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Existência de Deus
A ideia de "Deus"
Etimologia e uso
Nome
A palavra Deus no latim, em inglês God e
suas traduções em outras línguas como o grego Θεός
eslavo Bog, sânscrito Ishvara, ou arábico Alá, são
normalmente usadas para toda e qualquer concepção.
O mesmo acontece no hebraico El, mas no judaísmo,
Deus também é utilizado como nome próprio,
o Tetragrama YHVH, que acredita-se referir-se à
origem henoteística da religião. Na Bíblia, quando a
palavra "Senhor" está em todas as capitais, isto
significa que a palavra representa o tetragrama.
Deus também pode receber um nome
próprio em correntes monoteísticas do hinduísmo que
enfatizam sua natureza pessoal, com referências
primitivas ao seu nome como KrishnaKrishna,
Vasudeva, Bhagvata ou posteriormente Vixnu e Hari,
ou recentemente Shakti.
É difícil desenhar uma linha entre os nomes
próprios e epítetas de Deus, como os nomes e títulos
de Jesus no Novo Testamento, os nomes de Deus no
Qur'an ou Alcorão ou Corão, e as várias listas
demilhares de nomes de Deus e a lista de títulos e
nomes de Krishna no Vixnuísmo.
Na antiguidade
Quase todos os povos da Antiguidade
desenvolveram religiões politeístas.
Seus deuses podem ter diferentes nomes,
funções ou grau de importância ao longo dos tempos.
Em geral, as mudanças nos panteões
de deuses refletem movimentos internos dos povos
antigos, processos migratórios, conquistas e
miscigenações.
Religiões do Egito
Divindades egípcias
Religiões da Mesopotâmia
Deuses sumérios
Deuses da Babilônia
Religião grega
Deuses olímpicos
Religiões de Roma
Cultos romanos
Masdeísmo
Zoroastro
Zoroastrismo atual
Cultos masdeístas
Abraão e Moisés, na fé
judaica, cristã e islâmica;
Zoroastro, na fé zoroastriana;
Krishna, na fé hindu;
Buda, na fé budista;
Jesus Cristo, na fé cristã e
islâmica;
Maomé, na fé islâmica;
Guru Nanak, no sikhismo,
Báb e Bahá'u'lláh, na fé Bahá'í
Nomes de Deus
Religiões abraâmicas
Tetragrama
O Tetragrama Sagrado YHVH ou YHWH
(mais usado), (יהוה, na grafia original, o hebraico),
refere-se ao nome do Deus de Israel em forma escrita
já transliterada e, pois, latinizada, como de uso corrente
na maioria das culturas atuais. A forma da expressão
ao declarar o nome de Deus YHVH ou JHVH (na forma
latinizada) deixou de ser utilizada a milhares de anos,
pois na pronuncia correta do hebraico original (que é
declarada como uma língua quase que completamente
extinta). As pessoas perderam ao longo das décadas a
capacidade de se pronunciar de forma satisfatoria e
correta, pois a língua precisaria se curvar (dobrar) de
uma forma em que especialistas no assunto
descreveriam hoje em dia como impossível.
Originariamente, em aramaico e hebraico, era escrito e
lido horizontalmente, da direita para esquerda ;יהוהou
seja, HVHY. Formado por quatro consoantes hebraicas
— Yud יHêi הVav וHêi הou יהוה, o Tetragrama YHVH
tem sido latinizado para JHVH já por muitos séculos.
Algumas versões da Bíblia, traduzem e
transcrevem o Tetragrama como Javé, e algumas
outras como Jeová: A King James Version
(autorizada), 1611:
Transcreve quatro vezes como o
nome pessoal do Deus (todos em textos
considerados de importância),por
exemplo, Êxodo 6:3; Salmo 83:18; Isaías 12:2
26:4;e três vezes junto a nomes de lugares: Gênesis
22:14; Êxodo 17:15 e Juízes 6:24. A Versão de
Padrão Americana, edição 1901:
Traduz consistentemente o
Tetragrama como Je-ho’vah em todos os 6.823
lugares onde ocorre nas Escrituras Hebraicas.
A Nova bíblia Inglesa:
Publicada pela imprensa da
Universidade de Oxford, 1970, por
exemplo Génesis 22:14; Êxodo 3:15,16; 6:3;
17:15; Juízes 6:24 ;
A Bíblia Viva: Publicada Tyndale
House, Illinois 1971, por exemplo
Génesis 22:14, Êxodo 4:1-27; Deuteronio
4;19;5;6;5;Levítico 36:
Deuteronômio 4:29,39;5:5,6; Juízes
6:16,24; Salmos 83:18 110:1; Isaías 10:1 45.1 18;
A Versão de João Ferreira de
Almeida, a Almeida Revista e Corrigida, de 1693:
Empregou milhares de vezes na
forma JEHOVAH, como se pode ver na reimpressão,
de 1870, da edição de 1693. A Edição Revista e
Corrigida (1954) retém o Nome em sua forma
moderna (Jeová) em lugares tais
como Salmo 83:18; Isaías 12:2 dentre outros, e
extensivamente, no livro
de Isaías, Jeremias e Ezequiel.
La Santa Bíblia - Version Reina-
Valera (1909):
Traduz quase todas as vezes
integralmente como Jehova.
A Tradução do Novo Mundo das
Escrituras Sagradas:
Publicada pela Sociedade Torre de
Vigia de Bíblias e Tratados, New York, Inc., 1961 e
revisada em 1984. Traduz o Tetragrama quase
7.000 vezes.
Alguns grupos religiosos, como
as Testemunhas de Jeová, aceitam a tradução do
Tetragrama como Jeová,. E esta tradução passou a ser
usada entre alguns grupos cristãos quando a pronúncia
exata de ( )יהוהainda é desconhecida. Já alguns grupos
evangélicos aceitam unicamente o nome Javé como
correto. Algumas traduções católicas traduzem
para Javé.
Islamismo
1. Al Latif ()اللطيف
2. Al Khabir ()الخبير
3. Al Halim ()الحليم
4. Al 'Azim ()العظيم
5. Al Ghafur ()الغفور
6. Al Shakur ()الشكور
7. Al 'Ali ()العلى
8. Al Kabir ()الكبير
9. Al Hafiz ()الحفيظ
10. Al Muqit ()المقيت
11. Al Hasib ()الحسيب
12. Al Jalil ()الجليل
13. Al Karim ()الكريم
14. Al Raqib ()الرقيب
15. Al Mujib ()المجيب
16. Al Wasi' ()الواسع
17. Al Hakim ()الحكيم
18. Al Wadud ()الودود
19. Al Majid ()المجيد
20. Al Ba'ith ()الباعث
21. Al Shahid ()الشهيد
22. Al Haqq ()الحق
23. Al Wakil الوكيل
24. Al Qawiyy ()القوى
25. Al Matin ()المتين
26. Al Wali ()الولى
27. Al Hamid ()الحميد
28. Al Muhsi ()المحصى
29. Al Mubdi' ()المبدئ
30. Al Mu'id ()المعيد
31. Al Muhyi ()المحيى
32. Al Mumit ()المميت
33. Al Hayy ()الحي
34. Al Qayyum ()القيوم
35. Al Wajid ()الواجد
36. Al Majid ()الماجد
37. Al Wahid ()الواحد
38. Al Samad ()الصمد
39. Al Qadir ()القادر
40. Al Muqtadir ()المقتدر
41. Al Muqaddim ()المقدم
42. Al Mu'akhkhir ()المؤخر
43. Al Awwal ()األول
44. Al Akhir ()األخر
45. Al Zahir )الظاهر
46. Al Batin ()الباطن
47. Al Wali ()الوالي
48. Al Muta'al ()المتعالي
49. Al Barr ()البر
50. Al Tawwab ()التواب
51. Al Muntaqim ()المنتقم
52. Al 'Afuww ()العفو
53. Al Ra'uf ()الرؤوف
54. Malik al Mulk ()الملك( )مالك
55. Dhu al Jalal wa al Ikram ( ذو الجالل و
)اإلكرام
56. Al Muqsit ()المقسط
57. Al Jami' ()الجامع
58. Al Ghani ()الغنى
59. Al Mughni ()المغنى
60. Al Mani'()المانع
61. Al Darr ()الضار
62. Al Nafi' ()النافع
63. Al Nur ()النور
64. Al Hadi ()الهادئ
65. Al Badi ()البديع
66. Al Baqi ()الباقي
67. Al Warith ()الوارث
68. Al Rashid ()الرشيد
69. Al Sabur ()الصبور
Nota-se que com tanta diferença de sons,
sotaques, expressões, dialetos, entendimentos e
compreensões, Deus não é unanimidade entre os
povos, já fazem milênios. Unanimidade como único ser,
ou como um ser.
Existência de Deus
A dúvida persiste...
Quem é Deus?
1ª objeção: “Deus
escapa-vos!”
Dizem-me:
“O senhor não tem o direito de falar de Deus
segundo a forma que o faz. O senhor não nos
apresenta senão um Deus caricaturado,
sistematicamente reduzido a proporções que seu
cérebro abarca. Esse Deus não é nosso Deus. O nosso
Deus não o pode o senhor concebê-lo, visto que lhe é
superior, escapando por isso à suas faculdades
intelectuais. Fique sabendo que o que é fabuloso,
gigantesco para o homem mais forte e mais inteligente,
é para Deus um simples jogo de crianças. Não se
esqueça que a Humanidade não pode mover-se no
mesmo plano que a Divindade. Não perca de vista que
é tão impossível ao homem compreender a maneira
como Deus procede, como os minerais imaginar como
vivem os vegetais, como os vegetais conceber o
desenvolvimento dos animais, e como os animais saber
como vivem e operam os homens.
Deus paira a umas alturas que o senhor é
incapaz de atingir ocupa montanhas inacessíveis ao
senhor. Qualquer que seja o grau de desenvolvimento
de uma inteligência humana; por muito importante que
seja o esforço realizado por essa inteligência; seja qual
for a persistência deste esforço, jamais poderá elevar-
se até Deus. Lembre-se, enfim, que, por muito vasto
que seja o cérebro do homem, ele é finito, não
podendo, por consequência, conceber Deus, que é
infinito.
Tenha pois a lealdade e a modéstia de
confessar que não lhe é possível compreender nem
explicar, não o cabe o direito de negar”.
Eu respondo aos deístas:
Dais-me conselhos de humildade que estou
disposto a aceitar. Fazeis me lembrar que sou um
simples mortal, o que legitimamente reconheço e não
procuro olvidar-me.
Dizeis-me que Deus me ultrapassa e que o
desconheço. Seja. Consinto em reconhecê-lo; afirmo
mesmo que o finito não pode compreender o infinito,
porque é uma verdade tão certa e tão evidente, que
não está em meu ânimo fazer-lhe qualquer oposição.
Vede, pois, até aqui estamos de acordo, com o que
espero, ficareis muito contentes.
Somente, senhores deístas, permiti que, por
meu turno, eu vos dê os mesmos conselhos de
humildade, para terdes o franqueza de me responder
estas perguntas: Vós não sois homens como a mim? A
vós, Deus não se depara como para a mim? Esse Deus
não vos escapa como a mim? Tereis vós a pretensão
de moverdes no mesmo plano da divindade? Tereis
igualmente a mania de pensar e a loucura de crer que,
de um voo, podereis chegar às alturas que Deus
ocupa? Sereis presunçosos ao extremo de afirmar que
o vosso cérebro, o vosso pensamento que é finito,
possa compreender o infinito?
Não vos faço a injuria, senhores deístas, de
acreditar que sustentais uma extravagância venal.
Assim, pois, tende a modéstia e a lealdade de
confessar que, se me é impossível compreender e
explicar Deus, vós tropeçais no mesmo obstáculo.
Tende, enfim, a probidade de reconhecer que, se eu
não posso conceber nem explicar Deus, não o
podendo, portanto, negar, a vós, como a mim, não vos
é permitido concebê-lo e não tendes, por
consequência, o direito de afirmá-lo.
Não julgueis, no entanto, que, por causa
disto, ficamos na mesma situação que antes. Foste vós
que, primeiramente, afirmastes a existência de Deus;
deveis, pois, ser os primeiros a pôr de parte vossas
afirmações. Sonharia eu, alguma vez, com negar a
existência de Deus, se vós não tivésseis começado a
afirmá-la? E se, quando eu era criança, não me
tivessem imposto a necessidade de acreditar nele? E
se, quando adulto, não tivesse ouvido afirmações
nesse sentido? E se, quando homem, os meus olhos
não tivessem constantemente contemplado os templos
elevados a esse Deus? Foram as vossas afirmações
que provocaram as minhas negações. Cessai de
afirmar que eu cessarei de negar.
2ª objeção:
“Não há efeito sem causa”
A segunda objeção parece-nos mais
invulnerável. Muitos indivíduos consideram-na ainda
sem réplica. Esta objeção provém dos filósofos
espiritualistas: Não há efeito sem causa. Ora, o
Universo é um efeito; e, como não há efeito sem causa,
esta causa é Deus.
O argumento é bem apresentado; parece,
mesmo, bem construído e bem carpintejado. O que
resto saber é se tudo quanto ele encerra é verdadeiro.
Em boa lógica, este raciocínio chama-se
silogismo. Um silogismo é um argumento composto por
três proposições: a maior, a menor e a consequência, e
compreende duas partes: as premissas, constituídas
pelas duas primeiras proposições e a conclusão,
representada pela terceira. Para que um silogismo seja
inatacável, é preciso:
1º que a maior e a menor sejam exatas;
2º que a terceira proposição dimane
logicamente as duas primeiras.
Se o silogismo dos filósofos espiritualistas
reúne estas duas condições, é irrefutável e nada mais
me resta senão aceitá-lo; mas, se lhe falta uma só
dessas condições, então o silogismo é nulo, sem valor,
e o argumento destrói-se por si mesmo.
A fim de conhecer o seu valor, examinemos
as três proposições que o compõe.
1ª proposição (maior): “Não há efeito sem
causa”.
Filósofos, tendes razão. Não há efeito sem
causa: nada mais exato. Não há, não pode haver,
efeito sem causa. O efeito não é mais do que a
continuação, o prolongamento, o limite da causa. Quem
diz efeito diz causa. A ideia de efeito provoca,
necessariamente e imediatamente a ideia de causa.
Se, ao contrário, se concebe um efeito sem causa, isto
seria o efeito do nada, o que equivaleria a crer no
absurdo.
Sobre esta primeira proposição, estamos,
pois, de acordo.
2ª proposição (menor): “Ora, o Universo é
um efeito”.
Antes de continuar, peço explicações:
Sobre o que se apoia esta afirmação tão
franca e tão categórica? Qual o fenômeno, ou conjunto
de fenômenos, na qual a verificação, ou conjunto de
verificações, que permitem uma afirmação tão rotunda?
Em primeiro lugar, comecemos
suficientemente o Universo? Temo-lo estudado
profundamente, temo-lo examinado, investigado,
compreendido, para que nos seja permitido fazer
afirmações desta natureza? Temos penetrado nas suas
entranhas e explorado os seus espaços
incomensuráveis? Já descemos a profundeza do
oceano? Conhecemos todos os domínios do Universo?
O Universo já nos declarou todos os seus segredos? Já
lhe arrancamos todos os véus, penetramos todos os
seus mistérios, descobrimos todos os seus enigmas?
Já vimos tudo, apalpamos tudo, sentimos tudo,
entendemos tudo, observamos tudo, afrontamos tudo?
Não temos nada mais que aprender? Não nos resta
nada mais que descobrir? Em resumo, estamos em
condições de fazer uma apreciação formal do
Universo?
Supomos que ninguém ousará responder
afirmativamente a todas estas questões; e seria digno
de lástima todo aquele que tivesse a tenebridade e a
insensatez de afirmar que conhece o Universo.
O Universo! — quer dizer não somente este
ínfimo planeta que habitamos e sobre o qual se
arrastam as nossas carcaças; não somente os milhões
de astros que conhecemos e que fazem parte do nosso
sistema solar, ou que descobrimos com o decorrer dos
tempos, mas ainda, esses mundos, aos quais, com
conjectura, conhecemos a existência, mas cuja
distancia e o número restam incalculáveis!
Se eu dissesse “o universo é uma causa”,
tenho a certeza que desencadeariam imediatamente
contra mim as vaias e os protestos de todos os
religiosos; e, todavia, a minha afirmação não era mais
descabelada que a deles. Eis tudo.
Se me inclino sobre o Universo, se o
observo quanto me permitir o homem contemporâneo,
os conhecimentos adquiridos, verificarei que é um
conjunto inacreditavelmente complexo e denso, uma
confusão impenetrável e colossal de causas e de
efeitos que se determinam, se encadeiam, se sucedem,
se repetem e se interpenetram. Observarei que o todo
leva uma cadeia sem fim, cujos elos estão
indissoluvelmente ligados.
Certificar-me-ei de que cada um destes elos
é, por sua vez, causa e efeito: efeito da causa que o
determinou, causa do efeito que se lhe segue.
Quem poderá dizer: “Eis aqui o primeiro elo
— o elo causa”? Quem poderá afirmar: “Eis o último elo
— elo efeito”? E quem poderá ainda dizer: “Há
necessariamente uma causa número um e um efeito
número… último”?
À segunda proposição, “ora, o Universo é
um efeito”, falta-lhe uma condição indispensável: a
exatidão. Por consequência, o famoso silogismo não
vale nada.
Acrescento mesmo que, no caso em que
esta segunda proposição fosse exata, faltaria
estabelecer, para que a conclusão fosse aceitável, se o
Universo é o próprio efeito de uma Causa única, de
uma Causa primeira, da Causa das Causas, de uma
Causa sem Causa, da Causa eterna.
Espero, sem me inquietar, esta
demonstração, porque é uma demonstração que se
tem desejado muitas vezes, sem que ninguém no-la
desse; é também uma demonstração, da qual se pode
afirmar, sem receio de desmentido, que jamais poderá
se estabelecer de uma forma séria, positiva e científica.
Por último: admitindo que o silogismo fosse
irrepreensível, ele poderia voltar-se facilmente contra a
tese do Deus-Criador, colocando-se a favor da minha
demonstração.
Expliquemos: “não há efeito sem causa!” —
Seja! — “o Universo é um efeito!” — De acordo! —
“Logo este efeito tem uma causa e é esta causa que
chamamos Deus! — Pois seja!
Mas não vos entusiasmeis, deístas; escutai-
me, porque ainda não triunfastes.
Se é evidente que não há efeito sem causa,
é também rigorosamente exato que não há causa sem
efeito. Não há, não pode haver, causa sem efeito. Que
diz causa, diz efeito. A ideia de causa implica
necessariamente e chama a ideia de efeito. Porque
uma causa sem efeito seria uma causa do nada, o que
seria tão absurdo quanto o efeito do nada. Que fique,
pois, bem entendido: não há causa sem efeito.
Vós, deístas, afirmais, enfim, que o Deus-
Causa é eterno. Desta afirmação concluo que o
Universo-Efeito é igualmente eterno, visto que a uma
causa eterna, corresponde, indubitavelmente, a um
efeito eterno. Se pudesse ser de outro modo, quer
dizer, se o Universo tivesse começado, durante os
milhares e milhares de séculos que, talvez, precederam
a criação do Universo, Deus teria sido uma causa sem
efeito, o que é impossível; uma causa de nada, o que
seria absurdo.
Em conclusão: se Deus é eterno, o Universo
também o é: e, se o Universo também é eterno, é
porque ele nunca principiou, é que jamais foi criado.
É clara a demonstração?
Deísmo
Teísmo
O teísmo é um conceito surgido no século
XVII, contrapondo-se ao ateísmo, deísmo e
panteísmo.O teísmo sustenta a existência de um Deus
(contra o ateísmo), ser absoluto transcendental (contra
o panteísmo), pessoal, vivo, que atua no mundo
através de sua providência e o mantém (contra o
deísmo). No teísmo a existência de um Deus pode ser
provada pela razão, prescindindo da revelação; mas
não a nega. Seu ramo principal é o teísmo Cristão, que
fundamenta sua crença em Deus na Sua revelação
sobrenatural através da Bíblia. Existe ainda o
teísmo agnóstico, que é a filosofia que engloba tanto o
teísmo quanto o agnosticismo. Um teísta agnóstico é
alguém que admite não poder ter conhecimento algum
acerca de Deus, mas decide acreditar em Deus mesmo
assim. A partir do teísmo se desenvolve aTeologia, que
é encarada principalmente, mas não exclusivamente,
do ponto de vista da fé. Embora tenha suas raízes no
teísmo, pode ser aplicada e desenvolvida no âmbito de
todas as religiões. Não deve ser confundida com o
estudo e codificação dos rituais e legislação de cada
credo.
Ateísmo – O ateísmo engloba tanto
a negação da existência de divindades quanto a
simples ausência da crença em sua existência.
Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica,
não é possível provar racional e cientificamente a
existência de Deus, como também é igualmente
impossível provar a sua inexistência. O agnóstico pode
ser teísta ou ateísta, dependendo da posição pessoal
de acreditar (sem certeza) na existência ou não
de divindades.
Além de estudos de livros
considerados sagrados como a Bíblia, muitos
estudiosos, curiosos e pesquisadores, argumentam que
pode-se conhecer sobre Deus, e suas qualidades,
observando a natureza e suas criações. Argumentam
que existe evidência científica de uma fonte
de energia ilimitada, e que esta poderia ter criado
a substância do universo, e que por observarem a
ordem, o poder e a complexidade da criação, tanto
macroscópica quanto microscópica, muitos chegaram a
admitir a existência de Deus.
Concepções de Deus
Abordagens teológicas
Teísmo e Deísmo
O teísmo sustenta que Deus existe
realmente, objetivamente, e independentemente do
pensamento humano, sustenta que Deus criou tudo;
que é onipotente e eterno, e é pessoal, interessado, e
responde às orações. Afirma que Deus é tanto
imanente e transcendente, portanto, Deus é infinito e
de alguma forma, presente em todos os
acontecimentos do mundo.
A teologia católica sustenta que Deus
é infinitamente simples, e não está sujeito
involuntariamente ao tempo. A maioria dos teístas
asseguram que Deus é onipotente, onisciente e
benevolente, embora esta crença levante questões
acerca da responsabilidade de Deus para o mal e
sofrimento no mundo. Alguns teístas atribuem a Deus
uma auto-consciência ou uma proposital limitação da
onipotência, onisciência, ou benevolência.
O Teísmo aberto, pelo contrário, afirma que,
devido à natureza do tempo, a onisciência de Deus não
significa que a divindade pode prever o futuro. O
"Teísmo" é por vezes utilizado para se referir, em geral,
para qualquer crença em um Deus ou deuses, ou seja,
politeísmo ou monoteísmo.
O Deísmo afirma que Deus é
totalmente transcendente: Deus existe, mas não
intervém no mundo para além do que era necessário
para criá-lo. Em vista desta situação, Deus não
é antropomórfico, e não responde literalmente às
orações ou faz milagres acontecerem. É comum no
deísmo a crença de que Deus não tem qualquer
interesse na humanidade e pode nem sequer ter
conhecimento dela.
O pandeísmo e o panendeísmo,
respectivamente, combinam as crenças do deísmo com
o panteísmo ou panenteísmo.
Antropomorfismo
Ateísmo
O Mal no Mundo
A imagem de Deus
Argumento Histórico
1- O que é Deus?
– Deus é a inteligência suprema, causa
primária de todas as coisas.
Panteísmo
Crença em uma
deidade pessoal-finita.
Crença no modalismo
Crença no politeísmo
Crença no arianismo
EXEGESE:
Meu comentário:
Ora, pra quê Deus precisa de um humano,
criado por ele, para mandar ensinamentos? Ele não é
poderoso suficiente para fazer isso de sua maneira? E
por que ele mandou para um homem que só abrangeria
uns punhados de sem-terra, que eram os hebreus na
época. E, por que, Deus apareceria para Moisés, que
era impuro, e nunca apareceu para Maria, mãe de “seu
único filho”?
Texto:
Sabemos que a evolução da humanidade é
constante, logo, não está estagnada e nem parou em
determinada época. Ora, se a revelação é dada na
medida em que o homem esteja preparado para
entendê-la, e como a primeira foi com Moisés (Justiça)
e tempos depois veio a segunda com Jesus trazendo a
lição de amor e, considerando o que disse Jesus:
"Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas vós não
as podeis suportar agora" (João 16:12) e mais adiante
nos promete enviar, no momento oportuno "o espírito
de verdade, que testificará de mim e vos guiará em
toda a verdade; ele vos ensinará todas as coisas e vos
fará lembrar de tudo que vos tenho dito" (João 14:26 e
16:12-13).
Meu comentário:
Pode-se perceber que tudo que Jesus
pregou, os apóstolos e escribas da Bíblia ocultaram
com a desculpa de que ninguém à época entenderia.
Ora, se não foi para isso que Deus mandou Jesus?
Texto:
Entendemos que essa promessa de Jesus
foi cumprida há mais de um século com a terceira
revelação que vem procurando lembrar aos homens a
doutrina de amor empregada por Ele, Jesus.
Com humildade, sem rituais ou práticas
exteriores, seus adeptos se esforçam para levar a cada
coração a mensagem de perdão e de misericórdia,
conscientes de que só por meio da reforma íntima de
cada ser se obterá a transformação de toda a
humanidade.
A primeira revelação, com Moisés, tem os
dez mandamentos como ponto de destaque. Para
muitos, principalmente para aqueles de parcos
conhecimentos, é uma revelação de Deus a Moisés em
primeira mão. No entanto, se dermos uma olhada mais
profunda na história da Índia antiga, encontraremos no
livro dos vedas, antes da Bíblia, os mesmos
mandamentos classificados como:
Pecados do corpo (bater, matar, roubar,
violar mulheres);
Pecados da palavra (ser falso, mentir,
injuriar);
Pecados da vontade (desejar o mal, cobiçar,
não ter dó dos outros).
Conforme THEODORE ROBINSON, em
"Introduction de L`Histoire dês religions", cit. Por Mário
Cavalcanti de Mello em "da Bíblia aos nossos Dias",
Ed. 1972, pág 207.
Meu comentário:
Esse pecados que Moisés pregou não
praticarmos, foram todos praticados por ele. Matou
principalmente todos os que não queriam segir as suas
leis. E em nome de Deus. Ele só teve dó de seu irmão,
quando adorou um bezerro de ourro, pois com outros
do grupo, ele mataria.
Texto:
Isso não tira o caráter de revelação de Deus
por meio de Moisés, sugere apenas maior reflexão e
moderação para quem acha que a Bíblia é a única
revelação de Deus aos homens.
Vale salientar que a Bíblia trouxe revelações
divinas aos homens, mas também que outras
revelações têm sido mostradas por Deus, utilizando
outros meios.
A própria ciência pode ser considerada como
um meio de revelações, pois nos tem mostrado com
frequência novos conhecimentos que faz impulsionar o
progresso da humanidade, tal qual a vontade de Deus,
ensinada por Jesus.
Meu comentário:
A bíblia foi escrita pelos hebreus e judeus.
Só falam maravilhas deste povo escolhido... escolhido
para sofrer? Pois sofrem com atentados até hoje. Já
que a ciência pode ser considerada uma revelação, as
drogas, os assassinatos, as armas de destruição em
massa, enfim, tudo são revelações, pois nos chegaram
da mesma maneira que nos chegou o progresso: Pela
inspiração de Deus nos homens!
Sendo Deus criador de todos nós, Pai de
infinito amor, bondade, sabedoria, justiça, etc, iria criar
pequena parte dos seus filhos como "o povo eleito de
deus", conforme se intitularam os hebreus e muitos de
nossos irmãos nos dias atuais? E o restante da
humanidade? Estão todos condenados ao sofrimento
eterno?
É bom lembrar que os escritores da Bíblia
eram todos judeus, tal qual os hebreus. Que cada leitor
tire suas conclusões a respeito.
Ao examinar cuidadosamente o Antigo
Testamento o leitor chegará a duas alternativas:
Ou era o próprio legislador quem, com o
propósito de obter o devido respeito, atribuía à
divindade todos aqueles rompantes de ferocidades
contidos no A.T., ou;
O Deus, nosso pai, revelado por Cristo, que
hoje adoramos, respeitamos e admiramos, etc, cujos
atributos são em graus infinitos, é o mesmo descrito no
Antigo Testamento?
"Eis que o homem é como um de nós,
sabendo o bem e o mal" (Gen. 3:22).
A divindade de Jesus
AS PENAS ETERNAS
EXISTE INFERNO?
O inferno – tido como lugar subterrâneo para
onde vão as almas dos mortos – não ficou somente na
mitologia. Invadiu várias religiões desde a antiguidade
até os nossos dias. A influência continua tão intensa,
que mesmo não pertencendo a uma religião, faz-se uso
desse conceito para expressar as mais diversas
situações do nosso dia-a-dia.
Na mitologia grega, após a vitória do Olimpo
sobre os titãs, foi feita a partilha do universo entre os
três irmãos, filhos de Cronos e Réia. A Zeus coube o
Céu; a Posseidon, o Mar; a Hades, o tártaro.
Na tradição cristã, a conjunção luz-trevas
simboliza os dois opostos: Céu e o inferno.
Os pagãos antigos concebiam o tártaro
como um lugar de suplício para as almas errantes da
terra. Plutão era o administrador-chefe daquele local e
de seus sofredores.
Ele não se comprazia com o suplício alheio e
nem saía a fazer tentações para arregimentar pessoas
para aumentar sua população de miseráveis, a respeito
do que fazia ou faz o lendário satã.
Vê-se que os pagãos dessa época não
tinham a ideia do inferno, criada tempos depois pelos
cristãos nos moldes atuais.
Paulo Alves Godoy, em sua obra intitulada
"O Evangelho Pede Licença", 2ª edição, 1990, pág
235-236, nos mostra que nas circunvizinhanças de
Jerusalém, mais especificamente ao sul da cidade,
existia um buraco, vale ou um abismo provocado pela
erosão das chuvas, denominado geena, onde se
jogavam os detritos (lixo) recolhidos da cidade e
também os cadáveres de animais e de indigentes
encontrados nas ruas e estradas próximas.
Era um local terrível onde o fogo, a exemplo
do fogo de monturo, ardia incessantemente e os
vermes corroíam os corpos em decomposição.
Com o objetivo de propiciar aos homens da
época uma visão de local de sofrimento, Jesus disse,
como simbolismo da geena: "onde o bicho não morre,
mas corrói incessantemente, e o fogo jamais se
extingue". Daí, para o homem formar uma ideia de
inferno, não demorou muito. Arquitetou-se um império
de trevas e elegeram belzebu, lúcifer, diabo ou o
demônio e importou-se do zoroastrismo a figura
lendária de satã ou satanás como o seu chefe terrível.
E rapidamente a geena, que de um simples
buraco, vale ou precipício, passou à condição de
inferno. Esse inferno dos cristãos era muito mais
terrível do que o tártaro dos pagãos. Para os cristãos,
satã saía (ou sai) a perseguir as pessoas, induzindo-as
ao erro para aumentar cada vez mais a sua população
de sofredores, enquanto que plutão apenas
administrava o tártaro e seus aflitos.
O autor nos conta ainda que São Thomaz de
Aquino, afirmou que os anjos contemplavam o
sofrimento terrível dos condenados nos caldeirões de
óleo ferventes, repletos de alegrias e rendendo graças
ao Senhor por sua própria felicidade.
Sobre essa questão de inferno,
recorreremos ao Dr. Severino C. da Silva, que nos traz:
"Satanás"
"Satanás é uma figura muito controvertida na
Bíblia. A palavra ‘Satã’ significa também acusador,
adversário, etc".
"Aparece, pela primeira vez no livro de Jó. A
sua intimidade com Deus e o direito de entrar no ‘Céu’,
de ir e vir livremente e dialogar com Ele torna-o uma
figura de muito destaque. Veja o livro de Jó 1:6 ‘Um dia
em que os filhos de Deus se apresentaram diante do
Senhor, veio também Satanás entre eles’".
"O livro de Jó foi escrito depois do Exílio
Babilônico. Sabemos que o povo judeu tendo retornado
a Israel com a permissão de Ciro, rei persa, no ano de
538 a.C., assimilou muitos costumes dos persas.
Isso ocorreu devido à simpatia e apoio que
receberam do rei, que inclusive permitiu a construção
do Segundo Templo judaico e ainda devolveu muitos
de seus tesouros, que haviam sido roubados".
"A religião dos persas, o Zoroastrismo,
influenciou sobremaneira o judaísmo".
"No Zoroastrismo, existe o Deus
supremo ‘Ahura-Mazda’ que sofre a oposição de uma
outra força poderosa, conhecida como ‘Ahriman’, ‘o
espírito mau’. Desde o começo da existência, esses
dois espíritos antagônicos têm-se combatido
mutuamente".
"O Zoroastrismo foi uma das mais antigas
religiões a ensinar o triunfo final do bem sobre o mal.
"E foi do Zoroastrismo que os judeus aprenderam a
crença em um ‘Ahriman’, um diabo pessoal, que, em
hebraico, eles chamaram de ‘Satanás’. Por isso, o seu
aparecimento na Bíblia só ocorre no livro de Jó e nos
outros livros escritos após o exílio Babilônico, do ano
de 538 a.C. para cá. Nestes livros, já aparece a
influência do Zoroastrismo persa. Observe ainda que a
tentação de Adão e Eva é feita pela serpente e não por
Satanás, demonstrando assim, que o escritor do
Gênesis não conhecia a ideia de Satanás.
Assim, está evidenciado que Satanás não é
um conceito original da Bíblia, e sim, introduzido nela, a
partir do Zoroastrismo Persa". "E assim, a Bíblia
continua sendo alterada pela vontade do homem".
"Demônios"
A Bíblia é Infalível?
A Reencarnação
A doutrina das vidas sucessivas ou
reencarnação é chamada também de palingenesia, que
se origina do grego palin (novo)
e gênese (nascimento). Ela também era aceita,
estudada e difundida na Índia antiga, conforme se
encontra no livro dos Vedas: "Da mesma forma que
nos desfazemos de uma roupa usada para pegar uma
nova, assim a alma se descarta de um corpo usado
para se revestir de novo corpo."
Os estudiosos do assunto afirmam que o
princípio da reencarnação já era conhecido e divulgado
desde a antiguidade pelos hindus, na Ásia; pelos
egípcios, na África; pelos Hebreus, no Oriente; pelos
gregos e romanos na Europa e, pelos Druidas, na
França, etc.
A doutrina da reencarnação foi introduzida
na Grécia por Pitágoras. Sócrates e seu discípulo
Platão adotaram as ideias de Pitágoras sobre as vidas
sucessivas. A escola platônica da Alexandria ensinava
a reencarnação precisando a vantagem desta evolução
progressiva para as condições da alma.
"Toda a terra se converterá ao Senhor e
todas as nações adorarão a sua face" (Salmos 22:27).
"Pense nisso! Não abdique de sua
capacidade de raciocinar. A inteligência nos foi dada
por Deus para ser usada. Observe o verbo está no
futuro ‘se converterá’, ‘adorarão’. Coisas somente
alcançáveis mediante a evolução do Espírito. E para
que o Espírito evolua, a ponto de todas as nações
virem a adorar a Deus, só por meio da reencarnação
isto é possível. Ao dizer todas as nações, está claro
que são todos os homens que as compõem".
Reencarnação na Bíblia
Reencarnação na história
Revisões da Bíblia
O que é a Bíblia ?
- È o conjunto dos livros que compõe o
Velho e o Novo Testamentos. (pág 03);
E o inferno, existe ?
- Antigamente, com o objetivo de se fazer
com que as pessoas não errassem tanto (pecassem),
amedrontavam-nas com ameaças das penas eternas
no fogo do inferno. Não existe inferno; (pág 10) .
E o que dizer então de satanás, demônio,
diabo, etc.?
A – Para os cristãos antigos não existia essa
figura de satã ou satanás. É sabido que os judeus
saíram do exílio babilônico por volta do ano 538 a.C..
Trouxeram de lá muitos costumes. E foi do
zoroastrismo, religião dos persas, que trouxeram a
ideia de satã. É bom frisar que a primeira citação de
satanás na Bíblia está no livro de (Jó 1:6) e nos livros
escritos após o ano de 538 a.C.. Satanás, não é, então,
um conceito bíblico. Não existe.. pág 10.
B – Do Grego, "daimon" significa
inteligência, gênio, etc.. Modernamente lhe é dado o
significado de espírito do mal. Não é o mesmo que
satanás. Espíritos perversos existem e muitos. Vale
lembrar que segundo os evangelhos, Jesus expulsou
"demônios" (espíritos maus) e nunca satanás, pois este
não existe.
C – A figura de lúcifer foi incluída na Bíblia
por São Jerônimo, (Isaias 14:12), quando da vulgata.
Vejam (Isaias 14:3-22) que o tema versa sobre o Rei
babilônico Nabucodonossor.
MINHA PARTE
Deus e o Infinito
O Universo