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ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
ÍNDICE
CAPITULO 1 ........................................................................................................................................... 4
1. Célula.................................................................................................................................................................. 4
1.1. Estrutura das Células ........................................................................................................................ 5
2. Tecidos Epitelial ................................................................................................................................................ 7
2.1. Funções do Tecido Epitelial ............................................................................................................. 7
2.2. Tipos de Tecido Epitelial .................................................................................................................. 8
2.2.1. Tecido Epitelial de Revestimento .................................................................................... 8
2.2.2. Tecido Epitelial Glandular ........................................................................................... 9
CAPITULO 2 ......................................................................................................................................... 12
1. Sistema Esquelético ........................................................................................................................................ 12
1.1. Estrutura dos Ossos ........................................................................................................................ 12
1.2. Divisão do esqueleto ...................................................................................................................... 13
1.3. Esqueleto Axial ................................................................................................................................ 14
1.4. Esqueleto Apendicular ................................................................................................................... 17
2. Sistema Muscular............................................................................................................................................ 20
2.1. Funções do Sistema Muscular....................................................................................................... 20
2.2. Grupos Musculares ......................................................................................................................... 21
2.3. Tipos de Músculos .......................................................................................................................... 24
CAPITULO 3 ......................................................................................................................................... 29
1. Sistema Circulatório ....................................................................................................................................... 29
1.1. Pequena Circulação ........................................................................................................................ 29
1.2. Grande Circulação........................................................................................................................... 30
1.3. Componentes do Sistema Cardiovascular ................................................................................... 30
1.3.1. Principais Partes do Coração ......................................................................................... 31
1.4. Tipos de Sistema Circulatório ....................................................................................................... 32
2. Sistema Linfático ............................................................................................................................................. 34
2.1. Como funciona o Sistema Linfático.............................................................................................. 35
2.2. Componentes do Sistema Linfático ............................................................................................. 36
CAPITULO 4 ......................................................................................................................................... 41
1. Sistema Nervoso ............................................................................................................................................. 41
1.1. O que é o Sistema Nervoso........................................................................................................... 41
1.2. Função do Sistema Nervoso.......................................................................................................... 41
1.3. Nervos que compõem o Sistema Nervoso.................................................................................. 42
1.4. Divisão do Sistema Nervoso.......................................................................................................... 42
1.4.1. Sistema Nervoso Central (SNC) .................................................................................... 42
1.4.2. Sistema Nervoso Periférico (SNP) ................................................................................ 43
1.5. Doenças do Sistema Nervoso ....................................................................................................... 44
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CAPITULO 5 ......................................................................................................................................... 47
1. Sistema Respiratório ...................................................................................................................................... 47
1.1. Funções do Sistema Respiratório ................................................................................................. 47
1.2. Órgãos do Sistema Respiratório ................................................................................................... 49
1.3. Porção Condutora e Porção Respiratória .................................................................................... 51
1.4. Como funciona o Sistema Respiratório ....................................................................................... 51
1.5. Controle da respiração em seres humanos ................................................................................. 52
1.5.1. Inspiração e Expiração .................................................................................................... 52
2. Sistema Digestivo ........................................................................................................................................... 53
2.1. Órgãos do Sistema Digestivo ........................................................................................................ 53
2.2. Conceitos Importantes ................................................................................................................... 58
CAPITULO 6 ......................................................................................................................................... 61
1. Sistema Endócrino .......................................................................................................................................... 61
1.1. Hormônios ....................................................................................................................................... 61
1.2. Glândulas Endócrinas ..................................................................................................................... 61
1.2.1. Principais glândulas que formam o Sistema Endócrino ............................................ 63
2. Hipotireoidismo e Hipertireoidismo ............................................................................................................ 65
2.1. A diferença entre Hipotireoidismo e Hipertireoidismo ............................................................. 65
2.2. Causas do Hipotireoidismo e Hipertireoidismo ......................................................................... 65
2.3. Sintomas do Hipertireoidismo ...................................................................................................... 66
2.4. Sintomas do Hipotireoidismo ....................................................................................................... 66
2.5. Diagnóstico do Hipertireoidismo ................................................................................................. 67
2.6. Diagnóstico do Hipotireoidismo .................................................................................................. 67
2.7. Tratamento do Hipertireoidismo .................................................................................................. 67
2.8. Tratamento do Hipotireoidismo ................................................................................................... 68
3. Sistema Imunológico...................................................................................................................................... 69
3.1. Células e Órgãos ............................................................................................................................. 70
3.1.1. Tipos de células e órgãos do sistema imunológico ................................................... 70
3.1.2. Órgãos do Sistema Imunológico .................................................................................. 71
3.2. Processo de Defesa ........................................................................................................................ 72
CAPITULO 7 ......................................................................................................................................... 76
1. Sistema Urinário.............................................................................................................................................. 76
1.1. Órgãos do Sistema Urinário e suas funções ............................................................................... 76
1.2. Vias Urinárias ................................................................................................................................... 78
1.3. Sistema Urinário Masculino ........................................................................................................... 80
1.4. Sistema Urinário Feminino ............................................................................................................ 81
1.5. Doenças do Sistema Urinário ........................................................................................................ 81
1.6. Curiosidade do Sistema Urinário .................................................................................................. 83
2. Sistema Reprodutor ....................................................................................................................................... 84
2.1. Função do Sistema Reprodutor .................................................................................................... 84
2.2. Sistema Reprodutor Masculino..................................................................................................... 85
2.3. Sistema Reprodutor Feminino ...................................................................................................... 93
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MÓDULO 3
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CAPITULO 1
1. CÉLULA
Célula é a unidade estrutural e funcional comum a todos os seres vivos, sendo que estes podem ser
constituídos por uma ou mais células. São elas que realizam todas as funções fundamentais dos seres
vivos, como por exemplo, reprodução, crescimento, alimentação, movimentação, reação a estímulos
externos e respiração (consumo do oxigênio com produção de dióxido de carbono). Sendo assim, a
célula é a menor parte de um ser vivo capaz de desenvolver-se e reproduzir, ou seja, a menor parte de
um ser vivo onde reconhecemos as propriedades básicas da vida.
Do estudo das propriedades das células, surgiu a Teoria Celular, um dos fundamentos da biologia,
inicialmente proposta em 1938 e 1939 por Matthias Schleiden (1804-1881) e Theodor Schwann (1810-
1882), sendo posteriormente atualizada com o avanço tecnológico e científico. Atualmente a moderna
teoria celular estabelece que:
Os seres vivos diferem da matéria bruta porque são constituídos de células. Os vírus são seres que não
possuem células, mas são capazes de se reproduzir e sofrer alterações no seu material genético. Esse é
um dos motivos pelos quais ainda se discute se eles são ou não seres vivos.
A célula é a menor parte dos seres vivos com forma e função definidas. Por essa razão, afirmamos que
a célula é a unidade estrutural dos seres vivos. A célula - isolada ou junto com outras células - forma
todo o ser vivo ou parte dele. Além disso, ela tem todo o "material" necessário para realizar as funções
de um ser vivo, como nutrição, produção de energia e reprodução.
Cada célula do nosso corpo tem uma função específica. Mas todas desempenham uma atividade
"comunitária", trabalhando de maneira integrada com as demais células do corpo. É como se o nosso
organismo fosse uma imensa sociedade de células, que cooperam umas com as outras, dividindo o
trabalho entre si. Juntas, elas garantem a execução das inúmeras tarefas responsáveis pela manutenção
da vida.
A biologia estuda as células em função de sua constituição molecular e a forma em que cooperam entre
si para constituir organismos bastante complexos, como o ser humano. Para poder compreender como
funciona o corpo humano são, como se desenvolve e como envelhece e o que falha no caso de uma
doença, é imprescindível conhecer as células que o constituem.
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A célula é a unidade funcional, estrutural, de origem, genética e patológica, de cada um dos seres vivos
que habitam no mundo. A célula é considera unidade funcional já que cumpre com as funções vitais,
como por exemplo, a respiração. É estrutural porque é a menor porção da vida que forma a estrutura
dos seres vivos, além do que dá origem aos mesmos e a outras células. Outra de suas funções é a de
transmitir os genes; mas não somente isso, senão que também transmite enfermidades e pode
contagiar-se delas.
As células que formam o organismo da maioria dos seres vivos apresentam uma membrana envolvendo
o seu núcleo, por isso, são chamadas de células eucariotas. A célula eucariota é constituída de
membrana celular, citoplasma e núcleo.
A células que formam o organismo de muitos dos seres vivos apresentam uma membrana
envolvendo seu núcleo, por isso são chamadas de células eucariotas. A célula eucariota é constituída
de membrana plasmática, citoplasma e núcleo.
Diferente das células eucariotas, a célula procariota não possui membrana nuclear nem estruturas
membranosas no seu interior.
Membrana plasmática ou membrana celular - é uma espécie de película que envolve e protege
a célula.
Possui permeabilidade seletiva, ou seja, ela regula a entrada e a saída de substâncias na célula.
Através dela a célula recebe oxigênio e nutrientes e elimina gás carbônico e outras substâncias.
Na célula vegetal, além da membrana celular existe ainda, mais externamente, a parede celular,
formada de celulose.
O citoplasma - é a parte da célula que fica entre a membrana celular e o núcleo. É constituído por
um material gelatinoso chamado hialoplasma.
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É formado por água, sais minerais, proteínas e açúcares. No hialoplasma, encontram-se várias
organelas, que são estruturas responsáveis por diversas atividades da célula, tais como: nutrição e
respiração da célula, além do armazenamento de substâncias. Em conjunto, elas são responsáveis
pela manutenção da vida.
Mitocôndrias - é a usina energética das células. Realizam a respiração celular e liberam a energia
de que a célula necessita para as suas atividades;
Retículo endoplasmático - rede de canais e reentrâncias onde circulam proteínas, gorduras, sais
etc;
Complexo golgiense - formado por pequenas bolsas achatadas. Produz certos "açúcares", modifica
e armazena proteínas e outras substâncias. Também produz os lisossomos;
Vacúolos - vesículas - pequenas bolsas que armazenam ou transportam enzimas, água etc.
O núcleo - é a central de comando das atividades celulares. Em geral situa-se no centro da célula.
É envolvido por uma membrana nuclear ou carioteca.
No interior do núcleo estão os cromossomos, que guardam o material genético da célula (DNA). Os
cromossomos ficam mergulhados na cariolinfa ou suco nuclear - material gelatinoso que preenche
o espaço dentro do núcleo.
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2. TECIDOS EPITELIAL
O tecido epitelial é formado por células justapostas, ou seja, que estão intimamente unidas umas às
outras através de junções intercelulares ou proteínas integrais da membrana.
A superfície externa do corpo e as cavidades corporais internas dos animais são revestidas por este
tecido.
O tecido epitelial desempenha várias funções no organismo, como proteção do corpo (pele), absorção
de substâncias úteis (epitélio do intestino) e percepção de sensações (pele), dependendo do órgão
aonde se localizam.
Os tecidos epiteliais ou epitélios têm células perfeitamente justapostas, unidas por pequena quantidade
de material cimentante, com pouquíssimo espaço intercelular. Os epitélios não são vascularizados e
não sangram quando feridos. A nutrição das células se faz por difusão a partir dos capilares existentes
em outro tecido, o conjuntivo, adjacente ao epitélio a ele ligado. O arranjo das células epiteliais pode
ser comparado ao de ladrilhos ou tijolos bem encaixados.
A principal função do tecido epitelial é revestir a superfície externa do corpo, as cavidades corporais
internas e os órgãos. Ele também apresenta função secretora. São funções do tecido epitelial:
A estreita união entre as suas células faz do tecido epitelial uma barreira eficiente contra a entrada de
agentes invasores e a perda de líquidos corporais.
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2.2. TIPOS DE TECIDO EPITELIAL
De acordo com a sua função, existem dois tipos de tecido epitelial: de revestimento e glandular. No entanto,
pode haver células com função secretora no epitélio de revestimento.
Os epitélios são constituídos por uma ou mais camadas de células com diferentes formas, com pouco ou
quase nenhum fluido intersticial (substância entre as células) e vasos entre elas.
Porém, todo epitélio está situado sobre uma malha glicoproteica denominada lâmina basal, que tem a
função de promover a troca de nutrientes entre o tecido epitelial e o tecido conjuntivo adjacente.
O tecido epitelial da pele humana apresenta células bastante unidas, sendo este um epitélio estratificado.
Isso porque a função da pele é evitar a entrada de corpos estranhos no organismo, agindo como uma espécie
de barreira protetora, além de proteger contra o atrito, raios solares e produtos químicos.
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Já o tecido epitelial que cobre os órgãos é simples, pois o tecido não pode ser tão espesso devido à
necessidade de trocas de substâncias.
Portanto, suas células são muito unidas e geralmente dispostas em uma única camada.
Os epitélios glandulares são tecidos com função secretora, que constituem órgãos especializados
chamados glândulas.
As células epiteliais secretoras são capazes de sintetizar moléculas, a partir de moléculas precursoras
menores, ou modificá-las.
As células de secreção também podem estar isoladas entre as células do epitélio de revestimento, ou
formando esse epitélio. Por exemplo, revestindo a cavidade do estômago ou parte do aparelho respiratório.
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ATIVIDADES
QUESTÃO 01: A menor parte de um ser vivo capaz de desenvolver-se e reproduzir, ou seja, a menor parte
de um ser vivo onde reconhecemos as propriedades básicas da vida é chamada de:
a) Tecido;
b) Célula;
c) Órgão;
d) N.d.a
QUESTÃO 02: A células que formam o organismo de muitos dos seres vivos apresentam uma membrana
envolvendo seu núcleo, por isso são chamadas de:
a) Células Eucariotas;
b) Células Cairotas;
c) Células Cariotas;
d) N.d.a
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QUESTÃO 08: Qual é a principal função do tecido epitelial?
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QUESTÃO 09: De acordo com a sua função, existem dois tipos de tecido epitelial São eles:
QUESTÃO 11: De acordo com as camadas celulares, os epitélios podem ser classificados como?
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QUESTÃO 12: Os epitélios também são classificados quanto à forma das células. Quais são eles?
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CAPITULO 2
1. SISTEMA ESQUELÉTICO
O sistema esquelético é composto por ossos e cartilagens que estão perfeitamente arranjados na formação
do nosso esqueleto. O esqueleto humano adulto é formado por 206 ossos, que atuam na sustentação do
organismo, proteção dos órgãos vitais, garantia da movimentação, produção de células sanguíneas e
armazenamento de alguns sais minerais, tais como cálcio e fósforo.
O esqueleto é responsável por sustentar e dar forma ao corpo. Ele também protege os órgãos internos e
atua em conjunto com os sistemas muscular e articular para permitir o movimento.
Outras funções são a produção de células sanguíneas na medula óssea e armazenamento de sais minerais,
como o cálcio.
O osso é uma estrutura viva, muito resistente e dinâmica pois tem a capacidade de se regenerar quando
sofre uma fratura.
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A estrutura óssea é constituída de diversos tipos de tecido conjuntivo (denso, ósseo, adiposo, cartilaginoso
e sanguíneo), além do tecido nervoso.
Os ossos longos são formados por diversas camadas, veja no quadro abaixo:
CAMADA
DESCRIÇÃO
DO OSSO
É a mais externa, sendo uma membrana fina e fibrosa (tecido conjuntivo denso) que envolve o
Periósteo osso, exceto nas regiões de articulação (epífises). É no periósteo que se inserem os músculos e
tendões.
O tecido ósseo compacto é composto de cálcio, fósforo e fibras de colágeno que lhe dão
Osso
resistência. É a parte mais rígida do osso, formada por pequenos canais que circulam nervos e
compacto
vasos. Entre estes canais estão espaços onde se encontram os osteócitos.
Osso o tecido ósseo esponjoso é uma camada menos densa. Em alguns ossos apenas essa estrutura
esponjoso está presente e pode conter medula óssea.
Canal
é a cavidade onde se encontra a medula óssea, geralmente presente nos ossos longos.
medular
A medula vermelha (tecido sanguíneo) produz células sanguíneas, mas em alguns ossos deixa
Medula óssea
de existir e há somente medula amarela (tecido adiposo) que armazena gordura.
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O esqueleto humano é composto por 206 ossos com diferentes tamanhos e formas. Eles podem ser
longos, curtos, planos, suturais, sesamoides ou irregulares.
Cada um deles apresenta suas funções próprias e para isso, o esqueleto é dividido em axial e
apendicular.
Os ossos do esqueleto axial estão na parte central do corpo, ou próximo da linha média, que é o eixo
vertical do corpo. Os ossos que compõem essa parte do esqueleto são:
A cabeça é formada por 22 ossos (14 da face e 8 da caixa craniana); e há ainda 6 ossos que compõem
o ouvido interno.
O crânio é extremamente resistente, seus ossos são intimamente ligados e sem movimentos. Ele é
responsável por proteger o cérebro, além de possuir os órgãos do sentido.
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Coluna Vertebral
A coluna é formada por vértebras que são ligadas entre si por articulações, o que torna a coluna bem
flexível. Possui curvaturas que ajudam a equilibrar o corpo e amortecem os choques durante os
movimentos.
Ela é constituída por 24 vértebras independentes e 9 que estão fundidas. Veja no quadro abaixo
como elas estão agrupadas:
Vértebras Características
São 7 as vértebras do pescoço, sendo que a primeira (atlas) e a segunda (áxis) favorecem
Cervicais
os movimentos do crânio.
Torácicas ou
São 12 e articulam-se com as costelas.
dorsais
Lombares Essas 5 vértebras são as maiores e as que suportam mais peso.
Essas 5 vértebras são chamadas sacrais, são separadas no nascimento e fundem-se mais
Sacro
tarde formando um só osso. É um importante ponto de apoio para a cintura pélvica.
São 4 pequenas vértebras coccígeas que, como as sacrais, se tornam unidas em um osso
Cóccix
único no início da idade adulta.
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Tórax
O tórax é constituído por 12 pares de costelas ligadas umas às outras pelos músculos intercostais. São ossos
chatos e encurvados que se movimentam durante a respiração. As costelas são ligadas às vértebras
torácicas na sua parte posterior.
Anteriormente, os sete primeiros pares de costelas (chamadas verdadeiras) ligam-se ao esterno, os três
seguintes (falsas) ligam-se entre si, e os dois últimos pares (flutuantes) não se ligam a nenhum osso. O
esterno é um osso plano que se liga às costelas por meio de cartilagem.
Osso hioide
O osso hioide possui forma de U e atua como ponto de apoio para os músculos da língua e do pescoço.
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1.4. ESQUELETO APENDICULAR
O esqueleto apendicular inclui os "apêndices" do corpo. Eles correspondem aos ossos dos membros
superiores e inferiores.
Além disso, o esqueleto apendicular possui os ossos que os ligam ao esqueleto axial, as chamadas cinturas
escapular e pélvica, além de ligamentos, juntas e articulações.
Cintura Escapular
Membros Superiores
Os membros superiores correspondem aos braços, onde tem-se o úmero, que é o osso mais longo do braço.
Ele se articula com o rádio, que é o mais curto e lateral, e também com a ulna, osso chato e bem fino.
Os ossos da mão são 27, divididos em carpos (8), metacarpos (5) e falanges (14).
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Cintura Pélvica
A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril, os ossos ilíacos (constituído pelo ílio, ísquio e púbis
fundidos) e são firmemente ligados ao sacro.
A união dos ossos ilíacos, do sacro e do cóccix formam a pelve, que nas mulheres é mais larga, menos
profunda e com a cavidade maior. É essa formação que permite a abertura da pélvis no momento do parto
para a passagem do bebê.
Membros Inferiores
Os ossos dos membros inferiores são responsáveis pela sustentação do corpo e movimentação. Para isso,
eles têm de suportar o peso e manter o equilíbrio.
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Veja no quadro abaixo as características dos ossos dos membros inferiores:
Ossos do membro
Características
inferior
É o osso mais longo do corpo. Tem a cabeça arrendondada para
Fêmur
encaixar na pelve.
Patela É um osso sesamoide, articulado com o fêmur.
Tíbia Suporta quase todo o peso na parte inferior do corpo.
Fíbula É um osso mais fraco, ligado com a tíbia ajuda a mover o pé.
Os pés têm 26 ossos divididos em: tarsos (7), metatarsos (5) e falanges
Ossos do pé
(14).
Estágios da ossificação
O processo de formação óssea se inicia por volta das primeiras 6 semanas de vida e termina no início
da vida adulta. No entanto, o osso sofre continuamente um processo de remodelação, onde parte do
tecido existente é reabsorvido e novo tecido é formado.
No embrião, o esqueleto é basicamente formado de cartilagem, mas essa matriz cartilaginosa vai sendo
calcificada e as células cartilaginosas morrem.
No entanto, nesse processo são produzidas lacunas e pequenos canais que aprisionam os osteoblastos
na matriz óssea. Essa ação transforma os osteoblastos em osteócitos, que são essas células presentes
no osso já formado.
Outro tipo de células ósseas, os osteoclastos, são responsáveis por absorver o tecido ósseo formado.
Os osteoclastos agem na porção central da matriz óssea e formam o canal o medular.
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2. SISTEMA MUSCULAR
O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do nosso corpo. Existem cerca de 600
músculos no corpo humano; juntos eles representam de 40 a 50% do peso total de uma pessoa.
Os músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando movimentos que nos permitem andar,
correr, saltar, nadar, escrever, impulsionar o alimento ao longo do tubo digestório, promover a circulação
do sangue no organismo, urinar, defecar, piscar
Os músculos são tecidos, cujas células ou fibras musculares possuem a função de permitir a contração e
produção de movimentos.
As fibras musculares, por sua vez, são controladas pelo sistema nervoso, que se encarregam de receber a
informação e respondê-la realizando a ação solicitada.
O Sistema Muscular apresenta algumas funções que são fundamentais para o corpo humano. Veja a seguir
quais são essas funções:
Estabilidade corporal;
Produção de movimentos;
Aquecimento do corpo (manutenção da temperatura corporal);
Preenchimento do corpo (sustentação);
Auxílio nos fluxos sanguíneos.
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2.2. GRUPOS MUSCULARES
O corpo humano é formado por aproximadamente 600 músculos, que trabalham em conjunto com
ossos, articulações e tendões para permitir que façamos diversos movimentos.
Eles são agrupados da seguinte forma: músculos da cabeça e do pescoço, músculos do tórax e
abdômen, músculos dos membros superiores e músculos dos membros inferiores.
O grupo muscular da cabeça e do pescoço é composto por mais de 30 pequenos músculos que ajudam
a exprimir os sentimentos, mover os maxilares ou manter a cabeça erguida.
Veja no quadro abaixo como alguns dos principais músculos deste grupo atuam:
Músculo Ação
Frontal Mastigar ou morder.
Masseter Movimentam as mandíbulas.
Esternocleidomastoideo Permite a cabeça girar ou se inclinar para frente e para trás.
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Músculos do Tórax e do Abdômen
Os músculos do grupo do tórax e abdômen permitem a respiração, impedem o corpo de se curvar e ceder
ao próprio peso, entre outros movimentos.
No quadro abaixo estão alguns dos músculos deste grupo e como eles atuam no nosso corpo:
Músculo Ação
Peitoral e Deltoide Levantar peso.
Intercostais Atuam em conjunto com o diafragma para levarem o ar até os pulmões.
Oblíquo Inclina o tórax para a frente.
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Os músculos dos membros superiores são capazes de fazer a pressão exata e permitem flexibilidade e
precisão para tarefas delicadas ou que exigem muita força.
Alguns exemplos desses músculos e suas respectivas ações estão descritas do quadro abaixo:
Músculo Ação
Bíceps Está ligado aos ossos omoplata e rádio, ao se contrair faz o braço se dobrar.
Oponente do polegar Permite o movimento do polegar, pois utiliza músculos do antebraço e da
mão
Curto adutor Movimento para fora do polegar.
Os músculos dos membros inferiores são os mais fortes do corpo. Graças aos músculos das pernas,
podemos ficar de pé e manter o equilíbrio.
Músculo Ação
Costureiro (ou sartório) É o mais longo músculo do corpo, ao se contrair dobra a perna e gira o
quadril. Trata-se do músculo das costureiras, por isso o nome.
Flexores dorsais Fazem os dedos do pé levantarem.
Tendão de Aquiles É o tendão mais forte do corpo, inserido no osso calcâneo.
Sóleo, plantar delgado e São músculos flexores plantares responsáveis pelo movimento das
gastrocnêmio bailarinas de ficar na ponta dos pés.
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MÓDULO 3
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2.3. TIPOS DE MÚSCULOS
Os músculos apresentam diferentes tamanhos, formas e funções, por isso, são classificados em três
tipos: liso, estriado cardíaco e estriado esquelético.
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Músculo Estriado Esquelético
São músculos de contração voluntária, ou seja, os movimentos são controlados pela vontade do ser
humano.
Eles estão conectados com os ossos e cartilagens e, através das contrações, permitem os movimentos, as
posições corporais, além de estabilizarem as articulações do organismo.
Sistema Esquelético e Muscular - By Juliana Diana: Licenciada em Ciências Biológicas pelas Faculdades
Integradas de Ourinhos (FIO) em 2007. Pós-graduada em Informática na Educação pela Universidade
Estadual de Londrina (UEL) em 2010. Doutora em Gestão do Conhecimento pela UFSC em 2019.
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ATIVIDADES
QUESTÃO 02: Os ossos longos são formados por diversas camadas, quais são elas?
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QUESTÃO 03: O esqueleto humano é composto por quantos ossos e como eles são?
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QUESTÃO 09: O Exatamente significa os Membros Superiores?
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QUESTÃO 11: Os ossos dos membros inferiores são responsáveis pela sustentação do corpo e
movimentação. Para isso, eles têm de suportar o peso e manter o equilíbrio. Com base nessa informação
responda quais são os ossos do membro inferior?
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QUESTÃO 14: Quais são as funções do Sistema Muscular que são fundamentais para o corpo humano?
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
QUESTÃO 17: O grupo muscular da cabeça e do pescoço é composto por mais de 30 pequenos
músculos que ajudam a exprimir os sentimentos, mover os maxilares ou manter a cabeça erguida. Alguns
dos principais músculos deste grupo são:
QUESTÃO 19: Os músculos dos membros superiores são capazes de fazer a pressão exata e permitem
flexibilidade e precisão para tarefas delicadas ou que exigem muita força. Alguns exemplos desses músculos
são:
QUESTÃO 20: Os músculos dos membros inferiores são os mais fortes do corpo. Alguns músculos deste
grupo são:
QUESTÃO 21: Os músculos apresentam diferentes tamanhos, formas e funções, por isso, são classificados
em três tipos. Eles são:
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
CAPITULO 3
1. SISTEMA CIRCULATÓRIO
O sistema cardiovascular, também chamado de sistema circulatório, é o sistema responsável por garantir
o transporte de sangue pelo corpo, permitindo, dessa forma, que nossas células recebam, por exemplo,
nutrientes e oxigênio.
A circulação sanguínea corresponde a todo o percurso do sistema circulatório que o sangue realiza no corpo
humano, de modo que no percurso completo, o sangue passa duas vezes pelo coração.
Esses circuitos são chamados de pequena circulação e grande circulação. Vamos conhecer um pouco mais
sobre cada um deles:
A pequena circulação ou circulação pulmonar consiste no caminho que o sangue percorre do coração aos
pulmões, e dos pulmões ao coração.
Assim, o sangue venoso é bombeado do ventrículo direito para a artéria pulmonar, que se ramifica de
maneira que uma segue para o pulmão direito e outra para o pulmão esquerdo.
Já nos pulmões, o sangue presente nos capilares dos alvéolos libera o gás carbônico e absorve o gás
oxigênio. Por fim, o sangue arterial (oxigenado) é levado dos pulmões ao coração, através das veias
pulmonares, que se conectam no átrio esquerdo.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
1.2. GRANDE CIRCULAÇÃO
A grande circulação ou circulação sistêmica é o caminho do sangue, que sai do coração até as demais
células do corpo e vice-versa.
No coração, o sangue arterial vindo dos pulmões, é bombeado do átrio esquerdo para o ventrículo
esquerdo. Do ventrículo passa para a artéria aorta, que é responsável por transportar esse sangue para os
diversos tecidos do corpo.
Assim, quando esse sangue oxigenado chega aos tecidos, os vasos capilares refazem as trocas dos gases:
absorvem o gás oxigênio e liberam o gás carbônico, tornando o sangue venoso.
Por fim, o sangue venoso faz o caminho de volta ao coração e chega ao átrio direito pelas veias cavas
superiores e inferiores, completando o sistema circulatório.
Sangue
O sangue é um tecido líquido e exerce papel fundamental no sistema circulatório. É pela corrente sanguínea
que o oxigênio e nutrientes chegam até as células.
Desse modo, ele retira dos tecidos as sobras das atividades celulares, como o gás carbônico produzido na
respiração celular e conduz os hormônios pelo organismo.
O coração é um órgão muscular, que se localiza na caixa torácica, entre os pulmões. Funciona como
uma bomba dupla, de modo que o lado esquerdo bombeia o sangue arterial para as diversas partes do
corpo, enquanto o lado direito bombeia o sangue venoso para os pulmões.
O coração funciona impulsionando o sangue por meio de dois movimentos: contração ou sístole e
relaxamento ou diástole.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
→ 1.3.1. PRINCIPAIS PARTES DO CORAÇÃO
VASOS SANGUÍNEOS: Os vasos sanguíneos são tubos do sistema circulatório, distribuídos por todo o
corpo, por onde circula o sangue. São formados por uma rede de artérias e veias que se ramificam
formado os capilares.
Artérias
As artérias são vasos do sistema circulatório, que saem do coração e transportam o sangue para as
outras partes do corpo. A parede da artéria é espessa, formada de tecido muscular e elástico, que
suporta a pressão do sangue.
O sangue venoso, rico em gás carbônico, é bombeado do coração para os pulmões através das
artérias pulmonares. Enquanto o sangue arterial, rico em gás oxigênio, é bombeado do coração para
os tecidos do corpo através da artéria aorta.
As artérias se ramificam pelo corpo, ficam mais finas, formam as arteríolas, que se ramificam ainda
mais, originando os capilares.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Veias
As veias são vasos do sistema circulatório, que transportam o sangue de volta dos tecidos do corpo
para o coração. Suas paredes são mais finas que as artérias.
A maior parte das veias transporta o sangue venoso, ou seja, rico em gás carbônico. Contudo, as
veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.
Capilares
Os capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias do sistema circulatório. Suas
paredes apresentam apenas uma camada de células, que permitem a troca de substâncias entre o
sangue e as células. Os capilares se ligam às veias, levando o sangue de volta para o coração.
Pelo corpo de uma pessoa adulta circula, em média, seis litros de sangue, numa ampla rede de vasos
sanguíneos, bombeados pelo coração.
→ Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos são responsáveis por garantir o transporte de sangue pelo corpo.
Sistema circulatório fechado: O sangue circula dentro de vasos, de onde percorre todo o corpo. É um
processo mais eficiente do que a circulação aberta, por acontecer de forma mais rápida. Ocorre em
anelídeos, cefalópodes e todos os vertebrados.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
→ A circulação nos seres humanos
O sangue chega ao coração pelo átrio direito por meio das veias cavas. Esse sangue é rico em gás carbônico
e pobre em oxigênio. Esse sangue desoxigenado segue, então, para o ventrículo direito. Do ventrículo
direito, é bombeado para os pulmões via artérias pulmonares.
Nos pulmões, ocorre o processo de hematose, o sangue até então rico em gás carbônico, recebe oxigênio
proveniente da respiração pulmonar. O sangue rico em oxigênio volta ao coração
via veias pulmonares, chegando a esse órgão pelo átrio esquerdo. Do átrio, ele segue para o ventrículo
esquerdo.
Do ventrículo esquerdo, o sangue segue para o corpo, saindo do coração pela artéria aorta. O sangue
então segue para os vários órgãos e tecidos do corpo. Nos capilares, ocorrem as trocas gasosas. O
oxigênio presente no sangue passa para os tecidos e o gás carbônico produzido na respiração celular
passa para o sangue.
Os capilares reúnem-se formando vênulas, que formam as veias, as quais seguem levando o sangue
pobre em oxigênio para o coração. As veias cavas superior e inferior garantem que o sangue rico em
gás carbônico seja levado até o átrio direito.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
2. SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático é constituído por uma rede de vasos capilares, semelhantes às veias, chamados de vasos
linfáticos. Quando o sangue passa pelos capilares, parte do líquido que o compõe extravasa pela parede
celular e se espalha entre as células próximas, nutrindo-as e oxigenando-as. As células também fazem
trocas de substâncias com o meio e eliminam gás carbônico e excreções no líquido extravasado, chamado
de líquido tissular. Grande parte do líquido tissular é reabsorvida pelos capilares e reincorporada ao
sangue. A pequena parte do líquido extravasado não retorna ao sistema circulatório, sendo coletada pelo
sistema linfático. Os vasos linfáticos estão distribuídos por todo o corpo, com a função de drenar o excesso
de líquido que sai do sangue e banha as células, filtrando-o e encaminhando-o para a circulação sanguínea.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
2.1. COMO FUNCIONA O SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático atua em conjunto com diversos órgãos e elementos do organismo. É dessa forma que ele
consegue alcançar todas as partes do corpo para filtrar o líquido tissular que nutriu, oxigenou os capilares
sanguíneos e saiu levando gás carbônio e excreções.
Vasos linfáticos
Diferente do sangue que é impulsionado pela força do coração, no sistema linfático a linfa se
movimenta de forma lenta e com baixa pressão. Ela depende da compressão dos movimentos dos
músculos para pressionar o líquido.
É a partir da contração realizada pelo movimento dos músculos que o fluído é transportado para os
vasos linfáticos. Como eles são maiores acabam se acumulam no ducto linfático direito e no ducto
torácico, percorrendo assim para o resto do corpo.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
2.2. COMPONENTES DO SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático é formado por diferentes componentes e órgãos. Veja a seguir quais são e como
cada um deles atua no organismo.
Linfonodos
Os linfonodos (gânglios linfáticos) são chamados de nódulos linfáticos. Eles são pequenos órgãos
(com até 2 cm) presentes no pescoço, no tórax, no abdômen, na axila e na virilha.
Formados por tecido linfoide e distribuídos pelo corpo, os linfonodos são responsáveis por
filtrarem a linfa antes dela retornar ao sangue. Além disso eles também atuam na defesa do
organismo, impedindo a permanência de partículas estranhas no corpo.
Linfa
A linfa é um líquido transparente e alcalino semelhante ao sangue e que circula pelos vasos
linfáticos. Porém, ele não possui hemácias e, por isso, apresenta um aspecto esbranquiçado e
leitoso.
Responsável pela eliminação das impurezas, a linfa é produzida pelo intestino delgado e fígado. Seu
transporte é feito pelos vasos linfáticos num único sentido (unidirecional), filtrada pelos linfonodos
e lançada no sangue.
Vasos linfáticos
Os vasos linfáticos são canais, distribuídos pelo organismo, os quais possuem válvulas que
transportam a linfa na corrente sanguínea num único sentido, impedindo assim o refluxo.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Eles atuam no sistema de defesa do organismo, visto que retiram células mortas e transportam os
linfócitos (glóbulos brancos) que combatem as infecções no organismo.
Baço
Maior dos órgãos linfáticos, o baço é um órgão de ovalado, localizado abaixo do diafragma e atrás
do estômago.
Ele é responsável pela defesa do organismo e exerce as seguintes funções: produção de anticorpos
(linfócitos T e B) e hemácias (hematopoiese), armazenamento de sangue e liberação de hormônios.
Timo
O timo é um órgão localizado na cavidade torácica, próximo do coração.
Além de produzir as substâncias como a timosina e a timina, o timo produz anticorpos (linfócito T),
atuando, dessa maneira, na defesa do organismo.
Tonsilas palatinas
Popularmente, esses dois órgãos localizados na garganta, são conhecidos como amídalas ou
amígdalas palatinas.
Elas são responsáveis pela seleção dos microrganismos que penetram no corpo, principalmente
pela boca. Nesse caso, auxiliam no processo de defesa do organismo visto que produzem linfócitos.
Os linfócitos se originam na medula óssea e chegam aos órgãos linfáticos por meio do sangue e da
linfa.
O sistema linfático atua em conjunto com o sistema circulatório e é um importante componente do sistema
imunológico, pois colabora com glóbulos branco
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
ATIVIDADES
QUESTÃO 02: A circulação sanguínea corresponde a todo o percurso do sistema circulatório que o sangue
realiza no corpo humano, de modo que no percurso completo, o sangue passa duas vezes pelo coração.
Esses circuitos são chamados de:
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
QUESTÃO 09: Como são formados os Vasos Sanguíneos?
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I. Artérias: As artérias são vasos do sistema circulatório, que saem do coração e transportam o sangue
para as outras partes do corpo. A parede da artéria é espessa, formada de tecido muscular e elástico,
que suporta a pressão do sangue.
II. Veias: As veias são vasos do sistema circulatório, que transportam o sangue de volta dos tecidos do
corpo para o coração. Suas paredes são mais finas que as artérias.
III. Capilares: Os capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias do sistema circulatório.
Suas paredes apresentam apenas uma camada de células, que permitem a troca de substâncias entre
o sangue e as células.
QUESTÃO 11: O sistema circulatório é classificado em dois tipos. Quais são eles?
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QUESTÃO 14: O sistema linfático é formado por diferentes componentes e órgãos. Quais são eles?
_______________________________________________________________________________________________________________________
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
QUESTÃO 15: Julgue as afirmações abaixo:
I. Linfonodos: são responsáveis por filtrarem a linfa antes dela retornar ao sangue.
II. Linfa: Responsável pela eliminação das impurezas, a linfa é produzida pelo intestino delgado e
fígado.
III. Vasos linfáticos: Eles atuam no sistema de defesa do organismo, visto que retiram células mortas e
transportam os linfócitos (glóbulos brancos) que combatem as infecções no organismo.
IV. Baço: Maior dos órgãos linfáticos, o baço é um órgão de ovalado, localizado abaixo do diafragma e
atrás do estômago.
VI. Tonsilas palatinas: Elas são responsáveis pela seleção dos microrganismos que penetram no corpo,
principalmente pela boca.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
CAPITULO 4
1. SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso humano coordena e regula todas as atividades corporais. Ele é formado por vários
órgãos, cuja função é captar estímulos do ambiente, interpretá-los e elaborar respostas específicas,
voluntárias ou involuntárias.
O sistema nervoso, também chamado sistema neural, é um dos mais complexos da anatomia humana.
Uma rede de nervos liga vários órgãos do corpo ao cérebro. São esses nervos que enviam os estímulos
ao cérebro, que interpreta a informação e produz uma resposta.
Por exemplo, ao machucar uma parte do corpo, é o sistema nervoso que envia essa informação ao
cérebro, que responde com a sensação de dor. Nesse caso, o corpo está respondendo a um estímulo
externo.
Outras ações involuntárias, como a respiração, também funcionam sob o comando do sistema nervoso.
Todas as sensações e mensagens motoras ou sensoriais do organismo precisam ser levadas ao cérebro, que
envia estímulos específicos a cada órgão. A função é garantir o funcionamento e a integridade do corpo
humano.
No exemplo citado acima, sobre a mensagem de dor que o cérebro envia após um machucado, a função do
sistema nervoso é proteger o organismo. Se a pessoa não sentir dor, não adotará nenhuma ação para
preservar seu corpo. O mesmo acontece com sensações de calor ou frio, fome, ansiedade e medo, entre
outros estímulos.
O sistema nervoso também envia comandos para garantir que o coração continue batendo, que os pulmões
funcionem, que os alimentos sejam digeridos adequadamente e que o sistema excretor entre em ação. Toda
a fisiologia do corpo humano, inclusive o sistema endócrino, é comandada pelo sistema nervoso.
O impulso nervoso é transmitido de uma célula para outra, por meio de fenômenos químicos e elétricos. Na
ação elétrica, a informação é enviada para um neurônio, enquanto na química ocorre a transferência dessa
informação de um neurônio para outro ou, ainda, para alguma célula muscular. Esse processo é conhecido
como sinapse.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
1.3. NERVOS QUE COMPÕEM O SISTEMA NERVOSO
Nos seres humanos, o sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso
periférico (SNP). O primeiro é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e o segundo é composto por
uma rede de nervos que conecta todo o corpo.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
1.4.1. SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Encéfalo e medula espinhal compõem o SNC. Ambos são envolvidos por membranas de tecido
conjuntivo, chamadas meninges, cuja função é proteger o sistema nervoso central.
O encéfalo é o principal centro de controle e comando de ações do organismo. Ele é formado pelo
cérebro, cerebelo, bulbo, ponte, tálamo e hipotálamo. Já a medula espinhal é subordinada ao cérebro,
embora possa agir de forma independente.
Medula espinhal
A medula é considerada o centro dos chamados arcos reflexos, ou seja, o caminho dos impulsos que
provocam as ações involuntárias no corpo humano. Trata-se de um tecido nervoso, que passa
por dentro da coluna vertebral, e se conecta ao tronco encefálico.
Cérebro
É o principal órgão do sistema nervoso. Sua camada mais externa, chamada córtex cerebral, é
responsável pelo pensamento, visão, audição, tato, paladar, fala, memória e controle dos
movimentos voluntários do corpo. Ele está protegido pelas meninges pia-máter, dura-máter e
aracnóide.
Cerebelo
Essa estrutura, situada na parte posterior e abaixo do cérebro, responde pelo controle motor. Ou
seja, é o cerebelo que garante o equilíbrio, o tônus muscular e a coordenação de movimentos.
Bulbo
Também conhecido como medula oblonga, o bulbo é responsável pela respiração e reflexos
cardiovasculares, além de transmitir algumas informações sensoriais e motoras. Sua função,
portanto, é vital.
Ponte
Situada entre o bulbo e o mesencéfalo, é uma grande massa ovoide que participa de algumas
funções do bulbo, como o controle da respiração. A ponte atua como passagem das fibras nervosas
que ligam a medula ao cérebro.
O SNP tem a função de conectar todas as partes do organismo ao SNC. Ele é formado por duas
categorias de nervos distintos, os cranianos, que saem do encéfalo e transmitem mensagens motoras
ou sensoriais, e os raquidianos, que saem da medula espinhal e absorvem os estímulos do ambiente. O
SNP pode ser voluntário ou autônomo.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Sistema Nervoso Autônomo
O sistema nervoso autônomo inclui o sistema nervoso simpático, o sistema nervoso
parassimpático e o sistema nervoso entérico. Suas fibras sensoriais e motoras garantem o controle
de sistemas vitais, necessários à sobrevivência, como ritmo cardíaco e respiratório, além da
homeostase, processo que indica o equilíbrio do metabolismo.
O tecido nervoso contém duas categorias de células, os neurônios e as células da glia, ou neuroglia.
Essas células, que representam metade do volume encefálico humano, têm a função de sustentar e
nutrir os neurônios, além de auxiliar em seu funcionamento. Há mais de um tipo de célula de glia:
Astrócitos;
Oligodendrócitos;
Ependimárias;
Micróglia, que não é propriamente uma célula, mas, sim, parte do sistema imunológico.
Os neurônios, por sua vez, são as principais células do sistema nervoso humano.
Neurônio
A célula neuronal, ou neurônio, recebe e conduz os impulsos, graças à estrutura de sua membrana.
Essas células podem ter diversos formatos, características, extensões e funções, de acordo com o papel
desempenhado no organismo.
O núcleo do neurônio é chamado corpo celular ou pericário, e é dele que partem as ramificações. O
prolongamento dessas ramificações são os dendritos, que recebem os estímulos nervosos. O
prolongamento que conduz o estímulo nervoso é o axônio.
O axônio é projetado do corpo celular e chega a medir mais de um metro de comprimento. Ele é
envolvido pela bainha de mielina, uma espécie de camada isolante.
Existem algumas doenças que podem afetar o sistema nervoso, causando vários danos ao funcionamento
do organismo. Isso ocorre porque os neurônios não se dividem. Quando morrem, em função de um
traumatismo ou por efeito de toxinas, não são substituídos. Por isso, essas doenças são
chamadas neurodegenerativas.
Entre as principais doenças do sistema nervoso podemos citar Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla,
acidente vascular cerebral (AVC), epilepsia e doença de Huntington, além de neoplasias e disfunções
psiquiátricas. Com o aumento da expectativa de vida da população, o surgimento dessas enfermidades deve
se tornar cada vez maior.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
ATIVIDADES
QUESTÃO 01: A rede de nervos liga vários órgãos do corpo ao cérebro é chamada de:
a) Sistema Digestivo;
b) Sistema Nervoso;
c) Sistema Respiratório;
d) N.d.a
QUESTÃO 04: Qual é a diferença entre sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP)?
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QUESTÃO 05: Encéfalo e medula espinhal compõem o SNC. Ambos são envolvidos por membranas de
tecido conjuntivo, chamadas meninges, cuja função é proteger o sistema nervoso central. Mas qual é a
diferença entre os dois?
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a) Medula espinhal: A medula não é considerada o centro dos chamados arcos reflexos, ou seja, o
caminho dos impulsos que provocam as ações involuntárias no corpo humano.
c) Bulbo: Não responsável pela respiração e reflexos cardiovasculares, além de transmitir algumas
informações sensoriais e motoras. Sua função, portanto, não é vital.
d) Ponte: A ponte não atua como passagem das fibras nervosas que ligam a medula ao cérebro.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
QUESTÃO 08: Qual é a função Sistema nervoso periférico (SNP)?
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QUESTÃO 10: O tecido nervoso contém duas categorias de células. Quais são elas?
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
CAPITULO 5
1. SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório é o sistema responsável por garantir a captação de oxigênio do meio ambiente
e a liberação do gás carbônico. Além disso, esse sistema está relacionado com o olfato, ou seja, nossa
capacidade de permitir odores e relacionado também com a fala, devido à presença das chamadas
pregas vocais em um dos órgãos do sistema respiratório.
Ele é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões. Os órgãos que compõem as vias respiratórias
são: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios.
Quando inspiramos o ar atmosférico, que contém oxigênio e outros elementos químicos, ele passa
pelas vias respiratórias e chega aos pulmões.
É nos pulmões que acontece a troca do dióxido de carbono pelo oxigênio. E, graças aos músculos
respiratórios que este órgão cria forças para o ar fluir. Tudo isso a partir de estímulos e comandos
emitidos pelo Sistema Nervoso Central.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Equilíbrio ácido-base
Produção de sons
A produção e emissão de sons é realizada pela ação conjunta do Sistema Nervoso e dos músculos
que trabalham na respiração.
São eles que permitem o fluxo do ar das cordas vocais e da boca.
Defesa pulmonar
Para evitar problemas de saúde, o Sistema Respiratório apresenta mecanismos de defesa, que por
sua vez, são realizados a partir da atuação dos diferentes órgãos.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
1.2. ÓRGÃOS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Os órgãos do sistema respiratório são: fossas nasais, faringe (nasofaringe), laringe, traqueia, brônquios,
bronquíolos, alvéolos e pulmões.
Fossas nasais: o primeiro local por onde o ar passa. Nelas é possível observar três regiões: o
vestíbulo, a área respiratória e a área olfatória. O vestíbulo é a parte anterior e dilatada das fossas
nasais, a qual se comunica com o meio exterior. A região respiratória corresponde
à maior parte das fossas nasais. Por fim, temos a área olfatória que corresponde
à parte superior das fossas nasais, a qual é rica em quimiorreceptores de olfação.
Traqueia: é um tubo formado por cartilagens hialinas em formato de C, logo depois da laringe. A
traqueia ramifica-se dando origem a dois brônquios, denominados de brônquios primários.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Brônquios: são ramificações da traqueia, que penetram cada um em um pulmão, pela região do
hilo. Esses brônquios, denominados de brônquios primários ou principais, penetram pelos pulmões
e ramificam-se em três brônquios no pulmão direito e dois no pulmão esquerdo. Esses brônquios,
chamados de secundários ou lobares, ramificam-se dando origem a brônquios terciários ou
segmentares, que se ramificam dando origem aos bronquíolos.
Bronquíolos: são ramificações dos brônquios, possuem diâmetro de cerca de 1 mm e não possuem
cartilagem. Esses também ramificam-se, formando os bronquíolos terminais e, posteriormente, os
bronquíolos respiratórios. Os bronquíolos respiratórios marcam a transição para a parte
respiratória e abrem-se no chamado ducto alveolar.
Alvéolos pulmonares: são estruturas que fazem parte da última porção da árvore brônquica e
estão localizadas no final dos ductos alveolares. São semelhantes a pequenas bolsas, apresentam
uma parede epitelial fina e são o local onde ocorrem as trocas gasosas. Geralmente, os alvéolos estão
organizados em grupos chamados de saco alveolar.
Pulmões: são órgãos em formato de cone que apresentam consistência esponjosa e apresenta
maior parte de seu parênquima formado pelos alvéolos, sendo estimada a presença de cerca
de 300 milhões de alvéolos nos pulmões. Cada pulmão é revestido por uma membrana chamada
de pleura. O pulmão de uma criança, geralmente, apresenta a coloração rósea, enquanto do adulto
pode ter uma coloração mais escura devido à maior exposição à poeira e à fuligem.
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MÓDULO 3
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1.3. PORÇÃO CONDUTORA E PORÇÃO RESPIRATÓRIA
Porção
condutora: é formada pelas fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e bronq
uíolos terminais. Como o nome indica, essa porção permite a entrada e saída de ar, porém sua função não
acaba aí, é nessa parte que o ar é limpo, umedecido e aquecido.
Porção respiratória: é formada pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos, que são as
partes responsáveis pela ocorrência das trocas gasosas. É nessa porção que o oxigênio inspirado passará
para o sangue e o gás carbônico presente no sangue passará para o sistema respiratório.
Nos alvéolos ocorrem as trocas gasosas, um processo também denominado de hematose. O oxigênio
presente no ar que chega até os alvéolos dissolve-se na camada que reveste essa estrutura e difunde-se
pelo epitélio para os capilares localizados em torno dos alvéolos. No sentido oposto ocorre a difusão de gás
carbônico.
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MÓDULO 3
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1.5. CONTROLE DA RESPIRAÇÃO EM SERES HUMANOS
Os seres humanos possuem neurônios na região do bulbo que garantem a regulação da respiração. O bulbo
percebe alterações no pH do líquido do tecido circundante e desencadeia respostas que
garantem alterações no ritmo respiratório.
Quando os níveis de gás carbônico aumentam no sangue e no líquido cerebrospinal, acontece uma queda
no pH. Isso acontece devido ao fato de que o gás carbônico presente nesses locais pode reagir com água e
desencadear a formação de ácido carbônico (H2CO3). Esse pode dissociar-se em íon bicarbonato (HCO3-)
e íons hidrogênio (H+). O aumento dos íons hidrogênio provoca a queda do pH.
O bulbo, então, percebe essas alterações, e sinais são enviados para os músculos intercostais e
diafragma para que ocorra um aumento da intensidade e taxa da respiração. Quando o pH retorna ao
normal, há uma redução da intensidade e taxa respiratória.
Vale destacar que alterações no nível de oxigênio no sangue desencadeiam poucos efeitos no bulbo.
Entretanto, quando os níveis estão muito baixos, ocorre um aumento da taxa de respiração.
Expiração: quando o ar sai do sistema respiratório. Nesse processo os músculos torácicos relaxam, assim
como o diafragma, levando à redução da caixa torácica e ao aumento da pressão interna.
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2. SISTEMA DIGESTIVO
O sistema digestivo ou digestório, como é intitulado pela nova nomenclatura, é responsável pela
digestão dos alimentos, quebrando-os em partes menores para que as substâncias necessárias
(nutrientes) sejam absorvidas pelo organismo. A conclusão do processo digestivo pode demorar de 12
a 24 horas, a depender da massa corporal do indivíduo ou o que consumiu.
Os órgãos que compõem o sistema digestório são a boca, a faringe, o esôfago, o estômago,
o intestino delgado, o intestino grosso e o ânus. Já as glândulas acessórias desse sistema são
as glândulas salivares, o pâncreas e o fígado.
Boca
A boca ou cavidade bucal é onde acontece a primeira parte do processo do sistema digestivo. Sua estrutura
é composta pelas bochechas, palatos (paredes) duros (superior) e moles (posterior), além da língua.
Ao ingerir os alimentos, estes são mastigados e transformados, com a ajuda das glândulas salivares, em
bolo alimentar. Nesse momento, eles serão enviados para a faringe, onde será iniciado o processo
automático da deglutição.
As glândulas salivares desenvolvem um líquido viscoso contendo 99% de água e mucina, que dá mais
viscosidade a saliva. Além disso, é na boca que a digestão química dos carboidratos acontece,
transformando o amido em moléculas de glicose e maltose.
Boca
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Faringe
A faringe é um tubo muscular membranoso que ao receber o alimento transporta-o para o esôfago. Ele se
comunica com a boca, através do istmo da garganta (espaço entre a raiz da língua, o palato mole e a
epiglote) e na outra extremidade com o esôfago.
Por isso, durante o processo, a epiglote fecha o orifício de comunicação com a laringe para que o alimento
não entre nas vias respiratórias. Assim, o bolo alimentar passa pela parte laríngea da faringe e entra no
esôfago em até 2 segundos.
Faringe
A faringe é o órgão que faz a ligação entre o sistema digestório e o sistema respiratório
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Esôfago
O esôfago consiste em um tubo que se estende da laringe até o estômago, com cerca de 25 cm de
comprimento. Ele é responsável pelos movimentos peristálticos (contrações involuntárias), que movem o
bolo alimentar para o estômago, garantindo que a digestão seja realizada da forma correta.
Esôfago
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Estômago
O estômago é o órgão dilatado do sistema digestório e está localizado logo abaixo do diafragma. Nesse
órgão, o bolo alimentar sofre a ação do suco digestivo, chamado suco gástrico, que é a ele misturado graças
à atividade muscular do órgão. Nesse momento, o bolo alimentar passa a ser chamado de quimo.
O suco gástrico apresenta entre seus componentes a pepsina, que atua na digestão de proteínas, e o ácido
clorídrico, que torna o pH do estômago baixo e promove a ativação da pepsina. Geralmente, o ácido
clorídrico e a pepsina não causam irritação na parede do estômago, pois esta apresenta um muco que a
reveste. Além disso, há a renovação constante das células que revestem o interior do estômago.
A segunda corresponde ao piloro, um orifício de saída que impede a passagem precoce do bolo alimentar
para o intestino delgado. Depois que termina todo o processo no estômago, o bolo alimentar é transformado
em quimo, uma massa branca e espumosa que é levada em partes até o intestino delgado.
Estômago
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Intestino delgado
Trata-se da porção mais longa do sistema digestório, apresentando cerca de 6 m de comprimento. Possui
três segmentos: o duodeno, o jejuno e o íleo. Nessa porção do sistema digestório, a digestão é finalizada e
há absorção de nutrientes. O órgão é responsável pela maior parte do processo de digestão.
Na primeira porção, chamada de duodeno, o quimo, vindo do estômago, sofre a ação das secreções
pancreáticas (suco pancreático), da bile e de secreções produzidas pelo próprio intestino delgado (suco
entérico ou intestinal). A secreção pancreática, rica em bicarbonato, ajuda a neutralizar a acidez do quimo.
Além disso, apresenta enzimas diversas, como a tripsina e a quimiotripsina, que atuam nas proteínas.
A bile, produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, atua como emulsificante, facilitando a
digestão dos lipídios. Já a secreção produzida pelo intestino delgado é rica em enzimas, como a
aminopeptidase (atua nos aminoácidos), nucleosidases e fosfatases (agem nos nucleotídeos).
Intestino delgado
Intestino grosso
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
O intestino grosso é maior que o delgado, com cerca de 6,5 centímetros de diâmetro e 1,5 metros de
comprimento. Ele é responsável pela absorção da água, decomposição e fermentação dos restos
alimentares, pela formação das fezes e sua eliminação.
Ele está dividido em três partes: ceco, cólon e reto. O ceco é a primeira parte, pois tem a função de receber
o “quilo” vindo do intestino delgado e iniciar o processo de absorção da água e nutrientes.
O colo é a segunda e maior parte do intestino grosso, onde as substâncias que não foram digeridas
permanecem por muitas horas, preenchendo as porções da curva sigmoide e do reto até que sejam
eliminadas pelas fezes.
Intestino grosso
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
ATIVIDADES
QUESTÃO 06: O ar inicialmente entra pelas fossas nasais onde é umedecido, aquecido e filtrado. Ele
então segue para a faringe, posteriormente para laringe e para a traqueia. A traqueia ramifica-se
em dois brônquios dando acessos aos pulmões. O ar segue, então, dos brônquios para os bronquíolos e
finalmente chega aos alvéolos pulmonares. Essa é uma explicação sobre o funcionamento:
a) Do Sistema Respiratório;
b) Da Porção Condutora;
c) Da Porção Respiratória;
d) N.d.a
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
QUESTÃO 08: Pela nova nomenclatura o sistema digestivo é intitulado como:
a) Sistema Nervoso;
b) Sistema de Alimentação;
c) Sistema Digestório;
d) N.d.a
QUESTÃO 12: É um tubo muscular membranoso que ao receber o alimento transporta-o para o esôfago.
Essa uma definição:
a) Do Esôfago;
b) Da Faringe;
c) Do Estômago;
d) N.d.a
QUESTÃO 13: O órgão está localizado no abdômen, abaixo do diafragma, e divide-se em 4 áreas
principais: cárdia, fundo, corpo e piloro. Estamos falando:
a) Do Estômago;
b) Do Intestino delgado;
c) Do Esôfago;
d) N.d.a
QUESTÃO 14: A porção mais longa do sistema digestório, apresentando cerca de 6 m de comprimento e
que possui três segmentos: o duodeno, o jejuno e o íleo é chamada de:
a) Esôfago;
b) Intestino delgado;
c) Intestino grosso
d) N.d.a
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
CAPITULO 6
1. SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino é constituído pelas diversas glândulas endócrinas que estão presentes em nosso
corpo. Essas glândulas secretam diferentes hormônios que atuam em várias partes do organismo,
garantindo, assim, seu funcionamento adequado.
1.1. HORMÔNIOS
Os hormônios são moléculas químicas produzidas pelas glândulas endócrinas que atuam como
sinalizadores químicos. Essas glândulas estão sempre próximas de vasos sanguíneos, os quais garantem
que os hormônios sejam secretados e sejam levados diluídos no plasma para várias partes do corpo.
Dessa forma, é possível que um hormônio atinja seu alvo mesmo que ele esteja distante de seu local
de síntese.
Os hormônios atuam em órgãos e tecidos específicos. Isso se deve ao fato de que, nesses locais, existem
células com receptores que reconhecem essas moléculas, gerando uma determinada resposta. Esse
mecanismo é extremamente importante, uma vez que os hormônios circulam pela corrente sanguínea
e, se não houvesse especificidade, poderiam influenciar a atividade de outras células.
As glândulas são estruturas responsáveis pela secreção de substâncias. Podemos classificar as glândulas
em endócrinas, exócrinas e mistas.
As glândulas endócrinas lançam suas secreções, denominadas de hormônios, no sangue, por onde são
transportadas até atingirem seu local de ação. São essas as glândulas que analisamos ao estudar o
sistema endócrino.
As glândulas exócrinas, por sua vez, apresentam ductos que garantem que sua secreção seja lançada
em cavidades ou nas superfícies corporais.
Por fim, temos as glândulas mistas, que apresentam porções endócrinas e exócrinas.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Hormônios
O pâncreas apresenta uma porção endócrina e uma porção exócrina. A porção endócrina é
responsável pela síntese de insulina e glucagon.
Os hormônios são moléculas sinalizadoras que atuam em locais específicos do corpo. Eles circulam pelo
organismo, por meio da circulação sanguínea, e ligam-se a receptores específicos. Assim sendo, mesmo
que um hormônio circule por todo o corpo, só terá sua ação realizada quando alcançar a célula que
apresenta receptores para aquele dado hormônio.
Alguns hormônios atuam em várias células presentes no organismo, como a tiroxina, produzida pela
tireoide, que garante o aumento da velocidade de reações químicas em quase todas as células do corpo.
Outros hormônios, no entanto, atuam em tecidos-alvo, sendo esse o caso do hormônio
adrenocorticotrófico, produzido pela hipófise, que estimula o córtex da suprarrenal.
Os hormônios são essenciais para o funcionamento do corpo humano, atuando em praticamente todas
as atividades do nosso organismo. Reprodução, crescimento e mesmo o metabolismo são algumas das
atividades que apresentam regulação hormonal.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
1.2.1. Principais glândulas que formam o sistema endócrino
Glândula pineal: Essa glândula produz a melatonina, que participa da regulação dos ritmos
biológicos.
Hipotálamo: Produz a ocitocina e o hormônio antidiurético, que são liberados pela hipófise. A
ocitocina estimula a contração do útero e das glândulas mamárias, e o hormônio antidiurético
garante a reabsorção de água pelos rins. O hipotálamo também produz hormônios de liberação e
inibição, que atuam regulando a hipófise.
Hipófise: Responsável pela produção de vários hormônios, entre os quais, podemos citar:
o hormônio folículo estimulante e o hormônio luteinizante, que atuam nos ovários e testículos;
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
o hormônio tireoestimulante, que estimula a tireoide a secretar seus hormônios; o hormônio
adrenocorticotrófico, que estimula o córtex da suprarrenal; a prolactina, que estimula a produção
de leite na glândula mamária; e o hormônio do crescimento, que promove o desenvolvimento de
ossos e cartilagem.
Paratireoide: Produz o paratormônio, que garante o aumento dos níveis de cálcio no sangue.
Pâncreas: Responsável pela produção de insulina, que diminui os níveis de glicose no sangue, e
de glucagon, que atua aumentando os níveis de glicose.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
2. HIPOTIREOIDISMO E HIPERTIREOIDISMO
Essa glândula fica localizada no pescoço e tem a função de converter o TSH (hormônio produzido no
cérebro) em T3 (triiodotironina) e T4 (Tiroxina), ambos responsáveis por estimular o metabolismo do
corpo.
Quando a tireoide trabalha mais do que deveria, produzindo hormônios em excesso, ela
ocasiona Hipertireoidismo. Em contrapartida, quando há uma produção de hormônios pela tireoide
abaixo do normal, diz-se que a pessoa está com Hipotireoidismo.
Os dois quadros são considerados como doenças crônicas. Ou seja, não possuem cura. Todavia, há
tratamento, normalmente a base de medicamentos, que restauram as condições de vida do paciente.
Ambos, hipertireoidismo e hipotireoidismo, possuem diversas causas e maior chance de acontecer entre
parentes de pessoas que apresentam problemas na tireoide. Porém, no hipertireoidismo em adultos, a
causa mais comum é a doença de Graves - o sistema imunológico ataca e danifica a tireoide, provocando
seu aumento, estimulando a produção dos hormônios T3 e T4 em excesso. É uma doença crônica (que se
mantém a longo prazo) e ocorre com mais frequência em pessoas que possuem parentes com histórico de
problemas na tireoide.
No hipotireoidismo a causa mais comum é a doença de Hashimoto, nesse quadro, assim como
no hipertireoidismo, o sistema imune ataca a tireoide, prejudicando suas funções, mas o que ocorre é uma
diminuição da produção de hormônios.
Nódulos tireoidianos: tumores na glândula tireoide, que podem secretar excesso de hormônio
tireoidiano.
Tireoidite subaguda: uma inflamação dolorosa da tireoide tipicamente causada por vírus.
Tiroidite linfocítica: uma inflamação não-dolorosa causada pela infiltração de linfócitos (um tipo
de célula branca do sistema imune) na tireoide.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
CAUSAS MENOS COMUNS DO HIPOTIREOIDISMO:
Tratamento com iodo radioativo ou cirurgia da tireoide (que são empregados para tratar outros
problemas na tireoide)
No início do hipertireoidismo ou em sua forma mais leve, os sintomas não são facilmente reconhecíveis.
Algumas vezes pode haver sensação de desconforto e fraqueza. Entretanto, a doença é potencialmente
grave, podendo ser fatal.
Depressão;
Desaceleração dos batimentos cardíacos;
Prisão de ventre;
Menstruação irregular;
Falhas de memória;
Cansaço excessivo;
Dores musculares;
Pele e cabelos secos;
Queda de cabelo;
Sensação de frio;
Ganho de peso.
Pode haver aumento nos níveis de colesterol e consequente doença cardíaca se os acometidos
pelo hipotireoidismo não realizarem tratamento. Em casos mais graves, pode ocorrer coma mixedematoso,
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
uma situação clínica incomum, mas potencialmente letal. Nesse quadro, o organismo apresenta adaptações
fisiológicas (para compensar a falta dos hormônios tireoidianos) que, em caso de infecções, por exemplo,
poderão ser insuficientes, fazendo a pessoa descompensar e entrar em coma.
Para diagnosticar o hipertireoidismo são feitos exames físicos e de sangue. A doença é confirmada
quando os níveis de T4 e T3 estão mais elevados que o normal e o nível de TSH está menor que a
referência.
Para determinar o tipo de hipertireoidismo é solicitado um exame de captação de iodo radioativo para
medir quanto iodo é absorvido pela tireoide. Também pode haver a solicitação de imagens da tireoide
a fim de verificar seu tamanho e presença de nódulos.
O hipotireoidismo é diagnosticado com base em exames de sangue que medirão os níveis dos
hormônios estimuladores da tireoide - TSH e T4. A doença é confirmada quando os níveis de TSH estão
elevados e os níveis de T4 baixos. Entretanto, nos casos mais leves ou iniciais, o TSH estará alto,
enquanto o T4 pode estar normal.
Em recém-nascidos, o exame de tireoide é o chamado "Teste do Pezinho" e deve ser realizado entre o
terceiro e o sétimo dia do nascimento. Isso porque, se os bebês doentes não forem tratados, poderá
haver atraso no desenvolvimento mental e no crescimento.
Os remédios utilizados basicamente impedirão a utilização do iodo pela tireoide, o que reduzirá os
níveis de hormônios tireoidianos circulantes no sangue. Como o iodo é essencial para a sintetização do
T3 e T4, na sua ausência haverá a desejada redução da produção de hormônios tireoidianos.
Outra forma de tratamento do hipertireoidismo é feita por meio da utilização do iodo radioativo. Esse
tratamento cura a doença, mas normalmente destrói completamente a tireoide, fazendo com que a
pessoa precise tomar hormônios tireoidianos até o fim da vida.
A remoção cirúrgica da tireoide é outra solução permanente, mas apresenta risco de danos às glândulas
paratireoides (que controlam os níveis de cálcio no organismo) e aos nervos da laringe (cordas vocais).
Esse tipo de tratamento só é recomendado quando os medicamentos ou terapia com iodo radioativo
não são apropriados.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
No tratamento do hipertireoidismo também podem ser utilizadas drogas beta-bloqueadoras. Esses
medicamentos (tais como atenolol) não baixam os níveis de hormônio da tireoide, mas podem controlar
sintomas graves, como a frequência cardíaca acelerada, tremores e ansiedade.
A levotiroxina reproduz o funcionamento da tireoide, mas para que o tratamento seja eficaz o uso deve
seguir a prescrição médica.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
3. SISTEMA IMUNOLÓGICO
O sistema imunológico, também chamado de sistema imune, é o que garante proteção ao nosso corpo,
evitando que substâncias estranhas e patógenos afetem negativamente nossa saúde. É um sistema
complexo que envolve uma série de células e órgãos que funcionam, em conjunto, como uma grande
barreira de proteção.
O sistema imune é capaz de diferenciar as células do próprio corpo daquelas invasoras, o que garante
grande eficiência na defesa do organismo. Entretanto, em algumas situações, ele pode reagir contra
nosso próprio corpo, desencadeando doenças autoimunes
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
3.1. CÉLULAS E ÓRGÃOS
O sistema imunológico humano é formado por diversos tipos de células e órgãos, que são divididos da
seguinte forma:
3.1.1.1. Células
As células de defesa do corpo são os leucócitos, linfócitos e macrófagos.
Leucócitos
Os leucócitos ou glóbulos brancos são células produzidas pela medula óssea e linfonodos. Eles têm a função
de produzir anticorpos para proteger o organismo contra os patógenos.
Os leucócitos são o principal agente do sistema imunológico do nosso corpo.
São leucócitos:
Neutrófilos: envolve as células doentes e as destroem.
Eosinófilos: agem contra parasitas.
Basófilos: relacionado com as alergias.
Fagócitos: realizam fagocitose de patógenos.
Monócitos: penetram os tecidos para os defender dos patógenos.
Linfócitos
Os linfócitos são um tipo de leucócito ou glóbulo branco do sangue, responsáveis pelo reconhecimento e
destruição de microrganismos infecciosos como bactérias e vírus.
Existem os linfócitos B e linfócitos T.
Macrófagos
Os macrófagos são células derivadas dos monócitos. Sua função principal é fagocitar partículas, como restos
celulares, ou microrganismos.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
3.1.2. ÓRGÃOS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO
Medula óssea: tecido mole que preenche o interior dos ossos. Local de produção dos elementos
figurados do sangue, como hemácias, leucócitos e plaquetas.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Órgãos imunitários secundários
Nestes órgãos é iniciada a resposta imune:
Linfonodos: pequenas estruturas formadas por tecido linfoide, que se encontram no trajeto dos
vasos linfáticos e estão espalhadas pelo corpo. Eles realizam a filtragem da linfa.
Baço: filtra o sangue, expondo-o aos macrófagos e linfócitos que, através da fagocitose, destroem
partículas estranhas, microrganismos invasores, hemácias e demais células sanguíneas mortas.
Resposta Imune
A imunidade inata ou natural é a nossa primeira linha de defesa. Esse tipo de imunidade já nasce com a
pessoa, representada por barreiras físicas, químicas e biológicas.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Veja no quadro a seguir quais são e como elas atuam na defesa do nosso organismo.
A imunidade nata também é representada pelas células de defesa, como leucócitos, neutrófilos e
macrófagos, que está descrita logo abaixo.
Se a imunidade inata não funciona ou não é suficiente, a imunidade adquirida entra em ação.
A imunidade adaptativa é a defesa adquirida ao longo da vida, tais como anticorpos e vacinas.
Constitui mecanismos desenvolvidos para expor as pessoas com o objetivo de fazer evoluir as defesas do
corpo. A imunidade adaptativa age diante de algum problema específico.
Por isso, depende da ativação de células especializadas, os linfócitos.
Imunidade celular: mecanismo de defesa mediado por células, através dos linfócitos T.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
ATIVIDADES
QUESTÃO 02: As moléculas químicas produzidas pelas glândulas endócrinas que atuam como sinalizadores
químicos são chamadas de:
a) Hormônios;
b) Glândulas;
c) Órgãos;
d) N.d.a
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
QUESTÃO 09: O sistema imunológico humano é formado por diversos tipos de células e órgãos. Quais são
e como são divididos?
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QUESTÃO 10: Os leucócitos são o principal agente do sistema imunológico do nosso corpo. Quais são eles?
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QUESTÃO 12: Qual a diferença entre os Órgãos imunitários primários e os Órgãos imunitários secundários?
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QUESTÃO 13: O processo de defesa do corpo através do sistema imunológico é chamado de:
a) Resposta Rápida;
b) Resposta Lenta;
c) Resposta Imune;
d) N.d.a
QUESTÃO 15: Qual a diferença entre Imunidade inata, natural ou não específica e Imunidade adquirida,
adaptativa ou específica?
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
CAPITULO 7
1. SISTEMA URINÁRIO
Composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra, o sistema urinário é o responsável por
formar e garantir a eliminação da urina para fora do corpo.
O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, a bexiga
urinária e a uretra.
Órgão Função
Rim Órgão responsável pela produção da urina.
Ureter Órgão que garante que a urina seja conduzida até a bexiga.
Bexiga Órgão responsável pelo armazenamento da urina até sua eliminação.
Uretra Órgão que garante a eliminação da urina para fora do corpo.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Observe os órgãos que compõem o sistema urinário.
Rins
Os rins são encontrados em número de dois no nosso corpo, sendo eles os órgãos responsáveis pela
produção da urina. Estão localizados junto à parede posterior do abdômen, abaixo do diafragma.
Possuem cerca de 10 cm de comprimento, peso aproximado de 120 a 280 g e formato que lembra um
feijão, apresentando uma borda convexa e uma borda côncava. Na parte côncava, é possível observar
uma região denominada de hilo, local onde entram e saem vasos sanguíneos, entram nervos e saem os
ureteres.
Quando observamos internamente, vemos que os rins possuem duas regiões bem distintas: um córtex
e uma medula. O córtex está localizado mais externamente, enquanto a medula está localizada mais
internamente e é visualizada como uma região mais escuras. A porção superior e expandida do ureter
é denominada de pelve renal e comunica-se com a medula renal. A pelve ramifica-se em direção à
medula em cálices maiores, que se ramificam em cálices menores.
As unidades funcionais dos rins são os chamados néfrons, os quais são constituídos pelo corpúsculo
renal e pelos túbulos renais. O corpúsculo renal, também chamado de corpúsculo de Malpighi, é
formado por um glomérulo (enovelado de capilares) envolvido por uma cápsula (cápsula de Bowman).
Os túbulos renais partem da cápsula e apresentam-se como uma sequência de túbulos: túbulo proximal,
alça de Henle e túbulo distal. Esse último abre-se no ducto coletor.
Os néfrons são classificados em corticais e justamedulares. Os néfrons corticais são aqueles que apenas
uma porção adentra a medula renal, enquanto os néfrons justamedulares estendem-se mais
profundamente na medula.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
1.2. VIAS URINÁRIAS
Bexiga Urinária
Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte inferior do abdome com a
função de acumular a urina que chega dos ureteres. Portanto, a bexiga recebe e armazena
temporariamente a urina e quando o volume chega a mais ou menos 300 ml, os sensores nervosos da
parede da bexiga enviam mensagens ao sistema nervoso, fazendo com que tenhamos vontade de
urinar.
Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e controla a
micção. Quando a bexiga está cheia o esfíncter se contrai, empurrando a urina em direção a uretra, de
onde então é lançada para fora do corpo. A capacidade máxima de urina na bexiga é de
aproximadamente 1 litro.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Ureteres
Os ureteres são ductos que levam a urina do rim para a bexiga. São encontrados em nosso corpo dois
ureteres, cada um partindo de um dos rins. Em média, os ureteres apresentam de 25 a 30 cm de
comprimento e 4 a 5 mm de diâmetro.
Uretra
A uretra é um órgão que garante a eliminação da urina para o meio externo. No homem, a uretra
apresenta um comprimento médio de 20 cm e pode ser dividida em três porções: prostática,
membranosa e cavernosa ou peniana. A prostática passa próxima à bexiga e no interior da próstata, a
membranosa possui apenas um centímetro de extensão e conecta-se com a cavernosa, que se localiza
no interior do corpo cavernoso do pênis. A uretra da mulher apresenta cerca de 4 cm de comprimento.
A formação da urina ocorre na região dos rins chamadas de néfrons. Inicialmente, ocorre o processo de
filtração no interior do corpúsculo renal. O sangue que chega aos glomérulos está em alta pressão e o
glomérulo atua como uma membrana semipermeável, garantindo que parte do plasma passe para o
interior da cápsula (filtração). O filtrado formado é semelhante ao plasma sanguíneo, porém não possui
proteínas.
O filtrado segue, então, para os túbulos renais, onde passa pelos processos de reabsorção e secreção. Na
reabsorção, algumas substâncias são reabsorvidas para o sangue, enquanto no processo de secreção,
substâncias são adicionadas ao filtrado. A reabsorção é importante, pois garante que água, íons e glicose,
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
por exemplo, sejam reabsorvidos. A urina é resultado, portanto, dos processos de filtração glomerular,
reabsorção tubular e secreção tubular.
Após passar pelo túbulo renal, a urina segue para o ducto coletor, que leva o composto até a pelve renal
(porção superior do ureter), saindo do rim, portanto, via ureter. Como dito anteriormente, do ureter, a
urina segue até a bexiga, onde é armazenada e depois eliminada pela uretra.
O sistema urinário masculino, difere do feminino na medida em que a uretra, canal que conduz a urina
da bexiga para o exterior, também é utilizado para liberação do esperma no ato da ejaculação. Dividida
em três partes: prostática, cavernosa e membranosa, a uretra masculina mede aproximadamente 20
cm e estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na
extremidade do pênis.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
1.4. SISTEMA URINÁRIO FEMININO
O canal da uretra no sistema urinário feminino, que estende-se da bexiga ao orifício externo no
vestíbulo, é bem menor que o masculino, medindo aproximadamente 5 cm. Essa característica da
anatomia feminina, canal da uretra curto, facilita a ocorrência de infecções urinárias nas mulheres.
Muitas doenças estão associadas ao sistema urinário seja nos rins ou nas vias urinárias (ureteres, bexiga e
uretra).
Doenças Renais
Nefrite
A nefrite é uma infecção dos néfrons, resultado de diversos fatores, por exemplo, a superdosagem de
medicamentos e a presença no organismo de algumas substâncias tóxicas, como o mercúrio, o que pode
lesar ou destruir os néfrons, causando dores, redução da produção da urina, aparência turva da urina e o
aumento da pressão.
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MÓDULO 3
ANATOMIA &
FARMÁCIA FISIOLOGIA
Em especial a bactéria Escherichia coli, que pode penetrar no sistema urinário por meio da uretra causando
infecção bacteriana.
Cálculos Renais
Popularmente conhecido como "pedra nos rins", os cálculos renais podem se alojar nos rins, nos ureteres
ou na bexiga. São formados na medida em que ocorre alta concentração de cálcio ou de outros tipos de sal
contidos nos líquidos do organismo (no caso a urina).
Cistite
A Cistite é uma infecção ou inflamação na bexiga urinária. O doente sente ardor na uretra no ato de urinar
e por não conseguir reter a urina, libera em pouca quantidade.
Uretite
A Uretite é uma infecção na uretra desenvolvida por bactérias que ocorre normalmente junto com a cistite.
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1.6. CURIOSIDADE DO SISTEMA URINÁRIO
O rim de um recém-nascido é três vezes maior, em proporção ao peso do corpo, do que o rim de um
adulto.
O rim direito é ligeiramente mais baixo do que o rim esquerdo devido à presença do fígado.
O câncer de bexiga é o câncer mais comum do trato urinário. Sangue na urina, dor ao urinar, vontade
de urinar, mas sem conseguir realizar a micção são alguns dos sinais que merecem atenção.
A hemodiálise é um procedimento em que uma máquina é utilizada para limpar e filtrar o sangue,
atuando como um rim artificial.
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2. SISTEMA REPRODUTOR
Os sistemas reprodutores masculino e feminino garantem as condições necessárias para que ocorra a
nossa reprodução.
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2.2. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
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Testículos
Os testículos são duas glândulas de forma oval, que estão situadas na bolsa escrotal. Na estrutura de
cada testículo encontram-se tubos finos e enovelados chamados "tubos seminíferos".
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Epidídimos
Epidídimo
Os epidídimos são canais alongados que se enrolam e recobrem posteriormente a superfície de cada
testículo. Corresponde ao local onde os espermatozoides são armazenados.
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Canal Deferente
O canal deferente é um tubo fino e longo que sai de cada epidídimo. Ele passa pelas pregas ínguas
(virilha) através dos canais inguinais, segue sua trajetória pela cavidade abdominal, circunda a base da
bexiga e alarga-se formando uma ampola.
Recebe o líquido seminal (proveniente da vesícula seminal), atravessa a próstata, que nele descarrega
o líquido prostático, e vai desaguar na uretra.
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Vesícula Seminal
A vesícula seminal é formada por duas pequenas bolsas localizadas atrás da bexiga. Sua função é
produzir o "líquido seminal", uma secreção espessa e leitosa, que neutraliza a ação da urina e protege
os espermatozoides, além de ajudar seu movimento até a uretra.
O líquido seminal também ajuda a neutralizar a acidez da vagina durante a relação sexual, evitando que
os espermatozoides morram no caminho até os óvulos.
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Próstata
A próstata é uma glândula localizada sob a bexiga que produz o "líquido prostático", uma secreção
clara e fluida que integra a composição do esperma.
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Uretra
A uretra é um canal que, nos homens, serve ao sistema urinário e ao sistema reprodutor. Começa na
bexiga, atravessa a próstata e o pênis (sua maior porção) até a ponta da glande, onde há uma
abertura pela qual são eliminados o sêmen a urina.
Importante ressaltar que urina e esperma nunca são eliminados ao mesmo tempo graças à
musculatura da bexiga, na entrada da uretra, que impede que isso ocorra.
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Pênis
O pênis é um órgão cilíndrico externo, que possui dois tipos de tecidos: cavernoso e esponjoso.
Através do pênis são eliminados a urina (função excretora) e o sêmen (função reprodutora).
O tecido esponjoso envolve a uretra e a protege, enquanto o tecido cavernoso se enche de sangue,
fazendo com que o pênis fique maior e duro (ereção), pronto para o ato sexual, geralmente levando à
ejaculação (processo de expulsão do sêmen).
A ereção, no entanto, não ocorre apenas como preparação para uma atividade sexual. Ela pode
acontecer por diversos estímulos fisiológicos, por exemplo, quando a bexiga está cheia ou quando o
homem tem um sonho à noite.
O câncer de próstata é um dos tipos mais diagnosticados em homens a partir dos 40 anos.
Os sintomas mais comuns são: ardência ao urinar, levantar-se várias vezes à noite para urinar, diminuição
do jato urinário, sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga após urinar, presença de sangue
na urina, entre outros.
Por outro lado, o câncer de testículo representa 1% dos cânceres masculinos, sendo que o aparecimento de
nódulos (caroços) é indolor.
Dessa maneira, se notar alguma anormalidade, deve-se procurar um urologista (médico especialista nos
sistemas urinário e renal e nos problemas sexuais masculinos).
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2.3. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
O sistema reprodutor feminino servirá de local para a fecundação e também para o desenvolvimento
do bebê, além de ser responsável pela produção dos gametas femininos e hormônios. Assim como no
masculino, o sistema reprodutor feminino apresenta órgãos externos e internos. Os órgãos
externos recebem a denominação geral de vulva e incluem os lábios maiores, lábios menores, clitóris e
as aberturas da uretra e vagina. Já os órgãos internos incluem os ovários, as tubas uterinas, o útero e a
vagina.
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Ovários
Os ovários são dois órgãos de forma oval que medem de 3 a 4 cm de comprimento. Eles são
responsáveis pela produção dos hormônios sexuais da mulher, o progesterona e o estrogênio. Nos
ovários também são armazenadas as células sexuais femininas, os óvulos.
Assim, durante a fase fértil da mulher, aproximadamente uma vez por mês, um dos ovários lança um
óvulo na tuba uterina: é a chamada ovulação.
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Tubas Uterinas
A tuba uterina representa o caminho percorrido pelo óvulo fecundado até chegar no útero
Tubas uterinas são dois tubos, com aproximadamente 10 cm de comprimento, que unem os ovários ao
útero. A partir disso, o óvulo amadurecido sai do ovário e penetra na tuba.
Se o óvulo for fecundado por um espermatozoide, forma-se uma célula-ovo ou zigoto, que se
encaminha para o útero, local onde se fixa e desenvolve, originando um novo ser.
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Útero
O útero é um órgão muscular oco de grande elasticidade, do tamanho e forma semelhante a uma pera.
Sua principal função é acomodar o feto até o nascimento do bebê.
Na gravidez ele se expande, acomodando o embrião que se desenvolve até o nascimento. A mucosa
uterina é chamada de endométrio, que passa por um processo de descamação durante o período da
menstruação.
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Vagina
A vagina é o órgão sexual feminino e atua como o canal que faz a comunicação do útero com o meio
excretor. Ela possui aproximadamente 8 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro.
Suas paredes são franjadas e com glândulas secretoras de muco. Suas funções estão relacionadas à
passagem do sangue durante a menstruação, a penetração do pênis durante a relação sexual e o
principal canal da parte, sendo este local por onde sai o bebê.
2.3.2. Menstruação
A menstruação representa o início da vida fértil de uma mulher, isto é, o período em que a mulher atinge
sua maturidade e já pode engravidar.
Ela corresponde, portanto, à eliminação pelo corpo feminino do material resultante da descamação da
mucosa uterina e do sangue resultante do rompimento dos vasos sanguíneos. Ela ocorre quando não há
fecundação do óvulo.
O ciclo menstrual é o período entre o início de uma menstruação e outra. Esse período dura, em média, 28
dias, mas pode ser mais curto ou mais longo.
A primeira menstruação chama-se “menarca” e na maioria das vezes, ocorre entre os 12 e os 13 anos. Por
volta dos 50 anos, fase é chamada de "menopausa", os óvulos se esgotam e cessam as menstruações e a
fertilidade da mulher.
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ATIVIDADES
QUESTÃO 05: Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte inferior do abdome
com a função de acumular a urina que chega dos ureteres é chamado de:
a) Bexiga;
b) Uretra;
c) Rim
d) N.d.a
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QUESTÃO 07: Qual é o órgão que garante a eliminação da urina para o meio externo?
a) Ureteres;
b) Uretra;
c) Rim;
d) N.d.a
QUESTÃO 08: Julgues as afirmações abaixo quanto a diferença entre o sistema urinário masculino e
feminino.
I. O sistema urinário masculino, difere do feminino na medida em que a uretra, canal que conduz a
urina da bexiga para o exterior, também é utilizado para liberação do esperma no ato da ejaculação.
II. O canal da uretra no sistema urinário feminino, que se estende da bexiga ao orifício externo no
vestíbulo, é bem menor que o masculino, medindo aproximadamente 5 cm.
a) Sistema Urinário;
b) Sistema Circulatório;
c) Sistema Reprodutor;
d) N.d.a
QUESTÃO 10: Qual é sistema formado por órgãos externos e internos, nesse caso o pênis e o saco escrotal
que são os chamados órgãos reprodutivos externos e os testículos, os epidídimos, os ductos deferentes, os
ductos ejaculatórios, a uretra, as vesículas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais que são órgãos
reprodutivos internos?
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QUESTÃO 11: Julgue as informações abaixo:
II. Vesícula Seminal: A vesícula seminal é formada por duas pequenas bolsas localizadas atrás da
bexiga.
III. Próstata: A próstata é uma glândula localizada sob a bexiga que produz o "líquido prostático", uma
secreção clara e fluida que integra a composição do esperma.
IV. Uretra: A uretra é um canal que, nos homens, serve ao sistema urinário e ao sistema reprodutor
QUESTÃO 12: O sistema que apresenta órgãos externos que recebem a denominação geral de vulva e
incluem os lábios maiores, lábios menores, clitóris e as aberturas da uretra e vagina, e órgãos internos os
quais são os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina é chamado de:
I. Ovários: Os ovários são dois órgãos de forma oval que medem de 3 a 4 cm de comprimento.
II. Tubas Uterinas: Tubas uterinas são dois tubos, com aproximadamente 10 cm de comprimento, que
unem os ovários ao útero.
III. Útero: O útero é um órgão muscular oco de grande elasticidade, do tamanho e forma semelhante a
uma pera.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPITULO 1
Acesso: 11/07/2020
https://pt.wikibooks.org/wiki/Introdu%C3%A7%C3%A3o_%C3%A0_Biologia/C%C3%A9lula/Defini%C3%A7%C3%A3o
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/Celula.php
https://queconceito.com.br/celula
https://www.todamateria.com.br/celula/
Lana Magalhães
https://www.todamateria.com.br/tecido-epitelial/
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio3.php
CAPITULO 2
CAPITULO 3
CAPITULO 4
CAPITULO 5
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CAPITULO 6
CAPITULO 7
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