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DOCUMENTO

IDEA N° 003.9.115310/2024

Ministério Público do Estado da Bahia. Conferência disponível em: https://idea.sistemas.mpba.mp.br/idea/verificardoc.aspx?id=3850091B34DF1C76EF32


INDEFERIMENTO - ARQUIVAMENTO

Com fundamento na Resolução nº 174 do Conselho Nacional do Ministério Público, instauro a presente
Notícia de Fato, a fim de que sejam apuradas as informações constantes no documento de ID MP 17975371 -
Pág. 1 e 2, recebido nesta 1ª Promotoria de Justiça de Proteção da Moralidade Administrativa e do Patrimônio
Público.

Cuidam os autos de expediente distribuído para esta Promotora de Justiça após o registro de representação
oferecida pelo representante CR SOUSA(crsousa98@gmail.com), dando conta de supostas irregularidades
no âmbito da GUARDA CIVIL MUNICIPAL DE SALVADOR, envolvendo o GCM CARLOS EPIFÂNIO DA
SILVA (epifaniocarlos@yahoo.com.br) e o GCM JEAN MICHEL (bitancourtjean@gmail.com).

Documento assinado eletronicamente por: NÍVIA CARVALHO ANDRADE - 15/04/2024 14:21:36


Leia-se o teor da representação (ID MP 17975371 - Pág. 1 e 2):

Acompanhando a representação, fora encaminhada cópia do Processo Administrativo Disciplinar nº


135066/2022 (ID MP 17975372 - Pág. 1 a 68).

O presente expediente foi distribuído para esta Promotoria de Justiça no dia 27/03/2024.

É o breve relato.

Dispõe o art. 14 da Resolução n° 11/2022 do Órgão Especial do Colégio de Procuradores que: “A notícia de
fato será indeferida, por decisão fundamentada, quando: I – o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de
lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público”.

Realizadas pesquisas no sistema IDEA, restou verificado que a Notícia de Fato nº 003.9.30841/2024, citada
no bojo da representação, tramitou na 7ª Promotoria de Justiça de Proteção da Moralidade Administrativa e
do Patrimônio Público possuía como objeto “suposta prática reiterada de assédio moral pela encarregada
Carvalho, que estaria perseguindo o Guarda Civil Municipal Jean Bitancourt após denúncia formulada ao

ID MP 18326420 - Pág. 1
Coordenador Bruno Muniz, acerca de privilégios concedidos aos guardas que laboram na Arena Aquática
(Pituba)”.

Contudo, o referido expediente encontra-se arquivada desde o dia 07/02/2024, conforme a Promoção de
Indeferimento acostada àqueles autos sob ID MP 17144876 - Pág. 1, sob o fundamento de que “as questões
relatadas, embora possam configurar infração administrativa, não caracterizam ato de improbidade que
apenas pode ser perseguida na esfera disciplinar”.

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Após a análise dos autos do Processo Administrativo Disciplinar nº 135066/2022 (ID MP 17975372 - Pág. 1 a
68) vislumbra-se que fora proferida a seguinte decisão ID MP 17975372 - Pág. 65:

Frise-se que a apuração da atuação funcional displicente ou incorreta dos servidores são irregularidades que
apenas podem ser perseguida na esfera disciplinar no âmbito, não cabendo tal atribuição ao Ministério
Público Estadual.

Ademais, à priori, não restaram identificadas quaisquer irregularidades no âmbito da GUARDA CIVIL
MUNICIPAL DE SALVADOR, tampouco no trâmite do Processo Administrativo Disciplinar nº 135066/2022 (ID
MP 17975372 - Pág. 1 a 68).

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Cumpre esclarecer que a Constituição Federal confere relevo ao Ministério Público como instituição
permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art. 127, CF).

Por isso mesmo, detém o Ministério Público capacidade postulatória para a abertura do inquérito civil, da ação
penal pública e da ação civil pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente, e de
outros interesses difusos e coletivos (art. 129, inc. III, CF).

Nesse sentido, as questões relatadas não caracterizam ato de improbidade., portanto, não se verificou, até o
presente momento, qualquer violação ao patrimônio público ou à moralidade administrativa que enseje a
atuação deste Parquet, não havendo, portanto, justa causa para instauração de Notícia de Fato.

Cabem aos eventuais prejudicados buscarem a tutela de seus direitos individuais através de Advogado ou
Defensoria Pública.

Ante o exposto, este Órgão Ministerial promove o INDEFERIMENTO da presente REPRESENTAÇÃO, nos
termos do artigo 14 da Resolução nº 11/2022 do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça do
MPBA c/c art. 4º da Resolução nº 174/2017 do CNMP, sem necessidade de remessa dos autos ao Conselho
Superior do Ministério Público, por não se tratar de arquivamento de Inquérito Civil ou Procedimento

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Preparatório.

Determino a cientificação do (a) representante, CR SOUSA(crsousa98@gmail.com), acerca da presente


decisão de indeferimento, informando-lhe que a decisão comporta prazo para recurso.

Assim sendo, registre-se o indeferimento do Documento nº 003.9.115310/2024. Publique-se o edital de


indeferimento no Diário Oficial.

Ministério Público do Estado da Bahia. Conferência disponível em: https://idea.sistemas.mpba.mp.br/idea/verificardoc.aspx?id=3850091B34DF1C76EF32


Cumpra-se.

Salvador/BA, 11 de abril de 2024.

NÍVIA CARVALHO ANDRADE

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Promotora de Justiça

(assinatura digital na lateral)

Bruna Rocha Santos Fernandes

Assessora Técnico-Jurídica

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