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Assim, percebeu-se que a arte na sua forma mais ampla, se constitui interesse
natural das crianças e desperta questionamentos e/ou oferece modelos
afirmativos para a construção da identidade afrodescendente, se constituindo
forte elemento de combate ao racismo. Tendo em vista, que comportamentos
racistas são constantemente reproduzidos no convívio coletivo e se repete no
ambiente escolar cotidianamente, posto que está forjado nas relações de poder
do nosso país (RIBEIRO, 2019).
Desdobramento
Figura 4 – Explorando
possibilidades de construção do
retrato/cores/formas
A construção do autorretrato acontece em diferentes etapas e com diferentes
técnicas (colagem, pintura, escultura) para garantir o diálogo e exploração no
entorno. Ressalto neste contexto a descoberta coletiva das nossas “cores”, a
partir dos questionamentos planejados desse interlocutor, ao observar uma
concepção muito presente na infância - “cor de pele”, (a cor salmão como a cor
de pele universal). Consciência abalada no confronto com a realidade e com a
ficção oferecida pelas obras.
Figura 5 –
Observando
As crianças adoram trocar roupa,
vestir e despir as bonecas, aspecto
que propício para a exploração das
vestimentas das diásporas. Assim,
com base em conhecimentos que
nos mostram que as crianças
adoram imitar os adultos,
construímos roupas e acessórios a
partir de apreciação de fotos e
documentários que abordam o
assunto.
Resultado
Ser professor nunca foi uma tarefa fácil, de Educação Infantil então, nem se
fala! Como dizem por aí: “construímos a roda com o carro em movimento”.
Estamos envolvidos em tantos processos de construção, que às vezes nem
nos damos conta de que somos engrenagens de construções políticas, sociais,
pessoais. Precisamos estar atentos para não se perder na inutilidade!
Referências
Barborini Robert. O Grande Livro do Corpo Humano. Ed. Impala – São Paulo
- SP. 2008.
Cherry, Matthew A. Amor de cabelo. 5ª Ed. – Rio de Janeiro: Galerinha
Record,
2022.
Diouf, Sylviane A. As tranças de Bintou, 2ª Ed. São Paulo: Cosac Naify, 2010.
Gomes, Nilma Lino. Educação, identidade negra e formação de
professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo.
Educação e pesquisa, São Paulo, v.29. n.1, p. 167-182, jan./jun. 2003.
Hooks Bell. Meu crepo é de rainha. Ed. Boitatá. SP, 2018.
Junião. Meu Pai Vai Me Btuscar, na Escola. Ed. Zit. São Paulo – SP, 2003.
Kinderley, Anabel, Kindersley, Barnab. Crianças como você. Ed. Ática. São
Paulo, SP- 2020.
Ribeiro Djamila. Pequeno Manual Antirracista. Ed. Companhia das Letras.
São
Paulo - SP – 2019.