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1. INTRODUÇÃO
O homem é o recurso mais importante dentro de uma companhia. A saúde e a segurança dele não só
afectada a qualidade de trabalho, mas também a sua vida, no seio familiar e na comunidade onde esta
inserido.
Existem legislações internacionais usadas no sentido de serem guias para diferentes tipos de operações
ocupacionais, assim também existem legislações nacionais de cada país.
Desde que se tornou uma preocupação a HST, ela sofreu evolução no sentido de se dar mais condições de
segurança, higiene, saúde no trabalho e deste essa área se tornou uma engenharia de grande impacto no
mundo de hoje.
Albert Einstein
O homem realiza tarefas que periga sua saúde desde a sua criação, porém sua preocupação em relação as
condições de trabalho foi desenvolvida com o passar do tempo. Marca-se Como a primeira descrição de
uma doença de trabalho ao Hipócrates, com a descrição de cólica provocada pelo chumbo no trabalho de
extracção do metal a 400 a.C. Muitos outros nomes como Georgius Agricola, ou Georg Bauer, fizeram
parte desse assunto de saúde de trabalho, poem Bernardino Ramazzini foi um médico italiano que viveu
entre 1633 e 1714. Ele foi o primeiro a tratar exaustivamente e sistematicamente as doenças
relacionadas com a actividade laboral numa obra, o “De morbis artificium diatriba”, que foi traduzida
para as principais línguas europeias e sendo reeditado várias vezes, um feito para a época.
Embora os estudos do Bernardino Ramazzini, até meados do século 20, as condições de trabalho nunca
foram levadas em conta, sendo assim importante a produtividade, mesmo que tal implicasse riscos de
doença ou mesmo à morte dos trabalhadores.
Uma mentalidade em que o valor da vida humana era pouco mais que desprezível;
Uma total ausência por parte dos Estados de leis que protegessem o trabalhador.
Outro facto que mostra a inclinação dos estudiosos focarem-se no assunto HST no sec.20 foi o início do
curso de graduação em Higiene Industrial na universidade de Harvard (1922) e a criação de varias
organizações ligadas ao assunto como ACGIH, AIHA, ASA actual ANSI entre outros.
A evolução dos processos de trabalho e dos meios de produção modificaram, gradativamente, a forma de
adoecer dos trabalhadores.
Como e possível perceber na tabela 1 que, muitas doenças agora evidenciadas estão
relacionadas com a forma de organização do trabalho, sobrecarga, pressões de chefia por
produção, demissões causadas por modificações sucessivas do processo de trabalho e da
sua forma de execução.
FASE DESCRIÇÃO
1ª Produção de Subsistência • O trabalho é feito para prover as
necessidades de subsistência do Homem.
• O trabalho se resume as actividades de caça e pesca garantindo o sustento e
as necessidades de sobrevivência
2ª Produção Artesanal • Trabalho manual, de produção agrícola.
(Agrícola/Pastoreio) • Produção de natureza artesanal.
• O Homem aprende a plantar, a cultivar
e principalmente, a armazenar.
• O pequeno excesso da produção era trocado ou era vendido
3ª Produção Industrial • Descoberta da energia hidráulica, maquina a vapor e da electricidade.
• Transformação da sociedade agrária em sociedade Industrial.
• Grande incremento da Produção.
• Invenção da máquina de fiar/1738.
• “Revolução Industrial” – Inglaterra (1760 – 1830)
• A actividade artesanal foi substituída pelo trabalho nas fábricas.
• Grandes concentrações de trabalhadores em fábricas, improvisadas com
grande número de acidentes.
4ª Produção em série • Produção automobilística (Henry Ford -1905).
• Cada operário passa a fazer, repetidamente, apenas um tipo de tarefa.
• Aceleração da linha de Produção.
• Incorporação de novos conceitos sistematizados que passam a garantir uma
produção sequencial, padronizada e em grande escala.
5ª Automação tecnológica • Diminuição da força braçal.
(Reengenharia/Robótica) •Fechamento de postos de trabalho.
•A globalização exige novas regras para os meios de produção.
6ª Serviços de Terceirização; • Diminui as responsabilidades directas e os custos dos encargos sociais.
Serviços Autónomos; • Não se contrata mais um trabalhador e sim, a prestação de serviços.
Cooperativas de mão-de-obra • Precarização da mão-de-obra e perda de direitos conquistados.
• Sindicatos fragilizados.
Para o efeito, era necessário que o Estado moçambicano integrasse, na sua Constituição, matérias
relacionadas com o “Direito à Retribuição e Segurança no Emprego”. Assim, o ponto 2 do artigo 85 da
Constituição da República de Moçambique (2009:24) refere que “o trabalhador tem direito à protecção e
segurança no trabalho”.
A partir da Lei-mãe foi criada a Lei do Trabalho em vigor, na perspectiva de garantir protecção razoável
do trabalhador, e o capítulo VI, artigos 216 a 236, fixou as regras gerais sobre esta matéria.
Desde o período colonial houve preocupação em estabelecer um quadro legislativo que regulasse assuntos
relativos à Higiene e Segurança no Trabalho. A título de exemplo: Projecto, implantação e manutenção
do sistema eléctrico e a ele cabem as seguintes tarefas:
A higiene e a segurança são duas actividades que estão intimamente relacionadas com objectivo de
garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos colaboradores e trabalhadores
de uma Empresa.
Segurança no trabalho- Estudo da utilização e interacção segura com métodos de trabalho, instalações,
equipamentos e ambientes de trabalho, com o objectivo de prevenção dos riscos profissionais tendente a
minimizar os acidentes de trabalho.
Acidente de trabalho é qualquer ocorrência não programada, inesperada ou não, que interfere ou
interrompe a realização de uma determinada actividade, trazendo como consequência isolada ou
simultânea a perda de tempo, danos materiais ou lesões.
Segunda a lei de trabalho 2007 moçambicana no art.222 Acidente de trabalho é o sinistro que se
verifica, no local e durante o tempo do trabalho, desde que produza, directa ou indirectamente, no
trabalhador subordinado lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou
redução na capacidade de trabalho ou de ganho.
A diferença entre os dois conceitos reside no fato de que para o conceito legal é necessário haver lesão corporal,
enquanto no conceito prevencionista são levadas em consideração, além das lesões físicas, a perda de tempo e
de materiais.
Para o profissional prevencionista, mesmo um acidente sem lesão é muito importante, pois, durante a
análise das suas causas surgirão medidas capazes de impedir sua repetição ou agravamento, isto é, um
acidente com lesão.
Incidente segundo a NP 4397 é um acontecimento relacionado com o trabalho em que ocorre, ou poderá
ter ocorrido, lesão, afecção de saúde (independentemente da gravidade) ou morte
Observações
Segundo a lei de trabalho 23/2007 de 1 de Agosto no artigo 224 doença profissional é toda a situação
clínica que surge localizada ou generalizada no organismo, de natureza tóxica ou biológica, que resulte
de actividade profissional e directamente relacionada com ela.
Acto inseguro é o acto praticado pelo homem, em geral, consciente do que está fazendo, que está contra
as normas de segurança.
São exemplos de actos inseguros: Subir em telhado sem cinto de segurança contra quedas, ligar tomadas
de aparelhos eléctricos com as mãos molhadas e dirigir a altas velocidades
Ambiente de trabalho é o conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais como as edificações entre
outros que fazem parte das condições de trabalho.
Condição insegura é a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e/ou risco ao trabalhador.
São exemplos de condições inseguras: máquinas em estado precário de manutenção e andaime de obras
de construção civil feitos com materiais inadequados.
Saúde - é o estado de completo bem-estar físico, mental e social.
Antes de as enumerar é preciso compreender que este técnico é de certa forma um gestor de recursos
humanos com algumas restrições de funções, dai que compete que tenham qualidades similares. (Para
evidencia esse veja que os Graduados em Recursos Humanos tem Menor em Higiene e Segurança no
Trabalho).
Ser calmo
Não ter cortes estranhos de cabelo
Ser íntegro
Vestir a rigor da segurança e higiene no trabalho
Ter empatia e compaixão
Ter habilidade em criar relações públicas
Ser um bom ouvinte
Ter habilidade de falar em público
Ser organizado
Ter domínio de TIC’s
Domínio da legislação nacional (Como a lei de trabalho e demais decretos)
Participação de um acidente
De acordo com a décima conferência internacional dos esteticistas do trabalho, promovida Pelo BIT (Bureau
International du Travali ) em 1962 ,adoptou o critério da tabela 2 , a mesma conferencia foi retomada pela 16a em
1998.
Quedas de objectivos
Marcha sobre, choque contra ou pancada por objectos (Com exclusão de quedas de
do acidente
objectos)
Entaladela num objecto ou entre objectos
Esforços excessivos ou movimentos em falso
Exposição a/ou contacto com a corrente eléctrica
Exposição a/ou contacto com substâncias nocivos ou radiações
Esta classificação pode ser utilizada para os acidentes de trabalho, reportando-os quer ao
agente material em relação com a lesão, quer ao agente material em relação com o acidente.
Segundo a
material
agente
Maquinas
Meios de transporte
Ambientes de trabalho
Materiais, substâncias e radiações
Olhos
Segundo a
Pescoço
lesão
Membros superiores
Mãos
Tronco, costas e órgãos internos
Membros inferiores
Pense nisto:
Analise custo-beneficio
A curva de custos totais representa a soma dos custos dos acidentes com os custos das actividades
preventivas e apresenta um Valor mínimo A que corresponde ao valor óptimo de grau de segurança sob
o ponto de vista económico.
Significa pois que segundo um critério estritamente económico, interessa melhorar o índice de segurança
em situações correspondentes ao ramo esquerdo da parábola de custos totais, sendo essa melhoria não
rentável para o ramo direito da curva.
Se o ponto A fosse único, parece evidente que a aproximação entre o ponto real de funcionamento e o
óptimo seria o objectivo fundamental de uma actuação preventiva. Na realidade, as duas curvas de
custos, além de não serem únicas, dependem dos objectivos e das técnicas de prevenção utilizadas
Exemplo: Pode-se dispensar a utilização das luvas na pulverização a utilização, quando tomadas os
cuidados de higiene. Assim como a utilização de boné quando aplicação acontecer nas horas frescas
do dia. Mas seria indispensável a utilização de mascara por exemplo.
É fácil determinar os custos segurados através dos registos de acidentes da empresa. Mas para obtermos
os custos não segurados seguimos a orientação sugerida pelo National Safty Council, também designada
por Método de Simonds
Este método consiste numa primeira fase, em efectuar um estudo piloto, com vista a obtenção dos custos
médios não segurados, para cada uma das seguintes classes de acidentes:
∑ ̅̅̅
̅̅̅
Para minimizar estes efeitos, a lei impõe ao empregador a compra de seguro colectivo dos seus
trabalhadores que cobre a eventualidade de acidentes de trabalho ou doença profissional. O direito à
reclamação da indemnização prescreve decorridos doze meses após o sinistro, por outro lado, o direito ao
recebimento dos valores de indemnização prescreve decorridos três anos.
Não há lugar ao direito à indemnização, o trabalhador que agravar a sua lesão, ou pelo
desleixo, ou ainda contribuir ao seu agravamento.
Segurança social
A Lei 4/2007, de 7 de Fevereiro estabelece o quadro legal da Protecção Social, define as bases em que se
assenta e organiza o respectivo sistema.
O sistema estrutura-se em 3 pilares: Segurança Social Básica, Segurança Social Obrigatória e Segurança
Social Complementar.
• Segurança Social Básica – aprovada pelo Decreto 85/2009, de 29 de Dezembro é gerida pela MMAS,
abrange os cidadãos nacionais incapacitados para o trabalho e sem meios próprios para satisfazer as suas
necessidades básicas, nomeadamente, pessoas em situação de pobreza absoluta, crianças em situação
difícil, idosos em situação de pobreza, pessoas portadoras de deficiência em situação de pobreza absoluta,
pessoas com doenças crónicas e degenerativas.
• Segurança Social Obrigatória – aprovada pelo Decreto 53/2007, de 3 de Dezembro e Decreto 49/2009, de
11 de Setembro, subdivide-se em sector público e o privado.
• Segurança Social Complementar - aprovada pelo Decreto nº 25/2009 de 17 de Agosto que cria o
Regulamento da Constituição e Gestão de Fundos de Pensões no Âmbito da Segurança Social
Complementar, abrange, com carácter facultativo, pessoas inscritas no sistema de segurança social
obrigatória. Tem também como objectivo, reforçar as prestações da segurança social obrigatória, através
de mecanismos de Fundos de Pensões, e outros esquemas.
WAKEUP ÁFRICA Líder João Carlos Cumbane 845045171
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CURSO DE CURTA DURAÇÃO DE HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO
A saúde e a segurança no trabalho consistem numa disciplina de âmbito alargado, que envolve
muitas áreas de especialização. Num sentido mais abrangente, deverá ter os seguintes objectivos:
A promoção e a manutenção dos mais elevados níveis de bem-estar físico, mental e social dos
trabalhadores de todos os sectores de actividade.
A prevenção para os trabalhadores de efeitos adversos para a saúde decorrentes das suas
condições de trabalho;
A protecção dos trabalhadores no seu emprego perante os riscos resultantes de condições
prejudiciais à saúde;
A colocação e a manutenção de trabalhadores num ambiente de trabalho ajustado às suas
necessidades físicas e mentais;
A adaptação do trabalho ao homem.
A análise de risco constitui a primeira abordagem de um problema de segurança do trabalho. Ela tem
como objectivo o levantamento de todos os factores do sistema de trabalho homem/maquina/ambiente
que podem causar acidentes.
A norma portuguesa NP 4397:2008 (uma tradução e adaptação das OHSAS 1800:2007 da British
Standards Institution) relativa aos requisitos dos sistemas de gestão de segurança e saúde do trabalho,
introduz os seguintes conceitos de risco e perigo.
Perigo: fonte, situação ou acto com potencial para o dano em termos de lesão ou afecção da
saúde, ou uma combinação destes
Risco: combinação da probabilidade de ocorrência de um acontecimento ou exposição (ões)
perigosas e da gravidade de lesões ou afecções da saúde que possam ser causadas pelo
acontecimento ou pela (s) exposição (s).
A avaliação dos riscos físicos, químicos, e biológicos no ambiente de trabalho são tratados segundo a
natureza dos mesmos, mas os procedimentos principais a serem seguidos são padronizados para todo tipo
de risco.
Estimativa a partir da combinação dos valores atribuídos para probabilidade (P) e gravidade (G) do dano,
utilizando a matriz apresentada na tabela a seguir:
Gestão de Riscos: Conjunto de métodos e actividades coordenados para direccionar e gerir a Empresa no
que se refere a riscos.
Risco Profissional: Possibilidade de um trabalhador sofrer um determinado dano provocado pelo
trabalho.
O SGSST é baseado na política da SST estabelecida pela organização e deve incluir os seguintes aspectos:
A NP 4397:2208 especifica requisitos para um SGSST. Por sua vez a norma NP 4410:2004 estabelece as
linhas de orientação para a implementação da NP 4397.Tambem a OIT com base em princípios
acordados a nível internacional, e definidos pelas representações tripartidas, publicou um conjunto de
directrizes praticas, de carácter voluntário, sobre os referidos sistemas de gestão, esta mesma publicação
visa a integração das actividades de prevenção e dos métodos de trabalho no conjunto das actividades da
empresa, a todos os níveis de hierarquia.
Para Heinrich considera como um axioma da segurança industrial a sua teoria de causalidade dos
acidentes, também designada por teoria dos dominó, Segundo esta teoria, o acidente é um dos 5 actores
de uma sequência que resulta num dano pessoal.
O dano é, invariavelmente, causado por um acidente e este, por seu turno, é sempre o resultado do factor
que imediatamente o precede.
Os vários factores na série de ocorrência do acidente desenvolvem-se pela seguinte ordem cronológica
4- Acidente
5- Dano pessoal como por exemplo ferimentos, contusões, fracturas…
A eliminação do factor domino central (acto inseguro/condição perigosa) Constitui Segundo Heinrich , a
base da prevenção de acidentes e poderá ser conseguida através de uma abordagem imediata (controlo
directo da actividade humana ou de ambiente ) ou a longo prazo (formação ,educação ).
Tipos de riscos
De acordo com a OIT os riscos ocupacionais podemos encontrar os seguintes tipos
Mecânicos Eléctricos Físicos
Químicos Biológicos Ergonómicos
Ordem e Limpeza Incêndios Psicossociais
Riscos Psicossociais relacionados com a tarefa Riscos Psicossociais relacionados com a organização do tempo
• Conteúdo e significado do trabalho: utilidade • Duração e distribuição do horário de trabalho
social do trabalho e desenvolvimento de • Horário por turnos
competências • Descansos e pausas
• Carga de trabalho: sobrecarga e subcarga
• Autonomia e empowerment
• Grau de automatização: o homem e a máquina,
monotonia e repetitividade
Riscos Psicossociais relacionados com a estrutura Outros Riscos Psicossociais
da organização
• Definição da tarefa • Imagem social da organização
• Estrutura da hierarquia • Localização e distância (de casa e locais de lazer)
• Canais de informação e comunicação • Actividade: a actividade da empresa pode gerar "conflito de
• Relações entre departamentos e trabalhadores função" se o trabalhador realizar uma tarefa não conforme
• Desenvolvimento profissional aos seus interesses ou valores, e pode chegar a envergonhar-
• Sistema de recompensas ou compensações se do trabalho quando este entra em conflito com os
interesses ou valores da sociedade, tornando-se uma fonte de
insatisfação.
• Futuro inseguro no emprego
• Contexto físico perigoso: ex. sniper
1. Verde – define os riscos físicos: ruído, vibrações, radiações ionizantes, frio, calor, pressões
anormais e humidades.
2. Vermelho – é para os riscos químicos: fumos, gases, vapores, substâncias compostas ou produtos
químicos em geral que possam causar algum dano
3. Marrom – abrange os riscos biológicos: bactérias, protozoários, vírus, fungos, parasita.
4. Amarelo – são os riscos ergonómicos: esforço físico excessivo, levantamento e transporte de peso,
postura inadequada, controlo rígido de produtividade, trabalho nocturno, jornada de trabalho
extenso, entre outros.
5. Azul – associado aos riscos de acidente como máquinas e equipamentos sem protecção,
ferramentas e iluminação inadequada, risco de choque eléctrico, risco de incêndio, atmosferas
explosivas, etc.
Prevenção
A acção de evitar ou diminuir os riscos profissionais através de um
conjunto de disposições ou medidas que devam ser tomadas no
licenciamento e em todas as fases de actividade da empresa, do
estabelecimento ou do serviço.
Deve-se salientar que a adopção de medidas construtivas constitui o método mais desejável e eficaz de
protecção.
Estas devem ser encaradas na fase de concepção ou de projecto, pois implicam maior racionalização e
menos custos (segurança integrada).Em oposição, a segurança aditiva é mais cara e em geral menos
eficaz do que a primeira.
Adoptar medidas de controlo dos riscos existentes ou que possam originar-se no ambiente de
trabalho.
Adoptar medidas de controlo da saúde dos trabalhadores.
Elaborar Ordens de Serviço sobre Segurança e Saúde no Trabalho para informar os trabalhadores
sobre os riscos existentes ou que possam originar-se no local de trabalho e sobre os meios
disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.
Treinar os trabalhadores sobre os procedimentos que assegurem a eficiência dos equipamentos de
controlo colectivo e dos EPI's e sobre as eventuais limitações de protecção que oferecem.
Determinar os procedimentos que deverão ser adoptados em caso de emergência. Cumprir e fazer
cumprir as disposições legais sobre Segurança e Medicina do Trabalho do MTb.
Ao encetar um processo de mudança, haverá momentos em que pensará, “porque é que me meti nisto?”.
Calma! Lembre-se do provérbio Chinês e tenha sempre em mente que mudar comportamentos enraizados
e mentalidades, nunca foi
fácil.
Medidas de segurança- é toda acção ou decisão convém a integridade do operador ou mesmo do ambiente
de trabalho.
Eliminação do risco
A eliminação do risco consiste em torná-lo definitivamente inexistente. No caso da escada escorregadia,
podemos eliminar este risco, trocando o piso do local, por um piso do tipo emborrachado, ou
antiderrapante. O que a princípio seria algo oneroso.
Neutralização do risco
Essa alternativa é utilizada na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco. Ou
seja, caso não seja possível eliminar o risco por completo, deve-se neutralizá-lo.
Sinalização do risco
É a medida que deve ser tomada quando não for possível eliminar ou neutralizar o risco. Ou seja, caso
mesmo com as adoções de EPCs e EPIs ainda exista risco ao trabalhador, deve-se sinalizar o risco (com
placas indicativas, fita zebrada, cones, etc.) e tomar muito mais cuidado com esse ambiente de trabalho.
Geometria da sinalização
SINAIS DE PERIGO
Indicam situações de risco potencial de acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em
instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc..
Têm forma triangular, o contorno e pictograma a preto e o fundo amarelo.
SINAIS DE PROIBIÇÃO
Indicam comportamentos proibidos de acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em
instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc..
SINAIS DE OBRIGAÇÃO
Indicam comportamentos obrigatórios de acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em
instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc..
SINAIS DE EMERGÊNCIA
Fornecem informações salvamento de acordo com o de pictograma inserido no sinal. São utilizados em
instalação, acessos e Têm equipamentos, etc..
Forma rectangular, fundo verde e pictograma a branco.
5. EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO
Equipamentos de protecção individual (EPI) só devem ser utilizados quando não for possível
eliminar ou controlar os riscos suficientemente através dos meios de protecção colectiva ou
de métodos ou procedimentos de trabalho adequados e bem organizados.
Os EPI devem ser cómodos, robustos, leves, adaptáveis e homologados, isto é, acompanhados
da declaração “CE” de conformidade.
Riscos
Proteger EPI Observações
Queda de objectos Existem em liga de alumínio, plástico termo endurecível ou
Capacete
– Pancadas violentas termoplástico. O tipo de actividade e condições de trabalho
Cabeça
– Luz visível, invisível radiações. Os óculos não devem limitar o campo de visão
ou raio laser. mais que
– Acção química 20%
– Acção térmica
Isolantes
Respirat
s ou
Tampões
Auditivo
– Radiações
Tronco
Sapatos
Luvas,
Quedas em altura Sempre que exista o risco de queda livre deve usar-se cinto
Pessoa
Higienização
• Lavar com água e sabão neutro;
• Secar com papel absorvente.
Conservação
• Acondicionar na bolsa original com a face voltada para cima.
Higienização
• Lavar com água e sabão neutro, exceto as espumas internas das
conchas.
Conservação
• Armazenar na embalagem adequada, protegido da ação direta de raios
solares ou quaisquer outras fontes de calor;
Higienização
• Lavar com água e sabão neutro.
Conservação
• Acondicionar na embalagem protegido da ação direta de raios solares ou
quaisquer outras fontes de calor.
Higienização
• Lavar com água e detergente neutro;
• Enxaguar com água;
• Secar ao ar livre e a sombra;
• Polvilhar, externa e internamente, com talco industrial.
Conservação
• Armazenar em bolsa apropriada, sem dobrar, enrugar ou comprimir;
• Armazenar em local protegido da umidade, ação direta de raios solares,
produtos químicos, solventes, vapores e fumos.
Higienização
• Limpar com pano limpo e umedecido em água, secando a sombra.
Conservação
• Armazenar protegida das fontes de calor;
• Se molhada ou úmida, secar a sombra;
• Nunca secar ao sol (pode causar efeito de ressecamento
Higienização
• Lavar, sacudir e passar pano limpo e seco nas partes molhadas;
• Quando sujo de graxa limpar com pano umedecido com álcool.
Conservação
• Acondicionar em sacos plásticos fechados a fim de evitar que sejam
danificados;
• Acondicionar em local protegido da umidade, ação direta de raios
solares,
produtos químicos, solventes, vapores e fumos.
Conservação e Higienização
• Armazenar em local limpo, livre de poeira e umidade;
• Se molhado, secar a sombra;
• Engraxar com pasta adequada para a conservação de couros.
Higienização
• Após o uso, escovar as partes metálicas.
Conservação
• Armazenar protegido da umidade e ação direta dos raios solares;
• Manter afastado de produtos químicos;
• Se molhado, secar a sombra em local ventilado.
Higienização
• Limpar com pano umedecido;
• Lavar periodicamente com água e sabão neutro, secando a sombra e
local ventilado.
Conservação
• Armazenar em local seco, sem dobrar;
• Se molhado, secar a sombra em local ventilado
Higienização
• Lavar com água e sabão neutro;
• Enxaguar com água limpa e passar um pano seco excesso de umidade;
• Secar a sombra, em local ventilado;
• Caso haja contato com produtos químicos não lavar, encaminhá-lo para
teste.
Conservação
• Armazenar em local protegido da umidade, ação direta de raios solares,
produtos químicos, solventes, vapores e fumos;
Higienização
• Quando sujo de barro limpar com pano umedecido com água e
detergente neutro;
• Quando sujo de graxa limpar com pano umedecido com álcool.
Conservação
• Armazenar em saco plástico fechado, a fim de evitar que seja danificado;
• Manter limpo, seco, e isento de óleo ou graxa;
• Manter em local protegido da ação direta dos raios solares ou quaisquer
outras fontes de calor e de produtos químicos;
• Manter em local com temperatura ambiente inferior a 40ºC
O EPI danificado, sujo e maltratado gera depressão, aumenta o desconforto, perde as suas
características de projecto e depõem contra o ambiente de trabalho.
O descarte do EPI, hoje, é outro ponto importante devido às novas legislações federais, estaduais
e municipais vigentes relativas ao Meio Ambiente e exigências ao cumprimento das normas
Nacionais e Internacionais.
É totalmente condenável o uso colectivo do EPI, como, por exemplo, apenas um par de óculos
para uso de todos os que forem realizar determinada operação.
Cabe a cada trabalhador a responsabilidade de conservá-lo. Para isso deve receber instruções:
onde guardar, como guardar, até que ponto usar, quando e como substituir, como higienizar etc.
Os EPC’s são importantes como medidas de controlo perante a ação de agentes potencialmente
insalubres, tendo como objectivo a neutralização ou eliminação da insalubridade, consequentemente a
preservação da saúde e integridade física do trabalhador, como por exemplo: exaustão localizada para
solda, barreiras acústicas, dispositivos anti-vibratórios, cabine de pintura com exaustão e cortina d’água,
isolantes acústicos, enclausuramento acústico, isolamento térmico, etc.
Sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou poeiras contaminantes do local de trabalho;
Enclausuramento de máquina ruidosa para livrar o ambiente do ruído excessivo;
Comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, fora da
Zona de perigo, durante o ciclo de uma máquina;
Cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a esforços, caso venham a se
desprender.
Biombos
Exaustores,
Ventiladores
Paredes acústicas e térmicas,
Iluminação de emergência,
Alarmes,
Extintores, etc
DESCRIÇÃO EPC
Barreira com rede
Diferente do GcR, esse tipo de protecção é formado por dois
elementos horizontais, de cabo de aço ou tubo metálico, bem
fixados nas sua extremidade à estrutura da construção. O vão
entre os dois elementos é fechado por uma rede de resistência
de 150 kgf/m. A abertura da malha deve estar entre 20 e 40
mm.
Guarda-corpo-Rodapé
Sua função é proteger pessoas, materiais e ferramentas contra
riscos de quedas. É constituído por uma protecção sólida de
material rígido e resistente fixada nos pontos de plataforma,
áreas de trabalho e de circulação onde haja risco de queda de
pessoas e materiais
Causa de acidente pode ser compreendida como qualquer coisa ou tudo que tenha contribuído para a sua
ocorrência;
Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de factores, entre os quais se destacam as
falhas humanas, falhas materiais e falhas organizacionais. Vale a pena lembrar que os acidentes não
escolhem hora nem lugar. Podem acontecer em casa, no ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções
que fazemos de um lado para o outro, para cumprir nossas obrigações diárias.
Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que grande parte deles ocorre porque os
trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentar certos riscos.
Os pontos que se seguem apresentam, de uma forma resumida, as principais causas dos acidentes de
trabalho.
Qualquer instalação industrial ou sistema de protecção contra incêndios, por mais caro e sofisticado que
seja, perde a sua finalidade se não existir uma equipa de funcionários treinados que os possa operar.
Desta forma, a não existência de pessoal qualificado e preparado para lidar com situações de risco, onde
seja necessário o manuseio desses sistemas, pode por em risco a segurança de todo o conjunto industrial,
com tudo aquilo nele contido, inclusive pessoas.
Recomendações da NOSA
Membros da equipa de Safty Número de representantes
CEO 1 Representante para cada 100 trabalhadores
Coordenadores de HST nas oficinas ou escritórios
Representantes do comité de HST 1 Representante em cada 50 trabalhadores de
Coordenadores de combate a incêndio outras áreas
Profissionais de Higiene Os representantes são eleitos pelos trabalhadores, as
Agentes de primeiros socorros nomeações são feitas pelo empregador, que aponta o
Ergonomistas representante para um período específico e também
Engenheiros químicos estabelece um comité e aponta o representante.
Investigadores
A NOSA é um sistema internacional para gerenciamento dos riscos à Saúde, Segurança e Meio Ambiente. Na sua
fundação (1951) NOSA era a sigla de Nacional Occupational Safety Association (Associação Nacional de Segurança
Ocupacional), a denominação de um órgão estatal da África do Sul. Atualmente é uma empresa, a primeira a ter
uma certificação com reconhecimento Internacional em Saúde, Segurança e Meio Ambiente (desde 1964).
FUNÇÕES DA COMISSÃO
A Comissão terá nomeadamente algumas destas funções:
Efectuar inspecções periódicas a todas as instalações e material que tenha a ver com a SST.
Verificar o cumprimento das disposições legais e contratuais, bem como regulamentos internos e
instruções em matéria de SST.
Solicitar e apreciar as sugestões do pessoal.
Esforçar-se por assegurar o concurso de todos os trabalhadores com vista a um verdadeiro
espírito de Saúde e Segurança.
Providenciar formação, instrução e conselhos necessários em matéria de SST a todos os
trabalhadores admitidos pela primeira vez ou que mudem de posto de trabalho.
Examinar as circunstâncias e as causas de cada um dos acidentes ocorridos, bem como,
apresentar recomendações destinadas a evitar a repetição de acidentes e melhorar as condições
de SST.
Responsabilidades da Empresa
Enquadramento Jurídico
A saúde e segurança no trabalho em Moçambique, são regidas primeiro pelo artigo 89 da Constituição da
República, que prevê no seu articulado que todos os trabalhadores têm direito a um ambiente
de trabalho seguro e higiénico.
1. Todas as empresas que apresentem riscos excepcionais de acidentes ou doenças profissionais, são
obrigadas a criar comissões de segurança no trabalho.
2. As comissões de segurança no trabalho devem integrar representantes dos trabalhadores e do
empregador e têm por objectivo vigiar o cumprimento das normas de higiene e segurança no trabalho,
investigar as causas dos acidentes e, em colaboração com os serviços técnicos da empresa, organizar os
métodos de prevenção e assegurar a higiene no local de trabalho.
Sendo um uma comissão constituída por um grupo de pessoas que se interessam e trabalham por
objectivos comuns. Tanto os empregados como os empregadores, representados nessa comissão,
procuram, basicamente, a eliminação ou redução das causas de acidentes e doenças do trabalho. Nas
reuniões, participam diversas pessoas, diferentes umas das outras, cada uma com a sua personalidade.
Sentimentos pessoais não devem interferir no objectivo da reunião.