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Sumário
Aula 01 Introdução aos Processos de Soldagem. Fontes de Calor.............................................. 3
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Objetivos ................................................................................................................................... 3
1.1 Introdução aos processos de soldagem. ............................................................................ 3
1.1.1 Processos de Soldagem por Fusão ............................................................................... 3
1.1.2 Processos de Soldagem por Pressão (ou por Deformação) ......................................... 3
1.2 Fontes de energia ............................................................................................................... 4
1.2.1 Fontes elétricas - arco elétrico ..................................................................................... 4
1.2.2 Fontes elétricas - resistência elétrica ........................................................................... 7
1.2.3 Fontes químicas - chama direta ................................................................................... 7
1.2.4 Fontes químicas - aluminotermia................................................................................. 7
1.2.5 Fontes óticas ................................................................................................................ 7
1.2.6 Fontes mecânicas ......................................................................................................... 8
1.3 Gases de proteção .............................................................................................................. 8
1.3.1 Argônio e hélio ............................................................................................................. 9
1.3.2 Adições de O2 e CO2 ao argônio ou hélio ................................................................... 10
1.3.3 CO2 Puro ..................................................................................................................... 10
1.4 Revestimentos e fluxos .................................................................................................... 11
Exercícios ................................................................................................................................ 12
Referências bibliográficas ...................................................................................................... 12
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Aula 01 Introdução aos Processos de Soldagem. Fontes de
Calor.
Objetivos
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1.2 Fontes de energia
Todos os processos de soldagem exigem alguma forma de energia. As fontes de
energia na soldagem podem ser divididas em quatro categorias quanto à forma de energia:
elétricas, químicas, óticas e mecânicas.
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Figura 1 Ilustração esquemática de um arco elétrico.
A corrente pode ser contínua ou alternada e a abertura do arco elétrico pode ser
feita pelo contato entre a peça e o eletrodo (curto circuito) ou ainda pelo uso de um
dispositivo que imponha uma corrente alternada de alta frequência (100 a 500 kHz)
suficiente para ionizar os gases entre as duas partes.
No caso de corrente alternada (CA), a polaridade não é fixa entre a peça e o
eletrodo, mudando segundo a frequência de variação da corrente. Entretanto para o caso
de corrente contínua (CC), a polaridade pode ser do tipo polaridade direta (CC-), em que
o eletrodo é o catodo (-) e a peça o anodo (+) ou do tipo polaridade reversa (CC+), em
que o eletrodo é o anodo (+) e a peça o cátodo (-). A polaridade tem grande importância,
pois a transferência de energia térmica pelo bombardeio dos elétrons sobre o anodo é
maior do que aquela provocada pelo bombardeio dos íons sobre o catodo, devido
principalmente à maior energia cinética e fluxo dos elétrons. Como consequência, temos
que a temperatura do anodo é maior do que o do catodo. Assim, como ilustra a Figura 2,
dependendo do tipo de corrente e da polaridade, temos um maior aquecimento na peça ou
do eletrodo. Um maior aquecimento na peça provocará uma maior fusão desta, enquanto
o eletrodo aquecerá e/ou fundirá menos e vice-versa.
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A corrente, tensão, eletrodo e o tipo de gás de proteção determinam o modo de
transferência e taxa com que o metal fundido do eletrodo se projeta para a peça que, por
sua vez, tem influência na estabilidade do arco, perda por salpicos, composição química,
defeitos, posição de soldagem e taxa de deposição. Os modos de transferência podem ser:
do tipo globular, ocorrendo com uma corrente baixa em relação ao diâmetro do eletrodo,
transfere o metal como glóbulos com diâmetro maior do que o do eletrodo com taxa de
cerca de 10 a 20 glóbulos por segundo; por spray, ocorrendo com correntes muito altas,
transfere o metal como gotículas finas com taxa de cerca de 250 gotículas por segundo;
por curto-circuito, transfere o metal com a fusão globular do eletrodo cuja gota vai
aumentando de tamanho até tocar a poça de fusão, produzindo um curto-circuito que
estrangula a gota e lança-a em direção axial, devido a efeitos eletromagnéticos, com taxa
de cerca de 50 a 200 gotas por segundo; por arco pulsante, em que um arco de corrente
baixa é mantido, porém com pulsos regulares de alta corrente são injetados sobre ele, o
que resulta numa transferência por jatos de gotículas durante esses pulsos. A Figura 3
mostra esquematicamente esses modos de transferência.
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Figura 3 Modos de transferência metálica em um arco elétrico.
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elétrons, em que o calor é gerado pela colisão de um feixe de elétrons sobre a peça. A
intensidade nesses casos é muito alta, podendo ultrapassar 1010 W/m2.
1.2.6 Fontes mecânicas
Existem três tipos de soldagens que utilizam fontes mecânicas de energia, mas
nem em todas elas ocorre fusão das partes a serem soldadas. Na soldagem por fricção, o
calor é gerado pelo atrito mecânico entre as superfícies a serem unidas, ocorrendo, assim,
uma difusão e deformação plástica entre elas, soldando-as. Na soldagem por ultrassom,
uma energia vibratória de alta frequência (15 a 75 kHz) é induzida na zona de soldagem
por um transdutor. Essa tensão de cisalhamento oscilatório resulta em uma histerese
elástica, escorregamento localizado e deformação plástica nas superfícies de contato que,
após a quebra da camada de óxido, permite a difusão atômica entre as superfícies,
soldando-as. Na soldagem por explosão, a detonação de um explosivo é utilizada para
acelerar um componente à alta velocidade contra um componente estacionário. Ocorre
uma colisão progressiva e controlada entre as superfícies dos dois componentes (chapas,
por exemplo) soldando-as.
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energia adicional não ocorre no caso de gases como o argônio, que é monoatômico. Os
gases de proteção podem reagir com os elementos metálicos presentes na poça de fusão
ou não. Os gases oxidantes reagem com elementos da poça de fusão, formando óxidos
enquanto os redutores reagem com os óxidos, reduzindo-os. A densidade de um gás de
proteção afeta a eficiência da proteção e a vazão necessária do gás, uma vez que os gases
mais pesados que o ar, quando soprados sobre a poça de fusão proporcionam proteção
mais efetiva que os gases mais leves, que não ficam confinados às regiões da poça de
fusão. A tensão superficial entre a poça de fusão e a atmosfera circunvizinha depende do
tipo de gás de proteção; se a tensão for alta, levará à formação de um cordão de solda
convexo, irregular e com risco do aparecimento de defeito do tipo "mordedura"; se for
baixa levará à formação de um cordão côncavo. Quanto à pureza do gás a ser empregada,
ela afeta todas as características apresentadas, sendo, portanto, uma especificação
importante; a pureza mínima e umidade máxima dos gases para aplicação na soldagem
são características especificadas e controladas.
O gás ou mistura de gases a ser utilizado depende do material a ser soldado, do tipo de
transferência metálica desejada, do tipo e diâmetro do eletrodo e da posição da soldagem.
Por exemplo, para uma mesma corrente, dependendo do gás, a tensão do arco elétrico
pode ser maior, o que resultará na maior produção de energia, interessante para o caso de
soldagem de peças grossas ou de ligas com alta condutividade térmica que tendem a
resfriar mais rápido. O gás protetor influi no tipo de transferência, na profundidade de
penetração, e no formato do cordão como ilustra a Figura 4.
O gás de proteção tem também efeito nas propriedades mecânicas da junta, uma vez que
tem influência na microestrutura formada pela alteração da taxa de resfriamento da região
da solda.
A seguir estão apresentadas informações sobre alguns dos principais gases utilizados na
soldagem.
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soldagens de materiais de elevada espessura, especialmente aqueles de elevada
condutividade térmica, tais como alumínio e cobre.
Para ligas ferrosas, em chapas finas ou em soldagens fora de posição, a preferência é pelo
argônio. O hélio, sendo cerca de 10 vezes mais leve do que o argônio, levará a um maior
consumo para garantir a mesma proteção à soldagem. A transferência por spray é mais
bem-estabelecida com argônio do que com hélio. O custo do hélio é muito maior do que
o do argônio.
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característica desse gás é ser oxidante, pois, na elevada temperatura do arco, o CO2 se
decompõe em monóxido de carbono (CO) e em oxigênio (O2). O O2 livre oxida o ferro
do metal de base originando FeO e esse reage com o carbono da poça de fusão liberando
monóxido de carbono (gás), que pode vir a provocar porosidades no cordão de solda. Em
temperaturas mais baixas, parte desse CO se decompõe em carbono e em oxigênio. De
acordo com a quantidade original de carbono na poça de fusão, o efeito final poderá ser
de aumentar ou diminuir o conteúdo definitivo de carbono no cordão solidificado. Para
evitar isso, os arames recomendados para a soldagem sob proteção de CO2 possuem em
sua composição quantidades altas de desoxidantes, principalmente manganês e silício,
pois estes apresentam maior afinidade química pelo O2 do que o carbono. O silicato de
manganês, assim formado, se deposita sobre os cordões como uma capa fina e
descontínua de escória facilmente destacável. O manganês cumpre também a função de
dessulfurante, formando MnS. O silício e o manganês remanescentes são transferidos
para o metal de solda sob a forma de elementos de liga. Certas composições de arames
conhecidos corno "triplo-desoxidados'' apresentam, além do manganês e silício corno
desoxidantes, um terceiro elemento para essa função, podendo ser o alumínio, titânio ou
zircônio.
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minimizar a oxidação pela atmosfera, reduz a taxa de resfriamento e com isso desfavorece
a formação de estruturas frágeis; função ligante, pois introduz elementos de liga na parte
fundida, melhorando as propriedades mecânicas da junta soldada.
Particularmente no revestimento do eletrodo metálico, a função adicional é a de isolante
elétrico pois sendo um mau condutor elétrico, isola a alma (metal que vai fundir), evitando
a abertura de arcos laterais e orienta o calor para o local de interesse.
A desvantagem do uso de revestimento ou fluxos é a necessidade de retirada da camada
da escória formada sobre o metal de solda após a soldagem.
Exercícios
Referências bibliográficas
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