Você está na página 1de 2

Direito Previdenciário Quinta-feira Noturno

Nome:_______________________________________________________
1. Paulo é deficiente em grau leve e recebe o Benefício de Prestação Continuada desde o ano
de 2018, quando ficou constatado que preenchia todos os requisitos para a sua concessão.
Ocorre que, em agosto de 2021, Paulo foi contratado para exercer a função de auxiliar de
escritório em uma grande rede de supermercados com o salário equivalente a R$ 1.400,00 (um
mil e quatrocentos reais). O contrato de Paulo foi celebrado como contrato de trabalho com
vínculo empregatício de prazo indeterminado. Diante dessa situação hipotética, responda: a)
Paulo terá direito ao percebimento do auxílio-inclusão? Justifique sua resposta (1,0) Paulo não
terá direito ao recebimento do auxílio-inclusão uma vez que sua deficiência é de natureza
leve, estando excluído da condição de beneficiário conforme o art. 26-A da LOAS.; b) Paulo
poderá continuar a receber o BPC assistencial durante o seu contrato de trabalho? Justifique sua
resposta. (1,0) O BPC é pago ao deficiente que, entre outras condições, a renda per capita
familiar não ultrapassa a ¼ do salário-mínimo, ademais, o art. 21-A da LOAS.

2. Em 14.02.2018 foi concedido o benefício da aposentadoria programada ao segurado João de


Souza sendo que o valor do benefício é de R$ 6.000,00 (seis mil reais). Em 23.12.2021, João de
Souza faleceu devido a uma complicação coronariana deixando seus filhos Ruan de 13 anos e
Isabela de 18 anos, além de sua ex esposa Berenice que recebia pensão alimentícia determinada
pelo juízo da 13ª Vara da Família e Sucessões do Foro Regional de Santana. Devido ao
falecimento de João de Souza os seus dependentes se inscreveram perante ao INSS para
receberem a pensão por morte, contudo, o INSS negou a filiação de Berenice, ex-esposa, e de
Isabela. A justificativa dada para negativa de filiação como dependentes de João de Souza, dada
pela autarquia federal, era de que com o divórcio a ex esposa deixava de ser dependente e
Isabela possuía uma loja de roupas que lhe garantia o sustento. Diante dessa situação hipotética,
responda: a) a negativa de filiação de Berenice está correta? Justifique sua resposta (1,0) A
negativa está incorreta, pois, Berenice recebia pensão alimentícia e por este motivo
continua como dependente de João de Souza conforme o art. 111 do RPS.; b) a negativa
de filiação de Isabela, como dependente, está correta? Justifique sua resposta. (1,0). A negativa
de Isabela está correta uma vez que deixou de ser dependente de João de Souza ao ter
renda própria.

3. Carla é segurada do RGPS desde janeiro de 2002 como segurada facultativa e recolhe a
contribuição social sobre o valor equivalente a 1 salário-mínimo. Em 2020, Carla foi acometida
de COVID-19 vindo a falecer no mês de março e deixando os filhos André de 12 anos e Marcos
de 10 anos. Ao falecer, Carla tinha 54 anos de idade e, antes de se inscrever como segurada
facultativa e exercer atividade autônoma nunca recolhera o valor de contribuição social. Diante
dessa situação hipotética, responda: a) seria possível a concessão de pensão por morte para os
filhos de Carla? Justifique sua resposta. (1,0) A pensão por morte será devida aos filhos de
Carla conforme o art. 106 do RPS uma vez que a segurada havia vertido mais de 18
(dezoito) contribuições mensais.; b) caso Carla tivesse recolhido o período anterior à sua
inscrição como segurada facultativa, considerando que iniciou suas atividades laborais aos 17
anos vendendo bolos caseiros, seria possível a concessão da pensão por morte aos seus filhos
menores? Justifique sua resposta (1,0) Neste caso, os dependentes de Clara também teriam
direito à pensão por morte.
4. Daniel, aos 58 anos, foi aposentado por incapacidade permanente em janeiro de 2008 e
recebe, atualmente, o valor equivalente a R$ 4.000,00 (quatro mil reais) de salário-de-benefício.
Em 23.01.2021, Daniel foi convocado pelo INSS para realizar perícia técnica para constatação
das condições que levaram à concessão da aposentadoria. Diante da situação hipotética,
responda: a) o INSS agiu corretamente ao convocar Daniel para realização de perícia médica?
Justifique sua resposta. (1,5) Daniel não poderia ser convocado uma vez que já estava
aposentado há mais de 15 (quinze) anos, além de ter atingido a idade superior a 60
(sessenta) anos, conforme o art. 46, § 2º, I do RPS.; b) caso o INSS coloque Daniel em
processo de reabilitação profissional, qual será a consequência caso se recuse em participar?
Justifique sua resposta. (1,5) Caso Daniel se negasse a participar do processo de
reabilitação profissional teria o benefício suspenso conforme o art. 46, § 1º RPS.

Você também pode gostar