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A Acção Trágica em Frei Luís de Sousa

Hybris Agon Pathos Peripécia Anagnórise clímax Katastrophé


(desafio) (conflito) (o sofrimento (a alteração) (reconhecimento) (o culminar) (a catástrofe)
 contra as leis e os  Interior, de consciência;  sofrimento por causa do  alteração súbita após a  conhecimento de que o  o incêndio do palácio e  causada pelo regresso
direitos da família,  contínuo, crescente, adultério; chegada de Manuel de seu primeiro marido a destruição do retrato de D. João de Portugal;
 adultério no coração (II, gerador de conflitos  sofrimento pela S. Coutinho com a está vivo (II, 14); de Manuel de S.  morte psicológica:
10); - com D. Manuel (I, 7 e incerteza da morte do decisão de incendiar o  visão de D. João de Coutinho (I, 11-12); separação do marido,
 consumação pelo 8) primeiro marido; seu palácio (I, 7-10); Portugal (III,2).  conhecimento de que o separação da filha,
Madalena casamento com Manuel - com D. João de  sofrimento violento pelo  alteração súbita quando seu primeiro marido profissão religiosa (III,
de de Sousa (I, 2); Portugal (I, 1,2,3,7 e 8; regresso ao palácio do o Romeiro chega e está vivo: a nulidade do 10);
Vilhena  profanação de um lI,1) primeiro marido; desvenda que D. João segundo casamento (II,  salvação pela
sacramento; - com Maria (I, 3)  sofrimento cruel após está vivo (II, 14). 14), a ilegitimidade da purificação: Sóror
 bigamia. - com Teimo: (I, 2) conhecimento da filha (II,14) Madalena das Chagas.
existência do primeiro
marido:
- pela perda do 2.°
marido.
- pela perda de Maria

 revolta contra os  não tem conflito de  sofre angústia pela  anúncio da decisão de  conhecimento de que D.  conhecimento de que D.  morte psicológica
governadores ao consciênCia; situação da sua mulher incendiar o seu palácio João de Portugal está João de Portugal está - separação da esposa
serviço dos reis de  não entra em conflito (III, 8); (I, 7); vivo (III,1); vivo (III,1); - profissão religiosa (III,
Espanha (I, 8,11 e 12; com as outras  sofre angústia pela  alteração súbita pela  conhecimento directo de  observação de Maria, 10).
II, 1); personagens; situação presente e revelação de que está D. João de Portugal: completamente alienada
Manuel  desafia o Destino ao  a sua hybris futura da sua filha (III, vivo D. João de Portugal (III,12) (III,11)
de Sousa incendiar o palácio (I, 11 desencadeia e agudiza 1). (III, 1);
Coutinho e 12); os conflitos das outras  visão de D. João de
 recusa o perdão (II, 1); personagens. Portugal (III, 11).
 inconscientemente
participa da hybris de
sua esposa.

 abandona a família;  não tem conflito;  sofre o esquecimento a  alteração provocada  conhecimento de que foi  conhecimento de que  morte psicológica:
 não dá notícias da sua  alimenta os conflitos que foi votado; pelo seu aparecimento procurado por toda a há uma filha inocente - separação da mulher
existência; dos outros;  sofre pelo casamento a D. Madalena (II, 14); parte (III, 5); (III, 5); - a situação irremediável
 aparece quando o  agudiza todos os da sua mulher;  alteração provocada  conhecimento de que é do anonimato.
D. João julgavam morto (Telmo conflitos com o seu  sofre por não poder pelo seu aparecimento impossível recuperar a
é a excepção). regresso; travar a marcha do a Teimo (III, 5). família (III, 5).
destino (III, 5 e 6).
Hybris Agon Pathos Peripécia Anagnórise clímax Katastrophé
(desafio) (conflito) (o sofrimento (a alteração) (reconhecimento) (o culminar) (a catástrofe)
 revolta contra a  não tem conflito;  sofre fisicamente:  alteração quando sabe  reconhecimento do  reconhecimento do seu  morre fisicamente (III,
profissão religiosa dos  entra em conflito: - tuberculose; da decisão do incêndio retrato de D. João de estado de ilegítima (III, 12);
pais (III, 11); - com sua mãe (I, 3 e 4)  sofre psicologicamente: do palácio (I, 7e 8); Portugal (II, 2); 12).  vai para o céu.
 revolta contra Deus - com seu pai (I, 3) - não obtém resposta a  alteração quando ouve  conhecimento do R-
D. Maria (III,11); - com Telmo (II, 1) muitos agouros; a profissão religiosa dos meiro (III, 12).
de  revolta contra a - com D. João de Port- - sente vergonha da sua pais: (III,11).
Noronha indissolubilidade do ugal (I, 4; II,1 e 2; III,11 e ilegitimidade (III, 12)
matrimónio (III,11); 12).
 convida os pais a mentir
(III,11).

 conflito de consciência  sofre pela dúvida  alteração provocada  conhecimento de que  a solução do dilema: ou não poderá resistir a
• afeiçoa-se a Maria; (III, 4); constante que o assalta pelo conhecimento de está vivo o seu antigo Maria ou D. João de tantos desgostos;
• afirma que ama Maria  conflito com outras acerca da morte de D. que D. João de Portugal amo (III, 4); Portugal (III, 4); acompanha D. João de
mais do que os pais desta personagens: João de Portugal; está vivo (III, 4);  reconhecimento de D.  a impossibilidade de Portugal no rio do
(I, 2); -com D. Madalena (I, 2) sofre hesitando entre a alteração provocada João de Portugal (III, 5). evitar a tragédia (III, 5 e esquecimento.
Telmo  

• afirma a ilegitimidade de - com D. Manuel de S. fidelidade a D. João de pelo encontro com D. 12).
Pais Maria (I, 2); Coutinho (I, 2) Portugal e a D. Manuel João de Portugal (III, 5).
• deseja que D. João de - com Maria (I, 2) de S. Coutinho;
Portugal tivesse morrido - com D. João de Portu-  sofre a situação de
(III, 4) gal (III, 4 e 5). Maria.

In Aula Viva, Português, 11.º ano, Porto Editora

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