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AÇÃO CIVIL PÚBLICA (65) Nº 5009512-03.2018.4.03.

6100 / 7ª Vara Cível Federal de São Paulo


AUTOR: MINISTERIO PUBLICO FEDERAL - PR/SP
PROCURADOR: PEDRO ANTONIO DE OLIVEIRA MACHADO

RÉU: UNIAO FEDERAL

DESPACHO

Vistos em saneador.

Trata-se de Ação Civil Pública, com pedido de tutela de urgência, proposta pelo Ministério Público Federal, em face da
UNIÃO FEDERAL, em virtude da omissão desta em regulamentar e fiscalizar a adequação dos sítios eletrônicos na internet para as
pessoas portadoras de deficiência auditiva, tal como previstos na Lei nº 13.416/2015.

A União Federal manifestou-se nos autos, na forma do artigo 2º da Lei nº 8.437/92, sustentando que a Administração
observa a legislação de regência, de forma correta e dentro de sua competência administrativa/funcional (ID nº 7260654).

O pedido de tutela de urgência foi indeferido por meio da decisão de ID nº 7397656. Irresignado com a decisão proferida, o
Ministério Público Federal noticiou a interposição do Agravo de Instrumento nº 5012524-89.2018.4.03.0000 (ID nº 8656346).

Devidamente citada, a UNIÃO FEDERAL apresentou sua contestação, arguindo, preliminarmente, a limitação dos efeitos
da sentença à Subseção Judiciária de São Paulo; falta de interesse de agir, na modalidade adequação, e; ilegitimidade passiva. No
mérito, requereu a improcedência do pedido (ID nº 8533197).

Instadas as partes a especificarem provas, a UNIÃO FEDERAL informou não haver provas a produzir, protestando apenas
pela eventual juntada de novos documentos (ID nº 8785225).

O Egrégio Tribunal Regional Federal da 3ª Região comunicou o indeferimento de efeito suspensivo ao Agravo de
Instrumento interposto (ID nº 8838024).

Em sede de réplica, o autor refutou as alegações da ré, reiterando os termos da petição inicial, requerendo, por fim, o
julgamento antecipado do mérito, nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil, diante da desnecessidade da
produção de outras provas (ID nº 9093075).

É o relatório.

Fundamento e decido.

Afasto a alegação de ilegitimidade passiva da UNIÃO FEDERAL, em virtude do disposto nos artigos 22, inciso IV, 23,
inciso II, e 24, inciso XIV, todos da Constituição Federal, ao mencionarem, respectivamente, que compete à União legislar

Assinado eletronicamente por: DIANA BRUNSTEIN - 09/08/2018 16:53:48 Num. 9538221 - Pág. 1
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privativamente sobre informática, cuidar da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência, bem como legislar de forma
concorrente sobre a proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência.

Quanto às demais matérias preliminares suscitadas pela ré, estas serão melhor analisadas por ocasião da prolação de
sentença.

Não havendo outras questões a serem decididas, bem como inexistentes outros vícios e irregularidades a sanar, dou o feito
por saneado.

Em relação à produção de provas, DEFIRO o pedido formulado pela ré, no tocante à prova documental.

Desta forma, concedo à UNIÃO FEDERAL o prazo de 15 (quinze) dias, para a apresentação de eventuais documentos
relacionados à lide.

Cumprida a determinação supra, dê-se vista dos autos ao Ministério Público Federal, nos termos do artigo 437, § 1º, do
NCPC.

Oportunamente, tornem os autos conclusos, para prolação de sentença.

Intimem-se.

SÃO PAULO, 23 de julho de 2018.

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