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Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser
recusado por qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver
respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter
criminoso haja controvérsia;
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o
terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo
que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das
partes;
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade
interessada no processo.
De acordo com o parágrafo 4º do art. 289-A do CPP o preso será informado dos seus
direitos, nos termos do inciso 63 do artigo 5º da CF e, caso o autuado não informe o nome do
seu advogado, será comunicado a defensoria pública.
De acordo com o artigo 300 as pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das
que já estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução penal.
1. Flagrante forjado: é aquele no qual o crime e a autoria são criado, isto é, fabricado
falsamente
2. Flagrante preparado ou provocado: trata-se da hipótese na qual o sujeito é atraído pela
autoridade a praticar um crime. Em outras palavras, cria-se um armadilha da qual o
sujeito não conseguirá consumar o crime.
De acordo com a sumula 145 do STF “não há crime, quando a preparação do flagrante
pela polícia torna impossível a sua consumação.
Passo a passo da elaboração do auto de prisão em flagrante, conforme artigos 304 e 306
1. Ouvir o condutor da prisão e colher, desde logo, sua assinatura, entregando lhe
cópia do termo de recibo de entrega do preso.
2. Ouvir a vítima, se possível.
3. Ouvir testemunhas, se existir.
4. Interrogar o preso sobre a imputação que lhe é feita
5. Colher assinatura de todos os envolvidos
6. Determinar o recolhimento do interrogado a carceragem (prisão) se das repostas
resultar fundadas suspeitas de autoria.
*O delegado deixará de determinar o recolhimento do sujeito à carceragem em 2
hipóteses: 1º no caso de livrar-se solto. Aqui o legislador abrange a hipótese dos
crimes de menor potencial ofensivo. 2º no caso de fiança, conforme art. 322 do CPP.
7. A falta de testemunhas da infração ao impedirá o auto de prisão em flagrante; mas
nesse caso, com o condutor, deverão assiná-los pelo ao menos 2 pessoas que
hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade
Obs:. Quando o preso se recusar a assinar o seu interrogatório e não souber ou não
puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por 2 testemunhas, que tenham
ouvido sua leitura na presença deste .
8. Da lavratura do auto de prisão em flagrante, deverá constar a informação sobre a
existência de filho, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e. O
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos indicado pela
pessoa presa.
9. A prisão em flagrante deverá ser comunicada imediatamente ao juiz competente,
ao ministério público e a família do preso ou a à pessoa por ele indicada.
10. Em até 24 horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz
competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome
de seu advogado cópia integral para a defensoria pública.
11. No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a “nota de culpa” que,
por sua vez, consiste em um documento policial que indica o motivo da prisão
(indicação do tipo penal em que esta incurso o preso) o nome do condutor e os
das testemunhas, bem como a assinatura do delegado.
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a
decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403,
de 2011).
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade
máxima superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença
transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do
art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código
Penal; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a
mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com
deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de
urgência; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando
houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não
fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso
ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo
se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. (Incluído
pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o
juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente
praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput
do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -
Código Penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão
preventiva será sempre motivada. (Redação dada pela Lei nº 12.403,
de 2011).
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do
processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de
novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação
dada pela Lei nº 5.349, de 3.11.1967)
Prazos:
5 dias prorrogável por igual período, nos casos de crimes comuns, confirme Art. 2º.
30 dias prorrogável por igual período, nos casos dos crimes hediondos, conforme
parágrafo 4° do Art. 2° da Lei de crimes hediondos (Lei 8.072/90).
Hipóteses de cabimento:
|| Quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários
ao esclarecimento de sua identidade.
||| Quando houver fundada as razões, de acordo com qualquer prova admitida na
legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
A) homicídio doloso
B) sequestro ou cárcere privado
C) roubo
D) extorsão
E) extorsão mediante sequestro
F) estupro
G) atentado violento ao pudor (estupro)
H) revogado!
I) epidemia com resultado morte
J) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela
morte
L) quadrilha ou bando - associação criminosa
M) genocídio
N) tráfico de drogas
O) crimes contra o sistema financeiro
P) crimes de terrorismo
O objeto que tiver relação com o fato delituoso, após liberado pelos peritos criminais,
poderá ser apreendido e, alcançada a finalidade a que se destinava a apreensão, durante o
processo ou em seu término, em regra, será restituído, ressalvadas as exceções da lei. Assim,
se não interessar para o processo ou sobrevindo sentença absolutória (ou arquivamento do
inquérito), o bem apreendido deve ser restituído ao proprietário, salvo se for coisa sujeita a
confisco. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada mediante termo nos autos, desde
que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante. Porém, se duvidoso o direito do
interessado, apenas o juiz, mediante incidente próprio, poderá decidir sobre o pedido de
restituição, assim também na hipótese de o bem ter sido apreendido em poder de terceiro que
alega boa-fé.
Art. 144-A. O juiz determinará a alienação antecipada para preservação do valor dos
bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou
quando houver dificuldade para sua manutenção. (Incluído pela Lei nº
12.694, de 2012)
ser alienados por valor não inferior a 80% (oitenta por cento) do estipulado na avaliação
judicial. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 3o O produto da alienação ficará depositado em conta vinculada ao juízo até a
decisão final do processo, procedendo-se à sua conversão em renda para a União,
Estado ou Distrito Federal, no caso de condenação, ou, no caso de absolvição, à sua
devolução ao acusado. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 4o Quando a indisponibilidade recair sobre dinheiro, inclusive moeda
estrangeira, títulos, valores mobiliários ou cheques emitidos como ordem de pagamento,
o juízo determinará a conversão do numerário apreendido em moeda nacional corrente e
o depósito das correspondentes quantias em conta judicial. (Incluído
pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 5o No caso da alienação de veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz
ordenará à autoridade de trânsito ou ao equivalente órgão de registro e controle a
expedição de certificado de registro e licenciamento em favor do arrematante, ficando
este livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, sem prejuízo de
execução fiscal em relação ao antigo proprietário. (Incluído pela Lei nº
12.694, de 2012)
o
§ 6 O valor dos títulos da dívida pública, das ações das sociedades e dos títulos
de crédito negociáveis em bolsa será o da cotação oficial do dia, provada por certidão ou
publicação no órgão oficial. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
Liberdade provisória precisão legal art. 5º inciso 66 da CF 310, 321 e seguintes do CPP
Conceito: consiste no benefício legal que propicia ao preso responder a inquérito e a processo
em liberdade.
Caracteristica: provisoriedade
Primeiro momento de análise da possibilidade de concessão da liberdade provisória.
De acordo com o art. 322, por ocasião da lavratura do auto de prisão em flagrante, pelo
delegado
Segundo momento de análise de cabimento de concessão da LP:
Na audiência de custódia, pelo magistrado
De acordo com art. 310 do CPP, ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz
fundamentadamente deverá:
Inciso I relaxar a prisão de ilegal;
Ou
Inciso II converter a PF em preventiva quando presentes os requisitos dos artigos 282, 312 e
313 do CPP e se revelarem inadequadas e insuficientes as medidas cautelares diversas da
prisão previstas no artigo 319 do CPP; ou
Inciso III conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.