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O nosso ensaio filosófico é sobre fundamentos éticos e políticos de direitos

humanos universais. A partir deste tema formulamos a pergunta se será que os


direitos humanos universais são promovidos ou impedidos por diferentes regimes
governamentais?
O objetivo deste trabalho é compreender melhor a relação entre os direitos
humanos e os regimes. Este tema é importante e relevante devido à sua atualidade.
Nós defendemos a posição de que os direitos humanos universais são
impedidos claramente, na sua totalidade ou parcialmente em alguns regimes políticos.
Os direitos humanos universais são violados em estados autoritários ou totalitários e
apenas são respeitados em estados com democracias livres.
Os regimes democráticos elegem um corpo de cidadãos que participa da
tomada de decisões direta ou indiretamente. Essa participação dá-se na forma de
eleições livres e limpas. Na maior parte das democracias também existe uma real
separação de poderes, e por isso, os direitos humanos universais são respeitados na
sua totalidade.
Os regimes totalitários são uma forma de governo que proíbe partidos de
oposição, que restringe a oposição individual ao Estado e às suas alegações e que
exerce um elevado grau de controle na vida pública e privada dos cidadãos. É
considerado a forma mais extrema e completa de autoritarismo. Nos estados
totalitários, o poder político é geralmente detido por autocratas que recorrem a
extensas campanhas de propaganda difundidas por meios de comunicação de massa
detidos pelo Estado. Existe repressão política, controlo absoluto da economia,
censura, vigilância em massa, polícia secreta repressiva, perseguição religiosa, prática
disseminada de pena de morte. Por estas razões consideramos que nos regimes
totalitários existe um claro impedimento dos direitos humanos universais.
Os estados autoritários são uma forma de governo que é caracterizada por
obediência absoluta ou cega à autoridade, oposição a liberdade individual e
expectativa de obediência inquestionável da população. O poder concentra-se todo
numa pessoa e existe uma série de mecanismos executivos como, por exemplo,
tribunais e forças armadas, que aplicam as suas diretivas. No geral, há uma grande
falta de liberdade e muita repressão. Por conseguinte, verificamos que nos regimes
totalitários também são impedidos os direitos humanos universais.
A nossa posição possui objeções e uma destas pode ser justificada com base
na base a Ética Utilitarista de Stuart Mill. Esta ética visa à finalidade ou à
consequência de uma ação moral, e não ao modo como ela foi praticada. “Agir sempre
de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar”.
Os defensores de estados totalitários ou autoritários podem refutar a nossa
posição, dizendo que não estão a violar os direitos humanos universais, mas sim
apenas querem garantir a segurança pública, de modo a que não hajam crimes e
também para manter uma economia estável. Utilizando a teoria de Mill, podem afirmar
que estão a produzir a maior quantidade de felicidade (prazer e ausência de dor) a um
maior número de pessoas mantendo a sua segurança e economia, e por isso estão a
agir corretamente.
Em suma, apesar de a objeção ser suportada pela teoria de Mill, mantemos a
nossa posição de que os direitos humanos universais são violados em regimes
autoritários e totalitários.

Trabalho realizado por:


Bruno Monteio n3
Diogo Barbosa n4
Tiago Martins n69

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