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PRINCÍPIOS ATIVOS

EM ESTÉTICA

Celio Takashi Higuchi


Ativos clareadores
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Descrever o mecanismo de ação dos clareadores cutâneos.


 Identificar riscos e complicações decorrentes do uso de clareadores
cutâneos.
 Classificar os cosméticos clareadores conforme os diferentes fototipos
cutâneos.

Introdução
A melanogênese pode ser influenciada por fatores intrínsecos e extrín-
secos e eles afetam diretamente na pigmentação da pele. Entre esses
fatores, incluem-se os genéticos, os hormonais e ação dos raios UV.
Os ativos clareadores podem atuar por diferentes mecanismos de
ação. Eles estão envolvidos diretamente em minimizar ou bloquear a
produção ou transferência de pigmentos responsáveis pela pigmentação
da pele.
Neste capítulo, você conhecerá o mecanismo de ação dos clareado-
res cutâneos, identificará riscos e complicações decorrentes do uso de
clareadores cutâneos e classificará os cosméticos clareadores conforme
os diferentes fototipos cutâneos.

Mecanismo de ação dos clareadores cutâneos


Sabemos que as camadas epidérmica e dérmica que constituem a pele promo-
vem uma barreira mecânica do organismo com o meio ambiente e exercem
uma importante atividade imune sobre o organismo frente às influências
exógenas, como radiação ultravioleta (UV), reagentes tóxicos, infecções, es-
tresse mecânico entre outros (FUCHS; RAGHAVAN, 2002). Dentre as células
epidérmicas, encontram-se presentes queratinócitos, melanócitos, células de
Merkel e de Langerhans (SCHERER; KUMAR, 2010).
2 Ativos clareadores

Os melanócitos são células dendríticas originárias da crista neural que


migram durante o desenvolvimento embrionário para a epiderme. São res-
ponsáveis pela produção de melanina (COSTIN; HEARING, 2007) e exibem
a capacidade de responder a estímulos parácrinos, endócrinos ou por meio
externo, como a radiação ultravioleta (UV) (LIN; FISHER, 2007).
Os queratinócitos, em resposta à radiação UV, estimulam os melanossomos,
organelas exclusivas dos melanócitos, a produzirem melanina por meio de
um processo pigmentário da pele chamado de melanogênese. Os melanócitos
são encontrados na camada basal da epiderme e formam longos processos
dendríticos que se ramificam entre os queratinócitos vizinhos, onde cada
melanócito faz contato com cerca de 30 a 40 queratinócitos (MIOT et al.,
2009; GRAY-SCHOPFER; WELLBROCK; MARAIS, 2007).
A melanogênese pode ser influenciada por fatores intrínsecos (liberados
por queratinócitos, fibroblastos, células endócrinas, inflamatórias e neuro-
nais) e extrínsecos (radiação ultravioleta e fármacos) (VIDEIRA; MOURA;
MAGINA, 2013).
A melanina é sintetizada em organelas celulares denominadas melanosso-
mos a partir de um precursor comum, a tirosina. Ela sofre atuação química da
tirosinase, complexo enzimático cúprico-proteico, sintetizada nos ribossomos e
transferida, através do retículo endoplasmático, para o aparelho de Golgi, sendo
aglomerada em unidades envoltas por membrana, ou seja, os melanossomas
(JIMBOW et al., 1999).

Em presença de oxigênio molecular, a tirosinase oxida a tirosina em dopa


(dioxifenilalanina) e, depois, em dopaquinona. A partir desse momento, a
presença ou a ausência de cisteína determina o rumo da reação para sín-
tese de eumelanina ou feomelanina. Na ausência de cisteína (glutationa),
a dopaquinona é convertida em ciclodopa (leucodopacromo) e esta em do-
pacromo. Há duas vias de degradação de dopacromo: uma que forma DHI
(dopa, 5, 6 diidroxiindol) em maior proporção; e outra que forma DHICA (5,
6 diidroxiindol-2-ácido carboxílico) em menor quantidade. Este processo é
catalisado pela dopacromo tautomerase. Finalmente, estes diidroxiindóis são
oxidados à melanina.
A tirosinase relacionada à proteína 1 (Tyrp1) parece estar envolvida na ca-
talisação da oxidação da DHICA à eumelanina. Por outro lado, na presença
de cisteína, dopaquinona rapidamente reage com tal substância para gerar
5-S-cisteinildopa, e, em menor proporção, a 2-S-cisteinildopa. Logo, as cis-
teinildopas são oxidadas em intermediários benzotiazínicos e, finalmente,
produzem feomelanina (Figura 1) (MIOT et al., 2009, documento on-line).
Ativos clareadores 3

Figura 1. Apresentação da esquema bioquímico da síntese de melanina (eumelanina e


feomelanina). Legenda: TYR = tirosinase.
Fonte: Adaptada de Sulaimon e Kitchell (2003).

Além dessas enzimas, fatores não enzimáticos interferem na síntese do


pigmento, tais como pH, concentrações íons metálicos ou oligoelementos como
o Ca2+ (NOGUEIRA, 2002; OLIVEIRA; ALMEIDA JUNIOR, 2003). Entre
as regiões protegidas da radiação UV pela melanina, incluem-se a pele e os
olhos (SLOMINSKI et al., 2004).
Dentre os fatores que afetam a pigmentação da pele, incluem-se os genéticos,
hormonais e a ação dos raios UV. Todos os estágios da melanogênese estão sob
controle genético. As características dos melanossomas são codificadas pelos
genes de pigmentação. A gravidez e o uso de anticoncepcionais, por exemplo,
podem acarretar mudança na coloração epidérmica. O hormônio hipofisário
MSH (Melanocyte Stimulating Hormone) é o que favorece o estímulo da
melanogênese. Os estrógenos e a progesterona provocam a hiperpigmentação
do rosto e da epiderme genital e, por fim, com relação à ação dos raios UV,
é válido salientar que a ação dos raios UVB multiplica os melanócitos ativos
e estimula a atividade da tirosinase. A produção aumentada de melanina é
uma reação defensiva da pele, promovendo a formação do eritema actínico
(THIBODEANS, 2004; OLIVEIRA; ALMEIDA JUNIOR, 2003).
4 Ativos clareadores

A combinação perigosa de alguns medicamentos, como os anticoncepcionais orais,


antibióticos e hormônio da gravidez pode deixar a pele mais sensível à luz solar e
provocar, dessa forma, uma produção descontrolada de melanina. Com isso, podem
aparecer manchas acastanhadas, de contorno indefinido, no rosto, principalmente,
nas maçãs do rosto, na testa, no queixo e na região do buço (FIGUEIREDO, 2008).

A deficiência na melanogênese possui um impacto fisiológico em vários


órgãos e contribui para a etiologia de distúrbios pigmentares adquiridos, como
vitiligo e melasma. Essas alterações pigmentares causam um importante impacto
na qualidade de vida do paciente, de modo que estratégias voltadas para a nor-
malização da pigmentação podem trazer benefícios diretamente (EL-MOFTY;
ESMAT; ALDEL-HALIM , 2007).
O tratamento de alterações hiperpigmentadas pode ser feito com base em
ativos cosméticos clareadores, que auxiliam a reduzir a hiperpigmentação da
pele de acordo com cada caso. Eles atuam em regiões específicas do corpo,
por mecanismos distintos, sendo apresentados sob diversas apresentações
cosméticas (GONCHOROSKI; CÔRREA, 2005).
Os ativos clareadores podem atuar por diferentes mecanismos de ação.
Contudo, todos eles estão ligados à produção ou à transferência de pigmentos.
Cada ativo clareador tem características próprias, que interferem na efetividade
da sua ação. Características físicas, químicas, físico-químicas, terapêuticas,
microbiológicas e toxicológicas devem ser observadas no momento da escolha
de um ativo clareador, bem como a origem da discromia a ser tratada (VASHI;
KUNDU, 2013). A seguir, confira exemplos de ativos clareadores, divididos em
inibidores da tirosinase, redutores da formação de radicais livres e inibidores
da transferência de melanossomos.

 Inibidores da tirosinase
■ Ácido kójico: inibe a ação da tirosinase como quelante de íons. Quela
o íon presente nessa enzima e bloqueia todo o mecanismo de produção
da melanina, promovendo a diminuição da formação de pigmento
(RENDON; GAVIRIA, 2005).
■ Hidroquinona: inibe a tirosinase, reduzindo a conversão de dopa em
melanina. Também pode destruir melanócitos, degradar melanossomos
e inibir a síntese de DNA e RNA. É indicada no clareamento gradual
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de melasmas ou cloasmas, sardas, melanose solar e em condições nas


quais ocorre hiperpigmentação cutânea por produção excessiva de
melanina (NORDLUND et al., 2006; DRAELOS, 2007).
■ Ácido azelaico: inibe a ativação da oxirredutase mitocondrial e a
síntese de DNA, bem como a tirosinase. Apresenta um efeito mínimo
sobre pigmento normal e maior efeito em melanócitos pigmentados
(SARKAR; BHALLA; KANWAR, 2002). Tem ação como despig-
mentante cutâneo, inibe a síntese de melanina no melanócito anormal
ou hiperativo e é indicado para lentigo maligno, hipercromia pós-
-inflamatória e hiperpigmentação fotoquímica (AGÊNCIA..., 2005).
■ Arbutin (Uva ursi): inibe a estrutura melanossômica durante a síntese
de melanina. Uma redução da atividade dose-dependente da tirosinase
e conteúdo de melanina em melanócitos tem sido demonstrada (LEI et
al., 2002). Arbutin (hidroquinona-D-glucopiranósido) e metilarbutin
são glicosídeos com efeito clareador da pele encontrados na espécie
Arctostaphylos uva ursi (HALDER; RICHARDS, 2004).
■ Licorice (Glycyrrhiza glabra): em pesquisas realizadas em cultura
de células de camundongo, verificou-se que o principal componente
do extrato de licorice, a glabridina, é capaz de inibir a tirosinase sem
afetar a síntese de DNA e, além disso, outro componente presente, a
liquiritina, favorece a dispersão da melanina, contribuindo no clare-
amento cutâneo (COSTA et al., 2010; DRAELOS; ELSTON, 2011).
■ Emblica (Phyllanthus emblica): em função da presença de polifenóis
em sua composição, inibe moderadamente a peroxidase e fortemente a
reação do Fe com o peróxido. Tem a capacidade de inibir a tirosinase,
pois é quelante de íon (COSTA et al., 2010).
■ Ácido retinóico: seu mecanismo de ação se caracteriza pelo afi-
namento e pela compressão do extrato córneo, reversão de atipias
em células epidérmicas, dispersão da melanina na epiderme, esti-
mulação da deposição dérmica do colágeno, aumento da deposição
de glicosaminoglicanos e aumento da neovascularização da derme
(DRÉNO et al., 2011). Como o ácido retinóico apresenta um fator de
gene transcriptor específico, é considerado um hormônio (KEDE;
SABATOVICH, 2015). Indica-se nos casos de fotoenvelhecimento leve
a moderado, melasma, acne, cicatrizes superficiais e hiperpigmentação
pós-inflamatória (FAGHIHI; SHAHINGOHAR; SIADAT, 2011).
 Redutores de formação de radicais livres
■ Vitamina C: interfere na síntese pigmentária, pois interage com íons
cobre durante a atividade da tirosinase, reduzindo a síntese da dopa-
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quinona. Para o ácido L-ascórbico de magnésio-2-fosfato (MAP), um


derivado estável da vitamina C tem sido demonstrado um potente efeito
inibitório da pigmentação (RENDON; BENITEZ; GAVIRIA, 2004).
■ Ácido ferúlico: protege a vitamina C em 90% e a vitamina E em
100%, reduz a formação de dímeros de timina gerados e apoptose dos
queratinócitos induzida pela radiação UV. O ácido age sinergicamente
com outros antioxidantes e fornece hidrogênio para a neutralização
dos radicais livres, como os superóxidos, óxido nítrico e radicais
hidroxilas, compostos relacionados com o envelhecimento celular
(SAIJA et al., 2000). Topicamente, inibe os danos oxidativos oriundos
da radiação UV e protege a pele contra eritema e apoptose associados a
dano celular. Em função de sua estrutura molecular, permite interação
com a bicamada lipídica da membrana plasmática, o que ocasiona a
proteção contra a peroxidação lipídica e inibe as enzimas citostáticas
associadas à inflamação (MURRAY et al., 2008).
■ Resveratrol: Park e Boo (2013) e Yanagihara et al. (2012) obtiveram
resultados positivos para o resveratrol como inibidor da tirosinase em
análises in vitro e com medições espectrofotométricas. Esse ativo foi
sugerido como um potente inibidor seletivo e também foi demonstrado,
comparativamente, que, com o aumento da concentração do resveratrol
no meio, tem-se a diminuição da síntese de melanina.
■ Margarida (Bellis perennis): ativo que, comprovadamente, inibe a
ET-1; além disso, promove redução da ligação do alfa-MSH (hormônio
melanotrófico-alfa) aos seus receptores, com consequente diminuição
da produção de eumelanina. Promove a redução da formação de
radicais livres e, após a formação de melanina, exerce papel direto
no clareamento cutâneo, reduzindo a transferência dos melanossomos
formados no melanócito para as células epidérmicas, diminuindo,
assim, a pigmentação cutânea (COSTA et al., 2010).
 Inibidores da transferência de melanossomos
■ Niacinamida: em ensaios in vitro, culturas de melanócitos foram
tratadas com 1,0 mmol/L de niacinamida durante 12 dias. A niacina-
mida não afeta a quantidade de melanina sintetizada e não tem efeito
inibitório sobre atividade da tirosinase melanocítica em coculturas de
melanócitos e queratinócitos incubados. Houve uma inibição signifi-
cativa da transferência de melanossomos e, portanto, o efeito clareador
da niacinamida parece ser bastante mais baseado na supressão de
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pigmento espalhando-se do que na inibição direta da produção de


melanina. O uso tópico de nicotinamida pode efetivamente reduzir a
pigmentação cutânea (Figura 2) (HAKOZAKI et al., 2002). Pesqui-
sadores propuseram que a niacinamida é uma alternativa terapêutica
efetiva e integral para o tratamento do melasma e, além de reduzir
a pigmentação e a inflamação, reduz as alterações degenerativas
causadas pelo sol com o mínimo de efeitos adversos (NAVARRET-
-SOLÍS, 2011).

Figura 2. Mecanismo da pigmentação da pele influenciado


pela radiação UV.
Fonte: Barks / Shutterstock.com.

De acordo com Kim et al. (2003), com base em estudos realizados em cultura de células
Mel-Ab, cultura de melanócitos humanos e de ensaios de atividade da tirosinase in vitro,
quando essas células foram submetidas a variações de temperatura de incubação por
períodos determinados de tempo, verificou-se variações na atividade da tirosinase.
Mudanças ambientais, como a variação de temperatura, influenciam a morfologia de
melanócitos, o grau de atividade enzimática da tirosinase e a síntese de melanina; em
temperaturas de 27°C a 31°C, a atividade enzimática é reduzida de maneira temperatura-
-dependente e, portanto, diminui a síntese de melanina.
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Riscos e complicações decorrentes do uso de


clareadores cutâneos
Não é fácil tratar a pele hiperpigmentada, já que muitos dos compostos efetivos
para esse tratamento podem ser substâncias irritantes e promover a desca-
mação. Além disso, nem sempre o resultado é imediato, mas, sim, gradual.
Dependendo dos tipos, é possível fazer com que as manchas desapareçam ou,
pelo menos, sejam atenuadas. Quanto mais cedo for adotado um mecanismo
contra o seu surgimento, melhores serão os resultados obtidos — por isso, a
prevenção é fundamental (VASHI; KUNDU, 2013).
É importante destacar que todos os ativos podem, oportunamente, ser
acompanhados de alguns riscos e complicações decorrentes de seu uso e,
portanto, a finalidade de uso, o modo de aplicação, a quantidade de produto
por aplicação, a frequência de uso, o tempo de contato, a superfície de
aplicação e o consumidor-alvo são fundamentais e devem ser respeitados
para minimizá-los.

 Inibidores da tirosinase
■ Ácido kójico: pode causar alergias de contato e tem alto potencial
de sensibilização, mas não foram constatados efeitos teratogênicos.
Em comparação com os demais clareadores usados comumente
para o tratamento de manchas, é menos irritante e mais suave e não
causa fotossensibilização, o que permite que se use durante o dia
(RENDON; GAVIRIA, 2005).
■ Hidroquinona: acarreta efeitos citotóxicos linfocitários, observa-
dos pelo prejuízo de diferentes funções celulares (LEE et al., 2002;
DIMITROVA et al., 2005), na proliferação e secreção de citocinas,
tanto das células circulantes e de órgãos linfóides secundários
quanto de células provenientes da medula óssea (MCCUE et al.,
2003; CHO, 2008), além de causar inibição da blastogênese e inter-
ferência na progressão do ciclo de células T (FRAZER-ABEL et al.,
2007). O tratamento com hidroquinona pode causar vermelhidão,
coceira, descamação, inflamação excessiva, vesículas (bolhas) e
sensação leve de queimação. Outras reações menos frequentes
também podem derivar do uso, como manchas marrons reversíveis
nas unhas. Não se deve utilizar hidroquinona em grandes áreas do
corpo, evitando o contato com os olhos e em pele irritada e com
presença de queimaduras solares. Gestantes e lactantes também
não devem usar o produto.
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A partir de 31/12/2007, o uso da hidroquinona foi proibido em muitos continentes e,


de acordo com a Resolução DC/ANVISA nº. 215, de 25/07/2005, a hidroquinona não
pode ser utilizada em cosméticos como agente para clarear a pele localmente em
concentração de 2%, e sua utilização em produtos cosméticos foi proibida a partir
de 2007 (ANVISA, 2005).
Mesmo com a publicação da resolução RDC 03/2012, que não cita a substância
hidroquinona, a Anvisa tem negado o registro de produtos cosméticos que contenham
a hidroquinona. Inclusive os produtos que já estavam no mercado antes da norma
já retiraram a hidroquinona da sua composição, já que o registro de cosméticos tem
validade de 5 anos e, no momento da renovação do registro, a Anvisa exigiu que
as empresas retirassem a substância dos cosméticos que ainda trouxesse a hidro-
quinona na sua formulação. No Brasil, não existe cosmético com hidroquinona em
sua fórmula. Esse ativo é autorizado em medicamentos, mais especificamente na
categoria dos desmelanizantes, que têm concentração de 4% na forma de creme ou
gel dermatológico. Além disso, medicamentos desse tipo estão sujeitos a indicação
médica (AGÊNCIA..., 2012).

■ Ácido azelaico: o uso do ácido pode levar ao surgimento de irritações


locais, como, por exemplo, rubor ou descamação, assim como pru-
rido e ardor, que diminuem no decurso do tratamento. Dependendo
do tipo de formulação, a maior parte da dose aplicada é excretada
inalterada na urina.

A Câmara Técnico de Cosméticos (CATEC) recomenda proibir o uso do ácido azeláico


em produtos cosméticos em qualquer concentração de uso, já que esse ácido não
está inscrito no CIR (Cosmetic Ingredient Review) como substância de uso cosmético
(AGÊNCIA..., 2005).

■ Arbutin (Uva ursi): apesar de alguns fabricantes contraindicarem o


seu uso durante a gestação e a substância ainda não ser classificada
pelo FDA, o arbutin tem sido frequentemente utilizado em gestantes,
principalmente nas orientais. Não causa irritação e praticamente
nenhuma reação de hipersensibilidade (AREFIEV; HANTASH, 2012;
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GAEDTKE, 2011). O arbutin é um clareador de origem natural e o


seu principal componente é 4-hidroxifenil-glicosídeo. Em concen-
tração usual, não apresenta toxicidade e atua de forma semelhante à
hidroquinona (AZULAY; AZULAY, 2011). Em estudos, apresentou
ação inibidora sobre a tirosinase, ausência de lesões e menor citoto-
xicidade, sendo alternativa segura para tratamentos de hipercromias
(MOREIRA et al., 2010).
■ Ácido retinóico: produz eritema, descamação e é fotossensibilizante
— por isso, deve ser usado à noite. Não deve ser usado em mulheres
grávidas. Em dermatologia, os retinóides são fármacos formalmente
contraindicados para gestantes, pois são potencialmente teratogênicos
e podem causar graves defeitos na face, nas orelhas, no coração e
no sistema nervoso do feto. É indispensável o uso de fotoprotetores
durante o dia (FIGUEIRÓ; FIGUEIRÓ-FILHO; COELHO, 2008).
Esse ácido é restrito para fins cosméticos e sua venda é condicionada
pela prescrição de um médico.

Estudos demonstraram que o uso do protetor solar de amplo espectro, UVA e UVB,
associado a cremes despigmentantes, constituem a base fundamental no tratamento
do melasma (STEINER et al., 2009).

 Redutores de formadores de radicais livres


■ Vitamina C: pode ocorrer sensibilização cutânea em alguns indi-
víduos na apresentação na forma ácida da vitamina a 10%, mas a
vitamina é considerada muito segura para uso (GÊNCIA..., 2001).
■ Ácido ferúlico: tem uso contraindicado caso apresente alergia com
algum componente como trigo, cevada ou milho (LIN et al., 2005).
Ativos clareadores 11

Para saber mais sobre a fisiopatologia do melasma, leia o artigo no link a seguir.

https://goo.gl/WFdsKU

Para combater a hiperpigmentação, é imprescindível adotar um conjunto de compor-


tamentos para minimizar o aparecimento de manchas e reencontrar uma tez luminosa
e homogênea. Há certas zonas de alto risco que devemos proteger com maior cuidado
durante a exposição solar: o rosto, principalmente a zona zigomática, o contorno dos
olhos, os lábios, o nariz, o peito, os ombros e as costas. Proteger o rosto da radiação
ultravioleta retarda significativamente o processo de envelhecimento produzido pelos
raios solares (FLOR; DAVOLOS; CORREA, 2007).

Cosméticos clareadores e os diferentes


fototipos cutâneos
A cor da pele está relacionada a uma série de fatores. A pigmentação consti-
tutiva da pele é herdada geneticamente, sem interferência da radiação solar e,
portanto, constante. A cor facultativa da pele é reversível, pode ser induzida
e resulta da exposição solar (SOCIEDADE..., 2017). A mais famosa classi-
ficação dos fototipos cutâneos é a escala Fitzpatrick, criada em 1976 pelo
médico norte-americano Thomas B. Fitzpatrick, que classificou a pele em
fototipos de um a seis, a partir da capacidade de cada pessoa em se bronzear,
assim como por sensibilidade e vermelhidão quando exposta ao sol. Confira
a escala no Quadro 1:
12 Ativos clareadores

Quadro 1. Classificação de Fitzpatrick

Fototipos Descrição Sensibilidade ao sol


I – Branca Queima com facilidade, Muito sensível
nunca bronzeia
II – Branca Queima com facilidade, Sensível
bronzeia muito pouco
III – Morena Clara Queima moderadamente, Normal
bronzeia moderadamente
IV – Morena Queima pouco, bronzeia Normal
Moderada com facilidade
V – Morena Escura Queima raramente, Pouco sensível
bronzeia bastante
VI – Negra Nunca queima, totalmente Insensível
pigmentada

Maio (2011).

É importante afirmar que, a partir dos graus IV ao VI, os melanócitos apre-


sentam sensibilidade aumentada e resposta exagerada às agressões cutâneas,
facilitando as hiperpigmentações pós-inflamatórias (SALGADO, 2011). Veja,
a seguir, no Quadro 2, as substâncias relacionadas aos fototipos.

Inibidores da tirosinase

Substância Fototipos permitidos Referência

Ácido kójico Indicado o uso em todos os fototipos. RENDON;


Entretanto, há profissionais que GAVIRIA,
indicam o uso em fototipos de I 2005
a III em função da concentração
utilizada e do local de aplicação.

Hidroquinona Indicado o uso em fototipos I, II e III. FRAZER-


De qualquer maneira, dependendo ABEL et
da concentração utilizada e com al., 2007
acompanhamento de um profissional
da área médica, é possível utilizar a
hidroquinona em todos os fototipos.
(Continua)
Ativos clareadores 13

(Continuação)

Inibidores da tirosinase

Substância Fototipos permitidos Referência

Ácido azelaico Indicado o uso em todos os fototipos. SARKAR;


Entretanto, há profissionais que BHALLA;
indicam o uso em fototipos de I KANWAR,
a III em função da concentração 2002
utilizada e do local de aplicação.

Arbutin Indicado o uso em todos os fototipos. AREFIEV;


Respeite sempre a concentração HANTASH,
utilizada e o local de aplicação. 2012

Licorice Indicado o uso em todos os fototipos. COSTA et


Respeite sempre a concentração al., 2010
utilizada e o local de aplicação.

Emblica Indicado o uso em todos os fototipos. COSTA et


Respeite sempre a concentração al., 2010
utilizada e o local de aplicação.

Ácido retinóico Indicado o uso em todos os fototipos. FIGUEIRÓ;


Respeite sempre a concentração FIGUEIRÓ-
utilizada e o local de aplicação. FILHO;
COELHO,
2008

Redutores de formadores de radicais livres

Substância Fototipos permitidos Referência

Vitamina C Indicado o uso em todos os fototipos. RENDON;


Respeite sempre a concentração BENITEZ;
utilizada e o local de aplicação. GAVIRIA,
2004

Ácido ferúlico Indicado o uso em todos os fototipos. SAIJA et


Respeite sempre a concentração al., 2000
utilizada e o local de aplicação.

Resveratrol Indicado o uso em todos os fototipos. YANAGIHARA


Respeite sempre a concentração et al., 2012
utilizada e o local de aplicação.

Margarida Indicado o uso em todos os fototipos. COSTA et


Respeite sempre a concentração al., 2010
utilizada e o local de aplicação.
(Continua)
14 Ativos clareadores

(Continuação)

Inibidores da transferência de melanossomos

Substância Fototipos permitidos Referência

Niacinamida Indicado o uso em todos os fototipos. HAKOZAKI


Respeite sempre a concentração et al., 2002
utilizada e o local de aplicação.

Fonte: Adaptado de Rendon e Gaviria (2005), Frazer-Abel et al. (2007), Sarkar, Bhalla e Kanwar (2002),
Arefiev e Hantash (2012), Costa et al. (2010), Figueiró, Figueiró-Filho Coelho (2008), Saija et al. (2000),
Yanagihara et al. (2012) e Hakozaki et al. (2002).

Os queratolíticos podem resultar em clareamento cutâneo indireto em função do


aumento da renovação celular. A seguir, veja alguns exemplos:
 Ácido glicólico: acelera o turnover da epiderme e estimula a síntese de colágeno.
Diminui a adesão entre os corneócitos, melhorando a permeação de outros ativos
associados.
 Ácido mandélico: atua na inibição da síntese da melanina e na melanina já depo-
sitada na superfície da epiderme, ajudando a promover uma eficaz remoção dos
pigmentos hipercrômicos.

No mercado cosmético, podem ser encontrados diversos tipos de produtos com


apelo clareador com ativos diferenciados e inovadores. São muito comuns as máscaras
em pó para tratamentos clareadores e pós-depilação, promovendo oxigenação e
iluminando a pele.
Ativos clareadores 15

1. Sabemos que, entre os fatores 4) Niacinamida: inibidor da


que afetam a pigmentação da transferência de melanossomos.
pele, incluem-se os genéticos, a) hidroquinona e ácido kójico.
hormonais e a ação dos raios b) vitamina C e ácido kójico.
UV e que todos os estágios da c) ácido azelaico e ácido kójico.
melanogênese estão sob controle d) hidroquinona e ácido retinóico.
genético. A partir dessa afirmação, e) vitamina C e ácido glicólico.
assinale a alternativa correta. 3. Qualquer substância química
a) O uso de anticoncepcionais que apresenta efeito de interesse
pode favorecer a mudança também vem acompanhada
na coloração epidérmica. de efeitos colaterais. Inclusive,
b) Os hormônios estrógenos e a dependendo da natureza química
testosterona podem provocar da substância, deve-se restringir
a hiperpigmentação do rosto o uso em determinados públicos-
e da epiderme genital. alvo. Dessa forma, os ativos
c) Os raios UVA podem proibidos para gestantes são:
favorecer a multiplicação a) hidroquinona e ácido kójico.
dos melanócitos e estimular b) vitamina C e ácido kójico.
a atividade da tirosinase. c) ácido azelaico e ácido kójico.
d) O hormônio hipofisário EGF d) hidroquinona e ácido retinóico.
é o que favorece o estímulo e) vitamina C e ácido glicólico.
da melanogênese. 4. O uso da hidroquinona é
e) A gravidez e o uso de proibido em muitos continentes,
anticoncepcionais não pois pode causar vermelhidão,
podem acarretar mudança coceira, descamação, inflamação
na coloração epidérmica. excessiva, vesículas (bolhas) e
2. O tratamento de alterações sensação leve de queimação. Em
hiperpigmentadas pode ser feito relação à comercialização e ao
com base em ativos cosméticos registro dessa substância no Brasil,
clareadores, que auxiliam a reduzir a assinale a alternativa correta.
hiperpigmentação da pele. Assinale a) É proibido seu uso em qualquer
a alternativa correta sobre os ativos forma de apresentação e registro.
e mecanismos de ação a seguir. b) São permitidos cosméticos com
1) Arbutin: inibidor da tirosinase. hidroquinona em sua fórmula.
2) Ácido kójico: inibidor da tirosinase. c) São permitidos cosméticos com
3) Ácido ferúlico: redutores de hidroquinona na categoria dos
formação de radicais livres. desmelanizantes em sua fórmula.
16 Ativos clareadores

d) O ativo pode ser ativos cosméticos de acordo com


comercializado na forma os profissionais, é recomendável
de medicamento sem estar respeitar o uso em fototipos
sujeito a indicação médica. elevados com os seguintes ativos:
e) O ativo pode ser comercializado a) vitamina C e ácido azelaico.
na forma de medicamento b) niacinamida e ácido azelaico.
sujeito a indicação médica. c) ccido kójico e niacinamida.
5. Segundo a classificação de d) ácido kójico e ácido azelaico.
Fitzpatrick e a indicação segura de e) ácido kójico e vitamina C.

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