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NATUREZA SOCIEDADE
GEOGRAFIA GEOGRAFIA
FÍSICA ECONÓMICA
A geografia divide-se em dois ramos: Geografia Física e Geografia Económica.
A Geografia Física – estuda os complexos naturais através dos seus
componentes principais (rochas, relevo, animais, solo, vegetação, clima, água e o
próprio homem). Cada um desses componentes é estudado quando a sua origem,
características e funções por outras ciências que oferecem conhecimentos a Geografia.
Portanto, é um ramo da Geografia que estuda a forma da superfície da terra
(geomorfologia); os rios, lagos e águas subterrâneas (hidrologia); os mares e oceanos
(oceanografia); os processos e fenómenos atmosféricos (climatologia e meteorologia);
os tipos de solos e respectiva formação (pedologia); e a distribuição das plantas e
animais (biogeografia).
ENVOLTURA GEOGRÁFICA
Envoltura geográfica – é um sistema material e integral, composto de esferas
inter-relacionadas (litosfera, hidrosfera, atmosfera, pedosfera e biosfera), entre as quais
se leva a cabo um intercâmbio de energia, substâncias e informações, o que condiciona
o estado dinâmico e aberto, alterando constantemente tanto no espaço como no tempo,
o que lhe torna especialmente completa, heterogénea e diferenciada.
Envoltura geográfica é a natureza em todas as suas formas e manifestações. É,
portanto, o espaço da natureza onde o homem desenvolve as suas actividades.
O Meio geográfico é o conjunto de características físicas e humanas que são a
expressão espacial da presença humana no planeta Terra.
O Meio natural é o ambiente criado apenas pelos elementos da natureza.
A Envoltura Geográfica proporciona ao homem:
- Materiais necessários para trabalhar – isto é, a natureza oferece ao homem
madeira, minerais, rochas, solo, plantas, etc., com que ele constrói os objectos ou
outros bens materiais.
- Lugar adequado para desenvolver a produção – ou seja, cada actividade
exerce-se geralmente em lugares com características naturais próprias. Assim, a pesca,
por exemplo não se pode efectuar em sítios onde não exista peixe, a agricultura em
locais onde não exista solo fértil, etc.
- As forças elementares para levar a cabo o processo de produção, o mesmo
dizer que a natureza nos oferece formas simples de produção de energia como a força
do vento, a força da água a correr, etc.
A Envoltura Geográfica é, numa palavra, uma das condições constantes e
necessárias para que o homem ou a sociedade possa produzir.
A actividade produtiva de uma sociedade constitui o elo de ligação entre o meio
geográfico ou a envoltura geográfica em que se insere. Isto constitui a lei geral
constante de relação – causa – efeito.
A LITOSFERA
A crusta terrestre ou litosfera (esfera de rocha) é a camada exterior e sólida do
nosso planeta.
A litosfera apresenta uma superfície irregular e uma espessura variável que em
alguns lugares não tem mais de 8 km e noutros alcança até os 60 km.
Estrutura interna da terra: principais camadas
Muitos fenómenos que ocorrem na crusta terrestre têm a sua origem na
actividade interna do planeta.
A estrutura interna da Terra e constituída por um núcleo interno, rodeado por
três camadas concêntricas; núcleo externo, manto e a crusta.
O núcleo interno é formado por niquel (Ni) e ferro (Fe), razão pela qual se chama
de NIFE.
De todas as capas que rodeiam o núcleo interno a mais importante é a crusta
terrestre, pois nela produz-se a interacção com os restantes componentes da natureza
(atmosfera, águas, animais, e plantas) e é também onde o homem desenvolve as suas
principais actividades.
Crusta terrestre. Sua composição
A crusta terrestre ou litosfera é constituída por rochas. A maioria das rochas são
associações de minerais e estes, por sua vez, de elementos químicos.
Nos minerais predominam os elementos ou substâncias químicas fundamentais: o
oxigénio e o silício. Em menor proporção temos o alumínio, o ferro, o cálcio, o sódio e
o potássio.
Estes elementos integram os minerais mais importantes, que entram na
constituição das rochas e que são: o quartzo, o feldspato, a mica e a calcite.
O Sistema Solar
Vénus
É o segundo planeta mais próximo do Sol e que dista dele cerca de
108 milhões de quilómetros. Possui um diâmetro de 12 196 km e descreve
uma órbita quase circular com a duração de 225 dias. O movimento de
rotação demora 243 dias.
Tal como Mercúrio, também Vénus passa em frente do disco do Sol,
ocorrendo estas passagens 4 vezes em cada 243 anos.
A massa de Vénus é de cerca de 81%, da massa da Terra e a
densidade é de 5,13.
Vénus está rodeado de uma espessa camada de nuvens
esbranquiçadas que impedem a visão da superfície sólida do planeta. As
camadas superiores da atmosfera contêm muito dióxido de carbono e,
através de sondas espaciais, foi detectada a presença de óxido de carbono e
quantidades muito reduzidas de oxigénio livre e de vapor de água.
Terra
A Terra é o terceiro planeta do Sistema solar mais próximo do Sol.
Situa-se a uma distância média de 150 milhões de quilómetros, sendo a
distância mínima (periélio) de 147 milhões de quilómetros, atingida a 3 de
Janeiro, e a distância máxima (afélio) de 152 milhões de quilómetros,
registada a 3 de Julho.
O diâmetro médio é de 12 742 km e a sua densidade é de 5,52.
O movimento de rotação dura 24 horas e faz-se de Oeste para Este
(sentido directo) em torno do eixo da Terra, o qual apresenta uma
inclinação em relação ao plano da órbita da Terra. O movimento de rotação
é responsável pela sucessão dos dias e das noites e pelo movimento
aparente da esfera celeste.
O movimento de translação em volta do Sol dura 365, 1⁄4 dias (365
dias e 6 horas) e descreve uma orbita elíptica de fraca excentricidade. O
movimento de translação é feito à velocidade de 29,766Km/s. Este
movimento, em associação com a inclinação do eixo de rotação, origina as
estações do ano e as variações na intensidade da luz e calor recebidas pelos
diferentes lugares na Terra ao longo do ano.
A atmosfera terrestre tem uma espessura aproximada de 1000 km,
sendo composta, na sua camada inferior (troposfera), por azoto (78%),
oxigénio (21%), vapor de água, dióxido de carbono, gases raros, poeiras,
etc.
Compilado/Celestino Paulino & Ildefonso Catito/10ª Classe/Liceu Kapango-Huambo-2023/2024 Página 14
Marte
Marte é o quarto planeta mais próximo do sol, do qual dista, em
média, 227,9 milhões de quilómetros. No periélio, essa distância é de 206,5
milhões de quilómetros e, no afélio, de 249,1 milhões de quilómetros. O
diâmetro de Marte é de 6814km e o seu volume e massa são,
respectivamente, 15,7% e 10,8% do volume e massa da Terra. A densidade
de Marte é de 3,38 e a gravidade, no equador, é de 37% da registada na
Terra.
O movimento de rotação tem a duração de 24h 37´ e é efectuado em
torno de um eixo com uma inclinação de 24º50´ em relação ao plano da
órbita, o que permite a existência de 4 estações do ano, tal como na Terra,
embora quase com o dobro da duração, pois o movimento de translação de
Marte dura 687 dias.
A atmosfera de Marte é menos densa que a terrestre e tem na sua
composição dióxido de carbono (80%), monóxido de carbono e vapor de
água. Na atmosfera de Marte encontram-se nuvens amarelas e azuis,
compostas provavelmente por cristais de gelo.
Júpiter
Júpter é o maior planeta do Sistema Solar e tem uma massa dez
vezes e meia maior do que a do conjunto dos restantes planetas, satélites e
asteróides. É cerca de 1300 vezes maior do que a Terra.
Júpiter possui um pequeno núcleo denso, constituído por gelo e
corpos rochosos, rodeado por uma atmosfera espessa de hidrogénio, hélio,
amoníaco e metano que, sob forte pressão, se encontra no estado metálico
(sólido ou liquido).
Devido à sua enorme massa, possui um corpo gravitacional muito
forte.
A parte maias externa, a única acessível à observação, é agitada por
ventos e turbilhões violentos.
A energia emitida por Júpiter é o dobro da quantidade de energia que
absorve do Sol, o que indica que o planeta tem uma fonte de calor interna.
Júpiter possui um anel de partículas e 17 satélites, dos quais quatro,
denominados satélites galileanos, são particularmente grandes,
comparáveis, em tamanho, a Mercúrio e Vénus.
As fotografias de Júpiter mostram uma grande mancha vermelha, já
conhecida há muito tempo por observação terrestre. As recentes
observações espaciais revelaram a verdadeira natureza dessa mancha: um
gigantesco turbilhão gasoso cuja origem não é ainda bem explicada.
Úrano
O planeta Úrano, com uma massa 18 vezes maiores que a da Terra,
apresenta uma temperatura superficial de -210ºC. A sua baixa densidade
(1,3) indica que deve possuir uma estrutura interna semelhante às de Júpiter
e Saturno. A sua atmosfera apresenta-se muito permeável à radiação solar e
é constituída principalmente por metano, hélio e hidrogénio.
Neptuno
O planeta Neptuno tem uma massa 17 vezes maior que a da Terra e
uma densidade idêntica à de Úrano. A sua atmosfera é semelhante à deste
planeta, talvez mais rica em metano, e apresenta uma temperatura de -220
ºC. Possui 8 satélites e, após a reclassificação de Plutão, passou a ser o
planeta mais exterior do sistema solar.
Imagens tiradas pela sonda espacial Voyager 2 mostram que
Neptuno tem uma atmosfera dinâmica em que a velocidade do vento
excede os 1000 quilómetros por hora, fazendo dele um dos lugares mais
ventosos do sistema solar.
Exploração da Lua
A antiga URSS enviou pela primeira vez uma nave automática que
passou na superfície da Lua no ano de 1959. A 20 de Julho de 1969, N.
Armstrong e E. Aldrin foram os primeiros a caminhar sobre a superfície.
Os movimentos lunares
1 - Translação: movimento em torno da Terra.
2 - Rotação: movimento sobre o seu eixo.
3 -Movimento em torno do Sol acompanhando a translação da Terra.
Lua Nova
Nesta fase, não conseguimos observar a Lua pois ela está
posicionada entre o Sol e a Terra e, por isso, não a vemos neste momento.
Nesta fase, a Lua está no céu durante o dia, nascendo por volta das 6 horas
e se pondo por volta das 18 horas.
Quarto Crescente
A Lua crescente ou quarto crescente recebe esta denominação pois
neste momento só conseguimos observar ¼ de sua totalidade. Seu formato
é de um semicírculo e nesta fase a Lua nasce aproximadamente ao meio-dia
e se põe aproximadamente à meia-noite
Lua Cheia
Na fase da Lua cheia, a Terra está entre o Sol e a Lua e, portanto,
conseguimos observar a totalidade do satélite iluminado integralmente pelo
Sol. Nesta fase, a Lua nasce aproximadamente às 18 horas e se põe
aproximadamente às 6 horas do dia seguinte.
Quarto Minguante
A Lua minguante ou quarto minguante é o último estágio das fases
da Lua. Neste período, ela encontra-se no formato de um semicírculo e
assim, novamente conseguimos observar ¼ de sua totalidade no sentido
1.3.2.1 – OS ECLIPSES
Por eclipse podemos definir como sendo um fenómeno em que um
astro deixa dedeser visível, total ou parcialmente (eclipse total e eclipse
parcial respectivamente), seja pela interposição de um outro astro entre ele
e o observador, seja porque, não tendo luz própria deixa de ser iluminado
ao colocar-se no cone da sombra de outro astro.
Estes podem ser:
O Eclipse do Sol verifica-se quando o Sol, a Lua e a Terra (por esta
ordem) se encontram situados numa mesma linha do espaço. Acontece
quando a lua coloca-se entre o sol e a terra tapando total ou parcialmente a
visibilidade entre ambos (eclipse total e eclipse parcial). Nestas condições,
a sombra da Lua projectar-se-á sobre uma região limitada da superfície
terrestre.
•METEORITOS
Meteoritos são pedaços de matéria sólida vinda do espaço exterior,
que atravessam a atmosfera sem se fundir completamente e colidem com a
superfície terrestre, abrindo grandes crateras.
Placas tectónicas
Nota: Nos locais onde uma placa colide com outra formam-se as
cordilheiras como a dos Himalaias e dos Andes
Fig. 1 Rosa-dos-ventos
2
Constelação é um aglomerado de estrelas delimitadas e que se parecem com figuras de animais ou
objectos, cujas designações se relacionam com crenças da antiguidade.
O GPS
O GPS (Global Positioning System), é um processo de orientação
que consiste num sistema de posicionamento global que recorre a uma
rede de satélites artificiais.
Este sistema permite localizar com exactidão qualquer lugar no
mundo, de uma forma constante, independentemente das condições
meteorológicas.
Fig. 9 – GPS
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Para determinar a posição de um lugar é necessário conhecer as
coordenadas geográficas ou terrestres que são: Latitude e Longitude.
Coordenadas geográficas são o conjunto de linhas imaginárias
(meridianos e paralelos) que permitem determinar a posição de qualquer
ponto sobre a superfície terrestre.
Para este fim precisamos saber que paralelo (latitude) e que meridiano
(longitude) se cortam no lugar que nos interessa localizar. Esta rede de
linhas dá-nos uma informação muito útil para orientação no espaço
geográfico.
Através das coordenadas geográficas pode-se determinar facilmente a
posição exacta de qualquer ponto da superfície terrestre.
Latitude
A latitude é a medida da distância em graus de um ponto qualquer da
superfície terrestre ao equador.
Fig. 10 – Latitude
Longitude
A longitude é a medida da distância em graus desde o meridiano de
Greenwich até ao meridiano que corta um determinado ponto ou lugar.
Existe um meridiano de referência, meridiano principal ou meridiano
0º. Este mesmo meridiano chama se também meridiano de Greenwich
porque passa pelo observatório de Greenwich, na Inglaterra.
Fig. 11 – Longitude
13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 0/24 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
É sabido que num dia solar existem 24 horas. Este facto permite aos
astrónomos e geógrafos determinarem rapidamente as longitudes dos
lugares do mundo. Mas surgiu a dificuldade da vida quotidiana porque ao
mesmo tempo existem horas diferentes entre regiões ou países ou mesmo
num só país de grande extensão. Assim surgiu a convenção dos fusos
horários, realizada em 1884 num Congresso Internacional realizado em
Washington, Estados Unidos de América, que é uma convenção
internacional surgida para facilitar saber a qualquer momento a hora em
qualquer país do mundo, e de onde se deliberou o seguinte:
- Considerou-se a terra dividida em 24 partes distanciadas por
semimeridianos de 15 graus;
- Cada 15º corresponde a um fuso e por sinal um fuso corresponde a
uma hora;
- Em todos os lugares compreendidos no mesmo fuso horário é a
mesma hora que corresponde a hora do meridiano central do fuso. Esta é a
hora legal.
Exercícios de fusos
1 – Quando são 10 horas no lugar do fuso 6, que horas são, ao mesmo
tempo, no lugar do fuso 11?
Dados
F6 10h F11 – F6 = 5f
F11 ? 5f = 5h
10h + 5h= 15h
Verificação
F 6 7 8 9 10 11
H 10 11 12 13 14 15
4 – Em Nova York que fica no fuso 19 são 16 horas. Que horas são,
ao mesmo tempo em Pequim, que fica no fuso 7?
Dados D. F. I. W.
F19 16h F24 – F19 = 5f
F7 ?
D. F. I. E.
F7 – F0 = 7f
T. F. I.
7f+5f =12f
12f = 12h
16h+12h = 28h
28h – 24h = 4h
Verificação
F 19 20 21 22 23 0/24 1 2 3 4 5 6 7
H 16 17 18 19 20 21 22 23 0 1 2 3 4
R: Em Pequim são, ao mesmo tempo 4 horas do dia seguinte.
75h
𝑥=
15º
𝑥 = 5h
17h+5h = 22h
45h
𝑥=
15º
𝑥 = 3h
5h+3h = 8h
R: Em B são, ao mesmo tempo, 8 horas do mesmo dia
Fig. 13 – Mapa-mundo
Tipos de mapas
No que se refere ao conteúdo, existe uma grande diversidade de
mapas. Entre os diferentes tipos de mapas mais conhecidos, quanto ao
seu conteúdo apontaremos os seguintes:
Mapas físicos – representam os aspectos naturais da superfície
da Terra da forma mais exacta possível. Por exemplo: o relevo, a
hidrografia (rios, lagos), a vegetação, pântanos etc., de uma determinada
região ou do mundo. Há também mapas físicos que apresentam apenas
a distribuição de certos elementos geográficos, como, por exemplo, os
mapas isotérmicos, de isóbaras, da vegetação etc.
Mapas políticos – representam as nações, fronteiras, cidades,
limites da divisão administrativa, etc. Muitas vezes, num mesmo mapa,
sobretudo nos mapas murais utilizados no ensino, podem encontrar-se
elementos dos mapas físicos e dos mapas económicos ou políticos
sobrepostos.
Mapas económicos – assinalam, com a ajuda de símbolos, a
localização da produção material, como, por exemplo, os centros de
produção industrial, as áreas de exploração mineira, as áreas de cultivo
agrícola e outros dados de interesse económico.
Para além destes três tipos principais de mapas, devemos ainda
mencionar os mapas topográficos – por topografia entende-se a
descrição exacta e minuciosa de um lugar. Um mapa topográfico é
aquele que representa uma pequena proporção de terreno tal como ela
é, incluindo todos os objectos fixos existentes nesta superfície. Assim,
um mapa topográfico representa não só as formas de relevo, os cursos
de água mas também os caminhos, as povoações, as principais formas
de vegetação, etc.
Assim, em Angola existem mapas topográficos nas 1/25 000, 1/50
000, 1/250 000, e o organismo responsável pela elaboração destes
mapas é o Instituto Geográfico e Cadastral de Angola.
Mapas hipsométricos – servem para representar o relevo através
de cores. Para cada classe de valores de altitude atribui-se uma cor, que
deve ser tanto mais escura e quanto maior for a altitude. Assim, basta-
nos um simples olhar para detectar as áreas de maior e menor altitude.
Mapas temáticos - representam um único tema, entre os vários
passíveis, numa determinada área. Por exemplo: recursos minerais,
vegetação, climas, distribuição da população, concentrações industriais,
etc.
Compilado/Celestino S. Paulino & Ildefonso C. Catito/10ª Classe/Liceu Kapango-Huambo/2022 Página 46
Mapa-mundo - é um mapa que representa toda a superfície da
Terra, com separação de dois hemisférios distintos representados por
círculos.
Mapa mural – também conhecido por mapa de parede, é
geralmente de grande formato, sendo, no entanto, aquele que representa
os aspectos físicos geográficos, num muro ou numa parede.
Planisfério é um mapa que representa toda a superfície da terra
sem separação dos hemisférios.
Fig. 14 – Planisfério
Importância dos mapas
Os mapas desempenham uma função importante em múltiplas
actividades do homem moderno, já que possibilitam a localização exacta
dos diferentes lugares do globo e facilitam a análise da informação.
Os mapas podem proporcionar uma grande variedade de
informações e o seu uso e compreensões são fáceis. Por este motivo,
têm-se convertido em instrumentos de trabalho para um grande número
de profissionais: geógrafos, geólogos, engenheiros, planificadores,
agrónomos e muitos outros, que os utilizam constantemente nas suas
actividades. Também são muito úteis aos turistas porque os ajudam a
conhecer as rotas de estradas e vias-férreas, a localizar cidades,
monumentos históricos, áreas de lazer, etc.
Vantagens do mapa
- Permite a visão dos dois hemisférios ao mesmo tempo;
- Apresenta muita informação partindo dos mais simples
pormenores;
- É fácil de transportar e utilizar;
- Apresenta um baixo custo.
A LEGENDA
O mapa não é uma reprodução exacta da Terra, mas sim uma
representação. O cartógrafo, ao preparar o mapa, selecciona os objectos
que devem ser representados de acordo com a finalidade do mapa.
Esses objectos são representados mediante a legenda. Essa
legenda constitui a linguagem visual dos mapas.
Há mapas que representam o relevo de uma região, outros mostram
a distribuição da vegetação, dos climas ou da população. Há mapas ainda
que representam as inter-relações entre os elementos do complexo
geográfico de uma região.
Quando o número de fenómenos que se pretende representar num
mapa é muito grande, a sua leitura torna-se difícil devido à grande
quantidade de símbolos que nele devem aparecer.
Entre os mapas mais difíceis de interpretar, figuram os mapas de
estradas, que têm sido muito divulgados.
De entre as representações mais usadas nos mapas, podemos
destacar as que se apresentam a seguir.
A ESCALA
A escala é a relação entre uma determinada distância no mapa e a
correspondente distância na realidade.
A escala representa, assim, o número de vezes em que foram
reduzidas as distâncias reais para as poder representar no papel ou no
mapa.
Representa-se da seguinte forma:
Medida da distância no mapa
Escala =
Medida da distância real
1cm
Onde
E = Escala;
d (DM) = Distância gráfica (distância medida no mapa ou desenho);
D (DR) = Distância Real.
Utilidade da escala
Os mapas permitem-nos não só localizar os vários elementos na
paisagem como também calcular as distâncias entre eles. Dessa forma,
com a ajuda da escala, podemos determinar:
- A distancia entre dois lugares, sabendo a distância a que estão
representados no mapa (cálculo de distância reais);
Substituição e Resolução
1 30cm
=
600 000 𝐷
30cm x 600 000
D= =18 000 000 cm
1
D =180 km.
Exemplo do 2º tipo
Uma ponte com 3,2 km de comprimento está representado num
mapa com a escala de 1:10 000. Calcula o comprimento desta ponte no
referido mapa.
Dados
E =1:10 000
D = 3,2km = 320 000cm
d=?
1 x 320 000 cm
d= = 32cm
10 000
Exemplo do 3º tipo
Ao observar um mapa verificou-se que a escala estava ilegível. No
entanto, sabe-se que a distância real entre dois pontos nele assinalados
é de 15km e que, nesse mapa os referidos pontos distam um do outro 60
cm.
Dados
E =?
d =60 cm
D=15 km =1500 000 cm
Resolução
Como o numerador é uma unidade, basta calcular o valor do denominador
que designaremos por x. Assim:
1 60 cm
=
𝑋 1500 000
1 x 1500 000 cm
X= = 25 000
60 𝑐𝑚
E = 1: 25 000
O Atlas geográficos
Os atlas geográficos são livros que disponibilizam um conjunto de
mapas com o formato e apresentação normalizados. Entre os diversos
tipos de atlas geográficos consideram-se, por exemplo os mundiais ou
universais, os nacionais, os regionais e os locais, ou ainda os escolares.
No atlas geográfico aparecem diversos mapas temáticos
elaborados em diferentes escalas. Geralmente, a escala dos mapas no
atlas é constante.
Os atlas geográficos são muito úteis porque:
- Constituem suportes de referência para localização dos objectos
geográficos neles representados;
- São uma espécie de “dicionários geográficos” já que contem um
índice de nomes geográficos;
- São instrumentos de coordenação, pois a respectiva leitura
permite veicular conhecimentos que de outra forma poderiam ficar sem
conexão;
Permitem comparar mapas com diferentes tipos de informação
(clima, vegetação, população, etc), descobrindo as relações entre eles.
Uma das partes mais importantes dum atlas é o seu Índice, pois
nele estão indicados todos os nomes dos locais geográficos
mencionados nos mapas. Nesse índice, poderemos encontrar a página
do mapa onde aparece o local que desejamos bem como as suas
coordenadas de localização (letras e números) para que possamos
localizar com mais facilidades no mapa respectivo.
Muitos atlas contêm, além dos mapas, informação estatística e
outros dados importantes.
Fig. 16
Fig. 15
Fig. 16
Leite, A. I., Almeida, A. M., Balça, M. J., & Teça, S. (1998). Ciências Naturais (Vol. 7º ano). Areal
Editores.
Margarida Camilo Sabino, M. S. (2014). Geografia 10ª Classe. Luanda: Plural Editores.
Site
www.google.com.br