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Direito Processual Penal II

Dos sujeitos processuais – Art. 251 e seguintes do CPP


Do juiz, do ministério publico, do acusado e seu defensor, dos assistentes e auxiliares
de justiça.

Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e


manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim,
requisitar a força pública.
Do Juiz
Ao juiz incumbirá promover a regularidade do processo e manter a ordem no inicio dos
atos respectivos.

Causas do impedimento do exercício jurisdicional conforme Art. 252


O juiz não poderá exercer em processo que:
Se ele, se o cônjuge, ascendente ou descendente estiver respondendo a processo por
fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia.
Se ele, se o cônjuge ou parente sustentar demanda ou responder a processo que
tenha que ser julgado por qualquer das partes .
Se tiver aconselhado qualquer das partes.
Se credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes.
Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim,
em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como
defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade
policial, auxiliar da justiça ou perito;
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou
servido como testemunha;
III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se,
de fato ou de direito, sobre a questão;
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em
linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou
diretamente interessado no feito.

Causa de Suspensão, conforme Art. 254

Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser
recusado por qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver
respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter
criminoso haja controvérsia;
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o
terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo
que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das
partes;
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade
interessada no processo.

Regras finais de impedimento e suspeição

O impedimento ou suspensão decorrente de parentesco por afinidade cessará pela


dissolução do casamento de que tiver dado causa, salvo sobre vindo descendentes; mas, ainda
que dissolvido o casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto,
o cunhado, o genro ou o enteado de quem for parte no processo.
De acordo com art. 256 a suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida,
quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la.

Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida,


quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la.

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Teoria das prisões processuais (medidas cautelares)

Dos requisitos das prisões processuais art. 282 CPP


 Necessidade
A aplicação da prisão processual somente se justifica quando for indispensável para
“investigação” ou a instrução criminal
 Adequação
A prisão preventiva somente se justifica se proporcional à gravidade do crime,
circunstâncias do fato é condições pessoais do indiciado ou acusado

Carácter subsidiário da prisão preventiva


De acordo com o parágrafo 6º art. 282 a prisão preventiva será determinada quando
não for cabível a substituição por outra medida cautelar (arts. 317 a 319)
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser
aplicadas observando-se a: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a
instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar
a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do
fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. (Incluído pela Lei
nº 12.403, de 2011).
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 2o As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou
a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação
criminal, por representação da autoridade policial ou mediante
requerimento do Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).
§ 3o Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da
medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará
a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do
requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em
juízo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações
impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério
Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a
medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a
prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).
§ 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a
decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Incluído pela
Lei nº 12.403, de 2011).
§ 6o A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a
sua substituição por outra medida cautelar (art. 319). (Incluído pela
Lei nº 12.403, de 2011).

Prisão e trânsito em julgado art. 283


Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória
transitada em julgado ou, no curso da investigação do processo, em virtude de prisão
temporária ou preventiva
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente,
em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou,
no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão
temporária ou prisão preventiva. (Redação dada pela Lei nº 12.403,
de 2011).
§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à
infração a que não for isolada, cumulativa ou alternativamente
cominada pena privativa de liberdade. (Incluído pela Lei nº 12.403,
de 2011).
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer
hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do
domicílio. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

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Regras para o comprimento de mandado de prisão


De acordo com o parágrafo 2º do art. 283 a prisão poderá ser efetuada em qualquer dia
e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à a inviolabilidade do domicílio.
De acordo com o art. 284 não será permitido emprego de força, salvo a indispensável
no caso de resistência ou de tentativa de fulga do preso.

De acordo com o parágrafo 4º do art. 289-A do CPP o preso será informado dos seus
direitos, nos termos do inciso 63 do artigo 5º da CF e, caso o autuado não informe o nome do
seu advogado, será comunicado a defensoria pública.

Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato registro do


mandado de prisão em banco de dados mantido pelo Conselho
Nacional de Justiça para essa finalidade. c (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).
§ 1o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada
no mandado de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça,
ainda que fora da competência territorial do juiz que o expediu.
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 2o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada,
ainda que sem registro no Conselho Nacional de Justiça, adotando
as precauções necessárias para averiguar a autenticidade do
mandado e comunicando ao juiz que a decretou, devendo este
providenciar, em seguida, o registro do mandado na forma do caput
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 3o A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do local de
cumprimento da medida o qual providenciará a certidão extraída do
registro do Conselho Nacional de Justiça e informará ao juízo que a
decretou. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 4o O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso
LXIII do art. 5o da Constituição Federal e, caso o autuado não
informe o nome de seu advogado, será comunicado à Defensoria
Pública. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 5o Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a legitimidade
da pessoa do executor ou sobre a identidade do preso, aplica-se o
disposto no § 2o do art. 290 deste Código. (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).
§ 6o O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o registro do
mandado de prisão a que se refere o caput deste artigo. (Incluído
pela Lei nº 12.403, de 2011).

Prisão especial art 295


Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, a à disposição da autoridade
competente, quando sujeitos a prisão antes da condenação definitiva: os ministros de estado,
os governadores, magistrados, delegados de polícia os diplomados por qualquer das
faculdades superiores da república, etc.
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à
disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes
de condenação definitiva:
I - os ministros de Estado;
II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o
prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos
municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; (Redação dada
pela Lei nº 3.181, de 11.6.1957)
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia
Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados;
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios; (Redação dada pela Lei nº 10.258,
de 11.7.2001)
VI - os magistrados;
VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da
República;
VIII - os ministros de confissão religiosa;
IX - os ministros do Tribunal de Contas;
X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de
jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade
para o exercício daquela função;
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e
Territórios, ativos e inativos. (Redação dada pela Lei nº 5.126, de
20.9.1966)

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§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis,


consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão
comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)
§ 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso especial,
este será recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento.
(Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)
§ 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo,
atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela
concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento
térmico adequados à existência humana. (Incluído pela Lei nº
10.258, de 11.7.2001)
§ 4o O preso especial não será transportado juntamente com o
preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)
§ 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os
mesmos do preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de
11.7.2001)

De acordo com o artigo 300 as pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das
que já estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução penal.

Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das


que já estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de
execução penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura
dos procedimentos legais, será recolhido a quartel da instituição a
que pertencer, onde ficará preso à disposição das autoridades
competentes. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Princípio da presunção de inocência e prisões provisórias


De acordo com a doutrina e a jurisprudência as prisões provisórias não ofendem o
princípio da presunção de inocência, uma vez que elas não se vinculam a reconhecimento de
culpa. Em outras palavras, não se prendem provisoriamente para punir, senão para garantir o
sucesso da investigação e do processo penal.

Prisão em flagrante art. 301 e seguintes do CPP


Conceito de “flagrante”: vem do latim, “flagrare”.
Conceito de prisão em flagrante trata-se de medida jurídica que restringe a liberdade
de alguém independente de ordem judicial, nas hipóteses estabelecidas no texto legal.
Finalidade da prisão em flagrante:
 Evitar a consumação do crime;
 Viabilizar a coleta da prova;
 Viabilizar a responsabilização penal do agente

Carácter administrativo e judicial da prisão em flagrante


Inicialmente a prisão em flagrante tem carácter administrativo porque prescinde de
mandado judicial. Entretanto, no momento em que a legalidade de uma prisão em flagrante é
avaliada por um juiz ela passa ter um caráter judicial

Flagrante facultativo é obrigatório, conforme art. 301 CPP


De acordo com artigo acima qualquer pessoa do povo pode prender em flagrante e, a
isto se chama flagrante facultativo; por outro lado, a autoridade deve prender em flagrante, e a
isto chama-se flagrante obrigatório.
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus
agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em
flagrante delito.

Prisão em flagrante e crime de menor potencial ofensivo - Art. 61 (9099/95)


Todas aqueles crimes que a pena máxima não supera 2 anos.
De acordo com o Art. 61 da lei 9099/95 não se imporá prisão em flagrante, isto é, não
se lavrará alto se o agente aceitar ser encaminhado imediatamente perante o juízo ou assinar
um termo de compromisso de que lá comparecerá quando for intimado.
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os
crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos,
cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de
2006)

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Modalidades de prisão em flagrante, conforme Art. 302 do CPP.


Considera-se em flagrante quem:
Inciso I - Está cometendo a infração penal
Inciso II - Acaba de cometê-la
*As hipóteses acima são denominadas pela doutrina flagrante próprio ou perfeito, tendo
em vista a maior probabilidade de certeza.
Inciso III - É perseguido, logo após pela autoridade, pelo ofendido (vítima) ou por
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o autor da infração.
Inciso IV - É encontrado, logo depois com instrumentos, armas, objetos ou papeis que
faça presumir ser o autor da infração.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da
infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou
papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

Prisão em flagrante nos crimes permanentes - Art. 303


Nas infrações permanentes entende-se o agente em flagrante delito enquanto não
cessar a permanência.
Obs.: a hipótese de prisão em flagrante prevista no inciso III do Art. 302 é denominada
pela doutrina como flagrante impróprio ou imperfeito.
A hipótese do inciso IV é denominada flagrante presumido.
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em
flagrante delito enquanto não cessar a permanência.
Outras modalidades de flagrante
1. Flagrante retardado (diferido): trata-se da possibilidade de prisão em flagrante na qual
a polícia retarda a realização da prisão, para obter maiores dados e informações a
respeito do funcionamento, dos componentes e da atuação de uma organização
criminosa, tudo conforme a lei de organização criminosa (12850/13) e lei de drogas
(11343/06);
2. Flagrante esperando: Ocorre na hipótese em que a polícia é informada que será
cometido um crime e se desloca para o local para aguardar sua ocorrência e efetuar a
prisão.

Modalidades ilegítimas de prisão em flagrante

1. Flagrante forjado: é aquele no qual o crime e a autoria são criado, isto é, fabricado
falsamente
2. Flagrante preparado ou provocado: trata-se da hipótese na qual o sujeito é atraído pela
autoridade a praticar um crime. Em outras palavras, cria-se um armadilha da qual o
sujeito não conseguirá consumar o crime.
De acordo com a sumula 145 do STF “não há crime, quando a preparação do flagrante
pela polícia torna impossível a sua consumação.

Auto de prisão em flagrante, conforme artigos 304 e 306 do CPP

Considerações iniciais apresentada a ocorrência na delegacia de polícia o delegado(a)


verificará a verossimilhança do fato é fará o juízo aparente de tipicidade.
Conceito de auto de prisão em flagrante trata-se de documento policial que formaliza a
prisão de alguém.

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Passo a passo da elaboração do auto de prisão em flagrante, conforme artigos 304 e 306

1. Ouvir o condutor da prisão e colher, desde logo, sua assinatura, entregando lhe
cópia do termo de recibo de entrega do preso.
2. Ouvir a vítima, se possível.
3. Ouvir testemunhas, se existir.
4. Interrogar o preso sobre a imputação que lhe é feita
5. Colher assinatura de todos os envolvidos
6. Determinar o recolhimento do interrogado a carceragem (prisão) se das repostas
resultar fundadas suspeitas de autoria.
*O delegado deixará de determinar o recolhimento do sujeito à carceragem em 2
hipóteses: 1º no caso de livrar-se solto. Aqui o legislador abrange a hipótese dos
crimes de menor potencial ofensivo. 2º no caso de fiança, conforme art. 322 do CPP.
7. A falta de testemunhas da infração ao impedirá o auto de prisão em flagrante; mas
nesse caso, com o condutor, deverão assiná-los pelo ao menos 2 pessoas que
hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade
Obs:. Quando o preso se recusar a assinar o seu interrogatório e não souber ou não
puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por 2 testemunhas, que tenham
ouvido sua leitura na presença deste .
8. Da lavratura do auto de prisão em flagrante, deverá constar a informação sobre a
existência de filho, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e. O
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos indicado pela
pessoa presa.
9. A prisão em flagrante deverá ser comunicada imediatamente ao juiz competente,
ao ministério público e a família do preso ou a à pessoa por ele indicada.
10. Em até 24 horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz
competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome
de seu advogado cópia integral para a defensoria pública.
11. No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a “nota de culpa” que,
por sua vez, consiste em um documento policial que indica o motivo da prisão
(indicação do tipo penal em que esta incurso o preso) o nome do condutor e os
das testemunhas, bem como a assinatura do delegado.

Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta


o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este
cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá
à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do
acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o
auto. (Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005)
§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o
conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso
de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do
inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for,
enviará os autos à autoridade que o seja.
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de
prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão
assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a
apresentação do preso à autoridade.
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não
puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas
testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença deste.
(Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005)
§ 4o Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a
informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se
possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual
responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério
Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. (Redação
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão,
será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante
e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia

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integral para a Defensoria Pública. (Redação dada pela Lei nº


12.403, de 2011).
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a
nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o
nome do condutor e os das testemunhas. (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos
casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja
superior a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz,
que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. (Redação dada pela Lei
nº 12.403, de 2011).
Prisão preventiva:

Previsão legal : art. 282 e 311 a 316, do CPP


Conceito: trata-se de medida que restringe provisoriamente a liberdade de alguém.
Natureza jurídica: trata-se de modalidade de medida cautelar (proteção, segurança,
cuidado, etc.) da investigação e processo penal.
Finalidade: garantir o sucesso das investigações e da instrução processual
Quem pode requer a prisão preventiva?
De acordo com o artigo 311 do CPP o ministério público o assistente de acusação, o
querelante podem solicitar ao juiz a decretação da prisão preventiva, mediante “requerimento”
e o delegado de polícia também, porém, mediante representação.

Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser


aplicadas observando-se a: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a
instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar
a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do
fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. (Incluído pela Lei
nº 12.403, de 2011).
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 2o As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou
a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação
criminal, por representação da autoridade policial ou mediante
requerimento do Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).
§ 3o Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da
medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará
a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do
requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em
juízo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações
impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério
Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a
medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a
prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).
§ 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a
decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Incluído pela
Lei nº 12.403, de 2011).
§ 6o A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a
sua substituição por outra medida cautelar (art. 319). (Incluído pela
Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo
penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no
curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade
policial. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da
ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução
criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver
prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. (Redação
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada
em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas
por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído pela
Lei nº 12.403, de 2011).

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Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a
decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403,
de 2011).
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade
máxima superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença
transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do
art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
Penal; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a
mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com
deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de
urgência; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando
houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não
fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso
ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo
se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. (Incluído
pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o
juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente
praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput
do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -
Código Penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão
preventiva será sempre motivada. (Redação dada pela Lei nº 12.403,
de 2011).
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do
processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de
novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação
dada pela Lei nº 5.349, de 3.11.1967)

Prisão Temporária Lei 7.960/89

Conceito: Trata-se de medida restritiva da liberdade por prazo determinado.

Prazos:
 5 dias prorrogável por igual período, nos casos de crimes comuns, confirme Art. 2º.

 30 dias prorrogável por igual período, nos casos dos crimes hediondos, conforme
parágrafo 4° do Art. 2° da Lei de crimes hediondos (Lei 8.072/90).

Momento de cabimento da prisão temporária:

 Somente na fase de inquérito, conforme Art. 1° da lei de prisão temporária.

Quem pode requerer a prisão temporária?

 Confirme Art. 2° o delegado de polícia e o promotor de justiça.

Quem pode decretá-la?

 Somente juiz de direito.

Hipóteses de cabimento:

Conforme Art. 1° caberá prisão temporária: Inciso

 | Quando imprescindível para as investigações do inquérito policial.

 || Quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários
ao esclarecimento de sua identidade.

Direito Processual Penal II Professor Rogério Neres Página 8


Redigido por: Fábio Batista

 ||| Quando houver fundada as razões, de acordo com qualquer prova admitida na
legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:

A) homicídio doloso
B) sequestro ou cárcere privado
C) roubo
D) extorsão
E) extorsão mediante sequestro
F) estupro
G) atentado violento ao pudor (estupro)
H) revogado!
I) epidemia com resultado morte
J) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela
morte
L) quadrilha ou bando - associação criminosa
M) genocídio
N) tráfico de drogas
O) crimes contra o sistema financeiro
P) crimes de terrorismo

Dispõe sobre prisão temporária.


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1° Caberá prisão temporária: Ver tópico (12207 documentos)
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; Ver tópico (7214
documentos)
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários
ao esclarecimento de sua identidade; Ver tópico (1572 documentos)
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na
legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: Ver
tópico (7781 documentos)
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); Ver tópico (1878 documentos)
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); Ver tópico (26
documentos)
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); Ver tópico (612 documentos)
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); Ver tópico (38 documentos)
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); Ver tópico (10
documentos)
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo
único); Ver tópico (278 documentos)
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput,
e parágrafo único); Ver tópico (58 documentos)
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo
único); Ver tópico (1 documento)
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); Ver tópico (17 documentos)
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado
pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); Ver tópico
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; Ver tópico (550 documentos)
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer
de sua formas típicas; Ver tópico (3 documentos)
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); Ver tópico (786
documentos)
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). Ver tópico
(37 documentos)
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei nº 13.260, de 2016) Ver
tópico (2 documentos)
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco)
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade. Ver tópico (2742 documentos)
§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir,
ouvirá o Ministério Público. Ver tópico (128 documentos)
§ 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado
dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da
representação ou do requerimento. Ver tópico (168 documentos)
§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado,
determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos
da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito. Ver tópico (125
documentos)

Direito Processual Penal II Professor Rogério Neres Página 9


Redigido por: Fábio Batista

§ 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias,


uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa. Ver tópico (312
documentos)
§ 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado
judicial. Ver tópico (34 documentos)
§ 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no
art. 5° da Constituição Federal. Ver tópico (131 documentos)
§ 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser posto
imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva. Ver
tópico (388 documentos)
Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos
demais detentos. Ver tópico (476 documentos)
Art. 4° O art. 4° da Lei n° 4.898, de 9 de dezembro de 1965, fica acrescido da alínea i,
com a seguinte redação: Ver tópico (7 documentos)
"Art. 4° ...............................................................
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança,
deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de
liberdade;" Ver tópico
Art. 5° Em todas as comarcas e seções judiciárias haverá um plantão permanente de
vinte e quatro horas do Poder Judiciário e do Ministério Público para apreciação dos
pedidos de prisão temporária. Ver tópico (45 documentos)
Art. 6° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Ver tópico (10 documentos)
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário. Ver tópico (21 documentos)

Incidente de insanidade mental art.149 a 154 CPP

O incidente de insanidade mental é instaurado sempre que houver dúvida sobre a


saúde mental do acusado e para verificar se, à época dos atos, ele era ou não inimputável.
Previsto nos artigos 149 a 154 do Código de Processo Penal (CPP)
De acordo com o artigo 149, §1º, o exame poderá ser ordenado ainda na fase do
inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente.
Ainda no artigo 149, agora §2º, o juiz nomeará curador ao acusado, quando
determinar o exame, ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às
diligências que possam ser prejudicadas pelo adiamento.
Antes do resultado da perícia, que deve durar no máximo 45 dias (salvo se os peritos
solicitarem a necessidade de maior prazo), o processo, se já existir, fica suspenso. Pronto, o
laudo psiquiátrico será analisado e homologado pelo juiz, em caso de estar regular. A
homologação, no entanto, não significa concordância com resultado apresentado, em razão do
princípio do livre convencimento fundamentado do juiz.
se a doença é posterior à época dos fatos, sendo o agente plenamente imputável à época, a
pessoa responderá pelos atos praticados. Nesse caso, o que ocorre é a suspensão do
processo, até o restabelecimento do agente, conforme prevê o art.152 do CPP. Se a doença
permanecer no curso da execução de pena privativa de liberdade, o regramento a ser
observado é o da Lei de Execuções Penais, art.163. Há três momentos em que é possível
alegar esta condição: imputabilidade ao tempo do cometimento do crime, durante a execução
da pena e após o cometimento do crime e antes da execução penal. O laudo pericial pode
concluir pela imputabilidade, semi-imputabilidade, inimputabilidade ou pela doença mental
superveniente.
O incidente da insanidade mental processar-se-á em auto apartado, que só depois da
apresentação do laudo, será apenso ao processo principal.
Se a insanidade mental sobrevier no curso da execução da pena, observar-se-á o
disposto no art. 682, diz que se o sentenciado a que sobrevier doença mental, verificada por
perícia médica, será internado em manicômio judiciário, ou, à falta, em outro estabelecimento
adequado, onde Ihe seja assegurada a custódia.
E em caso de urgência, o diretor do estabelecimento penal poderá determinar a
remoção do sentenciado, comunicando imediatamente a providência ao juiz, que, em face da
perícia médica, ratificará ou revogará a medida.
Se a internação se prolongar até o término do prazo restante da pena e não houver
sido imposta medida de segurança detentiva, o indivíduo terá o destino aconselhado pela sua
enfermidade, feita a devida comunicação ao juiz de incapazes.

DA INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO

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Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o


juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor,
do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja
este submetido a exame médico-legal.
§ 1o O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante
representação da autoridade policial ao juiz competente.
§ 2o O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame,
ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às
diligências que possam ser prejudicadas pelo adiamento.
Art. 150. Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será internado
em manicômio judiciário, onde houver, ou, se estiver solto, e o requererem os
peritos, em estabelecimento adequado que o juiz designar.
§ 1o O exame não durará mais de quarenta e cinco dias, salvo se os peritos
demonstrarem a necessidade de maior prazo.
§ 2o Se não houver prejuízo para a marcha do processo, o juiz poderá
autorizar sejam os autos entregues aos peritos, para facilitar o exame.
Art. 151. Se os peritos concluírem que o acusado era, ao tempo da infração,
irresponsável nos termos do art. 22 do Código Penal, o processo prosseguirá,
com a presença do curador.
Art. 152. Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo
continuará suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o § 2o do
art. 149.
§ 1o O juiz poderá, nesse caso, ordenar a internação do acusado em
manicômio judiciário ou em outro estabelecimento adequado.
§ 2o O processo retomará o seu curso, desde que se restabeleça o acusado,
ficando-lhe assegurada a faculdade de reinquirir as testemunhas que
houverem prestado depoimento sem a sua presença.
Art. 153. O incidente da insanidade mental processar-se-á em auto apartado,
que só depois da apresentação do laudo, será apenso ao processo principal.
Art. 154. Se a insanidade mental sobrevier no curso da execução da pena,
observar-se-á o disposto no art. 682.

RESTITUIÇÃO DE COISA APREENDIDA art. 118 ao 124, CPP

O objeto que tiver relação com o fato delituoso, após liberado pelos peritos criminais,
poderá ser apreendido e, alcançada a finalidade a que se destinava a apreensão, durante o
processo ou em seu término, em regra, será restituído, ressalvadas as exceções da lei. Assim,
se não interessar para o processo ou sobrevindo sentença absolutória (ou arquivamento do
inquérito), o bem apreendido deve ser restituído ao proprietário, salvo se for coisa sujeita a
confisco. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada mediante termo nos autos, desde
que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante. Porém, se duvidoso o direito do
interessado, apenas o juiz, mediante incidente próprio, poderá decidir sobre o pedido de
restituição, assim também na hipótese de o bem ter sido apreendido em poder de terceiro que
alega boa-fé.

DA RESTITUIÇÃO DAS COISAS APREENDIDAS

Art. 118. Antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas


apreendidas não poderão ser restituídas enquanto interessarem ao processo.
Art. 119. As coisas a que se referem os arts. 74 e 100 do Código Penal
não poderão ser restituídas, mesmo depois de transitar em julgado a sentença
final, salvo se pertencerem ao lesado ou a terceiro de boa-fé.
Art. 120. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela
autoridade policial ou juiz, mediante termo nos autos, desde que não exista
dúvida quanto ao direito do reclamante.
§ 1o Se duvidoso esse direito, o pedido de restituição autuar-se-á em
apartado, assinando-se ao requerente o prazo de 5 (cinco) dias para a prova.
Em tal caso, só o juiz criminal poderá decidir o incidente.
§ 2o O incidente autuar-se-á também em apartado e só a autoridade
judicial o resolverá, se as coisas forem apreendidas em poder de terceiro de
boa-fé, que será intimado para alegar e provar o seu direito, em prazo igual e
sucessivo ao do reclamante, tendo um e outro dois dias para arrazoar.
§ 3o Sobre o pedido de restituição será sempre ouvido o Ministério
Público.
§ 4o Em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz
remeterá as partes para o juízo cível, ordenando o depósito das coisas em
mãos de depositário ou do próprio terceiro que as detinha, se for pessoa
idônea.
§ 5o Tratando-se de coisas facilmente deterioráveis, serão avaliadas e
levadas a leilão público, depositando-se o dinheiro apurado, ou entregues ao
terceiro que as detinha, se este for pessoa idônea e assinar termo de
responsabilidade.

Direito Processual Penal II Professor Rogério Neres Página 11


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Art. 121. No caso de apreensão de coisa adquirida com os proventos


da infração, aplica-se o disposto no art. 133 e seu parágrafo.
Art. 122. Sem prejuízo do disposto nos arts. 120 e 133, decorrido o
prazo de 90 dias, após transitar em julgado a sentença condenatória, o juiz
decretará, se for caso, a perda, em favor da União, das coisas apreendidas
(art. 74, II, a e b do Código Penal) e ordenará que sejam vendidas em leilão
público.
Parágrafo único. Do dinheiro apurado será recolhido ao Tesouro
Nacional o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé.
Art. 123. Fora dos casos previstos nos artigos anteriores, se dentro no
prazo de 90 dias, a contar da data em que transitar em julgado a sentença
final, condenatória ou absolutória, os objetos apreendidos não forem
reclamados ou não pertencerem ao réu, serão vendidos em leilão,
depositando-se o saldo à disposição do juízo de ausentes.
Art. 124. Os instrumentos do crime, cuja perda em favor da União for
decretada, e as coisas confiscadas, de acordo com o disposto no art. 100 do
Código Penal, serão inutilizados ou recolhidos a museu criminal, se houver
interesse na sua conservação.

Medidas Assecuratórias artigos 125 a 144-a CPP

É O conjunto de medidas cautelares que visam assegurar os direitos do ofendido e


a responsabilização pecuniária do criminoso.
São elas o sequestro, o arresto e a hipoteca legal dos bens do indiciado ou do
responsável civil.
Por possuírem o caráter de medidas cautelares, destinam-se a evitar o prejuízo que
adviria da demora na conclusão da ação penal, garantindo, através da guarda judicial das
coisas, o ressarcimento do prejuízo causado pelo delito (caráter instrumental).
São impossibilitadas de resolver o direito material, portanto, não há que se falar
em coisa julgada material, vez que a cautela pode ser julgada a qualquer momento.

DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS


Art. 125. Caberá o seqüestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os
proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.
Art. 126. Para a decretação do seqüestro, bastará a existência de indícios
veementes da proveniência ilícita dos bens.
Art. 127. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do ofendido,
ou mediante representação da autoridade policial, poderá ordenar o seqüestro, em
qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a denúncia ou queixa.
Art. 128. Realizado o seqüestro, o juiz ordenará a sua inscrição no Registro de
Imóveis.
Art. 129. O seqüestro autuar-se-á em apartado e admitirá embargos de terceiro.
Art. 130. O seqüestro poderá ainda ser embargado:
I - pelo acusado, sob o fundamento de não terem os bens sido adquiridos com os
proventos da infração;
II - pelo terceiro, a quem houverem os bens sido transferidos a título oneroso, sob
o fundamento de tê-los adquirido de boa-fé.
Parágrafo único. Não poderá ser pronunciada decisão nesses embargos antes de
passar em julgado a sentença condenatória.
Art. 131. O seqüestro será levantado:
I - se a ação penal não for intentada no prazo de sessenta dias, contado da data
em que ficar concluída a diligência;
II - se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos os bens, prestar caução que
assegure a aplicação do disposto no art. 74, II, b, segunda parte, do Código Penal;
III - se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentença
transitada em julgado.
Art. 132. Proceder-se-á ao seqüestro dos bens móveis se, verificadas as
condições previstas no art. 126, não for cabível a medida regulada no Capítulo Xl do
Título Vll deste Livro.
Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a
requerimento do interessado, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão
público.
Parágrafo único. Do dinheiro apurado, será recolhido ao Tesouro Nacional o que
não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé.
Art. 134. A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser requerida
pelo ofendido em qualquer fase do processo, desde que haja certeza da infração e
indícios suficientes da autoria.
Art. 135. Pedida a especialização mediante requerimento, em que a parte
estimará o valor da responsabilidade civil, e designará e estimará o imóvel ou imóveis
que terão de ficar especialmente hipotecados, o juiz mandará logo proceder ao
arbitramento do valor da responsabilidade e à avaliação do imóvel ou imóveis.

Direito Processual Penal II Professor Rogério Neres Página 12


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§ 1o A petição será instruída com as provas ou indicação das provas em que se


fundar a estimação da responsabilidade, com a relação dos imóveis que o responsável
possuir, se outros tiver, além dos indicados no requerimento, e com os documentos
comprobatórios do domínio.
§ 2o O arbitramento do valor da responsabilidade e a avaliação dos imóveis
designados far-se-ão por perito nomeado pelo juiz, onde não houver avaliador judicial,
sendo-lhe facultada a consulta dos autos do processo respectivo.
§ 3o O juiz, ouvidas as partes no prazo de dois dias, que correrá em cartório,
poderá corrigir o arbitramento do valor da responsabilidade, se Ihe parecer excessivo ou
deficiente.
§ 4o O juiz autorizará somente a inscrição da hipoteca do imóvel ou imóveis
necessários à garantia da responsabilidade.
§ 5o O valor da responsabilidade será liquidado definitivamente após a
condenação, podendo ser requerido novo arbitramento se qualquer das partes não se
conformar com o arbitramento anterior à sentença condenatória.
§ 6o Se o réu oferecer caução suficiente, em dinheiro ou em títulos de dívida
pública, pelo valor de sua cotação em Bolsa, o juiz poderá deixar de mandar proceder à
inscrição da hipoteca legal.
Art. 136. O seqüestro do imóvel poderá ser decretado de início, revogando-se,
porém, se no prazo de 15 dias não for promovido o processo de inscrição da hipoteca
legal.
Art. 136. O arresto do imóvel poderá ser decretado de início, revogando-se,
porém, se no prazo de 15 (quinze) dias não for promovido o processo de inscrição da
hipoteca legal. (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006)
Art. 137. Se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor
insuficiente, poderão ser seqüestrados bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos
em que é facultada a hipoteca legal dos móveis.
Art. 137. Se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor
insuficiente, poderão ser arrestados bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em
que é facultada a hipoteca legal dos imóveis. (Redação dada pela Lei nº
11.435, de 2006).
§ 1o Se esses bens forem coisas fungíveis e facilmente deterioráveis, proceder-
se-á na forma do § 5o do art. 120.
§ 2o Das rendas dos bens móveis poderão ser fornecidos recursos arbitrados
pelo juiz, para a manutenção do indiciado e de sua família.
Art. 138. O processo de especialização da hipoteca legal e do seqüestro correrão
em auto apartado.
Art. 138. O processo de especialização da hipoteca e do arresto correrão em
auto apartado. (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006).
Art. 139. O depósito e a administração dos bens seqüestrados ficarão sujeitos ao
regime do processo civil.
Art. 139. O depósito e a administração dos bens arrestados ficarão sujeitos ao
regime do processo civil. (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006).
Art. 140. As garantias do ressarcimento do dano alcançarão também as
despesas processuais e as penas pecuniárias, tendo preferência sobre estas a
reparação do dano ao ofendido.
Art. 141. O seqüestro será levantado ou cancelada a hipoteca, se, por sentença
irrecorrível, o réu for absolvido ou julgada extinta a punibilidade.
Art. 141. O arresto será levantado ou cancelada a hipoteca, se, por sentença
irrecorrível, o réu for absolvido ou julgada extinta a punibilidade.
(Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006).
Art. 142. Caberá ao Ministério Público promover as medidas estabelecidas nos
arts. 134 e 137, se houver interesse da Fazenda Pública, ou se o ofendido for pobre e o
requerer.
Art. 143. Passando em julgado a sentença condenatória, serão os autos de
hipoteca ou seqüestro remetidos ao juiz do cível (art. 63).
Art. 143. Passando em julgado a sentença condenatória, serão os autos de
hipoteca ou arresto remetidos ao juiz do cível (art. 63). (Redação dada
pela Lei nº 11.435, de 2006).
Art. 144. Os interessados ou, nos casos do art. 142, o Ministério Público
poderão requerer no juízo cível, contra o responsável civil, as medidas previstas nos arts.
134, 136 e 137.

Art. 144-A. O juiz determinará a alienação antecipada para preservação do valor dos
bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou
quando houver dificuldade para sua manutenção. (Incluído pela Lei nº
12.694, de 2012)

§ 1o O leilão far-se-á preferencialmente por meio eletrônico.


(Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 2o Os bens deverão ser vendidos pelo valor fixado na avaliação judicial ou por
valor maior. Não alcançado o valor estipulado pela administração judicial, será realizado
novo leilão, em até 10 (dez) dias contados da realização do primeiro, podendo os bens

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ser alienados por valor não inferior a 80% (oitenta por cento) do estipulado na avaliação
judicial. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 3o O produto da alienação ficará depositado em conta vinculada ao juízo até a
decisão final do processo, procedendo-se à sua conversão em renda para a União,
Estado ou Distrito Federal, no caso de condenação, ou, no caso de absolvição, à sua
devolução ao acusado. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 4o Quando a indisponibilidade recair sobre dinheiro, inclusive moeda
estrangeira, títulos, valores mobiliários ou cheques emitidos como ordem de pagamento,
o juízo determinará a conversão do numerário apreendido em moeda nacional corrente e
o depósito das correspondentes quantias em conta judicial. (Incluído
pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 5o No caso da alienação de veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz
ordenará à autoridade de trânsito ou ao equivalente órgão de registro e controle a
expedição de certificado de registro e licenciamento em favor do arrematante, ficando
este livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, sem prejuízo de
execução fiscal em relação ao antigo proprietário. (Incluído pela Lei nº
12.694, de 2012)
o
§ 6 O valor dos títulos da dívida pública, das ações das sociedades e dos títulos
de crédito negociáveis em bolsa será o da cotação oficial do dia, provada por certidão ou
publicação no órgão oficial. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)

Liberdade provisória precisão legal art. 5º inciso 66 da CF 310, 321 e seguintes do CPP
Conceito: consiste no benefício legal que propicia ao preso responder a inquérito e a processo
em liberdade.
Caracteristica: provisoriedade
Primeiro momento de análise da possibilidade de concessão da liberdade provisória.
De acordo com o art. 322, por ocasião da lavratura do auto de prisão em flagrante, pelo
delegado
Segundo momento de análise de cabimento de concessão da LP:
Na audiência de custódia, pelo magistrado
De acordo com art. 310 do CPP, ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz
fundamentadamente deverá:
Inciso I relaxar a prisão de ilegal;
Ou
Inciso II converter a PF em preventiva quando presentes os requisitos dos artigos 282, 312 e
313 do CPP e se revelarem inadequadas e insuficientes as medidas cautelares diversas da
prisão previstas no artigo 319 do CPP; ou
Inciso III conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.

Modalidades de liberdade provisória


a) Sem fiança é aquela concedida em duas hipóteses, a saber:
1. De acordo com imparas único do art. 310 caberá LP sem fiança sei juiz
verificar pelo auto de prisão em flagrante que o agente praticou o fato nas
condições permissivas do art. 23 do CP
2. Quando ausentes os requisitos que autorizam a prisão preventiva, conforme
art. 321 do CPP
B) com fiança:
1. De acordo com art. 322 do CPP caberá fiança arbitrada pelo delegado de polícia, por
ocasião da lavratura do auto de prisão em flagrante nos casos de crimes com pena
máxima não superior a 4 anos.
2. Caberá fiança quando o caso não se enquadrar em nenhuma das hipóteses proibitivas
previstas nos arts. 323 e 324 do CPP.

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