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ASSOCIAÇÃO DE ATIVOS DESPIGMENTANTES NO TRATAMENTO DE


MELASMA EM CONSULTÓRIO E NO USO DOMICILIAR1

Chayenne Rosa Gonçalves2


Mayara Batista Bitencourt3
Isabel Claudino Silvano4

Resumo: O melasma é uma hiperpigmentação cutânea comum que acomete ambos os


sexos e todas as raças, é predominante em fototipos intermediários e em indivíduos que
habitam em áreas tropicais. São diversos os fatores da etiologia da mancha, dentre os
mais comuns estão: influências genéticas, exposição ao sol, gestação, terapias
hormonais, cosméticos, fatores emocionais e afins. Devido à reincidência das lesões e
pela improbabilidade de clareamento definitivo, por sua vez, o tratamento torna-se
insatisfatório. Os tratamentos conhecidos baseiam-se em uso de cosméticos
despigmentantes que inibem a ação da tirosinase e minimizam a produção de melanina.
A atual pesquisa caracteriza-se por um ensaio clínico experimental comparativo de
análise quantitativa, com o intuito em analisar os resultados da associação de ativos
despigmentantes no tratamento de melasma em consultório e no uso domiciliar. Foram
selecionadas 11 mulheres como amostra e divididas em 2 grupos, o Grupo controle
recebeu a aplicação do kit clareador em consultório e o Grupo teste a aplicação do kit
clareador em consultório e creme despigmentante de uso domiciliar. Os resultados
foram explorados através de Teste t Student com auxílio do software Excel. Quando
comparados os grupos, pode-se observar redução da escala MASI na qual o grupo teste
apresentou melhora significativa dos resultados após o tratamento. Ambos os grupos
apresentaram alguma melhora no questionário de qualidade vida MelasQol. O grupo
teste também mostrou predominância em muito resultado de clareamento pelos
avaliadores externos, mostrando que o uso de cosmético em domicilio potencializa os
resultados do tratamento do melasma.

Palavras-chaves: Melasma; Qualidade de vida; Tratamento estético.

1 INTRODUÇÃO

A cor da pele humana é influenciada principalmente pela produção de


melanina, um pigmento castanho denso, de alto peso molecular, o qual assume o
aspecto enegrecido quando mais concentrado. Acredita-se que as variações na cor da

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Artigo apresentado a disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso do Curso Superior de Tecnologia
em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de Santa Catarina- UNISUL- como requisito parcial
para a obtenção do título de Tecnólogo em Cosmetologia e Estética.
2
Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de
Santa Catarina- UNISUL- 5º Semestre de 2017/A
3
Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de
Santa Catarina- UNISUL- 5º Semestre de 2017/A
4
Professora orientadora do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade
do Sul de Santa Catarina- UNISUL- 5º Semestre de 2017/A
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pele, sejam ganhos evolutivos e estejam relacionadas com a regulação da penetração da


radiação ultravioleta (RUV). Os melanócitos são células fenotipicamente importantes,
responsáveis pela pigmentação da pele e dos pêlos, o que contribui para a tonalidade
cutânea citada acima, conferindo ainda proteção direta para os danos causados pela
RUV (MIOT et al., 2009).
Segundo Martins e Oliveira (2014) o melasma é uma hipermelanose
adquirida, e existem diversos fatores que influenciam o desenvolvimento, tais como
exposição à RUV, pré-disposição genética, alteração hormonal, envelhecimento, entre
outros.
O tratamento do melasma visa como objetivo principal o clareamento das
manchas. Diversos tratamentos são utilizados para tratar o problema, dentre eles estão o
LASER, LIP (Luz intensa pulsada), microdermoabrasão e os peelings químicos de
profundidade média, porém ambos os tratamentos podem oferecer riscos de efeitos
adversos, que muitas vezes promovem despigmentação total do local tratado ou
manchas ainda mais escuras (RASSNER, 1990).
Devido à reincidência da lesão, buscam-se tratamentos que ofereçam o
mínimo de efeitos adversos possíveis das lesões. Segundo Miot el al (2009), não há
consenso entre a classificação do melasma e lesão, e o tratamento é complexo. Com o
auxilio de ativos despigmentantes é possível obter resultados satisfatórios.
Dessa forma buscamos responder a seguinte pergunta: A aplicação de ativos
despigmentantes de uso domiciliar associados do kit Perfect Peel System® apresentam
melhores resultados de clareamento de melasma quando utilizados simultaneamente?
Logo o atual estudo apresenta uma análise da associação de ativos despigmentantes
oferecidos no kit Perfect Peel System® com o uso de ativos despigmentantes do produto
Bio-Whitening® ambos da marca Bioage®.
Como ação especifica foram estabelecidos: verificar se o uso do kit em
consultório com o uso de home care e protetor solar apresentaram resultados no
clareamento do melasma; analisar os resultados do questionário de vida (MelasQol) das
voluntarias antes e após o estudo, analisar pontuação de área de acometimento e
densidade de cor do melasma através da escala MASI antes e depois dos procedimentos;
analisar respostas dos avaliadores externos em relação as fotografias em luz branca e da
lâmpada de wood das participantes comparando o antes e depois dos procedimentos e
comparar os resultados dos grupos controle e teste.
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2 MELASMA

O nome melasma deriva do grego melas, que significa negro. É


caracterizado por uma hiperpigmentação cutânea comum, que apresenta manchas
acastanhadas e assimétricas, possui contornos irregulares, mas tem limites nítidos.
Encontra-se especialmente na região da face: fronte, têmporas e raramente no nariz,
pálpebras, mento e membros superiores. Embora acometa ambos os sexos e todas as
raças, a idade do aparecimento do melasma situa-se entre 30-55 anos, sendo comum em
mulheres em idade fértil (MIOT et al., 2007).
De modo geral existem vários fatores relacionados com a etiologia da
mancha, dentre eles a predisposição genética, o envelhecimento, a gravidez, distúrbios
endócrinos, tratamentos com hormônios sexuais e exposição ao sol em diferentes graus,
porém, nenhum deles pode ser responsabilizado isoladamente pelo seu
desenvolvimento. Estudos foram acompanhados sobre diversas ocorrências crônicas que
afetam o aspecto pessoal e a satisfação estética. No entanto radiações solares são as
principais responsáveis pela maioria destas anomalias, subsequente pelos hormônios
e/ou fatores externos (NICOLETTI et al., 2002).
Com relação à classificação clínica do melasma são conhecidos dois
principais padrões na face: centro facial, porque acomete a região central da fronte,
região bucal, labial, região supralabial e mentoniana; e malar porque acomete as regiões
zigomáticas (MIOT et al., 2009).
O melasma é uma disfunção que necessita de cuidados especiais durante o
tratamento, devido à ampla reincidência da hiperpigmentação e pela ausência definitiva
do clareamento da pele, que por sua vez pode tornar-se um resultado insatisfatório. De
modo geral o tratamento da pele que apresenta hiperpigmentação baseia-se na
fotoproteção e no uso de clareadores, com o intuito de promover a renovação celular,
pois grande parte dos cosméticos com ação despigmentantes utilizam inibidores da
tirosinase para reduzir a produção de melanina (MIOT et al., 2009).

2.1 MELANOGÊNESE

É chamado de melanogênese o processo de formação da melanina nos


melanócitos. Existem três fatores que intervém no processo de melanogênese: fatores
genéticos, fatores hormonais e através da ação dos raios UV. Os fatores genéticos estão
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envolvidos em todos os estágios da formação do pigmento, nos fatores hormonais


diversos hormônios possuem relação na produção de melanina, porém o hormônio
melanócito estimulante (MSH) estimula a melanogênese. A ação dos raios UV-B
multiplica os melanócitos ativos e estimula a enzima tirosinase; a produção elevada de
melanina é uma reação defensiva da pele, promovendo a formação do eritema actínico
(pigmentação indireta). A radiação UV-A oxida e escurece os precursores incolores da
melanina, causando uma pigmentação sem eritema, ou seja, pigmentação direta
(NICOLETTI et al., 2002).
Melanócitos são células derivadas dos melanoblastos, os quais se originam
da crista neural, estão localizadas na camada basal da epiderme, matriz e bainha
radicular do folículo piloso. Apresentam no citoplasma organelas denominadas
melanossomas, que sintetizam e armazenam melanina, e são transferidas aos
ceratinócitos através das ramificações dendríticas dos melanócitos (BARROS et al.,
2007).
Segundo Miot et al (2009), há em torno de dois mil ou mais melanócitos
epidérmicos por milímetro quadrado de pele da cabeça e antebraço e cerca de mil, no
restante do corpo. Esta regulação exata do número de melanócitos, na epiderme, parece
ser mediada pelos ceratinócitos e por mediadores específicos como o fator de
crescimento de fibroblastos. Em áreas não fotoexpostas o número de melanócitos
diminui com a idade, na proporção de 6 a 8% por década, sendo que as diferenças racias
na pigmentação não são correspondentes a uma variação no número de melanócitos,
mas sim no grau de atividade (síntese de melanina e melanossomas), na proporção dos
subtipos de melanina (feomelanina e eumelanina).

2.1.1 Melanina

É o principal pigmento da pele, o que determina as diferenças na coloração


cutânea, também é responsável pela cor dos pêlos e cabelos. A síntese de melanina
ocorre exclusivamente nos melanossomas, que são organelas elípticas, altamente
especializadas, nas quais ocorre a síntese e deposição de melanina. O elemento inicial
do processo biossintético da melanina é a tirosinase, complexo enzimático cúprico-
proteico, sintetizado nos ribossomos e transferido por meio do reticulo endoplasmático
para o Aparelho de Golgi e aglomerado em unidades que são envoltas por membrana,
ou seja, nos melanossomas (MIOT et al,. 2009).
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Os três membros da família relacionada a tirosinase (tirosinase, Tyrp 1 –


tirosinase relacionada à proteína 1 e Dct – dopacromo tautomerase) estão envolvidos no
processo de melanogênese, levando a produção de eumelanina (marrom-preta) ou de
feomelanina (amarela-vermelha) (MIOT et al,. 2009).
A enzima tirosinase está presente em diversas reações que promovem a
formação do pigmento pelo melanócito, associada a vários processos de oxidação
molecular (Figura 1).
Figura 1: Esquema bioquímico da formação de eumelanina e feomelanina.

Fonte: Adaptado de Oliveira, Rocha e Guillo, 2004.


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A síntese da melanina inicia com oxidação da L-tirosina em Tirosina, a


Tirosina interage com a enzima tirosinase iniciando a atividade enzimática de
transformação da molécula em L-Dopa (OLIVEIRA, ROCHA, GUILLO, 2004).
Após a oxidação de L-Dopa esta molécula transforma-se em dopaquinona.
Com ação da tirosinase novamente, ocorre à transformação da dopaquinona. Quando há
presença suficiente de glutationa/cisteína, a dopaquinona rapidamente reage com essas
substâncias para gerar cisteinildopa e glutationildopa, ambos passam por
transformações, produzindo um pigmento vermelho-amarelo formando a feomelanina
(OLIVEIRA; ALMEIDA JUNIOR, 2003).
Na ausência de glutaiona/cisteína o processo segue através de uma cascata
bioquímica, transformando a dopaquinona em leucodopacromo. Seguindo no processo,
novas oxidações moleculares e reações com a enzima tirosinase e proteínas relacionadas
com esta enzima são desencadeadas, finalizando o processo com a formação de
pigmento castanho-preto denominado eumelanina (OLIVEIRA; ALMEIDA JUNIOR,
2003).
Pensando nos mecanismos de formação do pigmento, os tratamentos do
melasma visam remover a melanina que já foi formada, através de afinamento da
camada mais superficial da pele. Além disso, buscam reduzir a atividade de oxidação
das moléculas e as reações com a enzima tirosinase.

2.2 TRATAMENTO DO MELASMA

Em pacientes com alterações cutâneas, como melasma, possuem curso


prolongado e o tratamento por tantas vezes torna-se insatisfatório, o que contribui para o
impacto psicológico negativo na qualidade de vida de quem as possui. De modo geral o
tratamento da pele que apresenta hiperpigmentação baseia-se na fotoproteção e no uso
de ativos com ação despigmentantes, de inibição da tirosinase, antioxidantes e
esfoliantes para remoção da melanina já depositada na pele (COSTA et al., 2012).

2.2.1 Ativos utilizados no tratamento do melasma

Os princípios ativos dos produtos despigmentantes são destinados a clarear


a pele e atenuar as manchas pigmentares. De modo geral, todos esses princípios ativos
estão ligados à interferência na produção ou transferência de melanina, mas ainda assim,
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ocorrem por intermédio dos mecanismos de ação de cada um individualmente, todos os


ativos possuem características distintas que interferem na sua ação, podem atuar
inibindo a biossíntese de tirosina, a formação de melanina, formação de melanossomas e
alterações estruturais nos mesmos, interferindo no transporte dos grânulos de melanina,
alterando quimicamente a melanina ou até mesmo selecionando e destruindo alguns
melanócitos (NICOLETTI et al., 2002).

2.2.1.1 Ácido Tranexâmico

Inibe a síntese da melanina fazendo interação dos melanócitos e


queratinócitos através da inibição do sistema plásmina plasminogênio, que atua inibindo
a síntese de melanina não pela atuação direta nos melanócitos, mas através da inibição
dos ativadores contidos na cultura de queratinócitos (LIMA et al, 2015).

2.2.1.2 Ácido Mandélico

É considerado um dos AHA’s (Alfa-Hidroxiácidos) de maior peso


molecular, favorecendo um efeito uniforme na pele, no caso de hiperpigmentação ele
atua na inibição da síntese da melanina, e na melanina que já está depositada na
epiderme, ajuda a promover uma remoção mais eficaz dos pigmentos hipercrômicos. É
derivado do extrato de amêndoas amargas e vem sendo muito estudado pela
possibilidade de seu uso nos tratamentos de pele mais comuns, tais como a acne,
fotoenvelhecimento e pigmentação irregular (BORGES, 2010).

2.2.1.3 Ácido Kójico

O Ácido Kójico é obtido por fermentação do arroz e é considerado um


potente despigmentante, inibe a produção da tirosinase, enzima fundamental para a
produção de melanina. Não é irritativo e citotóxico, é utilizado como substituto da
hidroquinona quando há uma sensibilidade em relação á mesma, o efeito pode ser
potencializado quando associado ao ácido glicólico, visto que o mesmo fará o
afinamento da capa córnea e facilitará a penetração do ativo despigmentante
(MARTINS; OLIVEIRA; 2014).
2.2.1.4 Ácido Fítico
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Possui ação inibidora sobre a tirosinase e tem ação despigmentante. É


indicado no clareamento de manchas hipercrômicas, no pós-peeling, como anti-
inflamatório, cremes antienvelhecimentos e despigmentantes. Pode ser incorporado em
géis, creme e loções não iônicas. Não precisa ser neutralizado devido ao seu pH baixo,
não é agressivo e não provoca sensação de queimadura, pode ser utilizado
semanalmente ou até mesmo duas vezes por semana se necessário, é um agente muito
seguro para o tratamento de melasma em peles de fototipos mais alto (YOKOMIZO et
al., 2013).

2.2.1.5 Ácido Salicílico

Melhora a aparência da pele fotoenvelhecida, é efetivo na redução de rugas


finas, além de melhorar a textura da pele, pois atua como esfoliante. Também é
utilizado em tratamentos de acne. É um beta-hidroxiácido que regulariza a oleosidade
da pele e também apresenta ação anti-inflamatória (PINTO; ROSA; SILVA, 2011).

2.2.1.6 Retinol

Tem ação esfoliante e queratolítica em nível celular, estimula a síntese de


colágeno novo, esse colágeno permanece intacto histologicamente por pelo menos
quatro meses após a ultima aplicação. Como o ácido retinol produz eritema, descamação
e é fotossensibilizante, durante o dia recomenda-se o uso de fotoprotetores, a
concentração depende da resposta terapêutica, mas as concentrações utilizadas
atualmente ficam entre 1 e 10% (BORGES, 2010).

2.2.1.7 Ácido Glicólico

Atua na diminuição do pigmento por vários mecanismos, incluindo a


esfoliação do estrato córneo, aumentado a epidermólise, dispensando a melanina na
camada basal da epiderme, dependendo da sensibilidade do paciente pode ocorrer leve
irritação (ARAUJO; MEJIA, 1987).

2.2.1.8 Uva Ursi


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Apresenta ação inibidora da tirosinase e também degrada a melanina já


existente na pele, provoca modificações estruturais nas membranas das organelas dos
melanócitos e apresenta efeito cumulativo (NICOLETTI, 2002).
A ação da uva ursi é mais lenta, porém é acumulativa (não reversível),
comparado com a hidroquinona, ou seja, se for atingido o objetivo de clareamento a
mancha não retornará depois de algum tempo, sendo apenas necessário o tratamento
durante certo período. Além disso, possui efeitos rejuvenescedores, antioxidantes e
estimula a produção de colágeno (CESÁRIO, 2005).

2.2.1.9 Belides®

É um ativo clareador natural, atua antes, durante e depois da formação de


melanina na pele. É um botânico obtido das flores de Bellis Prennis (margarida), rico
em moléculas bioativo tais como saponinas, polifenóis, glicosídeos flavônicos,
polissacarídeos e unulina, com uma ótima capacidade de inibição da melanogênese.
Único ativo que é comprovado inibir a ET-1, que em grandes quantidades que a síntese
da enzima tirosinase. Modulando as respostas dos melanócitos em relação a radiação
UV e proporciona resultados rápidos de longa duração (BIOAGE, 2015).

2.2.1.10 Chromabright®

Inibe a atividade da tirosinase e proporciona um efeito clareador


significativo e seguro ao mesmo tempo em que combate o fotoenvelhecimento, possui
efeito fotoprotetor em queratinócitos da epiderme, ajudando a prevenir danos a pele
causados por radiação UV (BIOAGE, 2015).

2.3 FOTOPROTEÇÃO

Os critérios de fotoproteção são classificados como procedimentos


essenciais na prevenção de doenças cutâneas e manutenção da saúde da pele. Sua
conduta esta envolvida na aplicação do protetor solar meia hora antes de se expor ao sol,
seguido de reaplicações e reforço sempre que necessários, e, ainda, manter os cuidados
como: evitar, bloquear e cobrir a pele dos efeitos da radiação. Os protetores de barreira
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são representados pelas roupas e acessórios, como boné ou chapéu de abas largas,
óculos de sol, guarda-sol e sombrinha. Devem-se evitar os horários críticos de radiação
solar, situados entre 10 e 16 horas, devido ao aumento dos riscos de queimaduras,
manchas, fotoenvelhecimento e fotodano cumulativo (PURIM; AVELAR, 2012).

3 METODOLOGIA

A pesquisa não possui conflito de interesse e teve financiamento próprio das


pesquisadoras. Em relação ao ponto de vista ético o estudo foi orientado pela Resolução
466/12 do Conselho Nacional de Saúde, respeitando os seguintes aspectos: assinatura
pela cliente, do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE); direito de
participar ou não do estudo; preservação do anonimato; sigilo das informações que não
autorizem ou não desejem a divulgação; agendamento da coleta de dados para os
participantes do estudo ao final do mesmo e para a Universidade em forma de trabalho
final do curso. O projeto foi submetido e aceito sob número de parecer: 1.669.398. Após
a aprovação foram iniciadas as coletas de dados.
A pesquisa se caracterizou por ser um ensaio clinico experimental com
abordagem quantitativa. A amostra se caracterizou como não probabilístico, não
podendo ser generalizada para a população, e sim ser representativa para a amostra
estudada.
Como critérios para a inclusão foram estabelecidos: mulheres, idade de 20 a
50 anos, assinar o TCLE, apresentar melasma na região zigomática e frontal e que não
estivesse fazendo nenhum tratamento estético facial no período de 30 dias anteriores ao
início do estudo. Como critérios de exclusão o estudo apresentou: mulheres não adeptas
ao uso de cosméticos em casa, dermatite de contato, doenças respiratórias, fumantes,
gestantes, peles com lesões ou queimaduras, e que apresentem menos de 20 ou maior de
50 anos de idade.
A pesquisa foi realizada no laboratório de Cosmetologia, localizado no
bloco da Policlínica na Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, no município
de Tubarão – SC.
Posteriormente as identificações as voluntariam do estudo responderam uma
ficha de avaliação conforme apêndice A, ao questionário de qualidade de vida para
pacientes com melasma (MelasQoL) apêndice B e foram encaminhadas para os registros
fotográficos em cabine de avaliação facial (Dermoviel®) com a câmera de um Iphone
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5S, resolução de 8Mpixels. Em seguida foram feitos testes de contato para verificar se
possuíam hipersensibilidade aos produtos, aguardando 10 minutos e verificar a ausência
de reação alérgica. Posteriormente foram entregues os produtos para o uso domiciliar, o
Grupo Controle recebeu um fotoprotetor FPS 40 e para o Grupo Teste recebeu o
fotoprotetor e um Bio-Whitening®. Foram orientadas a aplicar o fotoprotetor durante o
dia e o Bio-Whitening® no período da noite. Todas as participantes receberam aplicação
do kit de clareamento Perfect Peel System® da marca BIOAGE® em consultório uma
vez por semana, totalizando 8 sessões.
O Kit Perfect Peel System®, por sua vez é um tratamento despigmentante
desenvolvido para tratar hipercromias em todos os tipos de pele e fototipos. Os
componentes presentes são: Ácido Tranexâmico, Ácido Mandélico, Ácido Kójico,
Ácido Fítico, Ácido Salicílico, Retinol, Ácido Glicólico, Uva Ursi, Belides® e
Chromabright® (BIOAGE, 2015).
O protocolo de aplicação do produto em consultório foi: Higienização do
rosto utilizando o sabonete de limpeza profunda da linha Aquaface/Extratos da Terra®,
removendo com água e secando bem a pele; logo aplicar Perfect Peel System® fase 1
até absorção completa e não remover, o mesmo processo foi feito com as fases 2, 3 e 4 e
aplicado o Bio-SunBlock Make Up Powder® FPS 30 para selar todo o processo, as
indicações de remoção do produto foram feitas através da indicação para cada fototipo
na tabela anexo B.
Após realizadas 8 sessões, as voluntarias responderam novamente o
questionário de qualidade de vida MelasQol (apêndice B) e foram reavaliadas na
pontuação MASI (apêndice C), foi registrado novamente as fotografias, organizadas e
encaminhadas para avaliação externa subjetiva. Foram analisadas as respostas dos
avaliadores externos (apêndice D) em relação as fotografias em luz branca e lâmpada de
Wood (variáveis analisadas: clareamento e aspecto geral da pele) das participantes
comparando o antes e depois dos procedimentos.
Os resultados foram analisados através das respostas dos avaliadores
externos, questionário MelasQol e pontuação MASI; Os resultados foram organizados
no Excel e comparados através de teste t Student para verificar se apresentam resultados
diferentes grupos. Os resultados foram expressos em média e desvio padrão.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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A amostra total foi de 11 voluntárias que foram divididas em dois grupos,


sendo o Grupo Controle e Grupo Teste. A randomização da amostra levou em
consideração a idade, quantidade de filhos, uso de anticoncepcional, tratamentos
anteriores e pontuação de acometimento de melasma na face através da escala MASI,
resultando na divisão dos grupos. O grupo teste ficou com 6 voluntárias e o controle
com 5 voluntárias conforme Figura 2.

Figura 2 – Fluxograma apresentando a distribuição da amostra.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017.

A avaliação dos resultados da pontuação da escala MASI foi definida


através de um score que iria de 0 a 24, sendo que “0” foi à ausência de manchas e “24”
o estado máximo de acometimento da face (total). Para estabelecer à pontuação a face
foi dividida em quatro partes: frontal (f)= 30%; zigomático direito (zd)= 30%;
zigomático esquerdo (ze)= 3º% e mentoniana (m)= 10%. E levados em consideração a
área de acometimento (A= área) com pontuação de 0 (ausência ou 0%) a 6 (90 a 100%)
e a densidade de cor/escuridão (D= densidade de coloração/escuridão) com pontuação
de 0 (ausente) a 4 (severo). Para o calculo foi utilizada a seguinte formula:
0,3xA(f)xD(f) + 0,3xA(zd)xD(zd) + 0,3xA(ze)xD(ze) + 0,1xA(m)xD(m)= pontuação
(ver apêndice C).
O grupo teste apresentou resultados estatisticamente significativos
(p=0,015) na avaliação da escala MASI, mostrando maior redução do melasma das
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voluntárias do grupo teste do que no grupo controle. Os resultados estão expressos na


Tabela 1 a seguir.
Com essa redução pode-se dizer que o melasma é uma doença recidiva que
pode ser tratada e prevenida, limitando-se à exposição solar em excesso com educação
ambiental e uso de filtros solares de extenso espectro para radiação ultravioleta A e B,
com fator de proteção solar (FPS) 30 ou mais, ressaltando os horários críticos de
exposição ao sol que devem ser evitados (PURIM; AVELAR, 2012)

Tabela 1 – Apresentação dos resultados da pontuação MASI antes e depois do


tratamento.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017.

Quando a pele é afetada por doenças ou unicamente por deformidades


devido a variáveis externas, o corpo e a autoestima destas pessoas tendem a ser
prejudicados. Para avaliar a insatisfação referida pelos pacientes com melasma, Cestari
et al (2006), reproduziram o questionário de qualidade de vida MelasQoL adaptando-o
ao idioma e cultura brasileira.
Com base nesse instrumento foi identificado melhora nas avaliações
individuais e em grupo. Após o tratamento que as voluntárias do atual estudo
receberam, é possível mencionar menores pontuações em relação aos malefícios na
qualidade de vida, mostrando que o cuidado com a pele e o autocuidado colabora com a
melhora da autoestima das voluntárias.
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Quando avaliados os resultados do questionário de qualidade de vida


MelasQol ambos os grupos apresentaram melhora nas variáveis apresentadas, porém os
resultados foram significativos no grupo controle para os critérios de melhora da
aparência geral da pele, redução do sentimento de frustração com a condição da pele e
no sentimento de ser importante e produtivo, enquanto que no grupo teste os resultados
foram significativos para redução de frustração, constrangimento e sentimento de
depressão em relação a condição da pele. Os resultados estão expressos na tabela 2 e 3 a
seguir.

Tabela 2 – MelasQol grupo controle.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017.


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Tabela 3 – MelasQol grupo 2-teste.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017.

Os protocolos de tratamento disponíveis atualmente incluem diversos


agentes tópicos, entre eles destacamos o ácido kójico, ácido retinóico, ácido glicólico
(GA) e suas várias combinações. O ácido glicólico atua no melasma devido ao efeito na
remodelação da camada epidérmica, descamação acelerada e pelo efeito inibidor na
síntese de melanina, resultando na rápida distribuição do pigmento. É considerado o
agente de descamação mais eclético, pois possui boa penetração correspondente ao seu
baixo peso molecular, biodisponibilidade aumentada e com baixo risco de complicação
(DAYAL; SAHU; DUA, 2016).
Quanto aos resultados da análise das fotografias por avaliadores externos
pode-se observar os resultados expressos da tabela 4, mostrando que o grupo teste teve
melhores resultados que o grupo controle, apresentando moda máxima 2, que representa
muito resultado, enquanto de o controle apresentou moda máxima 1 mostrando pouco
resultado, porém a diferença entre os grupos não foi estatisticamente significativa.
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Tabela 4 – Resultado da análise das fotografias por avaliadores externos ao estudo, com
escala de pontuação: 0 (ausência de resultado); 1 (pouco resultado) e 2 (muito
resultado).

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017.

Os resultados obtidos na amostra do atual estudo mostram que diferentes


tratamentos podem ocasionar a redução do melasma, porém o uso de ativos
despigmentantes em domicilio diariamente mostra maiores resultados no tratamento
desta discromia. A seguir, selecionamos uma fotografia de antes e depois de uma
voluntaria de cada grupo, as demais seguem no anexo C.
Observando as imagens (figura 2 e figura 3), podemos verificar maior
redução das hipercromias através do auxílio da luz de wood, que mostra o acometimento
da mancha quase que imperceptível na luz branca, na voluntaria GC4 esta percepção
fica mais evidente na região mentoniana e na GT4 fica mais evidente na região frontal e
zigomática.
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Figura 2 – Foto antes e depois na luz branca e luz de wood do grupo controle,
voluntária GC4.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017.

Figura 3 – Foto antes e depois na luz branca e luz de wood do grupo Teste, voluntária
GT4.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2017.


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O melasma é uma hiperpigmentação cutânea, constante e popularmente


conhecida, é caracterizada como manchas na pele e acomete a população em geral
afetando áreas fotoexpostas principalmente região frontal e malar da face. Paciente
acometido por ele sente-se chateado, menos atraente e em busca por cosméticos e
tratamentos para cobrir as manchas. Assim é possível identificar que o melasma gera
impacto na qualidade de vida das pessoas, incluindo fatores emocionais e psicológicos
em virtude da insatisfação com a aparência da pele (MIOT et al., 2009).
O produto utilizado no estudo contém em sua composição o Ácido
tranexâmico, corroborando com os resultados do estudo em que mostrou uma
diminuição da atividade da tirosinase, enzima chave da síntese de melanina, apenas em
presença de queratinócitos condicionados. Estes resultados apontam que o ácido
tranexâmico inibe a síntese de melanina não pela atuação direta nos melanócitos, mas
através da inibição dos ativadores dos melanócitos contidos na cultura de queratinócitos
condicionados (LIMA et al, 2015).
Muitas pessoas em busca pela harmonia da imagem pessoal utilizam a
maquiagem como recurso para minimizar as manchas da pele. A maquiagem além de
destacar os aspectos mais atraentes do rosto auxilia na redução das imperfeições, desta
forma pode favorecer a beleza natural e promover melhora na sua autoestima (WOSCH;
MALTA, 2014).
A voluntária GC4 relatou que houve descamação após a 3 sessão e a GC2
pequena irritação após a primeira sessão em um ponto pequeno na região zigomática.
As outras voluntárias não relataram nenhum efeito adverso. As voluntárias também
relataram que no decorrer do tratamento, com o clareamento das manchas, puderam
reduzir o uso de maquiagem que faziam antes do tratamento, sentindo-se melhores por
poderem usar pouca maquiagem e cobrir totalmente a mancha, enquanto que antes
precisavam emplastrar o rosto para cobrir a lesão.
Dentre as 11 voluntarias do estudo nem todas faziam uso de protetor solar e
quando faziam não era de maneira adequada, assim que foram iniciadas as sessões foi
mencionada a importância do mesmo, não somente mediante ao tratamento e sim para
que tornasse habito diariamente e no mínimo 3 vezes ao dia. Assim sendo todas as
voluntarias relataram uso do protetor solar corretamente durante o estudo.
19

5 CONCLUSÃO

Pode-se concluir que o uso de ativos despigmentantes relacionados


apresenta redução significativa no tratamento do melasma, porém quando utilizados
simultaneamente com uso domiciliar os resultados podem ser intensificados. A redução
da pontuação da escala MASI e a avaliação feita por pesquisadores externos mostrou
que o grupo teste apresentou melhor resultado que o grupo controle. Logo, a aplicação
do kit de tratamento em consultório associado ao uso do cosmético em uso domiciliar
mostrou maior resultado do que a aplicação somente do produto aplicado em
consultório.
Com relação ao questionário de qualidade de vida quando questionadas, as
voluntárias em geral, sentiam-se desconfortáveis com a aparência da pele, muitas
utilizavam maquiagem diariamente para reduzir o aspecto da macha. Quando
questionadas após o tratamento relataram que houve melhora de acordo com a
satisfação das mesmas, onde algumas voluntárias relataram a evolução da autoestima e
a diminuição do uso de maquiagem para camuflar as manchas.
Como continuidade dos resultados encontrados com a atual pesquisa,
sugerem-se novos estudos que façam o acompanhamento de pessoas que fizeram o
tratamento utilizando produtos despigmentantes para verificar a taxa de incidência de
retorno da mancha após tratamento com diferentes tratamentos de manutenção, além de
verificar a qualidade de vida relacionada à redução do uso de maquiagem para camuflar
as manchas após tratamento de melasma.

ASSOCIATION OF DEPOSITORY ASSETS IN THE TREATMENT OF


MELASMA IN CONSULTORY AND DOMICILIARY USE

Abstract: Melasma is a common cutaneous hyperpigmentation that affects both sexes


and all races, is predominant in intermediate phototypes and in individuals living in
tropical areas. There are several factors of the etiology of the spot, among the most
common are: genetic influences, sun exposure, gestation, hormonal therapies,
cosmetics, emotional factors and the like. Due to the recurrence of the lesions and the
improbability of definitive bleaching, in turn, the treatment becomes unsatisfactory.
Known treatments are based on the use of depigmenting cosmetics which inhibit the
action of tyrosinase and minimize the production of melanin. The current research is
characterized by a comparative experimental clinical trial of quantitative analysis,
aiming at analyzing the results of the association of depigmenting assets in the treatment
of melasma in the office and in the home use. Eleven women were selected as the
20

sample and divided into 2 groups, the control group received the application of the
whitening kit in the office and the test group the application of the whitening kit in the
office and depigmenting cream for home use. The results were analyzed using Student's
t-test using Excel software. When comparing the groups, it is possible to observe a
reduction of the MASI scale in which the test group presented significant improvement
of the results after the treatment. Both groups showed some improvement in the
MelasQol quality of life questionnaire. The test group also showed a predominance of a
high whitening result by external evaluators, showing that the use of cosmetic at home
enhances the results of melasma treatment.

Keywords: Melasma; Quality of life; Aesthetic treatment


21

REFERENCIAS

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quimicos--revisao-e-aplicacao-pratica> Acesso em: 14/-6/2017.
24

ANEXOS
25

ANEXO A

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA


COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP UNISUL
Cep.contato@unisul.br, (48) 3279.1036

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário (a), em uma
pesquisa que tem como título “Analisar os resultados a associação de ativos
despigmentantes no tratamento de melasma”. A pesquisa tem como objetivo principal
ver os resultados de clareamento de melasma, na região da face.
Esta pesquisa será realizada com seis mulheres na faixa etária de 20 a 50 anos.
As participantes serão entrevistadas através de um formulário de pesquisa com
perguntas estruturadas. Quanto ao monitoramento da segurança dos dados, o estudo
obedecerá à recomendação de guardar os instrumentos utilizados na coleta de dados por
um período de cinco anos, a contar a partir do término da pesquisa, os quais estarão sob
guarda do pesquisador responsável.
Você não é obrigada a responder todas as perguntas e poderá desistir de
participar da pesquisa a qualquer momento (antes, durante ou depois de já ter aceitado
participar dela ou de já ter feito a entrevista), sem ser prejudicada por isso. A partir
dessa pesquisa, como benefício direto, você poderá perceber uma melhora no seu
quadro de melasma na região tratada com o kit Perfect Peel System®. E você poderá ter
o beneficio indireto, que vamos verificar se o tratamento é eficaz ou não para melasma.
Serão 8 sessões com intervalo semanalmente 7 dias.
Você poderá quando quiser pedir informações sobre a pesquisa à pesquisadora.
Esse pedido pode ser feito pessoalmente, antes ou durante a entrevista, ou depois dela,
por telefone, a partir dos contatos do pesquisador que constam no final deste
documento.
Todos os seus dados de identificação serão mantidos em sigilo e a sua identidade
não será revelada em momento algum. Em caso de necessidade, serão adotados códigos
de identificação ou nomes fictícios. Dessa forma, os dados que você fornecer serão
mantido em sigilo e, quando utilizados em eventos e artigos científicos, a sua identidade
será sempre preservada.
Lembramos que sua participação é voluntária, o que significa que você não
poderá ser pago, de nenhuma maneira, por participar desta pesquisa.

Eu, _______________________________, abaixo assinado, concordo em


participar desse estudo como sujeito. Fui informada e esclarecida pelo pesquisador
________________________ sobre o tema e o objetivo da pesquisa, assim como a
maneira como ela será feita e os benefícios e os possíveis riscos decorrentes de minha
participação. Recebi a garantia de que posso retirar meu consentimento a qualquer
momento, sem que isto me traga qualquer prejuízo.
26

Nome por extenso: __________________________________________

RG: _____________________________________________________

Local e Data: _______________________________________________

Assinatura: _________________________________________________

AUTORIZAÇÃO PARA USO DE IMAGEM

Autorizo o registro e divulgação de imagens de partes do meu rosto para fins de


estudos científicos, desde que preservada minha identidade. Tubarão, _____ de
____________________de _______.

Nome e Assinatura da voluntária: _________________________________

Pesquisador Responsável: Isabel Claudino Silvano

Telefone para contato: (48) 98821-7037

Outro Pesquisador: Chayenne Rosa Gonçalves

Telefone para contato: (48) 98411-2914

Outro Pesquisador: Mayara Batista Bitencourt

Telefone para contanto: (48) 99147-2530


27

ANEXO B

Fonte: BIOAGE, 2015.


28

ANEXO C
29
30
31
32
33
34

APÊNDICES
35

APÊNDICE A

FICHA DE AVALIAÇÃO

DADOS PESSOAIS DATA:

NOME:
ENDEREÇO:
BAIRRO: CIDADE:
TELEFONE (RES.) CELULAR:
DATA NASCIMENTO: IDADE: SEXO:
PROFISSÃO:
ESTADO CIVIL:
E-MAIL:
MOTIVO DA VISITA

EM CASO DE EMERGÊNCIA AVISAR


NOME: TELEFONE:

HISTÓRICO:
JÁ REALIZOU ALGUM TRATAMENTO ESTÉTICO? SIM ( ) NÃO ( )

QUAL?

POSSUI ALERGIA A ALGUM COSMÉTICO? SIM ( ) NÃO ( )

QUAL?

BOM FUNCIONAMENTO DO INTESTINO? SIM ( ) NÃO ( )

PRATICA ALGUM ESPORTE? SIM ( ) NÃO ( ) QUAL?

POSSUI UMA ALIMENTAÇÃO BALANCEADA? SIM ( ) NÃO ( )

INGERE ÁGUA DIARIAMENTE? SIM ( ) NÃO ( ) QUANTO?

FAZ ALGUM TRATAMENTO MÉDICO? SIM ( ) NÃO ( )

QUAL?

USA ALGUM MEDICAMENTO? SIM ( ) NÃO ( ) QUAL?

JÁ FEZ USO DE ÁCIDOS NA PELE? SIM ( ) NÃO ( ) QUAL?

É GESTANTE? SIM ( ) NÃO ( ) FILHOS? QUANTOS?

FAZ USO DE ANTICONCEPCIONAL? SIM ( ) NÃO ( )


36

CICLO MENSTRUAL REGULAR? SIM ( ) NÃO ( )

COSTUMA TOMAR SOL? SIM ( ) NÃO ( ) HORÁRIOS:

FAZ USO DE PROTETOR SOLAR? SIM ( ) NÃO ( ) FPS?

UTILIZA ALGUM COSMÉTICO DIARIAMENTE? SIM ( ) NÃO ( )

QUAL?

É FUMANTE? SIM ( ) NÃO ( ) HÁ QUANTO TEMPO?

QUANTOS CIGARROS FUMA DIARIAMENTE?

TERMO DE RESPONSABILDADE
Estou ciente e de acordo com todas as informações citadas acima.

LOCAL E DATA ASSINATURA CLIENTE

AVALIAÇÃO DA PELE:
QUANTO AO FOTOTIPO? I ( ) II ( ) III ( ) IV ( ) V ( )

QUANTO A HIDRATAÇÃO? HIDRATADA ( ) DESIDRATADA ( )

QUANTO A ESPESSURA? ESPESSA ( ) FINA ( ) MUITO FINA ( )

QUANTO AO GRAU DE OLEOSIDADE? ALIPÍDICA ( ) NORMAL ( ) LIPIDICA ( )

PRESENÇA DE MANCHAS PIGMENTARES? SIM ( ) NÃO ( ) REGIÕES:

FORMAÇÕES SÓLIDAS? MILIUM ( ) COMEDÃO ( ) VERRUGAS ( ) PÁPULAS ( )


PÚSTULAS ( )

SEQUELAS DE CICATRIZ? SIM ( ) NÃO ( ) REGIÃO:

RELATÓRIO DAS SESSÕES:


37

APÊNDICE B

Questionário de qualidade de Vida para Pacientes com Melasma (MELASQoL)

Indique na coluna da direita qual a pontuação de cada situação de acordo com as


descrições das pontuações:

1- Nem um pouco incomodado


2- Não incomodado na maioria das vezes
3- Não incomodado algumas vezes
4- Neutro
5- Incomodado algumas vezes
6- Incomodado na maioria das vezes
7- Incomodado todo o tempo

Considerando seu melasma, na última semana antes desta consulta, Pontuação de


como você se sente em relação a: 1-7
1. A aparência da sua pele
2. Frustração pela condição da sua pele
3. Constrangimento pela condição da sua pele
4. Sentindo-se depressivo pela condição da sua pele
5. Os efeitos da condição da sua pele no relacionamento com outras
pessoas (por ex.: interações com a família, amigos, relacionamentos
íntimos, etc.)
6. Os efeitos da condição da sua pele sobre seu desejo de estar com
as pessoas

7. A condição da sua pele dificulta a demonstração de afeto


8. As manchas da pele fazem você não se sentir atraente para os
outros
9. As manchas de pele fazem você se sentir menos importante ou
produtivo
10. As manchas da pele afetam o seu senso de liberdade
38

APENDICE C
Escala Modificada de análise de acometimento e densidade de cor do melasma
(MASI)

Modificada Mais
Scoring
30% 30%
Malar esquerda+ 30%+30% 60%
Malar direita
Queixo 60% 10%

0.3A (f)D(f)+0.3A (Im)D(Im)+0.3A


(rm)D(rm)+0.1A(c)D(c)

Ponto: Alcance: 0-24


Área
Escuridão
0=nenhum movimento; 0=
ausente;
1=<10%; 1= leve;
2= 10.29%; 2=
suave;
3= 30%-39%;
3=marcado; e
4= 50%-69%; 4=grave
5= 70% 89%; e
6= 90%- 100%.
39

APENDICE D
Ficha de avaliação dos resultados pelos avaliadores externos

Observação: Pontue com os scores (0) para ausência de melhora, (1) para pouca
melhora, (2) para muita melhora.
Avaliador:___________________________________________________________
Voluntária n:____________
Luz branca ( )
Uniformidade na cor da pele:____
Clareamento da mancha:____
Lâmpada de Wood ( )
Uniformidade na cor da pele:____
Clareamento da mancha:____

Imagem antes e depois na luz branca

Imagem antes e depois na luz de wood

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