública. ações com execução superior a R$40 milhões:

Art. 2º O Pronasci destina-se a articular ações de se- 1. Concessão de Bolsas;


gurança pública para a prevenção, controle e repressão
2. Fortalecimento de Apoio às Ações de Prevenção à
da criminalidade, estabelecendo políticas sociais e ações
Violência;
de proteção às vítimas.
3. Aquisição de Equipamentos de Infraestrutura e Sis-
Art. 3º São diretrizes do Pronasci:
temas de Gestão;
I - promoção dos direitos humanos, intensificando uma
4. Projeto Jovem Cidadão; e
cultura de paz, de apoio ao desarmamento e de combate
sistemático aos preconceitos de gênero, étnico, racial, 5. Emprego da Força Nacional de Segurança Pública.
geracional, de orientação sexual e de diversidade cultural.
VII - participação de jovens e adolescentes, de egres- II - foco social: jovens e adolescentes egressos do
sos do sistema prisional, de famílias expostas à violência sistema prisional ou em situação de moradores de rua,
urbana e de mulheres em situação de violência; famílias expostas à violência urbana, vítimas da crimi-
nalidade e mulheres em situação de violência;
VIII - ressocialização dos indivíduos que cumprem pe-
nas privativas de liberdade e egressos do sistema prisio- III - foco territorial: regiões metropolitanas e aglo-
nal, mediante implementação de projetos educativos, merados urbanos que apresentem altos índices de
esportivos e profissionalizantes; homicídios e de crimes violentos; e

IX - intensificação e ampliação das medidas de enfren-


IV - foco repressivo: combate ao crime organizado.
tamento do crime organizado e da corrupção policial;

X - garantia do acesso à justiça, especialmente nos Art. 5º O Pronasci será executado de forma integrada
territórios vulneráveis; pelos órgãos e entidades federais envolvidos e pelos Es-
tados, Distrito Federal e Municípios que a ele se vincula-
XI - garantia, por meio de medidas de urbanização, da rem voluntariamente, mediante instrumento de coopera-
recuperação dos espaços públicos; ção federativa.

XII - observância dos princípios e diretrizes dos siste-


Art. 6º Para aderir ao Pronasci, o ente federativo deve-
mas de gestão descentralizados e participativos das polí-
rá aceitar as seguintes condições, sem prejuízo do dis-
ticas sociais e das resoluções dos conselhos de políticas
posto na legislação aplicável e do pactuado no respectivo
sociais e de defesa de direitos afetos ao Pronasci;
instrumento de cooperação:
XIII - participação e inclusão em programas capazes
de responder, de modo consistente e permanente, às de- I - criação de Gabinete de Gestão Integrada - GGI;
mandas das vítimas da criminalidade por intermédio de
apoio psicológico, jurídico e social; II - garantia da participação da sociedade civil e dos
conselhos tutelares nos fóruns de segurança pública que
XIV - participação de jovens e adolescentes em situa- acompanharão e fiscalizarão os projetos do Pronasci;
ção de moradores de rua em programas educativos e
profissionalizantes com vistas na ressocialização e rein- III - participação na gestão e compromisso com as di-
tegração à família; retrizes do Pronasci;

XV - promoção de estudos, pesquisas e indicadores IV - compartilhamento das ações e das políticas de se-
sobre a violência que considerem as dimensões de gêne- gurança, sociais e de urbanização;
ro, étnicas, raciais, geracionais e de orientação sexual; V - comprometimento de efetivo policial nas ações pa-
ra pacificação territorial, no caso dos Estados e do Distri-
Apoio às Ações de Prevenção à Violência foram reque-
to Federal;
ridos principalmente pelos municípios e representaram
19,6%, enquanto que a Aquisição de Equipamentos foi
VI - disponibilização de mecanismos de comunicação
a maior demanda dos estados, correspondendo a
e informação para mobilização social e divulgação das
46,5% do total de recursos aprovados pelo Ministério
ações e projetos do Pronasci;
da Justiça.

XVI - transparência de sua execução, inclusive por VII - apresentação de plano diretor do sistema peniten-
meios eletrônicos de acesso público; e ciário, no caso dos Estados e do Distrito Federal;

XVII - garantia da participação da sociedade civil. VIII - compromisso de implementar programas conti-
nuados de formação em direitos humanos para os polici-
Art. 4º São focos prioritários dos programas, proje- ais civis, policiais militares, bombeiros militares e servido-
tos e ações que compõem o Pronasci: res do sistema penitenciário;

I - foco etário: população juvenil de 15 (quinze) a 24 IX - compromisso de criação de centros de referência e


(vinte e quatro) anos; apoio psicológico, jurídico e social às vítimas da crimina-
lidade;
Art. 7º Para fins de execução do Pronasci, a União fica § 1º O trabalho desenvolvido pelo Protejo terá duração
autorizada a realizar convênios, acordos, ajustes ou ou- de 1 (um) ano, podendo ser prorrogado por igual período,
tros instrumentos congêneres com órgãos e entidades da e tem como foco a formação cidadã dos jovens e adoles-
administração pública dos Estados, do Distrito Federal e centes a partir de práticas esportivas, culturais e educaci-
dos Municípios, assim como com entidades de direito onais que visem a resgatar a auto-estima, a convivência
público e Organizações da Sociedade Civil de Interesse pacífica e o incentivo à reestruturação do seu percurso
Público - OSCIP, observada a legislação pertinente. socioformativo para sua inclusão em uma vida saudável.

Art. 8º A gestão do Pronasci será exercida pelos Minis- § 2º A implementação do Protejo dar-se-á por meio da
térios, pelos órgãos e demais entidades federais nele en- identificação dos jovens e adolescentes participantes,
volvidos, bem como pelos Estados, Distrito Federal e Mu- sua inclusão em práticas esportivas, culturais e educaci-
nicípios participantes, sob a coordenação do Ministério onais e formação sociojurídica realizada por meio de cur-
da Justiça, na forma estabelecida em regulamento. sos de capacitação legal com foco em direitos humanos,
no combate à violência e à criminalidade, na temática
Art. 8º-A Sem prejuízo de outros programas, proje- juvenil, bem como em atividades de emancipação e socia-
tos e ações integrantes do Pronasci, ficam instituídos lização que possibilitem a sua reinserção nas comunida-
os seguintes projetos: des em que vivem.

I - Reservista-Cidadão; § 3º A União bem como os entes federativos que se


vincularem ao Pronasci poderão autorizar a utilização dos
II - Proteção de Jovens em Território Vulnerável - espaços ociosos de suas instituições de ensino (salas de
Protejo; aula, quadras de esporte, piscinas, auditórios e bibliote-
cas) pelos jovens beneficiários do Protejo, durante os
III - Mulheres da Paz; e finais de semana e feriados.

IV - Bolsa-Formação. Art. 8º-D O projeto Mulheres da Paz é destinado à ca-


pacitação de mulheres socialmente atuantes nas áreas
Parágrafo único. A escolha dos participantes dos pro- geográficas abrangidas pelo Pronasci.
jetos previstos nos incisos I a III do caput deste artigo
dar-se-á por meio de seleção pública, pautada por crité- § 1º O trabalho desenvolvido pelas Mulheres da Paz
rios a serem estabelecidos conjuntamente pelos entes tem como foco:
federativos conveniados, considerando, obrigatoriamente,
os aspectos socioeconômicos dos pleiteantes. I - a mobilização social para afirmação da cidadania,
tendo em vista a emancipação das mulheres e prevenção
Art. 8º-B O projeto Reservista-Cidadão é destinado à e enfrentamento da violência contra as mulheres; e
capacitação de jovens recém-licenciados do serviço mili-
tar obrigatório, para atuar como agentes comunitários nas II - a articulação com jovens e adolescentes, com vis-
áreas geográficas abrangidas pelo Pronasci. tas na sua participação e inclusão em programas sociais
de promoção da cidadania e na rede de organizações
§ 1º O trabalho desenvolvido pelo Reservista-Cidadão, parceiras capazes de responder de modo consistente e
que terá duração de 12 (doze) meses, tem como foco a permanente às suas demandas por apoio psicológico,
articulação com jovens e adolescentes para sua inclusão jurídico e social.
e participação em ações de promoção da cidadania.
§ 2º A implementação do projeto Mulheres da Paz dar-
§ 2º Os participantes do projeto de que trata este arti- se-á por meio de:
go receberão formação sociojurídica e terão atuação dire-
ta na comunidade. I - identificação das participantes;

Art. 8º-C O projeto de Proteção de Jovens em Territó- II - formação sociojurídica realizada mediante cursos
rio Vulnerável - Protejo é destinado à formação e inclusão de capacitação legal, com foco em direitos humanos,
social de jovens e adolescentes expostos à violência do- gênero e mediação pacífica de conflitos;
méstica ou urbana ou em situações de moradores de rua,
nas áreas geográficas abrangidas pelo Pronasci.
III - desenvolvimento de atividades de emancipação da I - frequente, a cada 12 (doze) meses, ao menos um
mulher e de reeducação e valorização dos jovens e ado- dos cursos oferecidos ou reconhecidos pelos órgãos do
lescentes; e Ministério da Justiça, nos termos dos §§ 4º a 7º deste
artigo;
IV - colaboração com as ações desenvolvidas pelo Pro-
tejo, em articulação com os Conselhos Tutelares. II - não tenha cometido nem sido condenado pela prá-
tica de infração administrativa grave ou não possua con-
§ 3º Fica o Poder Executivo autorizado a conceder, nos denação penal nos últimos 5 (cinco) anos; e
limites orçamentários previstos para o projeto de que
trata este artigo, incentivos financeiros a mulheres soci- III - não perceba remuneração mensal superior ao limi-
almente atuantes nas áreas geográficas abrangidas pelo te estabelecido em regulamento.
Pronasci, para a capacitação e exercício de ações de jus-
tiça comunitária relacionadas à mediação e à educação § 4º A Secretaria Nacional de Segurança Pública do
para direitos, conforme regulamento. Ministério da Justiça será responsável pelo oferecimento
e reconhecimento dos cursos destinados aos peritos e
Art. 8º-E O projeto Bolsa-Formação é destinado à qua- aos policiais militares e civis, bem como aos bombeiros.
lificação profissional dos integrantes das Carreiras já
existentes das polícias militar e civil, do corpo de bombeiros, § 5º O Departamento Penitenciário Nacional do Minis-
dos agentes penitenciários, dos agentes carcerários e dos tério da Justiça será responsável pelo oferecimento e
peritos, contribuindo com a valorização desses profissio- reconhecimento dos cursos destinados aos agentes peni-
nais e consequente benefício da sociedade brasileira. tenciários e agentes carcerários.

§ 1º Para aderir ao projeto Bolsa-Formação, o ente fe- § 6º Serão dispensados do cumprimento do requisito
derativo deverá aceitar as seguintes condições, sem pre- indicado no inciso I do § 3º deste artigo os beneficiários
juízo do disposto no art. 6º desta Lei, na legislação apli- que tiverem obtido aprovação em curso de especialização
cável e do pactuado no respectivo instrumento de coope- reconhecido pela Secretaria Nacional de Segurança Pú-
ração: blica ou pelo Departamento Penitenciário Nacional do
Ministério da Justiça.
I - viabilização de amplo acesso a todos os policiais
militares e civis, bombeiros, agentes penitenciários, agen- § 7º O pagamento do valor referente à Bolsa-Formação
tes carcerários e peritos que demonstrarem interesse nos será devido a partir do mês subsequente ao da homolo-
cursos de qualificação; gação do requerimento pela Secretaria Nacional de Segu-
rança Pública ou pelo Departamento Penitenciário Nacio-
II - instituição e manutenção de programas de polícia nal, de acordo com a natureza do cargo exercido pelo
comunitária; requerente.

Lembra do Ronda do quarteirão, guerreiro? Pois é...tem § 8º Os requisitos previstos nos incisos I a III do § 3º
tudo a ver com o PRONASCI. deste artigo deverão ser verificados conforme o estabele-
cido em regulamento.
III - garantia de remuneração mensal pessoal não infe-
rior a R$ 1.300,00 (mil e trezentos reais) aos membros das § 9º Observadas as dotações orçamentárias do proje-
corporações indicadas no inciso I deste parágrafo, até to, fica autorizada a inclusão dos guardas civis munici-
2012. pais e dos agentes de trânsito, enquadrados nos limites
inferior e superior de remuneração definidos nas normas
§ 2º Os instrumentos de cooperação não poderão ter de concessão da Bolsa-Formação, como beneficiários do
prazo de duração superior a 5 (cinco) anos. projeto, mediante o instrumento de cooperação federativa
de que trata o art. 5º desta Lei, observadas as demais
§ 3º O beneficiário policial civil ou militar, bombeiro, condições previstas em regulamento.
agente penitenciário, agente carcerário e perito dos Esta-
dos-membros que tiver aderido ao instrumento de coope- Art. 8º-F O Poder Executivo concederá auxílio financei-
ração receberá um valor referente à Bolsa-Formação, de ro aos participantes a que se referem os arts. 8º-B, 8º-C e
acordo com o previsto em regulamento, desde que: 8º-D desta Lei, a partir do exercício de 2008, nos seguintes
valores:
I - R$ 100,00 (cem reais) mensais, no caso dos projetos
Reservista-Cidadão e Protejo; e

II - R$ 190,00 (cento e noventa reais) mensais, no caso


do projeto Mulheres da Paz.
Falaremos agora de um tema muito importante para a
sua prova: SEGURANÇA PÚBLICA.
Parágrafo único. A concessão do auxílio financeiro de-
penderá da comprovação da assiduidade e do comprome-
Inicialmente, vale lembrar que a segurança pública é
timento com as atividades estabelecidas no âmbito dos
um DIREITO SOCIAL, e por isso, direito de segunda ge-
projetos de que tratam os arts. 8º-B, 8º-C e 8º-D desta Lei,
ração!
além de outras condições previstas em regulamento, sob
pena de exclusão do participante.
A segunda geração de Direitos Humanos compreende
os DIREITOS DE IGUALDADE, que são os direitos soci-
Art. 8º-G A percepção dos auxílios financeiros previs-
ais, econômicos e culturais. A característica básica
tos por esta Lei não implica filiação do beneficiário ao
dos direitos de segunda geração é o fato de serem DI-
Regime Geral de Previdência Social de que tratam as Leis
REITOS POSITIVOS, DE NATUREZA PRESTACIONAL,
nºs 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991.
no sentido de obrigarem o Estado a atuar positivamen-
te, intervindo no domínio econômico e prestando polí-
Art. 8º-H A Caixa Econômica Federal será o agente
ticas públicas de caráter social, visando implementar
operador dos projetos instituídos nesta Lei, nas condi-
um bem estar social.
ções a serem estabelecidas com o Ministério da Justiça,
obedecidas as formalidades legais.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito
Art. 9º As despesas com a execução dos projetos cor- e responsabilidade de todos, é exercida para a preserva-
rerão à conta das dotações orçamentárias consignadas ção da ordem pública e da incolumidade das pessoas e
anualmente no orçamento do Ministério da Justiça. do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

§ 1º Observadas as dotações orçamentárias, o Poder I - polícia federal;


Executivo federal deverá, progressivamente, até o ano de
2012, estender os projetos referidos no art. 8º-A para as II - polícia rodoviária federal;
regiões metropolitanas de todos os Estados.
III - polícia ferroviária federal;
§ 2º Os entes federados integrantes do Sistema Naci-
onal de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de IV - polícias civis;
Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genéti-
co, de Digitais e de Drogas (Sinesp) que deixarem de for- V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
necer ou de atualizar seus dados e informações no Sis-
tema não poderão receber recursos do Pronasci. VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Reda-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
Art. 10. (Revogado pela Medida Provisória nº 416, de
23/1/2008, convertida na Lei nº 11.707, de 19/6/2008)

Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publica-


ção.

Brasília, 24 de outubro de 2007; 186º da Independência e


119º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Tarso Genro
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão
permanente, organizado e mantido pela União e estrutu-
rado em carreira, destina-se a:"(Redação dada pela Emen-
da Constitucional nº 19, de 1998)

I - apurar infrações penais contra a ordem política e


social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da
União ou de suas entidades autárquicas e empresas pú-
blicas, assim como outras infrações cuja prática tenha
repercussão interestadual ou internacional e exija repres-
são uniforme, segundo se dispuser em lei;

II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes


e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem preju- § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros mili-
ízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas tares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-
respectivas áreas de competência; se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuá-
ria e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitu- § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros mi-
cional nº 19, de 1998) litares, forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-
se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do
judiciária da União. Distrito Federal e dos Territórios. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, or-
ganizado e mantido pela União e estruturado em carreira, § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de ma-
das rodovias federais. (Redação dada pela Emenda Cons- neira a garantir a eficiência de suas atividades.
titucional nº 19, de 1998)
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas muni-
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, cipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e
organizado e mantido pela União e estruturado em carrei- instalações, conforme dispuser a lei.
ra, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo
das ferrovias federais. (Redação dada pela Emenda Cons- § 9º A remuneração dos servidores policiais integran-
titucional nº 19, de 1998) tes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na
forma do § 4º do art. 39. (Incluído pela Emenda Constitu-
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polí- cional nº 19, de 1998)
cia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da
União, as funções de polícia judiciária e a apuração de § 10. A segurança viária, exercida para a preservação
infrações penais, exceto as militares. da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu
patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a Constitucional nº 82, de 2014)
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a I - compreende a educação, engenharia e fiscalização
execução de atividades de defesa civil. de trânsito, além de outras atividades previstas em lei,
que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão admi- eficiente; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de
nistrador do sistema penal da unidade federativa a que 2014)
pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos pe-
nais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Fede-
de 2019). ral e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades
executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em
Carreira, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitu-
cional nº 82, de 2014)
A segurança pública é dever do Estado, direito e res- d) Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judi-
ponsabilidade de todos, sendo exercida com o objetivo de ciária da União.
preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, (art. 144, “caput”, CF). Preste atenção! A Polícia Federal tem competência pa-
ra apurar infrações penais apenas em detrimento de bens,
A polícia de segurança, segundo Pedro Lenza, divide- serviços e interesses da União ou de suas entidades au-
se em 2 (duas) grandes áreas: polícia administrativa e tárquicas e empresas públicas. Isso não se estende às
polícia judiciária. sociedades de economia mista!

A polícia administrativa (preventiva ou ostensiva) atua Já a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Ferroviária
preventivamente, evitando que o crime aconteça, na área Federal, órgãos permanentes, organizados e mantidos
do ilícito administrativo. pela União e estruturados em carreira, destinam-se, na
forma da lei, respectivamente, ao patrulhamento ostensi-
Já a judiciária (polícia de investigação) atua repressi- vo das rodovias e das ferrovias federais.
vamente, depois de ocorrido o lícito penal.
(PRF – 2019) A competência da PRF, instituição perma-
1.2 - Órgãos de Segurança Pública: nente, organizada e mantida pela União, inclui o patru-
lhamento ostensivo das rodovias e das ferrovias federais.
Segundo o art. 144, CF/88, a segurança pública será
exercida pelos seguintes órgãos: Comentários:
O patrulhamento ostensivo das ferrovias federais é com-
a) Polícia Federal; petência da polícia ferroviária federal (art. 144, § 3º,
b) Polícia Rodoviária Federal; CF/88). Não se trata, portanto, de competência da PRF.
c) Polícia Ferroviária Federal; QUESTÃO ERRADA.
d) Polícias Civis;
e) Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares. 1.2.2 – Polícias dos Estados:
f) Polícias penais federal, estaduais e distrital (EC nº
104/2019). A segurança pública dos Estados foi atribuída às polí-
cias civis, às polícias militares e ao corpo de bombeiros,
Esse rol é taxativo (“numerus clausus”), ou seja, Esta- que formam, em conjunto, as polícias dos Estados. Essas
dos, Distrito Federal e Municípios não podem criar novos polícias, embora mantidas e organizadas pelos Estados,
órgãos encarregados da segurança pública. Note que, por devem observar as normas gerais federais (da União) de
não estarem previstas nesse rol, as Guardas Municipais organização, efetivos, material bélico, garantias, convoca-
não são responsáveis pela segurança pública. ção e mobilização das polícias militares e corpos de
bombeiros militares, conforme o art. 22 da Carta Magna.
1.2.1 – Polícias Federal, Rodoviária Federal e Ferroviária
Federal: Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União,
A Polícia Federal, instituída por lei como órgão perma- as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
nente, organizado e mantido pela União e estruturado em penais, exceto as militares. Essa exceção não se aplica
carreira, destina-se a: aos crimes praticados por militares, desde que estranhos
às suas atividades. Segundo o STF,compete à polícia civil
a) Apurar infrações penais contra a ordem política e so- a apuração de crimes comuns praticados por militares, ou
cial ou em detrimento de bens, serviços e interesses seja, aqueles estranhos à atividade militar.
da União ou de suas entidades autárquicas e empre-
sas públicas, assim como outras infrações cuja prática Já às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
tenha repercussão interestadual ou internacional e exi- preservação da ordem pública (polícia administrativa),
ja repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; enquanto aos corpos de bombeiros militares, além das
b) Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e atribuições definidas em lei, incumbe a execução de ativi-
drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem pre- dades de defesa civil. As polícias militares e corpos de
juízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exérci-
nas respectivas áreas de competência; to, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos
c) Exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Terri-
de fronteiras; tórios.
Destaca-se que os militares compreendem os inte- - Guardas Municipais:
grantes das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aero-
náutica) e os integrantes das Forças Auxiliares e reserva Determina a Constituição (art. 144, § 8º) que os Muni-
do Exército (polícias militares e corpos de bombeiros mili- cípios poderão constituir guardas municipais destinadas
tares). As Forças Armadas são nacionais, organizadas em à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme
nível federal. Já as polícias militares e os corpos de bom- dispuser a lei. Trata-se de polícia administrativa, que visa
beiros militares são disciplinados em nível estadual, dis- à proteção do patrimônio, sem competência para realizar
trital ou dos Territórios. Outro ponto de destaque é que, policiamento ostensivo.
ainda que não seja polícia judiciária, entende o STF que a
polícia militar pode realizar flagrantes ou participar da Como as guardas municipais não estão arroladas nos
busca e apreensão determinada por ordem judicial. incisos do art. 144, elas não fazem parte dos órgãos da
segurança pública, uma vez que aquele se trata de rol
1.2.3 - Polícias do Distrito Federal: taxativo. Segundo o STF, as Guardas Municipais podem
exercer poder de polícia de trânsito, inclusive aplicando
As polícias civil, militar e o corpo de bombeiros do Dis- sanções administrativas (multas) aos infratores.
trito Federal são organizadas e mantidas diretamente
pela União (art. 21, XIV, CF), devendo lei federal dispor 1.3 - Segurança Viária:
sobre sua utilização pelo Governador do Distrito Federal
(art. 144, § 6º , CF). Desse modo, os integrantes dessas A Emenda Constitucional nº 82/2014 acrescentou ao
polícias estão sujeitos a um regime jurídico híbrido, ca- art. 144, CF/88, o § 10, que trata da segurança viária.
bendo à lei federal fixar seus vencimentos (Súmula 647
do STF, 294.09.2003). Vejamos o que prevê esse dispositivo:

– Polícias Penais Federal, Estaduais e Distrital § 10. A segurança viária, exercida para a preservação
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu
A EC nº 104/2019 incluiu no rol de órgãos de seguran- patrimônio nas vias públicas:
ça pública do Estado brasileiro as Polícias Penais Federal,
Estaduais e Distrital. Com isso, as carreiras de agentes I - compreende a educação, engenharia e fiscalização
penitenciários foram transformadas em “carreiras polici- de trânsito, além de outras atividades previstas em lei,
ais” e alçadas ao patamar constitucional. As polícias pe- que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana
nais estão vinculadas ao órgão administrador do sistema eficiente; e
penal da unidade federativa a que pertencem. Cabe a elas
a segurança dos estabelecimentos prisionais. II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades
No âmbito dos Estados e do Distrito Federal, estão su- executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em
bordinadas aos Governadores dos Estados e do Distrito Carreira, na forma da lei.
Federal, exatamente o que também acontece com as polí-
cias civis e com as polícias militares. É competência dos agentes de trânsito, estruturados
em carreira, bem como dos órgãos ou entidades executi-
Cabe destacar, entretanto, que a polícia penal do Dis- vos dos Estados, Distrito Federal e Municípios, exercer a
trito Federal será organizada e mantida pela União. segurança viária, que compreende “a preservação da or-
dem pública e da incolumidade das pessoas e do seu
Nessa linha, o art. 32, § 4º, CF/88, prevê que “lei federal patrimônio nas vias públicas”.
disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Fede-
ral, da polícia civil, da polícia penal, da polícia militar e do No conceito de segurança viária estão a educação e a
corpo de bombeiros militar”. engenharia, ao lado da fiscalização de trânsito, demons-
trando que a preocupação do legislador não é apenas
Com a EC nº 104/2019, fica garantido que o preenchi- com a punição dos infratores, mas também com a pre-
mento do quadro de servidores das polícias penais será venção de acidentes.
feito, exclusivamente, por meio de concurso publico ou
por meio de transformação dos cargos dos agentes peni-
tenciários e equivalentes. Assim, não mais se permitirá a
situação esdrúxula de contratação de agentes penitenciá-
rios em caráter temporário.
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa,
sem prejuízo das penas correspondentes às demais infra-
ções penais praticadas.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de


LEI Nº 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 2013
qualquer forma, embaraça a investigação de infração
penal que envolva organização criminosa.
Define organização criminosa e
dispõe sobre a investigação
§ 2º As penas aumentam-se até a metade se na atua-
criminal, os meios de obtenção
ção da organização criminosa houver emprego de arma de
da prova, infrações penais cor-
fogo.
relatas e o procedimento cri-
minal; altera o Decreto-Lei nº
ATENÇÃO TOTAL PARA O § 2º, POIS O AUMENTO DE
2.848, de 7 de dezembro de
PENA É DE METADE, OU SEJA, DIFERENTE DO OUTRO
1940 (Código Penal); revoga a
QUANTUM DE AUMENTO PREVISTO NO § 4º.
Lei nº 9.034, de 3 de maio de
1995; e dá outras providências.
§ 3º A pena é agravada para quem exerce o comando,
individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Con- que não pratique pessoalmente atos de execução.
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois ter-
CAPÍTULO I ços):

DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA I - se há participação de criança ou adolescente;

Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dis- II - se há concurso de funcionário público, valendo-
põe sobre a investigação criminal, os meios de obten- se a organização criminosa dessa condição para a prá-
ção da prova, infrações penais correlatas e o procedi- tica de infração penal;
mento criminal a ser aplicado.
ATENÇÃO TOTAL PARA O INCISO II, POIS FALA JUS-
§ 1º Considera-se organização criminosa a associ- TAMENTE DA PARTICIPAÇÃO DE SERVIDOR PÚBLICO
ação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente EM ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.
ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda
que informalmente, com objetivo de obter, direta ou in- III - se o produto ou proveito da infração penal des-
diretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante tinar-se, no todo ou em parte, ao exterior;
a prática de infrações penais cujas penas máximas se-
jam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de ca- IV - se a organização criminosa mantém conexão
ráter transnacional. com outras organizações criminosas independentes;

V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a


Não confundam ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA com AS- transnacionalidade da organização.
SOCIAÇÃO CRIMINOSA, Art. 288. Do código penal, que
traz: § 5º Se houver indícios suficientes de que o funcioná-
rio público integra organização criminosa, poderá o juiz
Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego
específico de cometer crimes: ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medi-
da se fizer necessária à investigação ou instrução pro-
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos cessual.

Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pes- § 6º A condenação com trânsito em julgado acarretará
soalmente ou por interposta pessoa, organização crimi- ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego
nosa: ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de fun-
ção ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subse- Seção III
quentes ao cumprimento da pena.
Da Infiltração de Agentes
§ 7º Se houver indícios de participação de policial nos
crimes de que trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas
instaurará inquérito policial e comunicará ao Ministério de investigação, representada pelo delegado de polícia ou
Público, que designará membro para acompanhar o feito requerida pelo Ministério Público, após manifestação
até a sua conclusão. técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso
de inquérito policial, será precedida de circunstanciada,
§ 8º As lideranças de organizações criminosas arma- motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá
das ou que tenham armas à disposição deverão iniciar o seus limites.
cumprimento da pena em estabelecimentos penais de
segurança máxima. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019). § 1º Na hipótese de representação do delegado de po-
lícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministé-
Seção II rio Público.

Da Ação Controlada § 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de


infração penal de que trata o art. 1º e se a prova não pu-
Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a inter- der ser produzida por outros meios disponíveis.
venção policial ou administrativa relativa à ação praticada
por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que § 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6
mantida sob observação e acompanhamento para que a (seis) meses, sem prejuízo de eventuais renovações, des-
medida legal se concretize no momento mais eficaz à de que comprovada sua necessidade.
formação de provas e obtenção de informações.
§ 4º Findo o prazo previsto no § 3º , o relatório cir-
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou admi- cunstanciado será apresentado ao juiz competente, que
nistrativa será previamente comunicado ao juiz compe- imediatamente cientificará o Ministério Público.
tente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e
comunicará ao Ministério Público. § 5º No curso do inquérito policial, o delegado de polí-
cia poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério
§ 2º A comunicação será sigilosamente distribuída de Público poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório da
forma a não conter informações que possam indicar a atividade de infiltração.
operação a ser efetuada.
Art. 10-A. Será admitida a ação de agentes de polícia
§ 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos infiltrados virtuais, obedecidos os requisitos do caput do
autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao de- art. 10, na internet, com o fim de investigar os crimes pre-
legado de polícia, como forma de garantir o êxito das in- vistos nesta Lei e a eles conexos, praticados por organi-
vestigações. zações criminosas, desde que demonstrada sua necessi-
dade e indicados o alcance das tarefas dos policiais, os
§ 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto cir- nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando
cunstanciado acerca da ação controlada. possível, os dados de conexão ou cadastrais que permi-
tam a identificação dessas pessoas. (Incluído pela Lei nº
Art. 9º Se a ação controlada envolver transposição de 13.964, de 2019).
fronteiras, o retardamento da intervenção policial ou ad-
ministrativa somente poderá ocorrer com a cooperação O estudo acerca das organizações criminosas é bas-
das autoridades dos países que figurem como provável tante complexo e envolve uma série de peculiaridades.
itinerário ou destino do investigado, de modo a reduzir os Resumi os tópicos da lei que mais se encaixam no edi-
riscos de fuga e extravio do produto, objeto, instrumento tal PMCE 2021.
ou proveito do crime.
DICA DO PROFESSOR:
Simplifica o conteúdo, faz resumos, lê bastante e re-
solve questões.
B) não será admitida, pois o delegado de polícia não
possui legitimidade para representação;
C) será admitida, respondendo o agente infiltrado por
COMO ISSO FOI COBRADO EM PROVAS: eventuais excessos praticados com desvio de fina-
lidade da investigação;
01.(FGV - Delegado de Polícia Civil (RN)/2021) A Lei nº D) será admitida, somente podendo o agente infiltrado
12.850/2013 define o crime de organização criminosa abandonar a investigação mediante autorização ju-
e dispõe sobre a investigação criminal e os meios de dicial;
obtenção da prova. E) não será admitida, pois a ausência de caráter trans-
nacional da infração afasta a aplicação da Lei de
Tal diploma legal estabelece que: Crime Organizado.

A) a intervenção policial poderá ser retardada, median-


te ação controlada, reclamando prévia autorização
judicial; 01 02 ― ― ― ― ― ― ― ―
B) a infiltração de agentes exige prévia autorização ju-
dicial, assim como oitiva do Ministério Público em B C ― ― ― ― ― ― ― ―
caso de representação da autoridade policial;
C) poderá ser realizada colaboração premiada, partici-
pando das negociações do acordo o juiz, o Ministé-
rio Público e o acusado assistido por advogado;
D) o sigilo da investigação poderá ser determinado pe-
la autoridade policial para garantia da celeridade e
eficácia das diligências investigatórias, impedindo,
nessa hipótese, acesso da defesa aos elementos
produzidos;
E) o crime de organização criminosa se configura
quando quatro ou mais pessoas se associam de
forma estruturada e com divisão de tarefas para a
prática de crimes que exijam pena mínima igual ou
superior a quatro anos.

Não confunda:
• Ação controlada: não exige autorização judicial, sim
prévio aviso.
• Infiltração de agente: este meio de obtenção necessi-
ta de autorização judicial.

02.(FGV - Delegado de Polícia Civil (RN)/2021) A fim de


obter informações sobre o funcionamento e identificar
os demais integrantes de organização estruturalmente
ordenada, contendo ao menos cinco membros, que
praticava crimes de roubo de carga dentro do Estado
do Rio Grande do Norte, a autoridade policial decidiu
infiltrar um agente na referida organização.

Diante de indícios que comprovavam as infrações e


inexistindo outros meios para produção da referida
prova, a realização de tal técnica de investigação por
representação do delegado de polícia, prevista na Lei
de Crime Organizado:

A) será admitida, podendo ser realizada por prazo inde-


terminado;
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do dis-
posto no caput deste artigo, considera-se residência ou
domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural.
(Incluído pela Lei nº 13.870, de 2019).

LEI Nº 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.


CAPÍTULO III

DO PORTE
Dispõe sobre registro, posse e
comercialização de armas de
Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o
fogo e munição, sobre o Sis-
território nacional, salvo para os casos previstos em legis-
tema Nacional de Armas – Si-
lação própria e para:
narm, define crimes e dá outras
providências.
I – os integrantes das Forças Armadas;

CAPÍTULO I II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I,


II, III, IV e V do caput do art. 144 da Constituição Fede-
DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS ral e os da Força Nacional de Segurança Pública
(FNSP);
Art. 1º O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, institu-
ído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, Você, futuro policial militar do Ceará, terá o porte de
tem circunscrição em todo o território nacional. arma de fogo com base nesse inciso, já que fará parte
da gloriosa!
CAPÍTULO II
III – os integrantes das guardas municipais das capi-
DO REGISTRO tais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000
(quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas
Art. 3º É obrigatório o registro de arma de fogo no ór- no regulamento desta Lei;
gão competente.
IV – os integrantes das guardas municipais dos Muni-
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito se- cípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de
rão registradas no Comando do Exército, na forma do 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço;
regulamento desta Lei.
V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de
Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança
com validade em todo o território nacional, autoriza o do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
seu proprietário a manter a arma de fogo exclusiva- República;
mente no interior de sua residência ou domicílio, ou
dependência desses, ou, ainda, no seu local de traba- VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no
lho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal;
pelo estabelecimento ou empresa. (Redação dada pe-
la Lei nº 10.884, de 2004). VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e
guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos
§ 1º O certificado de registro de arma de fogo será ex- e as guardas portuárias;
pedido pela Polícia Federal e será precedido de autoriza-
ção do Sinarm. VIII – as empresas de segurança privada e de trans-
porte de valores constituídas, nos termos desta Lei;
§ 2º Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do
art. 4º deverão ser comprovados periodicamente, em pe- IX – para os integrantes das entidades de desporto le-
ríodo não inferior a 3 (três) anos, na conformidade do galmente constituídas, cujas atividades esportivas de-
estabelecido no regulamento desta Lei, para a renovação mandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamen-
do Certificado de Registro de Arma de Fogo. to desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação
ambiental.
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita § 4º Os integrantes das Forças Armadas, das polícias
Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos federais e estaduais e do Distrito Federal, bem como os
de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. (Redação dada militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem
pela Lei nº 11.501, de 2007) o direito descrito no art. 4º, ficam dispensados do cum-
primento do disposto nos incisos I, II e III do mesmo arti-
XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. go, na forma do regulamento desta Lei.
92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da
União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de § 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25
seus quadros pessoais que efetivamente estejam no (vinte e cinco) anos que comprovem depender do empre-
exercício de funções de segurança, na forma de regula- go de arma de fogo para prover sua subsistência alimen-
mento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - tar familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de
CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público – arma de fogo, na categoria caçador para subsistência, de
CNMP. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um)
ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferi-
§ 1º As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do or a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a
caput deste artigo terão direito de portar arma de fogo de efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser
propriedade particular ou fornecida pela respectiva corpo- anexados os seguintes documentos: (Redação dada pela
ração ou instituição, mesmo fora de serviço, nos termos Lei nº 11.706, de 2008)
do regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacio-
nal para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI. I - documento de identificação pessoal; (Incluído pela
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) Lei nº 11.706, de 2008)

§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e II - comprovante de residência em área rural; e (Incluí-
guardas prisionais poderão portar arma de fogo de propri- do pela Lei nº 11.706, de 2008)
edade particular ou fornecida pela respectiva corporação
ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que estejam: III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela Lei
(Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) nº 11.706, de 2008)

I - submetidos a regime de dedicação exclusiva; § 6º O caçador para subsistência que der outro uso à
(Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) sua arma de fogo, independentemente de outras tipifica-
ções penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal
II - sujeitos à formação funcional, nos termos do regu- ou por disparo de arma de fogo de uso permitido. (Reda-
lamento; e (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) ção dada pela Lei nº 11.706, de 2008)

III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de § 7º Aos integrantes das guardas municipais dos Mu-
controle interno. (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) nicípios que integram regiões metropolitanas será autori-
zado porte de arma de fogo, quando em serviço. (Incluído
§ 2º A autorização para o porte de arma de fogo aos pela Lei nº 11.706, de 2008)
integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII
e X do caput deste artigo está condicionada à comprova- Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de
ção do requisito a que se refere o inciso III do caput do uso permitido, em todo o território nacional, é de compe-
art. 4º desta Lei nas condições estabelecidas no regula- tência da Polícia Federal e somente será concedida após
mento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de autorização do Sinarm.
2008)
§ 1º A autorização prevista neste artigo poderá ser
§ 3º A autorização para o porte de arma de fogo das concedida com eficácia temporária e territorial limitada,
guardas municipais está condicionada à formação funci- nos termos de atos regulamentares, e dependerá de o
onal de seus integrantes em estabelecimentos de ensino requerente:
de atividade policial, à existência de mecanismos de fisca-
lização e de controle interno, nas condições estabelecidas I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício
no regulamento desta Lei, observada a supervisão do de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua
Ministério da Justiça. (Redação dada pela Lei nº 10.884, integridade física;
de 2004)
II – atender às exigências previstas no art. 4o desta uso restrito, sem autorização e em desacordo com deter-
Lei; minação legal ou regulamentar: (Redação dada pela Lei nº
13.964, de 2019)
III – apresentar documentação de propriedade de arma
de fogo, bem como o seu devido registro no órgão compe- Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
tente.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada
§ 2º A autorização de porte de arma de fogo, prevista pela Lei nº 13.964, de 2019)
neste artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso
o portador dela seja detido ou abordado em estado de I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer
embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
alucinógenas.
II – modificar as características de arma de fogo, de
CAPÍTULO IV forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proi-
bido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer
DOS CRIMES E DAS PENAS modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato ex-
plosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fo- com determinação legal ou regulamentar;
go, acessório ou munição, de uso permitido, em desacor-
do com determinação legal ou regulamentar, no interior IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer
de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro
local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsá- sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
vel legal do estabelecimento ou empresa:
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuita-
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. mente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a
criança ou adolescente; e
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explo-
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, sivo.
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocul-
tar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, § 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste
sem autorização e em desacordo com determinação legal artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é
ou regulamentar: de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019).
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17
Disparo de arma de fogo e 18, a pena é aumentada da metade se: (Redação da-
da pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em
lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou I - forem praticados por integrante dos órgãos e
em direção a ela, desde que essa conduta não tenha co- empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou
mo finalidade a prática de outro crime: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. II - o agente for reincidente específico em crimes
dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito

Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, rece-


ber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratui-
tamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua
guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de
01.VUNESP - Guarda Civil Municipal (Pref Valinhos)/
SSPC/2019 Nos moldes do que estabelece a Lei nº
LEI Nº 13.675, DE 11 DE JUNHO DE 2018.
10.826/2003, o certificado de registro de arma de fogo
em geral, que será precedido de autorização do Si-
Disciplina a organização e o
narm, será expedido
funcionamento dos órgãos
responsáveis pela segurança
A) pela Polícia Federal.
pública, nos termos do § 7º do
B) pela Polícia Civil.
Art. 144 da Constituição Fede-
C) pela Polícia Militar.
ral; cria a Política Nacional de
D) pelo Exército.
Segurança Pública e Defesa
E) pelas Guardas Municipais.
Social (PNSPDS); institui o Sis-
tema Único de Segurança Pú-
02.VUNESP - Guarda Municipal (Campinas)/2019 - Nos
blica (Susp); altera a Lei Com-
moldes da Lei Federal nº 10.826/2003, a comercializa-
plementar nº 79, de 7 de janei-
ção de armas de fogo, acessórios e munições entre
ro de 1994, a Lei nº 10.201, de
pessoas físicas somente será efetivada mediante au-
14 de fevereiro de 2001, e a Lei
torização:
nº 11.530, de 24 de outubro de
2007; e revoga dispositivos da
A) do Sinarm.
Lei nº 12.681, de 4 de julho de
B) da Polícia Militar.
2012.
C) da Polícia Federal.
D) do Exército.
E) da Guarda Municipal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
01 02 ― ― ― ― ― ― ― ―
A D ― ― ― ― ― ― ― ― DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Único de Segurança


Pública (Susp) e cria a Política Nacional de Segurança
Pública e Defesa Social (PNSPDS), com a finalidade de
preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, por meio de atuação conjunta,
coordenada, sistêmica e integrada dos órgãos de segu-
rança pública e defesa social da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, em articulação com a
sociedade.

Art. 2º A segurança pública é dever do Estado e res-


ponsabilidade de todos, compreendendo a União, os Es-
tados, o Distrito Federal e os Munícipios, no âmbito das
competências e atribuições legais de cada um.

CAPÍTULO II

DA POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

E DEFESA SOCIAL (PNSPDS)


Seção I XII - promoção da produção de conhecimento sobre
Da Competência para Estabelecimento das Políticas segurança pública;
de Segurança Pública e Defesa Social
XIII - otimização dos recursos materiais, humanos e
Art. 3º Compete à União estabelecer a Política Nacio- financeiros das instituições;
nal de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS) e aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer Administrar bem os recursos públicos também é uma
suas respectivas políticas, observadas as diretrizes da maneira de colaborar para uma segurança pública
política nacional, especialmente para análise e enfrenta- mais eficaz!
mento dos riscos à harmonia da convivência social, com
destaque às situações de emergência e aos crimes inte- XIV - simplicidade, informalidade, economia procedi-
restaduais e transnacionais. mental e celeridade no serviço prestado à sociedade;

Senhores, vale lembrar que estamos diante de uma po- XV - relação harmônica e colaborativa entre os Pode-
lítica NACIONAL, ou seja, em tudo temos a UNIÃO par- res;
ticipando!
FICA A DICA. XVI - transparência, responsabilização e prestação de
contas.
Seção II
Dos Princípios Seção III
Das Diretrizes
Art. 4º São princípios da PNSPDS:
Art. 5º São diretrizes da PNSPDS:
I - respeito ao ordenamento jurídico e aos direitos e ga-
rantias individuais e coletivos; I - atendimento imediato ao cidadão;

II - proteção, valorização e reconhecimento dos profis- Lembrem-se, numa doutrina de policiamento comuni-
sionais de segurança pública; tário o cidadão, como integrante da sociedade, é peça
fundamental para o sucesso e efetividade das ações
III - proteção dos direitos humanos, respeito aos direi- desenvolvidas no âmbito da segurança pública.
tos fundamentais e promoção da cidadania e da dignida-
de da pessoa humana; II - planejamento estratégico e sistêmico;

IV - eficiência na prevenção e no controle das infrações III - fortalecimento das ações de prevenção e resolução
penais; pacífica de conflitos, priorizando políticas de redução da
letalidade violenta, com ênfase para os grupos vulnerá-
V - eficiência na repressão e na apuração das infra- veis;
ções penais;
Vulnerabilidade é um termo originado das discussões
VI - eficiência na prevenção e na redução de riscos em sobre Direitos Humanos, geralmente associado à de-
situações de emergência e desastres que afetam a vida, o fesa dos direitos de grupos ou indivíduos fragilizados
patrimônio e o meio ambiente; jurídica ou politicamente.

VII - participação e controle social; A vulnerabilidade também é compreendida como a


qualidade de vulnerável (que é suscetível de ser expos-
VIII - resolução pacífica de conflitos; to a danos físicos ou morais devido a sua fragilidade).
O conceito pode ser aplicado a uma pessoa ou um
IX - uso comedido e proporcional da força; grupo social, conforme a sua capacidade de prevenir,
de resistir ou de contornar potenciais impactos. As
X - proteção da vida, do patrimônio e do meio ambien- pessoas vulneráveis são aquelas que, por diversas ra-
te; zões, não têm esta capacidade desenvolvida e que, por
conseguinte, encontram-se em situação de risco.
XI - publicidade das informações não sigilosas;
Quem faz parte do Grupo Vulnerável? XII - ênfase nas ações de policiamento de proximidade,
com foco na resolução de problemas;
Esse grupo de pessoas é classificado em seis catego-
rias: mulheres, crianças e adolescentes, idosos, popu- XIII - modernização do sistema e da legislação de
lação em situação de rua, pessoas com deficiência ou acordo com a evolução social;
sofrimento mental e comunidade LGBTQIA+ (lésbicas,
gays, bissexuais, travestis e transexuais). XIV - participação social nas questões de segurança
pública;
Além dos vulneráveis acima identificados, existem ou-
tros grupos na sociedade classificados como minori- XV - integração entre os Poderes Legislativo, Executivo
as. Estes são constituídos por pessoas que se encon- e Judiciário no aprimoramento e na aplicação da legisla-
tram em uma posição não-dominante no Estado e que ção penal;
possuem características religiosas, étnicas e linguísti-
cas próprias, que os diferenciam da maioria da popu- XVI - colaboração do Poder Judiciário, do Ministério
lação, por exemplo: índios, remanescentes de quilom- Público e da Defensoria Pública na elaboração de estraté-
bos, ciganos. gias e metas para alcançar os objetivos desta Política;

IV - atuação integrada entre a União, os Estados, o Dis- XVII - fomento de políticas públicas voltadas à reinser-
trito Federal e os Municípios em ações de segurança pú- ção social dos egressos do sistema prisional;
blica e políticas transversais para a preservação da vida,
do meio ambiente e da dignidade da pessoa humana; XVIII - (VETADO);

V - coordenação, cooperação e colaboração dos ór- XIX - incentivo ao desenvolvimento de programas e


gãos e instituições de segurança pública nas fases de projetos com foco na promoção da cultura de paz, na
planejamento, execução, monitoramento e avaliação das segurança comunitária e na integração das políticas de
ações, respeitando-se as respectivas atribuições legais e segurança com as políticas sociais existentes em outros
promovendo-se a racionalização de meios com base nas órgãos e entidades não pertencentes ao sistema de segu-
melhores práticas; rança pública;

VI - formação e capacitação continuada e qualificada XX - distribuição do efetivo de acordo com critérios


dos profissionais de segurança pública, em consonância técnicos;
com a matriz curricular nacional;
XXI - deontologia policial e de bombeiro militar co-
VII - fortalecimento das instituições de segurança pú- muns, respeitados os regimes jurídicos e as peculiarida-
blica por meio de investimentos e do desenvolvimento de des de cada instituição;
projetos estruturantes e de inovação tecnológica;
XXII - unidade de registro de ocorrência policial;
VIII - sistematização e compartilhamento das informa-
ções de segurança pública, prisionais e sobre drogas, em XXIII - uso de sistema integrado de informações e da-
âmbito nacional; dos eletrônicos;

IX - atuação com base em pesquisas, estudos e diag- XXIV – (VETADO);


nósticos em áreas de interesse da segurança pública;
XXV - incentivo à designação de servidores da carreira
X - atendimento prioritário, qualificado e humanizado para os cargos de chefia, levando em consideração a gra-
às pessoas em situação de vulnerabilidade; duação, a capacitação, o mérito e a experiência do servi-
dor na atividade policial específica;
XI - padronização de estruturas, de capacitação, de
tecnologia e de equipamentos de interesse da segurança XXVI - celebração de termo de parceria e protocolos
pública; com agências de vigilância privada, respeitada a lei de
licitações.
Seção IV XI - estimular a padronização da formação, da capaci-
Dos Objetivos tação e da qualificação dos profissionais de segurança
pública, respeitadas as especificidades e as diversidades
DICAS DO PROFESSOR: regionais, em consonância com esta Política, nos âmbitos
01-Os objetivos são todos iniciados por verbos! federal, estadual, distrital e municipal;

PRINCÍPIOS - textos pequenos XII - fomentar o aperfeiçoamento da aplicação e do


cumprimento de medidas restritivas de direito e de penas
DIRETRIZES - textos longos alternativas à prisão;

OBJETIVOS - verbos XIII - fomentar o aperfeiçoamento dos regimes de


cumprimento de pena restritiva de liberdade em relação à
Art. 6º São objetivos da PNSPDS: gravidade dos crimes cometidos;

I - fomentar a integração em ações estratégicas e ope- XIV - (VETADO);


racionais, em atividades de inteligência de segurança
pública e em gerenciamento de crises e incidentes; XV - racionalizar e humanizar o sistema penitenciário e
outros ambientes de encarceramento;
II - apoiar as ações de manutenção da ordem pública e
da incolumidade das pessoas, do patrimônio, do meio XVI - fomentar estudos, pesquisas e publicações sobre
ambiente e de bens e direitos; a política de enfrentamento às drogas e de redução de
danos relacionados aos seus usuários e aos grupos soci-
III - incentivar medidas para a modernização de equi- ais com os quais convivem;
pamentos, da investigação e da perícia e para a padroni-
zação de tecnologia dos órgãos e das instituições de se- XVII - fomentar ações permanentes para o combate ao
gurança pública; crime organizado e à corrupção;

IV - estimular e apoiar a realização de ações de pre- XVIII - estabelecer mecanismos de monitoramento e


venção à violência e à criminalidade, com prioridade para de avaliação das ações implementadas;
aquelas relacionadas à letalidade da população jovem
negra, das mulheres e de outros grupos vulneráveis; XIX - promover uma relação colaborativa entre os ór-
gãos de segurança pública e os integrantes do sistema
V - promover a participação social nos Conselhos de judiciário para a construção das estratégias e o desenvol-
segurança pública; vimento das ações necessárias ao alcance das metas
estabelecidas;
VI - estimular a produção e a publicação de estudos e
diagnósticos para a formulação e a avaliação de políticas XX - estimular a concessão de medidas protetivas em
públicas; favor de pessoas em situação de vulnerabilidade;

VII - promover a interoperabilidade dos sistemas de XXI - estimular a criação de mecanismos de proteção
segurança pública; dos agentes públicos que compõem o sistema nacional
de segurança pública e de seus familiares;
VIII - incentivar e ampliar as ações de prevenção, con-
trole e fiscalização para a repressão aos crimes transfron- XXII - estimular e incentivar a elaboração, a execução e
teiriços; o monitoramento de ações nas áreas de valorização pro-
fissional, de saúde, de qualidade de vida e de segurança
IX - estimular o intercâmbio de informações de inteli- dos servidores que compõem o sistema nacional de segu-
gência de segurança pública com instituições estrangei- rança pública;
ras congêneres;
XXIII - priorizar políticas de redução da letalidade vio-
X - integrar e compartilhar as informações de seguran- lenta;
ça pública, prisionais e sobre drogas;
XXIV - fortalecer os mecanismos de investigação de
crimes hediondos e de homicídios;
XXV - fortalecer as ações de fiscalização de armas de II - polícia rodoviária federal;
fogo e munições, com vistas à redução da violência ar-
mada; III – (VETADO);

XXVI - fortalecer as ações de prevenção e repressão IV - polícias civis;


aos crimes cibernéticos.
V - polícias militares;
Parágrafo único. Os objetivos estabelecidos direciona-
rão a formulação do Plano Nacional de Segurança Pública VI - corpos de bombeiros militares;
e Defesa Social, documento que estabelecerá as estraté-
gias, as metas, os indicadores e as ações para o alcance VII - guardas municipais;
desses objetivos.
VIII - órgãos do sistema penitenciário;
Art. 7º A PNSPDS será implementada por ESTRATÉ-
GIAS que garantam integração, coordenação e coopera- IX - (VETADO);
ção federativa, interoperabilidade, liderança situacional,
modernização da gestão das instituições de segurança X - institutos oficiais de criminalística, medicina legal e
pública, valorização e proteção dos profissionais, com- identificação;
plementaridade, dotação de recursos humanos, diagnós-
tico dos problemas a serem enfrentados, excelência téc- XI - Secretaria Nacional de Segurança Pública (Se-
nica, avaliação continuada dos resultados e garantia da nasp);
regularidade orçamentária para execução de planos e
programas de segurança pública. XII - secretarias estaduais de segurança pública ou
congêneres;
CAPÍTULO III
XIII - Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil
DO SISTEMA ÚNICO DE SEGURANÇA PÚBLICA (Sedec);

Seção I XIV - Secretaria Nacional de Política Sobre Drogas (Se-


Da Composição do Sistema nad);

Art. 9º É instituído o Sistema Único de Segurança Pú- XV - agentes de trânsito;


blica (Susp), que tem como órgão central o Ministério
Extraordinário da Segurança Pública e é integrado pelos XVI - guarda portuária.
órgãos de que trata o art. 144 da Constituição Federal,
pelos agentes penitenciários, pelas guardas municipais e § 3º (VETADO).
pelos demais integrantes estratégicos e operacionais, que
atuarão nos limites de suas competências, de forma coo- § 4º Os sistemas estaduais, distrital e municipais se-
perativa, sistêmica e harmônica. rão responsáveis pela implementação dos respectivos
programas, ações e projetos de segurança pública, com
§ 1º São integrantes estratégicos do Susp: liberdade de organização e funcionamento, respeitado o
disposto nesta Lei.
I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
cípios, por intermédio dos respectivos Poderes Execu- ATENÇÃO TOTAL NESTE PONTO!
tivos;
Não confunda os integrantes operacionais do Susp
II - os Conselhos de Segurança Pública e Defesa com os integrantes estratégicos!
Social dos três entes federados.

§ 2º São integrantes operacionais do Susp:

I - polícia federal;
C) Articulação dos órgãos federais, em regime de su-
bordinação aos Estados, Distrito Federal e Municí-
pios e sem a participação das famílias e da comu-
nidade, mediante programas, projetos e ações de
assistência técnica e financeira e mobilização soci-
al, visando à melhoria da segurança pública;
D) Articulação dos órgãos federais, em regime de coo-
01.(Prof. Ítalo Souza-2021) Policiais civis do estado Alfa peração com os Estados, Distrito Federal e Municí-
estavam investigando policiais militares que suposta- pios e com a participação das famílias e da comu-
mente estariam cometendo vários crimes militares du- nidade, mediante programas, projetos e ações de
rante o serviço ostensivo. Os investigadores decidiram assistência técnica e financeira e mobilização soci-
informar os crimes ao delegado para saberem o que al, visando à melhoria da segurança pública.
poderia ser feito para que os militares não mais agis- E) Articulação exclusivamente de órgãos do Distrito
sem de forma criminosa. Federal, em regime de semi cooperação com os Es-
tados, Distrito Federal, excetuados os Municípios e
À luz dos balizamentos constitucionais acerca da se- com a participação das famílias e da comunidade,
gurança pública assinale o item correto. mediante programas, projetos e ações de assistên-
cia técnica e financeira e mobilização social, visan-
A) A competência para a apuração dos crimes menci- do à melhoria da segurança pública.
onados é da polícia civil local.
B) A competência para a apuração dos crimes menci- Art. 1º, Lei nº 11.530/07
onados é da polícia federal, já que envolve militares.
C) A competência para a apuração dos crimes menci- 03-(FUNEC - Advogado (PRONASCI)/2014) Para aderir ao
onados é da guarda municipal do município onde PRONASCI, Programa Nacional de Segurança Pública
ocorreram os crimes, atuando como polícia judiciá- com Cidadania, o município de Contagem deverá acei-
ria. tar as seguintes condições, sem prejuízo do disposto
D) A competência para a apuração dos crimes menci- na legislação aplicável e do pactuado no respectivo
onados é da defensoria pública, conforme expressa instrumento de cooperação.
previsão constitucional.
E) A competência para a apuração dos crimes menci- NÃO é uma das condições impostas pela lei que insti-
onados não cabe a policia civil, que tem atribuições tuiu o PRONASCI, Lei nº 11.530/07:
residuais, não apurando infrações militares.
A) Compromisso de criação de centros de referência e
02.(FUNEC - Assistente Administrativo (PRONASCI)/ apoio psicológico, jurídico e social às vítimas da
2014) O PRONASCI, Programa Nacional de Segurança criminalidade;
Pública com Cidadania, foi instituído para ser executa- B) Apresentação de plano diretor do sistema peniten-
do pela União por meio da: ciário;
C) Compartilhamento das ações e das políticas de se-
A) Articulação dos órgãos federais, em regime de coo- gurança, sociais e de urbanização;
peração apenas com os Municípios e com a partici- D) Criação de Gabinete de Gestão Integrada – GGI;
pação das famílias e da comunidade, mediante pro- E) Disponibilização de mecanismos de comunicação e
gramas, projetos e ações de assistência técnica e informação para mobilização social e divulgação
financeira e mobilização social, visando à melhoria das ações e projetos do Pronasci.
da segurança pública;
B) Articulação dos órgãos federais, em regime de su- ART. 6 º, Lei nº 11.530/07
bordinação aos Municípios e sem participação das
famílias e da comunidade, mediante programas, 04.(FGV - Agente de Polícia Civil (RN)/2021) O diretor da
projetos e ações de assistência técnica e financeira recém criada unidade prisional XX, vinculada ao Esta-
e mobilização social, visando à melhoria da segu- do Alfa, expediu ofício ao Secretário de Estado de Ad-
rança pública; ministração Penitenciária, seu superior hierárquico, so-
licitando a designação de agentes da área de seguran-
ça pública para realizarem a segurança da unidade, is-
so em razão do risco de que fosse atacada por forças
hostis.
À luz da sistemática constitucional, os referidos agen- No primeiro dia de serviço, Mastrogeldo recebeu de-
tes devem integrar a: terminação para realizar investigações no âmbito da
união.
A) polícia militar, e a solicitação foi corretamente dire-
cionada ao Secretário de Estado de Administração À luz dos balizamentos constitucionais acerca da se-
Penitenciária; gurança pública assinale o item correto.
B) polícia penal, e a solicitação foi corretamente dire-
cionada ao Secretário de Estado de Administração A) Mastrogeldo recebeu corretamente a determinação
Penitenciária; e deverá cumpri-la, por expressa previsão constitu-
C) polícia penal, mas a solicitação deveria ser direcio- cional.
nada ao Secretário de Estado de Segurança Pública; B) A determinação não pode ser cumprida, pois dentre
D) polícia civil, mas a solicitação deveria ser direciona- as atribuições da polícia ferroviária federal não se
da ao Secretário de Estado de Segurança Pública; inclui a de policia judiciária da união.
E) polícia militar, mas a solicitação deveria ser direcio- C) A polícia ferroviária federal, por não ser órgão per-
nada ao Governador. manente, não pode realizar o patrulhamento osten-
sivo das ferrovias federais.
ART 144 CF D) A polícia ferroviária federal, dirigida por delegado de
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão admi- polícia de carreira, incumbe, ressalvada a compe-
nistrador do sistema penal da unidade federativa a que tência da União, as funções de polícia judiciária.
pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos E) A União poderá constituir a polícia ferroviária fede-
penais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº ral, destinada à proteção de bens, serviços e insta-
104, de 2019) lações em geral, conforme dispuser a lei.

05.FGV - Guarda Municipal (Pref Salvador)/2019 O Pre- 07.(FGV - Guarda Civil Municipal (Osasco)/2014 ) O art.
feito do Município Beta foi comunicado da subtração 144, da Constituição da República dispõe que a segu-
de diversos computadores instalados em uma reparti- rança pública, dever do Estado, direito e responsabili-
ção do Município, o que o levou a requisitar a instaura- dade de todos, é exercida para a preservação da ordem
ção de uma investigação penal pela Guarda Municipal, pública e da incolumidade das pessoas e do patrimô-
com o objetivo de identificar os criminosos. nio, através de alguns órgãos, como:

À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar A) a polícia federal, à qual cabe o patrulhamento os-
que a Guarda Municipal tensivo das rodovias federais;
B) as polícias civis, às quais cabem a proteção de
A) somente está autorizada a investigar crimes prati- bens, serviços e instalações dos Municípios;
cados contra bens, serviços e instalações do Muni- C) as polícias militares, às quais cabem a polícia os-
cípio, a exemplo daquele referido pelo Prefeito. tensiva e a preservação da ordem pública;
B) não está autorizada a investigar nenhuma espécie D) as guardas municipais, às quais cabem as funções
de crime, incluindo aquele informado pelo Prefeito. de polícia judiciária municipal e a apuração de in-
C) somente está autorizada a investigar o crime referi- frações penais;
do pelo Prefeito caso seja autorizada pelo Governa- E) as forças armadas, às quais cabem as funções de
dor do Estado. polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras.
D) está autorizada a realizar a investigação de qual-
quer crime, incluindo aquele informado pelo Prefei- 08.(FGV - Delegado de Polícia Civil (PC AP)/2010) Com
to. relação ao tema Segurança Pública analise as afirma-
E) somente está autorizada a investigar o crime referi- tivas a seguir:
do pelo Prefeito caso seja autorizada pela Polícia
Judiciária. I. Os municípios poderão constituir guardas munici-
pais destinadas à proteção de seus bens, serviços e
06.(Prof. Ítalo Souza-2021) O governo federal lançou edi- instalações, conforme dispuser a lei.
tal para o cargo de policial ferroviário federal. Mastro- II. Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia
geldo, maior de idade, realizou as todas as etapas do de carreira, incumbem, ressalvada a competência
certame e tomou posse no cargo de policial ferroviário da União, as funções de polícia judiciária e a apura-
federal. ção de infrações penais, exceto as militares.
III. A polícia federal, instituída por lei como órgão per- LEI 12.850-2013
manente, organizado e mantido pela União e estru-
turado em carreira, destina-se a prevenir e reprimir o 11.VUNESP - Escrivão de Polícia (PC SP)/2018 Com rela-
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o ção à infiltração de agentes prevista na Lei no
contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação 12.850/2013 (Organização Criminosa), é correto afir-
fazendária e de outros órgãos públicos nas respec- mar que
tivas áreas de competência.
A) é autorizada somente na fase de investigação poli-
Assinale: cial e para os crimes apenados com reclusão.
B) será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses,
A) se somente a afirmativa I estiver correta. sem prejuízo de eventuais renovações, desde que
B) se somente a afirmativa II estiver correta. comprovada sua necessidade.
C) se somente a afirmativa III estiver correta. C) é autorizada, em qualquer hipótese, para investiga-
D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. ção de todos os crimes apenados com reclusão.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas. D) na hipótese de representação do delegado de polí-
cia, o juiz competente, poderá autorizar, mesmo
09.(Prof. Ítalo Souza-2021) Nos termos da Constituição sem a manifestação do Ministério Público.
Federal, as policiais penais têm, a função de: E) somente é possível por meio de representação de
Delegado de Polícia.
A) a segurança internacional, se o caso.
B) a garantia dos poderes constitucionais no âmbito MAIS QUESTÕES!
municipal.
C) a preservação da ordem pública. 01.(Prof. Ítalo Souza-2021) Durante serviço de policia-
D) a de segurança de estabelecimentos prisionais. mento ostensivo em Fortaleza-CE, Herbeth e Raquel,
E) a de segurança de delegacias da Polícia Civil. policiais componentes da viatura da polícia militar
conversavam acerca de ações no combate ao crime
10.(Prof. Ítalo Souza-2021) Laura Fernandez, boliviana organizado. Raquel foi indagada sobre o que seria o
em visita ao Brasil, foi abordada por policiais militares PRONASCI, mas não soube informar nada acerca do
em serviço de policiamento ostensivo na orla da beira referido programa.
mar. Laura ficou nervosa e ligou para seu advogado
para saber se a atitude dos policiais encontrava ampa- Diante da situação hipotética narrada, nos termos da
ro legal para ser realizada. lei nº 11.530, de 2007, que institui o PRONASCI- Pro-
grama Nacional de Segurança Pública com Cidadania,
O advogado de Laura deverá explicar que, de acordo Herberth poderia informar a Raquel que o Programa
com o expressamente previsto na Constituição Fede- Nacional de Segurança Pública com Cidadania desti-
ral: na-se a:

A) As polícias militares não podem atuar como polícia A) articular ações de segurança privada;
ostensiva e nem na preservação da ordem pública. B) articular ações de segurança pública para a preven-
B) Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a ção, controle e aumento da criminalidade organiza-
preservação da ordem pública, sendo legal a abor- da;
dagem policial feita de acordo com os regramentos C) estabelecer políticas sociais e ações de proteção ao
acerca do tema. criminoso ocasional;
C) Os policiais militares devem se abster de realizar D) articular ações de segurança pública para a preven-
abordagens, pois tal competência é trazida na ção, controle e repressão da criminalidade, estabe-
Constituição Federal como sendo dos corpos de lecendo políticas sociais e ações de proteção às ví-
bombeiros militares. timas;
D) Os policiais militares devem obter autorização judi- E) desarticular as ações de segurança pública já exis-
cial para realizar serviço de policiamento ostensivo, tentes.
já que essa competência é atribuída à polícia civil.
E) Os policiais militares devem se abster de realizar 02.(Prof. Ítalo Souza-2021) Acerca do PRONASCI- Pro-
abordagens, pois não são as polícias militares, inte- grama Nacional de Segurança Pública com Cidadania
grantes do rol taxativo dos órgãos de segurança é correto afirmar que:
pública.
A) o Programa Nacional de Segurança Pública com Ci- 04.(FUNEC - Advogado /2014) Para aderir ao PRONASCI,
dadania - PRONASCI será executado pela União, Programa Nacional de Segurança Pública com Cida-
mas sem previsão de articulação alguma; dania, o município de Contagem deverá aceitar as se-
B) não há previsão expressa de participação das famí- guintes condições, sem prejuízo do disposto na legis-
lias e da comunidade no referido programa; lação aplicável e do pactuado no respectivo instru-
C) é correto falar em cooperação com Estados e Distri- mento de cooperação.
to Federal, excluídos os municípios;
D) a promoção dos direitos humanos não está entre as NÃO é uma das condições impostas pela lei que insti-
diretrizes do Pronasci; tuiu o PRONASCI, Lei nº 11.530/07:
E) o Programa Nacional de Segurança Pública com Ci-
dadania – PRONASCI foi instituído visando à melho- A) Compromisso de criação de centros de referência e
ria da segurança pública. apoio psicológico, jurídico e social às vítimas da
criminalidade;
03.(FUNEC - Assistente Administrativo /2014) O PRO- B) Apresentação de plano diretor do sistema peniten-
NASCI, Programa Nacional de Segurança Pública com ciário;
Cidadania, foi instituído para ser executado pela União C) Compartilhamento das ações e das políticas de se-
por meio da: gurança, sociais e de urbanização;
D) Criação de Gabinete de Gestão Integrada – GGI;
A) Articulação dos órgãos federais, em regime de coo- E) Disponibilização de mecanismos de comunicação e
peração apenas com os Municípios e com a partici- informação para mobilização social e divulgação
pação das famílias e da comunidade, mediante pro- das ações e projetos do Pronasci.
gramas, projetos e ações de assistência técnica e
financeira e mobilização social, visando à melhoria 05.OBJETIVA CONCURSOS - Guarda Municipal (Cascavel-
da segurança pública; PR)/2021 Considerando-se a Lei nº 13.675/2018, são
B) Articulação dos órgãos federais, em regime de su- algumas das diretrizes da Política Nacional de Segu-
bordinação aos Municípios e sem participação das rança Pública e Defesa Social (PNSPDS), entre outras:
famílias e da comunidade, mediante programas,
projetos e ações de assistência técnica e financeira I. Atendimento imediato ao cidadão.
e mobilização social, visando à melhoria da segu- II. Fortalecimento das ações de prevenção e resolução
rança pública; pacífica de conflitos, priorizando políticas de ampli-
C) Articulação dos órgãos federais, em regime de su- ação da letalidade violenta.
bordinação aos Estados, Distrito Federal e Municí- III. Fortalecimento das instituições de segurança públi-
pios e sem a participação das famílias e da comu- ca, por meio de investimentos e do desenvolvimento
nidade, mediante programas, projetos e ações de de projetos estruturantes e de inovação tecnológi-
assistência técnica e financeira e mobilização soci- ca.
al, visando à melhoria da segurança pública;
D) Articulação dos órgãos federais, em regime de coo- Está(ão) CORRETO(S):
peração com os Estados, Distrito Federal e Municí-
pios e com a participação das famílias e da comu- A) Somente o item I.
nidade, mediante programas, projetos e ações de B) Somente o item II.
assistência técnica e financeira e mobilização soci- C) Somente os itens I e II.
al, visando à melhoria da segurança pública. D) Somente os itens I e III.
E) Articulação exclusivamente de órgãos do Distrito E) Somente os itens II e III.
Federal, em regime de semi cooperação com os Es-
tados, Distrito Federal, excetuados os Municípios e 06.FUNEC - Advogado (PRONASCI)/2014 Para aderir ao
com a participação das famílias e da comunidade, PRONASCI, Programa Nacional de Segurança Pública
mediante programas, projetos e ações de assistên- com Cidadania, o município de Contagem deverá acei-
cia técnica e financeira e mobilização social, visan- tar as seguintes condições, sem prejuízo do disposto
do à melhoria da segurança pública. na legislação aplicável e do pactuado no respectivo
instrumento de cooperação.

NÃO é uma das condições impostas pela lei que insti-


tui o PRONASCI, Lei nº 11.530/07:
A) Compromisso de criação de centros de referência e 10.(Prof. Ítalo Souza-2021) A lei 11.530/07 estabelece
apoio psicológico, jurídico e social às vítimas da focos prioritários dos programas, projetos e ações que
criminalidade; compõem o Pronasci, dentre os quais encontra-se o
B) Apresentação de plano diretor do sistema peniten- foco etário.
ciário;
C) Compartilhamento das ações e das políticas de se- Assinale o item correto acerca do tema.
gurança, sociais e de urbanização;
D) Criação de Gabinete de Gestão Integrada – GGI. A) o foco etário abrange a população juvenil de 12 (do-
E) Todas as alternativas estão erradas. ze) a 18 (dezoito) anos
B) o foco etário abrange a população juvenil de 18 (de-
07.IADES - Assistente Legislativo (ALEGO)/Policial Legis- zoito) a 24 (vinte e quatro) anos
lativo/2019 De acordo com a Lei nº 13.675/2018, a C) o foco etário abrange somente a população femini-
respeito do Sistema Único de Segurança Pública na em situação de vulnerabilidade.
(Susp), assinale a alternativa correta. D) o foco etário abrange a população adulta, desde que
em situação de rua.
A) A União poderá apoiar os municípios, quando não E) o foco etário abrange a população juvenil de 15
dispuserem de condições técnicas e operacionais (quinze) a 24 (vinte e quatro) anos
necessárias à implementação do Susp.
B) A Polícia Federal é o órgão central do Susp, sendo 11.(Prof. Ítalo Souza-2021) Acerca do dos focos prioritá-
responsável pela integração das informações e dos rios e o PRONASCI- Programa nacional de segurança
dados de segurança pública. pública com cidadania, o foco repressivo visa o:
C) As Polícias Civis e Militares são integrantes estra-
tégicos do Susp para atuação na prevenção e no A) combate ao crime organizado;
controle qualificado de infrações penais. B) combate ao preconceito;
D) Os guardas municipais não integram o Susp. C) combate à violência de gênero;
E) A consolidação de dados e informações estatísticas D) combate à violência contra a mulher;
a respeito de criminalidade e vitimização é respon- E) combate ao nazismo.
sabilidade da Polícia Federal e dos órgãos do sis-
tema penitenciário. 12.(Prof. Ítalo Souza-2021) Levando em consideração a
lei 11.530 de 2007é correto afirmar que o foco territo-
08.IBADE - Guarda Municipal (Cariacica)/2020 Quanto à rial abrange:
composição do Sistema Único de Segurança Pública
(SUSP), a Lei nº13.675/2018 dispõe que as Guardas A) países parceiros do Brasil;
Municipais: B) municípios que não registrem números expressivos
de crimes;
A) são integrantes estratégicos do SUSP. C) regiões metropolitanas e aglomerados urbanos que
B) são integrantes operacionais do SUSP. apresentem altos índices de homicídios e de crimes
C) são agentes secretos de inteligência do SUSP. violentos;
D) são agentes públicos internacionais do SUSP. D) as fronteiras do Brasil, apenas;
E) não integram o SUSP. E) somente as capitais dos estados com mais de
1.000.000 de habitantes.
09.(Prof. Ítalo Souza-2021) O Sistema Único de Seguran-
ça Pública (SUSP), previsto na Lei nº13.675/2018 dis- 09.FGV - Delegado de Polícia Civil (PC AP)/2010 Com
põe que a polícia militar é considerada um integrante: relação ao tema Segurança Pública analise as afirma-
tivas a seguir:
A) Estratégico;
B) inexistente; I. Os municípios poderão constituir guardas munici-
C) ostensivo; pais destinadas à proteção de seus bens, serviços e
D) combatente; instalações, conforme dispuser a lei.
E) operacional. II. Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia
de carreira, incumbem, ressalvada a competência
da União, as funções de polícia judiciária e a apura-
ção de infrações penais, exceto as militares.
III. A polícia federal, instituída por lei como órgão per- D) está autorizada a realizar a investigação de qual-
manente, organizado e mantido pela União e estru- quer crime, incluindo aquele informado pelo Prefei-
turado em carreira, destina-se a prevenir e reprimir o to.
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o E) somente está autorizada a investigar o crime referi-
contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação do pelo Prefeito caso seja autorizada pela Polícia
fazendária e de outros órgãos públicos nas respec- Judiciária.
tivas áreas de competência.
12.VUNESP - Tecnólogo de Administração (PM SP)
Assinale: CHQAOPM/editada-2021 - Nos termos da Constituição
Federal, com relação à segurança pública, à polícia os-
A) se somente a afirmativa I estiver correta. tensiva e à polícia judiciária, assinale a alternativa cor-
B) se somente a afirmativa II estiver correta. reta.
C) se somente a afirmativa III estiver correta.
D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. A) O Município está autorizado a criar guarda munici-
E) se todas as afirmativas estiverem corretas. pal com objetivo de proteger seus bens, serviços e
instalações, bem como suprir eventual omissão do
10.FGV - Guarda Civil Municipal (Osasco)/2014 - O art. Estado em matéria de segurança pública.
144, da Constituição da República dispõe que a segu- B) A segurança pública é dever da União, direito e res-
rança pública, dever do Estado, direito e responsabili- ponsabilidade de todos e é exercida para preserva-
dade de todos, é exercida para a preservação da ordem ção da ordem pública e da incolumidade das pes-
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimô- soas e do patrimônio.
nio, através de alguns órgãos, como: C) A polícia militar e o corpo de bombeiros militar do
Distrito Federal, força auxiliar e reserva do Exército,
A) a polícia federal, à qual cabe o patrulhamento os- subordinam-se, juntamente com a polícia civil, ao
tensivo das rodovias federais; chefe de governo da União.
B) as polícias civis, às quais cabem a proteção de D) A segurança pública é exercida pela polícia federal,
bens, serviços e instalações dos Municípios; polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal,
C) as polícias militares, às quais cabem a polícia os- polícias civis, polícias militares , corpos de bombei-
tensiva e a preservação da ordem pública; ros militares e pelas polícias penais, que foram inse-
D) as guardas municipais, às quais cabem as funções ridas na Constituição Federal pela emenda 104 de
de polícia judiciária municipal e a apuração de in- 2019.
frações penais; E) As funções de polícia judiciária da União poderão
E) as forças armadas, às quais cabem as funções de ser exercidas de forma concorrente pela polícia fe-
polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras. deral e pelas polícias civis estaduais, para prevenir e
reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes, o contra-
11.FGV - Guarda Municipal (Pref Salvador)/2019 - O Pre- bando e o descaminho.
feito do Município Beta foi comunicado da subtração
de diversos computadores instalados em uma reparti- 13.VUNESP - Perito Criminal (PC SP)/2014 A respeito do
ção do Município, o que o levou a requisitar a instaura- tema Segurança Pública, expressamente tratado pela
ção de uma investigação penal pela Guarda Municipal, Constituição da República, assinale a alternativa corre-
com o objetivo de identificar os criminosos. ta.

À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar A) As polícias civis são incumbidas de exercer as fun-
que a Guarda Municipal ções de polícia judiciária e de apuração de infrações
penais, exceto as militares e as de competência da
A) somente está autorizada a investigar crimes prati- União.
cados contra bens, serviços e instalações do Muni- B) Os corpos de bombeiros militares não são incumbi-
cípio, a exemplo daquele referido pelo Prefeito. dos da execução de atividades de defesa civil.
B) não está autorizada a investigar nenhuma espécie C) As polícias militares são incumbidas de exercer as
de crime, incluindo aquele informado pelo Prefeito. funções de polícia ostensiva, de polícia judiciária
C) somente está autorizada a investigar o crime referi- comum, além de preservação da ordem pública.
do pelo Prefeito caso seja autorizada pelo Governa-
dor do Estado.
D) Os Municípios poderão constituir guardas munici- E) à polícia federal, instituída por lei como órgão per-
pais, destinadas à polícia ostensiva, à preservação manente, organizado e mantido pela União e estru-
da ordem pública e à proteção de seus bens, servi- turado em carreira, incumbe exercer as funções de
ços e instalações. polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras.
E) A Polícia Federal é incumbida, dentre outras, da
função de apuração de infrações penais, inclusive 16.IDIB - Sargento (PM ES)/2021 De acordo com o Esta-
as militares. tuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/03), o porte de
arma de fogo não pode ser concedido para
14.Instituto AOCP - Oficial (PM ES)/Combatente/2018
Assinale a alternativa correta referente às disposições A) os integrantes das Carreiras da Advocacia-Geral da
constitucionais da segurança pública. União e da Procuradoria-Geral Federal.
B) os integrantes das guardas municipais dos Municí-
A) As polícias militares e corpos de bombeiros milita- pios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos
res, forças auxiliares e reserva do Exército, subordi- de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em
nam-se, juntamente com as polícias civis, ao Presi- serviço.
dente da República. C) os integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita
B) A polícia federal, instituída por lei como órgão per- Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho,
manente, destina-se, dentre outras hipóteses, ao pa- cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário.
trulhamento ostensivo das rodovias federais. D) os integrantes do quadro efetivo dos agentes e
C) Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia guardas prisionais, os integrantes das escoltas de
de carreira, incumbem as funções de polícia judiciá- presos e as guardas portuárias.
ria da União e dos Estados membros e a apuração E) os agentes do Departamento de Segurança do Ga-
de infrações penais, exceto as militares. binete de Segurança Institucional da Presidência da
D) Os Municípios poderão constituir guardas munici- República.
pais destinadas a apurar infrações penais contra a
ordem política e social municipal ou em detrimento 17.Instituto AOCP - Técnico Judiciário (TRT 1ª Região)
dos bens, serviços e interesses do município. Segurança/2018 - Segundo o Estatuto do Desarma-
E) Às polícias militares, cabem a polícia ostensiva e a mento (Lei nº 10.826/2003), é proibido o porte de arma
preservação da ordem pública. Já aos corpos de de fogo em todo o território nacional, salvo para os ca-
bombeiros militares, além das atribuições definidas sos previstos em legislação própria e para
em lei, incumbe a execução de atividades de defesa
civil. A) Analistas do Ministério Público do Estado do Rio de
Janeiro.
15.FCC - Consultor Técnico (CM Fortaleza)/ Legislativo/ B) Deputados federais e Senadores da República.
2019 Segundo o que dispõe a Constituição Federal C) Procuradores-Gerais dos Estados- Federados.
acerca da segurança pública, D) Médicos legistas do Instituto Médico Legal.
E) Integrantes da Carreira de Auditoria-Fiscal do Traba-
A) os Municípios poderão constituir guardas munici- lho.
pais destinadas à polícia ostensiva e à preservação
da ordem pública. 18.Oficial da Polícia Militar de Minas Gerais/Cadete /CFO
B) às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia 2019 - Nos termos da Lei n. 12.850/13, que define or-
de carreira, incumbem, ressalvada a competência ganização criminosa e dispõe sobre a investigação
da União, as funções de polícia judiciária e a apura- criminal, os meios de obtenção da prova, infrações pe-
ção de infrações penais, inclusive as militares. nais correlatas e o procedimento criminal a ser aplica-
C) a polícia rodoviária federal, órgão permanente, or- do, marque a alternativa CORRETA, que contém a defi-
ganizado e mantido pela União e estruturado em nição de organização criminosa:
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulha-
mento ostensivo das ferrovias federais. A) Associação de 3 (três) ou mais pessoas estrutural-
D) as polícias militares e corpos de bombeiros milita- mente ordenada e caracterizada pela divisão de ta-
res, forças auxiliares e reserva do Exército, subordi- refas, de forma organizada, com objetivo de obter
nam-se, juntamente com as polícias civis, aos Pre- vantagem de qualquer natureza, mediante a prática
feitos Municipais e aos Governadores dos Estados, de infrações penais cujas penas sejam de reclusão.
do Distrito Federal e dos Territórios.
B) Associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estrutu- 20.FGV - Delegado de Polícia Civil (RN)/2021 A Lei nº
ralmente ordenada e caracterizada pela divisão de 12.850/2013 define o crime de organização criminosa
tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de e dispõe sobre a investigação criminal e os meios de
obter, direta ou indiretamente, vantagem de qual- obtenção da prova.
quer natureza, mediante a prática de infrações pe-
nais cujas penas máximas sejam superiores a 4 Tal diploma legal estabelece que:
(quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacio-
nal. A) a intervenção policial poderá ser retardada, median-
C) Associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estrutu- te ação controlada, reclamando prévia autorização
ralmente ordenada e caracterizada pela divisão de judicial;
tarefas, com objetivo de obter, direta ou indireta- B) a infiltração de agentes exige prévia autorização ju-
mente, vantagem econômica, mediante a prática de dicial, assim como oitiva do Ministério Público em
infrações penais especificadas em lei. caso de representação da autoridade policial;
D) Associação de mais de 3 (três) pessoas estrutural- C) poderá ser realizada colaboração premiada, partici-
mente ordenada e caracterizada pela divisão de ta- pando das negociações do acordo o juiz, o Ministé-
refas com objetivo de obter, direta ou indiretamente, rio Público e o acusado assistido por advogado;
vantagem pessoal, mediante a prática de infrações D) o sigilo da investigação poderá ser determinado pe-
penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 la autoridade policial para garantia da celeridade e
(quatro) anos e praticadas mediante violência. eficácia das diligências investigatórias, impedindo,
E) Associação de menos de 3 (três) pessoas estrutu- nessa hipótese, acesso da defesa aos elementos
ralmente ordenada e caracterizada pela divisão de produzidos;
tarefas com objetivo de obter, direta ou indireta- E) o crime de organização criminosa se configura
mente, vantagem pessoal, mediante a prática de in- quando quatro ou mais pessoas se associam de
frações penais cujas penas máximas sejam superi- forma estruturada e com divisão de tarefas para a
ores a 4 (quatro) anos e praticadas mediante vio- prática de crimes que exijam pena mínima igual ou
lência. superior a quatro anos.

19.FGV - Delegado de Polícia Civil (RN)/2021 A fim de


obter informações sobre o funcionamento e identificar 01- D Art. 2º O Pronasci destina-se a articular ações de
os demais integrantes de organização estruturalmente segurança pública para a prevenção, controle e repres-
ordenada, contendo ao menos cinco membros, que são da criminalidade, estabelecendo políticas sociais e
praticava crimes de roubo de carga dentro do Estado ações de proteção às vítimas. (Redação dada pela Lei
do Rio Grande do Norte, a autoridade policial decidiu nº 11.707, de 2008).
infiltrar um agente na referida organização.
02 - E Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de
Diante de indícios que comprovavam as infrações e Segurança Pública com Cidadania - PRONASCI, a ser
inexistindo outros meios para produção da referida executado pela União, por meio da articulação dos ór-
prova, a realização de tal técnica de investigação por gãos federais, em regime de cooperação com Estados,
representação do delegado de polícia, prevista na Lei Distrito Federal e Municípios e com a participação das
de Crime Organizado: famílias e da comunidade, mediante programas, proje-
tos e ações de assistência técnica e financeira e mobi-
A) será admitida, podendo ser realizada por prazo inde- lização social, visando à melhoria da segurança públi-
terminado; ca.
B) não será admitida, pois o delegado de polícia não
possui legitimidade para representação;
03 - D Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de
C) será admitida, respondendo o agente infiltrado por
Segurança Pública com Cidadania - PRONASCI, a ser
eventuais excessos praticados com desvio de fina-
executado pela União, por meio da articulação dos ór-
lidade da investigação;
gãos federais, em regime de cooperação com Estados,
D) será admitida, somente podendo o agente infiltrado
Distrito Federal e Municípios e com a participação das
abandonar a investigação mediante autorização ju-
famílias e da comunidade, mediante programas, proje-
dicial;
tos e ações de assistência técnica e financeira e mobi-
E) não será admitida, pois a ausência de caráter trans-
lização social, visando à melhoria da segurança públi-
nacional da infração afasta a aplicação da Lei de
ca.
Crime Organizado.
04 - B Art. 6º Para aderir ao Pronasci, o ente federativo
deverá aceitar as seguintes condições, sem prejuízo
do disposto na legislação aplicável e do pactuado no
respectivo instrumento de cooperação:
O ITEM B NÃO ESTÁ ELENCADO, PORTANTO É O GA-
BARITO DA QUESTÃO.

05 - D Art. 5º São diretrizes da PNSPDS:


I - atendimento imediato ao cidadão; (ITEM I)
III - fortalecimento das ações de prevenção e resolução
pacífica de conflitos, priorizando políticas de REDU-
ÇÃO da letalidade violenta, com ênfase para os grupos
vulneráveis; (ITEM II)
VII - fortalecimento das instituições de segurança pú-
blica por meio de investimentos e do desenvolvimento
de projetos estruturantes e de inovação tecnológica;
(ITEM III)

06 - B. ART 6º Para aderir ao Pronasci, o ente federati-


vo deverá aceitar as seguintes condições, sem prejuízo
do disposto na legislação aplicável e do pactuado no
respectivo instrumento de cooperação...

07-A "Art. 15. A União poderá apoiar os Estados, o Dis-


trito Federal e os Municípios, quando não dispuserem
de condições técnicas e operacionais necessárias à
implementação do Susp."

08-B Os integrantes do SISP se dividem entre estraté-


gicos e operacionais, segundo o art. 9º da Lei nº
13.675/2018.

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