Você está na página 1de 262

PRM-NFR-RJ-00000155/2023

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 11/01/2023 17:48. Para verificar a autenticidade acesse
PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO

Referência: Notícia de Fato nº 1.30.006.000265/2022-87

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 2ec3ccd7.62fd60a5.7560e7a8.5d9c7515


Trata-se de Notícia de Fato instaurada a partir de representação cuja narrativa
pode ser sintetizada como se segue:

1) o autor afirma que sofre violação de direitos humanos mais precisamente


por "CIBERTORTURA a qual trata-se da malversação de tecnologias eletromagnéticas para
infringir tortura física e psicológica remota";

2) aduz que a União Federal é responsável pelos "crimes" de


"CIBERTORTURA" e "GANGSTALKING" a que é submetido, posto que o ente federal não
lhe protege;

3) afirma que os CREMERJ são coniventes com erros médicos pois "vítimas
de CIBERTORTURA e GANGSTALKING no Brasil que são erroneamente diagnosticados
como esquizofrenia CID grupo 20, sendo que o CID (código internacional de doença)
correto ao caso é W90.0X (ataque eletromagnético remoto)".

4) Mais adiante, afirmando terem os crimes se iniciado em 10/6/2011, informa


as patentes americanas que estão sendo utilizadas nos crimes, pede indenização de R$
100.000,00 à União e solicita "a elaboração de método tecnológico de defesa e proteção
contra a malversação das citadas tecnologias".

Rua General Osório Nº 46, Centro - CEP 28625460 - Nova Friburgo-RJ


Prrj-coordfri@mpf.mp.br (22)25198800
Página 1 de 3
5) Junta petição semelhante dirigida à 151ª DP, que restou indeferida; e
protocolo realizado em face do CREMERJ.

É o relato essencial.

A deflagração de investigação civil por parte do Ministério Público Federal

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 11/01/2023 17:48. Para verificar a autenticidade acesse
deve corresponder a indícios mínimos de fatos determinados que franqueiem a tutela dos
interesses e direitos a cargo do Parquet (art. 1º da Resolução CNMP nº 23/07), ou que digam
respeito ou importem danos efetivos ou potenciais a esses mesmos interesses (art. 1º da
Resolução CSMPF nº 87/06 e art. 5º da Resolução CNMP nº 23/07).

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 2ec3ccd7.62fd60a5.7560e7a8.5d9c7515


Com efeito, certificada a competência do Ministério Público Federal no
particular, a persecução civil só poderá ter início, ou prosseguir, se verificados, in concreto:
a) fatos minimamente determinados, que permitam a delimitação do objeto a ser investigado;
b) matéria atinente a interesses difusos, coletivos, individuais homogêneos ou outro sob
proteção do órgão ministerial; c) elementos de convicção, ainda que indiciários, de
irregularidade, ilegalidades ou abuso de poder (art. 6º da Lei nº 7.347/85 c/c art. 14, § 1º, da
Lei nº 8.429/92); d) inexistência de investigação precedente; e e) fatos ainda não
solucionados.

No caso em liça, não se vislumbram elementos minimamente idôneos de


irregularidade, ilegalidade, abuso de poder ou mesmo cometimento do crime mencionado vez
que a narrativa não traduz a correta conceituação de tortura dada pelo direito pátrio (lei
9.455/97). Ademais, os pedidos de investigação penal contra a União e o pleito indenizatório
individual por meio do Ministério Público Federal são destituídos de amparo legal.

Além disso, conforme certidão de Documento 3 (PRM-NFR-RJ-


00006770/2022), verificou-se que poderia existir possível conexão do presente procedimento
com as Notícias de Fato de nº 1.30.006.000176/2021-50 e nº 1.30.006.000247/2022-03
(íntegras em anexo).

Nesse sentido, após análise da referida Notícia de Fato, constatou-se que se


trata da mesma representação, sendo certo que as íntegras das representações contidas nos

Rua General Osório Nº 46, Centro - CEP 28625460 - Nova Friburgo-RJ


Prrj-coordfri@mpf.mp.br (22)25198800
Página 2 de 3
outros procedimentos são idênticas aquela contida neste.

Outrossim, destaca-se que os procedimentos anteriores também foram


arquivados nesta Procuradoria, fator que enseja o arquivamento da presente notícia de fato
pelas mesmas razões já aduzidas por este Parquet.

Dessa forma, considerando que estamos diante de documentos idênticos, sendo

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 11/01/2023 17:48. Para verificar a autenticidade acesse
que os documentos anteriores, inclusive, já foram arquivados, necessário se faz o
arquivamento do procedimento em epígrafe também.

Registre-se que a NF nº 1.30.006.000176/2021-50 teve seu arquivamento


devidamente homologado à unanimidade pelo NAOP da 2ª Região, enquanto há certidão

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 2ec3ccd7.62fd60a5.7560e7a8.5d9c7515


juntada à NF nº 1.30.006.000247/2022-03 indicando que não houve manifestação do
representante quanto ao arquivamento do procedimento, tendo decorrido o prazo previsto no
art. 4º, § 1º da Resolução CNMP nº 174/2017 (Documento 9 – PRM-NFR-RJ-
00006934/2022).

Ante o exposto, considerando a ausência de elementos de prova ou de


informação mínimos para dar início à ação civil pública, PROMOVO O
ARQUIVAMENTO da presente notícia de fato , com base no art. 4º, III, da Resolução nº
174/2017 do CNMP.

Comunique-se ao representante. Transcorrido in albis o prazo, efetuem-se os


registros e controles necessários, sem necessidade de remessa dos autos à PFDC.

Nova Friburgo, 11 de janeiro de 2023

Assinado eletronicamente
FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE
PROCURADOR DA REPÚBLICA

BG

Rua General Osório Nº 46, Centro - CEP 28625460 - Nova Friburgo-RJ


Prrj-coordfri@mpf.mp.br (22)25198800
Página 3 de 3
PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP
PFDC
Data de Autuação: 07/11/2022

Notícia de Fato - NF
1.30.006.000247/2022-03
Volume I

Resumo:
Associação Nacional de Proteção e Amparo às Vítimas de Tortura Psicoeletrônica Salto Quântico, CNPJ
48.034.921/0001-00, sediada na Alameda dos Rodrigues, n° 10, Fundos, bairro Campo do Coelho, cidade Nova
Friburgo-RJ, CEP 28.630-645, sendo associação privada sem fins lucrativos, neste ato representada pelo seu
secretário (vide estatuto em anexo) sr. Vinicius Rodrigues Coelho, brasileiro, natural do estado do Rio de Janeiro,
nascido em 10/06/1988, portador do RG n° 020.244.721-5 Detran RJ, e do CPF n° 058.909.227-85, vem por meio
desta petição representar contra a UNIÃO (a pessoa jurídica de direito público interno) em face da violação dos
direitos humanos sofrida por comunidade de pessoas física conforme exposto no relatório da 43° seção do
Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) de 24 de fevereiro de 2020 à 20 de
março de 2020 (vide Anexo I o citado relatório) presidida pelo professor Nils Melzer a qual versa sobre o tortura e
tratamentos desumanos e degradantes, mais especificamente a partir da página 19, item E, itens 71 à 87, que
expõe a CIBERTORTURA a qual trata-se da malversação de tecnologias eletromagnéticas para infringir tortura
física e psicológica remotamente não se confundindo com o mero assédio no ambiente de internet conforme
explicado no item 71 do citado relatório. O item 73 do citado relatório da ONU cita:"y cada vez más también
mediante el control o la manipulación a distancia de cinturones de descargas eléctricas (A/72/178, párr. 51),
implantes médicos y, posiblemente, dispositivos nanotecnológicos o neurotecnológicos55. La cibertecnología
también puede utilizarse para infligir o contribuir a sufrimientos mentales graves evitando el conducto del cuerpo
físico, en concreto a través de la intimidación, el acoso, la vigilancia, la vergüenza y la difamación públicas, así
como la apropiación, la supresión o la manipulación de información."Isto posto, o requerente declara representar
comunidade de vítimas de CIBERTORTURA e também do assédio organizado chamado GANGSTALKING no
Brasil onde o item 84 letra C, do citado relatório da ONU diz:"Por "impotencia" se entenderá la incapacidad de la
víctima de evitar o resistir el dolor o sufrimiento mental... los contextos sociales caracterizados por el control
coercitivo, el acoso colectivo, el ciberacoso y la persecución"A CIBERTORTURA e também o assédio organizado
chamado GANGSTALKING implicam na violação dos direitos humanos como também nos direitos e garantias
fundamentas do artigo 5° da Constituição federal, a saber do inciso III devido a tortura e ao tratamento desumano
e degradante; inciso IV devido ao dano material, moral e de imagem; inciso X devido violação da intimidade e
vida privada, esta praticada pelo GANGSTALKING. A data de início da associação no CNPJ é 21/09/2022. A
requerente acusa e responsabiliza a UNIÃO devido sua inoperância e consequente conivência com os citados
crimes, inclusive por desleixo e descaso ante às conclusões e recomendações do relatório da 43° seção do
Conselho de Direitos Humanos da ONU, item 77 à 87, e ante sua obrigação de defender o cidadão brasileiro.O
representante da requerente declara ainda que buscou ajuda das autoridades, a saber da Polícia Civil do estado
do Rio de Janeiro através do pedido de abertura de inquérito policial protocolo n° E09/032927/1151/2021 de
04/05/2021 (vide o Anexo II, o citado pedido protocolado), o qual foi vergonhosamente indeferido em 04/10/2021
(vide o Anexo III, o citado indeferimento assinado). Declara ainda ter comunicado ao Cremerj (Conselho de
Medicina do estado do Rio de Janeiro) no dia 28/09/2021 protocolo n° 10353644 (vide Anexo IV o citado pedido
protocolado) a existência de erro médico uma vez que existem inúmeras outras vítimas de CIBERTORTURA e
GANGSTALKING no Brasil que são erroneamente diagnosticados como esquizofrenia CID grupo 20, sendo que
o CID (código internacional de doença) correto ao caso é W90.0X (ataque eletromagnético remoto). Dentre as
tecnologi
Partes:
INTERESSADO - ASSOCIACAO NACIONAL DE PROTECAO E AMPARO AS VITIMAS DE TORTURA
PSICOELETRONICA SALTO QUANTICO
Distribuição:
PRM-N.FRIBURGO - Encerrada em 28/11/2022 - PRM-RJ-N.FRIBURGO-3º Ofício
PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP
PFDC
Data de Autuação: 07/11/2022

Notícia de Fato - NF
1.30.006.000247/2022-03
Volume I

INTERESSADO - ASSOCIACAO NACIONAL DE PROTECAO E AMPARO AS VITIMAS DE TORTURA


PSICOELETRONICA SALTO QUANTICO
Grupo temático principal:
2ª Câmara - Criminal
Tema:
3656 - Crimes do Código Brasileiro de Telecomunicações (Crimes Previstos na Legislação
Extravagante/DIREITO PENAL)
Observação:
Município(s):
NOVA FRIBURGO - RJ

Movimentado para:
15/12/2022 - PRM-N.FRIBURGO/GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1, Página 1

Ministério Público Federal


Sala de Atendimento ao Cidadão

Manifestação 20220091343

Pessoa Jurídica
Razão Social ASSOCIACAO NACIONAL DE PROTECAO E AMPARO AS VITIMAS DE

Nome do Solicitante VINICIUS RODRIGUES COELHO


CNPJ 48.034.921/0001-00

Ramo Setor privado

Email saltoquantivobrazil@gmail.com
Telefone (22) 99935-7846
Telefone(s) adic. (19) 98289-2640
Município NOVA FRIBURGO
UF RJ
País Brasil
Endereço Alameda dos Rodrigues, 10 fundo - Campo do Coelho
CEP 28630-645

Representação

Data do Fato 21/09/2022


Município do Fato NOVA FRIBURGO
UF do Fato RJ

Descrição
Associação Nacional de Proteção e Amparo às Vítimas de Tortura Psicoeletrônica Salto
Quântico, CNPJ 48.034.921/0001-00, sediada na Alameda dos Rodrigues, n° 10, Fundos,
bairro Campo do Coelho, cidade Nova Friburgo-RJ, CEP 28.630-645, sendo associação
privada sem fins lucrativos, neste ato representada pelo seu secretário (vide estatuto em
anexo) sr. Vinicius Rodrigues Coelho, brasileiro, natural do estado do Rio de Janeiro,
nascido em 10/06/1988, portador do RG n° 020.244.721-5 Detran RJ, e do CPF n°
058.909.227-85, vem por meio desta petição representar contra a UNIÃO (a pessoa
jurídica de direito público interno) em face da violação dos direitos humanos sofrida por
comunidade de pessoas física conforme exposto no relatório da 43° seção do Conselho de
Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) de 24 de fevereiro de 2020 à

Pagina 1 of 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1, Página 2

Ministério Público Federal


Sala de Atendimento ao Cidadão

20 de março de 2020 (vide Anexo I o citado relatório) presidida pelo professor Nils Melzer
a qual versa sobre o tortura e tratamentos desumanos e degradantes, mais
especificamente a partir da página 19, item E, itens 71 à 87, que expõe a CIBERTORTURA
a qual trata-se da malversação de tecnologias eletromagnéticas para infringir tortura física
e psicológica remotamente não se confundindo com o mero assédio no ambiente de
internet conforme explicado no item 71 do citado relatório. O item 73 do citado relatório da
ONU cita:"y cada vez más también mediante el control o la manipulación a distancia de
cinturones de descargas eléctricas (A/72/178, párr. 51), implantes médicos y,
posiblemente, dispositivos nanotecnológicos o neurotecnológicos55. La cibertecnología
también puede utilizarse para infligir o contribuir a sufrimientos mentales graves evitando
el conducto del cuerpo físico, en concreto a través de la intimidación, el acoso, la vigilancia,
la vergüenza y la difamación públicas, así como la apropiación, la supresión o la
manipulación de información."Isto posto, o requerente declara representar comunidade de
vítimas de CIBERTORTURA e também do assédio organizado chamado GANGSTALKING no
Brasil onde o item 84 letra C, do citado relatório da ONU diz:"Por "impotencia" se
entenderá la incapacidad de la víctima de evitar o resistir el dolor o sufrimiento mental...
los contextos sociales caracterizados por el control coercitivo, el acoso colectivo, el
ciberacoso y la persecución"A CIBERTORTURA e também o assédio organizado chamado
GANGSTALKING implicam na violação dos direitos humanos como também nos direitos e
garantias fundamentas do artigo 5° da Constituição federal, a saber do inciso III devido a
tortura e ao tratamento desumano e degradante; inciso IV devido ao dano material, moral
e de imagem; inciso X devido violação da intimidade e vida privada, esta praticada pelo
GANGSTALKING. A data de início da associação no CNPJ é 21/09/2022. A requerente acusa
e responsabiliza a UNIÃO devido sua inoperância e consequente conivência com os citados
crimes, inclusive por desleixo e descaso ante às conclusões e recomendações do relatório
da 43° seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU, item 77 à 87, e ante sua
obrigação de defender o cidadão brasileiro.O representante da requerente declara ainda
que buscou ajuda das autoridades, a saber da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro
através do pedido de abertura de inquérito policial protocolo n° E09/032927/1151/2021 de
04/05/2021 (vide o Anexo II, o citado pedido protocolado), o qual foi vergonhosamente
indeferido em 04/10/2021 (vide o Anexo III, o citado indeferimento assinado). Declara
ainda ter comunicado ao Cremerj (Conselho de Medicina do estado do Rio de Janeiro) no
dia 28/09/2021 protocolo n° 10353644 (vide Anexo IV o citado pedido protocolado) a
existência de erro médico uma vez que existem inúmeras outras vítimas de
CIBERTORTURA e GANGSTALKING no Brasil que são erroneamente diagnosticados como
esquizofrenia CID grupo 20, sendo que o CID (código internacional de doença) correto ao
caso é W90.0X (ataque eletromagnético remoto). Dentre as tecnologias utilizadas no
cometimentos destes crimes, pode-se destacar: patente US 3951134 (https://patents.
google.com/patent/US3951134A/en); patente US 7629918 (https://patents.google.
com/patent/US7629918B2/en?oq=patente+7629918); patente US 6587729 (https:
//patents.google.com/patent/US6587729B2/en?oq=patente+6587729); patente US
6470214 (https://patents.google.com/patent/US6470214B1/en). Diante disto, o
requerente solicita justa indenização de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a ser arbitrada pelo
juiz contra a UNIÃO devido a violação dos direitos humanos e violação dos direitos e
garantias fundamentais do artigo 5° da Constituição Federal por anos a fio.A requerente
aponta como suas testemunhas abaixo relacionadas os associados que são vítimas: Evaldo
Pereira Correa (RG 007.728.078-2 Detran RJ, (21)9.9139.0718); Edvania Correia de Paulo
Sousa (RG MG-13.727.454 SSP-MG, (31)8785-1762); Tonimar Pontes Oliveira Vaz ((32)
9976-0490); Francis Penko Filisbino (RJ 427.018.985 SSP SP; (19)9.8289.2640).Nova

Pagina 2 of 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1, Página 3

Ministério Público Federal


Sala de Atendimento ao Cidadão

Friburgo, RJ, 06/11/2022.Vinicius Rodrigues Coelho.

Pagina 3 of 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1, Página 4

Ministério Público Federal


Sala de Atendimento ao Cidadão

Andamentos
Data Tipo Responsável

07/11/2022 07:59 Assume manifestação da fila Marcelo

06/11/2022 19:37 Cadastro de Manifestação MANIFESTANTE

Pagina 4 of 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 1

Naciones Unidas A/HRC/43/49


Asamblea General Distr. general
20 de marzo de 2020
Español
Original: inglés

Consejo de Derechos Humanos


43er período de sesiones
24 de febrero a 20 de marzo de 2020
Tema 3 de la agenda
Promoción y protección de todos los derechos humanos,
civiles, políticos, económicos, sociales y culturales,
incluido el derecho al desarrollo

Tortura y otros tratos o penas crueles, inhumanos


o degradantes

Informe del Relator Especial*

Resumen
En el presente informe, el Relator Especial sobre la tortura y otros tratos o penas
crueles, inhumanos o degradantes examina las cuestiones conceptuales, de definición e
interpretación que se plantean a propósito del concepto de “tortura psicológica” en el marco
del derecho de los derechos humanos.

* Este informe se presenta con retraso para poder incluir en él la información más reciente.
GE.20-04273 (S) 040520 070520


Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 2

A/HRC/43/49

Índice
Página
I. Introducción .................................................................................................................................. 3
II. Actividades relacionadas con el mandato ...................................................................................... 3
III. Tortura psicológica ........................................................................................................................ 3
A. Antecedentes ......................................................................................................................... 3
B. Concepto de tortura psicológica............................................................................................ 6
C. Aplicación de los elementos constitutivos ............................................................................ 8
D. Métodos predominantes de tortura psicológica .................................................................... 13
E. Cibertortura ........................................................................................................................... 19
IV. Conclusiones y recomendaciones .................................................................................................. 21

2 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 3

A/HRC/43/49

I. Introducción
1. El presente informe se ha elaborado de conformidad con la resolución 34/19 del
Consejo de Derechos Humanos.

II. Actividades relacionadas con el mandato


2. En 2019, el Relator Especial transmitió 114 comunicaciones, conjuntamente con
otros titulares de mandatos o de manera individual, en nombre de personas expuestas a la
tortura y otros malos tratos.
3. Desde su anterior informe al Consejo de Derechos Humanos, en marzo de 2019, el
Relator Especial ha participado en diversas consultas, talleres y actos sobre cuestiones
relacionadas con su mandato. Los más notables se enumeran a continuación.
4. Los días 9 y 10 de mayo de 2019, el Relator Especial y su equipo médico realizaron
una visita para reunirse con Julian Assange, detenido en la prisión de Belmarsh (Londres),
y con las autoridades británicas competentes, a fin de evaluar el estado de salud y las
condiciones de reclusión del Sr. Assange, así como los presuntos riesgos de torturas o
malos tratos derivados de su posible extradición a los Estados Unidos de América.
5. El 5 de junio, el Relator Especial participó en la conferencia “Multilateralismo
efectivo en la lucha contra la tortura: tendencias en la región de la OSCE y camino a
seguir”, organizada por la Oficina de Instituciones Democráticas y Derechos Humanos de
la Organización para la Seguridad y la Cooperación en Europa (OSCE) en Viena.
6. Del 12 al 15 de junio, el Relator Especial visitó las Comoras (A/HRC/43/49/Add.1).
7. El 26 de junio, para respaldar la celebración del Día Internacional en Apoyo de las
Víctimas de la Tortura, el Relator Especial coorganizó un acto paralelo en el 41er período de
sesiones del Consejo de Derechos Humanos sobre las líneas divisorias entre la
investigación no coercitiva y la tortura psicológica.
8. El 15 de octubre, el Relator Especial presentó a la Asamblea General su informe
temático (A/74/148) sobre la importancia de la prohibición de la tortura y los malos tratos
en el contexto de la violencia doméstica.
9. El 18 de octubre, el Relator Especial participó en una conferencia de alto nivel sobre
la lucha contra los malos tratos policiales, celebrada en Bečići (Montenegro) y organizada
por el Consejo de Europa.
10. Del 17 al 24 de noviembre, el Relator Especial visitó Maldivas. Formuló amplias
observaciones preliminares después de la visita y presentará su informe al Consejo de
Derechos Humanos en marzo de 2021.

III. Tortura psicológica

A. Antecedentes

11. Se reconoce que la prohibición universal de la tortura es de carácter absoluto,


inderogable e imperativa y se ha reafirmado en numerosos instrumentos internacionales de
derechos humanos, de derecho humanitario y de derecho penal. Desde su primera
proclamación en el artículo 5 de la Declaración Universal de Derechos Humanos, la
comunidad internacional ha establecido un excepcional marco normativo e institucional
para su aplicación (A/73/207, párrs. 5 a 18). No obstante, al mismo tiempo, numerosos
Estados han invertido importantes recursos en la concepción de métodos de tortura que

GE.20-04273 3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 4

A/HRC/43/49

pueden lograr fines de coacción, intimidación, castigo, humillación o discriminación sin


dejar marcas ni causar daños físicos de fácil detección (A/73/207, párr. 45)1.
12. Como continuación de los experimentos llevados a cabo por el régimen nazi con los
reclusos de los campos de concentración durante la Segunda Guerra Mundial 2, en la época
de la Guerra Fría surgieron varios proyectos a gran escala y a largo plazo de carácter
secreto que comprendían experimentos sistemáticos de “control mental” con miles de
prisioneros, pacientes psiquiátricos y voluntarios que desconocían la verdadera naturaleza y
finalidad de esos ensayos y los graves riesgos para la salud que producían 3. Esos
experimentos dieron lugar a la adopción y la proliferación internacional de metodologías de
interrogatorio que, a pesar de su descripción eufemística como técnicas “intensivas”,
“profundas”, “extraordinarias” o “especiales” de interrogatorio, “presión física moderada”,
“técnicas de condicionamiento”, “explotación de recursos humanos” e incluso tortura
“limpia” o “blanca”, eran manifiestamente incompatibles con la ética médica y con la
prohibición de la tortura y otros tratos o penas crueles, inhumanos o degradantes 4. Si bien
algunos de esos métodos entrañaban una importante violencia física, otros eran de carácter
específicamente psicológico. En los últimos años, algunos de esos métodos han resurgido
de manera más destacada en relación con la tortura en los interrogatorios dentro del
contexto de la lucha contra el terrorismo 5, la privación de libertad a los “migrantes
irregulares” basada en la “disuasión” (véase A/HRC/37/50), la presunta internación
colectiva con fines de “reeducación” política6 y el maltrato de los presos de conciencia 7.
Las tecnologías nuevas y emergentes también dan lugar a instrumentos y entornos sin
precedentes de interacción no física que deben tenerse debidamente en cuenta en la
interpretación contemporánea de la prohibición de la tortura.
13. Los titulares de mandatos reconocen desde hace mucho tiempo que la tortura
“psicológica” o “mental” es un concepto analítico distinto de la tortura física (véase
E/CN.4/1986/15) y han abordado métodos o contextos específicos de la tortura psicológica 8
y han señalado los problemas concretos que se plantean en lo tocante a la investigación y la
reparación de ese tipo de maltrato (A/HRC/13/39/Add.5, párr. 55), así como el vínculo
indisoluble entre la tortura psicológica y los interrogatorios coercitivos (A/71/298, párrs. 37

1 Linda Piwowarczyk, Alejandro Moreno y Michael Grodin, “Health care of torture survivors”, Journal
of the American Medical Association (JAMA), vol. 284, núm. 5 (2 de agosto de 2000).
2 Jonathan D. Moreno, “Acid brothers: Henry Beecher, Timothy Leary, and the psychedelic of the
century”, Perspectives in Biology and Medicine, vol. 59, núm. 1 (invierno de 2016), págs. 108 y 109.
3 En particular, “Project MKUltra, the CIA’s Programme of Research in Behavioural Modification”
(1953 a 1973).
4 Estados Unidos de América, Agencia Central de Inteligencia, KUBARK Counterintelligence
Interrogation (1963), secc. IX; Estados Unidos, Agencia Central de Inteligencia; Human Resource
Exploitation Training Manual (1983); Reino Unido de Gran Bretaña e Irlanda del Norte,
“Interrogatorio profundo (las cinco técnicas)”, litigio ante el Tribunal Europeo de Derechos Humanos,
Ireland v. the United Kingdom, demanda núm. 5310/71, sentencia, 18 de enero de 1978; Presidente de
Francia, Emmanuel Macron, declaración sobre la muerte de Maurice Audin, 13 de septiembre de
2018, en la que se reconoció que los sucesivos Gobiernos de Francia habían aplicado un sistema de
tortura política y desapariciones en Argelia; Lawrence E. Hinkle, Jr., y Harold G. Wolff, “Communist
interrogation and indoctrination of ‘enemies of the state’: analysis of methods used by the communist
state police – a special report”, American Medical Association Archives of Neurology and Psychiatry,
vol. 76, núm. 2 (agosto de 1956); y Scott Shane, “U.S. interrogators were taught Chinese coercion
techniques”, New York Times, 2 de julio de 2008.
5 Comisión Especial de Inteligencia del Senado de los Estados Unidos, Committee Study of the Central
Intelligence Agency’s Detention and Interrogation Program (2014).
6 CAT/C/CHN/CO/5, párr. 42; así como dos comunicaciones firmadas conjuntamente por el Relator
Especial, a saber, las comunicaciones núms. OL/CHN18/2019, de 1 de noviembre de 2019, y
OL/CHN15/2018, de 24 de agosto de 2018. Véase también “China cables”, disponible en
www.icij.org/investigations/china-cables/read-the-china-cables-documents/.
7 Véanse, en particular, las comunicaciones enviadas por el Relator Especial y su predecesor en los
casos de Bradley/Chelsea Manning, comunicaciones núms. UA G/SO 214 (53-24) USA 8/2011,
de 15 de junio de 2011, y AL USA 22/2019, de 1 de noviembre de 2019, y de Julian Assange,
comunicaciones núms. UA/GBR/3/2019, de 27 de mayo de 2019, y UA GBR 6/2019, de 29 de
octubre de 2019.
8 Véanse, por ejemplo, A/74/148, párrs. 32 a 34; A/59/324, párr. 17; y E/CN.4/2006/120, párr. 52.

4 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 5

A/HRC/43/49

a 45). También han dedicado un informe temático completo a la práctica de la reclusión en


régimen de aislamiento (A/66/268), han promovido la elaboración de directrices para las
prácticas de entrevista no coercitivas (véase A/71/298), han apoyado la reciente
actualización del Manual para la investigación y documentación eficaces de la tortura y
otros tratos o penas crueles, inhumanos o degradantes (Protocolo de Estambul) y han
fomentado una mayor conciencia sobre los problemas de la tortura psicológica en
numerosas comunicaciones individuales. El 26 de junio de 2019, con ocasión del Día
Internacional en Apoyo de las Víctimas de la Tortura, el Relator Especial inició sus
consultas temáticas al respecto en un acto paralelo del 41 er período de sesiones del Consejo
de Derechos Humanos, que incluyó un panel de expertos sobre las líneas divisorias entre la
investigación no coercitiva y la tortura psicológica, y la proyección de Monstruos
eminentes, documental sobre los orígenes y los efectos devastadores de la tortura
psicológica contemporánea9.
14. Aunque esas iniciativas han sido en general bien recibidas por los Estados, la
práctica de los países sigue tendiendo a negar o desatender la tortura psicológica, a
malinterpretarla o a trivializarla como algo que se podría denominar eufemísticamente
“tortura ligera”, mientras que sigue siendo predominante la percepción de que la “tortura
real” exige la imposición de dolores o sufrimientos físicos (el llamado “sesgo
materialista”)10. Algunos Estados han adoptado incluso definiciones nacionales de la tortura
que excluyen los dolores o los sufrimientos mentales, o interpretaciones que presuponen
que, para que haya tortura, los dolores o los sufrimientos mentales sean causados por la
amenaza o la imposición de dolores o sufrimientos físicos, amenazas de muerte inminente o
perturbación mental profunda. Tanto el Comité contra la Tortura como los titulares de
mandatos han rechazado esos planteamientos por considerarlos contrarios a la Convención
contra la Tortura y Otros Tratos o Penas Crueles, Inhumanos o Degradantes 11. En todo caso,
además de eso, el término “tortura psicológica” se sigue utilizando en la jurisprudencia y en
la defensa de los derechos humanos sin carácter unívoco, y los expertos jurídicos y médicos
llevan mucho tiempo pidiendo que se aclare su uso 12.
15. Habida cuenta de lo que antecede, en el presente informe, el Relator Especial:
a) Examina las discrepancias conceptuales predominantes que se plantean a
propósito del concepto de “tortura psicológica”;
b) Propone definiciones de trabajo de la tortura “psicológica” y la tortura
“física” desde la perspectiva del derecho internacional de los derechos humanos;
c) Formula recomendaciones sobre la interpretación de los elementos
constitutivos de la tortura en el contexto de la tortura psicológica;
d) Presenta un marco analítico no exhaustivo, basado en las necesidades, que
facilite la determinación de los métodos, las técnicas o las circunstancias específicos que
constituyan o contribuyan a la tortura psicológica;
e) Explica la manera en que diversas combinaciones de métodos, técnicas y
circunstancias, que no en todos los casos pueden equivaler a tortura si se consideran de

9 Véase www.hopscotchfilms.co.uk/news/2019/7/26/eminent-monsters-to-be-screened-at-a-united-
nations-side-event.
10 David Luban y Henry Shue, “Mental torture: a critique of erasures in U.S. law”, Georgetown Law
Journal, vol. 100, núm. 3 (marzo de 2012).
11 A/HRC/13/39/Add.5, párr. 74; CAT/C/USA/CO/3-5, párr. 9; CAT/C/GAB/CO/1, párr. 7;
CAT/C/RWA/CO/1, párr. 7; CAT/C/CHN/CO/4, párr. 33; y CAT/C/CHN/CO/5, párr. 7.
12 Véase, por ejemplo, Pau Pérez Sales, Tortura psicológica. Definición, evaluación y medida (Bilbao,
Desclee de Brower, 2016); Hernán Reyes, “Las peores cicatrices no siempre son físicas: la tortura
psicológica”, International Review of the Red Cross, vol. 89, núm. 867 (septiembre de 2007); Ergun
Cakal, “Debility, dependency and dread: on the conceptual and evidentiary dimensions of
psychological torture”, Torture, vol. 28, núm. 2 (2018); Almerindo E. Ojeda, ed., The Trauma of
Psychological Torture (West Port, Connecticut, Praeger Publishers, 2008); Nora Sveaass,
“Destroying minds: psychological pain and the crime of torture”, City University of New York Law
Review, vol. 11, núm. 2 (verano de 2008), pág. 303; y Metin Başoğlu, ed., Torture and its Definition
in International Law: An Interdisciplinary Approach (Nueva York, Oxford University Press, 2017),
págs. 397 y 492.

GE.20-04273 5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 6

A/HRC/43/49

manera aislada y fuera de contexto, pueden constituir “entornos de tortura” que


contravienen la prohibición de la tortura;
f) Alienta la interpretación de la prohibición de la tortura en consonancia con
las posibilidades y los retos contemporáneos que se plantean a raíz de las tecnologías
emergentes y explora, de manera preliminar, la conceptuación y las líneas básicas de lo que
se podría describir como “cibertortura”.
16. El Relator Especial ha llevado a cabo amplias investigaciones y consultas con las
partes interesadas, entre otras cosas, mediante una convocatoria abierta de contribuciones
por medio de un cuestionario13. En el presente informe quedan reflejadas las conclusiones y
recomendaciones resultantes del Relator Especial. Habida cuenta del alcance y la
complejidad sustantivos del tema y de las limitaciones aplicables de carácter temporal y en
el número de palabras, el Relator Especial examina únicamente el concepto de “tortura”
psicológica. Dado que, en la práctica, la “tortura” y “otros tratos o penas crueles,
inhumanos o degradantes” suelen estar estrechamente relacionados entre sí, se deberían
emprender nuevas investigaciones para aclarar la cuestión más amplia de los malos tratos
psicológicos.

B. Concepto de tortura psicológica

1. Definición de trabajo
17. “Tortura psicológica” no es un término técnico en el derecho internacional, pero se
ha utilizado en diversas disciplinas, como la jurídica, la médica, la psicológica, la ética, la
filosófica, la histórica y la sociológica, con diferentes finalidades y con diversas
interpretaciones. El Relator Especial reconoce que todas esas visiones tienen su propia
legitimidad, validez y finalidad en sus respectivos campos. De conformidad con el mandato
que se le ha conferido, en el presente informe examina el concepto de “tortura psicológica”
desde la perspectiva del derecho internacional de los derechos humanos.
18. Según el artículo 1 de la Convención contra la Tortura y Otros Tratos o Penas
Crueles, Inhumanos o Degradantes, el concepto sustantivo de “tortura” comprende, en
particular, infligir intencionadamente dolores o sufrimientos graves, “ya sean físicos o
mentales”. Es esa yuxtaposición explícita de dolores o sufrimientos “mentales” y “físicos”
lo que se suele denominar la base jurídica del concepto de tortura psicológica. Por
consiguiente, en el derecho de los derechos humanos, lo más habitual es que por tortura
“psicológica” se entienda infligir dolores o sufrimientos “mentales”, mientras que la tortura
“física” se asocia generalmente a dolores o sufrimientos “físicos” 14.
19. En consonancia con esta posición, compartida por anteriores titulares de mandatos
(E/CN.4/1986/15, párr. 118), el Relator Especial opina que, en el marco del derecho de los
derechos humanos, debería interpretarse que la “tortura psicológica” incluye todos los
métodos, técnicas y circunstancias que estén destinados o concebidos para infligir
deliberadamente dolores o sufrimientos mentales graves sin utilizar el conducto o el efecto
de dolores o sufrimientos físicos graves. Asimismo, a juicio del Relator Especial, debería
interpretarse que la “tortura física” incluye todos los métodos, técnicas y entornos
destinados o concebidos para infligir de manera intencionada dolores o sufrimientos físicos
graves, independientemente de que se inflijan al mismo tiempo dolores o sufrimientos
mentales.

2. Distinción entre los “métodos”, los “efectos” y los “motivos”


20. Aunque la distinción propuesta entre métodos de tortura “físicos” y “psicológicos”
parece bastante sencilla y se deriva directamente del texto de la Convención, su aplicación
sistemática y coherente se encuentra sujeta a distintas cautelas cuyo origen está en que el
debate más amplio de la dimensión psicológica de la tortura se puede dividir en al menos
tres dimensiones paralelas de la misma importancia, a saber, las referidas a los métodos

13 Véase www.ohchr.org/Documents/Issues/Torture/Call/QuestionnairePsychologicalTorture.docx.
14 Luban y Shue, “Mental torture”.

6 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 7

A/HRC/43/49

psicológicos (las técnicas), a los efectos psicológicos (las secuelas) y a los motivos
psicológicos (el objetivo) de la tortura.
21. En primer lugar, la distinción entre los métodos psicológicos y físicos de tortura no
debería ocultar que, como cuestión de derecho, la “tortura” es un concepto unificado. Todos
los métodos de tortura están sujetos a la misma prohibición y dan lugar a las mismas
obligaciones jurídicas, independientemente de que los dolores o los sufrimientos infligidos
sean de carácter “físico” o “mental” o una combinación de ambos. Por consiguiente, el
objetivo de la distinción entre los métodos de tortura “psicológicos” y “físicos” no es
señalar ninguna diferencia en cuanto a las consecuencias jurídicas o de ilicitud, sino aclarar
en qué medida la prohibición genérica de la tortura abarca los métodos que no utilizan el
conducto o el efecto de dolores o sufrimientos físicos graves.
22. En segundo lugar, el análisis de los métodos psicológicos (las técnicas) de la tortura
no debería confundirse con el de los efectos psicológicos (las secuelas). En realidad, tanto
los métodos de tortura físicos como los métodos psicológicos tienen efectos físicos y
psicológicos (E/CN.4/1986/15, párr. 118). Por tanto, el hecho de infligir dolores o
sufrimientos físicos también causa casi invariablemente sufrimientos mentales, incluidos
traumas graves, ansiedad, depresión y otras formas de daños mentales y emocionales.
Asimismo, los dolores o sufrimientos mentales afectan asimismo a las funciones corporales
y, según la intensidad y la duración, pueden causar daños físicos irreparables o incluso la
muerte, por ejemplo, por crisis nerviosa o insuficiencia cardiovascular. En lo que atañe a la
gravedad, se ha demostrado que los factores de estrés psicológico y físico infligen
sufrimientos igualmente graves (A/HRC/13/39, párr. 46)15. Por consiguiente, desde una
perspectiva psicofisiológica, la distinción entre la tortura “física” y “psicológica” es
predominantemente conceptual, analítica y pedagógica y no indica la existencia paralela, en
la práctica, de dos dimensiones distintas y mutuamente excluyentes de la tortura, ni de
ninguna jerarquía de gravedad entre la tortura “física” y la tortura “psicológica”.
23. Un tercer aspecto específico de la dimensión psicológica de la tortura son sus
motivos intrínsecamente psicológicos (el objetivo). Desde una perspectiva funcional, todas
las formas de tortura instrumentalizan de manera deliberada los dolores y los sufrimientos
graves infligidos como vehículo para lograr un propósito particular (A/72/178, párr. 31).
Metodológicamente, esos propósitos pueden perseguirse mediante la imposición de dolores
o sufrimientos “físicos” o “mentales” o una combinación de ellos, y en cada caso causarán
diversos conjuntos de efectos físicos y psicológicos. Sin embargo, desde el punto de vista
funcional, la tortura nunca es de carácter exclusivamente físico, sino que siempre tiene por
objeto influir en la mente y las emociones de las víctimas o de terceras personas contra las
que se dirige16. Muchos métodos de tortura física crean y explotan deliberadamente
conflictos internos debilitantes; por ejemplo, se ordena a las personas cautivas que
permanezcan en posturas forzadas que causan dolor físico bajo la amenaza de violación en
caso de desobediencia. Se puede causar un conflicto interno similar sin dolor físico, por
ejemplo, al ordenar a la persona detenida que se masturbe delante de los guardias y los
reclusos, de nuevo bajo la amenaza de violación en caso de no obedecer. Por consiguiente,
la distinción entre tortura “física” y “psicológica” no lleva implícita ninguna diferencia en
los motivos funcionales, sino que se refiere a la vía metodológica por la que el torturador
lleva a la práctica esos motivos.

3. Distinción entre la tortura psicológica y la tortura física “sin marcas”


y “sin contacto”
24. Si bien los métodos de tortura que entrañan lesiones corporales visibles no suelen
denominarse “tortura psicológica”, la expresión se combina a veces con la tortura “sin
marcas”, cuyo objetivo es evitar las señales visibles en el cuerpo de la víctima, y con la
tortura “sin contacto”, cuya finalidad es evitar infligir dolores o sufrimientos mediante la
interacción física directa. No obstante, en realidad, tanto la tortura “sin marcas” como la
tortura “sin contacto” pueden ser también de carácter físico y, en ese caso, son distintas de
la tortura psicológica.

15 Başoğlu, “Torture and its definition in international law”, pág. 37.


16 Sveaass, “Destroying minds”, págs. 313 y 314.

GE.20-04273 7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 8

A/HRC/43/49

25. En particular, aunque la tortura física “sin marcas” tiene como fin evitar las señales
visibles en el cuerpo de la víctima, los objetivos de esta se continúan persiguiendo mediante
la imposición deliberada de dolores o sufrimientos físicos graves. Algunas técnicas físicas
“sin marcas” logran los dolores o los sufrimientos físicos propuestos de manera inmediata y
directa, como los golpes con objetos aislados en determinadas partes del cuerpo, el
ahogamiento simulado (“submarino”) o la asfixia con bolsas de plástico (“submarino
seco”). Otras técnicas físicas “sin marcas” conllevan la imposición prolongada o
acumulativa de dolores o sufrimientos físicos que inicialmente son de “baja intensidad”,
con el objeto de que evolucionen de modo progresivo hasta niveles insoportables, como la
orden de permanecer de pie o en cuclillas o el encadenamiento en posiciones de tensión.
Aunque todas esas técnicas tienen por objeto evitar las marcas físicas visibles a simple
vista y para un observador inexperto, muchas de ellas siguen produciendo secuelas físicas
—como tumefacción, excoriación, contusiones e irritaciones— que los expertos forenses
con experiencia pueden detectar y documentar con fiabilidad durante períodos que van de
unos días a varias semanas. Sin embargo, en la práctica, la obstrucción y las demoras, así
como la falta de conocimientos especializados, capacidad y voluntad de las instancias
competentes en materia de investigación, tienen como consecuencia que la gran mayoría de
las denuncias de torturas “sin marca” no se investiguen o se desestimen fácilmente por falta
de pruebas.
26. Asimismo, la tortura física “sin contacto” evita la interacción física directa, pero
sigue manipulando o instrumentalizando de forma intencionada las necesidades, funciones
y reacciones fisiológicas para infligir dolores o sufrimientos físicos. Generalmente, incluye
los dolores infligidos por la imposición con amenazas de posiciones de tensión o por una
fuerte irritación sensorial o fisiológica mediante temperaturas extremas, ruidos fuertes, luz
brillante o malos olores, la privación de sueño, comida o bebida, el impedimento o la
provocación de la micción, la defecación o vómitos, o la exposición a fármacos o síntomas
de síndrome de abstinencia. Aunque esas técnicas utilizan deliberadamente el conducto del
cuerpo de la víctima para infligirle dolores y sufrimientos, en ocasiones se consideran como
tortura psicológica, principalmente por sus motivos psicológicos y por su efecto
desestabilizador previsto en la mente y las emociones humanas, así como por el limitado
contacto físico entre el torturador y la víctima. No obstante, si las técnicas “sin contacto”
infligen dolores o sufrimientos físicos graves de cualquier tipo, deberían considerarse
tortura física.

C. Aplicación de los elementos constitutivos

27. El concepto de tortura psicológica, según se ha definido, plantea una serie de


cuestiones relativas a la interpretación de los elementos constitutivos de la tortura que
trascienden las afirmaciones recogidas en informes anteriores (A/72/178, párr. 31);
A/73/207, párrs. 6 y 7; y E/CN.4/2006/6, párrs. 38 a 41). Todas esas cuestiones relativas a
los elementos “sustantivos” de la definición, que determinan la conducta que equivale a
tortura, y al elemento “atributivo”, que determina el grado requerido de participación de los
agentes públicos para que la tortura conlleve una responsabilidad del Estado, se han
examinado a fondo en informes anteriores y no es necesario volver a analizarlas aquí
(A/74/148, párr. 5).

1. Dolores o sufrimientos graves


28. Los mecanismos internacionales contra la tortura no han dejado ninguna duda de
que la definición de tortura no presupone necesariamente la imposición de dolores o
sufrimientos físicos, sino que también puede abarcar los dolores o sufrimientos mentales 17.
Sin embargo, cabe destacar que los efectos devastadores de la tortura psicológica se suelen
subestimar.

17 Comité de Derechos Humanos, observación general núm. 20 (1992), relativa a la prohibición de la


tortura u otros tratos o penas crueles, inhumanos o degradantes, párr. 5; véase también la
jurisprudencia del Comité contra la Tortura, citada en la nota 11.

8 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 9

A/HRC/43/49

29. Más discutible que esa dicotomía básica entre lo físico y lo mental es la
interpretación del nivel necesario de “gravedad” del dolor infligido. Si bien la medición
objetiva de los dolores o los sufrimientos físicos da lugar a dificultades insuperables y ha
entrañado numerosas tentativas insatisfactorias de clasificar con autoridad los métodos de
tortura según las lesiones físicas y las mermas resultantes, esos problemas son aún mayores
cuando se intenta evaluar objetivamente los dolores o los sufrimientos mentales o
emocionales18. Se ha hecho hincapié en que el término “grave” no presupone que los
dolores o sufrimientos sean comparables al dolor propio de una lesión física grave, como la
falla de un órgano, la merma de las funciones biológicas o incluso la muerte
(E/CN.4/2006/6; y A/HRC/13/39, párr. 44). Ahora bien, el término “tortura” tampoco
debería utilizarse para aludir a la mera inconveniencia o molestia claramente incapaz de
lograr las finalidades enumeradas en la definición.
30. El hecho de que se alcance el umbral de gravedad necesario en un caso concreto
puede depender de una amplia gama de factores endógenos y exógenos al individuo, como
la edad, el sexo, la salud y la vulnerabilidad, pero también la duración de la exposición y la
acumulación de otros factores estresantes y condiciones físicos o mentales, la motivación
personal y la resiliencia y las circunstancias del contexto19. Todos esos elementos deben
evaluarse de manera holística, según proceda en cada caso y en vista de la finalidad
específica que persigue el tratamiento o castigo en cuestión. Por ejemplo, la amenaza de la
detención nocturna combinada con la agresión verbal puede ser lo suficientemente grave
como para coaccionar o intimidar a un niño, mientras que el mismo acto puede afectar poco
o nada a un adulto, y menos aún a un delincuente curtido. La gravedad de los dolores o
sufrimientos resultantes de un determinado tipo de malos tratos no es necesariamente
constante, sino que tiende a aumentar o a fluctuar con la duración de la exposición y la
multiplicación de los factores estresantes. Además, si bien la tortura constituye una forma
“agravada” de tratos o penas crueles, inhumanos o degradantes 20, la “agravación” no se
refiere necesariamente a los dolores y los sufrimientos agravados, sino a delitos graves en
lo que atañe a la instrumentalización intencionada y deliberada de los dolores y los
sufrimientos con fines ulteriores. Así pues, el factor que permite distinguir entre la tortura y
otras formas de malos tratos no es la intensidad del sufrimiento ocasionado, sino el
propósito perseguido, la intención del autor y la impotencia de la víctima (A/72/178,
párr. 30; y A/HRC/13/39, párr. 60)21.
31. Varias disposiciones de los tratados señalan incluso que el concepto de tortura
incluye una conducta que, al menos potencialmente, no implica ningún tipo de dolor o
sufrimiento experimentado subjetivamente. Así, el artículo 7 del Pacto Internacional de
Derechos Civiles y Políticos prohíbe expresamente “los experimentos médicos o
científicos” sin “libre consentimiento”. Aunque la disposición no aclara si esa conducta
equivaldría a “tortura” o a otros “tratos crueles, inhumanos o degradantes”, su mención
explícita da a entender que se consideraba una violación especialmente grave de la
prohibición. Aún más explícito a ese respecto, pero solo de aplicación regional, es el
artículo 2 de la Convención Interamericana para Prevenir y Sancionar la Tortura, en el que
se define expresamente la “tortura” como “los métodos tendientes a anular la personalidad
de la víctima o a disminuir su capacidad física o mental, aunque no causen dolor físico o
angustia psíquica”. De igual forma, los Estados Unidos de América, al ratificar la
Convención contra la Tortura, expresaron su interpretación de que por dolores o
sufrimientos mentales se entiende un daño mental prolongado causado, entre otras cosas,
por la administración o aplicación, en forma de amenaza o real, de sustancias que alteren la
mente u otros procedimientos destinados a perturbar profundamente los sentidos o la
personalidad, formulación con la que se pretendía prohibir algunos de los métodos de
interrogatorio desarrollados por la Agencia Central de Inteligencia (CIA) de los Estados

18 Pérez Sales, Tortura psicológica.


19 Corte Interamericana de Derechos Humanos, Lysias Fleury y otros vs. Haití, sentencia de 23 de
noviembre de 2011, párr. 73.
20 Convención contra la Tortura y Otros Tratos o Penas Crueles, Inhumanos o Degradantes, art. 1.
21 Gerrit Zach, “Definition of torture”, en Manfred Nowak, Moritz Birk y Giuliana Monina, eds.,
The United Nations Convention against Torture and its Optional Protocols: A Commentary, 2ª ed.
(Oxford, Reino Unido de Gran Bretaña e Irlanda del Norte, Oxford University Press, 2019), pág. 47.

GE.20-04273 9
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 10

A/HRC/43/49

Unidos durante la Guerra Fría, pero también restringir deliberadamente la definición


establecida en la Convención22. Aunque el Comité rechazó esa interpretación por
considerarla demasiado restrictiva y afirmó que la tortura psicológica no puede limitarse a
un “daño mental prolongado” (CAT/C/USA/CO/2, párr. 13; y CAT/C/USA/CO/3-5,
párr. 9), no aclaró si el uso de procedimientos destinados a perturbar profundamente los
sentidos o la personalidad podía equivaler a tortura incluso en ausencia de dolores o
sufrimientos experimentados subjetivamente. Si bien esta era ya una cuestión notoria para
los redactores de los diversos textos de los tratados durante la época de la Guerra Fría, su
importancia práctica ha aumentado exponencialmente en la actualidad.
32. Habida cuenta de los rápidos avances en las ciencias médicas, farmacéuticas y
neurotecnológicas, así como en la cibernética, la robótica y la inteligencia artificial, es
difícil predecir la medida en que las técnicas y los entornos de tortura futuros, así como el
“mejoramiento humano” de las posibles víctimas y autores en cuanto a su resiliencia mental
y emocional, pueden hacer posible que se eluda, se inhiba o se manipule de cualquier otra
forma la experiencia subjetiva del dolor y el sufrimiento y se consigan al mismo tiempo las
finalidades y los efectos profundamente deshumanizadores, debilitantes e incapacitantes de
la tortura23. Dado que los Estados deben interpretar y ejercer de buena fe sus obligaciones
internacionales en relación con la prohibición de la tortura (Convención de Viena sobre el
Derecho de los Tratados, arts. 26 y 31), y a la luz de los valores en evolución de las
sociedades democráticas (A/HRC/22/53, párr. 14), parecería irreconciliable con el objeto y
el propósito de la prohibición universal, absoluta e inderogable de la tortura, por ejemplo,
excluir de la definición de tortura la perturbación profunda de la identidad, la capacidad o la
autonomía mental de una persona por el mero hecho de que la experiencia subjetiva o el
recuerdo de “sufrimientos mentales” de la víctima haya sido manipulado o inhibido con
medios farmacéuticos, hipnóticos o de otro tipo24.
33. Los anteriores Relatores Especiales han declarado que “para evaluar el nivel de
sufrimiento o dolor, cuya naturaleza es relativa, es preciso tener en cuenta las circunstancias
del caso, en particular […] si la adquisición o el deterioro de una deficiencia se deben al
trato o las condiciones de detención de la víctima”, y que “los tratamientos médicos de
carácter alterador e irreversible”, cuando no tienen un fin terapéutico y se aplican o
administran sin el consentimiento libre e informado, pueden equivaler a tortura o malos
tratos (A/63/175, párrs. 40 y 47; y A/HRC/22/53, párr. 32). Sobre la base de ese legado, el
Relator Especial opina que el umbral de los “sufrimientos mentales” graves puede
alcanzarse no solo mediante el sufrimiento experimentado subjetivamente sino, en su
ausencia, también por meros daños mentales infligidos objetivamente. En cualquier caso,
incluso por debajo del umbral de la tortura, el hecho de infligir de manera intencionada y
deliberada daños mentales equivaldría casi invariablemente a “otros tratos o penas crueles,
inhumanos o degradantes”.

2. Intencionalidad
34. Para que haya tortura psicológica es necesario que se inflijan intencionadamente
dolores o sufrimientos mentales y, por lo tanto, la conducta puramente negligente no está
incluida. La intencionalidad no comporta que la imposición de dolores o sufrimientos
mentales graves sea deseada de manera subjetiva por el autor, sino solo que sea
razonablemente previsible como resultado, en la evolución ordinaria de los

22 David Luban y Katherine S. Newell, “Personality disruption as mental torture: the CIA,
interrogational abuse, and the U.S. Torture Act”, Georgetown Law Journal, vol. 108, núm. 2 (enero
de 2020), págs. 335 y 336 y 373 y 374, en relación con el título 18 del Código de los Estados Unidos,
art. 2340 2) B), 2012.
23
A/HRC/23/47, párr. 54; Adam Henschke, ‘“Super soldiers’: ethical concerns in human enhancement
technologies”, blog Humanitarian Law and Policy, 3 de julio de 2017; y Nayef Al-Rodhan,
“Inevitable transhumanism? How emerging strategic technologies will affect the future of humanity”,
blog del Centro de Estudios en Seguridad de la Escuela Politécnica Federal de Zúrich, 29 de octubre
de 2013.
24 Oficina del Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Derechos Humanos (ACNUDH),
“Interpretation of torture in light of the practice and jurisprudence of international bodies”, 2011,
pág. 8.

10 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 11

A/HRC/43/49

acontecimientos, de la conducta intencionada que ha adoptado el autor (A/HRC/40/59,


párr. 41; y A/HRC/37/50, párr. 60). Además, la intencionalidad no presupone una conducta
proactiva, si bien también puede abarcar omisiones deliberadas, como la exposición de los
detenidos adictos a sustancias a graves síntomas de abstinencia, por ejemplo, si el
tratamiento o la medicación de sustitución dependen de una confesión, un testimonio u otro
tipo de cooperación (A/73/207, párr. 7). Cuando los dolores o sufrimientos mentales graves
puedan ser consecuencia del efecto acumulativo de múltiples circunstancias, actos u
omisiones de varios participantes, como en el caso del acoso laboral, la persecución y otras
formas de maltrato concertado o colectivo, tendrá que considerarse la presencia de la
intencionalidad necesaria con respecto a cada Estado o individuo que contribuya de manera
consciente y deliberada al resultado prohibido, ya sea mediante la comisión, la tentativa, la
complicidad o la participación (Convención, art. 4 1)).

3. Propósito específico
35. Para que haya tortura psicológica, deben infligirse dolores o sufrimientos mentales
graves no solo de manera intencionada, sino también “con el fin de obtener de [la víctima]
o de un tercero información o una confesión, de castigarla por un acto que haya cometido, o
se sospeche que ha cometido, o de intimidar o coaccionar a esa persona o a otras”, o “por
cualquier razón basada en cualquier tipo de discriminación” (Convención, art. 1). Aunque
los fines enumerados son solo de carácter indicativo y no constituyen una lista exhaustiva,
los fines pertinentes deberían tener algo en común con los fines expresamente enumerados
(A/HRC/13/39/Add.5, párr. 35). Al mismo tiempo, los fines enumerados están formulados
de manera tan amplia que es difícil imaginar un escenario realista de imposición deliberada
de dolores o sufrimientos mentales graves contra una persona impotente que no se ajuste a
la definición de tortura (A/72/178, párr. 31).
36. Si bien la interpretación de fines como “interrogatorio”, “castigo”, “intimidación” y
“coacción” es bastante sencilla, es necesario aclarar la forma en que se aborda la
“discriminación” en la Convención, ya que es el único calificativo que no está elaborado de
acuerdo con un “fin” deliberado. Para que las medidas discriminatorias equivalgan a
tortura, basta con que inflijan intencionadamente dolores o sufrimientos graves “por
cualquier razón basada en cualquier tipo de discriminación”. Por lo tanto, no es necesario
que la conducta pertinente tenga un “fin” discriminatorio, sino solo un “nexo”
discriminatorio. Desde el punto de vista del derecho de los tratados, eso incluye cualquier
distinción, exclusión o restricción por motivos de discriminación de cualquier tipo, que
tenga el propósito o el efecto de obstaculizar o dejar sin efecto el reconocimiento, goce o
ejercicio, en igualdad de condiciones, de todos los derechos humanos y libertades
fundamentales en los ámbitos político, económico, social, cultural, civil o de otro tipo
(A/63/175, párr. 48) 25.
37. Cabe destacar que los fines supuestamente benévolos no pueden, per se, justificar
medidas coercitivas o discriminatorias. Por ejemplo, prácticas como el aborto involuntario,
la esterilización o la intervención psiquiátrica por motivos de “necesidad médica” o del
“interés superior” del paciente (A/HRC/22/53, párrs. 20 y 32 a 35; y A/63/175, párr. 49), la
internación forzosa para la “reeducación” de disidentes políticos o religiosos26, la “curación
espiritual” de enfermedades mentales (A/HRC/25/60/Add.1, párrs. 72 a 77) o la “terapia de
conversión” relacionada con la identidad de género o la orientación sexual (A/74/148,
párrs. 48 a 50) suelen entrañar intentos sumamente discriminatorios y coercitivos de
controlar o “corregir” la personalidad, el comportamiento o las decisiones de la víctima y
casi siempre infligen dolores o sufrimientos graves. Por lo tanto, en opinión del Relator

25
Convención sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad, art. 2; Convención sobre la
Eliminación de Todas las Formas de Discriminación contra la Mujer, art. 1; Convención Internacional
sobre la Eliminación de Todas las Formas de Discriminación Racial, art. 1; Declaración Universal de
Derechos Humanos, art. 7; y Pacto Internacional de Derechos Civiles y Políticos, art. 26.
26 CAT/C/CHN/CO/5, párr. 42; así como dos comunicaciones firmadas conjuntamente por el Relator
Especial, a saber, las comunicaciones núms. OL/CHN18/2019, de 1 de noviembre de 2019, y
OL/CHN15/2018, de 24 de agosto de 2018. Véase también “China cables”, disponible en
www.icij.org/investigations/china-cables/read-the-china-cables-documents/.

GE.20-04273 11
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 12

A/HRC/43/49

Especial, si todos los demás elementos definitorios están presentes, es muy posible que esas
prácticas equivalgan a tortura.
38. Por último, pero no por ello menos importante, dado que la recopilación de
información es una parte inherente de los procesos legítimos de investigación y
constatación de los hechos, es necesario aclarar las líneas divisorias entre las técnicas de
investigación no coercitivas permitidas y los interrogatorios coercitivos prohibidos. Aunque
es de gran importancia práctica, esa distinción particular no se analizará en el presente
informe, puesto que ya se examinó a fondo en un informe temático completo presentado
por el anterior Relator Especial (A/71/298), que suscitó un proceso importante y continuo
de elaboración de directrices internacionales sobre la realización de entrevistas de
investigación y las salvaguardias asociadas27.

4. Impotencia
39. Los titulares de mandatos han sostenido sistemáticamente que, aunque no se
mencione expresamente en el texto del tratado, la “impotencia” de la víctima es un requisito
previo definitorio de la tortura (A/63/175, párr. 50; A/73/207, párr. 7; A/HRC/13/39,
párr. 60; y A/HRC/22/53, párr. 31). Como se ha demostrado, todos los fines enumerados en
el artículo 1 de la Convención contra la Tortura, así como los trabajos preparatorios de la
Declaración y la Convención, se refieren a una situación en la que la víctima de la tortura es
un detenido o una persona al menos bajo el poder o el control efectivo de la persona que
inflige los dolores o sufrimientos, y en la que el autor utiliza esa situación desigual y de
poder para lograr un determinado efecto, como la extracción de información, la
intimidación o el castigo 28.
40. En la práctica, la “impotencia” surge cuando alguien ha sido objeto del control físico
directo o equivalente por parte del autor y ha perdido efectivamente la capacidad de resistir
o evitar el dolor o sufrimiento (A/72/178, párr. 31). Esto suele ocurrir en situaciones de
custodia física, como la detención y la prisión, la reclusión en instituciones, la
hospitalización o la internación, o cualquier otra forma de privación de libertad. En
ausencia de una custodia física, la impotencia también puede surgir a raíz del uso de
dispositivos corporales capaces de administrar descargas eléctricas por control remoto,
puesto que causan “el sometimiento completo de la víctima, independientemente de la
distancia física” (A/72/178, párr. 51). Una situación de impotencia efectiva puede lograrse
también mediante “la privación de la capacidad jurídica, que acaece cuando una persona se
ve despojada de su capacidad para tomar decisiones y esta se asigna a terceros” (A/63/175,
párr. 50; y A/HRC/22/53, párr. 31), mediante amenazas graves e inmediatas, o mediante el
control coercitivo en contextos como la violencia doméstica (A/74/148, párrs. 32 a 34),
mediante la medicación incapacitante y, según las circunstancias, en contextos sociales
colectivos de acoso, ciberacoso y persecución promovida por el Estado que privan a las
víctimas de toda posibilidad de resistirse efectivamente a los abusos o evitarlos.

5. Excepción de las “sanciones legítimas”


41. En la definición de tortura de la Convención se excluyen explícitamente “los dolores
o sufrimientos que sean consecuencia únicamente de sanciones legítimas, o que sean
inherentes o incidentales a estas” (art. 1 1)). Al mismo tiempo, la cláusula de salvaguardia
del artículo 1 2) de la Convención deja claro que esta excepción no se entenderá de manera
que perjudique a otros instrumentos internacionales o legislación nacional que definan o
puedan definir la tortura de manera más amplia. Ha quedado demostrado que el término
“instrumento internacional” abarca tanto los tratados internacionales vinculantes como las
declaraciones, principios y otros documentos de soft law (“derecho indicativo”) no
vinculantes29. Cabe señalar que la cláusula de “sanciones legítimas” solo puede
interpretarse con precisión en conjunción con la Declaración sobre la Protección de Todas
las Personas contra la Tortura y Otros Tratos o Penas Crueles, Inhumanos o Degradantes,

27 Véase www.apt.ch/en/universal-protocol-on-non-coercive-interviews/.
28 Zach, “Definition of torture”, págs. 56 a 59. Véase también el Estatuto de Roma de la Corte Penal
Internacional, art. 7 2) e).
29 Zach, “Definition of torture”, págs. 56 a 59.

12 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 13

A/HRC/43/49

de 1975, de la que se deriva directamente, y en la que solo se excluyen de la definición de


tortura las sanciones legítimas que estén “en consonancia con las Reglas Mínimas para el
Tratamiento de los Reclusos” (art. 1). En consecuencia, por ejemplo, aunque esté permitido
por la legislación interna, ninguno de los siguientes métodos para infligir dolores o
sufrimientos mentales pueden considerarse “sanciones legítimas”: el aislamiento
prolongado o indefinido; el encierro en una celda oscura o permanentemente iluminada; los
castigos colectivos; y la prohibición del contacto con la familia30.
42. Es importante señalar que las sanciones, para ser “legítimas”, no pueden ser
indefinidas, por tiempo ilimitado ni excesivamente amplias para su fin, sino que deben estar
claramente definidas y circunscritas y ser proporcionadas. Por ejemplo, si bien puede ser
legítimo castigar a un testigo por negarse a declarar ante el tribunal con una multa
monetaria fija o incluso con una pena de prisión de una duración predefinida, el uso de la
reclusión indefinida y la acumulación de multas monetarias como medio progresivamente
severo para coaccionar al testigo rebelde a que declare frustraría el objeto y la finalidad
mismos de la Convención y, por lo tanto, equivaldría a una tortura psicológica,
independientemente de su “legitimidad” con arreglo a la legislación nacional 31. De manera
más general, el Relator Especial se adhiere a la interpretación de que la palabra “legítimo”
se refiere tanto al derecho interno como al derecho internacional 32.

D. Métodos predominantes de tortura psicológica

43. En la presente sección, el Relator Especial trata de ofrecer un panorama general de


las características, los fundamentos y los efectos de algunos de los métodos más
predominantes de tortura psicológica. A diferencia de la tortura física, que utiliza el cuerpo
y sus necesidades fisiológicas como conducto para influir en la mente y las emociones de la
víctima, la tortura psicológica lo hace dirigiéndose directamente a las necesidades
psicológicas básicas, como la seguridad, la autodeterminación, la dignidad y la identidad, la
orientación en el entorno, las relaciones emocionales y la confianza comunitaria.
44. El siguiente examen por separado de varios métodos específicos, así como su
clasificación según las necesidades psicológicas que se suelen experimentar, no tiene por
objeto ser fidedigno, exhaustivo ni estar exento de coincidencias, ni tampoco agotar las
formas en que los métodos de tortura psicológica podrían o deberían describirse o
clasificarse para distintos fines33. Su objetivo, más bien, es proporcionar un marco analítico
básico de fácil consulta que ayude a determinar cuáles son los métodos, las técnicas o las
circunstancias que, sin recurrir al conducto o el efecto de dolores o sufrimientos físicos
graves, pueden equivaler a la tortura que se prohíbe en el derecho internacional de los
derechos humanos o contribuir a ella, ya sea de forma individual o en combinación con
otros métodos, técnicas y circunstancias psicológicos o físicos.
45. Dadas las formas casi ilimitadas que puede adoptar la tortura, los ejemplos
seleccionados son solo a título ilustrativo. Varios métodos de tortura pueden tener efectos
similares o solapados o reforzarse mutuamente de otras maneras. En la práctica, los
métodos específicos de tortura rara vez se aplican de forma aislada, sino casi siempre en
combinación con otros métodos, técnicas y circunstancias, formando lo que se ha descrito
acertadamente como un “entorno de tortura” 34. Por lo tanto, este examen por separado de
varios métodos específicos tiene fines principalmente didácticos y analíticos y no debería
considerarse como una indicación de que una clasificación tan rígida como esta refleje
fielmente las diversas manifestaciones prácticas de la tortura.

30 Reglas Mínimas de las Naciones Unidas para el Tratamiento de los Reclusos (Reglas Nelson
Mandela), regla 43.
31 Véase, en particular, la comunicación individual enviada por el Relator Especial en el caso de Chelsea
Manning, comunicación núm. AL USA 22/2019, 1 de noviembre de 2019.
32 Zach, “Definition of torture”, nota 147.
33 Para consultar otras clasificaciones, véase, por ejemplo, Almerindo E. Ojeda, “What Is psychological
torture?”, en Ojeda, ed., The Trauma of Psychological Torture, págs.1 y 2; y Pérez Sales, Tortura
psicológica.
34 Pérez Sales, Tortura psicológica.

GE.20-04273 13
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 14

A/HRC/43/49

1. Seguridad (inducción de miedo, fobia y ansiedad)


46. Tal vez el método más rudimentario de tortura psicológica es la imposición
deliberada e intencionada de miedo. El hecho de que la imposición del miedo en sí pueda
equivaler a tortura ha sido ampliamente reconocido, no solo por los titulares de mandatos35
sino también por el Comité contra la Tortura36, el Tribunal Europeo de Derechos
Humanos37, el Comité de Derechos Humanos38, la Corte Interamericana39 y otros
mecanismos.
47. En la práctica, el miedo puede ser inducido a través de una variedad casi ilimitada de
técnicas; entre las más comunes, cabe citar las siguientes:
a) Amenazar directa o indirectamente con infligir, repetir o intensificar actos de
tortura, mutilación, violencia sexual u otros abusos, también contra familiares, amigos u
otros reclusos;
b) Ocultar o tergiversar información sobre el destino de las víctimas o sus seres
queridos, simular ejecuciones, obligar a presenciar torturas o asesinatos, reales o supuestos,
de terceros;
c) Provocar fobia personal o cultural a través de la exposición, real o en forma
de amenaza, a insectos, serpientes, perros, ratas, enfermedades infecciosas, etc.;
d) Inducir claustrofobia mediante entierros simulados o confinamiento en cajas,
ataúdes, bolsas y otros espacios reducidos (según las circunstancias, esos métodos también
pueden infligir dolores o sufrimientos físicos cada vez más graves).
48. A menudo se subestima la extrema angustia psicológica y los enormes conflictos
internos que ocasiona el miedo. En realidad, el miedo prolongado, en concreto, puede ser
más debilitante y agonizante que la materialización real de ese miedo, e incluso la
experiencia de la tortura física puede ser menos traumática que el tormento psicológico
indefinido del miedo y la ansiedad constantes. En concreto, se han asociado amenazas
creíbles e inmediatas con los sufrimientos mentales graves y el trastorno por estrés
postraumático, pero también con los dolores crónicos y otros síntomas somáticos (es decir,
físicos).

2. Autodeterminación (dominación y sometimiento)


49. Un método psicológico que se aplica prácticamente en todas las situaciones de
tortura es privar de manera deliberada a las víctimas de su control sobre el mayor número
posible de aspectos de su vida, demostrar un dominio completo sobre ellas e inculcar un
profundo sentido de indefensión, desesperanza y dependencia total del torturador. En la
práctica, esos objetivos se logran mediante una amplia gama de técnicas, entre las que cabe
destacar las siguientes:
a) Proporcionar, retener o retirar arbitrariamente el acceso a la información,
material de lectura, los artículos personales, las prendas de vestir, la ropa de cama, el aire
fresco, la luz, los alimentos, el agua, la calefacción o la ventilación;
b) Crear y mantener un entorno impredecible con horarios de comidas, sueño,
higiene, micción y defecación, e interrogatorios que cambien constantemente y que se
modifiquen, prolonguen o retrasen de forma errática;
c) Imponer reglas absurdas, ilógicas o contradictorias de comportamiento,
sanciones y recompensas;

35 A/56/156, párrs. 3, 7 y 8; E/CN.4/1986/15, párr. 119; y E/CN.4/1998/38, párr. 208.


36
CAT/C/KAZ/CO/2, párr. 7; y CAT/C/USA/CO/2, párr. 24.
37 Tribunal Europeo de Derechos Humanos, Gran Sala, Gäfgen v. Germany, demanda núm. 22978/05,
sentencia de 1 de junio de 2010, párr. 108.
38 Comité de Derechos Humanos, comunicación núm. 74/1980, dictamen del Comité en el caso Miguel
Ángel Estrella c. el Uruguay, párr. 8.3.
39 Corte Interamericana de Derechos Humanos, Baldeón-García vs. Perú, sentencia de 6 de abril
de 2006, párr. 119; Corte Interamericana de Derechos Humanos, Tibi vs. Ecuador, sentencia
de 7 de septiembre de 2004, párrs. 147 a 149.

14 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 15

A/HRC/43/49

d) Imponer opciones imposibles que obligan a las víctimas a participar en su


propia tortura.
50. Todas esas técnicas tienen en común que perturban la sensación de control,
autonomía y autodeterminación de la víctima y, con el tiempo, se combinan en una
desesperación total y en la dependencia física, mental y emocional completa del torturador
(“indefensión aprendida”).

3. Dignidad e identidad (humillación, violación de la intimidad e integridad sexual)


51. El hecho de que se atente contra el sentido de la autoestima y la identidad de las
víctimas mediante la vulneración sistemática y deliberada de su intimidad, dignidad e
integridad sexual está estrechamente relacionado con la inhibición del control personal, la
autonomía y la autodeterminación, pero constituye una transgresión incluso mayor. A ese
respecto, cabe citar:
a) La vigilancia audiovisual constante, mediante cámaras, micrófonos, cristales
de visión unilateral, jaulas y otros medios pertinentes, por ejemplo, durante las visitas
sociales, jurídicas y médicas, las horas de sueño y la higiene personal, incluida la micción y
la defecación;
b) El trato sistemático de la víctima de forma despectiva o como un animal
salvaje, la ridiculización, los insultos, la agresión verbal, la humillación personal, étnica,
racial, sexual, religiosa o cultural;
c) El avergonzamiento público, la difamación, las calumnias, el vilipendio o la
exposición de detalles íntimos de la vida privada y familiar de la víctima;
d) La desnudez o masturbación forzadas, a menudo delante de funcionarios del
sexo opuesto;
e) El acoso sexual a través de insinuaciones, bromas, insultos, acusaciones,
amenazas o la exposición de los genitales;
f) La violación de tabúes culturales o sexuales, como la participación de
familiares, amigos o animales;
g) La difusión de fotografías o grabaciones sonoras o de vídeo en las que la
víctima esté siendo objeto de torturas o abusos sexuales, haciendo una confesión o en otra
situación embarazosa.
52. Cabe destacar que el carácter humillante y degradante de los abusos no los relega
necesariamente al ámbito de “otros tratos crueles, inhumanos o degradantes”, que a veces
(incorrectamente) se considera un delito “menor” que la tortura. Se sabe que las violaciones
sistemáticas y prolongadas de la intimidad, la dignidad y la integridad sexual causan graves
sufrimientos mentales, incluidas emociones de profunda vulnerabilidad, humillación,
vergüenza y culpabilidad, a menudo exacerbadas por la ansiedad ante la exclusión social, el
autoodio y las tendencias suicidas. Por lo tanto, al igual que con otros métodos, la
intencionalidad y el propósito específico de los tratos degradantes, así como la impotencia
de la víctima, son decisivos para su clasificación como tortura u otros malos tratos 40.

4. Orientación en el entorno (manipulación sensorial)


53. Los estímulos sensoriales y el control del entorno son una necesidad humana básica.
La manipulación sensorial y la desorientación deliberadas mediante la privación sensorial o
la hiperestimulación afectan tanto a los órganos sensoriales como al procesamiento
cognitivo de la percepción sensorial. En concreto, la hiperestimulación sensorial es la
conexión entre la tortura física y psicológica.
54. Si bien la privación sensorial a corto plazo puede por sí sola suscitar un tormento
mental extremo, la privación prolongada suele producir apatía, seguida de una
desorientación progresivamente grave, confusión y, en última instancia, síntomas
delirantes, alucinatorios y psicóticos. En consecuencia, el Conjunto de Principios para la

40 Véase también Cakal, “Debility, dependency and dread”, págs. 23 y 24.

GE.20-04273 15
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 16

A/HRC/43/49

Protección de Todas las Personas Sometidas a Cualquier Forma de Detención o Prisión


prohíbe explícitamente mantener a un detenido “en condiciones que lo priven, temporal о
permanentemente, del uso de uno de sus sentidos, como la vista о la audición, о de su
conciencia del lugar o del transcurso del tiempo” 41. En la práctica, esa privación entraña la
eliminación parcial o completa de la estimulación sensorial mediante una acumulación de
medidas como:
• Supresión de la comunicación oral con la víctima.
• Luz monótona constante.
• Entorno visualmente estéril.
• Aislamiento acústico de la celda.
• Uso de capuchas.
• Uso de vendas en los ojos.
• Uso de guantes.
• Uso de máscaras faciales.
• Uso de orejeras.
55. La hiperestimulación sensorial por debajo del umbral del dolor físico, por ejemplo,
con una luz brillante constante, música alta, malos olores, temperaturas incómodas o ruido
blanco perturbador, induce un estrés psicológico y una ansiedad progresivamente graves, la
incapacidad de pensar con claridad, seguidos de una irritabilidad creciente, estallidos de ira
y, en última instancia, el agotamiento total y la desesperación. La hiperestimulación
sensorial extrema que, inmediatamente o con el paso del tiempo, causa un dolor o una
lesión física real debería considerarse tortura física. Puede incluir prácticas como, por
ejemplo, cegar a las víctimas con una luz muy brillante o exponerlas a un ruido o música a
un volumen muy alto, o a temperaturas extremas que causen quemaduras o hipotermia.

5. Relaciones sociales y emocionales (aislamiento, exclusión, traición)


56. Un método rutinario de tortura psicológica consiste en atacar la necesidad de la
víctima de relacionarse social y emocionalmente mediante el aislamiento, la exclusión
social, el acoso laboral y la traición. Las personas privadas de un contacto social
significativo y sometidas a manipulación emocional pueden quedar profundamente
desestabilizadas y debilitadas con rapidez.
57. El método predominante de aislamiento y exclusión social es la reclusión en
régimen de aislamiento, que se define como “el aislamiento de reclusos durante un mínimo
de 22 horas diarias sin contacto humano apreciable”42. En virtud del derecho internacional,
la reclusión en régimen de aislamiento solo puede imponerse en circunstancias
excepcionales, y el aislamiento “prolongado”, de más de 15 días consecutivos, se considera
una forma de tortura o malos tratos43. Lo mismo sucede con las medidas que se renuevan
frecuentemente y que, en conjunto, equivalen a una reclusión prolongada en régimen de
aislamiento44. Aún más extrema que la reclusión en régimen de aislamiento es la “reclusión
en régimen de incomunicación”, que priva a la persona de todo contacto con el mundo
exterior, en particular con médicos, abogados y familiares, y que ha sido reconocida
repetidamente como una forma de tortura45.
58. Otros métodos destinados a perjudicar la necesidad de la víctima de mantener una
relación social son el aislamiento médico, lingüístico, religioso o cultural deliberado dentro
de un grupo de reclusos, así como la instigación, el estímulo o la tolerancia de situaciones

41 Resolución 43/173 de la Asamblea General, anexo.


42 Reglas Nelson Mandela, regla 44.
43 Ibid., regla 43 1) b); y A/66/268, párr. 26.
44 A/68/295, párr. 61.
45 A/HRC/13/42, párrs. 28 y 32; Corte Interamericana de Derechos Humanos, Velásquez Rodríguez vs.
Honduras, sentencia de 29 de julio de 1988, párr. 187; CCPR/C/51/D/458/1991, anexo, párr. 9.4; y
CCPR/C/61/D/577/1994, párr. 8.4.

16 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 17

A/HRC/43/49

opresivas de hostigamiento, intimidación o acoso colectivo contra personas o grupos


objetivo. Por ejemplo, la reclusión discriminatoria o punitiva de hombres homosexuales en
celdas colectivas con reclusos violentos y homófobos creará previsiblemente una situación
de acoso colectivo que conllevará aislamiento social, amenazas, humillación y acoso sexual
e infligirá graves niveles de estrés constante y ansiedad que probablemente equivalgan a
tortura, independientemente de que se produzcan actos de violencia física.
59. Los graves efectos psicológicos y físicos de la reclusión en régimen de
incomunicación, la reclusión en régimen de aislamiento y la exclusión social, incluido el
acoso laboral, están bien documentados y, según las circunstancias, pueden variar desde
formas progresivamente graves de ansiedad, estrés y depresión hasta deterioro cognitivo y
tendencias suicidas. En particular, el aislamiento y la exclusión social, si se prolongan o son
por tiempo ilimitado, o se combinan con el síndrome del corredor de la muerte, también
pueden causar daños mentales y físicos graves e irreparables.
60. Aparte del aislamiento y la exclusión social, y generalmente en combinación con
ellos, los torturadores suelen centrarse en la necesidad de las víctimas de relacionarse
emocionalmente mediante la manipulación emocional deliberada. Esa manipulación puede
incluir métodos como los siguientes:
• Fomentar y luego traicionar la relación emocional y la confianza personal.
• Provocar “conductas indebidas” al ofrecer solo opciones “culposas” y luego inducir
emociones de vergüenza o cargo de conciencia por traicionar la confianza del
torturador.
• Destruir los lazos emocionales al obligar a las víctimas a traicionar a otros presos,
familiares y amigos o participar en abusos contra estos, o viceversa.
• Promover información o juegos de roles engañosos, desorientadores o que generen
otro tipo de confusión.

6. Confianza comunitaria (persecución y arbitrariedad institucional)


61. Todo ser humano tiene una necesidad inherente de confianza comunitaria. Frente al
poder abrumador del Estado, las personas deben poder compensar su propia impotencia
confiando en la capacidad y la voluntad de la comunidad para ejercer su autocontrol, sobre
todo mediante la adhesión al estado de derecho y a los principios de las debidas garantías
procesales. En la medida en que los errores administrativos o judiciales, la negligencia o la
arbitrariedad puedan ser efectivamente abordados y corregidos, aunque a veces de manera
imperfecta, a través de un sistema regular de quejas y recursos institucionales, es posible
que los inconvenientes, las injusticias y las frustraciones resultantes tengan que ser
tolerados como un efecto colateral inevitable de los procesos constitucionales que rigen las
sociedades democráticas.
62. De acuerdo con el análisis pormenorizado del informe del Relator Especial sobre la
interrelación entre la corrupción y la tortura (A/HRC/40/59, párrs. 16 y 48 a 60), esos
procesos constitucionales se corrompen fatídicamente cuando se hace una utilización
indebida deliberada del poder administrativo o judicial con fines arbitrarios y cuando los
mecanismos de supervisión institucional pertinentes son tolerantes, cómplices o
inaccesibles o están paralizados hasta el punto de eliminar de forma efectiva toda
probabilidad de debidas garantías procesales y de estado de derecho.
63. En contextos típicos caracterizados por deficiencias de gobernanza sistemáticas o
por la persecución de personas o grupos, la arbitrariedad institucional sostenida perjudica
fundamentalmente la necesidad humana de confianza comunitaria y, según las
circunstancias, puede causar sufrimientos mentales graves, una profunda desestabilización
emocional y traumas individuales y colectivos duraderos. En opinión del Relator Especial,
la persecución o arbitrariedad institucional, si infligen intencionada y deliberadamente
dolores o sufrimientos mentales graves a personas impotentes, pueden equivaler a tortura
psicológica o contribuir a ella. En la práctica, esa cuestión tiene una relevancia particular,
pero no exclusiva, en relación con la instrumentalización deliberada de la detención
arbitraria y la arbitrariedad judicial o administrativa conexa.

GE.20-04273 17
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 18

A/HRC/43/49

64. Aparte de la reclusión en régimen de incomunicación y la reclusión en régimen de


aislamiento, analizadas anteriormente, entre las formas más destacadas de detención
arbitraria cabe citar las siguientes:
• Desaparición forzada. Se trata del arresto, la detención, el secuestro o cualquier
otra forma de privación de libertad que sean obra de agentes del Estado o que se
efectúen con su autorización, apoyo o aquiescencia, seguido de la negativa a
reconocer dicha privación de libertad o del ocultamiento de la suerte o el paradero
de la persona desaparecida, sustrayéndola a la protección de la ley46. La desaparición
forzada puede equivaler a una forma de tortura tanto en lo que respecta a la persona
desaparecida como a sus familiares (A/56/156, párrs. 9 a 16)47.
• Reclusión coercitiva. Supone la instrumentalización deliberada de sufrimientos
cada vez más graves infligidos por la detención arbitraria prolongada con el fin de
coaccionar, intimidar, disuadir o “quebrantar” de otra manera al detenido o a
terceros.
• Penas crueles, inhumanas o degradantes. Se trata de penas de prisión
excesivamente largas o severas, impuestas con fines de disuasión, intimidación y
castigo, pero muy desproporcionadas con respecto a la gravedad del delito e
incompatibles con los principios fundamentales de justicia y humanidad. Pueden
englobar también los graves sufrimientos mentales y emocionales infligidos por el
“síndrome del corredor de la muerte” 48.
65. El hecho de que una situación particular de aislamiento pueda calificarse de
“reclusión” depende no solo de si las personas afectadas tienen un derecho de jure a salir,
sino también de si pueden ejercer de facto ese derecho sin exponerse a graves violaciones
de los derechos humanos (principio de no devolución).
66. Debe determinarse en cada caso si la detención arbitraria y la arbitrariedad judicial o
administrativa conexa equivalen a tortura psicológica. Por regla general, cuanto más dure
una situación de detención arbitraria y cuanto menos puedan hacer los detenidos para influir
en su propia situación, más grave será su sufrimiento y su desesperación. Las víctimas de
un aislamiento arbitrario prolongado han demostrado síntomas postraumáticos y otras
consecuencias graves y persistentes para la salud mental y física. En concreto, la constante
exposición a la incertidumbre y la arbitrariedad judicial y la comunicación restringida o
insuficiente con abogados, médicos, familiares y amigos genera una creciente sensación de
indefensión y desesperanza y, con el tiempo, puede dar lugar a ansiedad y depresión
crónicas.
67. Por lo tanto, como el Relator Especial ha subrayado repetidamente tanto en el
contexto de la migración irregular (A/HRC/37/50, párrs. 25 a 27) como en varias
comunicaciones individuales49, cuando la detención arbitraria y la arbitrariedad judicial se
imponen o perpetúan intencionadamente con fines como la coacción, la intimidación, la
disuasión o el castigo, o por razones relacionadas con la discriminación de cualquier tipo,
pueden equivaler a tortura psicológica.

7. Entornos de tortura (acumulación de factores estresantes)


68. El resumen anterior de métodos específicos no debería ocultar que, en la práctica, las
víctimas de tortura casi siempre están expuestas a una combinación de métodos, técnicas y
circunstancias deliberadamente concebidos para infligir dolores o sufrimientos mentales y
físicos. Si se aplican por separado o durante un período de tiempo breve, algunas de esas

46 Convención Internacional para la Protección de Todas las Personas contra las Desapariciones
Forzadas, art. 2.
47 CAT/C/54/D/456/2011, párr. 6.4.
48 A/67/279, párr. 42. Tribunal Europeo de Derechos Humanos, Soering v. the United Kingdom,
demanda núm. 14038/88, sentencia de 7 de julio de 1989, párr. 111.
49 Véanse, en particular, las comunicaciones individuales enviadas por el Relator Especial en el caso de
Chelsea Manning, comunicación núm. AL USA 22/2019, 1 de noviembre de 2019; y Julian Assange,
comunicaciones núms. UA/GBR/3/2019, de 27 de mayo de 2019, y UA GBR 6/2019, de 29 de
octubre de 2019.

18 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 19

A/HRC/43/49

técnicas y circunstancias pueden no equivaler necesariamente a tortura. Sin embargo,


combinadas y con una duración cada vez mayor, tienen un efecto devastador 50. Así pues, la
conclusión de que se ha producido tortura puede depender no solo de las características
concretas de determinadas técnicas o circunstancias, sino también de su efecto acumulativo
o prolongado, a veces en conjunción con factores estresantes externos o vulnerabilidades
que no están bajo el control del torturador y pueden incluso no ser instrumentalizados de
manera consciente por él. Como ha afirmado acertadamente el Tribunal Internacional para
la ex-Yugoslavia, la tortura puede cometerse en un solo acto o puede ser el resultado de una
combinación o acumulación de varios actos que, tomados por separado y fuera de contexto,
pueden parecer inofensivos. El período de tiempo, la repetición y las diversas formas de los
malos tratos y su gravedad deberían evaluarse en su conjunto 51.
69. En particular, cuando no hay dolores ni sufrimientos físicos, siempre debe tenerse
debidamente en cuenta el contexto en que se utilizan determinados métodos. Por ejemplo,
si bien en circunstancias normales los insultos y la difamación expresados públicamente
pueden constituir un delito penal, pero no tortura, esa evaluación puede cambiar
considerablemente cuando la misma conducta se convierte en una cuestión de vilipendio y
persecución sistemáticos promovida por el Estado que implica medidas adicionales como la
detención arbitraria, la vigilancia constante, la denegación sistemática de justicia y las
amenazas o intimidaciones graves52. Además, cada persona puede reaccionar de forma
diferente a un método de tortura determinado. Por consiguiente, en la práctica, las técnicas
de tortura siempre deben evaluarse en función de la vulnerabilidad de la víctima a la que se
dirigen (A/73/152), ya sea atribuible a una discapacidad (A/63/175), a su condición de
migrante (A/HRC/37/50) o a cualquier otra razón.
70. En esas situaciones, en lugar de examinar cada factor por separado y preguntarse
cuáles trascienden el umbral de “gravedad”, es más apropiado hablar de un “entorno de
tortura”, es decir, una combinación de circunstancias o prácticas cuya concepción o
naturaleza, en su conjunto, tienen por objeto infligir intencionadamente dolores o
sufrimientos de suficiente gravedad para lograr el fin deseado de la tortura 53. Esa situación
refleja la realidad de que las víctimas tienden a experimentar la tortura y responder a ella de
manera holística, y no como si se tratase de una serie de técnicas y circunstancias aisladas,
cada una de las cuales puede o no equivaler a tortura 54.

E. Cibertortura

71. Una esfera que suscita especial inquietud y no parece haber recibido suficiente
atención es el posible empleo de diversas formas de tecnología de la información y las
comunicaciones (“cibertecnología”) con fines de tortura. Aunque el Consejo de Derechos
Humanos ha abordado en repetidas ocasiones la promoción, la protección y el disfrute de
los derechos humanos en Internet (véase A/HRC/32/L.20 y A/HRC/38/L.10/Rev.1), la
tortura se ha entendido principalmente como un instrumento utilizado para obstruir el
ejercicio del derecho a la libertad de expresión en Internet y no como una violación de los
derechos humanos que podría cometerse mediante la cibertecnología.
72. Esa consideración parece sorprendente, habida cuenta de que algunas de las
características del ciberespacio lo convierten en un entorno muy propicio para el abuso y la

50 Physicians for Human Rights y Human Rights First, Leave No Marks: Enhanced Interrogation
Techniques and the Risk of Criminality (2007), pág. 6.
51 Tribunal Internacional para la ex-Yugoslavia, Sala de Primera Instancia II, Prosecutor v. Milorad
Krnojelac, causa núm. IT-97-25, fallo de 15 de marzo de 2002, párr. 182; véase también Tribunal
Europeo de Derechos Humanos, Ireland v. the United Kingdom, demanda núm. 5310/71, párr. 168.
52
Ejemplos históricos a gran escala de ese maltrato fueron las llamadas “sesiones de lucha” utilizadas
durante la Revolución Cultural China (1966-1976) para humillar, maltratar y torturar públicamente a
los disidentes políticos. Véase Tom Phillips, “The cultural revolution: all you need to know about
China’s political convulsion”, The Guardian, 10 de mayo de 2016. Para consultar un caso individual
reciente, véase ACNUDH, “UN expert says ‘collective persecution’ of Julian Assange must end
now”, 31 de mayo de 2019.
53 Pérez Sales, Tortura psicológica.
54 Luban y Newell, “Personality disruption as mental torture”, págs. 363 y 374.

GE.20-04273 19
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 20

A/HRC/43/49

explotación, a saber, una vasta asimetría de poder, un anonimato prácticamente garantizado


y una impunidad casi total. Los Estados, las empresas y los delincuentes organizados no
solo tienen la capacidad de realizar operaciones cibernéticas que inflijan graves
sufrimientos a innumerables personas, sino que también pueden decidir realizarlas con
cualquiera de los fines de la tortura. Por lo tanto, es necesario examinar brevemente, de
manera preliminar, la conceptuación y las líneas básicas de lo que podría describirse como
“cibertortura”.
73. En la práctica, la cibertecnología ya desempeña la función de “propulsor” de la
comisión de formas de tortura tanto físicas como psicológicas, en concreto mediante la
recopilación y transmisión de información de vigilancia e instrucciones a los
interrogadores, la difusión de grabaciones sonoras o de vídeo de torturas o asesinatos con
fines de intimidación, o incluso la transmisión en directo de abusos sexuales de niños “por
encargo” de clientes voyeristas (A/HRC/28/56, párr. 71), y cada vez más también mediante
el control o la manipulación a distancia de cinturones de descargas eléctricas (A/72/178,
párr. 51), implantes médicos y, posiblemente, dispositivos nanotecnológicos o
neurotecnológicos55. La cibertecnología también puede utilizarse para infligir o contribuir a
sufrimientos mentales graves evitando el conducto del cuerpo físico, en concreto a través de
la intimidación, el acoso, la vigilancia, la vergüenza y la difamación públicas, así como la
apropiación, la supresión o la manipulación de información.
74. La realización de amenazas graves a través de llamadas telefónicas anónimas ha sido
durante mucho tiempo un método generalizado para infligir miedo a distancia. Con la
llegada de Internet, según las informaciones disponibles, los servicios de seguridad de los
Estados utilizan la cibertecnología en su propio territorio y en el extranjero para vigilar de
forma sistemática a un amplio conjunto de personas o para interferir directamente en su
acceso sin trabas a la cibertecnología56. Los servicios de comunicación electrónica, las
plataformas de medios sociales y los motores de búsqueda proporcionan un entorno ideal
tanto para el envío anónimo de amenazas selectivas, el acoso sexual y la extorsión como
para la difusión colectiva de relatos intimidatorios, difamatorios, degradantes, falaces o
discriminatorios.
75. Las personas o grupos que son sistemáticamente objeto de vigilancia y acoso
cibernéticos suelen quedarse sin ningún medio eficaz de defensa, fuga o autoprotección y,
al menos a ese respecto, suelen encontrarse en una situación de “impotencia” comparable a
la de la custodia física. Según las circunstancias, la ausencia física y el anonimato del autor
pueden incluso exacerbar las emociones de indefensión, la pérdida de control y la
vulnerabilidad de la víctima, no muy diferentes del efecto de aumento del estrés que
produce tener los ojos vendados o la cabeza cubierta por una capucha durante la tortura
física. De igual modo, la vergüenza generalizada que se inflige mediante la exposición
pública, la difamación y la degradación puede ser tan traumática como la humillación
directa de los autores en un entorno cerrado57. Como se ha demostrado en diversos estudios
sobre el ciberacoso, el acoso por sí solo, en entornos comparativamente limitados, puede
exponer a las personas a las que se dirige a niveles muy elevados y prolongados de
ansiedad, estrés, aislamiento social y depresión, y aumenta de manera considerable el riesgo
de suicidio58. Por consiguiente, cabe afirmar que las amenazas y el acoso mucho más
sistemáticos, promovidos por los Gobiernos y fomentados mediante las tecnologías

55 Al Elmondi, “Next-generation nonsurgical neurotechnology”, Defense Advanced Research Projects


Agency. Puede consultarse en www.darpa.mil/program/next-generation-nonsurgical-
neurotechnology.
56 Véanse las resoluciones del Consejo de Derechos Humanos 32/13 y 38/7. Véanse, en particular, las
divulgaciones de 2013 de Edward Snowden sobre las actividades de vigilancia mundial realizadas por
la Agencia de Seguridad Nacional de los Estados Unidos y sus asociados internacionales; véase Ewan
Macaskill y Gabriel Dance, “NSA files: decoded - what the revelations mean for you”, The Guardian,
1 de noviembre de 2013.
57 Pau Pérez Sales, “Internet and torture” (en preparación).
58 Ann John y otros, “Self-harm, suicidal behaviours, and cyberbullying in children and young people:
systematic review”, Journal of Medical Internet Research, vol. 20, núm. 4 (2018); Rosario Ortega y
otros, “The emotional impact of bullying and cyberbullying on victims: a European cross-national
study”, Aggressive Behavior, vol. 38, núm. 5 (septiembre/octubre de 2012).

20 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 21

A/HRC/43/49

cibernéticas, no solo entrañan una situación de impotencia efectiva, sino que también
pueden infligir niveles de ansiedad, estrés, vergüenza y culpabilidad que equivalen a un
“sufrimiento mental grave”, como se exige para concluir que se ha producido tortura 59.
76. En términos más generales, a fin de garantizar la aplicación adecuada de la
prohibición de la tortura y las obligaciones jurídicas conexas en las circunstancias presentes
y futuras, su interpretación debería evolucionar en consonancia con los nuevos desafíos y
capacidades que surjan en relación con las tecnologías emergentes, no solo en el
ciberespacio, sino también en esferas como la inteligencia artificial, la robótica, la
nanotecnología y la neurotecnología, o las ciencias farmacéuticas y biomédicas, incluido el
denominado “mejoramiento humano”.

IV. Conclusiones y recomendaciones


77. Sobre la base de las observaciones y consideraciones anteriores acerca de las
dimensiones sustantivas del concepto de “tortura psicológica”, y a partir de amplias
consultas con las partes interesadas, el Relator Especial, a su mejor saber y entender,
propone las conclusiones y recomendaciones que figuran a continuación.
78. Prevalencia. La tortura psicológica se produce en una amplia variedad de
contextos, como las investigaciones penales ordinarias, la detención policial, las
operaciones de identificación y registro, la recopilación de información, la atención
médica, psiquiátrica y social, la inmigración, la detención administrativa y coercitiva,
así como en contextos sociales como la violencia doméstica, el acoso laboral, el
ciberacoso y la persecución política o discriminatoria.
79. Recomendaciones generales. Al constituir la tortura psicológica una
subcategoría del concepto genérico de tortura, el Relator Especial reitera las
recomendaciones generales de su mandato (E/CN.4/2003/68, párr. 26) y subraya su
plena aplicabilidad, mutatis mutandis, a los métodos, las técnicas y las circunstancias
que constituyen “tortura psicológica”.
80. Investigación no coercitiva. Habida cuenta de la importancia práctica de seguir
aclarando las líneas divisorias entre las técnicas de investigación no coercitivas
permitidas y los interrogatorios coercitivos prohibidos, el Relator Especial reafirma
las conclusiones y recomendaciones del informe temático presentado por su
predecesor (A/71/298) e invita a los Estados a que apoyen activamente el proceso en
curso de elaboración de directrices internacionales sobre la realización de entrevistas
de investigación y las salvaguardias asociadas.
81. Protocolo de Estambul. El personal encargado de los exámenes médicos, la
determinación de la condición de migrante o la resolución judicial de posibles casos de
tortura debería recibir una formación específica en la detección y documentación de
los indicios de tortura y malos tratos, de conformidad con el Protocolo actualizado.
82. Recomendaciones específicas. Más concretamente, en lo que respecta a la
noción de “tortura psicológica”, el Relator Especial recomienda que los Estados
adopten, incorporen y apliquen las siguientes definiciones, interpretaciones y
entendimientos en todos sus marcos normativos, institucionales y de política
nacionales, en particular en lo que respecta a la capacitación e instrucción del
personal médico, judicial, administrativo, militar y de las fuerzas del orden.
83. Definiciones de trabajo. A los fines del derecho de los derechos humanos,
debería interpretarse que la “tortura psicológica” incluye todos los métodos, técnicas
y circunstancias que estén destinados o concebidos para infligir deliberadamente
dolores o sufrimientos mentales graves sin utilizar el conducto o el efecto de dolores o
sufrimientos físicos graves. En cambio, debería interpretarse que la “tortura física”
incluye todos los métodos, técnicas y entornos destinados o concebidos para infligir de
manera intencionada dolores o sufrimientos físicos graves, independientemente de que
se inflijan al mismo tiempo dolores o sufrimientos mentales.

59 Samantha Newbery y Ali Dehghantanha, “A torture-free cyber space: a human right”, 2017.

GE.20-04273 21
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 22

A/HRC/43/49

84. Elementos constitutivos. En el contexto de la tortura psicológica:


a) Por “sufrimientos mentales” se entenderá principalmente los
sufrimientos mentales experimentados subjetivamente pero, en su ausencia, también
puede referirse a meros daños mentales infligidos objetivamente;
b) La “gravedad” de los dolores o los sufrimientos mentales depende de una
amplia gama de factores endógenos y exógenos al individuo, todos los cuales deben
evaluarse de manera holística, según proceda en cada caso y en vista de la finalidad
específica que persigue el tratamiento o castigo en cuestión;
c) Por “impotencia” se entenderá la incapacidad de la víctima de evitar o
resistir el dolor o sufrimiento mental, y puede lograrse no solo a través de la custodia
física sino también, por ejemplo, mediante la medicación incapacitante, la privación
de la capacidad jurídica, las amenazas graves e inmediatas y los contextos sociales
caracterizados por el control coercitivo, el acoso colectivo, el ciberacoso y la
persecución;
d) La “intencionalidad” está presente cuando el autor sabe o debería haber
sabido que, en la evolución ordinaria de los acontecimientos, sus actos u omisiones
darían lugar a dolores o sufrimientos mentales graves, ya sea por sí solos o en
combinación con otros factores y circunstancias;
e) El “propósito específico” está presente cuando se infligen dolores o
sufrimientos mentales con fines tales como el interrogatorio, el castigo, la intimidación
y la coacción de la víctima o de un tercero, o con un nexo discriminatorio,
independientemente de los fines supuestamente benévolos, como la “necesidad
médica”, la “reeducación”, la “curación espiritual” o la “terapia de conversión”;
f) Las “sanciones legítimas” no pueden englobar ninguna sanción o medida
prohibida por los instrumentos internacionales o la legislación nacional pertinentes,
como la reclusión prolongada o indefinida en régimen de aislamiento, la manipulación
sensorial, los castigos colectivos, la prohibición del contacto con la familia o la
detención con fines de coacción, intimidación o por razones relacionadas con la
discriminación de cualquier tipo.
85. Métodos predominantes. A diferencia de la tortura física, que utiliza el cuerpo
y sus necesidades fisiológicas como conducto para influir en la mente y las emociones
de la víctima, la tortura psicológica lo hace dirigiéndose directamente a una o varias
necesidades psicológicas básicas, por ejemplo:
a) La seguridad (inducción de miedo, fobia y ansiedad);
b) La autodeterminación (dominación y sometimiento);
c) La dignidad y la identidad (humillación, violación de la intimidad e
integridad sexual);
d) La orientación en el entorno (manipulación sensorial);
e) Las relaciones sociales y emocionales (aislamiento, exclusión, traición);
f) La confianza comunitaria (persecución y arbitrariedad institucional).
86. Entornos de tortura. En la práctica, las víctimas de la tortura casi siempre
están expuestas a una combinación de técnicas y circunstancias que infligen dolores o
sufrimientos tanto mentales como físicos, cuya gravedad depende de factores como la
duración, la acumulación y la vulnerabilidad personal. Las víctimas tienden a
experimentar la tortura y responder a ella de manera holística, y no como si se tratase
de una serie de técnicas y circunstancias aisladas, cada una de las cuales puede o no
equivaler a tortura. En consecuencia, la tortura psicológica puede cometerse en un
solo acto u omisión o puede ser el resultado de una combinación o acumulación de
varios factores que, tomados individualmente y fuera de contexto, pueden parecer
inofensivos. La intencionalidad, el propósito específico y la gravedad de los dolores o
los sufrimientos infligidos deben evaluarse siempre en su conjunto y en vista de las
circunstancias imperantes en el entorno determinado.

22 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.1, Página 23

A/HRC/43/49

87. Los retos de las nuevas tecnologías. A fin de garantizar la aplicación adecuada
de la prohibición de la tortura y las obligaciones jurídicas internacionales conexas en
las circunstancias presentes y futuras, su interpretación debería evolucionar en
consonancia con los nuevos desafíos y capacidades que surjan en relación con las
tecnologías emergentes, no solo en el ciberespacio, sino también en esferas como la
inteligencia artificial, la robótica, la nanotecnología y la neurotecnología, o las ciencias
farmacéuticas y biomédicas, incluido el denominado “mejoramiento humano”.

GE.20-04273 23
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 2
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 6
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 8
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 9
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 10
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 11
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 12
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 13
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.2, Página 14
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.3, Página 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.4, Página 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.4, Página 2
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.4, Página 3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.4, Página 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.4, Página 5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.4, Página 6
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.4, Página 7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.5, Página 1

Open letter to the governments and


parliaments of the world to create legislation
to protect people's brains and bodies against
attacks by neurotechnologies
Time is running out. We urge you to take the necessary steps to create legislation that ensures the
human rights and freedoms of your country's citizens.
In March 2022, paralyzed Australian Philip O'Keefe was the first man in history to post a message
on Twitter, using only his mind to type it out. To transmit thoughts from the brain to the internet or
cell phone system, you just need to collect the electromagnetic waves emitted by the brain during its
activity, convert them into written words and transmit them to the cell phone or its display or the
internet system. To reverse this process, it suffices to transmit in the brain electromagnetic signals at
the frequencies of the activity of the targeted neurons, which will absorb this energy and thus, the
new neuronal activity produced from outside will appear in the brain.
Already in 1962 sounds were produced in human brains by microwaves pulsed in the frequencies of
the nervous activity of the human auditory systems.
In 2007, the Washington Post wrote: „in October 1994 at the Air Force laboratory... scientists were
able to transmit sentences in the heads of human subjects, albeit with marginal intelligibility". If
these transmitted sentences were converted into ultrasound, people would not hear them and
moreover, they would not realize it, but their brain would accept them and in this way they would
become the "thoughts" of the targeted individuals. In many countries it is forbidden to use
ultrasound to manipulate peoples' minds, but there is no similar ban on the manipulation of the
human nervous system, brain and thought by pulsed microwaves.
In 2020, the American Academy of Sciences wrote in the report on attacks of American diplomats
in Cuba and China, well known as the Havana syndrome, that the most likely cause of their
problems was pulsed microwaves. It is well known that these attacks are accompanied by
artificially produced sound hallucinations. It proves that pulsed microwaves are being used as a
weapon already today.
In 2018, at the World Economic Forum in Davos, Israeli historian Yuval Noah Harari warned in his
speech about the rise of a new totalitarianism based on access to the human brain. According to Mr.
Harari, "Once we have algorithms that can understand us better than ourselves, they could predict
our desires, manipulate our feelings, and even make decisions on our behalf. And if we're not
careful, the outcome may be the rise of digital dictatorships".
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.5, Página 2

At present, there is no legislation prohibiting the use of mind control technologies and for this the
scientists in the matter feel free to work on the development of "nanobots", nanoparticles that can
enter the blood and connect the brain to the Internet. Once connected to the internet the human
brain's activity may be manipulated from there as well, especially if the internet is transmitted by
pulsed micowaves, as it actually happens (though probably not yet in the brain frequencies, but
there is a plan to connect brains to internet in the sixth generation of cell phone telephony and then
the cell phone signals will be transmitted in the brain frequencies - this should happen within 10
years).
In October 2018 a scientist from the American military research agency DARPA James Giordano
said in a lecture to cadets that his agency produced nanomaterial, which can be aerosolized and
when breathed in, penetrate the human brain and make it controlable from outside.
This material evidently works as an antenna, which can collect pulsed microwaves transmitted from
an outside antenna in the brain. This nanomaterial is more than probably graphene which is so small
that it can penetrate the blood-brain barrier. Scientists say: „The graphene implants are designed to
interpret brain signals with exceptional accuracy to provide a therapeutic response adapted to the
clinical condition of each patient".
In 2021 the International Bioethics Committee of UNESCO wrote: „External tools that may
interfere with our decisions can call into question, or even challenge, an individual's free will, and
consequently an individual's responsibilities. In this way, neurotechnology could affect freedom of
thought, decision-making and action. Taken together, these could have a profound impact on justice
systems and social organizations" (pg. 36) and it encourages member states to guarantee neurorights
to their citizens" (pg.38).
In September 2021, the Chilean Parliament approved a law guaranteeing Chilean citizens the rights
to personal identity, free will and mental privacy.
Evidently it is now your urgent task to follow Chilean example and prove to your citizens that you
are not planning to transform your state, (eventually based on democracy and respect for human
rights), into a totalitarian state where the elite turn citizens into bio-robots, controlled by
supercomputers.
Legislation, which is lacking in your state, should provide for the creation of teams capable of
detecting electromagnetic or other attacks that produce electrical currents in the human brain or
body that would deprive them of their freedom of thought and privacy or injure their body.
On March 20 2021,the Human Rights Council of the United Nations wrote: "to ensure the adequate
implementation of the prohibition of torture and related legal obligations in present and future
circumstances, its interpretation should evolve... also in areas such as artificial intelligence,
robotics, nanotechnology and neurotechnology" (par 76). In paragraph 73 it wrote: „In practice,
cybertechnology already plays the role of an 'enabler' in the perpetration of both physical and
psychological forms of torture, most notably... and increasingly also through the remote control or
manipulation of... medical implants and, conceivably, nanotechnological or neurotechnological
devices"..
Since there are thousands of people worldwide who complain about being exposed to this kind of
torture, the teams you should create should also be able to find sources of harmful radiation and
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.5, Página 3

should include representatives of human rights organizations, to ensure their independence from
powerful state agencies.
We call on you to pool your efforts and create such legislation in order to fulfill the principles
embedded in our Constitution and guarantee the citizens of our state their very basic rights and
freedoms, including freedom of thought, in a fast changing world.
Please contact military neurotechnologists in your country, if you are looking for more information.

Thank you.
On June 18, 2022

Mojmír Babáček for Citizen's Association for the Ban of Manipulation of Human Nervous System
by Radiofrequency Radiation
Czech Republic
mbabacek@czin.eu
Citizen's Association for the Ban of Manipulation of Human Nervous System by Radiofrequency
Radiation
Co-signed by:
Harald Brems for Schutzschild e.V.
Germany
habre@riseup.net
Schutzschild
Richard Lighthouse for Targeted Justice
United States
TJlawsuit@use.startmail.com
Targeted Justice
Saroja Angadi MS.MT(ASCP), PMP for Society of safe Bharath against covert torture and energy
weapons
India
covertenergyassault@rediffmail.com
Ph: +91 6361495332
Society of safe Bharath against covert torture and energy weapons
Peter Mooring for STOPEG Foundation (STOP Electronic weapons and Gangstalking)
Netherlands
peterpm@xs4all.nl
Ph: +31 6 4124 3030
STOPEG
Melanie Vritschan for International Coalition Against Electronic Torture and Robotization of Living
Beings (ICATOR)
Avenue Paul Hymans 120/47, B – 1200 Brussels
Belgium
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.5, Página 4

melanie.vritschan.icator@gmail.com
Ph: +32 472 11 71 27
ICATOR
Derrick Robinson for PACTS, International
United States
info@pactsntl.org
Ph: +1-888-639-5559
PACTS, International
Terukatsu Ishibashi for the Board of Directors of Technological Crime Victims Network Specified
Nonprofit Organization
Room47, Tozaikan Buil, 2-9-6 Iidabashi, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0072
Japan
techhanzainetinfo@ybb.ne.jp
Ph: 03-5212-4611
Technological Crime Victims Network
Stéphane Mille for ADVHER (Association de Defense des Victimes de Harcélement
Electromagnétique et en Réseau)
France
stefy682@laposte.net
ADVHER (Association de Defense des Victimes de Harcélement Electromagnétique et en Réseau)
Paolo Dorigo for ACOFOINMENEF (association against all forms of mental and
neurophysiological interference and control)
Italy
acofoinmenef@gmail.com
Ph: +39-3801836828
Acofoinmenef (ex AVae-m)
Giuseppe Palmieri for MOVIMENTO AMPIO CONTRO LA TORTURA TECNOLOGICA
PSICOLOGICA E MENTALE
Italy
movimentoampio@gmail.com
Ph: +39-3928467252
movimento ampio contro la tortura tecnologica psicologica e mentale
Mikael Eleman for Föreningen för hjärnans integritet i Sverige
Sweden
mikael.lennart.eleman@gmail.com
Society for brain integrity in Sweden
Zofia Filipiak for Stowarzyszenie STOP Zorganizowanym Elektronicznym Torturom
Poland
stopzet.zofia@gmail.com
Ph: +48 500 865 420
Stowarzyszenie STOP Zorganizowanym Elektronicznym Torturom
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.5, Página 5

Stanislav Kalinovsky for Stop-torture, Canada


Canada
stkalino@yahoo.ca
Ph: 1-587-707-7112
Stop-torture, Canada
Alicia Cruz Sánchez for VIACTEC ESPAÑA
C/Paseo de Lugo 1, 1°D
27400, Monforte de Lewis (Lugo)
España
alicepaul@hotmail.es
http://viactec.es

Links:
• Four ethical priorities for neurotechnologies and AI
Nature, 9 November 2017
• 'I created this just by thinking it': Paralysed man, 62, is first person to tweet a message using
his MIND thanks to tiny brain implant
Mail Online, 27 December 2021
• Human auditory system response to modulated electromagnetic energy (PDF)
Allan Frey, 1 July 1962
• Mind Games How neuroscience could alter our perceptions of reality
Washington Post, 7 January 2007
• An Assessment of Illness in U.S. Government Employees and Their Families at Overseas
Embassies
National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine, 5 December 2020
• Will the Future Be Human?
Yuval Noah Harari, 24 January 2018
• Human Brain/Cloud Interface
Nuno R. B. Martins e.a., 29 March 2019
• The Brain is the Battlefield of the Future (38th minute)
Dr. James Giordano, 29 October 2018
• How INBRAIN Neuroelectronics develops graphene-based neural implants
Medical Device Network, 31 March 2021
• Report of the International Bioethics Committee of UNESCO (IBC) on the ethical issues of
neurotechnology
International Bioethics Committee of UNESCO (IBC), 15 December 2021
• Torture and other cruel, inhuman or degrading treatment or punishment
United Nations Human Rights Council, 20 March 2020
• In the face of neurotechnology advances, Chile passes 'neuro rights' law
Tech Xplore, 30 September 2021
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.6, Página 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.7, Página 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.7, Página 2
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.7, Página 3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.7, Página 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.7, Página 5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.7, Página 6
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.8, Página 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.8, Página 2
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.8, Página 3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.8, Página 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.8, Página 5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.8, Página 6
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.8, Página 7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.9, Página 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.9, Página 2
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.9, Página 3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.9, Página 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.9, Página 5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.10, Página 1

Neuroderechos: Derechos humanos para las neurotecnologías


Txetxu Ausín, Ricardo Morte y Aníbal Monasterio Astobiza (1)

Diario La Ley, Nº 43, Sección Ciberderecho, 8 de Octubre de 2020, Wolters Kluwer

Comentarios

I. Introducción. Qué son las neurotecnologías


Recientes desarrollos en las ciencias del cerebro permiten —como nunca antes en la historia— medir, registrar, alterar
y/o manipular la actividad del cerebro (Hong y Lieber 2019). Esto se conoce de manera general como
«neuromodulación»: la alteración de la actividad nerviosa por medio de la introducción de estímulos. Avances
similares en ingeniería de sistemas y microcircuitos ha visto nacer a la neurotecnología. La neurotecnología es la
confluencia entre la Inteligencia Artificial, ciencias de la computación y neurociencia y constituye un ejemplo claro de
tecnociencia convergente de alto potencial innovador y disruptivo (Echeverría 2017). La llamada «revolución 4.0» se
concreta en la convergencia de tecnologías digitales, físicas y biológicas que evolucionan a gran velocidad. Son las
llamadas NBIC: nanotecnologías, biotecnologías, tecnologías de la información y ciencias cognitivas (IA, ciencia de
datos, robótica, BCI, biología sintética, nanotecnología).

Por neurotecnología se puede entender cualquier herramienta o técnica capaz de manipular, registrar, medir y obtener
información del cerebro. La información obtenida puede permitir dar soluciones en contextos clínicos o simplemente
satisfacer el deseo de curiosidad de la ciencia básica. Por ejemplo, algoritmos de Inteligencia Artificial aplicados en
el campo de la neurociencia clínica pueden predecir y/o diagnosticar patologías neuropsiquiátricas. Modelos de
aprendizaje máquina se han entrenado de manera exitosa para detectar biomarcadores tempranos de la enfermedad
de Alzheimer y otras enfermedades mentales a partir de imágenes de resonancia magnética funcional (Ding et al.
2018).

El armamentarium de la neurotecnología es bastante amplio. Existen neurotecnologías que permiten la manipulación


de la actividad del cerebro con precisión celular. La optogenética, como bien indica su nombre, es una técnica que
combina la manipulación genética con la óptica para controlar células. Cambiando la información genética de las
células nerviosas puedes conseguir que estas produzcan ciertas proteínas, las opsinas, que responden a la luz. Así
se puede activar o desactivar ciertas partes del cerebro de animales vivos en acción.

Otros ejemplos de neurotecnología son los dispositivos para la estimulación cerebral profunda (ECP) que son
utilizados para el tratamiento de múltiples enfermedades o las interfaces cerebro-ordenador (ICO) que registran la
actividad del cerebro y a partir de sistemas computerizados trasladan esta información para controlar prótesis o
sistemas robóticos periféricos (Levedeb y Nicolelis 2017).

Otros tipos de neurotecnología son las distintas técnicas de neuroimagen funcional y estructural —desde la
resonancia magenética funcional (Rmf), tomografía por emisión de positrones (TEP), hasta electroencefalografía
(EEG)— que permiten con distintos grados de resolución espacial y temporal medir y visualizar la actividad del
cerebro. La estimulación magnética transcraneal (EMT), la estimulación de corriente directa transcraneal (ECDT) o el
neurofeedback son otros tipos de (neuro)tecnología neuromoduladora con marcados propósitos terapéuticos.

No podemos hacer un repaso exhaustivo de todos los tipos de neurotecnologías existentes en la actualidad, pero a
medida que el cerebro se comunique con las computadoras y las computadoras con el cerebro; las posibilidades
neurotecnológicas serán inmensas. Una de estas posibilidades que casi suena a ciencia ficción es «leer la mente». El
laboratorio de Jack Gallant tiene entre una de sus principales líneas de investigación estudiar cómo el cerebro
codifica la información que recibe de los sentidos. Con la irrupción de las distintas técnicas de neuroimagen los
investigadores han podido determinar qué ve una persona simplemente con mirar a las distintas áreas del cerebro
que se activan mientras dicha persona está viendo algo.

1/7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.10, Página 2

Gallant y colaboradores (Nishimoto et al. 2011; Huth et al. 2016), aplicando distintos modelos de aprendizaje
máquina, han podido determinar con precisión exacta qué objeto está viendo una persona simplemente con el
análisis de su actividad cerebral. Esto es un logro espectacular porque por primera vez una máquina es capaz de
convertir en imagen los patrones de actividad cerebral,

La potencialidad de estos hallazgos es enorme. Personas con desordenes de consciencia como el síndrome del
enclaustramiento, que tienen paralizado todo el cuerpo, podrían comunicarse de nuevo con sus familiares y seres
queridos. Aún más, nuestra comunicación con dispositivos digitales y el entorno podría ser directa. Imaginemos que
en lugar de emitir un comando de voz para pedir algo a tu asistente virtual, Siri o Alexa, se pueda directamente
comunicar con ellos sin mediar palabra. Imagine controlar objetos cotidianos como sus electrodomésticos, móvil,
ordenador, coche etc. simplemente con el pensamiento.

Del mismo modo, imaginemos una comunicación bidireccional, es decir, que no solo sea posible comunicarse con
dispositivos periféricos a través de la actividad del cerebro (pensamiento), sino que cierta información pueda ser
introducida en el cerebro. En lugar de «leer la mente», que se pueda «escribir la mente». A medida que mejoremos
los métodos de medición de la actividad del cerebro sería posible «leer» la mente de ese animal o persona cuando se
comporta y de la misma forma que podremos «leer» el código neuronal, quizá se pueda aprender a «escribirlo».

Esto puede llevar a escenarios donde sea posible insertar ciertos tipos de pensamientos en el cerebro de un
individuo. Rafael Yuste, neurocientífico español, y colaboradores están dando los primeros pasos hacia la posibilidad
de «leer» y «escribir» la mente (Dupre y Yuste 2017).

Este ámbito de las neurotecnologías remite a la llamada «Internet de los Cuerpos» (IoB), con un número sin
precedentes de dispositivos y sensores conectados que se fijan o incluso se implantan e ingieren en el cuerpo
humano. Esto ha convertido al cuerpo humano en una plataforma tecnológica. La IoB genera enormes cantidades de
datos biométricos y de comportamiento humano. Esto, a su vez, está impulsando la transformación de la
investigación sanitaria y la industria, así como otros aspectos de la vida social, como la adopción de la IoB en el
ámbito laboral o la provisión de nuevas opciones de entretenimiento, todo ello con notables innovaciones basadas en
datos. Sin embargo, la IoB igualmente plantea nuevos desafíos para la gestión de los datos que no sólo se refieren a
la privacidad y la autonomía individuales, sino también a nuevos riesgos de discriminación y sesgos en el empleo, la
educación, las finanzas, el acceso al seguro médico y otras esferas importantes para la distribución de los recursos
sociales.

Internet of Bodies technologies (Xiao L. et al. 2020)

Por lo general, las tecnologías de la IoB incluyen dispositivos médicos, una variedad de dispositivos de seguimiento
del estilo de vida y la forma física, otros dispositivos de consumo inteligentes que permanecen en la proximidad del
cuerpo humano y una gama cada vez más amplia de dispositivos adheridos o incorporados al cuerpo que se
despliegan en escenarios empresariales, educativos y recreativos. Cabe señalar que las tecnologías de IoB son en su
mayoría «dispositivos personales», en el sentido de que los artefactos siempre desarrollan una relación
relativamente estable con el cuerpo individual del usuario durante un período de contacto regular y prolongado. Pero
también se han desarrollado tecnologías biométricas que se instalan en espacios públicos y privados, como los

2/7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.10, Página 3

sistemas de reconocimiento facial, los sensores de huellas dactilares y los escáneres de retina, que se centran en la
recogida y el procesamiento de los datos de una gran población o grupo, en lugar de individuos particulares.

Como toda nueva tecnología, las neurotecnologías también entrañan riesgos y deben ser examinadas desde la
reflexión ética y la regulación jurídica para que no conlleven un impacto negativo en los individuos y la sociedad en
general.

II. Desafíos y riesgos de las intervenciones neurotecnológicas


Como podrá imaginar el lector, las neurotecnologías plantean una heterogeneidad de cuestiones y problemáticas
éticas. En función de qué tipo de neurotecnología se trate, las implicaciones éticas varían, por lo que hay una amplia
casuística. La literatura de investigación en ética ha señalado cuestiones y problemáticas en torno a la autonomía,
identidad personal, efectos psico-sociales, uso-dual de la tecnología, seguridad, responsabilidad, privacidad y acceso
no consentido a datos cerebrales (Monasterio Astobiza et al. 2019).

Por todo ello, el posible uso de la neurotecnología en seres humanos debe estar guiado por los principios éticos más
robustos y especialmente regulado como veremos en la sección tercera. A medida que obtengamos un mayor
conocimiento del funcionamiento del cerebro y desarrollemos neurotecnologías más poderosas, la posibilidad de
alterar los estados mentales y la conducta de las personas será mayor. Y esto supone importantes desafíos y
riesgos.

Según vayamos desarrollando nuevas y mejores neurotecnologías el cerebro —hasta ahora el último bastión de
nuestra privacidad y nuestro espacio más íntimo y personal— dejará de estar fuera del alance de la vigilancia y el
control. Con la progresiva ubicuidad de las neurotecnologías será necesaria una investigación e innovación
responsable y una evaluación ética del posible impacto de dichas neurotecnologías en los derechos humanos.

Dos son los ejes principales de riesgo en el uso de neurotecnologías:

a) el uso de la Inteligencia Artificial en el procesamiento de los datos cerebrales;


b) la clara proximidad de la tecnología con nuestro cuerpo (invasividad) —ya hemos mencionado la
«Internet de los Cuerpos»—.

Pero antes de hablar un poco de estos dos grandes ejes, quizá sea necesario hablar un poco de lo que se entiende
por riesgo. El Diccionario de la Lengua Española define «riesgo» en su primera acepción como contingencia o
proximidad de un daño. Una definición más normativa de riesgo es «el efecto de la incertidumbre sobre los
objetivos» (ISO 2018). Una definición más técnica es la función de la probabilidad de un acontecimiento adverso y el
impacto de las consecuencias (Spiegelhalter 2017, p. 52).

Siempre que se habla de riesgo es necesario hablar de incertidumbre, aquello que desconocemos. Mientras que el
riesgo se puede formalizar matemáticamente, la incertidumbre es ignorancia, desconocimiento.

Dicho esto, si tenemos en cuenta los dos ejes principales de riesgo en el uso de las neurotecnologías y en primer
lugar el eje concerniente al uso de técnicas de Inteligencia Artificial para la obtención, almacenamiento y
procesamiento de las señales fisiológicas de nuestros cerebros: ¿Cómo se puede garantizar que se tratan nuestros
datos cerebrales con las máximas garantías éticas y jurídicas?

El uso de las neurotecnologías por investigadores, pero también por médicos en contextos clínicos, sumado a la más
que probable comercialización directa de las neurotecnologías para sectores como el entretenimiento etc. da lugar a
lo que se conoce como «Big Brain Data» (BBB). El BBB es de especial preocupación porque puede poner en peligro los
datos sobre el cerebro de miles de personas. A los problemas propios del manejo del «Big Data» se une el hecho de
que se trate de datos cerebrales, especialmente íntimos y personales.

Si se comercializan las neurotecnologías para un uso individual o si se regulan mínimamente pudiendo dar lugar a un
consumo personalizado (DIY), pueden poner en riesgo los datos cerebrales de millones de personas y caer en manos
de actores que hagan un uso malicioso para el «control mental». La creciente «datificación» y digitalización de la
realidad, incluido nuestro organismo, hace que las compañías tecnológicas con el suficiente know-how y experticia
puedan tener una ventaja competitiva y un poder jamás visto. Aun reconociendo los enormes beneficios del
aprendizaje-máquina y el BBD en la investigación clínica, no es menos cierto el cúmulo de amenzas que entrañan.

Por ejemplo, si las neurotecnologías se comercializan llegando a establecer interacciones con sistemas de

3/7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.10, Página 4

entretenimiento (consolas de videojuego), teléfonos móviles inteligentes o informática personal, los datos cerebrales
pueden acabar en manos de compañías privadas que pueden sacar partido al dejar vulnerables a los individuos. Se
pueden dar situaciones de robo y/o suplantación de identidad, descubrimiento de información sensible de patologías,
manipulación cognitiva, etc.

Puede parecer ciencia ficción, pero con la progresiva implantación de las neurotecnologías en múltiples esferas de
nuestra vida más allá de contextos estrictamente clínicos, surgirán nuevos tipos de actos ilícitos: los neurocrímenes.

Cuando un individuo use una neurotecnología como las interfaces cerebro-ordenador es posible el riesgo de
brainhacking o brainjacking. Tanto el brainhacking como el brainjacking suponen una brecha de seguridad en el
software de control de la neurotecnología. El brainhacking implica interrumpir el correcto funcionamiento del
algoritmo detrás de las operaciones de una neurotecnología, como por ejemplo las interfaces cerebro-ordenador. El
brainjacking supone el control remoto de la neurotecnología pudiendo repercutir en el control de un dispositivo
tecnológico periférico como una silla de ruedas, implante cerebral, medicamento digital, etc.

Podemos imaginar escenarios donde se produzca un daño por la acción de un dispositivo tecnológico y que éste no
haya sido controlado por el usuario de la interfaz cerebro-maquina, por el cerebro del usuario en definitiva, sino por
alguien que ha atacado y manipulado el algoritmo que, en última instancia, controlaba el dispositivo tecnológico. Un
agente malicioso puede tomar control de la neurotecnología, en este caso un interfaz cerebro-ordenador y de su
prótesis, y causar daño al usuario o a terceras personas. Por consiguiente, velar por la privacidad e integridad de los
datos cerebrales es crucial.

El otro gran eje de riesgos de las neurotecnologías es la invasividad. Las neurotecnologías están en contacto directo
con nuestro cuerpo, en concreto con un órgano esencial para nuestra identidad personal: el cerebro y el sistema
nervioso en general. Muchas neurotecnologías requieren una interfaz directa o en contacto muy próximo con nuestro
cerebro y esto supone grandes riesgos. Por ejemplo, las interfaces cerebro-ordenador más fiables son las que
permiten un implante cerebral, pero esto supone llevar a cabo una intervención quirúrgica que conlleva peligros de
infección o toxicidad para las células nerviosas de los electrodos.

III. Neuroderechos: consideraciones sobre la privacidad de los datos cerebrales


Este nuevo ecosistema neurotecnológico tiene aplicaciones extensivas y el potencial de cambiar nuestra vida,
derechos y libertades fundamentales. Por ello se trata de una tecnología especialmente disruptiva. Así, este contexto
se denomina «ciencia post-normal» (Funtowicz y Ravetz 2000), una ciencia caracterizada por la incertidumbre sobre
los hechos, los valores en disputa, los enormes desafíos (riesgos sistémicos) y las decisiones urgentes.

Hemos utilizado indistintamente las expresiones peligros y amenazas para referirnos a estos nuevos riesgos ligados
a las tecnologías disruptivas que escapan a una determinación probabilística y que, vinculados a la acción humana,
pueden adquirir un carácter catastrófico, transformando radicalmente el mundo y el sentido mismo de lo humano.

Tradicionalmente se considera que los derechos humanos son derechos subjetivos en tanto que posiciones o estatus
normativos que los individuos poseemos en nuestras relaciones con los demás. Parece obvio que una condición
indispensable para desarrollar nuestra vida es la agencia moral y la libertad de conciencia, como reza el artículo 18
de la Declaración Universal de Derechos Humanos de 1948 (LA LEY 22/1948): «Toda persona tiene derecho a la
libertad de pensamiento, de conciencia y de religión…». Asimismo, el artículo 12 de la misma Declaración afirma que
«Nadie será objeto de injerencias arbitrarias en su vida privada…».

Sin embargo, las nuevas neurotecnologías abren la puerta a peligros de manipulación e intervención directa sobre
nuestro cerebro y nuestro sistema nervioso, amenazando nuestra integridad mental y, con ello, el último reducto de
nuestra identidad y nuestra intimidad: la conciencia.

Estas nuevas amenazas recomiendan una actualización de los derechos humanos entendidos así desde una
perspectiva evolutiva y adaptativa a la nueva realidad tecnocientífica.

Marcello Ienca y Roberto Andorno (2017) han defendido por ello la definición de unos nuevos derechos humanos, los
neuroderechos, a fin de proteger los estados mentales de posibles intromisiones y manipulaciones:

— Derecho a libertad cognitiva:

Se refiere a la «autodeterminación mental» y sería, en cierto modo, una extensión del mencionado

4/7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.10, Página 5

derecho humano a la libertad de pensamiento y de conciencia. Incluye dos conceptos estrechamente


relacionados: El derecho de los individuos a usar las neurotecnologías emergentes; y la protección de los
individuos contra el uso coercitivo de estas tecnologías y la posibilidad de que la tecnología pueda ser
utilizada sin su consentimiento.

Bublitz (2013) lo resume de la siguiente manera: la libertad cognitiva es el principio que garantiza «el
derecho a alterar los estados mentales de uno con la ayuda de las herramientas neurotecnológicas así
como para negarse a hacerlo». El segundo aspecto de la libertad cognitiva está relacionado con una
reconceptualización de algunos derechos ya existentes y a la creación de nuevos derechos
fundamentales:

— Derecho a la privacidad mental:

Si consideramos los problemas que se plantean para alcanzar una protección adecuada del derecho a la
intimidad, parece evidente que es necesario adaptar las normas para lograr el mismo tipo de protección
de la privacidad mental. Esta protección debería cubrir cualquier tipo de información obtenida del cerebro
por medio de las neurotecnologías y distribuida por medios digitales. Significa proteger a las personas
frente al uso ilegítimo de su información cerebral y evitar posibles filtraciones de estos datos.

— El derecho a la integridad mental:

Las intrusiones o acciones en el cerebro de una persona pueden crear no sólo una violación de su
privacidad sino también un cambio perjudicial para su estatus neuronal. La presencia de daño es una
condición necesaria para que una violación de la integridad mental de la persona haya tenido lugar.

— Derecho a la continuidad psicológica:

Además de la privacidad mental y la integridad mental, la percepción de un individuo de su propia


identidad también puede verse afectada por un uso incorrecto de las neurotecnologías. Estas tecnologías
pueden ser utilizadas para monitorear las señales del cerebro así como para estimular o modular las
funciones cerebrales. La estimulación puede, como consecuencia, crear cambios en los estados mentales
críticos para la personalidad. Específicamente, se ha observado que la estimulación puede tener un
impacto en la continuidad psicológica, es decir, en el requisito esencial para que la identidad personal se
perciba como un continuo y «como la misma persona», a lo largo del tiempo (Klaming y Haselager 2013).
Este derecho implica la protección de la identidad personal y la continuidad del comportamiento personal
frente a modificaciones no consensuadas por terceros.

En una línea similar, el grupo impulsado por el neurocientífico Rafael Yuste, director del proyecto BRAIN, ha
formulado una propuesta de neuroderechos humanos (https://nri.ntc.columbia.edu/content/spanish-webpage):

— Derecho a la identidad personal:

Deben desarrollarse límites para prohibir que la tecnología altere el concepto de uno mismo. Al conectar
el cerebro de individuos a computadoras, la neurotecnología podría borrar la línea entre la conciencia de
una persona y las entradas tecnológicas externas.

— Derecho al libre albedrío:

Las personas deben poder tomar y tener control sobre sus propias decisiones, sin la manipulación de
neurotecnologías externas desconocidas.

— Derecho a la privacidad mental:

Todos los datos obtenidos tras medir la actividad neuronal («NeuroDatos») deben mantenerse privados.
Además, la venta, la transferencia comercial y el uso de datos neuronales deben estar estrictamente
regulados. Sería un caso similar a los datos de salud, a los que se otorga una especial protección.

— Derecho al acceso equitativo a la mejora cerebral:

Deben establecerse pautas que regulen el desarrollo y las aplicaciones de las neurotecnologías de mejora
mental a nivel internacional y nacional. Estas directrices deberán basarse en el principio de justicia y
garantizar la igualdad de acceso a todos los ciudadanos.

5/7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.10, Página 6

— Derecho a la protección contra sesgos:

Las contramedidas para combatir sesgos deberán ser establecidas de manera estándar en el aprendizaje
automático.

Ambas propuestas coinciden en lo básico y pueden resumirse en dos mandatos: Se ha de preservar la integridad
mental de intervenciones no consentidas, como reducto último de la identidad personal y de la libertad. Y se debe
proteger dicha libertad frente un uso coercitivo de las neurotecnologías que puede producir daño psicofísico,
discriminación e injusticia.

IV. Alcance y limitaciones. Prospectiva


Por el momento, la propuesta de estos nuevos neuroderechos humanos abre un debate absolutamente necesario
sobre el creciente papel de las neurotecnologías en nuestra sociedad y su enorme potencial disruptivo, hasta el
punto de poder transformar nuestro propio sentido del «yo». Parece prudente establecer salvaguardas básicas y
universales, en términos de derechos humanos, que establezcan un marco infranqueable para estas tecnologías y
que puedan ser incorporadas a las legislaciones internacionales y nacionales en materia de derechos fundamentales,
a fin de establecer garantías para las mismas.

Parece claro que el camino adecuado para poder diseñar e implementar las salvaguardas antes mencionadas pasa por
aplicar los criterios de Privacidad por Diseño y por Defecto, y lo mismo cabe mencionar respecto a la Ética. Para
avanzar en ese camino un instrumento adecuado sería la utilización de evaluaciones de impacto en fases tempranas
del diseño de cualquier neurotecnología. Aunque no parece adecuado extenderse al respecto, cabe mencionar la
evaluación del impacto sobre la Protección de Datos introducida en el artículo 35 del Reglamento General de
Protección de Datos (LA LEY 6637/2016) (RGPD: https://gdpr.algolia.com/es/gdpr-article-35) o la recientemente
publicada propuesta para un modelo de evaluación del impacto ético en el ámbito de la salud (Morte 2020) que
propone los siguientes principios: explicabilidad, autonomía, beneficencia, no maleficiencia, justicia, sostenibilidad,
precaución, privacidad, democracia, controlabilidad y auditabilidad.

V. Referencias
Bublitz JC. (2013). «My Mind Is Mine!? Cognitive Liberty as a Legal Concept». In: Hildt E., Franke A. (eds) Cognitive
Enhancement. Trends in Augmentation of Human Performance, vol 1. Springer, Dordrecht.
https://doi.org/10.1007/978-94-007-6253-4_19

Ding Y. (2018). «A Deep Learning Model to Predict a Diagnosis of Alzheimer Disease by Using 18F-FDG PET of the
Brain». Radiology, 290, 2. https://doi.org/10.1148/radiol.2018180958

Dupre C. y Yuste R. (2017). «Non-overlapping Neural Networks in Hydra vulgaris». Current Biology. 27, 8, 1085-1097

Echeverría, J. (2017). El arte de innovar. Naturaleza, lenguajes, sociedades. Madrid: Plaza y Valdés.

Funtowicz, S.O. y Ravetz, J.R. (2000). La ciencia postnormal: ciencia con la gente. Barcelona: Icaria.

Hong, G. y Lieber, C.M. (2019). «Novel electrode technologies for neural recordings». Nat Rev Neurosci 20, 330-345

Ienca, Marcello & Andorno, Roberto (2017) «Towards new human rights in the age of neuroscience and
neurotechnology», Life Sciences, Society and Policy, 13: 5.

Huth A. (2016). «Decoding the semantic content of natural movies from human brain activity». Front. Syst.
Neurosci.https://doi.org/10.3389/fnsys.2016.00081

Klaming, L., Haselager, P. (2013). «Did My Brain Implant Make Me Do It? Questions Raised by DBS Regarding
Psychological Continuity, Responsibility for Action and Mental Competence». Neuroethics 6 , 5 2 7 - 5 3 9 .
https://doi.org/10.1007/s12152-010-9093-1

Levedeb M. y Nicolelis M. (2017). «Brain-machine interfaces: from basics science to neuroprosthetic devices, and
neurorehabilitation». Physiol. Rev. 97: 767-837

Monasterio Astobiza A. et al. (2019). «Traducir el pensamiento en acción: Interfaces cerebro-máquina y el problema
ético de la agencia». Revista de Ética y Bioderecho, 46, 29-46

Morte Ferrer, R (2020). «Reflexiones sobre las evaluaciones de impacto. Una propuesta para un modelo de Evaluación

6/7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.10, Página 7

del Impacto Ético en el ámbito de la salud». Dilemata N ú m . 3 2 : D i g i t a l i z a c i ó n y s a l u d , 7 1 - 8 2 :


https://www.dilemata.net/revista/index.php/dilemata/article/view/412000351

Nishimoto S. et al. (2011). «Reconstructing visual experiences from brain activity evoked by natural movies». Curr
Biol. 21(19): 1641-1646.

Spiegelhalter D. (2017), «Risk and uncertainty communication». Annual Review of Statistics and Its Application, 4:
31-60.

Xiao L. et al. (2020). Shaping the Future of the Internet of Bodies: New challenges of technology governance.
Briefing paper. World Economic Forum. July 2020: http://www3.weforum.org/docs/WEF_IoB_briefing_paper_2020.pdf
[recuperado el 07-10-2020].

(1) Txetxu Ausín es Científico Titular del IFS-CSIC, Presidente de la Red Española de Filosofía y Director del CSIC~Applied Ethics Group GEA. Miembro del
proyecto de investigación EXTEND (Bidirectional Hyper-connected Neural Systems) Horizon 2020 y CSA-INBOTS (Inclusive Robotics for a Better Society).

Ricardo Morte es abogado y doctorando en Filosofía por la Universidad de Granada y miembro fundador de LI2 FE (Laboratorio de Investigación e
Intervención en Filosofía y Ética) y miembro del proyecto de investigación EXTEND (Bidirectional Hyper-connected Neural Systems) Horizon 2020 y CSA-
INBOTS (Inclusive Robotics for a Better Society).

Aníbal Monasterio Astobiza es Doctor en Ciencias Cognitivas y Humanidades y Licenciado en Filosofía. Miembro fundador de LI2 FE (Laboratorio de
Investigación e Intervención en Filosofía y Ética) y miembro del proyecto de investigación EXTEND (Bidirectional Hyper-connected Neural Systems)
Horizon 2020 y CSA-INBOTS (Inclusive Robotics for a Better Society).

7/7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.11, Página 1

PETIÇÃO
Associação Nacional de Proteção e Amparo às Vítimas de Tortura Psicoeletrônica Salto Quântico,
CNPJ 48.034.921/0001-00, sediada na Alameda dos Rodrigues, n° 10, Fundos, bairro Campo do
Coelho, cidade Nova Friburgo-RJ, CEP 28.630-645, sendo associação privada sem fins lucrativos,
neste ato representada pelo seu secretário (vide estatuto em anexo) sr. Vinicius Rodrigues
Coelho, brasileiro, natural do estado do Rio de Janeiro, nascido em 10/06/1988, portador do RG
n° 020.244.721-5 Detran RJ, e do CPF n° 058.909.227-85, vem por meio desta petição
representar contra a UNIÃO (a pessoa jurídica de direito público interno) em face da violação
dos direitos humanos sofrida por comunidade de pessoas física conforme exposto no relatório
da 43° seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) de 24
de fevereiro de 2020 à 20 de março de 2020 (vide Anexo I o citado relatório) presidida pelo
professor Nils Melzer a qual versa sobre o tortura e tratamentos desumanos e degradantes,
mais especificamente a partir da página 19, item E, itens 71 à 87, que expõe a CIBERTORTURA a
qual trata-se da malversação de tecnologias eletromagnéticas para infringir tortura física e
psicológica remotamente não se confundindo com o mero assédio no ambiente de internet
conforme explicado no item 71 do citado relatório. O item 73 do citado relatório da ONU cita:

“y cada vez más también mediante el control o la manipulación a distancia de cinturones de


descargas eléctricas (A/72/178, párr. 51), implantes médicos y, posiblemente, dispositivos
nanotecnológicos o neurotecnológicos55. La cibertecnología también puede utilizarse para
infligir o contribuir a sufrimientos mentales graves evitando el conducto del cuerpo físico, en
concreto a través de la intimidación, el acoso, la vigilancia, la vergüenza y la difamación
públicas, así como la apropiación, la supresión o la manipulación de información.”

Isto posto, o requerente declara representar comunidade de vítimas de CIBERTORTURA e


também do assédio organizado chamado GANGSTALKING no Brasil onde o item 84 letra C, do
citado relatório da ONU diz:

“Por “impotencia” se entenderá la incapacidad de la víctima de evitar o resistir el dolor o


sufrimiento mental... los contextos sociales caracterizados por el control coercitivo, el acoso
colectivo, el ciberacoso y la persecución”

A CIBERTORTURA e também o assédio organizado chamado GANGSTALKING implicam na


violação dos direitos humanos como também nos direitos e garantias fundamentas do artigo 5°
da Constituição federal, a saber do inciso III devido a tortura e ao tratamento desumano e
degradante; inciso IV devido ao dano material, moral e de imagem; inciso X devido violação da
intimidade e vida privada, esta praticada pelo GANGSTALKING.

A data de início da associação no CNPJ é 21/09/2022.

A requerente acusa e responsabiliza a UNIÃO devido sua inoperância e consequente conivência


com os citados crimes, inclusive por desleixo e descaso ante às conclusões e recomendações do
relatório da 43° seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU, item 77 à 87, e ante sua
obrigação de defender o cidadão brasileiro.
O representante da requerente declara ainda que buscou ajuda das autoridades, a saber da
Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro através do pedido de abertura de inquérito policial
protocolo n° E09/032927/1151/2021 de 04/05/2021 (vide o Anexo II, o citado pedido
protocolado), o qual foi vergonhosamente indeferido em 04/10/2021 (vide o Anexo III, o citado
indeferimento assinado).
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 1.11, Página 2

Declara ainda ter comunicado ao Cremerj (Conselho de Medicina do estado do Rio de Janeiro)
no dia 28/09/2021 protocolo n° 10353644 (vide Anexo IV o citado pedido protocolado) a
existência de erro médico uma vez que existem inúmeras outras vítimas de CIBERTORTURA e
GANGSTALKING no Brasil que são erroneamente diagnosticados como esquizofrenia CID grupo
20, sendo que o CID (código internacional de doença) correto ao caso é W90.0X (ataque
eletromagnético remoto).

Dentre as tecnologias utilizadas no cometimentos destes crimes, pode-se destacar: patente US


3951134 (https://patents.google.com/patent/US3951134A/en); patente US 7629918
(https://patents.google.com/patent/US7629918B2/en?oq=patente+7629918); patente US
6587729 (https://patents.google.com/patent/US6587729B2/en?oq=patente+6587729);
patente US 6470214 (https://patents.google.com/patent/US6470214B1/en).

Diante disto, o requerente solicita justa indenização de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a ser
arbitrada pelo juiz contra a UNIÃO devido a violação dos direitos humanos e violação dos direitos
e garantias fundamentais do artigo 5° da Constituição Federal por anos a fio.

A requerente aponta como suas testemunhas abaixo relacionadas os associados que são
vítimas: Evaldo Pereira Correa (RG 007.728.078-2 Detran RJ, (21)9.9139.0718); Edvania Correia
de Paulo Sousa (RG MG-13.727.454 SSP-MG, (31)8785-1762); Tonimar Pontes Oliveira Vaz
((32)9976-0490); Francis Penko Filisbino (RJ 427.018.985 SSP SP; (19)9.8289.2640).

Nova Friburgo, RJ, 06/11/2022.

Vinicius Rodrigues Coelho.


Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 2, Página 1

PRM-NFR-RJ-00006161/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP
SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Assinado com login e senha por MARCELO MARCOS VIEIRA, em 07/11/2022 08:07. Para verificar a autenticidade acesse
Despacho nº 1947/2022
Referência: PRM-NFR-RJ-00006160/2022
Assunto: Instaurar NF

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave b13d6a0c.14632b2f.8ba4dd70.a5d92afe


Por delegação, nos termos do art. 3º, § 4º da Instrução de Serviço PRM/NF nº
01/2017, autue-se como notícia de fato.

Nova Friburgo, 7 de novembro de 2022.

MARCELO MARCOS VIEIRA


TÉCNICO DO MPU/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Página 1 de 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 3, Página 1

PRM-NFR-RJ-00006162/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS
SETOR JURÍDICO
Ref. 1.30.006.000247/2022-03

Assinado com login e senha por MARCELO MARCOS VIEIRA, em 07/11/2022 08:19. Para verificar a autenticidade acesse
CERTIDÃO

Certifico que, em consulta ao sistema Único/Correlatos, constatou-se a

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave cb27665a.802ecea8.d0f673fd.be8cb858


existência de possível conexão do expediente em epígrafe com o seguinte procedimento,
distribuído ao 3º Ofício desta PRM Nova Friburgo/Teresópolis:
NF nº 1.30.006.000176/2021-50;

À consideração superior.

Nova Friburgo, 7 de novembro de 2022.

MARCELO MARCOS VIEIRA


TIC/APOIO SJUR

Página 1 de 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 5, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Distribuição e Conclusão


(Gerado automaticamente pelo sistema)

Expediente: NF - 1.30.006.000247/2022-03
Os presentes autos foram distribuídos conforme descrição a seguir:

Titularidade da Distribuição

Ofício Titular: PRM-RJ-N.FRIBURGO-3º Ofício

Grupo de Distribuição: Cível Adminstrativo - PRM Friburgo

Forma de Execução: Manual

Conclusão da Distribuição

Vínculo: Titular

Responsável: FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Ofício Responsável: PRM-RJ-N.FRIBURGO-3º Ofício

Forma de Execução: Manual

Usuário: Marcelo

Data: 07/11/2022 08:26:00


Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 4, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000247/2022-03
Remetente:
SJUR/PRM-RJ - SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Destinatário:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Usuário:
Marcelo

Data:
07/11/2022 08:26:00

Observação:
Conclusão automática para o Ofício Titular - PRM-N.FRIBURGO/GABPRM3-FABL -
Chefia da Unidade: FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE - Ofício da Distribuição: PRM-
RJ-N.FRIBURGO-3º Ofício - GABPRM3-FABL
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 6, Página 1

PRM-NFR-RJ-00006427/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 17/11/2022 14:48. Para verificar a autenticidade acesse
Notícia de Fato nº 1.30.006.000247/2022-03

PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 222eb468.e8622fc7.9ae6cc4b.79aa6d69


Trata-se de Notícia de Fato idêntica à que deu azo à NF
1.30.006.000176/2021-50, instaurada a partir de representação cuja narrativa pode ser
sintetizada como se segue:

1) o autor afirma que sofre violação de direitos humanos mais precisamente


por "CIBERTORTURA a qual trata-se da malversação de tecnologias eletromagnéticas para
infringir tortura física e psicológica remota";

2) aduz que a União Federal é responsável pelos "crimes" de


"CIBERTORTURA" e "GANGSTALKING" a que é submetido, posto que o ente federal não
lhe protege;

3) afirma que os CREMERJ são coniventes com erros médicos pois " vítimas
de CIBERTORTURA e GANGSTALKING no Brasil que são erroneamente diagnosticados
como esquizofrenia CID grupo 20, sendo que o CID (código internacional de doença)
correto ao caso é W90.0X (ataque eletromagnético remoto)".

4) Mais adiante, afirmando terem os crimes se iniciado em 10/6/2011, informa


as patentes americanas que estão sendo utilizadas nos crimes, pede indenização de R$
100.000,00 à União e solicita "a elaboração de método tecnológico de defesa e proteção
contra a malversação das citadas tecnologias".

Página 1 de 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 6, Página 2

PRM-NFR-RJ-00006427/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS

5) Junta petição semelhante dirigida à 151ª DP, que restou indeferida; e

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 17/11/2022 14:48. Para verificar a autenticidade acesse
protocolo realizado em face do CREMERJ.

É o relato essencial.

A deflagração de investigação civil por parte do Ministério Público Federal

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 222eb468.e8622fc7.9ae6cc4b.79aa6d69


deve corresponder a indícios mínimos de fatos determinados que franqueiem a tutela dos
interesses e direitos a cargo do Parquet (art. 1º da Resolução CNMP nº 23/07), ou que digam
respeito ou importem danos efetivos ou potenciais a esses mesmos interesses (art. 1º da
Resolução CSMPF nº 87/06 e art. 5º da Resolução CNMP nº 23/07).

Com efeito, certificada a competência do Ministério Público Federal no


particular, a persecução civil só poderá ter início, ou prosseguir, se verificados, in concreto:
a) fatos minimamente determinados, que permitam a delimitação do objeto a ser investigado;
b) matéria atinente a interesses difusos, coletivos, individuais homogêneos ou outro sob
proteção do órgão ministerial; c) elementos de convicção, ainda que indiciários, de
irregularidade, ilegalidades ou abuso de poder (art. 6º da Lei nº 7.347/85 c/c art. 14, § 1º, da
Lei nº 8.429/92); d) inexistência de investigação precedente; e e) fatos ainda não
solucionados.

No caso em liça, não se vislumbram elementos minimamente idôneos de


irregularidade, ilegalidade, abuso de poder ou mesmo cometimento do crime mencionado vez
que a narrativa não traduz a correta conceituação de tortura dada pelo direito pátrio (lei
9.455/97). Ademais, os pedidos de investigação penal contra a União e o pleito indenizatório
individual por meio do Ministério Público Federal são destituídos de amparo legal.

Além disso, conforme certidão de Documento 3 (PRM-NFR-RJ-


00006162/2022), verificou-se que poderia existir possível conexão do presente procedimento
com a NF nº 1.30.006.000176/2021-50 (íntegra em anexo).

Página 2 de 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 6, Página 3

PRM-NFR-RJ-00006427/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS

Nesse sentido, após análise da referida Notícia de Fato, constatou-se que se

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 17/11/2022 14:48. Para verificar a autenticidade acesse
trata da mesma representação, apenas com alteração do representante (que passou a ser
pessoa jurídica, mas representada pela mesma pessoa física que apresentou manifestação
anterior), sendo certo que a íntegra da representação contida no outro procedimento é idêntica
aquela contida neste.

Dessa forma, considerando que estamos diante de documentos idênticos, sendo

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 222eb468.e8622fc7.9ae6cc4b.79aa6d69


que um deles, inclusive, já foi arquivado, necessário se faz o arquivamento do procedimento
em epígrafe também.

Registre-se que a NF 1.30.006.000176/2021-50 teve seu arquivamento


devidamente homologado à unanimidade pelo NAOP da 2ª Região.

Ante o exposto, considerando a ausência de elementos de prova ou de


informação mínimos para dar início à ação civil pública, PROMOVO O
ARQUIVAMENTO da presente notícia de fato , com base no art. 4º, III, da Resolução nº
174/2017 do CNMP.

Comunique-se ao representante. Transcorrido in albis o prazo, efetuem-se os


registros e controles necessários, sem necessidade de remessa dos autos à PFDC.

Nova Friburgo, 17 de novembro de 2022.

(assinado eletronicamente)
FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE
PROCURADOR DA REPÚBLICA

Página 3 de 4
BG
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 6, Página 4

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS

Página 4 de 4
PRM-NFR-RJ-00006427/2022

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 17/11/2022 14:48. Para verificar a autenticidade acesse
http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 222eb468.e8622fc7.9ae6cc4b.79aa6d69
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 6.1, Página 1

PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP


PFDC
Data de Autuação: 12/10/2021

Notícia de Fato - NF
1.30.006.000176/2021-50
Volume I

Resumo:
PFDC - Manifestação noticiando suposta violação de direitos humanos, prática de cyber-tortura e gang-stalking.
Partes:
REPRESENTANTE - VINICIUS RODRIGUES COELHO

REPRESENTADO - UNIÃO FEDERAL

Distribuição:
PRM-N.FRIBURGO - Encerrada em 16/12/2021 - PRM-RJ-N.FRIBURGO-3º Ofício

Grupo temático principal:


PFDC - PROCURADORIA FEDERAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO
Tema:
600373 - Promoção e Proteção dos Direitos Humanos (Garantias Constitucionais/DIREITO ADMINISTRATIVO E
OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO)
Observação:
Município(s):
NOVA FRIBURGO - RJ

Movimentado para:
04/03/2022 - PRM-N.FRIBURGO/ARQ/N.FRIBURGO - ARQUIVO DA PRM NOVA FRIBURGO
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1, Página
Página1 2

Ministério Público Federal


Sala de Atendimento ao Cidadão

Manifestação 20210085354

Pessoa Física Sexo Masculino


Manifestante VINICIUS RODRIGUES COELHO

CPF 058.909.227-85
Nascimento 10/06/1988
Ocupação Contabilidade

Email viniciusgts88@gmail.com
Telefone (22) 99935-7846
Telefone(s) adic. (22) 2524-9000
Município NOVA FRIBURGO
UF RJ
País Brasil
Endereço Alameda dos Rodrigues,10 casa - Campo do Coelho
CEP 28630-645

Representação

Data do Fato
Município do Fato NOVA FRIBURGO
UF do Fato RJ

Descrição
Eu, Vinicius Rodrigues Coelho, brasileiro, natural do estado do Rio de Janeiro, nascido em
10/06/1988, portador do RG n° 020.244.721-5 Detran RJ, e do CPF n° 058.909.227-85,
residente na Alameda dos Rodrigues, n° 10, bairro Córrego Dantas, cidade Nova Friburgo-RJ,
CEP 28.630-645, venho por meio desta petição representar contra a UNIÃO (a pessoa jurídica
de direito público interno) em face da violação dos direitos humanos sofrida por mim
conforme exposto no relatório da 43° seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU
(Organização das Nações Unidas) de 24 de fevereiro de 2020 à 20 de março de 2020 (vide
Anexo I o citado relatório) presidida pelo professor Nils Melzer a qual versa sobre o tortura e
tratamentos desumanos e degradantes, mais especificamente a partir da página 19, item E,
itens 71 à 87, que expõe a CIBERTORTURA a qual trata-se da malversação de tecnologias
eletromagnéticas para infringir tortura física e psicológica remotamente não se confundindo
com o mero assédio no ambiente de internet conforme explicado no item 71 do citado

Pagina 1 of 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1, Página
Página2 3

Ministério Público Federal


Sala de Atendimento ao Cidadão

relatório. O item 73 do citado relatório da ONU cita:"y cada vez más también mediante el
control o la manipulación a distancia de cinturones de descargas eléctricas (A/72/178, párr.
51), implantes médicos y, posiblemente, dispositivos nanotecnológicos o
neurotecnológicos55. La cibertecnología también puede utilizarse para infligir o contribuir a
sufrimientos mentales graves evitando el conducto del cuerpo físico, en concreto a través de
la intimidación, el acoso, la vigilancia, la vergüenza y la difamación públicas, así como la
apropiación, la supresión o la manipulación de información."Isto posto, o requerente declara
ser vítima de CIBERTORTURA e também do assédio organizado chamado GANGSTALKING
onde o item 84 letra C, do citado relatório da ONU diz:"Por "impotencia" se entenderá la
incapacidad de la víctima de evitar o resistir el dolor o sufrimiento mental... los contextos
sociales caracterizados por el control coercitivo, el acoso colectivo, el ciberacoso y la
persecución"A CIBERTORTURA e também do assédio organizado chamado GANGSTALKING
implicam na violação dos direitos humanos como também nos direitos e garantias
fundamentas do artigo 5° da Constituição federal, a saber do inciso III devido a tortura e ao
tratamento desumano e degradante; inciso IV devido ao dano material, moral e de imagem;
inciso X devido violação da intimidade e vida privada, esta praticada pelo GANGSTALKING. A
data estimada de início dos crimes é 10/06/2011. O requerente acusa e responsabiliza a
UNIÃO devido sua inoperância e consequente conivência com os citados crimes, inclusive por
desleixo e descaso ante às conclusões e recomendações do relatório da 43° seção do
Conselho de Direitos Humanos da ONU, item 77 à 87, e ante sua obrigação de defender o
cidadão brasileiro.O requerente declara ainda que buscou ajuda das autoridades, a saber da
Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro através do pedido de abertura de inquérito policial
protocolo n° E09/032927/1151/2021 de 04/05/2021 (vide o Anexo II, o citado pedido
protocolado), o qual foi vergonhosamente indeferido em 04/10/2021 (vide o Anexo III, o
citado indeferimento assinado). Declaro ainda ter comunicado ao Cremerj (Conselho de
Medicina do estado do Rio de Janeiro) no dia 28/09/2021 protocolo n° 10353644 (vide Anexo
IV o citado pedido protocolado) a existência de erro médico uma vez que existem inúmeras
outras vítimas de CIBERTORTURA e GANGSTALKING no Brasil que são erroneamente
diagnosticados como esquizofrenia CID grupo 20, sendo que o CID (código internacional de
doença) correto ao caso é W90.0X (ataque eletromagnético remoto). Dentre as tecnologias
utilizadas no cometimentos destes crimes, pode-se destacar: patente US 3951134 (https:
//patents.google.com/patent/US3951134A/en); patente US 7629918 (https://patents.google.
com/patent/US7629918B2/en?oq=patente+7629918); patente US 6587729 (https://patents.
google.com/patent/US6587729B2/en?oq=patente+6587729); patente US 6470214 (https:
//patents.google.com/patent/US6470214B1/en).
Solicitação
Diante disto, o requerente solicita justa indenização de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a ser
arbitrada pelo juiz contra a UNIÃO devido a violação dos direitos humanos e violação dos
direitos e garantias fundamentais do artigo 5° da Constituição Federal por anos a fio. Solicita
ainda a elaboração de método tecnológico de defesa e proteção contra a malversação das
citadas tecnologias. E solicita ainda a investigação dos fatos apresentados uma vez que temos
inúmeras outras vítimas de CIBERTORTURA e GANGSTALKING no Brasil.O requerente aponta
como suas testemunhas abaixo relacionadas as pessoas que também são vítimas: Evaldo
Pereira Correa (RG 007.728.078-2 Detran RJ, (21)9.9139.0718); Edvania Correia de Paulo
Sousa (RG MG-13.727.454 SSP-MG, (31)8785-1762); Tonimar Pontes Oliveira Vaz ((32)
9976-0490); Francis Penko Filisbino (RJ 427.018.985 SSP SP; (19)9.8289.2640).

Pagina 2 of 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1, Página
Página3 4

Ministério Público Federal


Sala de Atendimento ao Cidadão

Pagina 3 of 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1, Página
Página4 5

Ministério Público Federal


Sala de Atendimento ao Cidadão

Andamentos
Data Tipo Responsável

12/10/2021 15:53 Assume manifestação CAMILLA HOELZ

12/10/2021 14:34 Cadastro de Manifestação MANIFESTANTE

Pagina 4 of 4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.1, Página 61

PETIÇÃO
Eu, Vinicius Rodrigues Coelho, brasileiro, natural do estado do Rio de Janeiro, nascido em
10/06/1988, portador do RG n° 020.244.721-5 Detran RJ, e do CPF n° 058.909.227-85, residente
na Alameda dos Rodrigues, n° 10, bairro Córrego D´antas, cidade Nova Friburgo-RJ, CEP 28.630-
645, venho por meio desta petição representar contra a UNIÃO (a pessoa jurídica de direito
público interno) em face da violação dos direitos humanos sofrida por mim conforme exposto
no relatório da 43° seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações
Unidas) de 24 de fevereiro de 2020 à 20 de março de 2020 (vide Anexo I o citado relatório)
presidida pelo professor Nils Melzer a qual versa sobre o tortura e tratamentos desumanos e
degradantes, mais especificamente a partir da página 19, item E, itens 71 à 87, que expõe a
CIBERTORTURA a qual trata-se da malversação de tecnologias eletromagnéticas para infringir
tortura física e psicológica remotamente não se confundindo com o mero assédio no ambiente
de internet conforme explicado no item 71 do citado relatório. O item 73 do citado relatório da
ONU cita:

“y cada vez más también mediante el control o la manipulación a distancia de cinturones de


descargas eléctricas (A/72/178, párr. 51), implantes médicos y, posiblemente, dispositivos
nanotecnológicos o neurotecnológicos55. La cibertecnología también puede utilizarse para
infligir o contribuir a sufrimientos mentales graves evitando el conducto del cuerpo físico, en
concreto a través de la intimidación, el acoso, la vigilancia, la vergüenza y la difamación
públicas, así como la apropiación, la supresión o la manipulación de información.”

Isto posto, o requerente declara ser vítima de CIBERTORTURA e também do assédio organizado
chamado GANGSTALKING onde o item 84 letra C, do citado relatório da ONU diz:

“Por “impotencia” se entenderá la incapacidad de la víctima de evitar o resistir el dolor o


sufrimiento mental... los contextos sociales caracterizados por el control coercitivo, el acoso
colectivo, el ciberacoso y la persecución”

A CIBERTORTURA e também do assédio organizado chamado GANGSTALKING implicam na


violação dos direitos humanos como também nos direitos e garantias fundamentas do artigo 5°
da Constituição federal, a saber do inciso III devido a tortura e ao tratamento desumano e
degradante; inciso IV devido ao dano material, moral e de imagem; inciso X devido violação da
intimidade e vida privada, esta praticada pelo GANGSTALKING.

A data estimada de início dos crimes é 10/06/2011.

O requerente acusa e responsabiliza a UNIÃO devido sua inoperância e consequente conivência


com os citados crimes, inclusive por desleixo e descaso ante às conclusões e recomendações do
relatório da 43° seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU, item 77 à 87, e ante sua
obrigação de defender o cidadão brasileiro.
O requerente declara ainda que buscou ajuda das autoridades, a saber da Polícia Civil do estado
do Rio de Janeiro através do pedido de abertura de inquérito policial protocolo n°
E09/032927/1151/2021 de 04/05/2021 (vide o Anexo II, o citado pedido protocolado), o qual
foi vergonhosamente indeferido em 04/10/2021 (vide o Anexo III, o citado indeferimento
assinado).
Declaro ainda ter comunicado ao Cremerj (Conselho de Medicina do estado do Rio de Janeiro)
no dia 28/09/2021 protocolo n° 10353644 (vide Anexo IV o citado pedido protocolado) a
existência de erro médico uma vez que existem inúmeras outras vítimas de CIBERTORTURA e
GANGSTALKING no Brasil que são erroneamente diagnosticados como esquizofrenia CID grupo
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.1, Página 72

20, sendo que o CID (código internacional de doença) correto ao caso é W90.0X (ataque
eletromagnético remoto).

Dentre as tecnologias utilizadas no cometimentos destes crimes, pode-se destacar: patente US


3951134 (https://patents.google.com/patent/US3951134A/en); patente US 7629918
(https://patents.google.com/patent/US7629918B2/en?oq=patente+7629918); patente US
6587729 (https://patents.google.com/patent/US6587729B2/en?oq=patente+6587729);
patente US 6470214 (https://patents.google.com/patent/US6470214B1/en).

Diante disto, o requerente solicita justa indenização de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a ser
arbitrada pelo juiz contra a UNIÃO devido a violação dos direitos humanos e violação dos direitos
e garantias fundamentais do artigo 5° da Constituição Federal por anos a fio.

O requerente aponta como suas testemunhas abaixo relacionadas as pessoas que também são
vítimas: Evaldo Pereira Correa (RG 007.728.078-2 Detran RJ, (21)9.9139.0718); Edvania Correia
de Paulo Sousa (RG MG-13.727.454 SSP-MG, (31)8785-1762); Tonimar Pontes Oliveira Vaz
((32)9976-0490); Francis Penko Filisbino (RJ 427.018.985 SSP SP; (19)9.8289.2640).

Nova Friburgo, RJ, 12/10/2021.

Vinicius Rodrigues Coelho.


Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 81

Naciones Unidas A/HRC/43/49


Asamblea General Distr. general
20 de marzo de 2020
Español
Original: inglés

Consejo de Derechos Humanos


43er período de sesiones
24 de febrero a 20 de marzo de 2020
Tema 3 de la agenda
Promoción y protección de todos los derechos humanos,
civiles, políticos, económicos, sociales y culturales,
incluido el derecho al desarrollo

Tortura y otros tratos o penas crueles, inhumanos


o degradantes

Informe del Relator Especial*

Resumen
En el presente informe, el Relator Especial sobre la tortura y otros tratos o penas
crueles, inhumanos o degradantes examina las cuestiones conceptuales, de definición e
interpretación que se plantean a propósito del concepto de “tortura psicológica” en el marco
del derecho de los derechos humanos.

* Este informe se presenta con retraso para poder incluir en él la información más reciente.
GE.20-04273 (S) 040520 070520


Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 92

A/HRC/43/49

Índice
Página
I. Introducción .................................................................................................................................. 3
II. Actividades relacionadas con el mandato ...................................................................................... 3
III. Tortura psicológica ........................................................................................................................ 3
A. Antecedentes ......................................................................................................................... 3
B. Concepto de tortura psicológica............................................................................................ 6
C. Aplicación de los elementos constitutivos ............................................................................ 8
D. Métodos predominantes de tortura psicológica .................................................................... 13
E. Cibertortura ........................................................................................................................... 19
IV. Conclusiones y recomendaciones .................................................................................................. 21

2 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 10
3

A/HRC/43/49

I. Introducción
1. El presente informe se ha elaborado de conformidad con la resolución 34/19 del
Consejo de Derechos Humanos.

II. Actividades relacionadas con el mandato


2. En 2019, el Relator Especial transmitió 114 comunicaciones, conjuntamente con
otros titulares de mandatos o de manera individual, en nombre de personas expuestas a la
tortura y otros malos tratos.
3. Desde su anterior informe al Consejo de Derechos Humanos, en marzo de 2019, el
Relator Especial ha participado en diversas consultas, talleres y actos sobre cuestiones
relacionadas con su mandato. Los más notables se enumeran a continuación.
4. Los días 9 y 10 de mayo de 2019, el Relator Especial y su equipo médico realizaron
una visita para reunirse con Julian Assange, detenido en la prisión de Belmarsh (Londres),
y con las autoridades británicas competentes, a fin de evaluar el estado de salud y las
condiciones de reclusión del Sr. Assange, así como los presuntos riesgos de torturas o
malos tratos derivados de su posible extradición a los Estados Unidos de América.
5. El 5 de junio, el Relator Especial participó en la conferencia “Multilateralismo
efectivo en la lucha contra la tortura: tendencias en la región de la OSCE y camino a
seguir”, organizada por la Oficina de Instituciones Democráticas y Derechos Humanos de
la Organización para la Seguridad y la Cooperación en Europa (OSCE) en Viena.
6. Del 12 al 15 de junio, el Relator Especial visitó las Comoras (A/HRC/43/49/Add.1).
7. El 26 de junio, para respaldar la celebración del Día Internacional en Apoyo de las
Víctimas de la Tortura, el Relator Especial coorganizó un acto paralelo en el 41er período de
sesiones del Consejo de Derechos Humanos sobre las líneas divisorias entre la
investigación no coercitiva y la tortura psicológica.
8. El 15 de octubre, el Relator Especial presentó a la Asamblea General su informe
temático (A/74/148) sobre la importancia de la prohibición de la tortura y los malos tratos
en el contexto de la violencia doméstica.
9. El 18 de octubre, el Relator Especial participó en una conferencia de alto nivel sobre
la lucha contra los malos tratos policiales, celebrada en Bečići (Montenegro) y organizada
por el Consejo de Europa.
10. Del 17 al 24 de noviembre, el Relator Especial visitó Maldivas. Formuló amplias
observaciones preliminares después de la visita y presentará su informe al Consejo de
Derechos Humanos en marzo de 2021.

III. Tortura psicológica

A. Antecedentes

11. Se reconoce que la prohibición universal de la tortura es de carácter absoluto,


inderogable e imperativa y se ha reafirmado en numerosos instrumentos internacionales de
derechos humanos, de derecho humanitario y de derecho penal. Desde su primera
proclamación en el artículo 5 de la Declaración Universal de Derechos Humanos, la
comunidad internacional ha establecido un excepcional marco normativo e institucional
para su aplicación (A/73/207, párrs. 5 a 18). No obstante, al mismo tiempo, numerosos
Estados han invertido importantes recursos en la concepción de métodos de tortura que

GE.20-04273 3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 11
4

A/HRC/43/49

pueden lograr fines de coacción, intimidación, castigo, humillación o discriminación sin


dejar marcas ni causar daños físicos de fácil detección (A/73/207, párr. 45)1.
12. Como continuación de los experimentos llevados a cabo por el régimen nazi con los
reclusos de los campos de concentración durante la Segunda Guerra Mundial 2, en la época
de la Guerra Fría surgieron varios proyectos a gran escala y a largo plazo de carácter
secreto que comprendían experimentos sistemáticos de “control mental” con miles de
prisioneros, pacientes psiquiátricos y voluntarios que desconocían la verdadera naturaleza y
finalidad de esos ensayos y los graves riesgos para la salud que producían 3. Esos
experimentos dieron lugar a la adopción y la proliferación internacional de metodologías de
interrogatorio que, a pesar de su descripción eufemística como técnicas “intensivas”,
“profundas”, “extraordinarias” o “especiales” de interrogatorio, “presión física moderada”,
“técnicas de condicionamiento”, “explotación de recursos humanos” e incluso tortura
“limpia” o “blanca”, eran manifiestamente incompatibles con la ética médica y con la
prohibición de la tortura y otros tratos o penas crueles, inhumanos o degradantes 4. Si bien
algunos de esos métodos entrañaban una importante violencia física, otros eran de carácter
específicamente psicológico. En los últimos años, algunos de esos métodos han resurgido
de manera más destacada en relación con la tortura en los interrogatorios dentro del
contexto de la lucha contra el terrorismo 5, la privación de libertad a los “migrantes
irregulares” basada en la “disuasión” (véase A/HRC/37/50), la presunta internación
colectiva con fines de “reeducación” política6 y el maltrato de los presos de conciencia 7.
Las tecnologías nuevas y emergentes también dan lugar a instrumentos y entornos sin
precedentes de interacción no física que deben tenerse debidamente en cuenta en la
interpretación contemporánea de la prohibición de la tortura.
13. Los titulares de mandatos reconocen desde hace mucho tiempo que la tortura
“psicológica” o “mental” es un concepto analítico distinto de la tortura física (véase
E/CN.4/1986/15) y han abordado métodos o contextos específicos de la tortura psicológica 8
y han señalado los problemas concretos que se plantean en lo tocante a la investigación y la
reparación de ese tipo de maltrato (A/HRC/13/39/Add.5, párr. 55), así como el vínculo
indisoluble entre la tortura psicológica y los interrogatorios coercitivos (A/71/298, párrs. 37

1 Linda Piwowarczyk, Alejandro Moreno y Michael Grodin, “Health care of torture survivors”, Journal
of the American Medical Association (JAMA), vol. 284, núm. 5 (2 de agosto de 2000).
2 Jonathan D. Moreno, “Acid brothers: Henry Beecher, Timothy Leary, and the psychedelic of the
century”, Perspectives in Biology and Medicine, vol. 59, núm. 1 (invierno de 2016), págs. 108 y 109.
3 En particular, “Project MKUltra, the CIA’s Programme of Research in Behavioural Modification”
(1953 a 1973).
4 Estados Unidos de América, Agencia Central de Inteligencia, KUBARK Counterintelligence
Interrogation (1963), secc. IX; Estados Unidos, Agencia Central de Inteligencia; Human Resource
Exploitation Training Manual (1983); Reino Unido de Gran Bretaña e Irlanda del Norte,
“Interrogatorio profundo (las cinco técnicas)”, litigio ante el Tribunal Europeo de Derechos Humanos,
Ireland v. the United Kingdom, demanda núm. 5310/71, sentencia, 18 de enero de 1978; Presidente de
Francia, Emmanuel Macron, declaración sobre la muerte de Maurice Audin, 13 de septiembre de
2018, en la que se reconoció que los sucesivos Gobiernos de Francia habían aplicado un sistema de
tortura política y desapariciones en Argelia; Lawrence E. Hinkle, Jr., y Harold G. Wolff, “Communist
interrogation and indoctrination of ‘enemies of the state’: analysis of methods used by the communist
state police – a special report”, American Medical Association Archives of Neurology and Psychiatry,
vol. 76, núm. 2 (agosto de 1956); y Scott Shane, “U.S. interrogators were taught Chinese coercion
techniques”, New York Times, 2 de julio de 2008.
5 Comisión Especial de Inteligencia del Senado de los Estados Unidos, Committee Study of the Central
Intelligence Agency’s Detention and Interrogation Program (2014).
6 CAT/C/CHN/CO/5, párr. 42; así como dos comunicaciones firmadas conjuntamente por el Relator
Especial, a saber, las comunicaciones núms. OL/CHN18/2019, de 1 de noviembre de 2019, y
OL/CHN15/2018, de 24 de agosto de 2018. Véase también “China cables”, disponible en
www.icij.org/investigations/china-cables/read-the-china-cables-documents/.
7 Véanse, en particular, las comunicaciones enviadas por el Relator Especial y su predecesor en los
casos de Bradley/Chelsea Manning, comunicaciones núms. UA G/SO 214 (53-24) USA 8/2011,
de 15 de junio de 2011, y AL USA 22/2019, de 1 de noviembre de 2019, y de Julian Assange,
comunicaciones núms. UA/GBR/3/2019, de 27 de mayo de 2019, y UA GBR 6/2019, de 29 de
octubre de 2019.
8 Véanse, por ejemplo, A/74/148, párrs. 32 a 34; A/59/324, párr. 17; y E/CN.4/2006/120, párr. 52.

4 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 12
5

A/HRC/43/49

a 45). También han dedicado un informe temático completo a la práctica de la reclusión en


régimen de aislamiento (A/66/268), han promovido la elaboración de directrices para las
prácticas de entrevista no coercitivas (véase A/71/298), han apoyado la reciente
actualización del Manual para la investigación y documentación eficaces de la tortura y
otros tratos o penas crueles, inhumanos o degradantes (Protocolo de Estambul) y han
fomentado una mayor conciencia sobre los problemas de la tortura psicológica en
numerosas comunicaciones individuales. El 26 de junio de 2019, con ocasión del Día
Internacional en Apoyo de las Víctimas de la Tortura, el Relator Especial inició sus
consultas temáticas al respecto en un acto paralelo del 41 er período de sesiones del Consejo
de Derechos Humanos, que incluyó un panel de expertos sobre las líneas divisorias entre la
investigación no coercitiva y la tortura psicológica, y la proyección de Monstruos
eminentes, documental sobre los orígenes y los efectos devastadores de la tortura
psicológica contemporánea9.
14. Aunque esas iniciativas han sido en general bien recibidas por los Estados, la
práctica de los países sigue tendiendo a negar o desatender la tortura psicológica, a
malinterpretarla o a trivializarla como algo que se podría denominar eufemísticamente
“tortura ligera”, mientras que sigue siendo predominante la percepción de que la “tortura
real” exige la imposición de dolores o sufrimientos físicos (el llamado “sesgo
materialista”)10. Algunos Estados han adoptado incluso definiciones nacionales de la tortura
que excluyen los dolores o los sufrimientos mentales, o interpretaciones que presuponen
que, para que haya tortura, los dolores o los sufrimientos mentales sean causados por la
amenaza o la imposición de dolores o sufrimientos físicos, amenazas de muerte inminente o
perturbación mental profunda. Tanto el Comité contra la Tortura como los titulares de
mandatos han rechazado esos planteamientos por considerarlos contrarios a la Convención
contra la Tortura y Otros Tratos o Penas Crueles, Inhumanos o Degradantes 11. En todo caso,
además de eso, el término “tortura psicológica” se sigue utilizando en la jurisprudencia y en
la defensa de los derechos humanos sin carácter unívoco, y los expertos jurídicos y médicos
llevan mucho tiempo pidiendo que se aclare su uso 12.
15. Habida cuenta de lo que antecede, en el presente informe, el Relator Especial:
a) Examina las discrepancias conceptuales predominantes que se plantean a
propósito del concepto de “tortura psicológica”;
b) Propone definiciones de trabajo de la tortura “psicológica” y la tortura
“física” desde la perspectiva del derecho internacional de los derechos humanos;
c) Formula recomendaciones sobre la interpretación de los elementos
constitutivos de la tortura en el contexto de la tortura psicológica;
d) Presenta un marco analítico no exhaustivo, basado en las necesidades, que
facilite la determinación de los métodos, las técnicas o las circunstancias específicos que
constituyan o contribuyan a la tortura psicológica;
e) Explica la manera en que diversas combinaciones de métodos, técnicas y
circunstancias, que no en todos los casos pueden equivaler a tortura si se consideran de

9 Véase www.hopscotchfilms.co.uk/news/2019/7/26/eminent-monsters-to-be-screened-at-a-united-
nations-side-event.
10 David Luban y Henry Shue, “Mental torture: a critique of erasures in U.S. law”, Georgetown Law
Journal, vol. 100, núm. 3 (marzo de 2012).
11 A/HRC/13/39/Add.5, párr. 74; CAT/C/USA/CO/3-5, párr. 9; CAT/C/GAB/CO/1, párr. 7;
CAT/C/RWA/CO/1, párr. 7; CAT/C/CHN/CO/4, párr. 33; y CAT/C/CHN/CO/5, párr. 7.
12 Véase, por ejemplo, Pau Pérez Sales, Tortura psicológica. Definición, evaluación y medida (Bilbao,
Desclee de Brower, 2016); Hernán Reyes, “Las peores cicatrices no siempre son físicas: la tortura
psicológica”, International Review of the Red Cross, vol. 89, núm. 867 (septiembre de 2007); Ergun
Cakal, “Debility, dependency and dread: on the conceptual and evidentiary dimensions of
psychological torture”, Torture, vol. 28, núm. 2 (2018); Almerindo E. Ojeda, ed., The Trauma of
Psychological Torture (West Port, Connecticut, Praeger Publishers, 2008); Nora Sveaass,
“Destroying minds: psychological pain and the crime of torture”, City University of New York Law
Review, vol. 11, núm. 2 (verano de 2008), pág. 303; y Metin Başoğlu, ed., Torture and its Definition
in International Law: An Interdisciplinary Approach (Nueva York, Oxford University Press, 2017),
págs. 397 y 492.

GE.20-04273 5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 13
6

A/HRC/43/49

manera aislada y fuera de contexto, pueden constituir “entornos de tortura” que


contravienen la prohibición de la tortura;
f) Alienta la interpretación de la prohibición de la tortura en consonancia con
las posibilidades y los retos contemporáneos que se plantean a raíz de las tecnologías
emergentes y explora, de manera preliminar, la conceptuación y las líneas básicas de lo que
se podría describir como “cibertortura”.
16. El Relator Especial ha llevado a cabo amplias investigaciones y consultas con las
partes interesadas, entre otras cosas, mediante una convocatoria abierta de contribuciones
por medio de un cuestionario13. En el presente informe quedan reflejadas las conclusiones y
recomendaciones resultantes del Relator Especial. Habida cuenta del alcance y la
complejidad sustantivos del tema y de las limitaciones aplicables de carácter temporal y en
el número de palabras, el Relator Especial examina únicamente el concepto de “tortura”
psicológica. Dado que, en la práctica, la “tortura” y “otros tratos o penas crueles,
inhumanos o degradantes” suelen estar estrechamente relacionados entre sí, se deberían
emprender nuevas investigaciones para aclarar la cuestión más amplia de los malos tratos
psicológicos.

B. Concepto de tortura psicológica

1. Definición de trabajo
17. “Tortura psicológica” no es un término técnico en el derecho internacional, pero se
ha utilizado en diversas disciplinas, como la jurídica, la médica, la psicológica, la ética, la
filosófica, la histórica y la sociológica, con diferentes finalidades y con diversas
interpretaciones. El Relator Especial reconoce que todas esas visiones tienen su propia
legitimidad, validez y finalidad en sus respectivos campos. De conformidad con el mandato
que se le ha conferido, en el presente informe examina el concepto de “tortura psicológica”
desde la perspectiva del derecho internacional de los derechos humanos.
18. Según el artículo 1 de la Convención contra la Tortura y Otros Tratos o Penas
Crueles, Inhumanos o Degradantes, el concepto sustantivo de “tortura” comprende, en
particular, infligir intencionadamente dolores o sufrimientos graves, “ya sean físicos o
mentales”. Es esa yuxtaposición explícita de dolores o sufrimientos “mentales” y “físicos”
lo que se suele denominar la base jurídica del concepto de tortura psicológica. Por
consiguiente, en el derecho de los derechos humanos, lo más habitual es que por tortura
“psicológica” se entienda infligir dolores o sufrimientos “mentales”, mientras que la tortura
“física” se asocia generalmente a dolores o sufrimientos “físicos” 14.
19. En consonancia con esta posición, compartida por anteriores titulares de mandatos
(E/CN.4/1986/15, párr. 118), el Relator Especial opina que, en el marco del derecho de los
derechos humanos, debería interpretarse que la “tortura psicológica” incluye todos los
métodos, técnicas y circunstancias que estén destinados o concebidos para infligir
deliberadamente dolores o sufrimientos mentales graves sin utilizar el conducto o el efecto
de dolores o sufrimientos físicos graves. Asimismo, a juicio del Relator Especial, debería
interpretarse que la “tortura física” incluye todos los métodos, técnicas y entornos
destinados o concebidos para infligir de manera intencionada dolores o sufrimientos físicos
graves, independientemente de que se inflijan al mismo tiempo dolores o sufrimientos
mentales.

2. Distinción entre los “métodos”, los “efectos” y los “motivos”


20. Aunque la distinción propuesta entre métodos de tortura “físicos” y “psicológicos”
parece bastante sencilla y se deriva directamente del texto de la Convención, su aplicación
sistemática y coherente se encuentra sujeta a distintas cautelas cuyo origen está en que el
debate más amplio de la dimensión psicológica de la tortura se puede dividir en al menos
tres dimensiones paralelas de la misma importancia, a saber, las referidas a los métodos

13 Véase www.ohchr.org/Documents/Issues/Torture/Call/QuestionnairePsychologicalTorture.docx.
14 Luban y Shue, “Mental torture”.

6 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 14
7

A/HRC/43/49

psicológicos (las técnicas), a los efectos psicológicos (las secuelas) y a los motivos
psicológicos (el objetivo) de la tortura.
21. En primer lugar, la distinción entre los métodos psicológicos y físicos de tortura no
debería ocultar que, como cuestión de derecho, la “tortura” es un concepto unificado. Todos
los métodos de tortura están sujetos a la misma prohibición y dan lugar a las mismas
obligaciones jurídicas, independientemente de que los dolores o los sufrimientos infligidos
sean de carácter “físico” o “mental” o una combinación de ambos. Por consiguiente, el
objetivo de la distinción entre los métodos de tortura “psicológicos” y “físicos” no es
señalar ninguna diferencia en cuanto a las consecuencias jurídicas o de ilicitud, sino aclarar
en qué medida la prohibición genérica de la tortura abarca los métodos que no utilizan el
conducto o el efecto de dolores o sufrimientos físicos graves.
22. En segundo lugar, el análisis de los métodos psicológicos (las técnicas) de la tortura
no debería confundirse con el de los efectos psicológicos (las secuelas). En realidad, tanto
los métodos de tortura físicos como los métodos psicológicos tienen efectos físicos y
psicológicos (E/CN.4/1986/15, párr. 118). Por tanto, el hecho de infligir dolores o
sufrimientos físicos también causa casi invariablemente sufrimientos mentales, incluidos
traumas graves, ansiedad, depresión y otras formas de daños mentales y emocionales.
Asimismo, los dolores o sufrimientos mentales afectan asimismo a las funciones corporales
y, según la intensidad y la duración, pueden causar daños físicos irreparables o incluso la
muerte, por ejemplo, por crisis nerviosa o insuficiencia cardiovascular. En lo que atañe a la
gravedad, se ha demostrado que los factores de estrés psicológico y físico infligen
sufrimientos igualmente graves (A/HRC/13/39, párr. 46)15. Por consiguiente, desde una
perspectiva psicofisiológica, la distinción entre la tortura “física” y “psicológica” es
predominantemente conceptual, analítica y pedagógica y no indica la existencia paralela, en
la práctica, de dos dimensiones distintas y mutuamente excluyentes de la tortura, ni de
ninguna jerarquía de gravedad entre la tortura “física” y la tortura “psicológica”.
23. Un tercer aspecto específico de la dimensión psicológica de la tortura son sus
motivos intrínsecamente psicológicos (el objetivo). Desde una perspectiva funcional, todas
las formas de tortura instrumentalizan de manera deliberada los dolores y los sufrimientos
graves infligidos como vehículo para lograr un propósito particular (A/72/178, párr. 31).
Metodológicamente, esos propósitos pueden perseguirse mediante la imposición de dolores
o sufrimientos “físicos” o “mentales” o una combinación de ellos, y en cada caso causarán
diversos conjuntos de efectos físicos y psicológicos. Sin embargo, desde el punto de vista
funcional, la tortura nunca es de carácter exclusivamente físico, sino que siempre tiene por
objeto influir en la mente y las emociones de las víctimas o de terceras personas contra las
que se dirige16. Muchos métodos de tortura física crean y explotan deliberadamente
conflictos internos debilitantes; por ejemplo, se ordena a las personas cautivas que
permanezcan en posturas forzadas que causan dolor físico bajo la amenaza de violación en
caso de desobediencia. Se puede causar un conflicto interno similar sin dolor físico, por
ejemplo, al ordenar a la persona detenida que se masturbe delante de los guardias y los
reclusos, de nuevo bajo la amenaza de violación en caso de no obedecer. Por consiguiente,
la distinción entre tortura “física” y “psicológica” no lleva implícita ninguna diferencia en
los motivos funcionales, sino que se refiere a la vía metodológica por la que el torturador
lleva a la práctica esos motivos.

3. Distinción entre la tortura psicológica y la tortura física “sin marcas”


y “sin contacto”
24. Si bien los métodos de tortura que entrañan lesiones corporales visibles no suelen
denominarse “tortura psicológica”, la expresión se combina a veces con la tortura “sin
marcas”, cuyo objetivo es evitar las señales visibles en el cuerpo de la víctima, y con la
tortura “sin contacto”, cuya finalidad es evitar infligir dolores o sufrimientos mediante la
interacción física directa. No obstante, en realidad, tanto la tortura “sin marcas” como la
tortura “sin contacto” pueden ser también de carácter físico y, en ese caso, son distintas de
la tortura psicológica.

15 Başoğlu, “Torture and its definition in international law”, pág. 37.


16 Sveaass, “Destroying minds”, págs. 313 y 314.

GE.20-04273 7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 15
8

A/HRC/43/49

25. En particular, aunque la tortura física “sin marcas” tiene como fin evitar las señales
visibles en el cuerpo de la víctima, los objetivos de esta se continúan persiguiendo mediante
la imposición deliberada de dolores o sufrimientos físicos graves. Algunas técnicas físicas
“sin marcas” logran los dolores o los sufrimientos físicos propuestos de manera inmediata y
directa, como los golpes con objetos aislados en determinadas partes del cuerpo, el
ahogamiento simulado (“submarino”) o la asfixia con bolsas de plástico (“submarino
seco”). Otras técnicas físicas “sin marcas” conllevan la imposición prolongada o
acumulativa de dolores o sufrimientos físicos que inicialmente son de “baja intensidad”,
con el objeto de que evolucionen de modo progresivo hasta niveles insoportables, como la
orden de permanecer de pie o en cuclillas o el encadenamiento en posiciones de tensión.
Aunque todas esas técnicas tienen por objeto evitar las marcas físicas visibles a simple
vista y para un observador inexperto, muchas de ellas siguen produciendo secuelas físicas
—como tumefacción, excoriación, contusiones e irritaciones— que los expertos forenses
con experiencia pueden detectar y documentar con fiabilidad durante períodos que van de
unos días a varias semanas. Sin embargo, en la práctica, la obstrucción y las demoras, así
como la falta de conocimientos especializados, capacidad y voluntad de las instancias
competentes en materia de investigación, tienen como consecuencia que la gran mayoría de
las denuncias de torturas “sin marca” no se investiguen o se desestimen fácilmente por falta
de pruebas.
26. Asimismo, la tortura física “sin contacto” evita la interacción física directa, pero
sigue manipulando o instrumentalizando de forma intencionada las necesidades, funciones
y reacciones fisiológicas para infligir dolores o sufrimientos físicos. Generalmente, incluye
los dolores infligidos por la imposición con amenazas de posiciones de tensión o por una
fuerte irritación sensorial o fisiológica mediante temperaturas extremas, ruidos fuertes, luz
brillante o malos olores, la privación de sueño, comida o bebida, el impedimento o la
provocación de la micción, la defecación o vómitos, o la exposición a fármacos o síntomas
de síndrome de abstinencia. Aunque esas técnicas utilizan deliberadamente el conducto del
cuerpo de la víctima para infligirle dolores y sufrimientos, en ocasiones se consideran como
tortura psicológica, principalmente por sus motivos psicológicos y por su efecto
desestabilizador previsto en la mente y las emociones humanas, así como por el limitado
contacto físico entre el torturador y la víctima. No obstante, si las técnicas “sin contacto”
infligen dolores o sufrimientos físicos graves de cualquier tipo, deberían considerarse
tortura física.

C. Aplicación de los elementos constitutivos

27. El concepto de tortura psicológica, según se ha definido, plantea una serie de


cuestiones relativas a la interpretación de los elementos constitutivos de la tortura que
trascienden las afirmaciones recogidas en informes anteriores (A/72/178, párr. 31);
A/73/207, párrs. 6 y 7; y E/CN.4/2006/6, párrs. 38 a 41). Todas esas cuestiones relativas a
los elementos “sustantivos” de la definición, que determinan la conducta que equivale a
tortura, y al elemento “atributivo”, que determina el grado requerido de participación de los
agentes públicos para que la tortura conlleve una responsabilidad del Estado, se han
examinado a fondo en informes anteriores y no es necesario volver a analizarlas aquí
(A/74/148, párr. 5).

1. Dolores o sufrimientos graves


28. Los mecanismos internacionales contra la tortura no han dejado ninguna duda de
que la definición de tortura no presupone necesariamente la imposición de dolores o
sufrimientos físicos, sino que también puede abarcar los dolores o sufrimientos mentales 17.
Sin embargo, cabe destacar que los efectos devastadores de la tortura psicológica se suelen
subestimar.

17 Comité de Derechos Humanos, observación general núm. 20 (1992), relativa a la prohibición de la


tortura u otros tratos o penas crueles, inhumanos o degradantes, párr. 5; véase también la
jurisprudencia del Comité contra la Tortura, citada en la nota 11.

8 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 16
9

A/HRC/43/49

29. Más discutible que esa dicotomía básica entre lo físico y lo mental es la
interpretación del nivel necesario de “gravedad” del dolor infligido. Si bien la medición
objetiva de los dolores o los sufrimientos físicos da lugar a dificultades insuperables y ha
entrañado numerosas tentativas insatisfactorias de clasificar con autoridad los métodos de
tortura según las lesiones físicas y las mermas resultantes, esos problemas son aún mayores
cuando se intenta evaluar objetivamente los dolores o los sufrimientos mentales o
emocionales18. Se ha hecho hincapié en que el término “grave” no presupone que los
dolores o sufrimientos sean comparables al dolor propio de una lesión física grave, como la
falla de un órgano, la merma de las funciones biológicas o incluso la muerte
(E/CN.4/2006/6; y A/HRC/13/39, párr. 44). Ahora bien, el término “tortura” tampoco
debería utilizarse para aludir a la mera inconveniencia o molestia claramente incapaz de
lograr las finalidades enumeradas en la definición.
30. El hecho de que se alcance el umbral de gravedad necesario en un caso concreto
puede depender de una amplia gama de factores endógenos y exógenos al individuo, como
la edad, el sexo, la salud y la vulnerabilidad, pero también la duración de la exposición y la
acumulación de otros factores estresantes y condiciones físicos o mentales, la motivación
personal y la resiliencia y las circunstancias del contexto19. Todos esos elementos deben
evaluarse de manera holística, según proceda en cada caso y en vista de la finalidad
específica que persigue el tratamiento o castigo en cuestión. Por ejemplo, la amenaza de la
detención nocturna combinada con la agresión verbal puede ser lo suficientemente grave
como para coaccionar o intimidar a un niño, mientras que el mismo acto puede afectar poco
o nada a un adulto, y menos aún a un delincuente curtido. La gravedad de los dolores o
sufrimientos resultantes de un determinado tipo de malos tratos no es necesariamente
constante, sino que tiende a aumentar o a fluctuar con la duración de la exposición y la
multiplicación de los factores estresantes. Además, si bien la tortura constituye una forma
“agravada” de tratos o penas crueles, inhumanos o degradantes 20, la “agravación” no se
refiere necesariamente a los dolores y los sufrimientos agravados, sino a delitos graves en
lo que atañe a la instrumentalización intencionada y deliberada de los dolores y los
sufrimientos con fines ulteriores. Así pues, el factor que permite distinguir entre la tortura y
otras formas de malos tratos no es la intensidad del sufrimiento ocasionado, sino el
propósito perseguido, la intención del autor y la impotencia de la víctima (A/72/178,
párr. 30; y A/HRC/13/39, párr. 60)21.
31. Varias disposiciones de los tratados señalan incluso que el concepto de tortura
incluye una conducta que, al menos potencialmente, no implica ningún tipo de dolor o
sufrimiento experimentado subjetivamente. Así, el artículo 7 del Pacto Internacional de
Derechos Civiles y Políticos prohíbe expresamente “los experimentos médicos o
científicos” sin “libre consentimiento”. Aunque la disposición no aclara si esa conducta
equivaldría a “tortura” o a otros “tratos crueles, inhumanos o degradantes”, su mención
explícita da a entender que se consideraba una violación especialmente grave de la
prohibición. Aún más explícito a ese respecto, pero solo de aplicación regional, es el
artículo 2 de la Convención Interamericana para Prevenir y Sancionar la Tortura, en el que
se define expresamente la “tortura” como “los métodos tendientes a anular la personalidad
de la víctima o a disminuir su capacidad física o mental, aunque no causen dolor físico o
angustia psíquica”. De igual forma, los Estados Unidos de América, al ratificar la
Convención contra la Tortura, expresaron su interpretación de que por dolores o
sufrimientos mentales se entiende un daño mental prolongado causado, entre otras cosas,
por la administración o aplicación, en forma de amenaza o real, de sustancias que alteren la
mente u otros procedimientos destinados a perturbar profundamente los sentidos o la
personalidad, formulación con la que se pretendía prohibir algunos de los métodos de
interrogatorio desarrollados por la Agencia Central de Inteligencia (CIA) de los Estados

18 Pérez Sales, Tortura psicológica.


19 Corte Interamericana de Derechos Humanos, Lysias Fleury y otros vs. Haití, sentencia de 23 de
noviembre de 2011, párr. 73.
20 Convención contra la Tortura y Otros Tratos o Penas Crueles, Inhumanos o Degradantes, art. 1.
21 Gerrit Zach, “Definition of torture”, en Manfred Nowak, Moritz Birk y Giuliana Monina, eds.,
The United Nations Convention against Torture and its Optional Protocols: A Commentary, 2ª ed.
(Oxford, Reino Unido de Gran Bretaña e Irlanda del Norte, Oxford University Press, 2019), pág. 47.

GE.20-04273 9
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 17
10

A/HRC/43/49

Unidos durante la Guerra Fría, pero también restringir deliberadamente la definición


establecida en la Convención22. Aunque el Comité rechazó esa interpretación por
considerarla demasiado restrictiva y afirmó que la tortura psicológica no puede limitarse a
un “daño mental prolongado” (CAT/C/USA/CO/2, párr. 13; y CAT/C/USA/CO/3-5,
párr. 9), no aclaró si el uso de procedimientos destinados a perturbar profundamente los
sentidos o la personalidad podía equivaler a tortura incluso en ausencia de dolores o
sufrimientos experimentados subjetivamente. Si bien esta era ya una cuestión notoria para
los redactores de los diversos textos de los tratados durante la época de la Guerra Fría, su
importancia práctica ha aumentado exponencialmente en la actualidad.
32. Habida cuenta de los rápidos avances en las ciencias médicas, farmacéuticas y
neurotecnológicas, así como en la cibernética, la robótica y la inteligencia artificial, es
difícil predecir la medida en que las técnicas y los entornos de tortura futuros, así como el
“mejoramiento humano” de las posibles víctimas y autores en cuanto a su resiliencia mental
y emocional, pueden hacer posible que se eluda, se inhiba o se manipule de cualquier otra
forma la experiencia subjetiva del dolor y el sufrimiento y se consigan al mismo tiempo las
finalidades y los efectos profundamente deshumanizadores, debilitantes e incapacitantes de
la tortura23. Dado que los Estados deben interpretar y ejercer de buena fe sus obligaciones
internacionales en relación con la prohibición de la tortura (Convención de Viena sobre el
Derecho de los Tratados, arts. 26 y 31), y a la luz de los valores en evolución de las
sociedades democráticas (A/HRC/22/53, párr. 14), parecería irreconciliable con el objeto y
el propósito de la prohibición universal, absoluta e inderogable de la tortura, por ejemplo,
excluir de la definición de tortura la perturbación profunda de la identidad, la capacidad o la
autonomía mental de una persona por el mero hecho de que la experiencia subjetiva o el
recuerdo de “sufrimientos mentales” de la víctima haya sido manipulado o inhibido con
medios farmacéuticos, hipnóticos o de otro tipo24.
33. Los anteriores Relatores Especiales han declarado que “para evaluar el nivel de
sufrimiento o dolor, cuya naturaleza es relativa, es preciso tener en cuenta las circunstancias
del caso, en particular […] si la adquisición o el deterioro de una deficiencia se deben al
trato o las condiciones de detención de la víctima”, y que “los tratamientos médicos de
carácter alterador e irreversible”, cuando no tienen un fin terapéutico y se aplican o
administran sin el consentimiento libre e informado, pueden equivaler a tortura o malos
tratos (A/63/175, párrs. 40 y 47; y A/HRC/22/53, párr. 32). Sobre la base de ese legado, el
Relator Especial opina que el umbral de los “sufrimientos mentales” graves puede
alcanzarse no solo mediante el sufrimiento experimentado subjetivamente sino, en su
ausencia, también por meros daños mentales infligidos objetivamente. En cualquier caso,
incluso por debajo del umbral de la tortura, el hecho de infligir de manera intencionada y
deliberada daños mentales equivaldría casi invariablemente a “otros tratos o penas crueles,
inhumanos o degradantes”.

2. Intencionalidad
34. Para que haya tortura psicológica es necesario que se inflijan intencionadamente
dolores o sufrimientos mentales y, por lo tanto, la conducta puramente negligente no está
incluida. La intencionalidad no comporta que la imposición de dolores o sufrimientos
mentales graves sea deseada de manera subjetiva por el autor, sino solo que sea
razonablemente previsible como resultado, en la evolución ordinaria de los

22 David Luban y Katherine S. Newell, “Personality disruption as mental torture: the CIA,
interrogational abuse, and the U.S. Torture Act”, Georgetown Law Journal, vol. 108, núm. 2 (enero
de 2020), págs. 335 y 336 y 373 y 374, en relación con el título 18 del Código de los Estados Unidos,
art. 2340 2) B), 2012.
23
A/HRC/23/47, párr. 54; Adam Henschke, ‘“Super soldiers’: ethical concerns in human enhancement
technologies”, blog Humanitarian Law and Policy, 3 de julio de 2017; y Nayef Al-Rodhan,
“Inevitable transhumanism? How emerging strategic technologies will affect the future of humanity”,
blog del Centro de Estudios en Seguridad de la Escuela Politécnica Federal de Zúrich, 29 de octubre
de 2013.
24 Oficina del Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Derechos Humanos (ACNUDH),
“Interpretation of torture in light of the practice and jurisprudence of international bodies”, 2011,
pág. 8.

10 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 18
11

A/HRC/43/49

acontecimientos, de la conducta intencionada que ha adoptado el autor (A/HRC/40/59,


párr. 41; y A/HRC/37/50, párr. 60). Además, la intencionalidad no presupone una conducta
proactiva, si bien también puede abarcar omisiones deliberadas, como la exposición de los
detenidos adictos a sustancias a graves síntomas de abstinencia, por ejemplo, si el
tratamiento o la medicación de sustitución dependen de una confesión, un testimonio u otro
tipo de cooperación (A/73/207, párr. 7). Cuando los dolores o sufrimientos mentales graves
puedan ser consecuencia del efecto acumulativo de múltiples circunstancias, actos u
omisiones de varios participantes, como en el caso del acoso laboral, la persecución y otras
formas de maltrato concertado o colectivo, tendrá que considerarse la presencia de la
intencionalidad necesaria con respecto a cada Estado o individuo que contribuya de manera
consciente y deliberada al resultado prohibido, ya sea mediante la comisión, la tentativa, la
complicidad o la participación (Convención, art. 4 1)).

3. Propósito específico
35. Para que haya tortura psicológica, deben infligirse dolores o sufrimientos mentales
graves no solo de manera intencionada, sino también “con el fin de obtener de [la víctima]
o de un tercero información o una confesión, de castigarla por un acto que haya cometido, o
se sospeche que ha cometido, o de intimidar o coaccionar a esa persona o a otras”, o “por
cualquier razón basada en cualquier tipo de discriminación” (Convención, art. 1). Aunque
los fines enumerados son solo de carácter indicativo y no constituyen una lista exhaustiva,
los fines pertinentes deberían tener algo en común con los fines expresamente enumerados
(A/HRC/13/39/Add.5, párr. 35). Al mismo tiempo, los fines enumerados están formulados
de manera tan amplia que es difícil imaginar un escenario realista de imposición deliberada
de dolores o sufrimientos mentales graves contra una persona impotente que no se ajuste a
la definición de tortura (A/72/178, párr. 31).
36. Si bien la interpretación de fines como “interrogatorio”, “castigo”, “intimidación” y
“coacción” es bastante sencilla, es necesario aclarar la forma en que se aborda la
“discriminación” en la Convención, ya que es el único calificativo que no está elaborado de
acuerdo con un “fin” deliberado. Para que las medidas discriminatorias equivalgan a
tortura, basta con que inflijan intencionadamente dolores o sufrimientos graves “por
cualquier razón basada en cualquier tipo de discriminación”. Por lo tanto, no es necesario
que la conducta pertinente tenga un “fin” discriminatorio, sino solo un “nexo”
discriminatorio. Desde el punto de vista del derecho de los tratados, eso incluye cualquier
distinción, exclusión o restricción por motivos de discriminación de cualquier tipo, que
tenga el propósito o el efecto de obstaculizar o dejar sin efecto el reconocimiento, goce o
ejercicio, en igualdad de condiciones, de todos los derechos humanos y libertades
fundamentales en los ámbitos político, económico, social, cultural, civil o de otro tipo
(A/63/175, párr. 48) 25.
37. Cabe destacar que los fines supuestamente benévolos no pueden, per se, justificar
medidas coercitivas o discriminatorias. Por ejemplo, prácticas como el aborto involuntario,
la esterilización o la intervención psiquiátrica por motivos de “necesidad médica” o del
“interés superior” del paciente (A/HRC/22/53, párrs. 20 y 32 a 35; y A/63/175, párr. 49), la
internación forzosa para la “reeducación” de disidentes políticos o religiosos26, la “curación
espiritual” de enfermedades mentales (A/HRC/25/60/Add.1, párrs. 72 a 77) o la “terapia de
conversión” relacionada con la identidad de género o la orientación sexual (A/74/148,
párrs. 48 a 50) suelen entrañar intentos sumamente discriminatorios y coercitivos de
controlar o “corregir” la personalidad, el comportamiento o las decisiones de la víctima y
casi siempre infligen dolores o sufrimientos graves. Por lo tanto, en opinión del Relator

25
Convención sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad, art. 2; Convención sobre la
Eliminación de Todas las Formas de Discriminación contra la Mujer, art. 1; Convención Internacional
sobre la Eliminación de Todas las Formas de Discriminación Racial, art. 1; Declaración Universal de
Derechos Humanos, art. 7; y Pacto Internacional de Derechos Civiles y Políticos, art. 26.
26 CAT/C/CHN/CO/5, párr. 42; así como dos comunicaciones firmadas conjuntamente por el Relator
Especial, a saber, las comunicaciones núms. OL/CHN18/2019, de 1 de noviembre de 2019, y
OL/CHN15/2018, de 24 de agosto de 2018. Véase también “China cables”, disponible en
www.icij.org/investigations/china-cables/read-the-china-cables-documents/.

GE.20-04273 11
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 19
12

A/HRC/43/49

Especial, si todos los demás elementos definitorios están presentes, es muy posible que esas
prácticas equivalgan a tortura.
38. Por último, pero no por ello menos importante, dado que la recopilación de
información es una parte inherente de los procesos legítimos de investigación y
constatación de los hechos, es necesario aclarar las líneas divisorias entre las técnicas de
investigación no coercitivas permitidas y los interrogatorios coercitivos prohibidos. Aunque
es de gran importancia práctica, esa distinción particular no se analizará en el presente
informe, puesto que ya se examinó a fondo en un informe temático completo presentado
por el anterior Relator Especial (A/71/298), que suscitó un proceso importante y continuo
de elaboración de directrices internacionales sobre la realización de entrevistas de
investigación y las salvaguardias asociadas27.

4. Impotencia
39. Los titulares de mandatos han sostenido sistemáticamente que, aunque no se
mencione expresamente en el texto del tratado, la “impotencia” de la víctima es un requisito
previo definitorio de la tortura (A/63/175, párr. 50; A/73/207, párr. 7; A/HRC/13/39,
párr. 60; y A/HRC/22/53, párr. 31). Como se ha demostrado, todos los fines enumerados en
el artículo 1 de la Convención contra la Tortura, así como los trabajos preparatorios de la
Declaración y la Convención, se refieren a una situación en la que la víctima de la tortura es
un detenido o una persona al menos bajo el poder o el control efectivo de la persona que
inflige los dolores o sufrimientos, y en la que el autor utiliza esa situación desigual y de
poder para lograr un determinado efecto, como la extracción de información, la
intimidación o el castigo 28.
40. En la práctica, la “impotencia” surge cuando alguien ha sido objeto del control físico
directo o equivalente por parte del autor y ha perdido efectivamente la capacidad de resistir
o evitar el dolor o sufrimiento (A/72/178, párr. 31). Esto suele ocurrir en situaciones de
custodia física, como la detención y la prisión, la reclusión en instituciones, la
hospitalización o la internación, o cualquier otra forma de privación de libertad. En
ausencia de una custodia física, la impotencia también puede surgir a raíz del uso de
dispositivos corporales capaces de administrar descargas eléctricas por control remoto,
puesto que causan “el sometimiento completo de la víctima, independientemente de la
distancia física” (A/72/178, párr. 51). Una situación de impotencia efectiva puede lograrse
también mediante “la privación de la capacidad jurídica, que acaece cuando una persona se
ve despojada de su capacidad para tomar decisiones y esta se asigna a terceros” (A/63/175,
párr. 50; y A/HRC/22/53, párr. 31), mediante amenazas graves e inmediatas, o mediante el
control coercitivo en contextos como la violencia doméstica (A/74/148, párrs. 32 a 34),
mediante la medicación incapacitante y, según las circunstancias, en contextos sociales
colectivos de acoso, ciberacoso y persecución promovida por el Estado que privan a las
víctimas de toda posibilidad de resistirse efectivamente a los abusos o evitarlos.

5. Excepción de las “sanciones legítimas”


41. En la definición de tortura de la Convención se excluyen explícitamente “los dolores
o sufrimientos que sean consecuencia únicamente de sanciones legítimas, o que sean
inherentes o incidentales a estas” (art. 1 1)). Al mismo tiempo, la cláusula de salvaguardia
del artículo 1 2) de la Convención deja claro que esta excepción no se entenderá de manera
que perjudique a otros instrumentos internacionales o legislación nacional que definan o
puedan definir la tortura de manera más amplia. Ha quedado demostrado que el término
“instrumento internacional” abarca tanto los tratados internacionales vinculantes como las
declaraciones, principios y otros documentos de soft law (“derecho indicativo”) no
vinculantes29. Cabe señalar que la cláusula de “sanciones legítimas” solo puede
interpretarse con precisión en conjunción con la Declaración sobre la Protección de Todas
las Personas contra la Tortura y Otros Tratos o Penas Crueles, Inhumanos o Degradantes,

27 Véase www.apt.ch/en/universal-protocol-on-non-coercive-interviews/.
28 Zach, “Definition of torture”, págs. 56 a 59. Véase también el Estatuto de Roma de la Corte Penal
Internacional, art. 7 2) e).
29 Zach, “Definition of torture”, págs. 56 a 59.

12 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 20
13

A/HRC/43/49

de 1975, de la que se deriva directamente, y en la que solo se excluyen de la definición de


tortura las sanciones legítimas que estén “en consonancia con las Reglas Mínimas para el
Tratamiento de los Reclusos” (art. 1). En consecuencia, por ejemplo, aunque esté permitido
por la legislación interna, ninguno de los siguientes métodos para infligir dolores o
sufrimientos mentales pueden considerarse “sanciones legítimas”: el aislamiento
prolongado o indefinido; el encierro en una celda oscura o permanentemente iluminada; los
castigos colectivos; y la prohibición del contacto con la familia30.
42. Es importante señalar que las sanciones, para ser “legítimas”, no pueden ser
indefinidas, por tiempo ilimitado ni excesivamente amplias para su fin, sino que deben estar
claramente definidas y circunscritas y ser proporcionadas. Por ejemplo, si bien puede ser
legítimo castigar a un testigo por negarse a declarar ante el tribunal con una multa
monetaria fija o incluso con una pena de prisión de una duración predefinida, el uso de la
reclusión indefinida y la acumulación de multas monetarias como medio progresivamente
severo para coaccionar al testigo rebelde a que declare frustraría el objeto y la finalidad
mismos de la Convención y, por lo tanto, equivaldría a una tortura psicológica,
independientemente de su “legitimidad” con arreglo a la legislación nacional 31. De manera
más general, el Relator Especial se adhiere a la interpretación de que la palabra “legítimo”
se refiere tanto al derecho interno como al derecho internacional 32.

D. Métodos predominantes de tortura psicológica

43. En la presente sección, el Relator Especial trata de ofrecer un panorama general de


las características, los fundamentos y los efectos de algunos de los métodos más
predominantes de tortura psicológica. A diferencia de la tortura física, que utiliza el cuerpo
y sus necesidades fisiológicas como conducto para influir en la mente y las emociones de la
víctima, la tortura psicológica lo hace dirigiéndose directamente a las necesidades
psicológicas básicas, como la seguridad, la autodeterminación, la dignidad y la identidad, la
orientación en el entorno, las relaciones emocionales y la confianza comunitaria.
44. El siguiente examen por separado de varios métodos específicos, así como su
clasificación según las necesidades psicológicas que se suelen experimentar, no tiene por
objeto ser fidedigno, exhaustivo ni estar exento de coincidencias, ni tampoco agotar las
formas en que los métodos de tortura psicológica podrían o deberían describirse o
clasificarse para distintos fines33. Su objetivo, más bien, es proporcionar un marco analítico
básico de fácil consulta que ayude a determinar cuáles son los métodos, las técnicas o las
circunstancias que, sin recurrir al conducto o el efecto de dolores o sufrimientos físicos
graves, pueden equivaler a la tortura que se prohíbe en el derecho internacional de los
derechos humanos o contribuir a ella, ya sea de forma individual o en combinación con
otros métodos, técnicas y circunstancias psicológicos o físicos.
45. Dadas las formas casi ilimitadas que puede adoptar la tortura, los ejemplos
seleccionados son solo a título ilustrativo. Varios métodos de tortura pueden tener efectos
similares o solapados o reforzarse mutuamente de otras maneras. En la práctica, los
métodos específicos de tortura rara vez se aplican de forma aislada, sino casi siempre en
combinación con otros métodos, técnicas y circunstancias, formando lo que se ha descrito
acertadamente como un “entorno de tortura” 34. Por lo tanto, este examen por separado de
varios métodos específicos tiene fines principalmente didácticos y analíticos y no debería
considerarse como una indicación de que una clasificación tan rígida como esta refleje
fielmente las diversas manifestaciones prácticas de la tortura.

30 Reglas Mínimas de las Naciones Unidas para el Tratamiento de los Reclusos (Reglas Nelson
Mandela), regla 43.
31 Véase, en particular, la comunicación individual enviada por el Relator Especial en el caso de Chelsea
Manning, comunicación núm. AL USA 22/2019, 1 de noviembre de 2019.
32 Zach, “Definition of torture”, nota 147.
33 Para consultar otras clasificaciones, véase, por ejemplo, Almerindo E. Ojeda, “What Is psychological
torture?”, en Ojeda, ed., The Trauma of Psychological Torture, págs.1 y 2; y Pérez Sales, Tortura
psicológica.
34 Pérez Sales, Tortura psicológica.

GE.20-04273 13
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 21
14

A/HRC/43/49

1. Seguridad (inducción de miedo, fobia y ansiedad)


46. Tal vez el método más rudimentario de tortura psicológica es la imposición
deliberada e intencionada de miedo. El hecho de que la imposición del miedo en sí pueda
equivaler a tortura ha sido ampliamente reconocido, no solo por los titulares de mandatos35
sino también por el Comité contra la Tortura36, el Tribunal Europeo de Derechos
Humanos37, el Comité de Derechos Humanos38, la Corte Interamericana39 y otros
mecanismos.
47. En la práctica, el miedo puede ser inducido a través de una variedad casi ilimitada de
técnicas; entre las más comunes, cabe citar las siguientes:
a) Amenazar directa o indirectamente con infligir, repetir o intensificar actos de
tortura, mutilación, violencia sexual u otros abusos, también contra familiares, amigos u
otros reclusos;
b) Ocultar o tergiversar información sobre el destino de las víctimas o sus seres
queridos, simular ejecuciones, obligar a presenciar torturas o asesinatos, reales o supuestos,
de terceros;
c) Provocar fobia personal o cultural a través de la exposición, real o en forma
de amenaza, a insectos, serpientes, perros, ratas, enfermedades infecciosas, etc.;
d) Inducir claustrofobia mediante entierros simulados o confinamiento en cajas,
ataúdes, bolsas y otros espacios reducidos (según las circunstancias, esos métodos también
pueden infligir dolores o sufrimientos físicos cada vez más graves).
48. A menudo se subestima la extrema angustia psicológica y los enormes conflictos
internos que ocasiona el miedo. En realidad, el miedo prolongado, en concreto, puede ser
más debilitante y agonizante que la materialización real de ese miedo, e incluso la
experiencia de la tortura física puede ser menos traumática que el tormento psicológico
indefinido del miedo y la ansiedad constantes. En concreto, se han asociado amenazas
creíbles e inmediatas con los sufrimientos mentales graves y el trastorno por estrés
postraumático, pero también con los dolores crónicos y otros síntomas somáticos (es decir,
físicos).

2. Autodeterminación (dominación y sometimiento)


49. Un método psicológico que se aplica prácticamente en todas las situaciones de
tortura es privar de manera deliberada a las víctimas de su control sobre el mayor número
posible de aspectos de su vida, demostrar un dominio completo sobre ellas e inculcar un
profundo sentido de indefensión, desesperanza y dependencia total del torturador. En la
práctica, esos objetivos se logran mediante una amplia gama de técnicas, entre las que cabe
destacar las siguientes:
a) Proporcionar, retener o retirar arbitrariamente el acceso a la información,
material de lectura, los artículos personales, las prendas de vestir, la ropa de cama, el aire
fresco, la luz, los alimentos, el agua, la calefacción o la ventilación;
b) Crear y mantener un entorno impredecible con horarios de comidas, sueño,
higiene, micción y defecación, e interrogatorios que cambien constantemente y que se
modifiquen, prolonguen o retrasen de forma errática;
c) Imponer reglas absurdas, ilógicas o contradictorias de comportamiento,
sanciones y recompensas;

35 A/56/156, párrs. 3, 7 y 8; E/CN.4/1986/15, párr. 119; y E/CN.4/1998/38, párr. 208.


36
CAT/C/KAZ/CO/2, párr. 7; y CAT/C/USA/CO/2, párr. 24.
37 Tribunal Europeo de Derechos Humanos, Gran Sala, Gäfgen v. Germany, demanda núm. 22978/05,
sentencia de 1 de junio de 2010, párr. 108.
38 Comité de Derechos Humanos, comunicación núm. 74/1980, dictamen del Comité en el caso Miguel
Ángel Estrella c. el Uruguay, párr. 8.3.
39 Corte Interamericana de Derechos Humanos, Baldeón-García vs. Perú, sentencia de 6 de abril
de 2006, párr. 119; Corte Interamericana de Derechos Humanos, Tibi vs. Ecuador, sentencia
de 7 de septiembre de 2004, párrs. 147 a 149.

14 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 22
15

A/HRC/43/49

d) Imponer opciones imposibles que obligan a las víctimas a participar en su


propia tortura.
50. Todas esas técnicas tienen en común que perturban la sensación de control,
autonomía y autodeterminación de la víctima y, con el tiempo, se combinan en una
desesperación total y en la dependencia física, mental y emocional completa del torturador
(“indefensión aprendida”).

3. Dignidad e identidad (humillación, violación de la intimidad e integridad sexual)


51. El hecho de que se atente contra el sentido de la autoestima y la identidad de las
víctimas mediante la vulneración sistemática y deliberada de su intimidad, dignidad e
integridad sexual está estrechamente relacionado con la inhibición del control personal, la
autonomía y la autodeterminación, pero constituye una transgresión incluso mayor. A ese
respecto, cabe citar:
a) La vigilancia audiovisual constante, mediante cámaras, micrófonos, cristales
de visión unilateral, jaulas y otros medios pertinentes, por ejemplo, durante las visitas
sociales, jurídicas y médicas, las horas de sueño y la higiene personal, incluida la micción y
la defecación;
b) El trato sistemático de la víctima de forma despectiva o como un animal
salvaje, la ridiculización, los insultos, la agresión verbal, la humillación personal, étnica,
racial, sexual, religiosa o cultural;
c) El avergonzamiento público, la difamación, las calumnias, el vilipendio o la
exposición de detalles íntimos de la vida privada y familiar de la víctima;
d) La desnudez o masturbación forzadas, a menudo delante de funcionarios del
sexo opuesto;
e) El acoso sexual a través de insinuaciones, bromas, insultos, acusaciones,
amenazas o la exposición de los genitales;
f) La violación de tabúes culturales o sexuales, como la participación de
familiares, amigos o animales;
g) La difusión de fotografías o grabaciones sonoras o de vídeo en las que la
víctima esté siendo objeto de torturas o abusos sexuales, haciendo una confesión o en otra
situación embarazosa.
52. Cabe destacar que el carácter humillante y degradante de los abusos no los relega
necesariamente al ámbito de “otros tratos crueles, inhumanos o degradantes”, que a veces
(incorrectamente) se considera un delito “menor” que la tortura. Se sabe que las violaciones
sistemáticas y prolongadas de la intimidad, la dignidad y la integridad sexual causan graves
sufrimientos mentales, incluidas emociones de profunda vulnerabilidad, humillación,
vergüenza y culpabilidad, a menudo exacerbadas por la ansiedad ante la exclusión social, el
autoodio y las tendencias suicidas. Por lo tanto, al igual que con otros métodos, la
intencionalidad y el propósito específico de los tratos degradantes, así como la impotencia
de la víctima, son decisivos para su clasificación como tortura u otros malos tratos 40.

4. Orientación en el entorno (manipulación sensorial)


53. Los estímulos sensoriales y el control del entorno son una necesidad humana básica.
La manipulación sensorial y la desorientación deliberadas mediante la privación sensorial o
la hiperestimulación afectan tanto a los órganos sensoriales como al procesamiento
cognitivo de la percepción sensorial. En concreto, la hiperestimulación sensorial es la
conexión entre la tortura física y psicológica.
54. Si bien la privación sensorial a corto plazo puede por sí sola suscitar un tormento
mental extremo, la privación prolongada suele producir apatía, seguida de una
desorientación progresivamente grave, confusión y, en última instancia, síntomas
delirantes, alucinatorios y psicóticos. En consecuencia, el Conjunto de Principios para la

40 Véase también Cakal, “Debility, dependency and dread”, págs. 23 y 24.

GE.20-04273 15
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 23
16

A/HRC/43/49

Protección de Todas las Personas Sometidas a Cualquier Forma de Detención o Prisión


prohíbe explícitamente mantener a un detenido “en condiciones que lo priven, temporal о
permanentemente, del uso de uno de sus sentidos, como la vista о la audición, о de su
conciencia del lugar o del transcurso del tiempo” 41. En la práctica, esa privación entraña la
eliminación parcial o completa de la estimulación sensorial mediante una acumulación de
medidas como:
• Supresión de la comunicación oral con la víctima.
• Luz monótona constante.
• Entorno visualmente estéril.
• Aislamiento acústico de la celda.
• Uso de capuchas.
• Uso de vendas en los ojos.
• Uso de guantes.
• Uso de máscaras faciales.
• Uso de orejeras.
55. La hiperestimulación sensorial por debajo del umbral del dolor físico, por ejemplo,
con una luz brillante constante, música alta, malos olores, temperaturas incómodas o ruido
blanco perturbador, induce un estrés psicológico y una ansiedad progresivamente graves, la
incapacidad de pensar con claridad, seguidos de una irritabilidad creciente, estallidos de ira
y, en última instancia, el agotamiento total y la desesperación. La hiperestimulación
sensorial extrema que, inmediatamente o con el paso del tiempo, causa un dolor o una
lesión física real debería considerarse tortura física. Puede incluir prácticas como, por
ejemplo, cegar a las víctimas con una luz muy brillante o exponerlas a un ruido o música a
un volumen muy alto, o a temperaturas extremas que causen quemaduras o hipotermia.

5. Relaciones sociales y emocionales (aislamiento, exclusión, traición)


56. Un método rutinario de tortura psicológica consiste en atacar la necesidad de la
víctima de relacionarse social y emocionalmente mediante el aislamiento, la exclusión
social, el acoso laboral y la traición. Las personas privadas de un contacto social
significativo y sometidas a manipulación emocional pueden quedar profundamente
desestabilizadas y debilitadas con rapidez.
57. El método predominante de aislamiento y exclusión social es la reclusión en
régimen de aislamiento, que se define como “el aislamiento de reclusos durante un mínimo
de 22 horas diarias sin contacto humano apreciable”42. En virtud del derecho internacional,
la reclusión en régimen de aislamiento solo puede imponerse en circunstancias
excepcionales, y el aislamiento “prolongado”, de más de 15 días consecutivos, se considera
una forma de tortura o malos tratos43. Lo mismo sucede con las medidas que se renuevan
frecuentemente y que, en conjunto, equivalen a una reclusión prolongada en régimen de
aislamiento44. Aún más extrema que la reclusión en régimen de aislamiento es la “reclusión
en régimen de incomunicación”, que priva a la persona de todo contacto con el mundo
exterior, en particular con médicos, abogados y familiares, y que ha sido reconocida
repetidamente como una forma de tortura45.
58. Otros métodos destinados a perjudicar la necesidad de la víctima de mantener una
relación social son el aislamiento médico, lingüístico, religioso o cultural deliberado dentro
de un grupo de reclusos, así como la instigación, el estímulo o la tolerancia de situaciones

41 Resolución 43/173 de la Asamblea General, anexo.


42 Reglas Nelson Mandela, regla 44.
43 Ibid., regla 43 1) b); y A/66/268, párr. 26.
44 A/68/295, párr. 61.
45 A/HRC/13/42, párrs. 28 y 32; Corte Interamericana de Derechos Humanos, Velásquez Rodríguez vs.
Honduras, sentencia de 29 de julio de 1988, párr. 187; CCPR/C/51/D/458/1991, anexo, párr. 9.4; y
CCPR/C/61/D/577/1994, párr. 8.4.

16 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 24
17

A/HRC/43/49

opresivas de hostigamiento, intimidación o acoso colectivo contra personas o grupos


objetivo. Por ejemplo, la reclusión discriminatoria o punitiva de hombres homosexuales en
celdas colectivas con reclusos violentos y homófobos creará previsiblemente una situación
de acoso colectivo que conllevará aislamiento social, amenazas, humillación y acoso sexual
e infligirá graves niveles de estrés constante y ansiedad que probablemente equivalgan a
tortura, independientemente de que se produzcan actos de violencia física.
59. Los graves efectos psicológicos y físicos de la reclusión en régimen de
incomunicación, la reclusión en régimen de aislamiento y la exclusión social, incluido el
acoso laboral, están bien documentados y, según las circunstancias, pueden variar desde
formas progresivamente graves de ansiedad, estrés y depresión hasta deterioro cognitivo y
tendencias suicidas. En particular, el aislamiento y la exclusión social, si se prolongan o son
por tiempo ilimitado, o se combinan con el síndrome del corredor de la muerte, también
pueden causar daños mentales y físicos graves e irreparables.
60. Aparte del aislamiento y la exclusión social, y generalmente en combinación con
ellos, los torturadores suelen centrarse en la necesidad de las víctimas de relacionarse
emocionalmente mediante la manipulación emocional deliberada. Esa manipulación puede
incluir métodos como los siguientes:
• Fomentar y luego traicionar la relación emocional y la confianza personal.
• Provocar “conductas indebidas” al ofrecer solo opciones “culposas” y luego inducir
emociones de vergüenza o cargo de conciencia por traicionar la confianza del
torturador.
• Destruir los lazos emocionales al obligar a las víctimas a traicionar a otros presos,
familiares y amigos o participar en abusos contra estos, o viceversa.
• Promover información o juegos de roles engañosos, desorientadores o que generen
otro tipo de confusión.

6. Confianza comunitaria (persecución y arbitrariedad institucional)


61. Todo ser humano tiene una necesidad inherente de confianza comunitaria. Frente al
poder abrumador del Estado, las personas deben poder compensar su propia impotencia
confiando en la capacidad y la voluntad de la comunidad para ejercer su autocontrol, sobre
todo mediante la adhesión al estado de derecho y a los principios de las debidas garantías
procesales. En la medida en que los errores administrativos o judiciales, la negligencia o la
arbitrariedad puedan ser efectivamente abordados y corregidos, aunque a veces de manera
imperfecta, a través de un sistema regular de quejas y recursos institucionales, es posible
que los inconvenientes, las injusticias y las frustraciones resultantes tengan que ser
tolerados como un efecto colateral inevitable de los procesos constitucionales que rigen las
sociedades democráticas.
62. De acuerdo con el análisis pormenorizado del informe del Relator Especial sobre la
interrelación entre la corrupción y la tortura (A/HRC/40/59, párrs. 16 y 48 a 60), esos
procesos constitucionales se corrompen fatídicamente cuando se hace una utilización
indebida deliberada del poder administrativo o judicial con fines arbitrarios y cuando los
mecanismos de supervisión institucional pertinentes son tolerantes, cómplices o
inaccesibles o están paralizados hasta el punto de eliminar de forma efectiva toda
probabilidad de debidas garantías procesales y de estado de derecho.
63. En contextos típicos caracterizados por deficiencias de gobernanza sistemáticas o
por la persecución de personas o grupos, la arbitrariedad institucional sostenida perjudica
fundamentalmente la necesidad humana de confianza comunitaria y, según las
circunstancias, puede causar sufrimientos mentales graves, una profunda desestabilización
emocional y traumas individuales y colectivos duraderos. En opinión del Relator Especial,
la persecución o arbitrariedad institucional, si infligen intencionada y deliberadamente
dolores o sufrimientos mentales graves a personas impotentes, pueden equivaler a tortura
psicológica o contribuir a ella. En la práctica, esa cuestión tiene una relevancia particular,
pero no exclusiva, en relación con la instrumentalización deliberada de la detención
arbitraria y la arbitrariedad judicial o administrativa conexa.

GE.20-04273 17
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 25
18

A/HRC/43/49

64. Aparte de la reclusión en régimen de incomunicación y la reclusión en régimen de


aislamiento, analizadas anteriormente, entre las formas más destacadas de detención
arbitraria cabe citar las siguientes:
• Desaparición forzada. Se trata del arresto, la detención, el secuestro o cualquier
otra forma de privación de libertad que sean obra de agentes del Estado o que se
efectúen con su autorización, apoyo o aquiescencia, seguido de la negativa a
reconocer dicha privación de libertad o del ocultamiento de la suerte o el paradero
de la persona desaparecida, sustrayéndola a la protección de la ley46. La desaparición
forzada puede equivaler a una forma de tortura tanto en lo que respecta a la persona
desaparecida como a sus familiares (A/56/156, párrs. 9 a 16)47.
• Reclusión coercitiva. Supone la instrumentalización deliberada de sufrimientos
cada vez más graves infligidos por la detención arbitraria prolongada con el fin de
coaccionar, intimidar, disuadir o “quebrantar” de otra manera al detenido o a
terceros.
• Penas crueles, inhumanas o degradantes. Se trata de penas de prisión
excesivamente largas o severas, impuestas con fines de disuasión, intimidación y
castigo, pero muy desproporcionadas con respecto a la gravedad del delito e
incompatibles con los principios fundamentales de justicia y humanidad. Pueden
englobar también los graves sufrimientos mentales y emocionales infligidos por el
“síndrome del corredor de la muerte” 48.
65. El hecho de que una situación particular de aislamiento pueda calificarse de
“reclusión” depende no solo de si las personas afectadas tienen un derecho de jure a salir,
sino también de si pueden ejercer de facto ese derecho sin exponerse a graves violaciones
de los derechos humanos (principio de no devolución).
66. Debe determinarse en cada caso si la detención arbitraria y la arbitrariedad judicial o
administrativa conexa equivalen a tortura psicológica. Por regla general, cuanto más dure
una situación de detención arbitraria y cuanto menos puedan hacer los detenidos para influir
en su propia situación, más grave será su sufrimiento y su desesperación. Las víctimas de
un aislamiento arbitrario prolongado han demostrado síntomas postraumáticos y otras
consecuencias graves y persistentes para la salud mental y física. En concreto, la constante
exposición a la incertidumbre y la arbitrariedad judicial y la comunicación restringida o
insuficiente con abogados, médicos, familiares y amigos genera una creciente sensación de
indefensión y desesperanza y, con el tiempo, puede dar lugar a ansiedad y depresión
crónicas.
67. Por lo tanto, como el Relator Especial ha subrayado repetidamente tanto en el
contexto de la migración irregular (A/HRC/37/50, párrs. 25 a 27) como en varias
comunicaciones individuales49, cuando la detención arbitraria y la arbitrariedad judicial se
imponen o perpetúan intencionadamente con fines como la coacción, la intimidación, la
disuasión o el castigo, o por razones relacionadas con la discriminación de cualquier tipo,
pueden equivaler a tortura psicológica.

7. Entornos de tortura (acumulación de factores estresantes)


68. El resumen anterior de métodos específicos no debería ocultar que, en la práctica, las
víctimas de tortura casi siempre están expuestas a una combinación de métodos, técnicas y
circunstancias deliberadamente concebidos para infligir dolores o sufrimientos mentales y
físicos. Si se aplican por separado o durante un período de tiempo breve, algunas de esas

46 Convención Internacional para la Protección de Todas las Personas contra las Desapariciones
Forzadas, art. 2.
47 CAT/C/54/D/456/2011, párr. 6.4.
48 A/67/279, párr. 42. Tribunal Europeo de Derechos Humanos, Soering v. the United Kingdom,
demanda núm. 14038/88, sentencia de 7 de julio de 1989, párr. 111.
49 Véanse, en particular, las comunicaciones individuales enviadas por el Relator Especial en el caso de
Chelsea Manning, comunicación núm. AL USA 22/2019, 1 de noviembre de 2019; y Julian Assange,
comunicaciones núms. UA/GBR/3/2019, de 27 de mayo de 2019, y UA GBR 6/2019, de 29 de
octubre de 2019.

18 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 26
19

A/HRC/43/49

técnicas y circunstancias pueden no equivaler necesariamente a tortura. Sin embargo,


combinadas y con una duración cada vez mayor, tienen un efecto devastador 50. Así pues, la
conclusión de que se ha producido tortura puede depender no solo de las características
concretas de determinadas técnicas o circunstancias, sino también de su efecto acumulativo
o prolongado, a veces en conjunción con factores estresantes externos o vulnerabilidades
que no están bajo el control del torturador y pueden incluso no ser instrumentalizados de
manera consciente por él. Como ha afirmado acertadamente el Tribunal Internacional para
la ex-Yugoslavia, la tortura puede cometerse en un solo acto o puede ser el resultado de una
combinación o acumulación de varios actos que, tomados por separado y fuera de contexto,
pueden parecer inofensivos. El período de tiempo, la repetición y las diversas formas de los
malos tratos y su gravedad deberían evaluarse en su conjunto 51.
69. En particular, cuando no hay dolores ni sufrimientos físicos, siempre debe tenerse
debidamente en cuenta el contexto en que se utilizan determinados métodos. Por ejemplo,
si bien en circunstancias normales los insultos y la difamación expresados públicamente
pueden constituir un delito penal, pero no tortura, esa evaluación puede cambiar
considerablemente cuando la misma conducta se convierte en una cuestión de vilipendio y
persecución sistemáticos promovida por el Estado que implica medidas adicionales como la
detención arbitraria, la vigilancia constante, la denegación sistemática de justicia y las
amenazas o intimidaciones graves52. Además, cada persona puede reaccionar de forma
diferente a un método de tortura determinado. Por consiguiente, en la práctica, las técnicas
de tortura siempre deben evaluarse en función de la vulnerabilidad de la víctima a la que se
dirigen (A/73/152), ya sea atribuible a una discapacidad (A/63/175), a su condición de
migrante (A/HRC/37/50) o a cualquier otra razón.
70. En esas situaciones, en lugar de examinar cada factor por separado y preguntarse
cuáles trascienden el umbral de “gravedad”, es más apropiado hablar de un “entorno de
tortura”, es decir, una combinación de circunstancias o prácticas cuya concepción o
naturaleza, en su conjunto, tienen por objeto infligir intencionadamente dolores o
sufrimientos de suficiente gravedad para lograr el fin deseado de la tortura 53. Esa situación
refleja la realidad de que las víctimas tienden a experimentar la tortura y responder a ella de
manera holística, y no como si se tratase de una serie de técnicas y circunstancias aisladas,
cada una de las cuales puede o no equivaler a tortura 54.

E. Cibertortura

71. Una esfera que suscita especial inquietud y no parece haber recibido suficiente
atención es el posible empleo de diversas formas de tecnología de la información y las
comunicaciones (“cibertecnología”) con fines de tortura. Aunque el Consejo de Derechos
Humanos ha abordado en repetidas ocasiones la promoción, la protección y el disfrute de
los derechos humanos en Internet (véase A/HRC/32/L.20 y A/HRC/38/L.10/Rev.1), la
tortura se ha entendido principalmente como un instrumento utilizado para obstruir el
ejercicio del derecho a la libertad de expresión en Internet y no como una violación de los
derechos humanos que podría cometerse mediante la cibertecnología.
72. Esa consideración parece sorprendente, habida cuenta de que algunas de las
características del ciberespacio lo convierten en un entorno muy propicio para el abuso y la

50 Physicians for Human Rights y Human Rights First, Leave No Marks: Enhanced Interrogation
Techniques and the Risk of Criminality (2007), pág. 6.
51 Tribunal Internacional para la ex-Yugoslavia, Sala de Primera Instancia II, Prosecutor v. Milorad
Krnojelac, causa núm. IT-97-25, fallo de 15 de marzo de 2002, párr. 182; véase también Tribunal
Europeo de Derechos Humanos, Ireland v. the United Kingdom, demanda núm. 5310/71, párr. 168.
52
Ejemplos históricos a gran escala de ese maltrato fueron las llamadas “sesiones de lucha” utilizadas
durante la Revolución Cultural China (1966-1976) para humillar, maltratar y torturar públicamente a
los disidentes políticos. Véase Tom Phillips, “The cultural revolution: all you need to know about
China’s political convulsion”, The Guardian, 10 de mayo de 2016. Para consultar un caso individual
reciente, véase ACNUDH, “UN expert says ‘collective persecution’ of Julian Assange must end
now”, 31 de mayo de 2019.
53 Pérez Sales, Tortura psicológica.
54 Luban y Newell, “Personality disruption as mental torture”, págs. 363 y 374.

GE.20-04273 19
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 27
20

A/HRC/43/49

explotación, a saber, una vasta asimetría de poder, un anonimato prácticamente garantizado


y una impunidad casi total. Los Estados, las empresas y los delincuentes organizados no
solo tienen la capacidad de realizar operaciones cibernéticas que inflijan graves
sufrimientos a innumerables personas, sino que también pueden decidir realizarlas con
cualquiera de los fines de la tortura. Por lo tanto, es necesario examinar brevemente, de
manera preliminar, la conceptuación y las líneas básicas de lo que podría describirse como
“cibertortura”.
73. En la práctica, la cibertecnología ya desempeña la función de “propulsor” de la
comisión de formas de tortura tanto físicas como psicológicas, en concreto mediante la
recopilación y transmisión de información de vigilancia e instrucciones a los
interrogadores, la difusión de grabaciones sonoras o de vídeo de torturas o asesinatos con
fines de intimidación, o incluso la transmisión en directo de abusos sexuales de niños “por
encargo” de clientes voyeristas (A/HRC/28/56, párr. 71), y cada vez más también mediante
el control o la manipulación a distancia de cinturones de descargas eléctricas (A/72/178,
párr. 51), implantes médicos y, posiblemente, dispositivos nanotecnológicos o
neurotecnológicos55. La cibertecnología también puede utilizarse para infligir o contribuir a
sufrimientos mentales graves evitando el conducto del cuerpo físico, en concreto a través de
la intimidación, el acoso, la vigilancia, la vergüenza y la difamación públicas, así como la
apropiación, la supresión o la manipulación de información.
74. La realización de amenazas graves a través de llamadas telefónicas anónimas ha sido
durante mucho tiempo un método generalizado para infligir miedo a distancia. Con la
llegada de Internet, según las informaciones disponibles, los servicios de seguridad de los
Estados utilizan la cibertecnología en su propio territorio y en el extranjero para vigilar de
forma sistemática a un amplio conjunto de personas o para interferir directamente en su
acceso sin trabas a la cibertecnología56. Los servicios de comunicación electrónica, las
plataformas de medios sociales y los motores de búsqueda proporcionan un entorno ideal
tanto para el envío anónimo de amenazas selectivas, el acoso sexual y la extorsión como
para la difusión colectiva de relatos intimidatorios, difamatorios, degradantes, falaces o
discriminatorios.
75. Las personas o grupos que son sistemáticamente objeto de vigilancia y acoso
cibernéticos suelen quedarse sin ningún medio eficaz de defensa, fuga o autoprotección y,
al menos a ese respecto, suelen encontrarse en una situación de “impotencia” comparable a
la de la custodia física. Según las circunstancias, la ausencia física y el anonimato del autor
pueden incluso exacerbar las emociones de indefensión, la pérdida de control y la
vulnerabilidad de la víctima, no muy diferentes del efecto de aumento del estrés que
produce tener los ojos vendados o la cabeza cubierta por una capucha durante la tortura
física. De igual modo, la vergüenza generalizada que se inflige mediante la exposición
pública, la difamación y la degradación puede ser tan traumática como la humillación
directa de los autores en un entorno cerrado57. Como se ha demostrado en diversos estudios
sobre el ciberacoso, el acoso por sí solo, en entornos comparativamente limitados, puede
exponer a las personas a las que se dirige a niveles muy elevados y prolongados de
ansiedad, estrés, aislamiento social y depresión, y aumenta de manera considerable el riesgo
de suicidio58. Por consiguiente, cabe afirmar que las amenazas y el acoso mucho más
sistemáticos, promovidos por los Gobiernos y fomentados mediante las tecnologías

55 Al Elmondi, “Next-generation nonsurgical neurotechnology”, Defense Advanced Research Projects


Agency. Puede consultarse en www.darpa.mil/program/next-generation-nonsurgical-
neurotechnology.
56 Véanse las resoluciones del Consejo de Derechos Humanos 32/13 y 38/7. Véanse, en particular, las
divulgaciones de 2013 de Edward Snowden sobre las actividades de vigilancia mundial realizadas por
la Agencia de Seguridad Nacional de los Estados Unidos y sus asociados internacionales; véase Ewan
Macaskill y Gabriel Dance, “NSA files: decoded - what the revelations mean for you”, The Guardian,
1 de noviembre de 2013.
57 Pau Pérez Sales, “Internet and torture” (en preparación).
58 Ann John y otros, “Self-harm, suicidal behaviours, and cyberbullying in children and young people:
systematic review”, Journal of Medical Internet Research, vol. 20, núm. 4 (2018); Rosario Ortega y
otros, “The emotional impact of bullying and cyberbullying on victims: a European cross-national
study”, Aggressive Behavior, vol. 38, núm. 5 (septiembre/octubre de 2012).

20 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 28
21

A/HRC/43/49

cibernéticas, no solo entrañan una situación de impotencia efectiva, sino que también
pueden infligir niveles de ansiedad, estrés, vergüenza y culpabilidad que equivalen a un
“sufrimiento mental grave”, como se exige para concluir que se ha producido tortura 59.
76. En términos más generales, a fin de garantizar la aplicación adecuada de la
prohibición de la tortura y las obligaciones jurídicas conexas en las circunstancias presentes
y futuras, su interpretación debería evolucionar en consonancia con los nuevos desafíos y
capacidades que surjan en relación con las tecnologías emergentes, no solo en el
ciberespacio, sino también en esferas como la inteligencia artificial, la robótica, la
nanotecnología y la neurotecnología, o las ciencias farmacéuticas y biomédicas, incluido el
denominado “mejoramiento humano”.

IV. Conclusiones y recomendaciones


77. Sobre la base de las observaciones y consideraciones anteriores acerca de las
dimensiones sustantivas del concepto de “tortura psicológica”, y a partir de amplias
consultas con las partes interesadas, el Relator Especial, a su mejor saber y entender,
propone las conclusiones y recomendaciones que figuran a continuación.
78. Prevalencia. La tortura psicológica se produce en una amplia variedad de
contextos, como las investigaciones penales ordinarias, la detención policial, las
operaciones de identificación y registro, la recopilación de información, la atención
médica, psiquiátrica y social, la inmigración, la detención administrativa y coercitiva,
así como en contextos sociales como la violencia doméstica, el acoso laboral, el
ciberacoso y la persecución política o discriminatoria.
79. Recomendaciones generales. Al constituir la tortura psicológica una
subcategoría del concepto genérico de tortura, el Relator Especial reitera las
recomendaciones generales de su mandato (E/CN.4/2003/68, párr. 26) y subraya su
plena aplicabilidad, mutatis mutandis, a los métodos, las técnicas y las circunstancias
que constituyen “tortura psicológica”.
80. Investigación no coercitiva. Habida cuenta de la importancia práctica de seguir
aclarando las líneas divisorias entre las técnicas de investigación no coercitivas
permitidas y los interrogatorios coercitivos prohibidos, el Relator Especial reafirma
las conclusiones y recomendaciones del informe temático presentado por su
predecesor (A/71/298) e invita a los Estados a que apoyen activamente el proceso en
curso de elaboración de directrices internacionales sobre la realización de entrevistas
de investigación y las salvaguardias asociadas.
81. Protocolo de Estambul. El personal encargado de los exámenes médicos, la
determinación de la condición de migrante o la resolución judicial de posibles casos de
tortura debería recibir una formación específica en la detección y documentación de
los indicios de tortura y malos tratos, de conformidad con el Protocolo actualizado.
82. Recomendaciones específicas. Más concretamente, en lo que respecta a la
noción de “tortura psicológica”, el Relator Especial recomienda que los Estados
adopten, incorporen y apliquen las siguientes definiciones, interpretaciones y
entendimientos en todos sus marcos normativos, institucionales y de política
nacionales, en particular en lo que respecta a la capacitación e instrucción del
personal médico, judicial, administrativo, militar y de las fuerzas del orden.
83. Definiciones de trabajo. A los fines del derecho de los derechos humanos,
debería interpretarse que la “tortura psicológica” incluye todos los métodos, técnicas
y circunstancias que estén destinados o concebidos para infligir deliberadamente
dolores o sufrimientos mentales graves sin utilizar el conducto o el efecto de dolores o
sufrimientos físicos graves. En cambio, debería interpretarse que la “tortura física”
incluye todos los métodos, técnicas y entornos destinados o concebidos para infligir de
manera intencionada dolores o sufrimientos físicos graves, independientemente de que
se inflijan al mismo tiempo dolores o sufrimientos mentales.

59 Samantha Newbery y Ali Dehghantanha, “A torture-free cyber space: a human right”, 2017.

GE.20-04273 21
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 29
22

A/HRC/43/49

84. Elementos constitutivos. En el contexto de la tortura psicológica:


a) Por “sufrimientos mentales” se entenderá principalmente los
sufrimientos mentales experimentados subjetivamente pero, en su ausencia, también
puede referirse a meros daños mentales infligidos objetivamente;
b) La “gravedad” de los dolores o los sufrimientos mentales depende de una
amplia gama de factores endógenos y exógenos al individuo, todos los cuales deben
evaluarse de manera holística, según proceda en cada caso y en vista de la finalidad
específica que persigue el tratamiento o castigo en cuestión;
c) Por “impotencia” se entenderá la incapacidad de la víctima de evitar o
resistir el dolor o sufrimiento mental, y puede lograrse no solo a través de la custodia
física sino también, por ejemplo, mediante la medicación incapacitante, la privación
de la capacidad jurídica, las amenazas graves e inmediatas y los contextos sociales
caracterizados por el control coercitivo, el acoso colectivo, el ciberacoso y la
persecución;
d) La “intencionalidad” está presente cuando el autor sabe o debería haber
sabido que, en la evolución ordinaria de los acontecimientos, sus actos u omisiones
darían lugar a dolores o sufrimientos mentales graves, ya sea por sí solos o en
combinación con otros factores y circunstancias;
e) El “propósito específico” está presente cuando se infligen dolores o
sufrimientos mentales con fines tales como el interrogatorio, el castigo, la intimidación
y la coacción de la víctima o de un tercero, o con un nexo discriminatorio,
independientemente de los fines supuestamente benévolos, como la “necesidad
médica”, la “reeducación”, la “curación espiritual” o la “terapia de conversión”;
f) Las “sanciones legítimas” no pueden englobar ninguna sanción o medida
prohibida por los instrumentos internacionales o la legislación nacional pertinentes,
como la reclusión prolongada o indefinida en régimen de aislamiento, la manipulación
sensorial, los castigos colectivos, la prohibición del contacto con la familia o la
detención con fines de coacción, intimidación o por razones relacionadas con la
discriminación de cualquier tipo.
85. Métodos predominantes. A diferencia de la tortura física, que utiliza el cuerpo
y sus necesidades fisiológicas como conducto para influir en la mente y las emociones
de la víctima, la tortura psicológica lo hace dirigiéndose directamente a una o varias
necesidades psicológicas básicas, por ejemplo:
a) La seguridad (inducción de miedo, fobia y ansiedad);
b) La autodeterminación (dominación y sometimiento);
c) La dignidad y la identidad (humillación, violación de la intimidad e
integridad sexual);
d) La orientación en el entorno (manipulación sensorial);
e) Las relaciones sociales y emocionales (aislamiento, exclusión, traición);
f) La confianza comunitaria (persecución y arbitrariedad institucional).
86. Entornos de tortura. En la práctica, las víctimas de la tortura casi siempre
están expuestas a una combinación de técnicas y circunstancias que infligen dolores o
sufrimientos tanto mentales como físicos, cuya gravedad depende de factores como la
duración, la acumulación y la vulnerabilidad personal. Las víctimas tienden a
experimentar la tortura y responder a ella de manera holística, y no como si se tratase
de una serie de técnicas y circunstancias aisladas, cada una de las cuales puede o no
equivaler a tortura. En consecuencia, la tortura psicológica puede cometerse en un
solo acto u omisión o puede ser el resultado de una combinación o acumulación de
varios factores que, tomados individualmente y fuera de contexto, pueden parecer
inofensivos. La intencionalidad, el propósito específico y la gravedad de los dolores o
los sufrimientos infligidos deben evaluarse siempre en su conjunto y en vista de las
circunstancias imperantes en el entorno determinado.

22 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.2, Página 30
23

A/HRC/43/49

87. Los retos de las nuevas tecnologías. A fin de garantizar la aplicación adecuada
de la prohibición de la tortura y las obligaciones jurídicas internacionales conexas en
las circunstancias presentes y futuras, su interpretación debería evolucionar en
consonancia con los nuevos desafíos y capacidades que surjan en relación con las
tecnologías emergentes, no solo en el ciberespacio, sino también en esferas como la
inteligencia artificial, la robótica, la nanotecnología y la neurotecnología, o las ciencias
farmacéuticas y biomédicas, incluido el denominado “mejoramiento humano”.

GE.20-04273 23
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 31
1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 32
2
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 33
3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 34
4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 35
5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 36
6
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 37
7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 38
8
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 39
9
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 40
10
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 41
11
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 42
12
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 43
13
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.3, Página 44
14
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.4, Página 45
1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.5, Página 46
1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.5, Página 47
2
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.5, Página 48
3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.5, Página 49
4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.5, Página 50
5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.5, Página 51
6
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.5, Página 52
7
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
1.6, Página 53
1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
2, Página
Página1 54

PRM-NFR-RJ-00005560/2021

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS
SETOR JURÍDICO

Assinado com login e senha por CAMILLA MONTEIRO HOELZ, em 12/10/2021 17:16. Para verificar a autenticidade acesse
Ref. PRM-NFR-RJ-00005559/2021

CERTIDÃO

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave A54E401A.D36B5103.A1BCECA8.B9578789


Certifico que, em consulta ao sistema Único/Correlatos, não foi localizado
procedimento com identidade de objeto com o presente expediente em trâmite nesta PRM
Nova Friburgo/Teresópolis.

Nova Friburgo, 12 de outubro de 2021.

CAMILLA MONTEIRO HOELZ


CHEFE

Página 1 de 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
3, Página
Página1 55

PRM-NFR-RJ-00005561/2021

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS
SETOR JURÍDICO

Assinado com login e senha por CAMILLA MONTEIRO HOELZ, em 12/10/2021 17:18. Para verificar a autenticidade acesse
Despacho nº 1600/2021
Referência: PRM-NFR-RJ-00005559/2021
Assunto: Instaurar NF

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave A2167A68.D7C1AEEA.250590C9.2EBCE1C4


Por delegação, nos termos do art. 3º, § 4º da Instrução de Serviço PRM/NF nº
01/2017, autue-se como notícia de fato.

Nova Friburgo, 12 de outubro de 2021.

CAMILLA MONTEIRO HOELZ


CHEFE

Página 1 de 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
5, Página
Página1 56

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Distribuição e Conclusão


(Gerado automaticamente pelo sistema)

Expediente: NF - 1.30.006.000176/2021-50
Os presentes autos foram distribuídos conforme descrição a seguir:

Titularidade da Distribuição

Ofício Titular: PRM-RJ-N.FRIBURGO-3º Ofício

Grupo de Distribuição: Cível Adminstrativo - PRM Friburgo

Forma de Execução: Automática

Conclusão da Distribuição

Vínculo: Titular

Responsável: FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Ofício Responsável: PRM-RJ-N.FRIBURGO-3º Ofício

Forma de Execução: Automática

Usuário: CAMILLA MONTEIRO HOELZ

Data: 13/10/2021 09:10:05


Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
4, Página
Página1 57

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000176/2021-50
Remetente:
SJUR/PRM-RJ - SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Destinatário:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Usuário:
CAMILLA MONTEIRO HOELZ

Data:
13/10/2021 09:10:05

Observação:
Conclusão automática para o Ofício Titular - PRM-N.FRIBURGO/GABPRM3-FABL -
Chefia da Unidade: FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE - Ofício da Distribuição: PRM-
RJ-N.FRIBURGO-3º Ofício - GABPRM3-FABL
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
6, Página
Página1 58

PRM-NFR-RJ-00005572/2021

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 15/10/2021 13:58. Para verificar a autenticidade acesse
Notícia de Fato nº 1.30.006.000176/2021-50

INDEFERIMENTO DE INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 7A3B4B5C.4A30F2BE.B910420E.36415B94


Trata-se de notícia de fato instaurada a partir de representação cuja inédita
narrativa pode ser sintetizada como se segue:

1) o autor afirma que sofre violação de direitos humanos mais precisamente


por "CIBERTORTURA a qual trata-se da malversação de tecnologias eletromagnéticas para
infringir tortura física e psicológica remota";

2) aduz que a União Federal é responsável pelos "crimes" de


"CIBERTORTURA" e "GANGSTALKING" a que é submetido, posto que o ente federal não
lhe protege;

3) afirma que os CREMERJ são coniventes com erros médicos pois "vítimas
de CIBERTORTURA e GANGSTALKING no Brasil que são erroneamente diagnosticados
como esquizofrenia CID grupo 20, sendo que o CID (código internacional de doença)
correto ao caso é W90.0X (ataque eletromagnético remoto)".

4) Mais adiante, afirmando terem os crimes se iniciado em 10/6/2011, informa


as patentes americanas que estão sendo utilizadas nos crimes, pede indenização de R$
100.000,00 à União e solicita "a elaboração de método tecnológico de defesa e proteção
contra a malversação das citadas tecnologias".

Página 1 de 3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
6, Página
Página2 59

PRM-NFR-RJ-00005572/2021

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP

5) Junta petição semelhante dirigida à 151ª DP, que restou indeferida.

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 15/10/2021 13:58. Para verificar a autenticidade acesse
É o relato essencial.

A deflagração de investigação civil por parte do Ministério Público Federal


deve corresponder a indícios mínimos de fatos determinados que franqueiem a tutela dos
interesses e direitos a cargo do Parquet (art. 1º da Resolução CNMP nº 23/07), ou que digam

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 7A3B4B5C.4A30F2BE.B910420E.36415B94


respeito ou importem danos efetivos ou potenciais a esses mesmos interesses (art. 1º da
Resolução CSMPF nº 87/06 e art. 5º da Resolução CNMP nº 23/07).

Com efeito, certificada a competência do Ministério Público Federal no


particular, a persecução civil só poderá ter início, ou prosseguir, se verificados, in concreto:
a) fatos minimamente determinados, que permitam a delimitação do objeto a ser investigado;
b) matéria atinente a interesses difusos, coletivos, individuais homogêneos ou outro sob
proteção do órgão ministerial; c) elementos de convicção, ainda que indiciários, de
irregularidade, ilegalidades ou abuso de poder (art. 6º da Lei nº 7.347/85 c/c art. 14, § 1º, da
Lei nº 8.429/92); d) inexistência de investigação precedente; e e) fatos ainda não
solucionados.

No caso em liça, não se vislumbram elementos minimamente idôneos de


irregularidade, ilegalidade, abuso de poder ou mesmo cometimento do crime mencionado vez
que a narrativa não traduz a correta conceituação de tortura dada pelo direito pátrio (lei
9.455/97). Ademais, os pedidos de investigação penal contra a União e o pleito indenizatório
individual por meio do Ministério Público Federal são destituídos de amparo legal.

Ante o exposto, considerando a ausência de elementos de informação mínimos


que alicercem a continuidade da investigação, PROMOVO O ARQUIVAMENTO da
presente notícia de fato, com base no art. 4º, III, da Resolução nº 174/2017 do CNMP.

Comunique-se ao representante. Transcorrido in albis, arquive-se na unidade.


Página 2 de 3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
6, Página
Página3 60

PRM-NFR-RJ-00005572/2021

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 15/10/2021 13:58. Para verificar a autenticidade acesse
Efetuem-se os registros e controles necessários.

Nova Friburgo, data da assinatura.

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 7A3B4B5C.4A30F2BE.B910420E.36415B94


(assinado eletronicamente)
FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE
PROCURADOR DA REPÚBLICA

Página 3 de 3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
7, Página
Página1 61

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
GABPRM3-FABL - GABINETE DE PROCURADOR DE PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000176/2021-50
Remetente:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Destinatário:
SJUR/PRM-RJ - SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Usuário:
ANDRE LOPES CARDOSO MONTENEGRO

Data:
15/10/2021 15:24:23
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
8, Página
Página1 62

Ministério Público Federal PRM-NFR-RJ-00005559/2021


Sala de Atendimento ao Cidadão

Manifestação 20210085354 12/10/2021 14:34

Pessoa Física Sexo Masculino


Manifestante VINICIUS RODRIGUES COELHO

Assinado com login e senha por BRUNO ERIC MARQUES MEDEIROS, em 05/12/2021 23:49. Para verificar a autenticidade acesse
CPF 058.909.227-85
Nascimento 10/06/1988
Ocupação Contabilidade

Email viniciusgts88@gmail.com
Telefone (22) 99935-7846
Telefone(s) adic. (22) 2524-9000

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 1B1C85F1.06D2F433.8CE60F27.561DA225


Município NOVA FRIBURGO
UF RJ
País Brasil
Endereço Alameda dos Rodrigues,10 casa - Campo do Coelho
CEP 28630-645

Representação

Data do Fato
Município do Fato NOVA FRIBURGO
UF do Fato RJ

Descrição
Eu, Vinicius Rodrigues Coelho, brasileiro, natural do estado do Rio de Janeiro, nascido em
10/06/1988, portador do RG n° 020.244.721-5 Detran RJ, e do CPF n° 058.909.227-85,
residente na Alameda dos Rodrigues, n° 10, bairro Córrego D¿antas, cidade Nova Friburgo-RJ,
CEP 28.630-645, venho por meio desta petição representar contra a UNIÃO (a pessoa jurídica
de direito público interno) em face da violação dos direitos humanos sofrida por mim
conforme exposto no relatório da 43° seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU
(Organização das Nações Unidas) de 24 de fevereiro de 2020 à 20 de março de 2020 (vide
Anexo I o citado relatório) presidida pelo professor Nils Melzer a qual versa sobre o tortura e
tratamentos desumanos e degradantes, mais especificamente a partir da página 19, item E,
itens 71 à 87, que expõe a CIBERTORTURA a qual trata-se da malversação de tecnologias
eletromagnéticas para infringir tortura física e psicológica remotamente não se confundindo
com o mero assédio no ambiente de internet conforme explicado no item 71 do citado

Pagina 1 of 5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
8, Página
Página2 63

Ministério Público Federal PRM-NFR-RJ-00005559/2021


Sala de Atendimento ao Cidadão

relatório. O item 73 do citado relatório da ONU cita:


"y cada vez más también mediante el control o la manipulación a distancia de cinturones de
descargas eléctricas (A/72/178, párr. 51), implantes médicos y, posiblemente, dispositivos
nanotecnológicos o neurotecnológicos55. La cibertecnología también puede utilizarse para
infligir o contribuir a sufrimientos mentales graves evitando el conducto del cuerpo físico, en
concreto a través de la intimidación, el acoso, la vigilancia, la vergüenza y la difamación

Assinado com login e senha por BRUNO ERIC MARQUES MEDEIROS, em 05/12/2021 23:49. Para verificar a autenticidade acesse
públicas, así como la apropiación, la supresión o la manipulación de información."

Isto posto, o requerente declara ser vítima de CIBERTORTURA e também do assédio


organizado chamado GANGSTALKING onde o item 84 letra C, do citado relatório da ONU diz:

"Por "impotencia" se entenderá la incapacidad de la víctima de evitar o resistir el dolor o


sufrimiento mental... los contextos sociales caracterizados por el control coercitivo, el acoso
colectivo, el ciberacoso y la persecución"

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 1B1C85F1.06D2F433.8CE60F27.561DA225


A CIBERTORTURA e também do assédio organizado chamado GANGSTALKING implicam na
violação dos direitos humanos como também nos direitos e garantias fundamentas do artigo
5° da Constituição federal, a saber do inciso III devido a tortura e ao tratamento desumano e
degradante; inciso IV devido ao dano material, moral e de imagem; inciso X devido violação
da intimidade e vida privada, esta praticada pelo GANGSTALKING.

A data estimada de início dos crimes é 10/06/2011.

O requerente acusa e responsabiliza a UNIÃO devido sua inoperância e consequente


conivência com os citados crimes, inclusive por desleixo e descaso ante às conclusões e
recomendações do relatório da 43° seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU, item 77
à 87, e ante sua obrigação de defender o cidadão brasileiro.
O requerente declara ainda que buscou ajuda das autoridades, a saber da Polícia Civil do
estado do Rio de Janeiro através do pedido de abertura de inquérito policial protocolo n°
E09/032927/1151/2021 de 04/05/2021 (vide o Anexo II, o citado pedido protocolado), o qual
foi vergonhosamente indeferido em 04/10/2021 (vide o Anexo III, o citado indeferimento
assinado).
Declaro ainda ter comunicado ao Cremerj (Conselho de Medicina do estado do Rio de Janeiro)
no dia 28/09/2021 protocolo n° 10353644 (vide Anexo IV o citado pedido protocolado) a
existência de erro médico uma vez que existem inúmeras outras vítimas de CIBERTORTURA e
GANGSTALKING no Brasil que são erroneamente diagnosticados como esquizofrenia CID
grupo 20, sendo que o CID (código internacional de doença) correto ao caso é W90.0X
(ataque eletromagnético remoto).

Dentre as tecnologias utilizadas no cometimentos destes crimes, pode-se destacar: patente


US 3951134 (https://patents.google.com/patent/US3951134A/en); patente US 7629918
(https://patents.google.com/patent/US7629918B2/en?oq=patente+7629918); patente US
6587729 (https://patents.google.com/patent/US6587729B2/en?oq=patente+6587729);
patente US 6470214 (https://patents.google.com/patent/US6470214B1/en).
Solicitação
Diante disto, o requerente solicita justa indenização de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a ser
arbitrada pelo juiz contra a UNIÃO devido a violação dos direitos humanos e violação dos
direitos e garantias fundamentais do artigo 5° da Constituição Federal por anos a fio. Solicita
ainda a elaboração de método tecnológico de defesa e proteção contra a malversação das

Pagina 2 of 5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
8, Página
Página3 64

Ministério Público Federal PRM-NFR-RJ-00005559/2021


Sala de Atendimento ao Cidadão

citadas tecnologias. E solicita ainda a investigação dos fatos apresentados uma vez que temos
inúmeras outras vítimas de CIBERTORTURA e GANGSTALKING no Brasil.

O requerente aponta como suas testemunhas abaixo relacionadas as pessoas que também
são vítimas: Evaldo Pereira Correa (RG 007.728.078-2 Detran RJ, (21)9.9139.0718); Edvania
Correia de Paulo Sousa (RG MG-13.727.454 SSP-MG, (31)8785-1762); Tonimar Pontes

Assinado com login e senha por BRUNO ERIC MARQUES MEDEIROS, em 05/12/2021 23:49. Para verificar a autenticidade acesse
Oliveira Vaz ((32)9976-0490); Francis Penko Filisbino (RJ 427.018.985 SSP SP; (19)
9.8289.2640).

Resposta
Encaminho, para conhecimento, cópia de Promoção de Arquivamento proferida nos autos da
Notícia de Fato 1.30.006.000176/2021-50 instaurada a partir de representação de V. Sa.
Informo que fica facultado a V. Sa. a apresentação de recurso no prazo de 10 dias.
Atenciosamente,

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 1B1C85F1.06D2F433.8CE60F27.561DA225


Setor Jurídico PRM-Nova Friburgo
Telefone (22)2519-8800
Respostas do Formulário de Avaliação Preenchido Pelo Manifestante
Formulário de avaliação respondido em 22/10/2021 20:02.

Legenda das notas objetivas: 1 - Totalmente Insatisfeito; 2 - Insatisfeito; 3 - Satisfeito; 4 -


Totalmente Satisfeito

1. Em relação à sua manifestação, seu objetivo foi atingido?


Nota: 3

2. Como você se sente em relação ao atendimento prestado pela Sala de Atendimento ao


Cidadão?
Nota: 3

Pagina 3 of 5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
8, Página
Página4 65

Ministério Público Federal PRM-NFR-RJ-00005559/2021


Sala de Atendimento ao Cidadão

Andamentos
Data Tipo Responsável

05/12/2021 23:46 Finalização BRUNO MEDEIROS

Assinado com login e senha por BRUNO ERIC MARQUES MEDEIROS, em 05/12/2021 23:49. Para verificar a autenticidade acesse
Encaminho, para conhecimento, cópia de Promoção de Arquivamento proferida nos autos da
Notícia de Fato 1.30.006.000176/2021-50 instaurada a partir de representação de V. Sa.
Informo que fica facultado a V. Sa. a apresentação de recurso no prazo de 10 dias.
Atenciosamente,

Setor Jurídico PRM-Nova Friburgo


Telefone (22)2519-8800
05/12/2021 23:43 Insere Providência - Anexar Documento BRUNO MEDEIROS

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 1B1C85F1.06D2F433.8CE60F27.561DA225


05/12/2021 23:43 Manifestação em atendimento BRUNO MEDEIROS

19/10/2021 23:00 E-mail enviado para o manifestante MANIFESTANTE

Reenvio automático do e-mail de avaliação após 7 dias

12/10/2021 15:54 Finalização CAMILLA HOELZ

Demanda recebida e encaminhada ao setor competente para apreciação.

12/10/2021 15:53 Geração de documento no Único CAMILLA HOELZ

Agradecemos o contato por este canal de comunicação. <br><br>Sua manifestação de número


20210085354, cadastrada em 12/10/2021, foi enviada ao Sistema Único de informações do MPF
sob o número PRM-NFR-RJ-00005559/2021.<br> O andamento de sua Manifestação pode ser
consultado no link: http://apps.mpf.mp.br/aptusmpf/portal?termoPesquisa=114167249" target="
_blank">Consultar Documento</a> (disponível em até 24 horas após o cadastro da manifestação).
<br><br>Para acompanhamento automático dos andamentos e/ou fases das manifestações,
procedimentos e processos, faça seu cadastro no Portal do Cidadão no link: http://www.mpf.mp.
br/servicos/sac/cadastro" target="_blank">Sala de Atendimento ao Cidadão</a> e utilize o Sistema
Push para adicionar expedientes do seu interesse.<br><br>Ressaltamos que, caso seja pedido o
sigilo dos dados da manifestação, não será possível a sua visualização pelo Portal da
Transparência do MPF, nem o seu acompanhamento pelo Sistema Push.<br><br>Nesse caso,
orientamos que contate a Sala de Atendimento ao Cidadão mais próxima e faça sua manifestação
através do link: http://aplicativos.pgr.mpf.mp.br/ouvidoria/app/cidadao/manifestacao/cadastro/2"
target="_blank"> Formulário da Sala de Atendimento ao Cidadão</a><br><br>Atenciosamente,
<br>Serviço de Atendimento ao Cidadão
12/10/2021 15:53 Assume manifestação CAMILLA HOELZ

Pagina 4 of 5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
8, Página
Página5 66

Ministério Público Federal PRM-NFR-RJ-00005559/2021


Sala de Atendimento ao Cidadão

Data Tipo Responsável

12/10/2021 14:34 Cadastro de Manifestação MANIFESTANTE

Assinado com login e senha por BRUNO ERIC MARQUES MEDEIROS, em 05/12/2021 23:49. Para verificar a autenticidade acesse
http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 1B1C85F1.06D2F433.8CE60F27.561DA225

Pagina 5 of 5
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
9, Página
Página1 67

PRM-NFR-RJ-00000135/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS
SETOR JURÍDICO

Assinado com login e senha por CAMILLA MONTEIRO HOELZ, em 13/01/2022 14:50. Para verificar a autenticidade acesse
Ref. NF nº 1.30.006.000176/2021-50

CERTIDÃO

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave A845AEA6.603C190A.9BB8B907.948C0C42


Certifico que, decorrido o prazo previsto no art. 4º, § 1º da Resolução CNMP
nº 174/2017, não houve manifestação do(a) representante quanto ao arquivamento da notícia
de fato em epígrafe.

Nova Friburgo, 13 de janeiro de 2022.

CAMILLA MONTEIRO HOELZ


CHEFE

Página 1 de 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
10, Página
Página168

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000176/2021-50
Remetente:
SJUR/PRM-RJ - SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Destinatário:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Usuário:
CAMILLA MONTEIRO HOELZ

Data:
13/01/2022 14:52:31

Observação:
Para ciência da certidão 09/2022 e preenchimento do termo de avaliação e destinação de
autos.
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
11, Página
Página169

PRM-NFR-RJ-00000153/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS
GABINETE DE PROCURADOR DE PRM/NOVA FRIBURGO

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 14/01/2022 16:03. Para verificar a autenticidade acesse
Despacho
Referência: 1.30.006.000176/2021-50

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave EA625FA6.F86C69EA.63D01719.0529B21D


Considerando o teor da certidão de Documento 9 (PRM-NFR-RJ-
00000135/2022), que certifica a inércia do representante quanto ao arquivamento da notícia
de fato em epígrafe, determino o encaminhamento dos presentes autos à Procuradoria Federal
dos Direitos do Cidadão (PFDC) para fins de revisão e eventual confirmação do
arquivamento acostado em Documento 6 (PRM-NFR-RJ-00005572/2021).

Nova Friburgo, 14 de janeiro de 2022.

FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE


PROCURADOR DA REPÚBLICA

BG

Página 1 de 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
12, Página
Página170

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
GABPRM3-FABL - GABINETE DE PROCURADOR DE PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000176/2021-50
Remetente:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Destinatário:
PRR2ª/PFDC/NAOP - PRR2ª/PFDC/NAOP - NÚCLEO DE APOIO OPERACIONAL À
PFDC NA PRR 2ª REGIÃO
Usuário:
ANDRE LOPES CARDOSO MONTENEGRO

Data:
14/01/2022 17:35:57
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
13, Página
Página171

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA DA 2ª REGIÃO
NÚCLEO DE APOIO OPERACIONAL À PFDC NA PRR 2ª REGIÃO

Termo de Distribuição e Conclusão


(Gerado automaticamente pelo sistema)

Expediente: NF - 1.30.006.000176/2021-50
Os presentes autos foram distribuídos conforme descrição a seguir:

Titularidade da Distribuição

Ofício Titular: MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE(PRR2ª/PFDC/NAOP)

Grupo de Distribuição: NAOP-PRR2

Forma de Execução: Automática

Conclusão da Distribuição

Vínculo: Titular

Responsável: MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE

Ofício Responsável: MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE(PRR2ª/PFDC/NAOP)

Forma de Execução: Automática

Usuário: MARTA CARMONA CARDOSO FACURI

Data: 14/01/2022 18:19:50


Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
14, Página
Página172

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA – 2ª REGIÃO
NÚCLEO DE APOIO OPERACIONAL A PFDC
____________________________________________________________________________________
NOTÍCIA DE FATO N.º 1.30.006.000176/2021-50 – ELETRÔNICO

Assinado com login e senha por MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE, em 22/02/2022 14:24. Para verificar a autenticidade acesse
ORIGEM : PRM-NOVA FRIBURGO/RJ
INTERESSADO : VINICIUS RODRIGUES COELHO
RELATOR : MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE

1. Cidadania. 2. Notícia de fato instaurada a partir de


manifestação, com escopo de apurar suposta violação de
Direitos Humanos, através da prática de cibertortura e

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 43C2E0F9.28C62F7E.9C452035.44FE06D6


gangstalking. 3. Promoção de arquivamento. 4.
Apresentação de recurso pelo interessado. 5. Narrativa
vaga de fatos aparentemente desconexos, inexistindo
documento, elemento de informação ou outro dado
empírico capaz de sustentar as afirmações relatadas pelo
representante. 6. Ausência de elementos mínimos aptos
a subsidiar a apuração. 7. Voto pela HOMOLOGAÇÃO do
arquivamento, com retorno dos autos à origem.

RELATÓRIO
1 Trata-se de notícia de fato, instaurada a partir de manifestação
encaminhada, via Sala de Atendimento ao Cidadão, por Vinicius Rodrigues
Coelho, para apuração de possíveis violações de Direitos Humanos através da
prática de cibertortura e gangstalking.

2 Relata o representante ter formalizado pedido de abertura de


inquérito policial junto à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, que restou
indeferido; bem como teria comunicado ao CREMERJ a existência de suposto
erro de diagnósticos médicos, que confundiriam cibertortura e gangstalking com
a doença Esquizofrenia. O representante ainda apresentou petição, requerendo
indenização à União por sua conivência com as supostas práticas criminosas
(Manifestação 202100853554; fls. 2 e ss.).

3 Analisando a questão, o Procurador da República Felipe Almeida


Bogado promoveu o arquivamento do feito, considerando a ausência de
elementos de convicção, ainda que indiciários, de irregularidade, respeitando o
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
14, Página
Página273

disposto no artigo 4º, inciso III, da Resolução CNMP nº 174/2017.

4 Cientificado acerca da decisão pela promoção de arquivamento, o


representante manifestou seu inconformismo, reiterando o relatado em
representação inicial. A promoção de arquivamento, contudo, foi mantida.

5 Diante disso, os autos foram encaminhados ao NAOP para


homologação.

Assinado com login e senha por MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE, em 22/02/2022 14:24. Para verificar a autenticidade acesse
6 É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

7 Assiste razão ao Procurador da República em promover o


arquivamento do feito.

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 43C2E0F9.28C62F7E.9C452035.44FE06D6


8 De fato, não há outra medida cabível senão o arquivamento, in
casu. Trata-se de representação vaga de fatos aparentemente desconexos,
inexistindo documento, elemento de informação ou outro dado empírico capaz
de sustentar as afirmações relatadas pelo representante. Não há, portanto,
elementos mínimos aptos a subsidiar a apuração.

9 Assim sendo, não vislumbrando outras providências a serem


adotadas no âmbito deste procedimento específico, entendo que o arquivamento
é medida que se impõe.

10 Em conclusão, concordo com a promoção de arquivamento, razão


pela qual voto por sua homologação.

CONCLUSÃO

11 Ante o exposto, VOTO pela HOMOLOGAÇÃO do arquivamento,


com o retorno dos autos à origem.

12 À apreciação do colegiado do NAOP da 2ª Região.

Rio de Janeiro/RJ, 17 de janeiro de 2022.

MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE


Procurador Regional da República
Relator
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
15, Página
Página174

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


NAOP2

Termo de Deliberação

PROCESSO: NF - 1.30.006.000176/2021-50 - Eletrônico


INTERESSADO(A):
ASSUNTO: VER ÍNTEGRA
SESSÃO: 84ª Sessão Revisão-ordinária - 14.2.2022

Relator(a): MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE

PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA : MAURICIO ANDREIUOLO RODRIGUES

PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA: PAULO ROBERTO BERENGER ALVES

DELIBERAÇÃO: Em sessão realizada nesta data, o colegiado, à unanimidade, deliberou pela homologação
do arquivamento, nos termos do voto do(a) relator(a).

Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2022.

MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE


Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
16, Página
Página175

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000176/2021-50
Remetente:
SJUR/PRM-RJ - SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Destinatário:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Usuário:
CAMILLA MONTEIRO HOELZ

Data:
24/02/2022 11:13:45

Observação:
Para ciência da homologação do arquivamento e preenchimento do termo de avaliação e
destinação de autos.
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
17, Página
Página176

PRM-NFR-RJ-00001096/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP

TERMO DE AVALIAÇÃO E DESTINAÇÃO DE AUTOS

Procedimento n.°: 1.30.006.000176/2021-50


Classe: Notícia de Fato
Assunto(s) da Tabela Auxiliar de Temporalidade de Assuntos (Anexo III): Assunto: 600373 -

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 91ECD47E.8E9E82DE.FE0ACE0E.24022035


Promoção e Proteção dos Direitos Humanos (Garantias Constitucionais/DIREITO
ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO). Prazo de Guarda:
20 anos.
Obs.: O assunto cadastrado deve ser ratificado, retificado ou sofrer acréscimo no Sistema

Assinado digitalmente em 03/03/2022 16:24. Para verificar a autenticidade acesse


Único, conforme estabelecido no artigo 4° da Portaria PGR/MPF n° 184/2016 e artigo 20° da
Portaria PGR/MPF n° 350/2017.

VERIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS HISTÓRICOS PARA GUARDA PERMANENTE:

Critérios Objetivos

(N) Não (S) Sim. Assinalar o(s) critério(s) existente(s):

(N) Critério 01: Auto contém Recomendação?


(N) Critério 02: Auto contém Termo de Acordo (Termo de Ajustamento de Conduta ¿ TAC,
Acordo de Leniência, Acordo de Colaboração, etc.)?
(N) Critério 03: Auto ensejou propositura de Ação Civil Pública?
(N) Critério 04: Auto ensejou propositura de Ação Penal?
Nova Friburgo, 3 de março de 2022.

Assinado eletronicamente
MÁRCIO LUIS THOMAZ BADINI
TÉCNICO ADMINISTRATIVO

Página 1 de 2
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
17, Página
Página277

PRM-NFR-RJ-00001096/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP

Critérios Subjetivos (por determinação do Membro do MPF)


(N) Não (S) Sim. Assinalar os critério(s) pertinentes:
(N) Critério 07: Auto contém como objeto tema que influenciou no desenvolvimento de
precedentes ou padrões de julgamento?
(N) Critério 08: Auto contém solução do problema pela atuação do MPF?
(N) Critério 09: Auto contém como objeto tema de alta relevância regional, nacional ou que

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 91ECD47E.8E9E82DE.FE0ACE0E.24022035


tenha recebido muita atenção dos meios de comunicação?
(N) Critério 10: Auto ensejou alterações de normas ou padrões vigentes?
(N) Critério 11:Auto contém como objeto tema que envolveu grande números de pessoas,
coisas e(ou) questões sociais de grande relevância?

Assinado digitalmente em 03/03/2022 16:24. Para verificar a autenticidade acesse


(S) Critério 12:Auto contém como objeto tema polêmico ou inovador?
(N) Critério 13: Auto contém como objeto tema que testemunhou ruptura com tendência
dominante?

De acordo, arquive-se.

Nova Friburgo, 3 de março de 2022.

Assinado eletronicamente
FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE
PROCURADOR DA REPÚBLICA

Página 2 de 2
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 6.1, Página 78

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Assinatura/Certificação do documento PRM-NFR-RJ-00001096/2022 TERMO DE AVALIAÇÃO E


DESTINAÇÃO DE AUTOS

Signatário(a): MARCIO LUIS THOMAZ BADINI


Data e Hora: 03/03/2022 13:46:51
Assinado com login e senha

Signatário(a): FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE


Data e Hora: 03/03/2022 16:24:19
Assinado com login e senha

Acesse http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 91ecd47e.8e9e82de.fe0ace0e.24022035


Procedimento 1.30.006.000247/2022-03,
1.30.006.000176/2021-50, Documento 6.1,
18, Página
Página179

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
GABPRM3-FABL - GABINETE DE PROCURADOR DE PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000176/2021-50
Remetente:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Destinatário:
ARQ/N.FRIBURGO - ARQ/N.FRIBURGO - ARQUIVO DA PRM NOVA FRIBURGO

Usuário:
ANDRE LOPES CARDOSO MONTENEGRO

Data:
04/03/2022 11:23:11
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 7, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
GABPRM3-FABL - GABINETE DE PROCURADOR DE PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000247/2022-03
Remetente:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Destinatário:
SJUR/PRM-RJ - SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Usuário:
FLAVIO DA SILVEIRA FREITAS MIGON

Data:
17/11/2022 17:12:58

Observação:
Para comunicação ao representante (promoção de arquivamento)
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 8, Página 1

Assinado com login e senha por CAMILLA MONTEIRO HOELZ, em 28/11/2022 16:46. Para verificar a autenticidade acesse
http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 7b50230a.e19fe8b2.dea45d4d.491574a4
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 9, Página 1

PRM-NFR-RJ-00006934/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS
SETOR JURÍDICO

Assinado com login e senha por MARCELO MARCOS VIEIRA, em 15/12/2022 06:41. Para verificar a autenticidade acesse
Ref. NF nº 1.30.006.000247/2022-03

CERTIDÃO

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 3005eba5.202b7a33.dfbda4b9.968bf010


Certifico que, decorrido o prazo previsto no art. 4º, § 1º da Resolução CNMP
nº 174/2017, não houve manifestação do(a) representante quanto ao arquivamento da notícia
de fato em epígrafe.

Nova Friburgo, 15 de dezembro de 2022.

MARCELO MARCOS VIEIRA


TIC/APOIO SJUR

Página 1 de 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 10, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000247/2022-03
Remetente:
SJUR/PRM-RJ - SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Destinatário:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Usuário:
Marcelo

Data:
15/12/2022 06:42:19

Observação:
Decurso de prazo sem manifestação do denunciante.
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 11, Página 1

PRM-NFR-RJ-00006979/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP
GABINETE DE PROCURADOR DE PRM/NOVA FRIBURGO

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 19/12/2022 11:25. Para verificar a autenticidade acesse
Despacho nº 2197/2022
Referência: 1.30.006.000247/2022-03
Assunto: Registrar

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 85a05e26.7abae006.6039133e.7b7ba968


1. Documento 9: ciente. Arquivem-se os autos.

Nova Friburgo, 16 de dezembro de 2022.

FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE


PROCURADOR DA REPÚBLICA

Página 1 de 1
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 12, Página 1

PRM-NFR-RJ-00000054/2023

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS

TERMO DE AVALIAÇÃO E DESTINAÇÃO DE AUTOS

Procedimento n°: 1.30.006.000247/2022-03


Classe:
Assunto(s) Da Tabela Auxiliar De Temporalidade De Assuntos (anexo Iii): Denuncia Sobre
Possiveis Violações De Direitos Humanos, através de torturas por tecnologia eletromagnética.

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 11dd2cc2.41f0f99c.e1cb94df.459fe284


Obs.: O assunto cadastrado deve ser ratificado, retificado ou sofrer acréscimo no Sistema
Único, conforme estabelecido no artigo 4° da Portaria PGR/MPF n° 184/2016 e artigo 20° da
Portaria PGR/MPF n° 350/2017.

Assinado digitalmente em 10/01/2023 11:10. Para verificar a autenticidade acesse


VERIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS HISTÓRICOS PARA GUARDA PERMANENTE:
Critérios Objetivos

Assinalar o(s) critério(s) existente(s):


(N) Critério 01: Auto contém Recomendação?
(N) Critério 02: Auto contém Termo de Acordo (Termo de Ajustamento de Conduta – TAC,
Acordo de Leniência, Acordo de Colaboração, etc.)?
(N) Critério 03: Auto ensejou propositura de Ação Civil Pública?
(N) Critério 04: Auto ensejou propositura de Ação Penal?

Nova Friburgo,10 de janeiro de 2023

| ROBERTO SOUZA DE OLIVEIRA JUNIOR


ANALISTA PROCESSUAL

Página 1 de 3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 12, Página 2

Critérios Subjetivos (por determinação do Membro do MPF)


Assinalar os critério(s) pertinentes:
(N) Critério 07: Auto contém como objeto tema que influenciou no desenvolvimento de
precedentes ou padrões de julgamento?
(N) Critério 08: Auto contém solução do problema pela atuação do MPF?
(N) Critério 09: Auto contém como objeto tema de alta relevância regional, nacional ou que
tenha recebido muita atenção dos meios de comunicação?
(N) Critério 10: Auto ensejou alterações de normas ou padrões vigentes?
(N) Critério 11: Auto contém como objeto tema que envolveu grande números de pessoas,
coisas e(ou) questões sociais de grande relevância?
(N) Critério 12: Auto contém como objeto tema polêmico ou inovador?
(N) Critério 13: Auto contém como objeto tema que testemunhou ruptura com tendência

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 11dd2cc2.41f0f99c.e1cb94df.459fe284


dominante?

De acordo, arquive-se.

Assinado digitalmente em 10/01/2023 11:10. Para verificar a autenticidade acesse


Nova Friburgo,10 de janeiro de 2023

FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE


PROCURADOR DA REPÚBLICA

Página 2 de 3
Procedimento 1.30.006.000247/2022-03, Documento 12, Página 3

Página 3 de 3
Assinado digitalmente em 10/01/2023 11:10. Para verificar a autenticidade acesse
http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 11dd2cc2.41f0f99c.e1cb94df.459fe284
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Assinatura/Certificação do documento PRM-NFR-RJ-00000054/2023 TERMO DE AVALIAÇÃO E


DESTINAÇÃO DE AUTOS

Signatário(a): ROBERTO SOUZA DE OLIVEIRA JUNIOR


Data e Hora: 10/01/2023 11:08:51
Assinado com login e senha

Signatário(a): FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE


Data e Hora: 10/01/2023 11:10:55
Assinado com login e senha

Acesse http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 11dd2cc2.41f0f99c.e1cb94df.459fe284


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP
PFDC
Data de Autuação: 12/10/2021

Notícia de Fato - NF
1.30.006.000176/2021-50
Volume I

Resumo:
PFDC - Manifestação noticiando suposta violação de direitos humanos, prática de cyber-tortura e gang-stalking.
Partes:
REPRESENTANTE - VINICIUS RODRIGUES COELHO

REPRESENTADO - UNIÃO FEDERAL

Distribuição:
PRM-N.FRIBURGO - Encerrada em 16/12/2021 - PRM-RJ-N.FRIBURGO-3º Ofício

Grupo temático principal:


PFDC - PROCURADORIA FEDERAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO
Tema:
600373 - Promoção e Proteção dos Direitos Humanos (Garantias Constitucionais/DIREITO ADMINISTRATIVO E
OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO)
Observação:
Município(s):
NOVA FRIBURGO - RJ

Movimentado para:
04/03/2022 - PRM-N.FRIBURGO/ARQ/N.FRIBURGO - ARQUIVO DA PRM NOVA FRIBURGO
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1, Página 1

Ministério Público Federal


Sala de Atendimento ao Cidadão

Manifestação 20210085354

Pessoa Física Sexo Masculino


Manifestante VINICIUS RODRIGUES COELHO

CPF 058.909.227-85
Nascimento 10/06/1988
Ocupação Contabilidade

Email viniciusgts88@gmail.com
Telefone (22) 99935-7846
Telefone(s) adic. (22) 2524-9000
Município NOVA FRIBURGO
UF RJ
País Brasil
Endereço Alameda dos Rodrigues,10 casa - Campo do Coelho
CEP 28630-645

Representação

Data do Fato
Município do Fato NOVA FRIBURGO
UF do Fato RJ

Descrição
Eu, Vinicius Rodrigues Coelho, brasileiro, natural do estado do Rio de Janeiro, nascido em
10/06/1988, portador do RG n° 020.244.721-5 Detran RJ, e do CPF n° 058.909.227-85,
residente na Alameda dos Rodrigues, n° 10, bairro Córrego Dantas, cidade Nova Friburgo-RJ,
CEP 28.630-645, venho por meio desta petição representar contra a UNIÃO (a pessoa jurídica
de direito público interno) em face da violação dos direitos humanos sofrida por mim
conforme exposto no relatório da 43° seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU
(Organização das Nações Unidas) de 24 de fevereiro de 2020 à 20 de março de 2020 (vide
Anexo I o citado relatório) presidida pelo professor Nils Melzer a qual versa sobre o tortura e
tratamentos desumanos e degradantes, mais especificamente a partir da página 19, item E,
itens 71 à 87, que expõe a CIBERTORTURA a qual trata-se da malversação de tecnologias
eletromagnéticas para infringir tortura física e psicológica remotamente não se confundindo
com o mero assédio no ambiente de internet conforme explicado no item 71 do citado

Pagina 1 of 4
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1, Página 2

Ministério Público Federal


Sala de Atendimento ao Cidadão

relatório. O item 73 do citado relatório da ONU cita:"y cada vez más también mediante el
control o la manipulación a distancia de cinturones de descargas eléctricas (A/72/178, párr.
51), implantes médicos y, posiblemente, dispositivos nanotecnológicos o
neurotecnológicos55. La cibertecnología también puede utilizarse para infligir o contribuir a
sufrimientos mentales graves evitando el conducto del cuerpo físico, en concreto a través de
la intimidación, el acoso, la vigilancia, la vergüenza y la difamación públicas, así como la
apropiación, la supresión o la manipulación de información."Isto posto, o requerente declara
ser vítima de CIBERTORTURA e também do assédio organizado chamado GANGSTALKING
onde o item 84 letra C, do citado relatório da ONU diz:"Por "impotencia" se entenderá la
incapacidad de la víctima de evitar o resistir el dolor o sufrimiento mental... los contextos
sociales caracterizados por el control coercitivo, el acoso colectivo, el ciberacoso y la
persecución"A CIBERTORTURA e também do assédio organizado chamado GANGSTALKING
implicam na violação dos direitos humanos como também nos direitos e garantias
fundamentas do artigo 5° da Constituição federal, a saber do inciso III devido a tortura e ao
tratamento desumano e degradante; inciso IV devido ao dano material, moral e de imagem;
inciso X devido violação da intimidade e vida privada, esta praticada pelo GANGSTALKING. A
data estimada de início dos crimes é 10/06/2011. O requerente acusa e responsabiliza a
UNIÃO devido sua inoperância e consequente conivência com os citados crimes, inclusive por
desleixo e descaso ante às conclusões e recomendações do relatório da 43° seção do
Conselho de Direitos Humanos da ONU, item 77 à 87, e ante sua obrigação de defender o
cidadão brasileiro.O requerente declara ainda que buscou ajuda das autoridades, a saber da
Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro através do pedido de abertura de inquérito policial
protocolo n° E09/032927/1151/2021 de 04/05/2021 (vide o Anexo II, o citado pedido
protocolado), o qual foi vergonhosamente indeferido em 04/10/2021 (vide o Anexo III, o
citado indeferimento assinado). Declaro ainda ter comunicado ao Cremerj (Conselho de
Medicina do estado do Rio de Janeiro) no dia 28/09/2021 protocolo n° 10353644 (vide Anexo
IV o citado pedido protocolado) a existência de erro médico uma vez que existem inúmeras
outras vítimas de CIBERTORTURA e GANGSTALKING no Brasil que são erroneamente
diagnosticados como esquizofrenia CID grupo 20, sendo que o CID (código internacional de
doença) correto ao caso é W90.0X (ataque eletromagnético remoto). Dentre as tecnologias
utilizadas no cometimentos destes crimes, pode-se destacar: patente US 3951134 (https:
//patents.google.com/patent/US3951134A/en); patente US 7629918 (https://patents.google.
com/patent/US7629918B2/en?oq=patente+7629918); patente US 6587729 (https://patents.
google.com/patent/US6587729B2/en?oq=patente+6587729); patente US 6470214 (https:
//patents.google.com/patent/US6470214B1/en).
Solicitação
Diante disto, o requerente solicita justa indenização de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a ser
arbitrada pelo juiz contra a UNIÃO devido a violação dos direitos humanos e violação dos
direitos e garantias fundamentais do artigo 5° da Constituição Federal por anos a fio. Solicita
ainda a elaboração de método tecnológico de defesa e proteção contra a malversação das
citadas tecnologias. E solicita ainda a investigação dos fatos apresentados uma vez que temos
inúmeras outras vítimas de CIBERTORTURA e GANGSTALKING no Brasil.O requerente aponta
como suas testemunhas abaixo relacionadas as pessoas que também são vítimas: Evaldo
Pereira Correa (RG 007.728.078-2 Detran RJ, (21)9.9139.0718); Edvania Correia de Paulo
Sousa (RG MG-13.727.454 SSP-MG, (31)8785-1762); Tonimar Pontes Oliveira Vaz ((32)
9976-0490); Francis Penko Filisbino (RJ 427.018.985 SSP SP; (19)9.8289.2640).

Pagina 2 of 4
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1, Página 3

Ministério Público Federal


Sala de Atendimento ao Cidadão

Pagina 3 of 4
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1, Página 4

Ministério Público Federal


Sala de Atendimento ao Cidadão

Andamentos
Data Tipo Responsável

12/10/2021 15:53 Assume manifestação CAMILLA HOELZ

12/10/2021 14:34 Cadastro de Manifestação MANIFESTANTE

Pagina 4 of 4
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.1, Página 1

PETIÇÃO
Eu, Vinicius Rodrigues Coelho, brasileiro, natural do estado do Rio de Janeiro, nascido em
10/06/1988, portador do RG n° 020.244.721-5 Detran RJ, e do CPF n° 058.909.227-85, residente
na Alameda dos Rodrigues, n° 10, bairro Córrego D´antas, cidade Nova Friburgo-RJ, CEP 28.630-
645, venho por meio desta petição representar contra a UNIÃO (a pessoa jurídica de direito
público interno) em face da violação dos direitos humanos sofrida por mim conforme exposto
no relatório da 43° seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações
Unidas) de 24 de fevereiro de 2020 à 20 de março de 2020 (vide Anexo I o citado relatório)
presidida pelo professor Nils Melzer a qual versa sobre o tortura e tratamentos desumanos e
degradantes, mais especificamente a partir da página 19, item E, itens 71 à 87, que expõe a
CIBERTORTURA a qual trata-se da malversação de tecnologias eletromagnéticas para infringir
tortura física e psicológica remotamente não se confundindo com o mero assédio no ambiente
de internet conforme explicado no item 71 do citado relatório. O item 73 do citado relatório da
ONU cita:

“y cada vez más también mediante el control o la manipulación a distancia de cinturones de


descargas eléctricas (A/72/178, párr. 51), implantes médicos y, posiblemente, dispositivos
nanotecnológicos o neurotecnológicos55. La cibertecnología también puede utilizarse para
infligir o contribuir a sufrimientos mentales graves evitando el conducto del cuerpo físico, en
concreto a través de la intimidación, el acoso, la vigilancia, la vergüenza y la difamación
públicas, así como la apropiación, la supresión o la manipulación de información.”

Isto posto, o requerente declara ser vítima de CIBERTORTURA e também do assédio organizado
chamado GANGSTALKING onde o item 84 letra C, do citado relatório da ONU diz:

“Por “impotencia” se entenderá la incapacidad de la víctima de evitar o resistir el dolor o


sufrimiento mental... los contextos sociales caracterizados por el control coercitivo, el acoso
colectivo, el ciberacoso y la persecución”

A CIBERTORTURA e também do assédio organizado chamado GANGSTALKING implicam na


violação dos direitos humanos como também nos direitos e garantias fundamentas do artigo 5°
da Constituição federal, a saber do inciso III devido a tortura e ao tratamento desumano e
degradante; inciso IV devido ao dano material, moral e de imagem; inciso X devido violação da
intimidade e vida privada, esta praticada pelo GANGSTALKING.

A data estimada de início dos crimes é 10/06/2011.

O requerente acusa e responsabiliza a UNIÃO devido sua inoperância e consequente conivência


com os citados crimes, inclusive por desleixo e descaso ante às conclusões e recomendações do
relatório da 43° seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU, item 77 à 87, e ante sua
obrigação de defender o cidadão brasileiro.
O requerente declara ainda que buscou ajuda das autoridades, a saber da Polícia Civil do estado
do Rio de Janeiro através do pedido de abertura de inquérito policial protocolo n°
E09/032927/1151/2021 de 04/05/2021 (vide o Anexo II, o citado pedido protocolado), o qual
foi vergonhosamente indeferido em 04/10/2021 (vide o Anexo III, o citado indeferimento
assinado).
Declaro ainda ter comunicado ao Cremerj (Conselho de Medicina do estado do Rio de Janeiro)
no dia 28/09/2021 protocolo n° 10353644 (vide Anexo IV o citado pedido protocolado) a
existência de erro médico uma vez que existem inúmeras outras vítimas de CIBERTORTURA e
GANGSTALKING no Brasil que são erroneamente diagnosticados como esquizofrenia CID grupo
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.1, Página 2

20, sendo que o CID (código internacional de doença) correto ao caso é W90.0X (ataque
eletromagnético remoto).

Dentre as tecnologias utilizadas no cometimentos destes crimes, pode-se destacar: patente US


3951134 (https://patents.google.com/patent/US3951134A/en); patente US 7629918
(https://patents.google.com/patent/US7629918B2/en?oq=patente+7629918); patente US
6587729 (https://patents.google.com/patent/US6587729B2/en?oq=patente+6587729);
patente US 6470214 (https://patents.google.com/patent/US6470214B1/en).

Diante disto, o requerente solicita justa indenização de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a ser
arbitrada pelo juiz contra a UNIÃO devido a violação dos direitos humanos e violação dos direitos
e garantias fundamentais do artigo 5° da Constituição Federal por anos a fio.

O requerente aponta como suas testemunhas abaixo relacionadas as pessoas que também são
vítimas: Evaldo Pereira Correa (RG 007.728.078-2 Detran RJ, (21)9.9139.0718); Edvania Correia
de Paulo Sousa (RG MG-13.727.454 SSP-MG, (31)8785-1762); Tonimar Pontes Oliveira Vaz
((32)9976-0490); Francis Penko Filisbino (RJ 427.018.985 SSP SP; (19)9.8289.2640).

Nova Friburgo, RJ, 12/10/2021.

Vinicius Rodrigues Coelho.


Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 1

Naciones Unidas A/HRC/43/49


Asamblea General Distr. general
20 de marzo de 2020
Español
Original: inglés

Consejo de Derechos Humanos


43er período de sesiones
24 de febrero a 20 de marzo de 2020
Tema 3 de la agenda
Promoción y protección de todos los derechos humanos,
civiles, políticos, económicos, sociales y culturales,
incluido el derecho al desarrollo

Tortura y otros tratos o penas crueles, inhumanos


o degradantes

Informe del Relator Especial*

Resumen
En el presente informe, el Relator Especial sobre la tortura y otros tratos o penas
crueles, inhumanos o degradantes examina las cuestiones conceptuales, de definición e
interpretación que se plantean a propósito del concepto de “tortura psicológica” en el marco
del derecho de los derechos humanos.

* Este informe se presenta con retraso para poder incluir en él la información más reciente.
GE.20-04273 (S) 040520 070520


Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 2

A/HRC/43/49

Índice
Página
I. Introducción .................................................................................................................................. 3
II. Actividades relacionadas con el mandato ...................................................................................... 3
III. Tortura psicológica ........................................................................................................................ 3
A. Antecedentes ......................................................................................................................... 3
B. Concepto de tortura psicológica............................................................................................ 6
C. Aplicación de los elementos constitutivos ............................................................................ 8
D. Métodos predominantes de tortura psicológica .................................................................... 13
E. Cibertortura ........................................................................................................................... 19
IV. Conclusiones y recomendaciones .................................................................................................. 21

2 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 3

A/HRC/43/49

I. Introducción
1. El presente informe se ha elaborado de conformidad con la resolución 34/19 del
Consejo de Derechos Humanos.

II. Actividades relacionadas con el mandato


2. En 2019, el Relator Especial transmitió 114 comunicaciones, conjuntamente con
otros titulares de mandatos o de manera individual, en nombre de personas expuestas a la
tortura y otros malos tratos.
3. Desde su anterior informe al Consejo de Derechos Humanos, en marzo de 2019, el
Relator Especial ha participado en diversas consultas, talleres y actos sobre cuestiones
relacionadas con su mandato. Los más notables se enumeran a continuación.
4. Los días 9 y 10 de mayo de 2019, el Relator Especial y su equipo médico realizaron
una visita para reunirse con Julian Assange, detenido en la prisión de Belmarsh (Londres),
y con las autoridades británicas competentes, a fin de evaluar el estado de salud y las
condiciones de reclusión del Sr. Assange, así como los presuntos riesgos de torturas o
malos tratos derivados de su posible extradición a los Estados Unidos de América.
5. El 5 de junio, el Relator Especial participó en la conferencia “Multilateralismo
efectivo en la lucha contra la tortura: tendencias en la región de la OSCE y camino a
seguir”, organizada por la Oficina de Instituciones Democráticas y Derechos Humanos de
la Organización para la Seguridad y la Cooperación en Europa (OSCE) en Viena.
6. Del 12 al 15 de junio, el Relator Especial visitó las Comoras (A/HRC/43/49/Add.1).
7. El 26 de junio, para respaldar la celebración del Día Internacional en Apoyo de las
Víctimas de la Tortura, el Relator Especial coorganizó un acto paralelo en el 41er período de
sesiones del Consejo de Derechos Humanos sobre las líneas divisorias entre la
investigación no coercitiva y la tortura psicológica.
8. El 15 de octubre, el Relator Especial presentó a la Asamblea General su informe
temático (A/74/148) sobre la importancia de la prohibición de la tortura y los malos tratos
en el contexto de la violencia doméstica.
9. El 18 de octubre, el Relator Especial participó en una conferencia de alto nivel sobre
la lucha contra los malos tratos policiales, celebrada en Bečići (Montenegro) y organizada
por el Consejo de Europa.
10. Del 17 al 24 de noviembre, el Relator Especial visitó Maldivas. Formuló amplias
observaciones preliminares después de la visita y presentará su informe al Consejo de
Derechos Humanos en marzo de 2021.

III. Tortura psicológica

A. Antecedentes

11. Se reconoce que la prohibición universal de la tortura es de carácter absoluto,


inderogable e imperativa y se ha reafirmado en numerosos instrumentos internacionales de
derechos humanos, de derecho humanitario y de derecho penal. Desde su primera
proclamación en el artículo 5 de la Declaración Universal de Derechos Humanos, la
comunidad internacional ha establecido un excepcional marco normativo e institucional
para su aplicación (A/73/207, párrs. 5 a 18). No obstante, al mismo tiempo, numerosos
Estados han invertido importantes recursos en la concepción de métodos de tortura que

GE.20-04273 3
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 4

A/HRC/43/49

pueden lograr fines de coacción, intimidación, castigo, humillación o discriminación sin


dejar marcas ni causar daños físicos de fácil detección (A/73/207, párr. 45)1.
12. Como continuación de los experimentos llevados a cabo por el régimen nazi con los
reclusos de los campos de concentración durante la Segunda Guerra Mundial 2, en la época
de la Guerra Fría surgieron varios proyectos a gran escala y a largo plazo de carácter
secreto que comprendían experimentos sistemáticos de “control mental” con miles de
prisioneros, pacientes psiquiátricos y voluntarios que desconocían la verdadera naturaleza y
finalidad de esos ensayos y los graves riesgos para la salud que producían 3. Esos
experimentos dieron lugar a la adopción y la proliferación internacional de metodologías de
interrogatorio que, a pesar de su descripción eufemística como técnicas “intensivas”,
“profundas”, “extraordinarias” o “especiales” de interrogatorio, “presión física moderada”,
“técnicas de condicionamiento”, “explotación de recursos humanos” e incluso tortura
“limpia” o “blanca”, eran manifiestamente incompatibles con la ética médica y con la
prohibición de la tortura y otros tratos o penas crueles, inhumanos o degradantes 4. Si bien
algunos de esos métodos entrañaban una importante violencia física, otros eran de carácter
específicamente psicológico. En los últimos años, algunos de esos métodos han resurgido
de manera más destacada en relación con la tortura en los interrogatorios dentro del
contexto de la lucha contra el terrorismo 5, la privación de libertad a los “migrantes
irregulares” basada en la “disuasión” (véase A/HRC/37/50), la presunta internación
colectiva con fines de “reeducación” política6 y el maltrato de los presos de conciencia 7.
Las tecnologías nuevas y emergentes también dan lugar a instrumentos y entornos sin
precedentes de interacción no física que deben tenerse debidamente en cuenta en la
interpretación contemporánea de la prohibición de la tortura.
13. Los titulares de mandatos reconocen desde hace mucho tiempo que la tortura
“psicológica” o “mental” es un concepto analítico distinto de la tortura física (véase
E/CN.4/1986/15) y han abordado métodos o contextos específicos de la tortura psicológica 8
y han señalado los problemas concretos que se plantean en lo tocante a la investigación y la
reparación de ese tipo de maltrato (A/HRC/13/39/Add.5, párr. 55), así como el vínculo
indisoluble entre la tortura psicológica y los interrogatorios coercitivos (A/71/298, párrs. 37

1 Linda Piwowarczyk, Alejandro Moreno y Michael Grodin, “Health care of torture survivors”, Journal
of the American Medical Association (JAMA), vol. 284, núm. 5 (2 de agosto de 2000).
2 Jonathan D. Moreno, “Acid brothers: Henry Beecher, Timothy Leary, and the psychedelic of the
century”, Perspectives in Biology and Medicine, vol. 59, núm. 1 (invierno de 2016), págs. 108 y 109.
3 En particular, “Project MKUltra, the CIA’s Programme of Research in Behavioural Modification”
(1953 a 1973).
4 Estados Unidos de América, Agencia Central de Inteligencia, KUBARK Counterintelligence
Interrogation (1963), secc. IX; Estados Unidos, Agencia Central de Inteligencia; Human Resource
Exploitation Training Manual (1983); Reino Unido de Gran Bretaña e Irlanda del Norte,
“Interrogatorio profundo (las cinco técnicas)”, litigio ante el Tribunal Europeo de Derechos Humanos,
Ireland v. the United Kingdom, demanda núm. 5310/71, sentencia, 18 de enero de 1978; Presidente de
Francia, Emmanuel Macron, declaración sobre la muerte de Maurice Audin, 13 de septiembre de
2018, en la que se reconoció que los sucesivos Gobiernos de Francia habían aplicado un sistema de
tortura política y desapariciones en Argelia; Lawrence E. Hinkle, Jr., y Harold G. Wolff, “Communist
interrogation and indoctrination of ‘enemies of the state’: analysis of methods used by the communist
state police – a special report”, American Medical Association Archives of Neurology and Psychiatry,
vol. 76, núm. 2 (agosto de 1956); y Scott Shane, “U.S. interrogators were taught Chinese coercion
techniques”, New York Times, 2 de julio de 2008.
5 Comisión Especial de Inteligencia del Senado de los Estados Unidos, Committee Study of the Central
Intelligence Agency’s Detention and Interrogation Program (2014).
6 CAT/C/CHN/CO/5, párr. 42; así como dos comunicaciones firmadas conjuntamente por el Relator
Especial, a saber, las comunicaciones núms. OL/CHN18/2019, de 1 de noviembre de 2019, y
OL/CHN15/2018, de 24 de agosto de 2018. Véase también “China cables”, disponible en
www.icij.org/investigations/china-cables/read-the-china-cables-documents/.
7 Véanse, en particular, las comunicaciones enviadas por el Relator Especial y su predecesor en los
casos de Bradley/Chelsea Manning, comunicaciones núms. UA G/SO 214 (53-24) USA 8/2011,
de 15 de junio de 2011, y AL USA 22/2019, de 1 de noviembre de 2019, y de Julian Assange,
comunicaciones núms. UA/GBR/3/2019, de 27 de mayo de 2019, y UA GBR 6/2019, de 29 de
octubre de 2019.
8 Véanse, por ejemplo, A/74/148, párrs. 32 a 34; A/59/324, párr. 17; y E/CN.4/2006/120, párr. 52.

4 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 5

A/HRC/43/49

a 45). También han dedicado un informe temático completo a la práctica de la reclusión en


régimen de aislamiento (A/66/268), han promovido la elaboración de directrices para las
prácticas de entrevista no coercitivas (véase A/71/298), han apoyado la reciente
actualización del Manual para la investigación y documentación eficaces de la tortura y
otros tratos o penas crueles, inhumanos o degradantes (Protocolo de Estambul) y han
fomentado una mayor conciencia sobre los problemas de la tortura psicológica en
numerosas comunicaciones individuales. El 26 de junio de 2019, con ocasión del Día
Internacional en Apoyo de las Víctimas de la Tortura, el Relator Especial inició sus
consultas temáticas al respecto en un acto paralelo del 41 er período de sesiones del Consejo
de Derechos Humanos, que incluyó un panel de expertos sobre las líneas divisorias entre la
investigación no coercitiva y la tortura psicológica, y la proyección de Monstruos
eminentes, documental sobre los orígenes y los efectos devastadores de la tortura
psicológica contemporánea9.
14. Aunque esas iniciativas han sido en general bien recibidas por los Estados, la
práctica de los países sigue tendiendo a negar o desatender la tortura psicológica, a
malinterpretarla o a trivializarla como algo que se podría denominar eufemísticamente
“tortura ligera”, mientras que sigue siendo predominante la percepción de que la “tortura
real” exige la imposición de dolores o sufrimientos físicos (el llamado “sesgo
materialista”)10. Algunos Estados han adoptado incluso definiciones nacionales de la tortura
que excluyen los dolores o los sufrimientos mentales, o interpretaciones que presuponen
que, para que haya tortura, los dolores o los sufrimientos mentales sean causados por la
amenaza o la imposición de dolores o sufrimientos físicos, amenazas de muerte inminente o
perturbación mental profunda. Tanto el Comité contra la Tortura como los titulares de
mandatos han rechazado esos planteamientos por considerarlos contrarios a la Convención
contra la Tortura y Otros Tratos o Penas Crueles, Inhumanos o Degradantes 11. En todo caso,
además de eso, el término “tortura psicológica” se sigue utilizando en la jurisprudencia y en
la defensa de los derechos humanos sin carácter unívoco, y los expertos jurídicos y médicos
llevan mucho tiempo pidiendo que se aclare su uso 12.
15. Habida cuenta de lo que antecede, en el presente informe, el Relator Especial:
a) Examina las discrepancias conceptuales predominantes que se plantean a
propósito del concepto de “tortura psicológica”;
b) Propone definiciones de trabajo de la tortura “psicológica” y la tortura
“física” desde la perspectiva del derecho internacional de los derechos humanos;
c) Formula recomendaciones sobre la interpretación de los elementos
constitutivos de la tortura en el contexto de la tortura psicológica;
d) Presenta un marco analítico no exhaustivo, basado en las necesidades, que
facilite la determinación de los métodos, las técnicas o las circunstancias específicos que
constituyan o contribuyan a la tortura psicológica;
e) Explica la manera en que diversas combinaciones de métodos, técnicas y
circunstancias, que no en todos los casos pueden equivaler a tortura si se consideran de

9 Véase www.hopscotchfilms.co.uk/news/2019/7/26/eminent-monsters-to-be-screened-at-a-united-
nations-side-event.
10 David Luban y Henry Shue, “Mental torture: a critique of erasures in U.S. law”, Georgetown Law
Journal, vol. 100, núm. 3 (marzo de 2012).
11 A/HRC/13/39/Add.5, párr. 74; CAT/C/USA/CO/3-5, párr. 9; CAT/C/GAB/CO/1, párr. 7;
CAT/C/RWA/CO/1, párr. 7; CAT/C/CHN/CO/4, párr. 33; y CAT/C/CHN/CO/5, párr. 7.
12 Véase, por ejemplo, Pau Pérez Sales, Tortura psicológica. Definición, evaluación y medida (Bilbao,
Desclee de Brower, 2016); Hernán Reyes, “Las peores cicatrices no siempre son físicas: la tortura
psicológica”, International Review of the Red Cross, vol. 89, núm. 867 (septiembre de 2007); Ergun
Cakal, “Debility, dependency and dread: on the conceptual and evidentiary dimensions of
psychological torture”, Torture, vol. 28, núm. 2 (2018); Almerindo E. Ojeda, ed., The Trauma of
Psychological Torture (West Port, Connecticut, Praeger Publishers, 2008); Nora Sveaass,
“Destroying minds: psychological pain and the crime of torture”, City University of New York Law
Review, vol. 11, núm. 2 (verano de 2008), pág. 303; y Metin Başoğlu, ed., Torture and its Definition
in International Law: An Interdisciplinary Approach (Nueva York, Oxford University Press, 2017),
págs. 397 y 492.

GE.20-04273 5
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 6

A/HRC/43/49

manera aislada y fuera de contexto, pueden constituir “entornos de tortura” que


contravienen la prohibición de la tortura;
f) Alienta la interpretación de la prohibición de la tortura en consonancia con
las posibilidades y los retos contemporáneos que se plantean a raíz de las tecnologías
emergentes y explora, de manera preliminar, la conceptuación y las líneas básicas de lo que
se podría describir como “cibertortura”.
16. El Relator Especial ha llevado a cabo amplias investigaciones y consultas con las
partes interesadas, entre otras cosas, mediante una convocatoria abierta de contribuciones
por medio de un cuestionario13. En el presente informe quedan reflejadas las conclusiones y
recomendaciones resultantes del Relator Especial. Habida cuenta del alcance y la
complejidad sustantivos del tema y de las limitaciones aplicables de carácter temporal y en
el número de palabras, el Relator Especial examina únicamente el concepto de “tortura”
psicológica. Dado que, en la práctica, la “tortura” y “otros tratos o penas crueles,
inhumanos o degradantes” suelen estar estrechamente relacionados entre sí, se deberían
emprender nuevas investigaciones para aclarar la cuestión más amplia de los malos tratos
psicológicos.

B. Concepto de tortura psicológica

1. Definición de trabajo
17. “Tortura psicológica” no es un término técnico en el derecho internacional, pero se
ha utilizado en diversas disciplinas, como la jurídica, la médica, la psicológica, la ética, la
filosófica, la histórica y la sociológica, con diferentes finalidades y con diversas
interpretaciones. El Relator Especial reconoce que todas esas visiones tienen su propia
legitimidad, validez y finalidad en sus respectivos campos. De conformidad con el mandato
que se le ha conferido, en el presente informe examina el concepto de “tortura psicológica”
desde la perspectiva del derecho internacional de los derechos humanos.
18. Según el artículo 1 de la Convención contra la Tortura y Otros Tratos o Penas
Crueles, Inhumanos o Degradantes, el concepto sustantivo de “tortura” comprende, en
particular, infligir intencionadamente dolores o sufrimientos graves, “ya sean físicos o
mentales”. Es esa yuxtaposición explícita de dolores o sufrimientos “mentales” y “físicos”
lo que se suele denominar la base jurídica del concepto de tortura psicológica. Por
consiguiente, en el derecho de los derechos humanos, lo más habitual es que por tortura
“psicológica” se entienda infligir dolores o sufrimientos “mentales”, mientras que la tortura
“física” se asocia generalmente a dolores o sufrimientos “físicos” 14.
19. En consonancia con esta posición, compartida por anteriores titulares de mandatos
(E/CN.4/1986/15, párr. 118), el Relator Especial opina que, en el marco del derecho de los
derechos humanos, debería interpretarse que la “tortura psicológica” incluye todos los
métodos, técnicas y circunstancias que estén destinados o concebidos para infligir
deliberadamente dolores o sufrimientos mentales graves sin utilizar el conducto o el efecto
de dolores o sufrimientos físicos graves. Asimismo, a juicio del Relator Especial, debería
interpretarse que la “tortura física” incluye todos los métodos, técnicas y entornos
destinados o concebidos para infligir de manera intencionada dolores o sufrimientos físicos
graves, independientemente de que se inflijan al mismo tiempo dolores o sufrimientos
mentales.

2. Distinción entre los “métodos”, los “efectos” y los “motivos”


20. Aunque la distinción propuesta entre métodos de tortura “físicos” y “psicológicos”
parece bastante sencilla y se deriva directamente del texto de la Convención, su aplicación
sistemática y coherente se encuentra sujeta a distintas cautelas cuyo origen está en que el
debate más amplio de la dimensión psicológica de la tortura se puede dividir en al menos
tres dimensiones paralelas de la misma importancia, a saber, las referidas a los métodos

13 Véase www.ohchr.org/Documents/Issues/Torture/Call/QuestionnairePsychologicalTorture.docx.
14 Luban y Shue, “Mental torture”.

6 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 7

A/HRC/43/49

psicológicos (las técnicas), a los efectos psicológicos (las secuelas) y a los motivos
psicológicos (el objetivo) de la tortura.
21. En primer lugar, la distinción entre los métodos psicológicos y físicos de tortura no
debería ocultar que, como cuestión de derecho, la “tortura” es un concepto unificado. Todos
los métodos de tortura están sujetos a la misma prohibición y dan lugar a las mismas
obligaciones jurídicas, independientemente de que los dolores o los sufrimientos infligidos
sean de carácter “físico” o “mental” o una combinación de ambos. Por consiguiente, el
objetivo de la distinción entre los métodos de tortura “psicológicos” y “físicos” no es
señalar ninguna diferencia en cuanto a las consecuencias jurídicas o de ilicitud, sino aclarar
en qué medida la prohibición genérica de la tortura abarca los métodos que no utilizan el
conducto o el efecto de dolores o sufrimientos físicos graves.
22. En segundo lugar, el análisis de los métodos psicológicos (las técnicas) de la tortura
no debería confundirse con el de los efectos psicológicos (las secuelas). En realidad, tanto
los métodos de tortura físicos como los métodos psicológicos tienen efectos físicos y
psicológicos (E/CN.4/1986/15, párr. 118). Por tanto, el hecho de infligir dolores o
sufrimientos físicos también causa casi invariablemente sufrimientos mentales, incluidos
traumas graves, ansiedad, depresión y otras formas de daños mentales y emocionales.
Asimismo, los dolores o sufrimientos mentales afectan asimismo a las funciones corporales
y, según la intensidad y la duración, pueden causar daños físicos irreparables o incluso la
muerte, por ejemplo, por crisis nerviosa o insuficiencia cardiovascular. En lo que atañe a la
gravedad, se ha demostrado que los factores de estrés psicológico y físico infligen
sufrimientos igualmente graves (A/HRC/13/39, párr. 46)15. Por consiguiente, desde una
perspectiva psicofisiológica, la distinción entre la tortura “física” y “psicológica” es
predominantemente conceptual, analítica y pedagógica y no indica la existencia paralela, en
la práctica, de dos dimensiones distintas y mutuamente excluyentes de la tortura, ni de
ninguna jerarquía de gravedad entre la tortura “física” y la tortura “psicológica”.
23. Un tercer aspecto específico de la dimensión psicológica de la tortura son sus
motivos intrínsecamente psicológicos (el objetivo). Desde una perspectiva funcional, todas
las formas de tortura instrumentalizan de manera deliberada los dolores y los sufrimientos
graves infligidos como vehículo para lograr un propósito particular (A/72/178, párr. 31).
Metodológicamente, esos propósitos pueden perseguirse mediante la imposición de dolores
o sufrimientos “físicos” o “mentales” o una combinación de ellos, y en cada caso causarán
diversos conjuntos de efectos físicos y psicológicos. Sin embargo, desde el punto de vista
funcional, la tortura nunca es de carácter exclusivamente físico, sino que siempre tiene por
objeto influir en la mente y las emociones de las víctimas o de terceras personas contra las
que se dirige16. Muchos métodos de tortura física crean y explotan deliberadamente
conflictos internos debilitantes; por ejemplo, se ordena a las personas cautivas que
permanezcan en posturas forzadas que causan dolor físico bajo la amenaza de violación en
caso de desobediencia. Se puede causar un conflicto interno similar sin dolor físico, por
ejemplo, al ordenar a la persona detenida que se masturbe delante de los guardias y los
reclusos, de nuevo bajo la amenaza de violación en caso de no obedecer. Por consiguiente,
la distinción entre tortura “física” y “psicológica” no lleva implícita ninguna diferencia en
los motivos funcionales, sino que se refiere a la vía metodológica por la que el torturador
lleva a la práctica esos motivos.

3. Distinción entre la tortura psicológica y la tortura física “sin marcas”


y “sin contacto”
24. Si bien los métodos de tortura que entrañan lesiones corporales visibles no suelen
denominarse “tortura psicológica”, la expresión se combina a veces con la tortura “sin
marcas”, cuyo objetivo es evitar las señales visibles en el cuerpo de la víctima, y con la
tortura “sin contacto”, cuya finalidad es evitar infligir dolores o sufrimientos mediante la
interacción física directa. No obstante, en realidad, tanto la tortura “sin marcas” como la
tortura “sin contacto” pueden ser también de carácter físico y, en ese caso, son distintas de
la tortura psicológica.

15 Başoğlu, “Torture and its definition in international law”, pág. 37.


16 Sveaass, “Destroying minds”, págs. 313 y 314.

GE.20-04273 7
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 8

A/HRC/43/49

25. En particular, aunque la tortura física “sin marcas” tiene como fin evitar las señales
visibles en el cuerpo de la víctima, los objetivos de esta se continúan persiguiendo mediante
la imposición deliberada de dolores o sufrimientos físicos graves. Algunas técnicas físicas
“sin marcas” logran los dolores o los sufrimientos físicos propuestos de manera inmediata y
directa, como los golpes con objetos aislados en determinadas partes del cuerpo, el
ahogamiento simulado (“submarino”) o la asfixia con bolsas de plástico (“submarino
seco”). Otras técnicas físicas “sin marcas” conllevan la imposición prolongada o
acumulativa de dolores o sufrimientos físicos que inicialmente son de “baja intensidad”,
con el objeto de que evolucionen de modo progresivo hasta niveles insoportables, como la
orden de permanecer de pie o en cuclillas o el encadenamiento en posiciones de tensión.
Aunque todas esas técnicas tienen por objeto evitar las marcas físicas visibles a simple
vista y para un observador inexperto, muchas de ellas siguen produciendo secuelas físicas
—como tumefacción, excoriación, contusiones e irritaciones— que los expertos forenses
con experiencia pueden detectar y documentar con fiabilidad durante períodos que van de
unos días a varias semanas. Sin embargo, en la práctica, la obstrucción y las demoras, así
como la falta de conocimientos especializados, capacidad y voluntad de las instancias
competentes en materia de investigación, tienen como consecuencia que la gran mayoría de
las denuncias de torturas “sin marca” no se investiguen o se desestimen fácilmente por falta
de pruebas.
26. Asimismo, la tortura física “sin contacto” evita la interacción física directa, pero
sigue manipulando o instrumentalizando de forma intencionada las necesidades, funciones
y reacciones fisiológicas para infligir dolores o sufrimientos físicos. Generalmente, incluye
los dolores infligidos por la imposición con amenazas de posiciones de tensión o por una
fuerte irritación sensorial o fisiológica mediante temperaturas extremas, ruidos fuertes, luz
brillante o malos olores, la privación de sueño, comida o bebida, el impedimento o la
provocación de la micción, la defecación o vómitos, o la exposición a fármacos o síntomas
de síndrome de abstinencia. Aunque esas técnicas utilizan deliberadamente el conducto del
cuerpo de la víctima para infligirle dolores y sufrimientos, en ocasiones se consideran como
tortura psicológica, principalmente por sus motivos psicológicos y por su efecto
desestabilizador previsto en la mente y las emociones humanas, así como por el limitado
contacto físico entre el torturador y la víctima. No obstante, si las técnicas “sin contacto”
infligen dolores o sufrimientos físicos graves de cualquier tipo, deberían considerarse
tortura física.

C. Aplicación de los elementos constitutivos

27. El concepto de tortura psicológica, según se ha definido, plantea una serie de


cuestiones relativas a la interpretación de los elementos constitutivos de la tortura que
trascienden las afirmaciones recogidas en informes anteriores (A/72/178, párr. 31);
A/73/207, párrs. 6 y 7; y E/CN.4/2006/6, párrs. 38 a 41). Todas esas cuestiones relativas a
los elementos “sustantivos” de la definición, que determinan la conducta que equivale a
tortura, y al elemento “atributivo”, que determina el grado requerido de participación de los
agentes públicos para que la tortura conlleve una responsabilidad del Estado, se han
examinado a fondo en informes anteriores y no es necesario volver a analizarlas aquí
(A/74/148, párr. 5).

1. Dolores o sufrimientos graves


28. Los mecanismos internacionales contra la tortura no han dejado ninguna duda de
que la definición de tortura no presupone necesariamente la imposición de dolores o
sufrimientos físicos, sino que también puede abarcar los dolores o sufrimientos mentales 17.
Sin embargo, cabe destacar que los efectos devastadores de la tortura psicológica se suelen
subestimar.

17 Comité de Derechos Humanos, observación general núm. 20 (1992), relativa a la prohibición de la


tortura u otros tratos o penas crueles, inhumanos o degradantes, párr. 5; véase también la
jurisprudencia del Comité contra la Tortura, citada en la nota 11.

8 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 9

A/HRC/43/49

29. Más discutible que esa dicotomía básica entre lo físico y lo mental es la
interpretación del nivel necesario de “gravedad” del dolor infligido. Si bien la medición
objetiva de los dolores o los sufrimientos físicos da lugar a dificultades insuperables y ha
entrañado numerosas tentativas insatisfactorias de clasificar con autoridad los métodos de
tortura según las lesiones físicas y las mermas resultantes, esos problemas son aún mayores
cuando se intenta evaluar objetivamente los dolores o los sufrimientos mentales o
emocionales18. Se ha hecho hincapié en que el término “grave” no presupone que los
dolores o sufrimientos sean comparables al dolor propio de una lesión física grave, como la
falla de un órgano, la merma de las funciones biológicas o incluso la muerte
(E/CN.4/2006/6; y A/HRC/13/39, párr. 44). Ahora bien, el término “tortura” tampoco
debería utilizarse para aludir a la mera inconveniencia o molestia claramente incapaz de
lograr las finalidades enumeradas en la definición.
30. El hecho de que se alcance el umbral de gravedad necesario en un caso concreto
puede depender de una amplia gama de factores endógenos y exógenos al individuo, como
la edad, el sexo, la salud y la vulnerabilidad, pero también la duración de la exposición y la
acumulación de otros factores estresantes y condiciones físicos o mentales, la motivación
personal y la resiliencia y las circunstancias del contexto19. Todos esos elementos deben
evaluarse de manera holística, según proceda en cada caso y en vista de la finalidad
específica que persigue el tratamiento o castigo en cuestión. Por ejemplo, la amenaza de la
detención nocturna combinada con la agresión verbal puede ser lo suficientemente grave
como para coaccionar o intimidar a un niño, mientras que el mismo acto puede afectar poco
o nada a un adulto, y menos aún a un delincuente curtido. La gravedad de los dolores o
sufrimientos resultantes de un determinado tipo de malos tratos no es necesariamente
constante, sino que tiende a aumentar o a fluctuar con la duración de la exposición y la
multiplicación de los factores estresantes. Además, si bien la tortura constituye una forma
“agravada” de tratos o penas crueles, inhumanos o degradantes 20, la “agravación” no se
refiere necesariamente a los dolores y los sufrimientos agravados, sino a delitos graves en
lo que atañe a la instrumentalización intencionada y deliberada de los dolores y los
sufrimientos con fines ulteriores. Así pues, el factor que permite distinguir entre la tortura y
otras formas de malos tratos no es la intensidad del sufrimiento ocasionado, sino el
propósito perseguido, la intención del autor y la impotencia de la víctima (A/72/178,
párr. 30; y A/HRC/13/39, párr. 60)21.
31. Varias disposiciones de los tratados señalan incluso que el concepto de tortura
incluye una conducta que, al menos potencialmente, no implica ningún tipo de dolor o
sufrimiento experimentado subjetivamente. Así, el artículo 7 del Pacto Internacional de
Derechos Civiles y Políticos prohíbe expresamente “los experimentos médicos o
científicos” sin “libre consentimiento”. Aunque la disposición no aclara si esa conducta
equivaldría a “tortura” o a otros “tratos crueles, inhumanos o degradantes”, su mención
explícita da a entender que se consideraba una violación especialmente grave de la
prohibición. Aún más explícito a ese respecto, pero solo de aplicación regional, es el
artículo 2 de la Convención Interamericana para Prevenir y Sancionar la Tortura, en el que
se define expresamente la “tortura” como “los métodos tendientes a anular la personalidad
de la víctima o a disminuir su capacidad física o mental, aunque no causen dolor físico o
angustia psíquica”. De igual forma, los Estados Unidos de América, al ratificar la
Convención contra la Tortura, expresaron su interpretación de que por dolores o
sufrimientos mentales se entiende un daño mental prolongado causado, entre otras cosas,
por la administración o aplicación, en forma de amenaza o real, de sustancias que alteren la
mente u otros procedimientos destinados a perturbar profundamente los sentidos o la
personalidad, formulación con la que se pretendía prohibir algunos de los métodos de
interrogatorio desarrollados por la Agencia Central de Inteligencia (CIA) de los Estados

18 Pérez Sales, Tortura psicológica.


19 Corte Interamericana de Derechos Humanos, Lysias Fleury y otros vs. Haití, sentencia de 23 de
noviembre de 2011, párr. 73.
20 Convención contra la Tortura y Otros Tratos o Penas Crueles, Inhumanos o Degradantes, art. 1.
21 Gerrit Zach, “Definition of torture”, en Manfred Nowak, Moritz Birk y Giuliana Monina, eds.,
The United Nations Convention against Torture and its Optional Protocols: A Commentary, 2ª ed.
(Oxford, Reino Unido de Gran Bretaña e Irlanda del Norte, Oxford University Press, 2019), pág. 47.

GE.20-04273 9
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 10

A/HRC/43/49

Unidos durante la Guerra Fría, pero también restringir deliberadamente la definición


establecida en la Convención22. Aunque el Comité rechazó esa interpretación por
considerarla demasiado restrictiva y afirmó que la tortura psicológica no puede limitarse a
un “daño mental prolongado” (CAT/C/USA/CO/2, párr. 13; y CAT/C/USA/CO/3-5,
párr. 9), no aclaró si el uso de procedimientos destinados a perturbar profundamente los
sentidos o la personalidad podía equivaler a tortura incluso en ausencia de dolores o
sufrimientos experimentados subjetivamente. Si bien esta era ya una cuestión notoria para
los redactores de los diversos textos de los tratados durante la época de la Guerra Fría, su
importancia práctica ha aumentado exponencialmente en la actualidad.
32. Habida cuenta de los rápidos avances en las ciencias médicas, farmacéuticas y
neurotecnológicas, así como en la cibernética, la robótica y la inteligencia artificial, es
difícil predecir la medida en que las técnicas y los entornos de tortura futuros, así como el
“mejoramiento humano” de las posibles víctimas y autores en cuanto a su resiliencia mental
y emocional, pueden hacer posible que se eluda, se inhiba o se manipule de cualquier otra
forma la experiencia subjetiva del dolor y el sufrimiento y se consigan al mismo tiempo las
finalidades y los efectos profundamente deshumanizadores, debilitantes e incapacitantes de
la tortura23. Dado que los Estados deben interpretar y ejercer de buena fe sus obligaciones
internacionales en relación con la prohibición de la tortura (Convención de Viena sobre el
Derecho de los Tratados, arts. 26 y 31), y a la luz de los valores en evolución de las
sociedades democráticas (A/HRC/22/53, párr. 14), parecería irreconciliable con el objeto y
el propósito de la prohibición universal, absoluta e inderogable de la tortura, por ejemplo,
excluir de la definición de tortura la perturbación profunda de la identidad, la capacidad o la
autonomía mental de una persona por el mero hecho de que la experiencia subjetiva o el
recuerdo de “sufrimientos mentales” de la víctima haya sido manipulado o inhibido con
medios farmacéuticos, hipnóticos o de otro tipo24.
33. Los anteriores Relatores Especiales han declarado que “para evaluar el nivel de
sufrimiento o dolor, cuya naturaleza es relativa, es preciso tener en cuenta las circunstancias
del caso, en particular […] si la adquisición o el deterioro de una deficiencia se deben al
trato o las condiciones de detención de la víctima”, y que “los tratamientos médicos de
carácter alterador e irreversible”, cuando no tienen un fin terapéutico y se aplican o
administran sin el consentimiento libre e informado, pueden equivaler a tortura o malos
tratos (A/63/175, párrs. 40 y 47; y A/HRC/22/53, párr. 32). Sobre la base de ese legado, el
Relator Especial opina que el umbral de los “sufrimientos mentales” graves puede
alcanzarse no solo mediante el sufrimiento experimentado subjetivamente sino, en su
ausencia, también por meros daños mentales infligidos objetivamente. En cualquier caso,
incluso por debajo del umbral de la tortura, el hecho de infligir de manera intencionada y
deliberada daños mentales equivaldría casi invariablemente a “otros tratos o penas crueles,
inhumanos o degradantes”.

2. Intencionalidad
34. Para que haya tortura psicológica es necesario que se inflijan intencionadamente
dolores o sufrimientos mentales y, por lo tanto, la conducta puramente negligente no está
incluida. La intencionalidad no comporta que la imposición de dolores o sufrimientos
mentales graves sea deseada de manera subjetiva por el autor, sino solo que sea
razonablemente previsible como resultado, en la evolución ordinaria de los

22 David Luban y Katherine S. Newell, “Personality disruption as mental torture: the CIA,
interrogational abuse, and the U.S. Torture Act”, Georgetown Law Journal, vol. 108, núm. 2 (enero
de 2020), págs. 335 y 336 y 373 y 374, en relación con el título 18 del Código de los Estados Unidos,
art. 2340 2) B), 2012.
23
A/HRC/23/47, párr. 54; Adam Henschke, ‘“Super soldiers’: ethical concerns in human enhancement
technologies”, blog Humanitarian Law and Policy, 3 de julio de 2017; y Nayef Al-Rodhan,
“Inevitable transhumanism? How emerging strategic technologies will affect the future of humanity”,
blog del Centro de Estudios en Seguridad de la Escuela Politécnica Federal de Zúrich, 29 de octubre
de 2013.
24 Oficina del Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Derechos Humanos (ACNUDH),
“Interpretation of torture in light of the practice and jurisprudence of international bodies”, 2011,
pág. 8.

10 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 11

A/HRC/43/49

acontecimientos, de la conducta intencionada que ha adoptado el autor (A/HRC/40/59,


párr. 41; y A/HRC/37/50, párr. 60). Además, la intencionalidad no presupone una conducta
proactiva, si bien también puede abarcar omisiones deliberadas, como la exposición de los
detenidos adictos a sustancias a graves síntomas de abstinencia, por ejemplo, si el
tratamiento o la medicación de sustitución dependen de una confesión, un testimonio u otro
tipo de cooperación (A/73/207, párr. 7). Cuando los dolores o sufrimientos mentales graves
puedan ser consecuencia del efecto acumulativo de múltiples circunstancias, actos u
omisiones de varios participantes, como en el caso del acoso laboral, la persecución y otras
formas de maltrato concertado o colectivo, tendrá que considerarse la presencia de la
intencionalidad necesaria con respecto a cada Estado o individuo que contribuya de manera
consciente y deliberada al resultado prohibido, ya sea mediante la comisión, la tentativa, la
complicidad o la participación (Convención, art. 4 1)).

3. Propósito específico
35. Para que haya tortura psicológica, deben infligirse dolores o sufrimientos mentales
graves no solo de manera intencionada, sino también “con el fin de obtener de [la víctima]
o de un tercero información o una confesión, de castigarla por un acto que haya cometido, o
se sospeche que ha cometido, o de intimidar o coaccionar a esa persona o a otras”, o “por
cualquier razón basada en cualquier tipo de discriminación” (Convención, art. 1). Aunque
los fines enumerados son solo de carácter indicativo y no constituyen una lista exhaustiva,
los fines pertinentes deberían tener algo en común con los fines expresamente enumerados
(A/HRC/13/39/Add.5, párr. 35). Al mismo tiempo, los fines enumerados están formulados
de manera tan amplia que es difícil imaginar un escenario realista de imposición deliberada
de dolores o sufrimientos mentales graves contra una persona impotente que no se ajuste a
la definición de tortura (A/72/178, párr. 31).
36. Si bien la interpretación de fines como “interrogatorio”, “castigo”, “intimidación” y
“coacción” es bastante sencilla, es necesario aclarar la forma en que se aborda la
“discriminación” en la Convención, ya que es el único calificativo que no está elaborado de
acuerdo con un “fin” deliberado. Para que las medidas discriminatorias equivalgan a
tortura, basta con que inflijan intencionadamente dolores o sufrimientos graves “por
cualquier razón basada en cualquier tipo de discriminación”. Por lo tanto, no es necesario
que la conducta pertinente tenga un “fin” discriminatorio, sino solo un “nexo”
discriminatorio. Desde el punto de vista del derecho de los tratados, eso incluye cualquier
distinción, exclusión o restricción por motivos de discriminación de cualquier tipo, que
tenga el propósito o el efecto de obstaculizar o dejar sin efecto el reconocimiento, goce o
ejercicio, en igualdad de condiciones, de todos los derechos humanos y libertades
fundamentales en los ámbitos político, económico, social, cultural, civil o de otro tipo
(A/63/175, párr. 48) 25.
37. Cabe destacar que los fines supuestamente benévolos no pueden, per se, justificar
medidas coercitivas o discriminatorias. Por ejemplo, prácticas como el aborto involuntario,
la esterilización o la intervención psiquiátrica por motivos de “necesidad médica” o del
“interés superior” del paciente (A/HRC/22/53, párrs. 20 y 32 a 35; y A/63/175, párr. 49), la
internación forzosa para la “reeducación” de disidentes políticos o religiosos26, la “curación
espiritual” de enfermedades mentales (A/HRC/25/60/Add.1, párrs. 72 a 77) o la “terapia de
conversión” relacionada con la identidad de género o la orientación sexual (A/74/148,
párrs. 48 a 50) suelen entrañar intentos sumamente discriminatorios y coercitivos de
controlar o “corregir” la personalidad, el comportamiento o las decisiones de la víctima y
casi siempre infligen dolores o sufrimientos graves. Por lo tanto, en opinión del Relator

25
Convención sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad, art. 2; Convención sobre la
Eliminación de Todas las Formas de Discriminación contra la Mujer, art. 1; Convención Internacional
sobre la Eliminación de Todas las Formas de Discriminación Racial, art. 1; Declaración Universal de
Derechos Humanos, art. 7; y Pacto Internacional de Derechos Civiles y Políticos, art. 26.
26 CAT/C/CHN/CO/5, párr. 42; así como dos comunicaciones firmadas conjuntamente por el Relator
Especial, a saber, las comunicaciones núms. OL/CHN18/2019, de 1 de noviembre de 2019, y
OL/CHN15/2018, de 24 de agosto de 2018. Véase también “China cables”, disponible en
www.icij.org/investigations/china-cables/read-the-china-cables-documents/.

GE.20-04273 11
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 12

A/HRC/43/49

Especial, si todos los demás elementos definitorios están presentes, es muy posible que esas
prácticas equivalgan a tortura.
38. Por último, pero no por ello menos importante, dado que la recopilación de
información es una parte inherente de los procesos legítimos de investigación y
constatación de los hechos, es necesario aclarar las líneas divisorias entre las técnicas de
investigación no coercitivas permitidas y los interrogatorios coercitivos prohibidos. Aunque
es de gran importancia práctica, esa distinción particular no se analizará en el presente
informe, puesto que ya se examinó a fondo en un informe temático completo presentado
por el anterior Relator Especial (A/71/298), que suscitó un proceso importante y continuo
de elaboración de directrices internacionales sobre la realización de entrevistas de
investigación y las salvaguardias asociadas27.

4. Impotencia
39. Los titulares de mandatos han sostenido sistemáticamente que, aunque no se
mencione expresamente en el texto del tratado, la “impotencia” de la víctima es un requisito
previo definitorio de la tortura (A/63/175, párr. 50; A/73/207, párr. 7; A/HRC/13/39,
párr. 60; y A/HRC/22/53, párr. 31). Como se ha demostrado, todos los fines enumerados en
el artículo 1 de la Convención contra la Tortura, así como los trabajos preparatorios de la
Declaración y la Convención, se refieren a una situación en la que la víctima de la tortura es
un detenido o una persona al menos bajo el poder o el control efectivo de la persona que
inflige los dolores o sufrimientos, y en la que el autor utiliza esa situación desigual y de
poder para lograr un determinado efecto, como la extracción de información, la
intimidación o el castigo 28.
40. En la práctica, la “impotencia” surge cuando alguien ha sido objeto del control físico
directo o equivalente por parte del autor y ha perdido efectivamente la capacidad de resistir
o evitar el dolor o sufrimiento (A/72/178, párr. 31). Esto suele ocurrir en situaciones de
custodia física, como la detención y la prisión, la reclusión en instituciones, la
hospitalización o la internación, o cualquier otra forma de privación de libertad. En
ausencia de una custodia física, la impotencia también puede surgir a raíz del uso de
dispositivos corporales capaces de administrar descargas eléctricas por control remoto,
puesto que causan “el sometimiento completo de la víctima, independientemente de la
distancia física” (A/72/178, párr. 51). Una situación de impotencia efectiva puede lograrse
también mediante “la privación de la capacidad jurídica, que acaece cuando una persona se
ve despojada de su capacidad para tomar decisiones y esta se asigna a terceros” (A/63/175,
párr. 50; y A/HRC/22/53, párr. 31), mediante amenazas graves e inmediatas, o mediante el
control coercitivo en contextos como la violencia doméstica (A/74/148, párrs. 32 a 34),
mediante la medicación incapacitante y, según las circunstancias, en contextos sociales
colectivos de acoso, ciberacoso y persecución promovida por el Estado que privan a las
víctimas de toda posibilidad de resistirse efectivamente a los abusos o evitarlos.

5. Excepción de las “sanciones legítimas”


41. En la definición de tortura de la Convención se excluyen explícitamente “los dolores
o sufrimientos que sean consecuencia únicamente de sanciones legítimas, o que sean
inherentes o incidentales a estas” (art. 1 1)). Al mismo tiempo, la cláusula de salvaguardia
del artículo 1 2) de la Convención deja claro que esta excepción no se entenderá de manera
que perjudique a otros instrumentos internacionales o legislación nacional que definan o
puedan definir la tortura de manera más amplia. Ha quedado demostrado que el término
“instrumento internacional” abarca tanto los tratados internacionales vinculantes como las
declaraciones, principios y otros documentos de soft law (“derecho indicativo”) no
vinculantes29. Cabe señalar que la cláusula de “sanciones legítimas” solo puede
interpretarse con precisión en conjunción con la Declaración sobre la Protección de Todas
las Personas contra la Tortura y Otros Tratos o Penas Crueles, Inhumanos o Degradantes,

27 Véase www.apt.ch/en/universal-protocol-on-non-coercive-interviews/.
28 Zach, “Definition of torture”, págs. 56 a 59. Véase también el Estatuto de Roma de la Corte Penal
Internacional, art. 7 2) e).
29 Zach, “Definition of torture”, págs. 56 a 59.

12 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 13

A/HRC/43/49

de 1975, de la que se deriva directamente, y en la que solo se excluyen de la definición de


tortura las sanciones legítimas que estén “en consonancia con las Reglas Mínimas para el
Tratamiento de los Reclusos” (art. 1). En consecuencia, por ejemplo, aunque esté permitido
por la legislación interna, ninguno de los siguientes métodos para infligir dolores o
sufrimientos mentales pueden considerarse “sanciones legítimas”: el aislamiento
prolongado o indefinido; el encierro en una celda oscura o permanentemente iluminada; los
castigos colectivos; y la prohibición del contacto con la familia30.
42. Es importante señalar que las sanciones, para ser “legítimas”, no pueden ser
indefinidas, por tiempo ilimitado ni excesivamente amplias para su fin, sino que deben estar
claramente definidas y circunscritas y ser proporcionadas. Por ejemplo, si bien puede ser
legítimo castigar a un testigo por negarse a declarar ante el tribunal con una multa
monetaria fija o incluso con una pena de prisión de una duración predefinida, el uso de la
reclusión indefinida y la acumulación de multas monetarias como medio progresivamente
severo para coaccionar al testigo rebelde a que declare frustraría el objeto y la finalidad
mismos de la Convención y, por lo tanto, equivaldría a una tortura psicológica,
independientemente de su “legitimidad” con arreglo a la legislación nacional 31. De manera
más general, el Relator Especial se adhiere a la interpretación de que la palabra “legítimo”
se refiere tanto al derecho interno como al derecho internacional 32.

D. Métodos predominantes de tortura psicológica

43. En la presente sección, el Relator Especial trata de ofrecer un panorama general de


las características, los fundamentos y los efectos de algunos de los métodos más
predominantes de tortura psicológica. A diferencia de la tortura física, que utiliza el cuerpo
y sus necesidades fisiológicas como conducto para influir en la mente y las emociones de la
víctima, la tortura psicológica lo hace dirigiéndose directamente a las necesidades
psicológicas básicas, como la seguridad, la autodeterminación, la dignidad y la identidad, la
orientación en el entorno, las relaciones emocionales y la confianza comunitaria.
44. El siguiente examen por separado de varios métodos específicos, así como su
clasificación según las necesidades psicológicas que se suelen experimentar, no tiene por
objeto ser fidedigno, exhaustivo ni estar exento de coincidencias, ni tampoco agotar las
formas en que los métodos de tortura psicológica podrían o deberían describirse o
clasificarse para distintos fines33. Su objetivo, más bien, es proporcionar un marco analítico
básico de fácil consulta que ayude a determinar cuáles son los métodos, las técnicas o las
circunstancias que, sin recurrir al conducto o el efecto de dolores o sufrimientos físicos
graves, pueden equivaler a la tortura que se prohíbe en el derecho internacional de los
derechos humanos o contribuir a ella, ya sea de forma individual o en combinación con
otros métodos, técnicas y circunstancias psicológicos o físicos.
45. Dadas las formas casi ilimitadas que puede adoptar la tortura, los ejemplos
seleccionados son solo a título ilustrativo. Varios métodos de tortura pueden tener efectos
similares o solapados o reforzarse mutuamente de otras maneras. En la práctica, los
métodos específicos de tortura rara vez se aplican de forma aislada, sino casi siempre en
combinación con otros métodos, técnicas y circunstancias, formando lo que se ha descrito
acertadamente como un “entorno de tortura” 34. Por lo tanto, este examen por separado de
varios métodos específicos tiene fines principalmente didácticos y analíticos y no debería
considerarse como una indicación de que una clasificación tan rígida como esta refleje
fielmente las diversas manifestaciones prácticas de la tortura.

30 Reglas Mínimas de las Naciones Unidas para el Tratamiento de los Reclusos (Reglas Nelson
Mandela), regla 43.
31 Véase, en particular, la comunicación individual enviada por el Relator Especial en el caso de Chelsea
Manning, comunicación núm. AL USA 22/2019, 1 de noviembre de 2019.
32 Zach, “Definition of torture”, nota 147.
33 Para consultar otras clasificaciones, véase, por ejemplo, Almerindo E. Ojeda, “What Is psychological
torture?”, en Ojeda, ed., The Trauma of Psychological Torture, págs.1 y 2; y Pérez Sales, Tortura
psicológica.
34 Pérez Sales, Tortura psicológica.

GE.20-04273 13
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 14

A/HRC/43/49

1. Seguridad (inducción de miedo, fobia y ansiedad)


46. Tal vez el método más rudimentario de tortura psicológica es la imposición
deliberada e intencionada de miedo. El hecho de que la imposición del miedo en sí pueda
equivaler a tortura ha sido ampliamente reconocido, no solo por los titulares de mandatos35
sino también por el Comité contra la Tortura36, el Tribunal Europeo de Derechos
Humanos37, el Comité de Derechos Humanos38, la Corte Interamericana39 y otros
mecanismos.
47. En la práctica, el miedo puede ser inducido a través de una variedad casi ilimitada de
técnicas; entre las más comunes, cabe citar las siguientes:
a) Amenazar directa o indirectamente con infligir, repetir o intensificar actos de
tortura, mutilación, violencia sexual u otros abusos, también contra familiares, amigos u
otros reclusos;
b) Ocultar o tergiversar información sobre el destino de las víctimas o sus seres
queridos, simular ejecuciones, obligar a presenciar torturas o asesinatos, reales o supuestos,
de terceros;
c) Provocar fobia personal o cultural a través de la exposición, real o en forma
de amenaza, a insectos, serpientes, perros, ratas, enfermedades infecciosas, etc.;
d) Inducir claustrofobia mediante entierros simulados o confinamiento en cajas,
ataúdes, bolsas y otros espacios reducidos (según las circunstancias, esos métodos también
pueden infligir dolores o sufrimientos físicos cada vez más graves).
48. A menudo se subestima la extrema angustia psicológica y los enormes conflictos
internos que ocasiona el miedo. En realidad, el miedo prolongado, en concreto, puede ser
más debilitante y agonizante que la materialización real de ese miedo, e incluso la
experiencia de la tortura física puede ser menos traumática que el tormento psicológico
indefinido del miedo y la ansiedad constantes. En concreto, se han asociado amenazas
creíbles e inmediatas con los sufrimientos mentales graves y el trastorno por estrés
postraumático, pero también con los dolores crónicos y otros síntomas somáticos (es decir,
físicos).

2. Autodeterminación (dominación y sometimiento)


49. Un método psicológico que se aplica prácticamente en todas las situaciones de
tortura es privar de manera deliberada a las víctimas de su control sobre el mayor número
posible de aspectos de su vida, demostrar un dominio completo sobre ellas e inculcar un
profundo sentido de indefensión, desesperanza y dependencia total del torturador. En la
práctica, esos objetivos se logran mediante una amplia gama de técnicas, entre las que cabe
destacar las siguientes:
a) Proporcionar, retener o retirar arbitrariamente el acceso a la información,
material de lectura, los artículos personales, las prendas de vestir, la ropa de cama, el aire
fresco, la luz, los alimentos, el agua, la calefacción o la ventilación;
b) Crear y mantener un entorno impredecible con horarios de comidas, sueño,
higiene, micción y defecación, e interrogatorios que cambien constantemente y que se
modifiquen, prolonguen o retrasen de forma errática;
c) Imponer reglas absurdas, ilógicas o contradictorias de comportamiento,
sanciones y recompensas;

35 A/56/156, párrs. 3, 7 y 8; E/CN.4/1986/15, párr. 119; y E/CN.4/1998/38, párr. 208.


36
CAT/C/KAZ/CO/2, párr. 7; y CAT/C/USA/CO/2, párr. 24.
37 Tribunal Europeo de Derechos Humanos, Gran Sala, Gäfgen v. Germany, demanda núm. 22978/05,
sentencia de 1 de junio de 2010, párr. 108.
38 Comité de Derechos Humanos, comunicación núm. 74/1980, dictamen del Comité en el caso Miguel
Ángel Estrella c. el Uruguay, párr. 8.3.
39 Corte Interamericana de Derechos Humanos, Baldeón-García vs. Perú, sentencia de 6 de abril
de 2006, párr. 119; Corte Interamericana de Derechos Humanos, Tibi vs. Ecuador, sentencia
de 7 de septiembre de 2004, párrs. 147 a 149.

14 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 15

A/HRC/43/49

d) Imponer opciones imposibles que obligan a las víctimas a participar en su


propia tortura.
50. Todas esas técnicas tienen en común que perturban la sensación de control,
autonomía y autodeterminación de la víctima y, con el tiempo, se combinan en una
desesperación total y en la dependencia física, mental y emocional completa del torturador
(“indefensión aprendida”).

3. Dignidad e identidad (humillación, violación de la intimidad e integridad sexual)


51. El hecho de que se atente contra el sentido de la autoestima y la identidad de las
víctimas mediante la vulneración sistemática y deliberada de su intimidad, dignidad e
integridad sexual está estrechamente relacionado con la inhibición del control personal, la
autonomía y la autodeterminación, pero constituye una transgresión incluso mayor. A ese
respecto, cabe citar:
a) La vigilancia audiovisual constante, mediante cámaras, micrófonos, cristales
de visión unilateral, jaulas y otros medios pertinentes, por ejemplo, durante las visitas
sociales, jurídicas y médicas, las horas de sueño y la higiene personal, incluida la micción y
la defecación;
b) El trato sistemático de la víctima de forma despectiva o como un animal
salvaje, la ridiculización, los insultos, la agresión verbal, la humillación personal, étnica,
racial, sexual, religiosa o cultural;
c) El avergonzamiento público, la difamación, las calumnias, el vilipendio o la
exposición de detalles íntimos de la vida privada y familiar de la víctima;
d) La desnudez o masturbación forzadas, a menudo delante de funcionarios del
sexo opuesto;
e) El acoso sexual a través de insinuaciones, bromas, insultos, acusaciones,
amenazas o la exposición de los genitales;
f) La violación de tabúes culturales o sexuales, como la participación de
familiares, amigos o animales;
g) La difusión de fotografías o grabaciones sonoras o de vídeo en las que la
víctima esté siendo objeto de torturas o abusos sexuales, haciendo una confesión o en otra
situación embarazosa.
52. Cabe destacar que el carácter humillante y degradante de los abusos no los relega
necesariamente al ámbito de “otros tratos crueles, inhumanos o degradantes”, que a veces
(incorrectamente) se considera un delito “menor” que la tortura. Se sabe que las violaciones
sistemáticas y prolongadas de la intimidad, la dignidad y la integridad sexual causan graves
sufrimientos mentales, incluidas emociones de profunda vulnerabilidad, humillación,
vergüenza y culpabilidad, a menudo exacerbadas por la ansiedad ante la exclusión social, el
autoodio y las tendencias suicidas. Por lo tanto, al igual que con otros métodos, la
intencionalidad y el propósito específico de los tratos degradantes, así como la impotencia
de la víctima, son decisivos para su clasificación como tortura u otros malos tratos 40.

4. Orientación en el entorno (manipulación sensorial)


53. Los estímulos sensoriales y el control del entorno son una necesidad humana básica.
La manipulación sensorial y la desorientación deliberadas mediante la privación sensorial o
la hiperestimulación afectan tanto a los órganos sensoriales como al procesamiento
cognitivo de la percepción sensorial. En concreto, la hiperestimulación sensorial es la
conexión entre la tortura física y psicológica.
54. Si bien la privación sensorial a corto plazo puede por sí sola suscitar un tormento
mental extremo, la privación prolongada suele producir apatía, seguida de una
desorientación progresivamente grave, confusión y, en última instancia, síntomas
delirantes, alucinatorios y psicóticos. En consecuencia, el Conjunto de Principios para la

40 Véase también Cakal, “Debility, dependency and dread”, págs. 23 y 24.

GE.20-04273 15
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 16

A/HRC/43/49

Protección de Todas las Personas Sometidas a Cualquier Forma de Detención o Prisión


prohíbe explícitamente mantener a un detenido “en condiciones que lo priven, temporal о
permanentemente, del uso de uno de sus sentidos, como la vista о la audición, о de su
conciencia del lugar o del transcurso del tiempo” 41. En la práctica, esa privación entraña la
eliminación parcial o completa de la estimulación sensorial mediante una acumulación de
medidas como:
• Supresión de la comunicación oral con la víctima.
• Luz monótona constante.
• Entorno visualmente estéril.
• Aislamiento acústico de la celda.
• Uso de capuchas.
• Uso de vendas en los ojos.
• Uso de guantes.
• Uso de máscaras faciales.
• Uso de orejeras.
55. La hiperestimulación sensorial por debajo del umbral del dolor físico, por ejemplo,
con una luz brillante constante, música alta, malos olores, temperaturas incómodas o ruido
blanco perturbador, induce un estrés psicológico y una ansiedad progresivamente graves, la
incapacidad de pensar con claridad, seguidos de una irritabilidad creciente, estallidos de ira
y, en última instancia, el agotamiento total y la desesperación. La hiperestimulación
sensorial extrema que, inmediatamente o con el paso del tiempo, causa un dolor o una
lesión física real debería considerarse tortura física. Puede incluir prácticas como, por
ejemplo, cegar a las víctimas con una luz muy brillante o exponerlas a un ruido o música a
un volumen muy alto, o a temperaturas extremas que causen quemaduras o hipotermia.

5. Relaciones sociales y emocionales (aislamiento, exclusión, traición)


56. Un método rutinario de tortura psicológica consiste en atacar la necesidad de la
víctima de relacionarse social y emocionalmente mediante el aislamiento, la exclusión
social, el acoso laboral y la traición. Las personas privadas de un contacto social
significativo y sometidas a manipulación emocional pueden quedar profundamente
desestabilizadas y debilitadas con rapidez.
57. El método predominante de aislamiento y exclusión social es la reclusión en
régimen de aislamiento, que se define como “el aislamiento de reclusos durante un mínimo
de 22 horas diarias sin contacto humano apreciable”42. En virtud del derecho internacional,
la reclusión en régimen de aislamiento solo puede imponerse en circunstancias
excepcionales, y el aislamiento “prolongado”, de más de 15 días consecutivos, se considera
una forma de tortura o malos tratos43. Lo mismo sucede con las medidas que se renuevan
frecuentemente y que, en conjunto, equivalen a una reclusión prolongada en régimen de
aislamiento44. Aún más extrema que la reclusión en régimen de aislamiento es la “reclusión
en régimen de incomunicación”, que priva a la persona de todo contacto con el mundo
exterior, en particular con médicos, abogados y familiares, y que ha sido reconocida
repetidamente como una forma de tortura45.
58. Otros métodos destinados a perjudicar la necesidad de la víctima de mantener una
relación social son el aislamiento médico, lingüístico, religioso o cultural deliberado dentro
de un grupo de reclusos, así como la instigación, el estímulo o la tolerancia de situaciones

41 Resolución 43/173 de la Asamblea General, anexo.


42 Reglas Nelson Mandela, regla 44.
43 Ibid., regla 43 1) b); y A/66/268, párr. 26.
44 A/68/295, párr. 61.
45 A/HRC/13/42, párrs. 28 y 32; Corte Interamericana de Derechos Humanos, Velásquez Rodríguez vs.
Honduras, sentencia de 29 de julio de 1988, párr. 187; CCPR/C/51/D/458/1991, anexo, párr. 9.4; y
CCPR/C/61/D/577/1994, párr. 8.4.

16 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 17

A/HRC/43/49

opresivas de hostigamiento, intimidación o acoso colectivo contra personas o grupos


objetivo. Por ejemplo, la reclusión discriminatoria o punitiva de hombres homosexuales en
celdas colectivas con reclusos violentos y homófobos creará previsiblemente una situación
de acoso colectivo que conllevará aislamiento social, amenazas, humillación y acoso sexual
e infligirá graves niveles de estrés constante y ansiedad que probablemente equivalgan a
tortura, independientemente de que se produzcan actos de violencia física.
59. Los graves efectos psicológicos y físicos de la reclusión en régimen de
incomunicación, la reclusión en régimen de aislamiento y la exclusión social, incluido el
acoso laboral, están bien documentados y, según las circunstancias, pueden variar desde
formas progresivamente graves de ansiedad, estrés y depresión hasta deterioro cognitivo y
tendencias suicidas. En particular, el aislamiento y la exclusión social, si se prolongan o son
por tiempo ilimitado, o se combinan con el síndrome del corredor de la muerte, también
pueden causar daños mentales y físicos graves e irreparables.
60. Aparte del aislamiento y la exclusión social, y generalmente en combinación con
ellos, los torturadores suelen centrarse en la necesidad de las víctimas de relacionarse
emocionalmente mediante la manipulación emocional deliberada. Esa manipulación puede
incluir métodos como los siguientes:
• Fomentar y luego traicionar la relación emocional y la confianza personal.
• Provocar “conductas indebidas” al ofrecer solo opciones “culposas” y luego inducir
emociones de vergüenza o cargo de conciencia por traicionar la confianza del
torturador.
• Destruir los lazos emocionales al obligar a las víctimas a traicionar a otros presos,
familiares y amigos o participar en abusos contra estos, o viceversa.
• Promover información o juegos de roles engañosos, desorientadores o que generen
otro tipo de confusión.

6. Confianza comunitaria (persecución y arbitrariedad institucional)


61. Todo ser humano tiene una necesidad inherente de confianza comunitaria. Frente al
poder abrumador del Estado, las personas deben poder compensar su propia impotencia
confiando en la capacidad y la voluntad de la comunidad para ejercer su autocontrol, sobre
todo mediante la adhesión al estado de derecho y a los principios de las debidas garantías
procesales. En la medida en que los errores administrativos o judiciales, la negligencia o la
arbitrariedad puedan ser efectivamente abordados y corregidos, aunque a veces de manera
imperfecta, a través de un sistema regular de quejas y recursos institucionales, es posible
que los inconvenientes, las injusticias y las frustraciones resultantes tengan que ser
tolerados como un efecto colateral inevitable de los procesos constitucionales que rigen las
sociedades democráticas.
62. De acuerdo con el análisis pormenorizado del informe del Relator Especial sobre la
interrelación entre la corrupción y la tortura (A/HRC/40/59, párrs. 16 y 48 a 60), esos
procesos constitucionales se corrompen fatídicamente cuando se hace una utilización
indebida deliberada del poder administrativo o judicial con fines arbitrarios y cuando los
mecanismos de supervisión institucional pertinentes son tolerantes, cómplices o
inaccesibles o están paralizados hasta el punto de eliminar de forma efectiva toda
probabilidad de debidas garantías procesales y de estado de derecho.
63. En contextos típicos caracterizados por deficiencias de gobernanza sistemáticas o
por la persecución de personas o grupos, la arbitrariedad institucional sostenida perjudica
fundamentalmente la necesidad humana de confianza comunitaria y, según las
circunstancias, puede causar sufrimientos mentales graves, una profunda desestabilización
emocional y traumas individuales y colectivos duraderos. En opinión del Relator Especial,
la persecución o arbitrariedad institucional, si infligen intencionada y deliberadamente
dolores o sufrimientos mentales graves a personas impotentes, pueden equivaler a tortura
psicológica o contribuir a ella. En la práctica, esa cuestión tiene una relevancia particular,
pero no exclusiva, en relación con la instrumentalización deliberada de la detención
arbitraria y la arbitrariedad judicial o administrativa conexa.

GE.20-04273 17
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 18

A/HRC/43/49

64. Aparte de la reclusión en régimen de incomunicación y la reclusión en régimen de


aislamiento, analizadas anteriormente, entre las formas más destacadas de detención
arbitraria cabe citar las siguientes:
• Desaparición forzada. Se trata del arresto, la detención, el secuestro o cualquier
otra forma de privación de libertad que sean obra de agentes del Estado o que se
efectúen con su autorización, apoyo o aquiescencia, seguido de la negativa a
reconocer dicha privación de libertad o del ocultamiento de la suerte o el paradero
de la persona desaparecida, sustrayéndola a la protección de la ley46. La desaparición
forzada puede equivaler a una forma de tortura tanto en lo que respecta a la persona
desaparecida como a sus familiares (A/56/156, párrs. 9 a 16)47.
• Reclusión coercitiva. Supone la instrumentalización deliberada de sufrimientos
cada vez más graves infligidos por la detención arbitraria prolongada con el fin de
coaccionar, intimidar, disuadir o “quebrantar” de otra manera al detenido o a
terceros.
• Penas crueles, inhumanas o degradantes. Se trata de penas de prisión
excesivamente largas o severas, impuestas con fines de disuasión, intimidación y
castigo, pero muy desproporcionadas con respecto a la gravedad del delito e
incompatibles con los principios fundamentales de justicia y humanidad. Pueden
englobar también los graves sufrimientos mentales y emocionales infligidos por el
“síndrome del corredor de la muerte” 48.
65. El hecho de que una situación particular de aislamiento pueda calificarse de
“reclusión” depende no solo de si las personas afectadas tienen un derecho de jure a salir,
sino también de si pueden ejercer de facto ese derecho sin exponerse a graves violaciones
de los derechos humanos (principio de no devolución).
66. Debe determinarse en cada caso si la detención arbitraria y la arbitrariedad judicial o
administrativa conexa equivalen a tortura psicológica. Por regla general, cuanto más dure
una situación de detención arbitraria y cuanto menos puedan hacer los detenidos para influir
en su propia situación, más grave será su sufrimiento y su desesperación. Las víctimas de
un aislamiento arbitrario prolongado han demostrado síntomas postraumáticos y otras
consecuencias graves y persistentes para la salud mental y física. En concreto, la constante
exposición a la incertidumbre y la arbitrariedad judicial y la comunicación restringida o
insuficiente con abogados, médicos, familiares y amigos genera una creciente sensación de
indefensión y desesperanza y, con el tiempo, puede dar lugar a ansiedad y depresión
crónicas.
67. Por lo tanto, como el Relator Especial ha subrayado repetidamente tanto en el
contexto de la migración irregular (A/HRC/37/50, párrs. 25 a 27) como en varias
comunicaciones individuales49, cuando la detención arbitraria y la arbitrariedad judicial se
imponen o perpetúan intencionadamente con fines como la coacción, la intimidación, la
disuasión o el castigo, o por razones relacionadas con la discriminación de cualquier tipo,
pueden equivaler a tortura psicológica.

7. Entornos de tortura (acumulación de factores estresantes)


68. El resumen anterior de métodos específicos no debería ocultar que, en la práctica, las
víctimas de tortura casi siempre están expuestas a una combinación de métodos, técnicas y
circunstancias deliberadamente concebidos para infligir dolores o sufrimientos mentales y
físicos. Si se aplican por separado o durante un período de tiempo breve, algunas de esas

46 Convención Internacional para la Protección de Todas las Personas contra las Desapariciones
Forzadas, art. 2.
47 CAT/C/54/D/456/2011, párr. 6.4.
48 A/67/279, párr. 42. Tribunal Europeo de Derechos Humanos, Soering v. the United Kingdom,
demanda núm. 14038/88, sentencia de 7 de julio de 1989, párr. 111.
49 Véanse, en particular, las comunicaciones individuales enviadas por el Relator Especial en el caso de
Chelsea Manning, comunicación núm. AL USA 22/2019, 1 de noviembre de 2019; y Julian Assange,
comunicaciones núms. UA/GBR/3/2019, de 27 de mayo de 2019, y UA GBR 6/2019, de 29 de
octubre de 2019.

18 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 19

A/HRC/43/49

técnicas y circunstancias pueden no equivaler necesariamente a tortura. Sin embargo,


combinadas y con una duración cada vez mayor, tienen un efecto devastador 50. Así pues, la
conclusión de que se ha producido tortura puede depender no solo de las características
concretas de determinadas técnicas o circunstancias, sino también de su efecto acumulativo
o prolongado, a veces en conjunción con factores estresantes externos o vulnerabilidades
que no están bajo el control del torturador y pueden incluso no ser instrumentalizados de
manera consciente por él. Como ha afirmado acertadamente el Tribunal Internacional para
la ex-Yugoslavia, la tortura puede cometerse en un solo acto o puede ser el resultado de una
combinación o acumulación de varios actos que, tomados por separado y fuera de contexto,
pueden parecer inofensivos. El período de tiempo, la repetición y las diversas formas de los
malos tratos y su gravedad deberían evaluarse en su conjunto 51.
69. En particular, cuando no hay dolores ni sufrimientos físicos, siempre debe tenerse
debidamente en cuenta el contexto en que se utilizan determinados métodos. Por ejemplo,
si bien en circunstancias normales los insultos y la difamación expresados públicamente
pueden constituir un delito penal, pero no tortura, esa evaluación puede cambiar
considerablemente cuando la misma conducta se convierte en una cuestión de vilipendio y
persecución sistemáticos promovida por el Estado que implica medidas adicionales como la
detención arbitraria, la vigilancia constante, la denegación sistemática de justicia y las
amenazas o intimidaciones graves52. Además, cada persona puede reaccionar de forma
diferente a un método de tortura determinado. Por consiguiente, en la práctica, las técnicas
de tortura siempre deben evaluarse en función de la vulnerabilidad de la víctima a la que se
dirigen (A/73/152), ya sea atribuible a una discapacidad (A/63/175), a su condición de
migrante (A/HRC/37/50) o a cualquier otra razón.
70. En esas situaciones, en lugar de examinar cada factor por separado y preguntarse
cuáles trascienden el umbral de “gravedad”, es más apropiado hablar de un “entorno de
tortura”, es decir, una combinación de circunstancias o prácticas cuya concepción o
naturaleza, en su conjunto, tienen por objeto infligir intencionadamente dolores o
sufrimientos de suficiente gravedad para lograr el fin deseado de la tortura 53. Esa situación
refleja la realidad de que las víctimas tienden a experimentar la tortura y responder a ella de
manera holística, y no como si se tratase de una serie de técnicas y circunstancias aisladas,
cada una de las cuales puede o no equivaler a tortura 54.

E. Cibertortura

71. Una esfera que suscita especial inquietud y no parece haber recibido suficiente
atención es el posible empleo de diversas formas de tecnología de la información y las
comunicaciones (“cibertecnología”) con fines de tortura. Aunque el Consejo de Derechos
Humanos ha abordado en repetidas ocasiones la promoción, la protección y el disfrute de
los derechos humanos en Internet (véase A/HRC/32/L.20 y A/HRC/38/L.10/Rev.1), la
tortura se ha entendido principalmente como un instrumento utilizado para obstruir el
ejercicio del derecho a la libertad de expresión en Internet y no como una violación de los
derechos humanos que podría cometerse mediante la cibertecnología.
72. Esa consideración parece sorprendente, habida cuenta de que algunas de las
características del ciberespacio lo convierten en un entorno muy propicio para el abuso y la

50 Physicians for Human Rights y Human Rights First, Leave No Marks: Enhanced Interrogation
Techniques and the Risk of Criminality (2007), pág. 6.
51 Tribunal Internacional para la ex-Yugoslavia, Sala de Primera Instancia II, Prosecutor v. Milorad
Krnojelac, causa núm. IT-97-25, fallo de 15 de marzo de 2002, párr. 182; véase también Tribunal
Europeo de Derechos Humanos, Ireland v. the United Kingdom, demanda núm. 5310/71, párr. 168.
52
Ejemplos históricos a gran escala de ese maltrato fueron las llamadas “sesiones de lucha” utilizadas
durante la Revolución Cultural China (1966-1976) para humillar, maltratar y torturar públicamente a
los disidentes políticos. Véase Tom Phillips, “The cultural revolution: all you need to know about
China’s political convulsion”, The Guardian, 10 de mayo de 2016. Para consultar un caso individual
reciente, véase ACNUDH, “UN expert says ‘collective persecution’ of Julian Assange must end
now”, 31 de mayo de 2019.
53 Pérez Sales, Tortura psicológica.
54 Luban y Newell, “Personality disruption as mental torture”, págs. 363 y 374.

GE.20-04273 19
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 20

A/HRC/43/49

explotación, a saber, una vasta asimetría de poder, un anonimato prácticamente garantizado


y una impunidad casi total. Los Estados, las empresas y los delincuentes organizados no
solo tienen la capacidad de realizar operaciones cibernéticas que inflijan graves
sufrimientos a innumerables personas, sino que también pueden decidir realizarlas con
cualquiera de los fines de la tortura. Por lo tanto, es necesario examinar brevemente, de
manera preliminar, la conceptuación y las líneas básicas de lo que podría describirse como
“cibertortura”.
73. En la práctica, la cibertecnología ya desempeña la función de “propulsor” de la
comisión de formas de tortura tanto físicas como psicológicas, en concreto mediante la
recopilación y transmisión de información de vigilancia e instrucciones a los
interrogadores, la difusión de grabaciones sonoras o de vídeo de torturas o asesinatos con
fines de intimidación, o incluso la transmisión en directo de abusos sexuales de niños “por
encargo” de clientes voyeristas (A/HRC/28/56, párr. 71), y cada vez más también mediante
el control o la manipulación a distancia de cinturones de descargas eléctricas (A/72/178,
párr. 51), implantes médicos y, posiblemente, dispositivos nanotecnológicos o
neurotecnológicos55. La cibertecnología también puede utilizarse para infligir o contribuir a
sufrimientos mentales graves evitando el conducto del cuerpo físico, en concreto a través de
la intimidación, el acoso, la vigilancia, la vergüenza y la difamación públicas, así como la
apropiación, la supresión o la manipulación de información.
74. La realización de amenazas graves a través de llamadas telefónicas anónimas ha sido
durante mucho tiempo un método generalizado para infligir miedo a distancia. Con la
llegada de Internet, según las informaciones disponibles, los servicios de seguridad de los
Estados utilizan la cibertecnología en su propio territorio y en el extranjero para vigilar de
forma sistemática a un amplio conjunto de personas o para interferir directamente en su
acceso sin trabas a la cibertecnología56. Los servicios de comunicación electrónica, las
plataformas de medios sociales y los motores de búsqueda proporcionan un entorno ideal
tanto para el envío anónimo de amenazas selectivas, el acoso sexual y la extorsión como
para la difusión colectiva de relatos intimidatorios, difamatorios, degradantes, falaces o
discriminatorios.
75. Las personas o grupos que son sistemáticamente objeto de vigilancia y acoso
cibernéticos suelen quedarse sin ningún medio eficaz de defensa, fuga o autoprotección y,
al menos a ese respecto, suelen encontrarse en una situación de “impotencia” comparable a
la de la custodia física. Según las circunstancias, la ausencia física y el anonimato del autor
pueden incluso exacerbar las emociones de indefensión, la pérdida de control y la
vulnerabilidad de la víctima, no muy diferentes del efecto de aumento del estrés que
produce tener los ojos vendados o la cabeza cubierta por una capucha durante la tortura
física. De igual modo, la vergüenza generalizada que se inflige mediante la exposición
pública, la difamación y la degradación puede ser tan traumática como la humillación
directa de los autores en un entorno cerrado57. Como se ha demostrado en diversos estudios
sobre el ciberacoso, el acoso por sí solo, en entornos comparativamente limitados, puede
exponer a las personas a las que se dirige a niveles muy elevados y prolongados de
ansiedad, estrés, aislamiento social y depresión, y aumenta de manera considerable el riesgo
de suicidio58. Por consiguiente, cabe afirmar que las amenazas y el acoso mucho más
sistemáticos, promovidos por los Gobiernos y fomentados mediante las tecnologías

55 Al Elmondi, “Next-generation nonsurgical neurotechnology”, Defense Advanced Research Projects


Agency. Puede consultarse en www.darpa.mil/program/next-generation-nonsurgical-
neurotechnology.
56 Véanse las resoluciones del Consejo de Derechos Humanos 32/13 y 38/7. Véanse, en particular, las
divulgaciones de 2013 de Edward Snowden sobre las actividades de vigilancia mundial realizadas por
la Agencia de Seguridad Nacional de los Estados Unidos y sus asociados internacionales; véase Ewan
Macaskill y Gabriel Dance, “NSA files: decoded - what the revelations mean for you”, The Guardian,
1 de noviembre de 2013.
57 Pau Pérez Sales, “Internet and torture” (en preparación).
58 Ann John y otros, “Self-harm, suicidal behaviours, and cyberbullying in children and young people:
systematic review”, Journal of Medical Internet Research, vol. 20, núm. 4 (2018); Rosario Ortega y
otros, “The emotional impact of bullying and cyberbullying on victims: a European cross-national
study”, Aggressive Behavior, vol. 38, núm. 5 (septiembre/octubre de 2012).

20 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 21

A/HRC/43/49

cibernéticas, no solo entrañan una situación de impotencia efectiva, sino que también
pueden infligir niveles de ansiedad, estrés, vergüenza y culpabilidad que equivalen a un
“sufrimiento mental grave”, como se exige para concluir que se ha producido tortura 59.
76. En términos más generales, a fin de garantizar la aplicación adecuada de la
prohibición de la tortura y las obligaciones jurídicas conexas en las circunstancias presentes
y futuras, su interpretación debería evolucionar en consonancia con los nuevos desafíos y
capacidades que surjan en relación con las tecnologías emergentes, no solo en el
ciberespacio, sino también en esferas como la inteligencia artificial, la robótica, la
nanotecnología y la neurotecnología, o las ciencias farmacéuticas y biomédicas, incluido el
denominado “mejoramiento humano”.

IV. Conclusiones y recomendaciones


77. Sobre la base de las observaciones y consideraciones anteriores acerca de las
dimensiones sustantivas del concepto de “tortura psicológica”, y a partir de amplias
consultas con las partes interesadas, el Relator Especial, a su mejor saber y entender,
propone las conclusiones y recomendaciones que figuran a continuación.
78. Prevalencia. La tortura psicológica se produce en una amplia variedad de
contextos, como las investigaciones penales ordinarias, la detención policial, las
operaciones de identificación y registro, la recopilación de información, la atención
médica, psiquiátrica y social, la inmigración, la detención administrativa y coercitiva,
así como en contextos sociales como la violencia doméstica, el acoso laboral, el
ciberacoso y la persecución política o discriminatoria.
79. Recomendaciones generales. Al constituir la tortura psicológica una
subcategoría del concepto genérico de tortura, el Relator Especial reitera las
recomendaciones generales de su mandato (E/CN.4/2003/68, párr. 26) y subraya su
plena aplicabilidad, mutatis mutandis, a los métodos, las técnicas y las circunstancias
que constituyen “tortura psicológica”.
80. Investigación no coercitiva. Habida cuenta de la importancia práctica de seguir
aclarando las líneas divisorias entre las técnicas de investigación no coercitivas
permitidas y los interrogatorios coercitivos prohibidos, el Relator Especial reafirma
las conclusiones y recomendaciones del informe temático presentado por su
predecesor (A/71/298) e invita a los Estados a que apoyen activamente el proceso en
curso de elaboración de directrices internacionales sobre la realización de entrevistas
de investigación y las salvaguardias asociadas.
81. Protocolo de Estambul. El personal encargado de los exámenes médicos, la
determinación de la condición de migrante o la resolución judicial de posibles casos de
tortura debería recibir una formación específica en la detección y documentación de
los indicios de tortura y malos tratos, de conformidad con el Protocolo actualizado.
82. Recomendaciones específicas. Más concretamente, en lo que respecta a la
noción de “tortura psicológica”, el Relator Especial recomienda que los Estados
adopten, incorporen y apliquen las siguientes definiciones, interpretaciones y
entendimientos en todos sus marcos normativos, institucionales y de política
nacionales, en particular en lo que respecta a la capacitación e instrucción del
personal médico, judicial, administrativo, militar y de las fuerzas del orden.
83. Definiciones de trabajo. A los fines del derecho de los derechos humanos,
debería interpretarse que la “tortura psicológica” incluye todos los métodos, técnicas
y circunstancias que estén destinados o concebidos para infligir deliberadamente
dolores o sufrimientos mentales graves sin utilizar el conducto o el efecto de dolores o
sufrimientos físicos graves. En cambio, debería interpretarse que la “tortura física”
incluye todos los métodos, técnicas y entornos destinados o concebidos para infligir de
manera intencionada dolores o sufrimientos físicos graves, independientemente de que
se inflijan al mismo tiempo dolores o sufrimientos mentales.

59 Samantha Newbery y Ali Dehghantanha, “A torture-free cyber space: a human right”, 2017.

GE.20-04273 21
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 22

A/HRC/43/49

84. Elementos constitutivos. En el contexto de la tortura psicológica:


a) Por “sufrimientos mentales” se entenderá principalmente los
sufrimientos mentales experimentados subjetivamente pero, en su ausencia, también
puede referirse a meros daños mentales infligidos objetivamente;
b) La “gravedad” de los dolores o los sufrimientos mentales depende de una
amplia gama de factores endógenos y exógenos al individuo, todos los cuales deben
evaluarse de manera holística, según proceda en cada caso y en vista de la finalidad
específica que persigue el tratamiento o castigo en cuestión;
c) Por “impotencia” se entenderá la incapacidad de la víctima de evitar o
resistir el dolor o sufrimiento mental, y puede lograrse no solo a través de la custodia
física sino también, por ejemplo, mediante la medicación incapacitante, la privación
de la capacidad jurídica, las amenazas graves e inmediatas y los contextos sociales
caracterizados por el control coercitivo, el acoso colectivo, el ciberacoso y la
persecución;
d) La “intencionalidad” está presente cuando el autor sabe o debería haber
sabido que, en la evolución ordinaria de los acontecimientos, sus actos u omisiones
darían lugar a dolores o sufrimientos mentales graves, ya sea por sí solos o en
combinación con otros factores y circunstancias;
e) El “propósito específico” está presente cuando se infligen dolores o
sufrimientos mentales con fines tales como el interrogatorio, el castigo, la intimidación
y la coacción de la víctima o de un tercero, o con un nexo discriminatorio,
independientemente de los fines supuestamente benévolos, como la “necesidad
médica”, la “reeducación”, la “curación espiritual” o la “terapia de conversión”;
f) Las “sanciones legítimas” no pueden englobar ninguna sanción o medida
prohibida por los instrumentos internacionales o la legislación nacional pertinentes,
como la reclusión prolongada o indefinida en régimen de aislamiento, la manipulación
sensorial, los castigos colectivos, la prohibición del contacto con la familia o la
detención con fines de coacción, intimidación o por razones relacionadas con la
discriminación de cualquier tipo.
85. Métodos predominantes. A diferencia de la tortura física, que utiliza el cuerpo
y sus necesidades fisiológicas como conducto para influir en la mente y las emociones
de la víctima, la tortura psicológica lo hace dirigiéndose directamente a una o varias
necesidades psicológicas básicas, por ejemplo:
a) La seguridad (inducción de miedo, fobia y ansiedad);
b) La autodeterminación (dominación y sometimiento);
c) La dignidad y la identidad (humillación, violación de la intimidad e
integridad sexual);
d) La orientación en el entorno (manipulación sensorial);
e) Las relaciones sociales y emocionales (aislamiento, exclusión, traición);
f) La confianza comunitaria (persecución y arbitrariedad institucional).
86. Entornos de tortura. En la práctica, las víctimas de la tortura casi siempre
están expuestas a una combinación de técnicas y circunstancias que infligen dolores o
sufrimientos tanto mentales como físicos, cuya gravedad depende de factores como la
duración, la acumulación y la vulnerabilidad personal. Las víctimas tienden a
experimentar la tortura y responder a ella de manera holística, y no como si se tratase
de una serie de técnicas y circunstancias aisladas, cada una de las cuales puede o no
equivaler a tortura. En consecuencia, la tortura psicológica puede cometerse en un
solo acto u omisión o puede ser el resultado de una combinación o acumulación de
varios factores que, tomados individualmente y fuera de contexto, pueden parecer
inofensivos. La intencionalidad, el propósito específico y la gravedad de los dolores o
los sufrimientos infligidos deben evaluarse siempre en su conjunto y en vista de las
circunstancias imperantes en el entorno determinado.

22 GE.20-04273
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.2, Página 23

A/HRC/43/49

87. Los retos de las nuevas tecnologías. A fin de garantizar la aplicación adecuada
de la prohibición de la tortura y las obligaciones jurídicas internacionales conexas en
las circunstancias presentes y futuras, su interpretación debería evolucionar en
consonancia con los nuevos desafíos y capacidades que surjan en relación con las
tecnologías emergentes, no solo en el ciberespacio, sino también en esferas como la
inteligencia artificial, la robótica, la nanotecnología y la neurotecnología, o las ciencias
farmacéuticas y biomédicas, incluido el denominado “mejoramiento humano”.

GE.20-04273 23
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 1
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 2
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 3
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 4
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 5
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 6
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 7
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 8
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 9
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 10
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 11
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 12
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 13
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.3, Página 14
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.4, Página 1
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.5, Página 1
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.5, Página 2
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.5, Página 3
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.5, Página 4
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.5, Página 5
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.5, Página 6
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.5, Página 7
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 1.6, Página 1
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 2, Página 1

PRM-NFR-RJ-00005560/2021

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS
SETOR JURÍDICO

Assinado com login e senha por CAMILLA MONTEIRO HOELZ, em 12/10/2021 17:16. Para verificar a autenticidade acesse
Ref. PRM-NFR-RJ-00005559/2021

CERTIDÃO

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave A54E401A.D36B5103.A1BCECA8.B9578789


Certifico que, em consulta ao sistema Único/Correlatos, não foi localizado
procedimento com identidade de objeto com o presente expediente em trâmite nesta PRM
Nova Friburgo/Teresópolis.

Nova Friburgo, 12 de outubro de 2021.

CAMILLA MONTEIRO HOELZ


CHEFE

Página 1 de 1
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 3, Página 1

PRM-NFR-RJ-00005561/2021

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS
SETOR JURÍDICO

Assinado com login e senha por CAMILLA MONTEIRO HOELZ, em 12/10/2021 17:18. Para verificar a autenticidade acesse
Despacho nº 1600/2021
Referência: PRM-NFR-RJ-00005559/2021
Assunto: Instaurar NF

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave A2167A68.D7C1AEEA.250590C9.2EBCE1C4


Por delegação, nos termos do art. 3º, § 4º da Instrução de Serviço PRM/NF nº
01/2017, autue-se como notícia de fato.

Nova Friburgo, 12 de outubro de 2021.

CAMILLA MONTEIRO HOELZ


CHEFE

Página 1 de 1
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 5, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Distribuição e Conclusão


(Gerado automaticamente pelo sistema)

Expediente: NF - 1.30.006.000176/2021-50
Os presentes autos foram distribuídos conforme descrição a seguir:

Titularidade da Distribuição

Ofício Titular: PRM-RJ-N.FRIBURGO-3º Ofício

Grupo de Distribuição: Cível Adminstrativo - PRM Friburgo

Forma de Execução: Automática

Conclusão da Distribuição

Vínculo: Titular

Responsável: FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Ofício Responsável: PRM-RJ-N.FRIBURGO-3º Ofício

Forma de Execução: Automática

Usuário: CAMILLA MONTEIRO HOELZ

Data: 13/10/2021 09:10:05


Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 4, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000176/2021-50
Remetente:
SJUR/PRM-RJ - SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Destinatário:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Usuário:
CAMILLA MONTEIRO HOELZ

Data:
13/10/2021 09:10:05

Observação:
Conclusão automática para o Ofício Titular - PRM-N.FRIBURGO/GABPRM3-FABL -
Chefia da Unidade: FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE - Ofício da Distribuição: PRM-
RJ-N.FRIBURGO-3º Ofício - GABPRM3-FABL
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 6, Página 1

PRM-NFR-RJ-00005572/2021

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 15/10/2021 13:58. Para verificar a autenticidade acesse
Notícia de Fato nº 1.30.006.000176/2021-50

INDEFERIMENTO DE INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 7A3B4B5C.4A30F2BE.B910420E.36415B94


Trata-se de notícia de fato instaurada a partir de representação cuja inédita
narrativa pode ser sintetizada como se segue:

1) o autor afirma que sofre violação de direitos humanos mais precisamente


por "CIBERTORTURA a qual trata-se da malversação de tecnologias eletromagnéticas para
infringir tortura física e psicológica remota";

2) aduz que a União Federal é responsável pelos "crimes" de


"CIBERTORTURA" e "GANGSTALKING" a que é submetido, posto que o ente federal não
lhe protege;

3) afirma que os CREMERJ são coniventes com erros médicos pois "vítimas
de CIBERTORTURA e GANGSTALKING no Brasil que são erroneamente diagnosticados
como esquizofrenia CID grupo 20, sendo que o CID (código internacional de doença)
correto ao caso é W90.0X (ataque eletromagnético remoto)".

4) Mais adiante, afirmando terem os crimes se iniciado em 10/6/2011, informa


as patentes americanas que estão sendo utilizadas nos crimes, pede indenização de R$
100.000,00 à União e solicita "a elaboração de método tecnológico de defesa e proteção
contra a malversação das citadas tecnologias".

Página 1 de 3
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 6, Página 2

PRM-NFR-RJ-00005572/2021

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP

5) Junta petição semelhante dirigida à 151ª DP, que restou indeferida.

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 15/10/2021 13:58. Para verificar a autenticidade acesse
É o relato essencial.

A deflagração de investigação civil por parte do Ministério Público Federal


deve corresponder a indícios mínimos de fatos determinados que franqueiem a tutela dos
interesses e direitos a cargo do Parquet (art. 1º da Resolução CNMP nº 23/07), ou que digam

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 7A3B4B5C.4A30F2BE.B910420E.36415B94


respeito ou importem danos efetivos ou potenciais a esses mesmos interesses (art. 1º da
Resolução CSMPF nº 87/06 e art. 5º da Resolução CNMP nº 23/07).

Com efeito, certificada a competência do Ministério Público Federal no


particular, a persecução civil só poderá ter início, ou prosseguir, se verificados, in concreto:
a) fatos minimamente determinados, que permitam a delimitação do objeto a ser investigado;
b) matéria atinente a interesses difusos, coletivos, individuais homogêneos ou outro sob
proteção do órgão ministerial; c) elementos de convicção, ainda que indiciários, de
irregularidade, ilegalidades ou abuso de poder (art. 6º da Lei nº 7.347/85 c/c art. 14, § 1º, da
Lei nº 8.429/92); d) inexistência de investigação precedente; e e) fatos ainda não
solucionados.

No caso em liça, não se vislumbram elementos minimamente idôneos de


irregularidade, ilegalidade, abuso de poder ou mesmo cometimento do crime mencionado vez
que a narrativa não traduz a correta conceituação de tortura dada pelo direito pátrio (lei
9.455/97). Ademais, os pedidos de investigação penal contra a União e o pleito indenizatório
individual por meio do Ministério Público Federal são destituídos de amparo legal.

Ante o exposto, considerando a ausência de elementos de informação mínimos


que alicercem a continuidade da investigação, PROMOVO O ARQUIVAMENTO da
presente notícia de fato, com base no art. 4º, III, da Resolução nº 174/2017 do CNMP.

Comunique-se ao representante. Transcorrido in albis, arquive-se na unidade.


Página 2 de 3
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 6, Página 3

PRM-NFR-RJ-00005572/2021

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 15/10/2021 13:58. Para verificar a autenticidade acesse
Efetuem-se os registros e controles necessários.

Nova Friburgo, data da assinatura.

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 7A3B4B5C.4A30F2BE.B910420E.36415B94


(assinado eletronicamente)
FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE
PROCURADOR DA REPÚBLICA

Página 3 de 3
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 7, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
GABPRM3-FABL - GABINETE DE PROCURADOR DE PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000176/2021-50
Remetente:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Destinatário:
SJUR/PRM-RJ - SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Usuário:
ANDRE LOPES CARDOSO MONTENEGRO

Data:
15/10/2021 15:24:23
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 8, Página 1

Ministério Público Federal PRM-NFR-RJ-00005559/2021


Sala de Atendimento ao Cidadão

Manifestação 20210085354 12/10/2021 14:34

Pessoa Física Sexo Masculino


Manifestante VINICIUS RODRIGUES COELHO

Assinado com login e senha por BRUNO ERIC MARQUES MEDEIROS, em 05/12/2021 23:49. Para verificar a autenticidade acesse
CPF 058.909.227-85
Nascimento 10/06/1988
Ocupação Contabilidade

Email viniciusgts88@gmail.com
Telefone (22) 99935-7846
Telefone(s) adic. (22) 2524-9000

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 1B1C85F1.06D2F433.8CE60F27.561DA225


Município NOVA FRIBURGO
UF RJ
País Brasil
Endereço Alameda dos Rodrigues,10 casa - Campo do Coelho
CEP 28630-645

Representação

Data do Fato
Município do Fato NOVA FRIBURGO
UF do Fato RJ

Descrição
Eu, Vinicius Rodrigues Coelho, brasileiro, natural do estado do Rio de Janeiro, nascido em
10/06/1988, portador do RG n° 020.244.721-5 Detran RJ, e do CPF n° 058.909.227-85,
residente na Alameda dos Rodrigues, n° 10, bairro Córrego D¿antas, cidade Nova Friburgo-RJ,
CEP 28.630-645, venho por meio desta petição representar contra a UNIÃO (a pessoa jurídica
de direito público interno) em face da violação dos direitos humanos sofrida por mim
conforme exposto no relatório da 43° seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU
(Organização das Nações Unidas) de 24 de fevereiro de 2020 à 20 de março de 2020 (vide
Anexo I o citado relatório) presidida pelo professor Nils Melzer a qual versa sobre o tortura e
tratamentos desumanos e degradantes, mais especificamente a partir da página 19, item E,
itens 71 à 87, que expõe a CIBERTORTURA a qual trata-se da malversação de tecnologias
eletromagnéticas para infringir tortura física e psicológica remotamente não se confundindo
com o mero assédio no ambiente de internet conforme explicado no item 71 do citado

Pagina 1 of 5
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 8, Página 2

Ministério Público Federal PRM-NFR-RJ-00005559/2021


Sala de Atendimento ao Cidadão

relatório. O item 73 do citado relatório da ONU cita:


"y cada vez más también mediante el control o la manipulación a distancia de cinturones de
descargas eléctricas (A/72/178, párr. 51), implantes médicos y, posiblemente, dispositivos
nanotecnológicos o neurotecnológicos55. La cibertecnología también puede utilizarse para
infligir o contribuir a sufrimientos mentales graves evitando el conducto del cuerpo físico, en
concreto a través de la intimidación, el acoso, la vigilancia, la vergüenza y la difamación

Assinado com login e senha por BRUNO ERIC MARQUES MEDEIROS, em 05/12/2021 23:49. Para verificar a autenticidade acesse
públicas, así como la apropiación, la supresión o la manipulación de información."

Isto posto, o requerente declara ser vítima de CIBERTORTURA e também do assédio


organizado chamado GANGSTALKING onde o item 84 letra C, do citado relatório da ONU diz:

"Por "impotencia" se entenderá la incapacidad de la víctima de evitar o resistir el dolor o


sufrimiento mental... los contextos sociales caracterizados por el control coercitivo, el acoso
colectivo, el ciberacoso y la persecución"

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 1B1C85F1.06D2F433.8CE60F27.561DA225


A CIBERTORTURA e também do assédio organizado chamado GANGSTALKING implicam na
violação dos direitos humanos como também nos direitos e garantias fundamentas do artigo
5° da Constituição federal, a saber do inciso III devido a tortura e ao tratamento desumano e
degradante; inciso IV devido ao dano material, moral e de imagem; inciso X devido violação
da intimidade e vida privada, esta praticada pelo GANGSTALKING.

A data estimada de início dos crimes é 10/06/2011.

O requerente acusa e responsabiliza a UNIÃO devido sua inoperância e consequente


conivência com os citados crimes, inclusive por desleixo e descaso ante às conclusões e
recomendações do relatório da 43° seção do Conselho de Direitos Humanos da ONU, item 77
à 87, e ante sua obrigação de defender o cidadão brasileiro.
O requerente declara ainda que buscou ajuda das autoridades, a saber da Polícia Civil do
estado do Rio de Janeiro através do pedido de abertura de inquérito policial protocolo n°
E09/032927/1151/2021 de 04/05/2021 (vide o Anexo II, o citado pedido protocolado), o qual
foi vergonhosamente indeferido em 04/10/2021 (vide o Anexo III, o citado indeferimento
assinado).
Declaro ainda ter comunicado ao Cremerj (Conselho de Medicina do estado do Rio de Janeiro)
no dia 28/09/2021 protocolo n° 10353644 (vide Anexo IV o citado pedido protocolado) a
existência de erro médico uma vez que existem inúmeras outras vítimas de CIBERTORTURA e
GANGSTALKING no Brasil que são erroneamente diagnosticados como esquizofrenia CID
grupo 20, sendo que o CID (código internacional de doença) correto ao caso é W90.0X
(ataque eletromagnético remoto).

Dentre as tecnologias utilizadas no cometimentos destes crimes, pode-se destacar: patente


US 3951134 (https://patents.google.com/patent/US3951134A/en); patente US 7629918
(https://patents.google.com/patent/US7629918B2/en?oq=patente+7629918); patente US
6587729 (https://patents.google.com/patent/US6587729B2/en?oq=patente+6587729);
patente US 6470214 (https://patents.google.com/patent/US6470214B1/en).
Solicitação
Diante disto, o requerente solicita justa indenização de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a ser
arbitrada pelo juiz contra a UNIÃO devido a violação dos direitos humanos e violação dos
direitos e garantias fundamentais do artigo 5° da Constituição Federal por anos a fio. Solicita
ainda a elaboração de método tecnológico de defesa e proteção contra a malversação das

Pagina 2 of 5
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 8, Página 3

Ministério Público Federal PRM-NFR-RJ-00005559/2021


Sala de Atendimento ao Cidadão

citadas tecnologias. E solicita ainda a investigação dos fatos apresentados uma vez que temos
inúmeras outras vítimas de CIBERTORTURA e GANGSTALKING no Brasil.

O requerente aponta como suas testemunhas abaixo relacionadas as pessoas que também
são vítimas: Evaldo Pereira Correa (RG 007.728.078-2 Detran RJ, (21)9.9139.0718); Edvania
Correia de Paulo Sousa (RG MG-13.727.454 SSP-MG, (31)8785-1762); Tonimar Pontes

Assinado com login e senha por BRUNO ERIC MARQUES MEDEIROS, em 05/12/2021 23:49. Para verificar a autenticidade acesse
Oliveira Vaz ((32)9976-0490); Francis Penko Filisbino (RJ 427.018.985 SSP SP; (19)
9.8289.2640).

Resposta
Encaminho, para conhecimento, cópia de Promoção de Arquivamento proferida nos autos da
Notícia de Fato 1.30.006.000176/2021-50 instaurada a partir de representação de V. Sa.
Informo que fica facultado a V. Sa. a apresentação de recurso no prazo de 10 dias.
Atenciosamente,

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 1B1C85F1.06D2F433.8CE60F27.561DA225


Setor Jurídico PRM-Nova Friburgo
Telefone (22)2519-8800
Respostas do Formulário de Avaliação Preenchido Pelo Manifestante
Formulário de avaliação respondido em 22/10/2021 20:02.

Legenda das notas objetivas: 1 - Totalmente Insatisfeito; 2 - Insatisfeito; 3 - Satisfeito; 4 -


Totalmente Satisfeito

1. Em relação à sua manifestação, seu objetivo foi atingido?


Nota: 3

2. Como você se sente em relação ao atendimento prestado pela Sala de Atendimento ao


Cidadão?
Nota: 3

Pagina 3 of 5
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 8, Página 4

Ministério Público Federal PRM-NFR-RJ-00005559/2021


Sala de Atendimento ao Cidadão

Andamentos
Data Tipo Responsável

05/12/2021 23:46 Finalização BRUNO MEDEIROS

Assinado com login e senha por BRUNO ERIC MARQUES MEDEIROS, em 05/12/2021 23:49. Para verificar a autenticidade acesse
Encaminho, para conhecimento, cópia de Promoção de Arquivamento proferida nos autos da
Notícia de Fato 1.30.006.000176/2021-50 instaurada a partir de representação de V. Sa.
Informo que fica facultado a V. Sa. a apresentação de recurso no prazo de 10 dias.
Atenciosamente,

Setor Jurídico PRM-Nova Friburgo


Telefone (22)2519-8800
05/12/2021 23:43 Insere Providência - Anexar Documento BRUNO MEDEIROS

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 1B1C85F1.06D2F433.8CE60F27.561DA225


05/12/2021 23:43 Manifestação em atendimento BRUNO MEDEIROS

19/10/2021 23:00 E-mail enviado para o manifestante MANIFESTANTE

Reenvio automático do e-mail de avaliação após 7 dias

12/10/2021 15:54 Finalização CAMILLA HOELZ

Demanda recebida e encaminhada ao setor competente para apreciação.

12/10/2021 15:53 Geração de documento no Único CAMILLA HOELZ

Agradecemos o contato por este canal de comunicação. <br><br>Sua manifestação de número


20210085354, cadastrada em 12/10/2021, foi enviada ao Sistema Único de informações do MPF
sob o número PRM-NFR-RJ-00005559/2021.<br> O andamento de sua Manifestação pode ser
consultado no link: http://apps.mpf.mp.br/aptusmpf/portal?termoPesquisa=114167249" target="
_blank">Consultar Documento</a> (disponível em até 24 horas após o cadastro da manifestação).
<br><br>Para acompanhamento automático dos andamentos e/ou fases das manifestações,
procedimentos e processos, faça seu cadastro no Portal do Cidadão no link: http://www.mpf.mp.
br/servicos/sac/cadastro" target="_blank">Sala de Atendimento ao Cidadão</a> e utilize o Sistema
Push para adicionar expedientes do seu interesse.<br><br>Ressaltamos que, caso seja pedido o
sigilo dos dados da manifestação, não será possível a sua visualização pelo Portal da
Transparência do MPF, nem o seu acompanhamento pelo Sistema Push.<br><br>Nesse caso,
orientamos que contate a Sala de Atendimento ao Cidadão mais próxima e faça sua manifestação
através do link: http://aplicativos.pgr.mpf.mp.br/ouvidoria/app/cidadao/manifestacao/cadastro/2"
target="_blank"> Formulário da Sala de Atendimento ao Cidadão</a><br><br>Atenciosamente,
<br>Serviço de Atendimento ao Cidadão
12/10/2021 15:53 Assume manifestação CAMILLA HOELZ

Pagina 4 of 5
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 8, Página 5

Ministério Público Federal PRM-NFR-RJ-00005559/2021


Sala de Atendimento ao Cidadão

Data Tipo Responsável

12/10/2021 14:34 Cadastro de Manifestação MANIFESTANTE

Assinado com login e senha por BRUNO ERIC MARQUES MEDEIROS, em 05/12/2021 23:49. Para verificar a autenticidade acesse
http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 1B1C85F1.06D2F433.8CE60F27.561DA225

Pagina 5 of 5
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 9, Página 1

PRM-NFR-RJ-00000135/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS
SETOR JURÍDICO

Assinado com login e senha por CAMILLA MONTEIRO HOELZ, em 13/01/2022 14:50. Para verificar a autenticidade acesse
Ref. NF nº 1.30.006.000176/2021-50

CERTIDÃO

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave A845AEA6.603C190A.9BB8B907.948C0C42


Certifico que, decorrido o prazo previsto no art. 4º, § 1º da Resolução CNMP
nº 174/2017, não houve manifestação do(a) representante quanto ao arquivamento da notícia
de fato em epígrafe.

Nova Friburgo, 13 de janeiro de 2022.

CAMILLA MONTEIRO HOELZ


CHEFE

Página 1 de 1
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 10, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000176/2021-50
Remetente:
SJUR/PRM-RJ - SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Destinatário:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Usuário:
CAMILLA MONTEIRO HOELZ

Data:
13/01/2022 14:52:31

Observação:
Para ciência da certidão 09/2022 e preenchimento do termo de avaliação e destinação de
autos.
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 11, Página 1

PRM-NFR-RJ-00000153/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓPOLIS
GABINETE DE PROCURADOR DE PRM/NOVA FRIBURGO

Assinado com login e senha por FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE, em 14/01/2022 16:03. Para verificar a autenticidade acesse
Despacho
Referência: 1.30.006.000176/2021-50

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave EA625FA6.F86C69EA.63D01719.0529B21D


Considerando o teor da certidão de Documento 9 (PRM-NFR-RJ-
00000135/2022), que certifica a inércia do representante quanto ao arquivamento da notícia
de fato em epígrafe, determino o encaminhamento dos presentes autos à Procuradoria Federal
dos Direitos do Cidadão (PFDC) para fins de revisão e eventual confirmação do
arquivamento acostado em Documento 6 (PRM-NFR-RJ-00005572/2021).

Nova Friburgo, 14 de janeiro de 2022.

FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE


PROCURADOR DA REPÚBLICA

BG

Página 1 de 1
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 12, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
GABPRM3-FABL - GABINETE DE PROCURADOR DE PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000176/2021-50
Remetente:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Destinatário:
PRR2ª/PFDC/NAOP - PRR2ª/PFDC/NAOP - NÚCLEO DE APOIO OPERACIONAL À
PFDC NA PRR 2ª REGIÃO
Usuário:
ANDRE LOPES CARDOSO MONTENEGRO

Data:
14/01/2022 17:35:57
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 13, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA DA 2ª REGIÃO
NÚCLEO DE APOIO OPERACIONAL À PFDC NA PRR 2ª REGIÃO

Termo de Distribuição e Conclusão


(Gerado automaticamente pelo sistema)

Expediente: NF - 1.30.006.000176/2021-50
Os presentes autos foram distribuídos conforme descrição a seguir:

Titularidade da Distribuição

Ofício Titular: MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE(PRR2ª/PFDC/NAOP)

Grupo de Distribuição: NAOP-PRR2

Forma de Execução: Automática

Conclusão da Distribuição

Vínculo: Titular

Responsável: MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE

Ofício Responsável: MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE(PRR2ª/PFDC/NAOP)

Forma de Execução: Automática

Usuário: MARTA CARMONA CARDOSO FACURI

Data: 14/01/2022 18:19:50


Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 14, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA – 2ª REGIÃO
NÚCLEO DE APOIO OPERACIONAL A PFDC
____________________________________________________________________________________
NOTÍCIA DE FATO N.º 1.30.006.000176/2021-50 – ELETRÔNICO

Assinado com login e senha por MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE, em 22/02/2022 14:24. Para verificar a autenticidade acesse
ORIGEM : PRM-NOVA FRIBURGO/RJ
INTERESSADO : VINICIUS RODRIGUES COELHO
RELATOR : MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE

1. Cidadania. 2. Notícia de fato instaurada a partir de


manifestação, com escopo de apurar suposta violação de
Direitos Humanos, através da prática de cibertortura e

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 43C2E0F9.28C62F7E.9C452035.44FE06D6


gangstalking. 3. Promoção de arquivamento. 4.
Apresentação de recurso pelo interessado. 5. Narrativa
vaga de fatos aparentemente desconexos, inexistindo
documento, elemento de informação ou outro dado
empírico capaz de sustentar as afirmações relatadas pelo
representante. 6. Ausência de elementos mínimos aptos
a subsidiar a apuração. 7. Voto pela HOMOLOGAÇÃO do
arquivamento, com retorno dos autos à origem.

RELATÓRIO
1 Trata-se de notícia de fato, instaurada a partir de manifestação
encaminhada, via Sala de Atendimento ao Cidadão, por Vinicius Rodrigues
Coelho, para apuração de possíveis violações de Direitos Humanos através da
prática de cibertortura e gangstalking.

2 Relata o representante ter formalizado pedido de abertura de


inquérito policial junto à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, que restou
indeferido; bem como teria comunicado ao CREMERJ a existência de suposto
erro de diagnósticos médicos, que confundiriam cibertortura e gangstalking com
a doença Esquizofrenia. O representante ainda apresentou petição, requerendo
indenização à União por sua conivência com as supostas práticas criminosas
(Manifestação 202100853554; fls. 2 e ss.).

3 Analisando a questão, o Procurador da República Felipe Almeida


Bogado promoveu o arquivamento do feito, considerando a ausência de
elementos de convicção, ainda que indiciários, de irregularidade, respeitando o
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 14, Página 2

disposto no artigo 4º, inciso III, da Resolução CNMP nº 174/2017.

4 Cientificado acerca da decisão pela promoção de arquivamento, o


representante manifestou seu inconformismo, reiterando o relatado em
representação inicial. A promoção de arquivamento, contudo, foi mantida.

5 Diante disso, os autos foram encaminhados ao NAOP para


homologação.

Assinado com login e senha por MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE, em 22/02/2022 14:24. Para verificar a autenticidade acesse
6 É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

7 Assiste razão ao Procurador da República em promover o


arquivamento do feito.

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 43C2E0F9.28C62F7E.9C452035.44FE06D6


8 De fato, não há outra medida cabível senão o arquivamento, in
casu. Trata-se de representação vaga de fatos aparentemente desconexos,
inexistindo documento, elemento de informação ou outro dado empírico capaz
de sustentar as afirmações relatadas pelo representante. Não há, portanto,
elementos mínimos aptos a subsidiar a apuração.

9 Assim sendo, não vislumbrando outras providências a serem


adotadas no âmbito deste procedimento específico, entendo que o arquivamento
é medida que se impõe.

10 Em conclusão, concordo com a promoção de arquivamento, razão


pela qual voto por sua homologação.

CONCLUSÃO

11 Ante o exposto, VOTO pela HOMOLOGAÇÃO do arquivamento,


com o retorno dos autos à origem.

12 À apreciação do colegiado do NAOP da 2ª Região.

Rio de Janeiro/RJ, 17 de janeiro de 2022.

MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE


Procurador Regional da República
Relator
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 15, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


NAOP2

Termo de Deliberação

PROCESSO: NF - 1.30.006.000176/2021-50 - Eletrônico


INTERESSADO(A):
ASSUNTO: VER ÍNTEGRA
SESSÃO: 84ª Sessão Revisão-ordinária - 14.2.2022

Relator(a): MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE

PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA : MAURICIO ANDREIUOLO RODRIGUES

PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA: PAULO ROBERTO BERENGER ALVES

DELIBERAÇÃO: Em sessão realizada nesta data, o colegiado, à unanimidade, deliberou pela homologação
do arquivamento, nos termos do voto do(a) relator(a).

Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2022.

MARCELO DE FIGUEIREDO FREIRE


Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 16, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000176/2021-50
Remetente:
SJUR/PRM-RJ - SJUR/PRM-RJ - SETOR JURIDICO DA PRM/NOVA FRIBURGO

Destinatário:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Usuário:
CAMILLA MONTEIRO HOELZ

Data:
24/02/2022 11:13:45

Observação:
Para ciência da homologação do arquivamento e preenchimento do termo de avaliação e
destinação de autos.
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 17, Página 1

PRM-NFR-RJ-00001096/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP

TERMO DE AVALIAÇÃO E DESTINAÇÃO DE AUTOS

Procedimento n.°: 1.30.006.000176/2021-50


Classe: Notícia de Fato
Assunto(s) da Tabela Auxiliar de Temporalidade de Assuntos (Anexo III): Assunto: 600373 -

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 91ECD47E.8E9E82DE.FE0ACE0E.24022035


Promoção e Proteção dos Direitos Humanos (Garantias Constitucionais/DIREITO
ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO). Prazo de Guarda:
20 anos.
Obs.: O assunto cadastrado deve ser ratificado, retificado ou sofrer acréscimo no Sistema

Assinado digitalmente em 03/03/2022 16:24. Para verificar a autenticidade acesse


Único, conforme estabelecido no artigo 4° da Portaria PGR/MPF n° 184/2016 e artigo 20° da
Portaria PGR/MPF n° 350/2017.

VERIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS HISTÓRICOS PARA GUARDA PERMANENTE:

Critérios Objetivos

(N) Não (S) Sim. Assinalar o(s) critério(s) existente(s):

(N) Critério 01: Auto contém Recomendação?


(N) Critério 02: Auto contém Termo de Acordo (Termo de Ajustamento de Conduta ¿ TAC,
Acordo de Leniência, Acordo de Colaboração, etc.)?
(N) Critério 03: Auto ensejou propositura de Ação Civil Pública?
(N) Critério 04: Auto ensejou propositura de Ação Penal?
Nova Friburgo, 3 de março de 2022.

Assinado eletronicamente
MÁRCIO LUIS THOMAZ BADINI
TÉCNICO ADMINISTRATIVO

Página 1 de 2
Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 17, Página 2

PRM-NFR-RJ-00001096/2022

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE N.FRIBURGO/TERESÓP

Critérios Subjetivos (por determinação do Membro do MPF)


(N) Não (S) Sim. Assinalar os critério(s) pertinentes:
(N) Critério 07: Auto contém como objeto tema que influenciou no desenvolvimento de
precedentes ou padrões de julgamento?
(N) Critério 08: Auto contém solução do problema pela atuação do MPF?
(N) Critério 09: Auto contém como objeto tema de alta relevância regional, nacional ou que

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 91ECD47E.8E9E82DE.FE0ACE0E.24022035


tenha recebido muita atenção dos meios de comunicação?
(N) Critério 10: Auto ensejou alterações de normas ou padrões vigentes?
(N) Critério 11:Auto contém como objeto tema que envolveu grande números de pessoas,
coisas e(ou) questões sociais de grande relevância?

Assinado digitalmente em 03/03/2022 16:24. Para verificar a autenticidade acesse


(S) Critério 12:Auto contém como objeto tema polêmico ou inovador?
(N) Critério 13: Auto contém como objeto tema que testemunhou ruptura com tendência
dominante?

De acordo, arquive-se.

Nova Friburgo, 3 de março de 2022.

Assinado eletronicamente
FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE
PROCURADOR DA REPÚBLICA

Página 2 de 2
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Assinatura/Certificação do documento PRM-NFR-RJ-00001096/2022 TERMO DE AVALIAÇÃO E


DESTINAÇÃO DE AUTOS

Signatário(a): MARCIO LUIS THOMAZ BADINI


Data e Hora: 03/03/2022 13:46:51
Assinado com login e senha

Signatário(a): FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE


Data e Hora: 03/03/2022 16:24:19
Assinado com login e senha

Acesse http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 91ecd47e.8e9e82de.fe0ace0e.24022035


Procedimento 1.30.006.000176/2021-50, Documento 18, Página 1

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE
N.FRIBURGO/TERESÓP
GABPRM3-FABL - GABINETE DE PROCURADOR DE PRM/NOVA FRIBURGO

Termo de Remessa
(Gerado automaticamente pelo Sistema Único)

Expediente:
1.30.006.000176/2021-50
Remetente:
GABPRM3-FABL - GABPRM3-FABL - FELIPE ALMEIDA BOGADO LEITE

Destinatário:
ARQ/N.FRIBURGO - ARQ/N.FRIBURGO - ARQUIVO DA PRM NOVA FRIBURGO

Usuário:
ANDRE LOPES CARDOSO MONTENEGRO

Data:
04/03/2022 11:23:11

Você também pode gostar