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TÉCNICAS DE
AVALIAÇÃO
ESTÉTICA
Introdução
A cirurgia é o ramo da medicina que se dedica a tratar as doenças por meio
de uma intervenção cirúrgica. No contexto das possibilidades cirúrgicas,
encontra-se a cirurgia plástica reparadora e estética. Com o aumento do
número de cirurgias plásticas e de informação a seu respeito, surgiu a
necessidade de oferecer aos pacientes novas formas de suportar melhor,
e com mais qualidade, o pós-operatório, evitando, assim, possíveis com-
plicações. Para tal objetivo, fez-se necessária a integração de profissionais
em uma equipe multidisciplinar. A atuação do profissional esteta no
pós-cirúrgico possibilita uma diminuição de possíveis complicações,
recuperando regiões com hipoestesias, reduzindo aderências teciduais
e edema, melhorando, assim, a textura da pele e restringindo a formação
de fibrose subcutânea.
Neste capítulo, você vai estudar o protocolo de avaliação dos níveis
de fibrose cicatricial, reconhecendo os métodos e identificando os níveis
de fibrose.
2 Protocolo de avaliação dos níveis de fibrose cicatricial (PANFIC)
que foi lesado. Ele cicatriza produzindo um tecido diferente do original para
restaurar o dano sofrido.
Sendo a cicatriz um tecido diferente do original, ela não tem a mesma
elasticidade, maciez e textura, comportando-se diferentemente quando tra-
cionada. Por isso, cicatrizes podem doer em mudanças de tempo ou quando
esticadas, pois não se adaptam igualmente ao tecido saudável e tem inervação
e circulação também diferentes.
Para se conseguir a prevenção da formação de fibroses, deve-se atuar
terapeuticamente no início da síntese de colágeno. Ou seja, no período de
pós-operatório imediato. Para se ter ideia, essa síntese de colágeno do tecido
cicatricial eleva-se rapidamente entre o 6° e o 17° dia de pós-operatório, e
não ocorre mais após o 42° dia. O importante para o bom restabelecimento é
tratar precocemente e para isso temos inúmeras técnicas que facilitam esse
trabalho, regularizando o relevo da pele o mais rápido e saudável possível.
Teste do cacifo
O sinal de cacifo é o mesmo que o sinal de Godet. Basta pressionar um ou dois dedos
na pele do paciente em uma área com edema. O exame é positivo quando, depois
da descompressão, o tecido fica com uma depressão.
A pressão na pele ocorre por ao menos cinco segundos a fim de evidenciar um
possível edema. O resultado relaciona-se a edemas localizados principalmente em
membros inferiores e também em edemas generalizado, denominado anasarca. O
edema é quantificado a partir do resultado positivo desse sinal, ou seja, em relação
ao tempo de retorno da pele depois da compressão, além da profundidade do cacifo
formado.
1+ 2+ 3+ 4+
2 mm 4 mm 6 mm 8 mm
alergias;
alterações de saúde;
tratamentos realizados;
medicações de uso;
recuperação pós-cirúrgica;
possíveis reações com anestesia.
Nível zero (N0): não foram detectados indícios de fibrose após a avalia-
ção visual e a palpação, nas posições ereta e decúbito dorsal e ventral.
Nível um (N1): a fibrose somente é detectada após a palpação da região
avaliada, com o paciente em decúbito dorsal e ventral.
Protocolo de avaliação dos níveis de fibrose cicatricial (PANFIC) 5
O seroma é uma complicação que pode ocorrer após qualquer cirurgia, e é caracte-
rizado pelo excesso de líquido que fica retido próximo a cicatriz cirúrgica causando
inflamação.
A fibrose é o desenvolvimento em excesso de tecido conjuntivo fibroso, que prende
a pele ao músculo, deixando-a com uma aparência irregular.
ALTOMARE, M.; MACHADO, B. Cirurgia plástica: terapêutica pré e pós. In: BORGES, F.
S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo:
Phorte, 2006.
BORGES, F. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas.
São Paulo: Porte; 2010.
LOPES, D. et al. Levantamento da eficácia dos protocolos fisioterapêuticos utilizados
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em: <http://www.doutoraenfermeira.com.br/2015/10/compreendendo-o-edema.
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Leituras recomendadas
FERNANDES, F. Acupuntura estética: e no pós-operatório de cirurgia plástica. 3. ed.
São Paulo: cone, 2011.
LEAL, V. et al. O corpo, a cirurgia estética e a saúde coletiva: um estudo de caso. Ciência
& Saúde Coletiva, v. 15, n. 1, p. 77-86, 2010.
NACIF, M.; VIEBIG FURLAN, R. Avaliação antropométrica no ciclo da vida. [S.l.]: Metha, 2011.
SILVA, D. B. A fisioterapia dermato-funcional como potencializadora no pré e pós operatório
de cirurgia plástica. [S.l.]: Fisioter, 2001.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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