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DE ANGOLA
CONSELHO NACIONAL
REGULAMENTO DISCIPLINAR
16.08.2016
ORDEM DOS ARQUITECTOS
DE ANGOLA
Preâmbulo
O presidente da Ordem
Victor Leonel
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REGULAMENTO DISCIPLINAR
ORDEM DOS ARQUITECTOS
DE ANGOLA
ÍNDICE
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Capítulo
I
Das
Disposições
Gerais
Artigo
1.º
Princípios
Gerais
da
Disciplina
A
disciplina
é
a
rigorosa
observância
e
o
acatamento
integral
das
leis,
regulamentos,
normas
e
disposições,
traduzindo-‐se
pelo
cumprimento
do
dever
por
parte
de
todos
os
membros
da
Ordem
dos
Arquitectos
de
Angola.
1-‐São
manifestações
essenciais
de
disciplina:
a)
A
correcção
de
comportamentos;
b)
A
dedicação
integral
ao
serviço;
c)
A
colaboração
espontânea
para
a
disciplina
colectiva.
2-‐A
disciplina
e
o
respeito
á
profissão
devem
ser
mantidos
permanentemente
pelos
profissionais
no
activo
e
inactivo.
Artigo
2.º
Objectivos
1-Especificar a tipologia das transgressões disciplinares.
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Artigo 4.º
Responsabilidade disciplinar
Artigo 5.º
Sujeição ao poder disciplinar
Capítulo II
Infracções Disciplinares
(Do conceito e do Tipo)
Artigo 6.º
Infracção disciplinar
Infracção disciplinar é toda acção ou omissão, praticada pelo profissional que ofenda a
ética, deveres, obrigações, honra pessoal, decoro da classe, e que viola dolosa ou
negligentemente as normas consagradas no Estatuto da Ordem, e demais disposições
legais aplicáveis.
Artigo 7.º
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Tipos de Infracções
j) Não pagar quotas, taxas, jóias e outros serviços financeiros devidos à Ordem;
o) Deixar de instruir, na esfera de suas atribuições, processo que lhe for encaminhado,
ressalvado o caso em que não for possível obter elementos para tal;
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Artigo 8.º
Prescrição das transgressões
Secção I – Instauração
Artigo 9.º
Instauração do procedimento disciplinar
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Artigo 10.º
Natureza secreta do procedimento
Artigo 11.º
Direito à informação
Artigo 12.º
Consulta do processo e passagem de certidões
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confidencial nos termos deste artigo é instaurado, por esse facto, procedimento
disciplinar.
Artigo 13.º
Excepções as Consultas do processo
Artigo 14.º
Representação das partes
Artigo 15.º
Mudança de situação na pendência do procedimento
Artigo 16.º
Desistência do procedimento
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Artigo 17.º
Extinção automática do procedimento
Artigo 18.º
Invalidade do procedimento
Artigo 19.º
Prescrição do procedimento disciplinar
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Artigo 20.º
Das notificações
Artigo 21.º
Objectivo da instrução
Artigo 22.º
Início da instrução
Artigo 23.º
Participação
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Artigo 24.º
Despacho liminar
Artigo 25.º
Nomeação do relator
Artigo 26.º
Substituição do relator
Artigo 27.º
Imparcialidade do relator
Artigo 27.º
Deveres do relator
Artigo 28.º
Diligências probatórias
2 – O relator deve ouvir o arguido até ao término da instrução e pode também acareá-lo
com as testemunhas ou com os participantes.
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6 – A decisão que negue provimento ao recurso referido no número anterior só pode ser
impugnada no recurso interposto da decisão final.
Artigo 29º
Toda pena disciplinar tem como fim último a preservação da disciplina e deve ter em
vista o benefício educativo ao punido e á colectividade a que ele pertence.
Artigo 30º
Tipos de pena
a) - Advertência;
b)– Censura
c)- Multa
3 - A Multa sendo uma pena alternativa, para a não aplicação mais pesada da pena,
poderá ser aplicada cumulativamente nos seguintes casos:
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Artigo 31º
Caracterização das penas
Artigo 32.º
Critérios de aplicação das penas
1.2 - A pena de censura será aplicada na infracção disciplinar nos seguintes casos:
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2.1 A pena de suspensão até seis meses só pode ser aplicada por infracção disciplinar
em caso de negligência grave ou de acentuado desinteresse pelo cumprimento dos
deveres profissionais referido no número anterior.
2.2 Para efeito do presente regulamento negligência é todo acto de acção ou omissão
praticada pelo profissional mesmo sem intenção que resulte em danos ou prejuízos.
a) Deixar de observar as normas legais e técnicas pertinentes na execução da
actividade profissional e por em causa o decoro da classe
b) Faltar á verdade ou omitir deliberadamente informações que possam conduzir á
apuração de uma transgressão disciplinar;
c) Facultar documentação a sociedade de prestação de serviços sem nela actuar
efectivamente, com objectivo de viabilizar o registo da empresa;
d) Todos os actos que lesem interesses da Ordem, de colegas de terceiros e da
sociedade
p) Assumir compromissos, prestar declarações ou divulgar informações, em nome
da Ordem ou da empresa que trabalha, sem autorização;
q) Extorquir valores a qualquer pessoa que tenha a obrigação de prestar serviço
e) Ser reincidente na prática de actos estabelecidos nos artigos anteriores
2. 3 – A pena de suspensão de seis meses à dois anos, só pode ser aplicada por
infracção disciplinar que afecte gravemente a dignidade e o prestígio do
profissional e da sociedade como:
a) Atentar contra o bom nome e a dignidade de outrem
b) Criticar, desrespeitar, ofender, provocar, desafiar, desconsiderar ou procurar
desacreditar outro profissional, por actos, gestos ou palavras publicamente;
c) Boicotar a empresa do colega aliciando os seus colaboradores ou
trabalhadores
d) Divulgar informações de segredo profissional sem a divida autorização;
f) Prestar serviços a instituições que não estejam legalizadas, pelas autoridades
competentes;
g) Reproduzir projecto, trabalho técnico ou de criação, de autoria de terceiros, sem
a devida autorização do detentor dos direitos autorais;
h) Assumir co -autoria de projectos na qual não tenha participado;
i) Assumir a autoria de projectos que tenham sido elaborados por outrem
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3 – A pena de suspensão de dois a oito anos é aplicável quando tenha sido cometida
infracção disciplinar que também constitua crime punível com pena de prisão
superior a dois anos, ou no caso de reincidência da infracção referida no número
anterior.
a) Registar projecto ou trabalho técnico ou de criação, para fins de comprovação de
direitos autorais e formação de acervo técnico ou de produção, que não tenha
sido efectivamente concebido, desenvolvido ou elaborado por quem requerer o
registo;
b) Em caso de fazer falsa prova de quaisquer documentos exigidos para o registo
na Ordem;
c) Sempre que tentar ou mesmo enriquecer-se ilicitamente, por qualquer meio, às
custas de cliente, directamente ou por intermédio de terceiros;
4- Todos os actos praticados que não estão previstos no presente regulamento, serão
avaliados pelo Conselho Nacional de Disciplina, a quem competirá avaliar a
gravidade do caso tendo em conta se foi cometido, com negligência (advertência),
negligência grave (censura) penalidade branda, dolo ou premeditação que dão lugar
a suspensões, penalidade média e as graves que corresponder a um crime grave a
expulsão da classe.
Artigo 33.º
Escolha e medida da pena
a) A culpa do arguido;
b) A gravidade e as consequências da infracção cometida;
c) Os antecedentes disciplinares do profissional;
d) As circunstâncias agravantes e atenuantes que envolvem a infracção.
Artigo 34.º
Circunstâncias atenuantes
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Artigo 35.º
Circunstâncias agravantes
b) A premeditação;
e) A reincidência, desde que a pena disciplinar tenha sido aplicada há menos de cinco
anos;
f) A acumulação de infracções;
Artigo 36.º
Unidade da pena disciplinar
1 - É proibida a aplicação de mais de uma pena por uma única transgressão disciplinar.
3-Caso o profissional tenha cometido várias infracções será aplica a pena mais grave
pelas infracções acumuladas que sejam apreciadas num só processo.
Artigo 38.º
Registo das penas
Artigo 39.º
Testemunhas na fase da instrução
1 – Na fase da instrução, não podem ser apresentadas mais de cinco testemunhas por
cada facto.
2- Caso ocorram vários factos o número de testemunhas não pode exceder o total de
vinte.
Artigo 40.º
Término da instrução
3.1 O conselho a quem foi dirigido o parecer poderá deliberar pelo arquivamento do
processo, determinar que o mesmo prossiga com a realização de diligências
suplementares ou ainda dependendo do caso proferir o despacho de acusação e caso seja
necessário designar novo relator para o processo.
Artigo 41.º
Despacho de acusação
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2 -Da acusação extrai-se cópia, a qual será notificada pessoalmente por carta registada
ou em formato digital com aviso de recepção ao arguido.
Artigo 42.º
Direito á Defesa
1 - Nenhuma pena disciplinar será aplicada sem que aos arguidos sejam assegurados o
contraditório e a ampla defesa, inclusive o direito de ser ouvido pela entidade
competente.
2 – No caso de dúvida não se deve condenar.
Artigo 43.º
Prazo da defesa
Artigo 44.º
Exame e confiança do processo
Artigo 45.º
Apresentação da defesa
3 – Não podem ser apresentadas mais de cinco testemunhas por cada facto e o total das
mesmas não pode exceder vinte.
Artigo 46.º
Produção da prova oferecida pelo arguido
2 – Finda a produção da prova oferecida pelo arguido, pode ainda o relator ordenar, em
despacho fundamentado, novas diligências indispensáveis para o completo
esclarecimento da verdade.
Artigo 47.º
Alegações
Artigo 48.º
Proposta do relator
Artigo 49.º
Decisão
3 – A pena de suspensão de dois a oito anos, ou superior só pode ser aplicada através de
deliberação que obtenha dois terços dos votos de todos os membros do conselho
nacional ou provincial de disciplina, consoante o caso.
4 – Quando o relator votar e for vencido, o acórdão será lavrado pelo primeiro dos
vogais que votar a decisão.
Artigo 50.º
Notificação do acórdão
Artigo 51.º
Aclaração do acórdão
O notificado pode requerer, no prazo de quinze dias úteis, a aclaração do acórdão que
julgue obscuro ou ambíguo.
Artigo 52.º
Trânsito em julgado
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Artigo 53.º
Execução das decisões
Artigo 54.º
Publicidade da decisão
Artigo 55.º
Impugnação administrativa
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Artigo 56.º
Recurso Disciplinar
2 – O recurso pode ser interposto no prazo de trinta dias úteis pelo arguido, pelo
participante e pelos titulares de interesses directos nos factos participados, não
suspendendo a eficácia do acto recorrido.
4 – O recurso deve ser interposto junto do Conselho Provincial que proferiu a decisão
que se pretende revogar, a quem cabe analisar se o mesmo se encontra devidamente
instruído, podendo recusá-lo caso seja apresentado fora do prazo estabelecido ou não se
encontrem juntas as respectivas alegações.
6.1 – Caso o conselho provincial não se pronunciar sobre o recurso no prazo de 10 dias
úteis, o requerente poderá reclamar deste facto no Conselho Nacional.
Artigo 57.º
Requisitos da revisão
2 – O condenado, qualquer interessado directo afectado pela decisão ou, sendo estes
falecidos, os seus descendentes, ascendentes, cônjuges ou irmãos, bem como os
respectivos representantes podem apresentar requerimento nesse sentido ao órgão que
proferiu a decisão disciplinar.
Artigo 58.º
Decisão sobre o requerimento
Artigo 59.º
Tramitação
Artigo 60.º
Efeito sobre o cumprimento da pena
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Artigo 61.º
Efeitos da revisão procedente
Artigo 62.º
Abertura do procedimento
Pode ser ordenada a abertura de procedimento de inquérito sempre que não esteja
concretizada a infracção ou não seja conhecido o seu autor e quando seja necessário
proceder a averiguações destinadas ao esclarecimento dos factos.
Artigo 63.º
Normativo aplicável
Artigo 64.º
Termo de instrução em procedimento de inquérito
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4 – Caso o parecer não seja aprovado, deve ser designado novo relator de entre os
membros do conselho cuja posição tenha obtido vencimento.
Artigo 65.º
Apensação de processos
Artigo 66.º
Norma Subsidiária
Artigo 67.º
Entrada em vigor
O presente regulamento entra em vigor após a sua aprovação pela Assembleia Geral da
Ordem.
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