Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(Enem 2019) A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) como uma política para todos
constitui-se uma das mais importantes conquistas da sociedade brasileira no século XX. O SUS
deve ser valorizado e defendido como um marco para a cidadania e o avanço civilizatório. A
democracia envolve um modelo de Estado no qual políticas protegem os cidadãos e reduzem as
desigualdades. O SUS é uma diretriz que fortalece a cidadania e contribui para assegurar o exercício
de direitos, o pluralismo político e o bem-estar como valores de uma sociedade fraterna, pluralista e
sem preconceitos, conforme prevê a Constituição Federal de 1988.
RIZZOTO, M. L. F. et al. Justiça social, democracia com direitos sociais e saúde: a luta do Cebes.
Revista Saúde em Debate, n. 116, jan.-mar. 2018 (adaptado).
Segundo o texto, duas características da concepção da política pública analisada são:
a) Paternalismo e filantropia.
b) Liberalismo e meritocracia.
c) Universalismo e igualitarismo.
d) Nacionalismo e individualismo.
e) Revolucionarismo e coparticipação.
02. (Enem 2017) A tribo não possui um rei, mas um chefe que não é chefe de Estado. O que
significa isso? Simplesmente que o chefe não dispõe de nenhuma autoridade, de nenhum poder de
coerção, de nenhum meio de dar uma ordem. O chefe não é um comandante, as pessoas da tribo não
têm nenhum dever de obediência. O espaço da chefia não é o lugar do poder. Essencialmente
encarregado de eliminar conflitos que podem surgir entre indivíduos, famílias e linhagens, o chefe
só dispõe, para restabelecer a ordem e a concórdia, do prestígio que lhe reconhece a sociedade. Mas
evidentemente prestígio não significa poder, e os meios que o chefe detém para realizar sua tarefa
de pacificador limitam-se ao uso exclusivo da palavra.
CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).
O modelo político das sociedades discutidas no texto contrasta com o do Estado liberal burguês
porque se baseia em:
a) Imposição ideológica e normas hierárquicas.
b) Determinação divina e soberania monárquica.
c) Intervenção consensual e autonomia comunitária.
d) Mediação jurídica e regras contratualistas.
e) Gestão coletiva e obrigações tributárias.
03.(Enem 2017) Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem. Pois bem: foi no século
XVIII — em 1789, precisamente — que uma Assembleia Constituinte produziu e proclamou em
Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa Declaração se impôs como
necessária para um grupo de revolucionários, por ter sido preparada por uma mudança no plano das
ideias e das mentalidades: o lluminismo.
FORTES, L. R. S. O lluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981 (adaptado).
Correlacionando temporalidades históricas, o texto apresenta uma concepção de pensamento que
tem como uma de suas bases a
a) Modernização da educação escolar.
b) Atualização da disciplina moral cristã.
c) Divulgação de costumes aristocráticos.
d) Socialização do conhecimento científico.
e) Universalização do princípio da igualdade civil.
04. (Enem 2015) A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito,
que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito
mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre
um e outro homem não é suficientemente considerável para que um deles possa com base nela
reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003
Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o mesmo
objeto, eles
a) Entravam em conflito.
b) Recorriam aos clérigos.
c) Consultavam os anciãos.
d) Apelavam aos governantes.
e) Exerciam a solidariedade.
05). (UFU 2005) A respeito do movimento sindical na social-democracia, é correto afirma que
06). (UFU 2007) Considere a afirmação de um dos intelectuais mais importantes do pensamento
neoliberal − Friedrich August von Hayek.
“A democracia pode exercer poderes totalitários, e um governo autoritário pode agir com base em
princípios liberais”.
HAYEK, F. A. von, Fundamentos da liberdade, Brasília: Universidade de Brasília, 1983, p. 111.
Para Hayek, a vontade da maioria da população pode ser um obstáculo à liberdade econômica e
uma ditadura pode defendê-la. Considerando que essa formulação (uma ditadura pode defender a
liberdade econômica) foi feita com referência ao regime político de Augusto Pinochet, no Chile
(1973-1990), assinale a alternativa correta que demonstra o que esse pensador neoliberal entende
por democracia.
a) Democracia sempre é um governo de acordo com a vontade da maioria.
b) A democracia define-se pela garantia da liberdade econômica, mesmo que em detrimento da
liberdade política.
c) A democracia é a garantia plena dos direitos e liberdades políticas.
d) A democracia é o único tipo de governo defendido pelo liberalismo.
e) O liberalismo é a garantia da democracia.
07). (UEL 2004) “Ainda que do ponto de vista social o Brasil continue sendo um país de muitas e
profundas desigualdades sociais, não se pode ignorar ter havido mudanças significativas no campo
político, em especial a partir dos anos 80. Nesse sentido, [...] a abertura de fóruns públicos de
representação e participação teve o efeito de explicitar e tornar pública a dimensão conflitiva da
vida social. A questão pode parecer trivial, já que nesses espaços convergem e se expressam
reivindicações vocalizadas por diversos movimentos sociais. Mas há algo como uma metamorfose
do conflito social quando esse ganha essas esferas públicas que estabelecem a mediação entre
Estado e sociedade. Pois aí o particularismo das reivindicações necessariamente tem que se
redefinir em função de parâmetros públicos de gestão política das cidades.”
(PAOLI, Maria; TELLES, Vera. Direitos Sociais, conflitos e negociações no Brasil contemporâneo.
In: ALVAREZ, Sonia; DAGNINO, Evelina (Orgs.). Cultura e política nos movimentos sociais
latino-americanos. Belo Horizonte: UFMG, 2000. p. 117- 118.)
09) Houve crescimento de 74% da população brasileira encarcerada entre 2005 e 2012. As análises
possibilitaram identificar o perfil da população que está nas prisões do país: homens, jovens (abaixo
de 29 anos), negros, com ensino fundamental incompleto, acusados de crimes patrimoniais e, no
caso dos presos adultos, condenados e cumprindo regime fechado e, majoritariamente, com penas
de quatro até oito anos.
BRASIL. Mapa do encarceramento: os jovens do Brasil. Brasília: Presidência da República, 2015.
Nesse contexto, as políticas públicas para minimizar a problemática descrita devem privilegiar a:
Gabarito:
01 – c
02 – c
03 – e
04 - a
05 – d
06 – b
07 – b
08 – a
09 – b
10 - b