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MACROSSETORIAL
MUNDIAL
E BRASILEIRO
jul/19
ECONOMIA MUNDIAL
PANORAMA DO 1º SEMESTRE 2019
Após registrar forte crescimento de 2017 até o 1º semestre de 2018, a atividade econômica
mundial perdeu dinamismo ao final de 2018 e manteve baixo ritmo de crescimento ao longo
do 1º semestre de 2019. Esse movimento se deu por conta de incertezas relacionadas à:
Essa desaceleração global influenciou na queda dos preços das commodities negociadas no
mercado internacional no 1º semestre de 2019, tendo o CRB (Commodity Research Bureau),
índice que mede os preços das commodities no mercado internacional, registrado queda
de 0,5% no acumulado desse período. Esse movimento teve impacto também nos preços
das commodities negociadas no mercado brasileiro, tendo o IC-Br (Índice de Commodities
Brasil) contabilizado queda no resultado do índice total em 6,1%, como resultado do recuo
dos seus três componentes: Energia (-10,9%, principalmente pela queda no preço do petróleo);
Agropecuária (-5,8%) e Metálicas (-1,6%).
Outro impacto advindo das incertezas ao final de 2018, especialmente por conta da guerra
comercial entre EUA e China, está relacionado ao mercado acionário norte-americano que viu o
seu índice S&P 500 fechar o ano com queda de 20%.
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Pelo lado dos indicadores macroeconômicos divulgados para as principais economias, o 1º
Sem-19 foi marcado por um mix de bons e ruins resultados, destacando que, para as economias
analisadas por esse documento, todas tiveram seus preços dentro das metas inflacionárias, não
sendo este fundamento, portanto, uma ameaça para um desequilíbrio inflacionário.
ESTADOS UNIDOS
O PIB do país no 1º trim-19 registrou em sua base anualizada alta de 3,1%, ficando acima da
expectativa do mercado, que projetava alta de 2,3% e do 4º trim-18, que registrou alta de
2,2%. A contribuição para este resultado veio:
ÁREA DO EURO
O PIB na região, em sua base anualizada, atingiu no 1º trim-19 leve alta de 1,2%, ficando dentro
do consenso de mercado e igual ao 4º trim-18. Vale destacar que essa taxa do 1º trim-19 veio
bem abaixo de 2,5% registrada no 1º trim-18.
Um dos principais motivos para essa desaceleração diz respeito ao nível de confiança do
consumidor na região, que sofreu forte queda de 7,8% em dez-18 e manteve resultados
próximos ao longo desse semestre, atingindo em junho-19 um resultado negativo de 7,2%.
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CHINA
O PIB do país, em sua base anualizada, atingiu no 2º trim-19 alta de 6,2%, ficando dentro
do consenso de mercado que era de 6,2% e comparativamente a 6,4% registrado no 4º
trim-18. Esse resultado que ficou abaixo de 6,7% registrado no 2º trim-18 é reflexo das
medidas comerciais adotadas a partir do conflito comercial com os EUA. Outro fator
relevante que se estendeu foi o aperto às linhas de crédito que vinham sendo controladas
desde 2017 objetivando a redução da alavancagem das empresas, tendo esse movimento
sendo revertido na segunda metade de 2018 com impactos positivos no início de 2019, se
transformando em um aumento de 40% no fluxo de novos empréstimos no início do 1º
sem-19.
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PERSPECTIVAS PARA O 2º SEMESTRE 2019
Os conflitos comerciais, principalmente entre EUA e China desde o final de 2018 e ao
longo do primeiro semestre de 2019, recaíram fortemente sobre as perspectivas da
atividade econômica, com as projeções de crescimento mundial sendo revisadas para baixo
comparativamente ao que se projetou no final de 2018 e início de 2019. Portanto, para o 2º
semestre de 2019 são esperadas:
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América Latina: A atividade Commodities: Não está prevista
econômica dos principais países aceleração dos preços das
deverá seguir mais frágil do que commodities. Deverão se manter de
o esperado no início de 2019 estáveis a possíveis quedas, exceto
sob o efeito da desaceleração minério de ferro que seguirá em
econômica mundial. Uma política elevação e, portanto, se descolando
monetária mais flexível das principais das demais commodities.
economias, principalmente dos EUA,
deverá manter as moedas desses
países com menor depreciação
frente ao dólar.
ÁREA
1,8% 1,0% 0,9% 1,8% 1,3% 1,6%
DO EURO
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ECONOMIA BRASILEIRA
PANORAMA DO 1º SEMESTRE 2019
A partir de nov-18, com a perspectiva de No entanto, a partir de mar-18, com sinais
que o até então candidato à Presidência da tanto de fragilidade do governo para
República Jair Bolsonaro, percebido pelo aprovar a reforma da previdência, como de
mercado como a melhor opção para colocar desaceleração da economia mundial para
o Brasil nos trilhos do crescimento venceria 2019, o índice de confiança começou a recuar
as eleições para o mandato de 2019 à 2022, o e registrou no período de mar-18 a mai-18
índice de confiança do empresário mostrou queda de 8 pontos, chegando ao patamar
uma melhora significativa em 9,5 pontos, de 56,5 pontos. No entanto, em jun-18, já
saindo de 53,7 pontos em out-18 para 63,2 com um cenário de avanço e melhora na
pontos em nov-18. Com a confirmação de perspectiva de aprovação do texto principal
sua eleição, o patamar do índice se manteve da reforma da previdência em primeira
até fev-19, quando se iniciou as discussões instância (Câmara dos Deputados), ainda que
em torno da força do novo governo com ajustes, o índice se elevou ligeiramente
para promover as reformas propostas e em 0,4 ponto, chegando a 56,9 pontos. Essa
necessárias para a retomada da credibilidade aprovação de fato se realizou no último dia
do país frente aos investidores nacionais e 11-Jul-19 com 379 votos a favor e contempla
estrangeiros. um impacto fiscal positivo para os cofres
públicos na ordem de R$ 960 bilhões em
Foi nesse ambiente de euforia que o dez anos, e visa diminuir o vultuoso déficit
ano de 2019 se iniciou, cujas expectativas do sistema que retira da economia recursos
giravam em torno dessas reformas, destinados à novos investimentos, saúde e
especialmente sobre a reforma da educação.
previdência, vista pelo mercado como o
fundamento de maior relevância para a Nesse contexto de 1º semestre mais
manutenção da saúde financeira dos gastos conturbado do que se previa, o PIB
totais do governo para os próximos anos, brasileiro sofreu aproximadamente
condicionando-se a isso a retomada do 17 revisões para baixo, impactado
crescimento do país de forma robusta e principalmente pela ruim performance da
sustentável. indústria desde o 2º sem-18 até mai-19,
compatível com o recuo dos indicadores
de confiança comentados acima, bem
como, com a queda de 1,3 ponto na
média dos 3 primeiros meses de 2019 da
capacidade instalada da indústria geral
comparativamente ao nível médio de 2018,
mostrando leve aumento de ociosidade.
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Apesar das incertezas apresentadas ao 18 sinalizando, juntamente com a inflação
longo desse 1º sem-19, o risco-país se sob controle, um ambiente favorável para
elevou moderadamente e, portanto, possível redução dos juros no 2º sem-19
juntamente à manutenção de entrada visando reativar a economia brasileira. Sobre
de investimentos externos estrangeiros isso entendemos que as reduções de juros
e saldos comerciais positivos, contribuiu ocorridas até mar-18, que normalmente
para que a taxa cambial se mantivesse surtem efeito após 6 meses de sua
com baixa volatilidade, onde apesar de aplicação, não foram suficientemente
alguns eventos pontuais apreciarem o dólar capazes de estimular a atividade econômica
norte-americano frente ao real, a moeda se do país, haja visto os ruins resultados da
manteve com relativa estabilidade. Dessa indústria desde o final de 2018 e ao longo
forma, o Real (R$) fechou jun-19 no patamar deste 1º sem-19, nos mostrando que a
de R$ 3,8588 versus R$ 3,8851 em dez-18, o ambiente de negócios no mercado
se valorizando, portanto, em 0,7% frente à brasileiro possivelmente está em busca de
moeda norte-americana. novos estímulos ou ajustes para voltar a
reagir, independentemente do recurso de
Do lado da inflação, os índices de preços, queda de juros praticadas pelo governo
tanto ao produtor como ao consumidor para esse fim.
se mantiveram em níveis baixos
comparativamente a 2018. Do lado dos Portanto, esse 1º semestre de 2019 foi
juros básicos definidos pelo governo, estes marcado por bons e ruins resultados que
seguem no mesmo patamar desde mar- podem ser avaliados abaixo:
Taxa de Juros: A última vez que o Banco Central do Brasil alterou a taxa básica de juros da
economia brasileira foi em Mar-18, trazendo de 6,75% para 6,50% ao ano, patamar esse que
continuou ao longo do 1º sem-19.
Inflação - Brasil
Preços ao Produtor e ao Consumidor
Índice Dez/18 = 100 Taxa Cambial
Fonte: IBGE e Projeção: COSTDRIVERS Fonte: Banco Central do Brasil e Projeção: COSTDRIVERS
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PERSPECTIVAS PARA O 2º SEMESTRE 2019
A sequência dos desdobramentos da reforma da previdência e do comportamento do
crescimento econômico mundial em função da guerra comercial entre EUA e China, são os
vetores para as previsões econômicas para o 2º semestre de 2019 no Brasil. Portanto, é esperado:
PIB: A atividade econômica deverá manter ritmo lento de crescimento com base em mais
cautela no consumo das famílias e investimentos. O mercado acompanhará os desdobramentos
da reforma da previdência que seguirá para aprovação no Senado. O PIB para 2019 deve ficar
entre 0,7% e 0,8% no ano.
Inflação: Os índices de inflação seguirão com baixa pressão e o IPCA deverá se manter dentro da
meta inflacionária. Para 2019 é esperado para o IPCA: 4,12% e para o IGP-M: 7,19%.
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CENÁRIO SETORIAL
E OS IMPACTOS
PARA SUPRIMENTOS
INTRODUÇÃO
A VOLATILIDADE DAS COMMODITIES
DURANTE O 1º SEMESTRE DE 2019
Em meados de abril, observamos o petróleo Brent atingir o valor de US$74,11 por barril após
ocorrerem novos anúncios de corte de produção pela Organização dos Países Exportadores
de Petróleo (OPEP), além das sanções já impostas contra Irã e
Venezuela causarem uma expectativa de pressão na oferta. Desde
então, o preço começou a cair e em junho, o barril do Brent chegou
a custar US$60,55. Esta queda acentuada foi causada pelas tensões
comerciais existentes entre EUA e China que aplicaram altas tarifas
nas transações comerciais. Com a guerra comercial, é esperado um
enfraquecimento da economia mundial e diminuição da demanda,
além dos altos níveis de estoque de petróleo nos EUA que devem
manter o valor do barril no patamar atual.
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As commodities metálicas passam por um cenário caótico desde janeiro, quando ocorreu o
rompimento de uma barragem da Vale, na região de Brumadinho. Após o desastre, ocorreram
algumas mudanças regulatórias no setor que culminaram na interrupção de 10 barragens que não
voltarão a ser utilizadas pela mineradora. Isto corresponde a uma diminuição de 10% da produção
anual da Vale, ou seja, 40 milhões de toneladas/ano.
Em abril, outro importante produtor mundial de minério de ferro, a Austrália, anunciou uma
redução na sua produção devido a passagem de um ciclone. Com estes cenários de redução na
oferta global, os preços do minério de ferro atingiram valores recordes, em torno de US$130/
tonelada, o que representa um aumento superior a 50%.
Quando observamos os preços de cobre e alumínio, o cenário foi bem diferente, uma vez que o
consumo mais moderado, principalmente da China, deixou os preços mais estáveis e em alguns
momentos ocorreram quedas.
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COMBUSTÍVEIS
PANORAMA DO 1º SEMESTRE 2019
Petróleo: As cotações da commodity Gasolina e Diesel: Seguindo as cotações do
caíram fortemente nos últimos dois petróleo, ambos tiveram comportamento
meses em função da expectativa de muito semelhante de alta no início do ano, mas
redução na demanda e reflexo de começam a responder à queda do petróleo. Em
uma menor projeção de crescimento julho a Petrobrás reduziu o preço da gasolina
econômico global. As incertezas e do diesel nas refinarias em 4,42% e 3,84%,
envolvendo China e Estados Unidos respectivamente, o menor valor desde fevereiro
recaem sobre as estimativas, para a gasolina.
esfriando a atividade comercial.
Etanol: Durante o primeiro semestre o etanol
Do lado da oferta contribui o fato da se destacou por ter ganhado competitividade
produção norte americana continuar frente a gasolina. Os altos estoques de açúcar
apresentando grandes volumes de em 2018 jogaram as cotações do produto pra
extração. baixo, fazendo com que os produtores de cana
voltassem suas safras para o etanol.
Os preços começaram a cair entre abril e maio, em resposta ao grande volume de produção,
aumentando ainda mais a vantagem contra a gasolina. Os próximos meses ainda devem ser de
preços baixos para o etanol, mas com possibilidade de diminuição da vantagem do etanol por
conta das expectativas de baixa do petróleo.
COMBUSTÍVEIS - Preços em R$
Índice Dez/18 = 100
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PERSPECTIVAS PARA O 2º SEMESTRE 2019
Os conflitos comerciais, principalmente entre EUA e China desde o final de 2018 e ao longo
do primeiro semestre de 2019, recaíram fortemente sobre as perspectivas da atividade
econômica, com as projeções de crescimento mundial sendo revisadas para baixo
comparativamente ao que se projetou no final de 2018 e início de 2019. Portanto, para o 2º
semestre de 2019 são esperadas:
Gasolina e Diesel: O cenário atual é de estabilidade até o fim do ano, considerando os estoques
de petróleo nos EUA e a perspectiva de demanda mundial mais branda sugerindo que não há
muito espaço para uma forte subida nos preços nos próximos meses.
Etanol: Os próximos meses ainda devem ser de preços baixos para o etanol, porém com
possibilidade de diminuição da vantagem do etanol, por conta das expectativas de baixa do
petróleo. A sazonalidade da safra da cana também pode influenciar com elevação de preços mais
próximo do final do ano.
COMMODITIES AGRÍCOLAS
PANORAMA DO 1º SEMESTRE 2019
Soja: O conflito comercial entre China e EUA pode trazer benefícios ao produtor brasileiro, que
pode ganhar participação nos envios ao país asiático. Dessa forma, a disputa entre demanda
doméstica brasileira e exportações pode ajudar a recuperar o grão até o fim do ano.
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FERTILIZANTES
PANORAMA DO 1º SEMESTRE 2019
Quando olhamos para o comportamento de alguns dos principais componentes dos fertilizantes
vemos certa tendência de alta nos preços entre janeiro e junho. Nos fosfatados o SSP teve
aumento superior a 6%, porém o MAP devido ao grande volume negociado apontou queda
de quase 10%. O Cloreto de Potássio, outra importante matéria-prima para o segmento,
experimentou forte elevação na casa dos 8% para preços em Real.
A relação de troca entre formulados de NPK e milho foi de 56,33 em dezembro/2018 para 60,66
em maio/2019, apontando piora em relação ao início do ano e à média de maio nos últimos anos.
A relação entre NPK e soja foi de 26,65 em dezembro/2018 para 23,16 em maio/2019, melhorando
na comparação do início do ano, mas piorando em relação à média de maio últimos anos.
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PAPEL E CELULOSE
PANORAMA DO 1º SEMESTRE 2019
O mercado de papel e celulose teve bons resultados ao longo de 2018, com boas exportações
dos produtores brasileiros para seus principais mercados, a China e a Europa, porém esse cenário
favorável não se repete no primeiro semestre de 2019 e não há expectativa de uma remuneração
elevada para o segundo, principalmente para o mercado de celulose.
Desde o começo do ano, o mercado de celulose sofre com instabilidades na economia mundial
que fizeram os preços despencarem, com quedas nos preços de até 12% no mercado nacional.
No caso brasileiro, há fatores internos de nossos principais consumidores que estão impactando
diretamente, sendo que a China e Europa correspondem respectivamente a cerca de 42% e 32%
do destino das exportações brasileiras.
No país asiático, há uma queda na demanda por celulose e vários tipos de papel devido a
desaceleração da economia e a guerra tarifária com os Estados Unidos, fazendo o preço de
diversas commodities despencarem no mercado local. No caso dos europeus, também há uma
queda na demanda em virtude das incertezas da economia local, além de grandes estoques de
celulose nos portos europeus que impactam negativamente os preços.
Essa queda nos preços já está causando uma queda nas exportações brasileiras de celulose,
principalmente a fibra de eucalipto (com queda -10,2% em junho), que pode se agravar nos
próximos meses com grandes players diminuindo sua produção industrial para tentar reverter
os preços. A Klabin, por exemplo, já começou a retardar a retomadas de atividade em áreas
industriais em alguma de suas áreas industriais seguindo essa tendência.
Para outros mercados relacionados, como o kraftliner e o papel cartão, a queda de preços
é bem mais controlada, apresentando uma estabilidade nos preços e com expectativa de
pequeno aumento ao longo de 2019, com pequenos ganhos nos últimos meses.
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ACUMULADO DO 1º SEMESTRE DE 2019 - EM R$
PAPEL E CELULOSE
Índice Dez/18 = 100
Fontes: COSTDRIVERS
RESINAS PLÁSTICAS
(PEAD, PEBD, PP E PVC)
PANORAMA DO 1º SEMESTRE 2019
As resinas plásticas como um todo estão enfrentando pressões de baixa em seus preços desde
o começo de 2019, seja no cenário nacional ou no internacional.
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O desencontro entre oferta e demanda de algumas resinas, como o polietileno, também pesa
para contribuir na queda dos preços em USD que já ocorre há alguns anos. Nesse cenário, não
há uma reversão na oferta visível no curto prazo e, tendo em vista a expectativa de demanda
constante no mundo, pode continuar a pressionar os preços.
Quanto aos preços nacionais de resinas plásticas, a Braskem possui uma grande influência, em
virtude de ser a principal fornecedora de resina plástica no mercado doméstico e de deter uma
fatia considerável do mercado (pouco mais de 60% de acordo com dados divulgados em seu
último relatório do 1T2019). A fabricante brasileira detém certo poder de mercado, mas ainda
opera atenta ao preço internacional para se manter competitiva diante das importações de
resinas, razão dos preços praticados internamente serem suscetíveis ao cenário estrangeiro,
principalmente nos EUA.
Um dos fatores nacionais mais recentes ligados diretamente ao mercado, Braskem anunciou o
fechamento de sua mina de sal-gema em Maceió em virtude de a exploração estar causando
problemas no solo e consequente rachaduras em casas próximas, que podem vir a causar
fatalidades em caso de desabamento. Não há uma comprovação definitiva da relação entre
a exploração e as rachaduras, porém as operações foram paradas independentemente em
virtude da falta de licença social para operar a mina. Apesar da parada na mina, a fábrica de
PVC do local continua operando com um insumo importado, não havendo risco imediato de
desabastecimento do material, embora seja possível variações no seu preço.
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RESINAS PLÁSTICAS - Preços em US$
Índice Base Dez/18 = 100
info@costdrivers.com
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