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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA (DCV)


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRCTO SENSU EM CIÊNCIAS
FARMACÊUTICAS (PPGFARMA)

ANICHELE DE JESUS OLIVEIRA DOS SANTOS

CONTROLE DE QUALIDADE DAS PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS


DA FARMÁCIA VIVA NO SISTEMA ÚNICO DE SAUDE (SUS), EM SALVADOR-
BAHIA-BRASIL

Salvador
2023
RESUMO

Introdução: Os saberes adquiridos sobre como utilizar plantas medicinais e


fitoterápicos são úteis no processo saúde-tratamento e a Organização Mundial da
Saúde (OMS) tem expressado a necessidade de valorizar a utilização destes
recursos. No Brasil, o uso destes vem avançando no modelo das Farmácias Vivas,
regulamentadas pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) no 18/2013, que exige
o controle de qualidade através dos ensaios físicos e. Objetivos: Realizar ensaios
preconizados para controle de qualidade e propor metodologia para identificar
marcadores químicos e outros compostos bioativos, em produtos oriundos da
Farmácia Viva em Salvador-Bahia Materiais e Métodos: Para o controle de
qualidade serão realizados ensaios de descrição, aspecto, caracteres
organolépticos, peso médio, pH, peso, volume antes do envase. Também serão
propostas metodologias para identificar o teor de compostos fenólicos e flavonóides
totais e, ainda, a presença de compostos bioativos. Resultados Esperados:
Através dos ensaios, pretende-se contribuir com a Farmácia Viva para assegurar
que os produtos acabados estejam dentro de todos os padrões de qualidade
exigidos, assim como identificar a presença de marcadores químicos e outros
compostos bioativos nas espécies estudadas.

Palavras-chave: Plantas medicinais, Fitoterápicos; Farmácia Viva; Atenção básica;


Controle de qualidade.

ABSTRACT

Introduction: The knowledge acquired on how to use medicinal plants and


herbal medicines is useful in the health treatment process and the World Health
Organization (WHO) has expressed the need to promote the use of these resources.
In Brazil, the use of this has been advancing in the model of Farmácias Vivas,
regulated by the Resolution of the Collegiate Board (RDC) 18/2013, which requires
quality control through physical tests and. Objectives: Carry out recommended tests
for quality control and proportion methodology to identify chemical markers and other
bioactive compounds, in products originating from Farmácia Viva in Salvador-Bahia
Materials and Methods: For quality control, tests of description, appearance,
characters will be carried out organoleptics, average weight, pH, weight, volume
before bottling. Methodologies will also be proposed to identify the content of total
phenolic compounds and flavonoids, and also the presence of bioactive compounds.
Expected Results: Through the tests, it is intended to contribute to Farmácia Viva to
ensure that the finished products are within all the required quality standards, as well
as to identify the presence of chemical markers and other bioactive compounds in
the tested species.

Keywords: Medicinal plants, Phytotherapy; Living Pharmacy; Basic care; Quality


control.
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1. INTRODUÇÃO

Ao longo da história, a humanidade tem desenvolvido estratégias para


administrar e utilizar adequadamente os recursos naturais, no intuito de suprir às
suas necessidades. O ser humano busca alternativas para eliminar seus males
físicos ou psíquicos, desde o início de sua existência. O momento histórico e o
contexto sociocultural têm forte relação com os cuidados em saúde. Isso é,
especialmente, intensificado em relação ao uso de recursos vegetais, que estão
presentes em muitos aspectos da vida das pessoas em diversas culturas ao redor
do mundo. (DUARTE et al., 2020). Os saberes adquiridos pela população em
relação ao uso de plantas medicinais como recursos terapêuticos são úteis no
processo saúde-tratamento da população, muitas plantas utilizadas por estes, possui
comprovada eficácia, sendo eficiente no controle de diversas enfermidades (LEITE,
2019).
De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% da
população mundial utilizam práticas tradicionais na atenção primária, e 85% utilizam
plantas medicinais ou derivadas como tratamento para alterações fisiológicas
prejudiciais (FREIRE et al., 2018). A fitoterapia e as plantas medicinais têm sido
secundarizadas em relação ao seu potencial, com isso a Organização Mundial da
Saúde (OMS) tem divulgado orientações a respeito do uso destes, para reverter
esse processo nas últimas décadas, contribuindo para a preconização do seu uso
nos sistemas nacionais de saúde dos Estados membros. Enfatizando a necessidade
de valorizar a utilização nos serviços de saúde destas práticas, tendo em conta que
80% da população mundial utilizam plantas ou preparações fitoterápicas na Atenção
Primária à Saúde (BRASIL, 2006a; OMS, 2019).
No Brasil a Politica Nacional de Praticas Integrativas e Complementares
(PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), aprovada em 2006, veio atender a
demanda da OMS e da população brasileira, assim como a necessidade de
normatização e harmonização dessas praticas na rede publica de saúde. Esta
política apresenta diretrizes e ações para inclusão de serviços e produtos
relacionados á medicina tradicional chinesa/acupuntura, homeopatia e plantas
medicinais e fitoterapia, assim como para observatórios de saúde do termalismo
social e da medicina antropozoica. Abrangendo também, responsabilidades dos
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entes federais, estaduais e municipais, tendo entre os objetivos, "contribuir ao


aumento da resolubilidade do Sistema e ampliação do acesso as Praticas
Integrativas e Complementares, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e
segurança no uso” (BRASIL, 2006b).
Na rede publica, as experiências do uso de plantas medicinais e fitoterápicos
têm avançado no modelo das Farmácias Vivas, projeto inicialmente desenvolvido no
Ceará. Mediante a importância deste Programa no contexto da fitoterapia na rede
publica, o Ministério da saúde, por meio da Portaria do Gabinete Ministerial (GM) nº
886, de 20 de abril de 2010, o instituiu no âmbito do SUS, sob gestão estadual,
municipal ou do Distrito Federal, que na conjuntura da Politica Nacional de
Assistência Farmacêutica, deverá realizar todas as etapas, desde o cultivo, a coleta,
o processamento, o armazenamento de plantas medicinais, a manipulação e a
dispensação de preparações magistrais e oficinais de plantas medicinais e
fitoterápicos (BRASIL, 2010c, CHEROBIN et al. , 2022)..
Com base nesta Portaria do Ministerial da Saúde, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº
18, de 03 de abril de 2013, orientando sobre as boas práticas de preparação e
dispensação de produtos magistrais e oficinais oriundos de plantas medicinais e
fitoterápicos, bem como os processamentos e armazenamento destes, em
Farmácias Vivas no âmbito do SUS. Em conformidade com esta Resolução, as
Farmácias Vivas deverão assegurar a qualidade das plantas processadas e
preparadas, por meio de um Sistema de Garantia da Qualidade (SGQ) que incorpore
as boas práticas descritas na Resolução, totalmente documentado e monitorado.
Logo, a garantia da qualidade tem como objetivo assegurar que os produtos e
serviços ofertados à população estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos
(BRASIL, 2013a).
Neste contexto, este projeto visa por meio dos ensaios descritos no Anexo da
RDC nº 18/2013 e, de acordo com a Farmacopeia Brasileira (6ª edição, 2019),
realizar o controle de qualidade dos produtos (plantas medicinais e fitoterápicos)
desenvolvidos na Farmácia Viva, alocada em Salvador- Bahia. Portanto, destaca-se
a relevância e necessidade de contribuir com a garantia e segurança no uso destes
produtos, como preconizado em legislação.
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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Contribuir com o controle de qualidade dos produtos (plantas medicinais e


fitoterápicos) desenvolvidos na Farmácia Viva no SUS de Salvador- Bahia, de
acordo com os ensaios descritos nos compêndios oficiais e outras metodologias
propostas.

2.2. Objetivos Específicos

- Discorrer sobre a importância, legislação e implantação da Farmácia Viva no SUS,


no município de Salvador- Bahia;

- Realizar análises de controle de qualidade das plantas medicinais e produtos


desenvolvidos na unidade da Farmácia Viva no SUS em Salvador-Bahia, de acordo
com os ensaios descritos nos compêndios oficiais e técnico-científicos, tais como as
Boas Práticas de Manipulação e os testes de controle de qualidade preconizados
pela Farmacopeia Brasileira;

- Propor metodologia para identificar marcadores químicos e outros compostos


bioativos nos produtos (plantas medicinais e fitoterápicos) desenvolvidos na
Farmácia Viva no SUS, em Salvador- Bahia.
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3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Plantas Medicinais e Fitoterápicos: necessidade e acesso

A OMS, em 2019, destacou como um dos seus objetivos, alcançar a


cobertura universal de saúde, em todo o mundo. Com isso, a medicina tradicional e
complementar representa um papel importante nesta meta. A inclusão desses
saberes na prestação de serviços de atenção básica a saúde propicia o acesso
seguro, de qualidade e com eficácia às necessidades das comunidades em geral,
construindo cuidados de saúde primários de forma sustentável (OMS, 2019).
De acordo com a declaração de Astana, emitida na Conferência Global sobre
Atenção primária a saúde em Outubro de 2018, o sucesso na atenção básica a
saúde serão norteados pela aplicação dos conhecimentos científicos e tradicionais,
tendo uma inclusão e ampliação no acesso a fitoterápicos nos serviços de saúde.
Segundo a OMS, entre os anos de 2005 e 2018, os países membros dos órgãos
promoveram ações para garantir segurança, qualidade e eficiência no emprego de
medicinas tradicionais e complementares nos sistemas de saúde (OMS, 2019).
O Brasil possui uma das maiores biodiversidades no mundo e, com isso,
grande parte da população adquiriu conhecimentos sobre a cura advinda de
extratos, sucos e chás de plantas que funcionam como agentes medicamentosos
(SARMENTO et al., 2021). Mas, ainda é pouco difundido que a ingestão inadequada
de plantas medicinais pode provocar intoxicação, edemas, enjoos e até mesmo o
óbito. Pois, a utilização desses medicamentos podem provocar interações, sendo
necessário o repasse de conhecimentos científicos como forma de complementar
os conhecimentos populares (FERREIRA et al., 2019).

3.2 Plantas Medicinais e Fitoterápicos: Aspectos regulatórios e Farmácia Viva

No Brasil, os serviços que dispensam fitoterápicos e plantas medicinais são


realidade em municípios brasileiros, incentivados pelo SUS desde 2006, devido a
Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (BRASIL, 2006). Em 2010 foi
publicada a Portaria GM/MS nº 886, de 20 de abril que instituiu no SUS, a Farmácia
Viva, que realizara todas as etapas, desde o cultivo, a coleta, o processamento, o
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armazenamento, a manipulação e a dispensação de preparações magistrais e


oficinais de plantas medicinais e produtos fitoterápicos (BRASIL, 2010). Esta portaria
em 2017 foi consolidada através dos artigos 570 e 571 da Portaria de Consolidação
nº 05, iniciativa do Ministério da saúde visando tornar mais acessíveis as legislações
do SUS, assim como reafirmar as normas válidas (SANTOS et al., 2018)
A regulamentação das Farmácias Vivas foi estabelecida pela RDC 18/2013,
que descreve como devem ser as Boas Práticas de Manipulação em Farmácias
Vivas, farmácias públicas destinadas a distribuir fitoterápicos no SUS. Essas
normatizações foram desenvolvidas no intuito de formar um arcabouço regulatório,
de modo que se tenha, no mercado brasileiro, fitoterápicos e plantas medicinais
seguros, eficazes e de qualidade a serem oferecidos à população (Brasil, 2013a)
Por meio do mapeamento do emprego da fitoterapia no SUS, realizado pelo
grupo “Observapics” entre Agosto de 2020 e Abril de 2021, foi evidenciado que o
cultivo de plantas medicinais e o preparo de fitoterápicos é uma realidade em 35%
dos municípios brasileiros que ofertam serviços de fitoterapia no SUS. Uma
proporção menor, de 25%, dedica-se exclusivamente ao plantio e 16% fazem isso
de forma associada a atividades de beneficiamento, como desidratação e
fracionamento. Outros 13% dedicam-se à dispensação de medicamentos
fitoterápicos, industrializados ou manipulados em farmácias terceirizadas pelas
Secretarias Municipais de Saúde. E, 11% adotam a manipulação sem fazer o
plantio. Segundo o pesquisador Pedro Carlessi, responsável por realizar o
mapeamento, “a predominância do plantio local sinaliza a robustez e viabilidade da
Farmácia viva” (OBSERVAPICS, 2021).
Os autores do documento “Modelagem para implantação de Farmácias Vivas-
Jardins Terapêuticos na Atenção Primária à Saúde no SUS” publicado em 2022,
Nelson Barros e Renata Carnevale, apontam que a manutenção e construção de
uma Farmácia Viva-Jardim Terapêutico seguindo as normas preconizadas, pode
contribuir para que profissionais de saúde a desenvolvam a pedagogia da
autonomia, favorecendo para que as pessoas compreendam melhor os temas
relacionados ao processo saúde-doença-cuidado, e encontrem autonomia na gestão
dos seus próprios recursos para manejar da saúde. Tais dados indicam como a
institucionalização de forma normatizada deste serviço contribui para seu avanço de
forma eficaz e segura (OBSERVAPICS, 2022).
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3.3 Plantas Medicinais e Fitoterápicos: Controle de qualidade

As unidades da Farmácia Viva são uma estratégia potente para fomentar a


expansão do uso de fitoterápicos de forma adequada. E a normatização que rege os
processos desenvolvidos nesses locais, busca assegurar que os produtos
dispensados sejam utilizados de modo que promovam o bem estar do usuário.
Desta forma, a Resolução – RDC Nº 18, de 03 de abril de 2013, que regulamenta
esta iniciativa no SUS, traz em seu arcabouço os critérios a serem seguidos para
garantir o controle de qualidade do serviço. Essa RDC delibera os requisitos
minimamente necessários para as práticas das atividades de manipulação de
plantas medicinais e fitoterápicos, garantindo qualidade, segurança e a efetividade,
alinhando esta prática com o uso seguro e racional (BRASIL2013; OBSERVAPIC,
2022).
Sendo de fundamental importância os controles das instalações, dos
equipamentos e dos profissionais como também o gerenciamento da qualidade para
a matéria-prima e o seu armazenamento através da avaliação farmacêutica desde a
prescrição até a dispensação das preparações, bem como dos cuidados necessários
durante a atenção farmacêutica aos usuários no âmbito das farmácias vivas que
tenham sua própria horta oficial ou comunitária e que sejam dispensados pelo SUS
(BRASIL, 2013).
Os parâmetros da qualidade para fins farmacêuticos são definidos pela
Farmacopeia, código oficial farmacêutico no País, no qual estão estabelecidos
critérios de qualidade para a matéria-prima e produtos acabados, constituindo-se em
um conjunto de normas e monografias sobre princípios ativos e medicamentos
(NUNES et al., 2019). Sendo um dos instrumentos utilizados para o controle de
qualidade, a realização dos ensaios realizados com amostras dos produtos
elaborados nestas unidades, de acordo com a 6º Edição da Farmacopeia Brasileira
(2019).
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4. MATERIAIS E MÉTODOS

Segundo a RDC Nº 18/2013, para realizar o controle de qualidade das


preparações magistrais e oficinais, devem ser realizados, os ensaios apresentados
no seu Anexo (figura 01), que estão de acordo com a 6ª edição da Farmacopeia
Brasileira (2019).

Figura 1- Anexo RDC Nº 18, de 03 de Abril de 2013

Os produtos analisados (plantas medicinais e fitoterápicos) serão oriundos do


elenco de plantas medicinais que já estão em cultivo na unidade da Farmácia Viva,
instalada no bairro de Jardim Armação, em Salvador- Bahia. Serão coletadas
amostras entre os meses de agosto a dezembro de 2023 diretamente na unidade da
Farmácia viva. Foram selecionadas do elenco desta unidade, as seguintes plantas
medicinais e produtos fitoterápicos:

FORMA
PLANTA NOME TESTES
FARMACÊUTIC
MEDICINAL POPULAR EXIGIDOS
A
Descrição, aspecto, caracteres organolépticos, pH,
Aloe vera (L.). Babosa Gel
peso médio.

Descrição, aspecto, caracteres organolépticos, pH,


Mikania laevigata Guaco Xarope
peso médio ou volume antes do envase.
Plectranthus Descrição, aspecto, caracteres organolépticos, pH,
Tapete de oxalá Alcoolatura
barbatus Andrews peso médio ou volume antes do envase.
Descrição, aspecto, caracteres organolépticos, peso
Lippia alba Erva cidreira Sachê
médio.
Descrição, aspecto, caracteres organolépticos, peso
Alpinia zerumbet Agua de alevante graúda Sachê
médio.
Cymbopogon Descrição, aspecto, caracteres organolépticos, peso
Capim santo Sachê
citratus (DC.) Stapf médio.
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Os resultados (qualitativos e quantitativos) encontrados serão avaliados de


acordo com os valores e orientações dispostos na 6ª edição da Farmacopeia
Brasileira (2019), no intuito de verificar conformidade com a legislação e possíveis
irregularidades. Em adição, será proposta metodologia para identificar marcadores
químicos e outros compostos bioativos nos produtos (plantas medicinais e
fitoterápicos) desenvolvidos na Farmácia Viva de Salvador- Bahia, por
Espectrofotometria de Absorção Molecular, na região do ultravioleta-vísivel (UV-Vis),
para verificar o teor de compostos fenólicos e flavonóides totais e, por Cromatografia
Líquida de Alta Eficiência (CLAE) para verificar a presença de compostos bioativos.

5. RESULTADOS ESPERADOS

Por meio dos ensaios de controle de qualidade a serem realizados nos


produtos (plantas medicinais e fitoterápicos) oriundos da Farmácia Viva, localizada
em Salvador-Bahia, espera-se assegurar que os produtos acabados estejam dentro
de todos os padrões de qualidade exigidos pela RDC 18/2013, de acordo com os
testes contidos na 6ª edição da Farmacopeia Brasileira (2019).
Também, espera-se identificar a presença de marcadores químicos nas
espécies estudadas e, ainda, prospectar outros compostos bioativos nos produtos.
Portanto, este projeto espera contribuir com o aumento da qualidade, eficácia e
segurança do medicamento disponível à população, sendo este estudo, mais uma
evidência da importância das Boas práticas de manipulação.
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REFERÊNCIAS

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