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02 set-out/2006

Núcleo em
AIJ=GKA Cartas Nossa ABAS
,
Os curitibanos, que muitas vezes têm sido rotulados como pessoas frias e
“Gostaria pedir a colaboração de me infor-
mar em que número, mês e ano do ABAS
PRESIDENTE
URIEL DUARTE
1º Vice-presidente
Lauro Cezar Zanata (Santa Catarina)

informa saiu um artigo do Egmont Capucci, 2º Vice-presidente


de difícil comunicação, na verdade em sua grande maioria, são pessoas simples José Lázaro Gomes (São Paulo)
intitulado “Defesa da Sonda à Percussão” ou
www.abas.org

no modo de ser e de fácil trato com os outros. Embora as relações de amizade se Secretário Executivo
“Em Defesa da sonda à Percussão”. Preciso Jeferson Plaza (São Paulo)
iniciem timidamente, depois de estabelecidas são muito sinceras e duradouras. dessa informação para colocar uma referên- Secretário Geral
Por estas razões e para que “velhos amigos” possam novamente se reencontrar, cia da nova edição do livro ”Águas Minerais Cláudio De Oliveira (Rio Grande do Sul)

assim como para aproveitar para participar de discussões sobre as águas sub- do estado do Rio de Janeiro”, que se encontra Tesoureiro
Carlos Eduardo Dornelles Vieira (Paraná)
terrâneas no Brasil (políticas, técnicas, negócios, etc), o Núcleo Paraná convida às vésperas de ser enviado para a gráfica”. Conselho Deliberativo
todos os associados e pessoas ligadas ao tema “água”, a comparecerem neste Anderson Marques - André Monsores (Rio de Janeiro), Apolo Oliva Neto (São
Paulo), Benjamim Vasconcelos Neto (Pernambuco), José
admarques@drm.rj.gov.br (ABAS RJ)
XIV CABAS 2006, um dos maiores eventos promovidos pela ABAS. Roberto de Alcântara Silva (Ceará), Maurício de Sant’ana
Resp: Anderson, o artigo foi publicado Barros (Mato Grosso), Paulo Roberto Penalva dos Santos
Aos acompanhantes, sugerimos passeios em locais próximos de Curitiba, a na edição 150 de jun/2004, com o título (Bahia) e Reinaldo José Barbosa Lima (Pernambuco).

exemplo de Morretes pela estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, assim como uma Ex- Presidente-Membros do Conselho Deliberativo:
“Defendendo a sonda a percussão”. Renato Della Togna - (78/80) (in memorian)
visita à cidade histórica da Lapa e a “cidade de pedra” (Vila Velha) com as formas Euclides Cavallari - (81/82)
Carlos Eduardo Q. Giampá - (83/84)
as mais variadas das rochas esculpidas pelo vento. Vale a pena conferir! “Estamos retomando aos poucos, o trabalho Aldo da Cunha Rebouças - (85/86 e 93/94)
com o núcleo. Estamos realizando reuniões e Antônio Tarcisio De Las Casas - (87/88)
Ainda durante o Congresso de Águas Subterrâneas será realizada mais uma Arnaldo Correia Ribeiro - (89/90)
organizando a parte administrativa. No mo- Marcílio Tavares Nicolau - (91/92)
reunião ordinária do Conselho Deliberativo da ABAS. A reunião acontece no dia mento não temos muitas notícias a não ser Waldir Duarte da Costa - (95/96)
8 de novembro, às 19 horas, no CIETEP – Centro Integrado dos Empresários e que estamos pleiteando, juntamente com os João Carlos Simanke de Souza - (97/98)
Itabaraci N. Cavalcante - (99/2000)
Trabalhadores das Indústrias do Paraná. Em pauta, a palavra Livre, Selo de Cre- associados de Natal, que aquela cidade seja a Ernani Francisco da Rosa Filho (2001/2002)
Joel Felipe Soares (2003/2004)
denciamento; Núcleos Regionais; XV Perfuradores e o boletim ABAS informa. sede do XV CABAS, em 2008”.
Conselho Fiscal
Helena Lira -
A todos boa leitura e a gente se encontra no Paraná! Célia Regina T. Barros (Mato Grosso), Eduardo C. Hindi (Pa-
helena.lira@funasa.gov.br raná), José Roberto Santiago (São Paulo), Leila Nunes Me-
negasse Velasquez (Minas Gerais), Renato Blat Migliorini
(Mato Grosso) e Valério Miguel Grando (Amazonas).
“A editora Holos com representação no Rio
ABAS - SEDE:
de Janeiro, válida para todo o Brasil, está Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 317 - Cj. 53
lançando a publicação Água, de Kenitiro Su-
Navegue pelo site da ABAS e descubra
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tudo sobre Águas Subterrâneas


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Benedicto Francisco - Av.General Rodrigo Otávio, 5211 - Bairro Japim
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responsabilidade exclusiva de seus autores Presidente: MÁRIO WREGE
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set-out/2006 03

Coluna do Aldo

Reuso de água - VIII


Quando se toma banho num
rio da região Amazônica, se usa
água numa indústria, ou se irriga
o campo, costuma-se dizer que
não se usa a mesma água, porque
o período de tempo da sua utili-
zação pode ser muito diferente,
geralmente de até 1 para 1 milhão
de anos. A idade das rochas mais
antigas, já datadas, do substrato
hidrogeológico da Terra são di-
tas cristalinas. Nestas rochas,
regra geral, as permeabilidades
são praticamente nulas, devido às
grandes pressões litoestaticas a
que foram submetidas, durante a Fig. 2 Biomas
sua formação. do Brasil
Ao longo dos acidentes tec-
tônicos mais importantes ou su-
turas geológicas, por serem as zonas mais do que as formações geológicas cristali-
erodíveis do relevo, se instalou uma densa nas se formaram em idades de 3,8 bilhões
rede hidrográfica, cuja descarga líquida é de anos, indicam que, pelo menos, desde
da ordem de 183.000 m3/s, (ANA, 2002), ou então, os processos fotossintéticos exis-
seja, perto de 20% da descarga total dos tem. Estes processos misturam energia so-
rios do mundo. Essa densa rede de drena- lar e gás carbônico abundantes, (vindos
gem é quase sempre super imposta ao rele- de cima) com água do escoamento superfi-
vo de Planaltos do Brasil, dando origem cial e infiltração nos condutores hidráuli-
aos riachos fenda (Siqueira, 1963) e ao es- cos das zonas fraturadas (vinda de baixo)
tilo tectônico de Rift Valley ou vales fun- e transforma energia solar em energia quí-
dos, predominante na região. Consideran- mica na forma de carboidratos, a base da
alimentação dos organismos superiores,
“...Ao longo dos acidentes inclusive da humanidade. A figura 1 mos-
tra que a isoieta de 1000mm/ano, envelopa
tectônicos mais importantes duas regiões distintas do ponto de vista
ou suturas geológicas, por hidrológico do Brasil - uma seca (Nordeste
da Caatinga) e a outra úmida (Amazônia).
serem as zonas mais erodíveis Este pais continente encerra 4 biomas prin-
cipais conforme mostra fig 2 – Mata Atlân-
do relevo, se instalou uma tica Caatinga, Cerrado e Amazônico. Em três
densa rede hidrográfica, cuja destes (Mata Atlântica, Cerrado e Amazô-
nia) os rios nunca secam sobre mais de
descarga líquida é da ordem 90% do seu vasto território. Assim, o des-
de 183.000 m3/s...” florestamento sem precedentes que se ob-
serva, engendra escoamento superficial
que chega aos rios da região Amazônica,
provocando cheias catastróficas que su-
cedem períodos de secas
não menos prejudiciais às
populações da área. Vale
salientar que o Brasil não
é tão rico de água doce
quanto seria de se es-
perar em função da exten-
são total do seu território.

Aldo da C. Rebouças
Professor Emérito do Inst.
de Geociências, Pesquisador
Inst. Estudos Avançados-
Universidade de São Paulo

Fig.1 Distribuição das chuvas no Brasil


04 set-out/2006

Núcleos
Minas Gerais

Novas tecnologias em poços tubulares


O “Seminário Novas Tecnologias Para
Poços Tubulares” realizado pela ABAS-MG
O objetivo foi apresentar as novas técni-
cas e tecnologias aplicadas na manutenção, Confira os detalhes nas fotos do evento:
foi um grande sucesso. O evento aconteceu reabilitação e gerenciamento de poços pro-
entre os dias 27 e 29 de setembro, em Belo fundos, além de exibir casos exemplares para
Horizonte. Mais de 120 participantes passa- subsidiar o gerenciamento efetivo das águas
ram pelo seminário. Na Exposição Técnica utilizadas. Após um ciclo de excelentes pa-
Paralela foram exibidos os produtos e servi- lestras em seu primeiro dia, foi servido um
ços de importantes empresas do setor: Mo- coquetel para confraternização dos partici-
jave Tecnologias, Berlinwasser International, pantes e o terceiro dia finalizou com a realiza-
Schlumberger Water Services, Ecolabor, ção de demonstrações em campo de novas
CREA-MG e Clean Environment Brasil. técnicas de amostragem, monitoramento e
Realizado no auditório da FIEMG – Fe- reabilitação de poços tubulares.
deração das Indústrias de Minas Gerais, o Uma avaliação foi feita junto aos par-
Seminário Novas Tecnologias Para Poços ticipantes e verificou-se que os objeti-
Tubulares contou com o apoio do CREA- vos propostos foram alcançados, haven-
MG, Berlinwasser International e ABES- do unanimidade em sua aprovação. Ou-
MG. Patrocínio da CVRD - Companhia Vale tros eventos foram propostos e serão es-
Do Rio Doce, Cemig, Schlumberger Water tudados posteriormente pela diretoria
Services, Hidropoços, Clean Environment que assumirá o biênio 2007 / 2008 da
Brasil e No Rust. ABAS MG.

O objetivo foi apresentar as novas técnicas e tecnologias aplicadas na


manutenção, reabilitação e gerenciamento de poços profundos, além
Prática de Campo - Demonstração do Método Low Flow Sampling
de exibir casos exemplares para subsidiar o gerenciamento efetivo
das águas utilizadas
Palestra Sr. Ned Clayton -
SCHLUMBERGER

Estande Ecolabor

Prática de Campo -
Demonstração da
Tecnologia Hidropuls

Antonio Tarcísio
de Las Casas
Presidente ABAS-MG
e-mail: abasmg@click21.com.br
Fone: (31) 3238-1884
Fax: (31) 3250-1632
set-out/2006 05

Ar tigo

Remediação de Áreas
Contaminadas com
Oxidação Química In Situ
Oxidação química in situ tem-se tornado
usual internacionalmente, desde 1997, como téc-
“...A DOS é o principal parâ-
nica de remediação de áreas contaminadas, de- metro de projeto para a apli-
vido ao seu relativo baixo custo e alta eficiência.
No estado de São Paulo, a ERM Brasil é pioneira cação de oxidação química in-
no uso desse processo. A empresa entende que situ, pois fornece a quantida-
grande parte das áreas contaminadas no territó-
rio paulista pode ser tratada com esta técnica, de necessária para oxidação
com um custo-benefício competitivo. de outros compostos que não
A tecnologia apresenta vantagens como
o prazo mais curto dos resultados da remedia- o contaminante-alvo...”
ção, que pode ser de apenas alguns meses, e
um custo mais acessível. Também não há for- através de advecção (transmissão por um mo-
mação de subprodutos perigosos, como o gás vimento horizontal de massa de ar), difusão e
metano e o cloreto de vinila. Como exemplos gravidade.
de potenciais contaminantes passíveis de se- Cabe ressaltar que, apesar do oxidante po-
rem tratados com oxidação química pode-se der causar um declínio na população microbial,
citar os BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno não esterilizará o solo. Portanto, após o consu-
e xileno), tetracloroeteno (PCE), tricloroeteno mo de permanganato, a população microbial
(TCE), dicloroeteno (DCE), cloreto de vinila deve retornar ao seu nível natural. Deve-se, ain-
(VC), MTBE (metil-tributil-eter) e PAH (hidro- da, notar que, na remota possibilidade de o per-
carbonetos poliaromáticos), dentre outros. A manganato atingir receptores, não há grandes
remediação de água subterrânea usando per- problemas, pois ele é relativamente seguro, in-
manganato de potássio (KMnO4) consiste na clusive utilizado por médicos como anti-sépti-
injeção de uma solução desta substância, em co. Estações de tratamento também o adicio-
concentrações que variam entre 2% e 6%, di- nam (cerca de 100 mg/L) à água potável para
retamente na área fonte e/ou na pluma. A efi- eliminar produtos orgânicos residuais.
ciência da oxidação química in situ usando A DOS é o principal parâmetro de projeto
KMnO4 depende sobretudo da seleção da para a aplicação de oxidação química in-situ,
“dose” apropriada e da distribuição adequa- pois fornece a quantidade necessária para
da e uniforme da solução na área de aplicação. oxidação de outros compostos que não o
A seleção da “dose” apropriada requer o co- contaminante-alvo. A DOS deverá sempre ser
nhecimento das condições do local, a massa medida no laboratório, seguindo protocolos
de contaminantes presente, a sua localização desenvolvidos pela própria ERM, antes da
e a Demanda de Oxidante do Solo (DOS). A implementação da tecnologia em escala real.
oxidação é um processo não específico, ou Resultados de diversas áreas contamina-
seja, o oxidante reagirá com o primeiro com- das analisadas no Estado de São Paulo (sub-
posto oxidável que encontrar. A DOS forne- solos sedimentares e oriundos de alteração
ce, portanto, a quantidade de oxidante neces- do embasamento rochoso) indicam a existên-
sária para oxidar outros compostos que não o cia de valores baixos de DOS quando compa-
contaminante-alvo, incluindo carbono orgâ- rados com os resultados típicos de países de
nico, ácidos naturais e metais reduzidos. Uma zona temperada. A formação distinta de solos
vez injetado no aqüífero, o líquido oxidante entre zonas temperadas (sobretudo com pro-
flui com a água subterrânea, distribuindo-se cessos físicos) e tropicais (principalmente com
processos químicos lixiviantes/oxidantes) é
“...Uma vez injetado no um diferencial favorável ao uso desta técnica
aqüífero, o líquido oxidante de remedição no território paulista.
O potencial para as indústrias e para o
flui com a água subterrânea, setor imobiliário, dentre outros, é muito gran-
de. A recuperação de áreas com este proces-
distribuindo-se através de so poderia viabilizar investimentos muito ren-
advecção (transmissão por táveis, por exemplo, na compra de terrenos
contaminados, valorizados depois pela des-
um movimento horizontal de poluição.
massa de ar), difusão e *Sander Eskes, diretor técnico da Área de Gestão de
gravidade...” Passivos Ambientais da ERM Brasil
06 set-out/2006

Acontece no Meio

Ciclo das águas subterrâneas: John Cherry se aposenta


Como nas águas, mais um ciclo se com- Em 1968, John Cherry já pesquisava o com- como Bob Farvolden, Emil Frind e Peter Fritz. Ao longo dos anos, com uma produção
pleta. A cadeira de professor do Departamen- portamento de contaminantes em aquitardes Juntamente com Allan Freeze, publicou em 1979 acadêmica e profissional impressionante,
to de Ciências da Terra da Universidade de fraturados. Em 1971, passou a integrar o inci- o famoso livro “Groundwater”, altamente Prof. Cherry acumulou um surpreendente
Waterloo ocupada pelo Dr. John Cherry fi- piente grupo de hidrogeologia da Universida- aclamado e referência obrigatória para hidro- número de publicações, patentes, alunos de
cou vaga. de de Waterloo, que contava com expoentes geólogos no mundo inteiro até hoje. mestrado e doutorado, além de diversos prê-
mios de renomadas instituições, tais como a

Hidroplan monta representação no Canadá Geological Society of America, National


Ground Water Association e Royal Society
of Canada, entre outras.
Num movimento arrojado empresarial- Este bom momento foi oferecido pela utilização quisa na Universidade de São Paulo, onde é pro- Prof. Cherry dirige desde 1988 o mul-
mente, a empresa de consultoria Hidroplan, es- de etanol como combustível alternativo e como fessor-colaborador. O sucesso da experiência per- ti-milionário programa de pesquisa de
pecializada em contaminação de solo e água sub- alternativa ao MTBE como composto oxigenado mitiu que surgisse um convite para o Dr. Ever- contaminação por solventes da Univer-
terrânea, aproveitou o bom momento de merca- adicionado à gasolina. A adição à gasolina de com- ton tornar-se professor adjunto da Universida- sidade de Waterloo, patrocinado por di-
do aberto pela sua equipe especializada e mon- postos que apresentem oxigênio em sua molécula de de Waterloo. Durante suas visitas a Waterloo versas empresas multinacionais e agên-
tou uma representação em Waterloo, Canadá. é obrigatória na América do Norte para melhorar a neste ano, onde participou de reuniões com em- cias governamentais. Sua área de pes-
combustão e diminuir a emissão presas de consultoria canadenses e americanas, quisa nos últimos 25 anos envolve tec-
de monóxido de carbono para a decidiu montar uma representação local, projeto nologias de remediação e monitoramen-
atmosfera. O professor-doutor que vinha sendo acalentado por algum tempo. O to, incluindo a integração de dados de
Everton de Oliveira, que obteve projeto desse novo desafio é oferecer expertise campo, laboratório e modelagem mate-
seu Ph.D. na Universidade de Wa- sobre os efeitos do etanol em solo e água subter- mática.
terloo, no Canadá, local que é a rânea (hot topic) e aproveitar o momento para Sua aposentadoria por si só represen-
referência mundial em hidrogeo- fixar a base norte-americana da HIDROPLAN. ta uma grande apreensão e desafio para
logia de contaminação, na esteira A responsabilidade pelo escritório ficou a cargo os programas de pesquisa em que parti-
das pesquisas que vêm sendo de- de Marcelo Sousa, talentoso engenheiro civil com cipava (e que vai continuar participando
senvolvidas sobre os efeitos do experiência em remediação. A HIDROPLAN es- por algum tempo). Como se isso não fos-
etanol nas contaminações subter- pera com isso, fomentar ainda mais o intercâm- se pouco, ainda foi acompanhada pela
râneas, aproveitou o convite para bio de informações hidrogeológicas de altíssimo aposentadoria do prof. Bob Gillham, ou-
ministrar aulas sobre este tópico nível, que têm sido a matéria prima de seus tra- tro grande expoente da hidrogeologia
específico, que é sua linha de pes- balhos no Brasil. mundial.
K
set-out/2006 07

Como nas águas, mais um ciclo se completa


Com uma trajetória igualmente impres- reira como professor na Universidade de Water- alunos de mestrado e doutora-
sionante, Robert (Bob) Gillham iniciou sua car- loo em 1974. Sua atuação se estendeu por diver- do. Além disso, foi autor de um
sas áreas, tais como transpor- número igualmente impressio-
te de contaminantes em mei- nante de publicações científicas,
os saturados e não-saturados, tendo recebido diversos prêmi-
remediação de áreas contami- os, dentre os quais destaca-se a
nadas e interação entre águas indicação como Membro da Or-
superficiais e subterrâneas. dem do Canadá, uma das maio-
Ao longo de sua produti- res condecorações civis cana-
va carreira, Prof. Gillham ori- denses, instituída pela rainha
entou quase uma centena de Elizabeth II.
Iniciando em 1989, Prof.
Gillham foi pioneiro no uso de Cadeiras vagas
ferro granular para degradação
Cherry e Oliveira, de compostos organoclorados em subsuperfície e
é reconhecido como o idealizador da tecnologia de
entador de Mário Wrege. Além destes, foram li-
das mensagens de várias pessoas que dividiram
2006 remediação por barreiras reativas permeáveis, so- experiências acadêmicas e profissionais com eles.
bre a qual possui diversas patentes. As águas subterrâneas continuam a fluir. A
A festa de despedida de ambos ocorreu em criatividade e capacidade de trabalho de John Cher-
setembro e contou com a presença de diversas ry e Bob Gillham abrirão espaço para que alguém
personalidades da hidrogeologia internacional. O ocupe suas cadeiras. Alguém se habilita?
evento foi muito agradável e divertido. O mestre
de cerimônias foi David Rudolph, que apresentou Ever ton de Oliveira é sócio-
uma série de estatísticas que chamava a atenção diretor da Hidroplan e professor-
colaborador do IGc-USP
pela similaridade dos números, inclusive de emails
(colaborou Marcelo Sousa, da
não respondidos! Ainda foram palestrantes os Hidroplan-Canadá)
pesquisadores David McWhorter, do Colorado, e everton@hidroplan.com.br
Doug Mackay, da Califórnia. McWhorter foi ori- everton@usp.br
Mário, que Mário?
08 set-out/2006

RECORDAR É VIVER

VI Congresso Brasi-
giampa@terra.com.br leiro de Águas
Subterrâneas e
Carlos Eduardo International Semi-
Quaglia Giampá,
géologo, conselheiro nar of Pollution,
fundador e vitalício da
ABAS, diretor da DH
Protection e Control
Perfuração of Ground Water
INTERNACIONAIS ção para a Nova Economia, segundo o ‘Inde- Local: Por to Alegre,
Seca severa vai cobrir 30% da superfície pendent‘ desta quarta-feira. Rio Grande do Sul.
terrestre, diz estudo
Cientistas britânicos acreditam que um terço
- A capacidade de gerar alimento, a capacida-
de de ter um sistema sanitário seguro, a disponi-
De 16 a 21/09/
da superfície da Terra será afetada pela seca se- bilidade de água. Para centenas de milhões de 1990
vera neste século, em decorrência do aquecimen- pessoas para quem atravessar um dia já é uma
to global. Hoje, a seca severa atinge menos de luta, isto vai empurrá-las para o precipício.
5%. O alerta foi dado por um centro de pesquisa O modelo usa um índice, conhecido pela
do governo, o Centro Hadley para Previsão e sigla em inglês PDSI, que mede secas. O índice
Pesquisa do Clima, para o qual países em desen- para seca moderada atinge atualmente 25% da
volvimento e os países pobres sofrerão mais. superfície da Terra. Em 2100, atingirá 50%; o
- É uma sentença de morte para muitos mi- índice de seca severa, hoje em 8%, chegará a
lhões de pessoas - disse Andrew Pendleton, da 40%; e o índice de seca extrema, hoje em 3%,
ONG Christian Aid, em evento em que o estu- chegará a 30%.
do foi divulgado, na terça-feira. O estudo pode conter imprecisões ou incerte-
- Isto vai significar migração em níveis que zas, diz a reportagem. Ele utiliza apenas um índi-
não vimos antes. ce de seca, não há outro modelo climático utiliza-
- Quase não existe aspecto da vida em paí- do e só leva em conta um cenário de emissão de
ses em desenvolvimento que estas previsões gases. O estudo completo será publicado no final Governo inglês divulga plano para pri- co regulatório está a criação de conselhos de
não minem - disse Andrew Simms, da Funda- de Outubro no ‘Journal of Hydrometeorology‘. vatizar a Amazônia usuários (não deliberativos) nos municípios
O governo inglês, por meio de David Mi- para a fiscalização das empresas prestadoras
liband, secretário de Meio Ambiente britâ- de serviços de saneamento. Até o momento
nico, divulgou na semana passada no Méxi- não há fiscalização no setor, e as companhias
co um plano para transformar a floresta ama- de água e esgoto fixam suas tarifas sem ne-
zônica em uma grande área privada. O anún- nhum controle por parte dos usuários. Outro
cio foi feito em um encontro realizado na avanço se refere ao oferecimento de garantias
cidade de Monterrey, segundo informou o aos investimentos das empresas de saneamen-
jornal ‘Daily Telegraph‘. O evento reuniu to. No caso de encampação, por exemplo, por
os governos dos 20 países mais poluidores um município dos serviços de saneamento
do mundo. prestada por uma companhia estadual ou pri-
A proposta inglesa, que conta com o aval vada, o marco regulatório exige o pagamento
do primeiro-ministro Tony Blair, visa a pro- de indenização, cujo valor deverá ser baseado
teger a floresta, segundo Miliband. O pró- no valor total dos recursos aplicados pela com-
prio político admitiu que a idéia está em seu panhia. A definição da titularidade municipal
estágio inicial e que será preciso discutir as ou não dos serviços de saneamento nas regiões
questões de soberania da região com o Brasil. metropolitanas, objeto de disputa acirrada en-
O plano prevê que uma grande área da Ama- tre estados municípios, vai depender do tér-
zônia passaria a ser administrada por um con- mino da interpretação da Constituição federal
sórcio internacional. Grupos ou mesmo pes- pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamen-
soas físicas poderiam então comprar árvores to de ações declaratórias de inconstitucionali-
da floresta. dade (Adin) contra leis criadas por alguns es-
tados, como Bahia e Rio de Janeiro. A nova lei
NACIONAIS contempla ainda a possibilidade de inclusão
Finalmente, Senado aprova marco regu- dos entes da Federação instituírem fundos para
latório para o setor de saneamento básico a universalização dos serviços públicos de sa-
O Plenário do Senado aprovou o Projeto de neamento básico, aos quais poderão ser desti-
Lei do Senado (PLS) 219/06, que estabelece as nadas parcelas das receitas desses serviços.
diretrizes nacionais para o setor de saneamento - O Senado, com a comissão de saneamento
básico. A matéria, aprovada por unanimidade tomou a iniciativa e está por consenso delibe-
pela Comissão Especial Mista de Saneamento, rando sobre uma lei fundamental que vai permi-
resultou de um acordo entre os integrantes da tir universalizar o saneamento básico no país -
comissão e membros do governo federal, o qual disse. Durante a sessão de votação estiveram
possibilitou a fusão de duas propostas diver- presentes ao Plenário do Senado o ministro das
gentes de marco regulatório para o setor. O pro- Cidades, Márcio Fortes, juntamente com o se-
jeto segue para a Câmara dos Deputados. cretário nacional de saneamento básico, Abe-
Entre as inovações trazidas pelo novo mar- lardo Barbosa.
K
set-out/2006 09

São Paulo institui comissão que regula- ção das ações desenvolvidas pelo Departamen-
rá os serviços de saneamento estaduais to de Recursos Hídricos da Secretaria de Meio Lançamento do primeiro livro brasileiro sobre
Foi instituída em (09/06), a Comissão de Re-
gulação do Serviço de Saneamento no Estado de
Ambiente, pelo Programa de Açudes e Poços
da Secretaria das Obras Públicas e Saneamento
águas subterrâneas e poços tubulares profundos
São Paulo (Corsanpa). De acordo com Decreto e pela Corsan - na autorização, construção de Local: Curitiba/PR - durante a abertura do XIV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas
50.868, que dispõe sobre o assunto, caberá a poços tubulares e fiscalização do uso da água Editores: Carlos Eduardo Q. Giampá e Valter Galdiano Gonçales
comissão adotar medidas necessárias para o aten- proveniente de poços tubulares no Rio Grande DH - Perfuração
dimento do interesse público bem como para o do Sul. Para Avelar Bastos essa perspectiva de de Poços Ltda.
desenvolvimento do saneamento no Estado. trabalho em conjunto visa a troca de conheci- Signus Editora
Para o presidente da Companhia Estadual mentos entre segmentos que atuam na área, “so-
de Saneamento Básico do Estado de São Paulo lucionando um dos problemas do nosso Esta- Patrocínio:
(Sabesp) e presidente da Associação das Em- do, que é a ausência dessas transferências de Petrobrás
presas de Saneamento Básico Estaduais (Aes- informações entre órgãos que deveriam estar
be), Dalmo Nogueira, a iniciativa aumenta a mais próximos”. Apoio: ABAS
transparência na relação com os municípios, A execução do objeto será regrada através de
pela fixação de metas de atendimento e padrão Planos de Trabalho a serem deliberados e instru- Preço de capa:
de qualidade dos serviços, proporcionando mentalizados por um Comitê Executivo, composto R$ 100,00
maior segurança e tranqüilidade para a realiza- por um integrante de cada uma das partes, os quais Sócios da ABAS:
ção dos investimentos e da contínua expansão definirão a estratégia de atuação, a forma de parti- R$ 90,00
de sua base de operação. Com essa iniciativa, cipação e cronograma de implementação.
São Paulo avança na regulação do saneamento, Competirá, ainda, ao Ministério Público to-
conferindo mais eficiência à prestação do abas- mar as medidas judiciais e extrajudiciais neces-
tecimento de água e esgotamento sanitário rea- sárias para garantir o cumprimento do convê- este semestre ocupa a Presidência do Mercosul Aylard. Ele disse que há uma ‘chance muito
lizados no Estado. “Com este Decreto, São nio. Ao Departamento de Recursos Hídricos, para impulsionar o projeto, e para isso convo- pequena‘ de a situação se deteriorar em emer-
Paulo dá mais um importante passo no sentido quando da instauração de processo visando à cou de forma extraordinária o Conselho Superi- gência na capital. Mas se as medidas de econo-
de criar um ambiente adequado para a melhora outorga do direito de uso das águas subterrâne- or de Direção do Projeto Aqüífero Guarani para mia não bastarem, a empresa já avaliou a ques-
continua das condições do saneamento de nos- as localizadas no perímetro urbano dos municí- os próximos dias 14 e 15 de outubro. O projeto tão de ‘se é possível trazer grandes quantidades
sas cidades e, portanto, da qualidade de vida de pios, solicitar as informações cadastrais quanto tem como objetivo impulsionar estudos técni- de água pelo mar‘ como um último recurso. ‘É
nossa população”, completa Dalmo. Nesse ca- às atividades desenvolvidas no imóvel e à Se- cos para o futuro controle e cuidado do aqüífe- uma possibilidade técnica‘, afirmou.
minho, seguem os Estados de Goiás e do Ceará cretaria de Obras Públicas e Saneamento e à ro, e conta com o apoio da Organização dos A atual seca que se faz sentir no Reino Uni-
e o Distrito Federal, que já dispõem de agências Corsan, fornecer suporte técnico e operacional Estados Americanos (OEA) e o Fundo para o do já levou a que o principal fornecedor de água
que tratam da regulamentação das tarifas e fis- necessários para a concretização do convênio. Meio Ambiente Mundial, do Banco Mundial. ao domicílio na Grã-Bretanha, a Thames Water,
calizam a prestação dos serviços. anunciasse que está a pensar em rebocar iceber-
Uruguai quer o Aqüífero Guarani sem VOCÊ SABIA ? gues do Ártico para Londres.
SUBTERRÂNEAS controvérsias Thames Water planeja rebocar iceberg «Temos de estudar todas as alternativas
Uso de águas subterrâneas é tema de O Governo do Uruguai pretende criar um para combater a seca em Londres possíveis, incluindo rebocar icebergues do Ár-
convênio no Rio Grande do Sul sistema para solucionar as controvérsias sobre o A capital britânica poderá ter de ser abaste- tico e provocar chuvas», disse Richard Aylard,
O Subprocurador-Geral de Justiça para As- aqüífero Guarani durante sua Presidência do Mer- cida com água potável trazida de navio pelo da Thames Water, citado pelo jornal Times.
suntos Jurídicos, Antonio Carlos de Avelar Bas- cosul, e convocou uma reunião extraordinária para mar, caso a seca que atinge o sul da Inglaterra Aylard admitiu que muitas pessoas poderão
tos, juntamente com o Secretário Estadual do tratar desse assunto em outubro, informaram à venha a criar uma emergência em Londres, in- pensar que se trata de uma ideia «estúpida»,
Meio Ambiente, Cláudio Dilda, Secretário Es- EFE fontes do bloco. O aqüífero Guarani é uma forma a empresa responsável. Meteorologistas mas não deixou de a incluir nas várias alternati-
tadual de Obras Públicas e Saneamento, Waldir das maiores reservas de água subterrânea do pla- dizem que partes da Inglaterra e do País de Gales vas, explicando que a Thames Water ainda não
Artur Schimidt, Diretor de Expansão da Com- neta, com aproximadamente 37.000 quilômetros podem estar à beira da pior crise de falta d´água decidiu se vai importar icebergues da Gronelân-
panhia Riograndense de Saneamento, Sergio cúbicos acumulados. Situado na parte leste e cen- em 100 anos. A única chance de evitar uma seca dia ou da Escandinávia.
Luiz Klein e o Diretor Financeiro e de Relações tro-sul da América do Sul, calcula-se que o aqü- trágica será a chuva forte no verão. Como refere o Jornal de Negócios Online, a
com Investidores da Corsan, Jorge Luiz Costa ífero abranja uma superfície total de 1.190.000 A companhia Thames Water, que abastece Thames Water, filial do grupo alemão RWE, faz
Melo, assinaram Termo de Convênio visando à quilômetros quadrados, dos quais 850.000 cor- de água cerca de 8 milhões de pessoas na área de o tratamento da água utilizada por 13 milhões
conjugação de esforços técnicos e operacionais respondem ao Brasil, 225.000 à Argentina, Londres, deve decidir ainda nesta semana se de pessoas e fornece água potável a outros oito
para garantir a proteção e o adequado uso das 70.000 ao Paraguai e 45.000 ao Uruguai, países requisita ao governo uma ordem de seca, que milhões de pessoas numa zona de 13 mil quiló-
águas subterrâneas no Estado. integrantes do Mercosul. permite proibir todo o uso não essencial da água, metros quadrados no Sul de Inglaterra, incluin-
O objetivo é buscar a integração e otimiza- O Governo uruguaio quer aproveitar que disse o diretor ambiental da empresa, Richard do a área de Londres.
10

CABAS

Uso de águas
Um dos principais assuntos a serem
abordados no congresso será o apro-
subterrâneas é
veitamento econômico de águas subter- tema de congresso
râneas e de como elas podem beneficiar
diversos setores em Curitiba
Esse mês, a ABAS - Associação Brasi- dade de Waterloo, além de 7 palestras-setori-
leira de Águas Subterrâneas realizará con- ais, 23 mesas-redondas e 2 cursos de inova-
gresso para discutir e divulgar as novas tec- ção tecnológica.
nologias de uso e preservação de águas sub- Segundo o presidente da Comissão Or-
terrâneas e suas oportunidades de negóci- ganizadora do Congresso e Professor de hi-
os, ressaltando sua interação com as ques- drogeologia no curso de graduação e pós-
tões econômicas, sociais e ambientais. Ape- graduação em geologia da UFPR, Ernani Fran-
sar de ser um país privilegiado em recursos cisco da Rosa Filho, um dos principais as-
hídricos, o Brasil precisa se preparar para en- suntos a serem abordados no congresso será
frentar o problema da falta do abastecimento o aproveitamento econômico de águas sub-
de água. Mesmo um país tão favorecido como terrâneas e de como elas podem beneficiar
o nosso sofre por vezes com as variações diversos setores. “Companhias de sanea-
climáticas, em particular com a escassez de mento, hospitais, postos de combustíveis,
chuvas que tanto prejudicam vários setores agroindústria em geral, levam vantagem. Isso
produtivos. porque as águas subterrâneas estão mais
Para analisar esse cenário, a ABAS pro- protegidas contra agentes poluidores e têm
move de 7 a 10 de novembro no CIETEP (Cen- qualidade melhor em relação às águas de
tro Integrado dos Empresários e Trabalhado- superfície, além é claro de se apresentarem
res do Paraná), o XIV CABAS - Congresso em maior quantidade. O custo de captação
Brasileiro de Águas Subterrâneas. Além de de águas subterrâneas é inferior ao custo de
discutir questões ligadas ao uso e preserva- captação das águas de superfície, especial-
ção de águas no subsolo, de apresentar as mente porque dispensa a construção de bar-
novidades em termos de equipamentos e ma- ragens e minimiza os impactos ambientais,
teriais utilizados na extração de água subterrâ- uma vez que sua captação não envolve o
nea e, de tudo que se refere a poços tubulares alagamento de áreas”, destaca o presidente
profundos, o XIV CABAS tem ainda espaço da comissão.
reservado para empresas, pesquisadores, aca-
dêmicos e técnicos discutirem a questão da
água nos âmbitos econômico e social.
“...Companhias de saneamento,
O evento terá uma programação multidis- hospitais, postos de
ciplinar e estão previstas conferências com
especialistas da Universidade Politécnica da combustíveis, agroindústria em
Catalunha, Hydrogéo Plus Inc e da Universi- geral, levam vantagem...”
11

Problema Mundial - A escassez da água


não é alarmante apenas no Brasil. Estudos re-
“...Para os participantes deste
centes do Instituto Internacional de Gerencia- congresso e que nunca visita-
mento de Água (IWMI – International Water
Management Institute) apontam que pelo me-
ram a capital do Paraná, esta é
nos um terço da população mundial sofre com uma oportunidade única para
algum tipo de escassez de água e mais, que
existem dois tipos de escassez desse recurso. visualizar esses aspectos numa
A escassez econômica que ocorre devido à fal- cidade que, de certo modo,
ta de investimento, caracterizada por pouca in-
fra-estrutura e, aquela causada pela distribui- mantém ainda um clima de
ção desigual de água. Os dados foram apre- província, embora conte com
sentados na Semana Mundial da Água em Es-
tocolmo, na Suécia, em agosto deste ano. uma população de 1.700.000
De toda a água disponível no planeta, 1
bilhão e 370 milhões de Km3, 97,2% é salgada
habitantes...”
e apenas 2,8% é doce. O agravante é que a
maior parte dessa reserva de água doce não desenvolvimento da cidade. Muito se deve
está disponível para consumo, pois é encon- aos japoneses e árabes que chegaram depois,
trada sob a forma de geleiras, no vapor da quando Curitiba já estava formada; os japo-
atmosfera e umidade do solo. Já a quantida- neses criaram um cinturão verde em torno da
de de água doce superficial, aquela encon- cidade e os árabes desenvolveram comércio.
trada em rios, lagos, açudes e represas, - e Entre outros povos, ingleses, suíços, france-
geralmente usada na indústria, agricultura e ses, espanhóis, portugueses e gregos tam-
abastecimento das cidades, - é bem menor bém fixaram residência em Curitiba, embora em
que o montante de águas subterrâneas. Isso contingentes menores.
ocorre devido ao fato de as águas superfici- A integração de todas estas culturas é vi-
ais se esgotarem com mais facilidade em fun- sível em diversos aspectos: passando pela
ção da estiagem e do desperdício. culinária e o artesanato local – com as pês-
sankas ucranianas – até a arquitetura das ca-
Descobrindo Curitiba sas, com forte influência da técnica enxaimel, uma população de 1.700.000 habitantes. To- Promoção Realização
É uma cidade de muitos sotaques, possui- que significa enchimento (aquela mistura de das estas características conferem a Curitiba
dora de características próprias, sobretudo madeira e tijolos, típica das casas alemãs). Para um coração grande e hospitaleiro que aco-
européias. A vinda dos imigrantes a Curitiba se conhecer um pouco da cultura italiana bas- lherá com alegria e generosidade os partici-
se insere na terceira fase da independência do ta visitar o bairro de Santa Felicidade que con- pantes do XIV Congresso Brasileiro de
país, em 1822. Poloneses, ucranianos, alemães centra características muitas vezes mais origi- Águas Subterrâneas.
e italianos que contribuíram com a formação e nais do que as encontradas hoje na Itália. São
milhares de judeus e árabes convivendo em
Patrocínio
“...Estudos recentes do Instituto
harmonia. Os africanos e seus descendentes
tiveram destacada influência e também têm sua
Internacional de Gerenciamento marca na construção da cidade.
Curitiba ficou famosa por oferecer boas
de Água (IWMI – International condições de vida e a migração, por esta ra-
Water Management Institute) zão, foi extremamente estimulada. Tanto é que
hoje 48% da sua população é formada por
apontam que pelo menos um gente de outras regiões do país. Para os par-
terço da população mundial ticipantes deste congresso e que nunca visi-
taram a capital do Paraná, esta é uma oportu-
sofre com algum tipo de nidade única para visualizar esses aspectos
escassez de água...” numa cidade que, de certo modo, mantém ain-
da um clima de província, embora conte com K
12 set-out/2006

Tudo pronto para o XIV Congresso Brasileiro de


Águas Subterrâneas que acontece no Paraná
Feira Nacional da Água - O Cabas 2006 vulgação será própria e ampliada, envol- mércio, Eletromatic Controle e Proteção, nas Brasil Equipamentos, Sampla do Bra-
tem como tema “Água subterrânea para a vendo diversos setores usuários de águas Express Export Of Miami, Geoartesiano sil Indústria e Comércio de Correias, Sa-
sociedade - saúde, irrigação e desenvolvi- subterrâneas, como agronegócio; indústri- Comércio e Representações, Governo do nepar - Cia de Saneamento do Paraná,
mento econômico”, a partir desse ano re- as; órgãos gestores de todas as esferas; Estado do Paraná, Hidropel Hidrogeologia Schlumberger Water Services, Sidrasul
nova a feira paralela de produtos e servi- petróleo; mineração; construção civil; con- Perfurações, Hotel Bourbon de Curitiba, Sistemas Hidráulicos, Superduto Indl.
ços. Paralelamente ao congresso, aconte- cessionárias privadas de água e esgoto; IBGE - Instituto Brasileiro de Geográfia e Coml. de Artefatos de Plásticos, System
ce no mesmo local a Feira Nacional da Água, sistemas autônomos de água e esgoto; em- Estatística, Indústria de Motores Anauger, Mud Produtos Químicos e Technomine
evento gratuito e aberto ao público. Nessa presas de tratamento de resíduos; labora- Indústrias Schneider S/A, Mark Grundfos, Brasil.
feira os visitantes vão encontrar estandes tórios de análise de água; empresas de per- M-I Swaco Do Brasil - Comércio, Servi- Como nos evento anteriores, os expo-
com diversos tipos de materiais para cons- furação de poços; fabricantes de equipa- ços e Mineração, Mojave Tecnologia em sitores terão a disposição um espaço nos
trução de poços, equipamentos para bom- mentos para poços; fabricantes de equipa- Saneamento, NGWA - National Ground auditórios durante o período do congres-
beamento, máquinas de perfuração, sof- mentos de monitoramento ambiental; geo- Water Association, Pleuger Indústria e so para a apresentação de seus produtos e
twares para simulação de contaminação de física e geoquímica; universidades; sanea- Comércio de Bombas Hidráulicas, Promi- serviços.
água no subsolo, equipamentos de pros- mento ambiental e básico. A proposta é
pecção geofísica e tudo em geral que se uma maior visitação aos estandes.
refere a materiais e tecnologia de perfura- Confirmaram presença no evento: Ag
ção de poços e ambiental. Solve, Amanco Brasil S.A, ABAS, Ber-
Além disso, diversas instituições go- linwasser / GTZ, Bombas JVP, Bombas
vernamentais que atuam na área de recur- Leão, C.R.I. Bombas Hidráulicas, Caimex
sos hídricos terão oportunidade de mos- Comércio Exterior, Caixa Econômica Fe-
trar suas ações e projetos relacionados à deral , Chicago Pneumatic Brasil, Cobras-
área. Nesta edição, a tradicional exposição per - Industria Brasileira de Perfuratri-
paralela ao Congresso da ABAS vem to- zes – EPP, CPRM - Serviço Geológico do
talmente repaginada e passa a se chamar Brasil, DAEE - Departamento de Águas e
FENÁGUA - Feira Nacional da Água. Será Energia Elétrica, Dancor S.A Indústria
o ponto alto do evento que conta com um Mecânica, Drill Center Com. Serv. E
espaço de 1.000 m2 com 79 estandes. A di- Transp., Ebara Indústrias Mecânicas e Co-

Mesas redondas
Os temas das mesas redondas são: até que ponto devemos confiar em mode-
gestão de recurso hídrico e a mineração; los computacionais; combustível, etanol
inserção das águas subterrâneas na políti- e águas subterrâneas; gestão de aqüífe-
ca nacional de recursos hídricos; restrição ros transfronteiriços; como a gestão de
de perfuração: solução ou não?; gestão águas subterrâneas pode agregar valor às
das águas subterrâneas em diferentes re- águas minerais; estado atual do monitora-
giões; passivos ambientais; importâncias mento da qualidade e quantidade de águas
das áreas de proteção e recarga; cobrança subterrâneas; água subterrânea no desen-
pelo uso da água subterrânea; remedia- volvimento agrícola brasileiro; a importân-
ção: até onde a técnica propiciará aqüífe- cia da águas subterrânea para o setor in-
ros limpos?; política nacional de sanea- dustrial; participação da sociedade na ges-
mento; classificação e diretrizes para en- tão de águas subterrâneas; termalismo –
quadramento das águas subterrâneas; valor econômico e locação de poços em
análises químicas: controle de qualidade; áreas complexas: aqüíferos fraturados.
set-out/2006 13

Cobrança pelo uso de água subterrânea gera incerteza


Com a efetiva aplicação da lei, o preço público pelo uso de reservas de águas que
se encontram em áreas privadas será para todos
O assunto não é novo, mas promete gerar vista desde 1997 na legislação reconhecendo o do poder público, por membros da comunidade de qualidade superior ao das águas superficiais.
polêmica. Prevista em lei há 9 anos, a cobrança recurso como um bem público, limitado, dota- e representantes da sociedade civil, justamente No caso de alguns usos industriais, essa diferen-
ou como preferem os especialistas o “preço pú- do de valor econômico. Para ele a cobrança para que todos sejam ouvidos e dêem sua opi- ça de qualidade pode representar uma economia
blico”, neste caso entendido como o valor a ser pelo uso da água é apenas um dos instrumen- nião. com a parte do tratamento. Quanto ao uso da
pago pelo uso de recursos hídricos, em particu- tos de gestão desse recurso. “A aplicação des- Qualidade e Custo-Benefício - Devido à água subterrânea para irrigação, isso normalmen-
lar pelo uso de águas subterrâneas deve mexer se instrumento visa reconhecer a água como constante degradação das fontes de águas super- te ocorre quando não existe disponibilidade hí-
com o setor produtivo e com o consumidor resi- bem econômico e dar ao usuário uma indicação ficiais (rios e lagos) e em função da crescente drica superficial suficiente, mas nesse caso, o
dencial. O motivo do potencial incômodo com a de seu real valor, incentivar a racionalização demanda do uso de água em virtude do cresci- agricultor tem o custo de sua atividade onerada
aplicação da cobrança seria a incerteza de que a do uso da água e, obter recursos financeiros mento populacional, das atividades industriais e pelo custo da energia utilizada no bombeamen-
arrecadação seja de fato destinada ao fim pro- para o financiamento dos programas e inter- agropecuárias e, das vantagens econômicas, o uso to”, ponderou Pereira.
posto. A constatação é do Consultor de Geren- venções contemplados nos planos de recursos de águas subterrâneas tem aumentado gradativa- Entendendo a Lei - A lei 9433/97, que
ciamento de Recursos Hídricos e Doutor em Re- hídricos”, destacou. mente nos últimos 20 anos. Sabe-se que as águas estabeleceu a Política Nacional e Recursos Hí-
cursos Hídricos e Saneamento Ambiental, Jaildo Ele lembra ainda que Constituição Federal de subterrâneas são uma alternativa muito impor- dricos (PNRH), deu aos governos federal e es-
Santos Pereira que falará sobre o tema no XIV 1988 tornou pública todas as águas, independen- tante, por exemplo; para o abastecimento de pe- tadual a missão de assegurar o controle quanti-
CABAS (Congresso de Águas Subterrâneas). te de onde elas se encontram. “As águas subterrâ- quenas e médias populações urbanas e comuni- tativo e qualitativo dos usos da água. Já o uso
“De forma geral, as maiores resistências à co- neas, mesmo estando depositadas em aqüíferos dades rurais. Sabe-se também que a construção de recursos hídricos para a satisfação das ne-
brança são decorrentes das dúvidas de que os localizados em áreas privadas continuam públi- de poços, geralmente menor que o custo das obras cessidades de pequenos núcleos populacionais,
recursos gerados serão, efetivamente, aplicados cas e, portanto, sujeitas à aplicação da cobrança.”, de captação de águas superficiais como diques, distribuídos no meio rural; independem de qual-
na área de recursos hídricos. Experiências como complementou. represas e estações de tratamento proporciona- quer autorização, desde que o volume captado
a da criação da CPMF são muito recentes e ali- Pereira enfatiza também que o setor produti- ria à população água de mais qualidade e saudá- seja considerado insignificante. Entre as inova-
mentam dúvidas”, explicou o especialista. vo e o consumidor residencial não devem se pre- vel, uma vez que as águas subterrâneas na maio- ções se destacam a adoção do conceito de bacia
Conforme disse o consultor, que também é ocupar tanto com a tarifação da água subterrânea ria das vezes são mais puras que às superficiais, hidrográfica como unidade de gestão dos recur-
especialista em Economia e Políticas de Ges- porque ela será decidida pelos Comitês das Baci- demandando apenas um tratamento simplifica- sos hídricos, a valorização dos múltiplos usos
tão de Água e que atuou no Programa de Ge- as Hidrográficas de cada região. Esses comitês, do, fator que poderia até mesmo baratear o custo da água - tais como abastecimento e saneamen-
renciamento de Recursos Hídricos do Banco explicou, são uma espécie de parlamento das de fornecimento. “Em situações gerais, as águas to público, transporte e irrigação - e o reconhe-
Mundial, a cobrança pelo uso da água está pre- águas e sempre compostos por representantes subterrâneas podem se apresentar com um nível cimento do valor econômico da água.
14 set-out/2006

Conselho Deliberativo

Ata da reunião do Conselho Deliberativo -


No dia oito de agosto de 2006, nas depen- O Conselheiro Marcílio Tavares Nicolau presentação da ABAS junto ao CREA-SP vimento, biênio 2007/2008, mas informou da
dências do Belo Horizonte Plaza Hotel, foi sugeriu que no site da ABAS tenha um aces- está em andamento. O Presidente do núcleo insatisfação por não ter visto nenhum nome
realizada a reunião do Conselho Deliberativo so restrito aos associados adimplentes com Santa Catarina Luis Pacheco questionou o do Norte/Nordeste. O Presidente Uriel infor-
da Associação Brasileira de Águas Subter- informações complementares, como consul- critério de publicação no Jornal da ABAS, mou que foi aberto a todos os sócios que
râneas, que contou com a presença do Presi- tas a trabalhos técnicos entre outros. O Dire- pois há informações em atraso e a divulga- fizessem uma chapa e enviasse a ABAS, no
dente da ABAS Nacional Uriel Duarte, do 1º tor da Acqua Consultoria Rodrigo Cordeiro, ção do Congresso ainda consta com peque- entanto apenas uma se inscreveu. Said lem-
Vice-Presidente da ABAS Nacional Lauro informou que a parte de base de dados já foi nas notas. Sugeriu que a chamada para o bra que há cinco anos não tem evento no
César Zanatta, dos Presidentes de núcleos: implementada, porém para se ter acesso aos Congresso esteja sempre em destaque. Nordeste e propôs que o próximo congresso
Antônio Tarcisio de Las Casas, Renato Blat trabalhos é necessário contratar planos mais O Presidente do núcleo Bahia Godofredo seja realizado no Norte ou no Nordeste. O
Migliorini, Luis Francisco Andrade Pache- caros de servidor. Atualmente, os associa- Correa Lima Jr. informou que tem enviado tra- Conselheiro Joel Felipe Soares informou que
co, Mario Wrege, Godofredo C. Lima Jr., Ever- dos têm solicitado os trabalhos por e-mail e a balhos técnicos para publicação no Jornal não é a ABAS Sede quem escolhe o local do
ton Luiz Costa Souza, Francisco Said Gon- secretaria da ABAS verifica se este associa- ABAS informa e que até o momento nenhum evento, e sim os núcleos interessados que
çalves, dos Conselheiros: Cláudio P. Olivei- do está em dia com a anuidade e envia por e- foi publicado. apresentam candidatura e pleiteiam para que
ra, Joel Felipe Soares, Marcílio Tavares Nico- mail. O Presidente Uriel Duarte informou que o o evento seja realizado na cidade indicada. A
lau, da Conselheira do núcleo Minas Gerais O Presidente do núcleo Ceará Francisco jornalista não poderá publicar o artigo dire- decisão é tomada em Assembléia.
Andréa Vaz de Melo Franca e da Associada Said cobrou o envio da segunda remessa dos tamente sem antes ser analisado. O Presidente O Presidente do Núcleo Francisco Said in-
do núcleo Minas Gerais: Leila N. Menegasse boletos para pagamento das anuidades. O do núcleo Sul Mario Wrege sugeriu que o formou o problema que teve com a saída do
Velásquez, do Diretor da Acqua Consultoria Presidente Uriel Duarte pediu que a diretoria jornalista fosse um especialista da área. O tesoureiro do núcleo, pois o acesso junto ao
Rodrigo Cordeiro, e da secretária da ABAS enviasse sugestões para a próxima reunião. Conselheiro Joel Felipe Soares parabenizou Banco do Brasil foi bloqueado. Pede que a
Sede Cristina Azevedo. Presidente Uriel agra- O Presidente Uriel sugeriu que passasse a Secretaria da ABAS quanto a elaboração ABAS Sede o ajude a solucionar. Questionou
dece a presença de todos e inicia a reunião. pelo crivo da Diretoria da ABAS ou alguma do cartão do associado, mas sugeriu que te- sobre a mudança da ABAS para OSCIP. O Dire-
Comissão por ela designada a analise dos nha somente número do registro, nome CPF tor da Acqua Consultoria Rodrigo Cordeiro in-
Comunicado da Diretoria - O Presidente profissionais escolhidos para ministrar cur- ou RG. formou que está sendo contratado um advoga-
Uriel disponibilizou a todos os presentes o sos pela Associação, seja nos núcleos ou na O Conselheiro Joel Felipe Soares falou do para dar continuidade ao assunto com se-
balanço da ABAS Nacional de janeiro a ju- Sede. sobre a proposta recebida de Mário Tinoco gurança. O Presidente do núcleo também infor-
nho de 2006 para consulta. O Conselheiro Joel Felipe Soares cita o para publicação e posterior comercialização mou que o núcleo CE tem participação com
caso do evento da ABAS – MG “Seminário – de seu livro “Águas Subterrâneas”. A ABAS vice-presidente na Câmara Técnica do Conse-
Renovação de contrato da homepage da Novas Tecnologias para Poços Tubulares”, apoiaria juntamente com outras associações lho de Recursos Hídricos no Estado do Ceará.
ABAS - O diretor da Acqua Consultoria infor- onde considera que há interesse direto de e comercializaria tendo retorno de parte ou
mou que recebeu o contrato da Virtual Mídia, empresa que se utilizará da ABAS para fazer de todo valor investido. Núcleo PR – O Presidente do núcleo Para-
apresenta os valores, justifica a necessidade propaganda e dar maior visibilidade aos seus O Presidente do núcleo Ceará Francisco ná Everton Souza informou que o núcleo está
de manutenção e a diretoria aprova. produtos. O Presidente do núcleo Paraná Said perguntou se os núcleos também pode- muito envolvido com a organização do próxi-
Everton Souza falou da importância da co- riam comercializar. O Diretor da Acqua Con- mo Congresso. Disse sobre a dificuldade de
Palavra Livre - O Presidente do núcleo missão para analisar os profissionais e os sultoria informou que sim, mas que o núcleo obter a confirmação dos palestrantes convi-
Sul Mario Wrege sugeriu que seja inserido cronogramas de cursos e eventos na ABAS. deve prestar contas junto a ABAS Sede. O dados. Informou ter encaminhado ofício ao
no site da ABAS e no Jornal ABAS informa O Conselheiro Marcílio Tavares Nicolau su- Presidente do núcleo Sul Mario Wrege su- órgão gestor de recursos hídricos quanto à
quais os benefícios dos associados ABAS. geriu que se faça uma diferenciação nos cré- geriu análise de conteúdo e que se tivesse preocupação com a clandestinidade crescen-
O Presidente Uriel Duarte sugeriu que a ditos do evento, já que neste caso quem está mérito recomendava publicação. te de empresas perfuradoras. Também infor-
anuidade seja disponibilizada para pagamen- promovendo é a empresa e a ABAS-MG só A diretoria aprova. A Conselheira Leila mou que a resolução 15 do Conselho de Re-
to em cartão em várias parcelas. O Conselhei- apoiando. O Presidente do núcleo Sul Mario sugeriu que o livro “Águas Subterrâneas”, cursos Hídricos que estabelece que todas as
ro Joel Felipe Soares informou ser contra, pois Wrege sugeriu que se tenha um follow up seja sorteado entre os adimplentes. empresas perfuradoras de poços devem ser
a anuidade da ABAS já é baixa e se parcelada das reuniões anteriores para saberem os itens cadastradas junto aos Conselhos Regionais
no cartão as taxas que serão descontadas são e se tiveram soluções. Leitura da ata da última reunião - Após de Engenharia e Agronomia e também junto
elevadas. O Conselheiro Fiscal do Núcleo SC O 1º Vice-Presidente da ABAS Nacional leitura, a ata da última reunião do Conselho aos orgãos gestores. O núcleo PR está ten-
Zanatta sugeriu que tenha um incentivo para Lauro César Zanatta questionou sobre as re- Deliberativo é aprovada. tando motivar o orgão gestor, para que dentro
aqueles associados que vem pagando suas presentações da ABAS junto ao CREA. O desse cadastramento possa inserir o creden-
anuidades em dia durante 10 anos. Presidente Uriel Duarte informou que a re- Credenciamento - O Presidente Uriel Du- ciamento do selo da ABAS. O Presidente do
arte informou que há 20 empresas cadastra- núcleo Paraná Everton Souza informou que é
das, sendo que 12 estão em dia com o creden- uma maneira para se chegar nos perfuradores
ciamento e as oito restantes não renovaram o clandestinos. Informou estar fazendo citações
credenciamento. O Presidente Uriel Duarte das normas ABNT no orgão gestor, tanto para
informou sobre a sua participação na entrega projeto quanto para execução para que pos-
do certificado de credenciamento da Hidro- sam adotá-las como critérios técnicos.
sonda em Maranhão. Sugeriu que a entrega
dos certificados para as próximas empresas Núcleo BA – O Presidente do núcleo
sejam feitas através solenidades especiais. O Bahia Godofredo Correa informou sobre o
Conselheiro Cláudio P. Oliveira falou sobre a convite que recebeu do Centro de Conven-
criação de um folder para divulgação entre os ções de Ilhéus e de Porto Seguro para levar o
perfuradores e também sobre um anúncio a próximo congresso da ABAS para ser reali-
ser divulgado pela internet periodicamente. zado em Ilhéus ou Porto Seguro BA, mas in-
formou que o repassará para a próxima dire-
Núcleo CE – O Presidente do núcleo Fran- toria do núcleo. Informou que esta verifican-
cisco Said falou sobre as pessoas competen- do a possibilidade de adaptação da “Cartilha
tes e capacitadas que foram indicadas para a de Orientação aos Usuários Industriais so-
chapa Águas Subterrâneas para o Desenvol- bre o Uso de Águas Subterrâneas”.
K
set-out/2006 15

Belo Horizonte (08/08/06)


Núcleo Sul – O Presidente do núcleo Sul
Mário Wrege parabenizou o núcleo MG pe- O Conselheiro Marcílio Tava-
los eventos e pelas atividades de boa quali- res Nicolau sugeriu que fosse
dade que vem realizando. Informou que esta
verificando a possibilidade de adaptação da estudada a possibilidade dos
“Cartilha de Orientação aos Usuários Indus-
triais sobre o Uso de Águas Subterrâneas”.
núcleos obterem CNPJ pró-
Informou que já foi criado oficialmente o gru- prio, independente do CNPJ
po de assessoramento ao Conselho Estadu-
al de Recursos Hídricos. da ABAS, passando assim a
Disse ainda que está sendo desenvolvi- existir oficialmente e juridica-
do o Plano Estadual de Saneamento e prova-
velmente a ABAS terá um capítulo para falar mente
sobre águas subterrâneas.O Conselheiro
Cláudio P. Oliveira informou que foi solicita- Núcleo MG – O Presidente do núcleo Las
do junto a Secretaria de Meio Ambiente do Casas informou que está trabalhando na orga-
Estado a criação de um grupo de trabalho nização do Seminário – Novas Tecnologias para
direcionado para atender as questões de Poços Tubulares. Informou também sobre a
águas subterrâneas. O Conselheiro Cláudio aquisição de sala própria para instalação no
P. Oliveira também informou que está defi- núcleo MG. Questionou sobre a utilização do
nindo o local para realização da XV Encontro CNPJ da Sede pelos Núcleos, dizendo que tem
Nacional de Perfuradores de Poços. dificuldades para receber patrocínios. O Con-
selheiro Marcílio Tavares Nicolau sugeriu que
Núcleo SC – O Presidente do núcleo Luis fosse estudada a possibilidade dos núcleos
Pacheco entregou a prestação de contas do obterem CNPJ próprio, independente do CNPJ
núcleo para o Presidente Uriel Duarte. Infor- da ABAS, passando assim a existir oficialmen-
mou que Lauro Zanatta participará da XV te e juridicamente. O Conselheiro Marcílio Ta-
Reunião Ordinária do Conselho Estadual de vares Nicolau informou que a ABAS-MG tem
Recursos Hídricos na função de conselhei- dois patrimônios, uma sala em nome do núcleo
ro. Informou sobre o acervo do Aqüífero MG, quando tinha o seu próprio CNPJ e outra
Guarani que recebeu da Sanepar. em nome da ABAS Nacional, quando deveria
O Presidente do núcleo Luis Pacheco estar em nome da ABAS núcleo MG. O Conse-
questionou se o agradecimento deve ser en- lheiro Joel Felipe Soares informou que a ABAS
viado pela ABAS Sede ou pelo núcleo. O Nacional e os núcleos tem o mesmo CNPJ, por-
Presidente Uriel Duarte informou que a se- que a ABAS Sede vinha enfrentando proble-
cretária da ABAS Sede encaminharia esta mas regularmente com a falta de documentos
carta de agradecimento. dos Núcleos o que gerava atrasos na entrega
da Declaração de Imposto de Renda e conse-
Núcleo GO – O Presidente do núcleo Re- qüente problemas na obtenção de recursos da
nato Blat Migliorini informou que finalizou o esfera pública. O Presidente do núcleo Sul Mário
livro “Educação Ambiental para a Gestão do Wrege sugeriu que se faça um estudo sobre
Aqüífero Guarani na Região do Planalto dos esta reestruturação. O Presidente do núcleo PR
Guimarães’’ para professores de 1º e 2º Everton sugeriu que o núcleo MG formalizasse
graus”. Informou também que o curso de esta solicitação. O Presidente Uriel Duarte rela-
geologia está fazendo 20 anos e que Fernan- tou solicitação de adiantamento feito pelo nú-
do de Almeida será homenageado. cleo MG referente os patrocínios em aberto do
I Simpósio Latino-Americano de Monitoramen-
O Presidente Uriel Duar te to das Águas Subterrâneas que ocorreu em
informou que há 20 abril de 2006. O Presidente Uriel Duarte sugeriu
que a Sede nada podia fazer e que a única solu-
empresas cadastradas, ção era aguardar a liberação. Todos os presen-
tes concordam.
sendo que 12 estão em O Presidente do Núcleo Las Casas solici-
dia com o credenciamen- tou a aprovação da diretoria da ABAS para
adquirir um imóvel para o Núcleo ABAS-MG,
to e as oito restantes e foi aprovado pela diretoria.
não renovaram o creden- Nada mais havendo a tratar, o Presidente
Uriel agradeceu a presença de todos e en-
ciamento cerrou a reunião.

Navegue pela web e descubra as principais novidades


das águas subterrâneas, confira!!! www.abas.org
info@abas.org
16 set-out/2006

Águas Passadas

A torre d’água que se deitou


O antigo Departamento de Obras Sani- to, projeto, financiamento pela Caixa Econô- inclinou-se e se dei-
tárias – DOS – do Estado de São Paulo, an- mica Estadual e construção dos sistemas de tou ao longo do seu
tes da criação do Plano Nacional de Sanea- águas e esgotos. Não os operava, continu- comprimento. Feliz-
mento, com a implantação das companhias ando eles a serem municipais. No seu arqui- mente era domingo.
estaduais, entre elas a SABESP, era o órgão vo técnico havia vários projetos padroniza- As imediações, pou-
que orientava as prefeituras no planejamen- dos, por ele elaborado, os quais eram utiliza- co habitadas, estavam
dos em diversas prefeituras, nas capacida- desertas por ser hora
des adequadas a cada uma. de almoço e não hou-
Assim era, por exemplo, com os reserva- ve nenhum prejuízo
tórios de água elevados. Havia-os em dife- pessoal nem material,
rentes estilos e com volumes de 100, 200 e além do reservatório
500 metros cúbicos. O projeto constava de em si.
arquitetura, instalações elétricas e hidráuli- Na ocasião eu era
cas, equipamentos e estrutura de concreto diretor da Divisão de
armado. Não continha as fundações, já que Obras. Fui acordado à
estas deveriam ser projetadas individualmen- noite por um assusta-
te para cada obra, adaptadas às condições do telefonema do Di-
do solo do local. Um dos projetos foi forneci- retor Geral e logo de-
do à prefeitura de Palmital que contratou uma pois apanhado em
empreiteira para as obras, fiscalizadas pelo casa pela viatura do Departamento. Nele es- nhos, em cujo hotel passamos o resto da noi-
engenheiro do município e pelo DOS. tavam os engenheiros fiscais Arinos Lívio te. Bem cedo chegamos a Palmital. Em compa-
Inadvertidamente, porém, a construtora Teixeira e Samy Féres, o popular Samíferes. nhia do prefeito e do delegado fomos ver o
não projetou adequadamente as fundações, Tocamos para Palmital. reservatório deitado. Quase intacto, apenas
tendo apenas cravado no local algumas es- A “viatura” era uma coisa! Um enorme com algumas colunas trincadas, jazia ele, im-
tacas pré-moldadas. Terminadas as obras, jipão Nissan que tinha a qualidade de, ao ponente, ao longo do eixo da rua, cercado de
ainda não estando o reservatório em funcio- diminuir a velocidade, fazer entrar a fumaça “populares” que comentavam o ocorrido.
namento, apenas retirado o cimbramento, a do escapamento pela janela de trás, infechá- Surpreendentemente, o prefeito não esta-
torre d’água, suavemente, vagarosamente, vel. Ao fim da viagem estava-se sempre nau- va zangado nem demonstrava contrariedade.
seado e com dor de cabeça. Não tinha câm- Até ria e foi muito gentil conosco. O delega-
bio “automático”. Não se conclua daí que do, não. De cara amarrada, dizia que os ele-
devesse ser um precursor dos modernos car- mentos responsáveis deveriam ser punidos.
ros que engatam as marchas sem a ação do Evidentemente, novo reservatório foi
motorista. Não! Ele tinha sim alavanca de construído.
câmbio que devia ser acionada “no ouvido”. O DOS abriu um inquérito interno, onde
Devia-se aguardar um som característico do Arinos, Samy e eu prestamos depoimentos
ronco do motor e aí engatar a marcha deseja- frente à procuradoria jurídica do Departamen-
da. Era tarefa para alguns poucos iniciados. to. Concluiu-se, com cheiro de pizza, que a
Quando o motorista não acertava o som ade- culpa não havia sido do DOS, mas da firma
quado, as engrenagens produziam aquele empreiteira. No entanto, o bom Samíferes achou
conhecido e irritante raspar de quando se que não havia fiscalizado adequadamente, tan-
tenta, nos carros modernos, engatar a mar- to assim que pouco depois transferiu-se, muito
cha sem acionar o pedal da embreagem. triste, para outro Departamento.
Talvez alguns de minha faixa etária se lem- Vários anos mais tarde, já no DAEE, tive
brem desse tipo de carro. de passar por Palmital e fui visitar o prefeito
Além disso, era tão potente que dispen- da ocasião do ocorrido. Morava em uma casa
sava a primeira marcha. Partia sossegadamen- grande, com belo e amplo jardim na frente.
te em segunda. Como era noite e meus com- Do portão à entrada social, que ficava no
panheiros, já meio dopados pela exalação do andar superior e não no térreo, ia-se por uma
escapamento, ameaçavam dormir, inclusive, rampa, que fazia ponte sobre os canteiros em
temi eu, o motorista, liguei o rádio. suave curva, meio como uma semi-hélice ci-
Não era evidentemente o rádio do carro, líndrica. Esteticamente, era de efeito discutí-
que não o possuía. Mas era um aparelho re- vel, mas constituía orgulho do ex-prefeito que,
ceptor que o bom Escobar, o velho proprietá- alegremente, me comunicou haver utilizado
rio da Esco Bombas, havia tentado começar na construção dela, aço de concreto sobra-
a produzir em sua fábrica. Dera a alguns en- do do fatídico reservatório.
genheiros do DOS em amostra, para que opi-
nassem sobre suas qualidades. Creio que as
opiniões não foram favoráveis, já que, pelo
que sei, ele desistiu do projeto.
Engenheiro
Mas, de qualquer modo, distraiu nosso
Euclydes
sono durante a viagem, captando muita mú- Cavallari
sica sertaneja dedicada aos caminhoneiros (11) 3031-6473
que atravessavam a noite dirigindo. alicecv@uol.com.br
Ainda de madrugada chegamos a Ouri-
set-out/2006 17

Acontece no Meio

Errado que deu certo Perfuradoras ganham associação


Numa ação inédita acaba de ser
O professor Jim Barker é um dos nomes mo tempo que mostra pontos ilustrativos de sua criada a APEP - Associação Paulista
mais conhecidos e aclamados no estudo dos con- carreira, aponta para o futuro com inteligência e de Empresas Perfuradoras de Poços.
taminantes orgânicos em água subterrânea, mais bom humor. Imperdível. Confira como ficou composta a primeira
especificamente aqueles provenientes dos hidro- diretoria:
carbonetos de petróleo (gasolina, diesel, borras Presidente - Luciano Leo (Jundson-
etc.). Dr. Barker, dentre outros temas, atualmen- das)
te tem trabalhado nos efeitos do etanol na gaso- Vice Presidente - André Aragoni
lina, com pesquisas financiadas pela American (Uniper)
Petroleum Institute e grandes indústrias de pe- Secretário - Wlamir Marins (Ed-
tróleo com presença na América do Norte. sonda)
Suas palestras são um retrato de sua persona- Tesoureiro - Walter de Oliveira
lidade ao mesmo tempo investigativa e divertida. O propósito da APEPP é que todo
Sua conferência no XIV Congresso da ABAS, associado seja antes de mais nada, um credenciado da ABAS.
cujo título “Wrong again – the education of a Neste sentido, a APEPP estará envidando esforços para definir um padrão e normas associativas
hydrogeologist” é um excelente exemplo. Ao mes- que privilegie esta parceria com a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas.

Seis razões para cuidar bem da água


A maior parte da água do planeta, em Razões para Amar a Natureza, ambos de auto- No final da obra, os autores detalham a De-
torno de 97,5%, é salgada e está no oceano. ria do professor Nílson Machado, da Faculda- claração dos Mensageiros da Água, resultado
Apenas 0,006% está nos rios e lagos e é potá- de de Educação da USP, e da pedagoga Silmara de um programa promovido pela Unesco, e su-
vel. Há 2 mil anos havia 3% da população atual Casadei. gestões bibliográficas, além de abrir espaço para
do planeta e a quantidade de água permanece a Escrito em linguagem poética extremamente a criança planejar ações e campanhas em defesa
mesma, o que mostra que devemos cuidar desse lúdica, o jovem leitor vai descobrindo que a vida da água.
bem e estimular a consciência ambiental especi- começa na água, sua importância para nossa saú- A obra infantil possui 48 páginas e está
almente nas novas gerações. de e para todos os seres vivos, o ciclo da água na sendo vendido a R$ 18,00.
Trilhando este caminho, a Escrituras Edi- natureza, os cuidados que devemos ter no nosso
tora publica Seis Razões para Cuidar Bem da dia-a-dia, a água no universo e a responsabilida- Informações: (11) 5082-4190 ou
Água, segundo livro da série, iniciada pelo Seis de de todos pela preservação da natureza. www.escrituras.com.br
18 set-out/2006

Núcleos
Sul

Criada Rede Aqüífero Guarani


Mário Wrege, presidente do Núcleo descarga enfocando o uso sustentável do Redes/organizações que podem ser e discutir alternativas de gestão. Levanta-
Rio Grande do Sul está desenvolvendo a território; convidadas: Federação de Agricultura Fa- mento dos riscos de contaminação das zo-
“Rede Aqüífero Guarani”. O objetivo ge- ♦ Estabelecer um processo democráti- miliar (Fetraf); Rede Aguapé de Educação nas de recarga e acompanhar o desenvol-
ral é iniciar e fortalecer uma articulação co de participação em instâncias sub-naci- Ambiental do Pantanal; Red Socioambien- vimento do Projeto Proteção Ambiental e
entre os atores que trabalham nas áreas onais, nacionais e internacionais; tal de Entre Ríos e Uruguay; Red Federal Gerenciamento Sustentável Integrado do
do Sistema Aqüífero Guarani para fomen- ♦ Promover ações frente aos riscos de por La Democracia; Red de Ecoclubes; Sistema Aqüífero Guarani. Disseminar in-
tar o intercâmbio de informações, enfati- contaminação e explotação inadequada do Rede Alerta Contra o Deserto Verde; Rede formação visando a conscientização da
zando a necessidade de se trabalhar o re- Sistema Aqüífero Guarani. Brasileira de Educação Ambiental (RE- população sobre a importância do uso es-
servatório como um bem natural comum, ♦ Demandar transparência e monitora- BEA); Rede Brasileira de Educomunicação tratégico desse recurso de forma a assegu-
colocando enfoque na recuperação ambi- mento sobre as políticas de recursos hídri- Socioambiental (REBECA); Aliança Siste- rar o desenvolvimento socioeconômico e
ental e proteção das áreas de recarga bem cos e setoriais e sobre os distintos atores ma Paraguai-Paraná de Áreas Úmidas; Re- preservação ambiental. Além de realizar
como na gestão integrada a partir da aná- envolvidos. des da Argentina e Uruguai (a serem iden- campanhas e denuncias nacionais para
lise dos usos do aqüífero. tificadas); Coletivos e organizações de proteção do Aqüífero.
As áreas de atuação da rede são políti- pesquisadores; Coletivos/organizações de Mais informações sobre a Rede com
Objetivos específicos cas públicas, disseminação de informa- povos indígenas; Redes de jornalistas/ Mario Wrege: (51) 3259-7642.
♦ Criar um espaço de discussão da soci- ções, capacitação e mobilização da socie- periodistas; Movimentos sociais.
edade civil para articular e integrar os proble- dade civil. As ações da Rede são identificar as or-
mas do Sistema Aqüífero Guarani e discutir Quem se beneficiará com o trabalho da ganizações que já trabalham com o aqüífe-
alternativas de gestão, contribuindo para o rede é a população e a sociedade civil or- ro com a finalidade melhorar a comunica-
avanço da regulamentação das águas sub- ganizada, diretamente, bem como os usuá- ção entre as entidades para que se possa
terrâneas; rios e governos dos países que detêm o ser feito um intercâmbio das informações
♦ Buscar o manejo sustentável do Sis- Sistema Aqüífero Guarani. Já os potenci- que são levantadas pelos projetos execu- Mário Wrege
tema Aqüífero Guarani com uma visão in- ais integrantes são Rede Cerrado de Ongs; tados localmente. Criar um espaço para as Presidente Núcleo Sul
tegral, considerando o ciclo hidrológico e Fórum Brasileiro de Ongs (FBMOS) – GT organizações da sociedade civil para arti- wrege@ufrgs.br
as particularidades regionais. Água; Rede Pantanal de Ongs e Movimen- cular e integrar os problemas do Aqüífero
♦ Promover a recuperação, proteção e tos Sociais; Coalizão Rios Vivos; Rede de
gestão sustentável das áreas de recarga e Ongs da Mata Atlântica (RMA)
Acontece no Meio

System Mud constrói nova


fábrica em Santa Catarina
A System Mud Indústria e Comércio Ltda, vimento de produtos ecologicamente corretos, la-
fabricante nacional com ampla linha de fluidos boratórios com tecnologia de ponta, departamen-
para perfuração e manutenção de poços, está em to exclusivo para controle de qualidade, sistema
fase final de construção da primeira etapa de suas de atendimento ao cliente com ênfase no atendi-
novas instalações industriais. mento personalizado, capaz de desenvolver for-
A área total do empreendimento compreende mulações específicas para cada tipo de situação
6.800m² e está localizado em Itajaí, Santa Catari- em campo. Para isso, desde já, o perfurador pode
na. Um ponto estratégico quando o assunto é lo- contar com o endereço de e-mail
gística e distribuição no Brasil e mercado externo. duvidas@systemmud.com.br , criado especial-
A fábrica, nesta primeira fase, contará com mente para receber questionamentos e sugestões.
1.100m² de área construída e investimentos na Além da ampliação da área física, a empresa
ordem de R$ 1,5 milhão. Suas obras tiveram iní- investe em novos equipamentos, colocando o Bra-
cio em agosto de 2006 e a inauguração está previs- sil como um dos mais importantes fabricantes do
ta para janeiro de 2007, quando o moderno pólo segmento no cenário mundial.
entra em funcionamento. O novo proje-
to quadruplica a capacidade atual de pro-
dução e trará benefícios aos clientes e
distribuidores de todo o país e América
Latina.
Compromissados com a responsa-
bilidade ambiental e social, a direção da
System Mud atentou para que a planta
da nova fábrica atenda a todas as exigên-
cias da certificação ISO 9001 e ISO
14001, certificações essas que são o pró-
ximo objetivo do corpo diretivo.
As implementações abrangem no-
vas instalações de pesquisa e desenvol-
set-out/2006 19

Calendário de Eventos

Feira ambiental
Tudo pronto para a 8ª edição da Feira importantes, num momento que o mercado
Internacional de Meio Ambiente Industrial de meio ambiente industrial está em plena
- FIMAI 2006. O evento considerado um dos expansão e facilita a interação com represen-
mais importantes do setor ambiental na tantes de negócios de diversos países.
América Latina. Nesta edição, são espera- O setor internacional da VIII FIMAI reu-
dos 35 mil pessoas entre expositores, con- nirá empresas de vários países como Alema-
gressistas e visitantes. nha, França, Itália, Suíça, entre outros que
O movimento dos negócios devem ge- irão apresentar os novos projetos para a área
rar aproximadamente R$ 480 milhões em acor- de meio ambiente. Elas estão em busca de
dos e negócios, segundo estimativa da or- informações sobre o mercado brasileiro e tam-
ganização da feira. O crescimento se explica bém visam divulgar a tecnologia e os recur-
principalmente pela adequação das empre- sos de seus países com o intuito de iniciar
sas à legislação ambiental e às certificações, contatos comerciais bilaterais.
cada vez mais exigidas no mercado interna- Além da Feira, rodada de negócios, e da
cional. Novas tendências, inovações tecno- Fiesp com a participação de 88 sindicatos de
lógicas, práticas ambientais bem sucedidas indústria, acontecerão simultaneamente ofi-
e pró –atividade nos setores sócio - ambien- cinas interativas e quatro seminários: o SI-
tal é a marca registrada dos expositores da MAI – Seminário Internacional de Meio
FIMAI, transformando o evento em um cen- Ambiente Industrial; o II Seminário de Resí-
tro gerador de experiências e de negócios duos Recicle Cempre; o Deadline’s para Co-
processamento de Resíduos na
Produção de Cimento e o Seminá-
rio ISO 14064, ISO 14001, e as
Mudanças Climáticas, proporcio-
nando a interação do público com
especialistas nessas áreas e o
avanço das discussões sobre a
temática socioambiental em ter-
mos globais. O evento acontece
de 8 a 10 de novembro, no Pavi-
lhão Branco do Expo Center Nor-
te. Informações: www.fimai.com.br

Classificados
Roto R1H/99 c/MWM 6 cil. no M. Benz 2418/97 com gerador, bomba de lama,
funcionando bem 250.000,00
Roto R1H/98 c/MWM 6 cil. com gerador, bomba de lama, revisada e sem caminhão 140.000,00
Roto R1S/94 c/Perkins 4 cil. no GM D60/80, revisada e equipada com martelo/hastes 85.000,00
Roto A10/2002 c/M.Benz 6 cil. no M.Benz 1113/77(4x4) completa e revisada 140.000,00
Roto (conjunto) A15/98 c/M.Benz 6 cil. + Compressor 950/350 com Cummins ano
98, montados no M.Benz 1520/88 e equipado para 210 metros com hastes de 4 ½”,
martelos/bits e brocas - tudo funcionando 320.000,00
Roto Wirth B1 com MWM 4 cilindros, toda revisada e sem caminhão 85.000,00
Percussora Prominas NSP 325/88 com Perkins 4 cil., revisada e sem equipamentos 18.000,00
Percussora GP300 ano 92 com MWM 3 cilindros revisada e muito equipada p/uso
imediato 45.000,00
Percussora Juper GP300/90 com Perkins 3 cil. toda revisada e equipada 38.000,00
Compressor Chicago 950/300 com motor Cummins, ano 94, revisado 130.000,00
Compressor Atlas XAH 750/150 com Cummins, ano 94, reformado e com garantia 60.000,00
Compressor Chicago 960/360 com Cummins, ano 96, reformado, com carenagem e
sem rodas 160.000,00
Compressor Chicago 960/360 com Scania, ano 2002, silenciado, revisado e com
garantia 190.000,00
Compressor I. Rand 750/175 com Cummins, contendo carenagem e revisado 50.000,00
Compressor G. Denver 900/150 com Cummins, revisado, com carenagem e sem rodas 50.000,00
Kit Rotopneumatico p/percussoras Juper, NSP 325, P350 e Tornep, completo ou
parcial consultar
Hastes de perfuração 4 ½” x 6 metros(p/roto) com roscas API 3 ½” FH, seminovas
e garantidas Hastes de perfuração 3 ½” x 9,40 metros, padrão Petrobras, em
ótimo estado 800,00
Bomba de lama centrifuga 4” X 3” para vazão de 90 M3/hora a pressão de 8 BAR 300,00
(125 PSI) 3.600,00
Informações: Manuel Fernandes/RJ (21) 2254-9615, 3872-7672 ou 9156-9114
Email:manuel@ccard.com.br
20 set-out/2006

Acontece no Meio

Nordeste e o sistema de dessalinização de água


Tecnologia social que transformou o sonho de água potável em realidade para os 400 moradores do dis-
trito do Atalho, a 70km de Petrolina (PE), será reaplicada em outras 22 comunidades do Semi-Árido
O primeiro Sistema Integrado de Reuso pela comunidade e o dinheiro da venda é usado 22 comunidades dos 11 estados do Semi-Árido tre outros. O objetivo do programa é democrati-
dos Efluentes da Dessalinização - criado pela para manter o próprio sistema. A tecnologia evita Brasileiro: Paraíba, Alagoas, Ceará, Piauí, Bahia, zar o acesso à água de qualidade e promover a
Embrapa Semi-Árido e implementado com inves- ainda a contaminação do solo e do lençol freático. Rio Grande do Norte, Sergipe, Maranhão, Per- melhoria das condições de vida das populações
timentos sociais da Fundação Banco do Brasil no O sistema é inovador porque traz benefícios nambuco, Minas Gerais e Espírito Santo. do semi-árido brasileiro.
Estado de Pernambuco - vira modelo e torna-se para a comunidade e também para o meio ambien- A Fundação Banco do Brasil destinará R$ 4
política pública para os outros estados do Semi- te. Nas regiões castigadas pela seca, o uso de des- milhões para a implantação de 11 unidades de-
Árido Brasileiro. O Sistema Integrado, além de salinizadores para purificar a água retirada de po- monstrativas do Sistema Integrado e a recupera-
produzir água potável, reaproveita o sal prove- ços, com alto teor de sal, é muito comum. Entre- ção de 35 dessalinizadores, nos estados do Semi-
niente da dessalinização para a criação de tilápias tanto, o sistema tradicional provoca um grande Árido. O programa inclui ainda o diagnóstico téc-
rosas (peixes de água doce que se reproduzem até impacto ambiental, porque a sobra de sal é, geral- nico e ambiental, o desenvolvimento de ativida-
mesmo no mar) e no cultivo de uma planta conhe- mente, depositada a céu aberto, causando degra- des de gerenciamento, a produção de oficinas so-
cida como erva-sal, utilizada na alimentação de dação no solo - cada litro de água pura, resulta em bre educação ambiental e a implantação de siste-
caprinos e ovinos. Os peixes são comercializados meio litro de rejeito (água concentrada de sais). mas de informações e monitoramento. “Esse é um
“Muitas comunidades abandona- bom exemplo de tecnologia social, uma solução
vam os dessalinizadores porque eficiente, encontrada por uma comunidade, que
não conseguiam arcar com os cus- será levada para muitas outras, a partir do traba-
tos da manutenção, nem recebiam lho de uma rede, envolvendo comunidade, gover-
capacitação adequada para isso”, no e iniciativa privada”, afirma Pena.
explica o presidente da Fundação A ação faz parte do Programa Água Doce,
Banco do Brasil, Jacques Pena. que conta com um investimento da ordem de R$
“Agora, elas terão condições de 13,4 milhões, a partir da parceria entre a Secreta-
gerar renda e serão capacitadas ria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio
para manter o sistema em funcio- Ambiente, Fundação Banco do Brasil, Embrapa
namento”, completa. A experiên- Semi-Árido, Petrobras, BNDES e Companhia de
cia será reaplicada, inicialmente, em Desenvolvimento do Vale do São Francisco, den-

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