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UFCD
4331 TURÍSTICO E IMPACTOS
DO TURISMO
ufcd 4331 – Planeamento turístico e impactos do turismo
1.Planeamento turístico
1.1.Noção
Atualmente, não deixa de gerar surpresa o elevado nível de rendimento por habitante que
auferem as regiões, cuja especialização é a atividade turística, destacando-se das outras
atividades produtivas.
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INFORMAÇÃO
ACÇÃO DECISÃO
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1.2.Etapas
ANÁLISE DA PROCURA
ANÁLISE DA OFERTA
PREVISÃO DA PROCURA
IMPLEMENTAÇÃO
AVALIAÇÃO
1.2.1.Análise da procura
A análise da procura deve permitir responder a certas questões quantitativas respeitantes à
frequentação existente: quantos clientes? Que produtos turísticos consumiram? Onde
ficaram hospedados (estabelecimento/local)? Durante quanto tempo (duração da estadia
por pessoa)? Quando (estação)? Que quantia gastaram no local?
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Note-se que, embora seja relativamente fácil obter dados quantitativos, desde que existam
estatísticas locais sobre o turismo, só um inquérito de terreno (junto dos clientes) permitirá
recolher informações qualitativas.
Análise quantitativa
Convém distinguir os “turistas” (clientes com estadia de pelo menos uma noite) e os
“excursionistas” (visitantes de um dia).
Conhecer a repartição das dormidas e das chegadas ao longo do ano permite determinar
as altas e as baixas estações e saber a que momento se deve melhorar a oferta e a
comercialização, a fim de utilizar os estabelecimentos e equipamentos turísticos o mais
tempo possível ao longo do ano.
É aconselhável comparar estes números num período mais longo para observar a evolução
do sector turístico local.
Análise qualitativa
Com efeito, estes últimos são mais difíceis de estudar porque, não pernoitando, não ficam
registados nos locais de alojamento.
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Todavia, esta fórmula não pode ser considerada como complementar de outros inquéritos
para não se incorrer no risco de interpretações subjetivas e erróneas.
> Podem ser efetuados inquéritos individuais junto da clientela, desde que não lhes
tomem muito tempo. Note-se que é possível, muitas vezes, beneficiar de uma ajuda em
termos de metodologia e de realização deste tipo de inquérito no âmbito de uma
cooperação com uma universidade ou um estabelecimento de ensino superior.
1.2.2.Análise da oferta
Elementos indispensáveis
Antes de mais, a análise da oferta turística local deverá possibilitar o levantamento dos
elementos seguintes:
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Fatores naturais:
> Situação geográfica e extensão do território
> Situação geológica e condições climáticas
> Planos de água (mar, rios, lagos, etc.)
> Paisagens, fauna e flora
Fatores socioeconómicos:
> Estrutura económica (importância dos diversos sectores de atividade, etc.)
> Estrutura sociodemográfica (pirâmides etárias, saldo migratório, repartição
socioprofissional, etc.)
> Estrutura político-administrativa
Fatores culturais:
> História
> Tradições/produtos artesanais locais
> Configuração dos locais
> Monumentos e curiosidades
> Locais a visitar, visitas com guia
> Distrações, acontecimentos culturais, etc.
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Oferta: alojamento
> Capacidade global
> Repartição da oferta de camas e de estabelecimentos de alojamento segundo a
capacidade de alojamento
> Repartição da oferta de camas e de estabelecimentos de alojamento segundo o
tipo de alojamento
> Repartição local dos estabelecimentos de alojamento
> Qualidade e tarifas
> Possibilidades de férias na quinta, casas rústicas
> Campismo, caravanismo
> Desenvolvimento da oferta de alojamento
Oferta: restauração
> Capacidade global
> Repartição local dos restaurantes
> Qualidade e preço
População local
> A população está sensibilizada para o turismo?
> Quais são as suas aspirações?
> Como poderá contribuir para o seu desenvolvimento?
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Comercialização turística
> Qual é a política seguida quanto à oferta e ao preço?
> Quais são os canais de distribuição utilizados?
> Quais são os instrumentos de comunicação utilizados (publicidade, relações
públicas, vendas)? Quais são as suas qualidades e os seus defeitos?
> Quais são as estratégias de comercialização previstas?
Formação turística
> Qual é o nível de qualificação das pessoas que trabalham no turismo?
> Quais são os défices em matéria de formação?
> Quais são as possibilidades de formação profissional, inicial e contínua a nível
local e regional?
> Quais são os programas de formação que considera necessários mas que não
existem localmente?
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Para analisar a oferta, torna-se muitas vezes útil para as duas partes uma cooperação com
as universidades e as escolas do ensino superior.
Para isso, bastam certos métodos muito simples: a consulta regular da imprensa diária, das
revistas especializadas, dos diferentes órgãos de comunicação social, etc. informa sobre a
evolução da opinião pública, permite antecipar as tendências e utilizar as informações
obtidas para operações de relações públicas.
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1.2.3.Previsão da procura
Análise da concorrência
Elementos essenciais
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A sua publicidade inserida em jornais, revistas especializadas, etc. Permite detetar, por
exemplo, a sua estratégia promocional (conceito, mensagem, slogan, suportes publicitários
escolhidos, etc.).
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às novas aspirações das diversas clientelas, a fim de poder elaborar novos produtos
turísticos adaptados a estas evoluções.
Escusado será dizer que é muito difícil prever as tendências futuras exatas, sobretudo num
contexto de interpenetração crescente das culturas e da mundialização dos mercados.
Pode-se, apesar de tudo, mencionar algumas tendências gerais que, se forem tidas em
conta, poderão facilitar a tomada de decisão:
> A liberalização dos transportes aéreos, que engendrou uma baixa das tarifas,
provoca um forte aumento das deslocações, embora não se possam identificar
perentoriamente preferências vincadas para destinos precisos;
> Efeitos de “moda” ou acontecimentos de natureza geopolítica podem ter um
impacto muito importante na frequentação turística deste ou daquele território;
> Num contexto de internacionalização da concorrência e de expansão do sector
(entrada de um número considerável de novos operadores no mercado), assiste-se
a uma multiplicação dos produtos turísticos;
> A abolição total dos controlos nas fronteiras internas da União Europeia e a
introdução da moeda única são outros tantos fatores que deveriam facilitar as
viagens;
> Em contrapartida, se a procura vier a estagnar, assistir-se-á a um
recrudescimento da concorrência em toda a Europa.
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realizar eles mesmos as suas próprias análises, menos ambiciosas, mas extremamente
úteis.
É possível, por exemplo, organizar um debate que reúna turistas e profissionais locais do
turismo, bem como uma amostra representativa da população.
No primeiro encontro, pede-se aos participantes a elaboração de uma lista dos pontos que
lhes pareçam mais pertinentes em termos de:
> Tendências na sociedade (novos modos de vida, comportamentos mais
“individualistas”, gosto por uma alimentação mais sã, etc.);
> Tendências em matéria de turismo (férias “natureza”, férias “ativas”, etc.);
> Mudanças percetíveis na zona (aumento do consumo de produtos locais,
frequentação mais importante deste ou daquele sítio, etc.).
Para ser mais eficaz, o debate pode assumir a forma de discussão de grupo (uma dezena
de participantes, no máximo).
Implementação
A implementação do plano exige uma coordenação de ações. Não basta apenas definir as
responsabilidades, pois as ações definidas no plano possuem uma correlação que precisa
que as mesmas ocorram de forma coordenada.
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Desta forma, o conselho deverá ser composto por representantes do poder público
(sectores do turismo, obras públicas, segurança, educação, cultura, etc.), do sector
turístico (hoteleiros, agentes de viagens, restaurantes, transportadoras, organizadores de
eventos, empresários do sector do entretenimento, entre outros), bem como da
comunidade local (Organizações não governamentais, associações de moradores,
associações de trabalhadores e profissionais liberais, etc.)
Tem também a função de se constituir como um meio de comunicação mais rápido entre
os vários agentes envolvidos com o plano.
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1.2.5.Monitorização e avaliação
Estes elementos são alguns exemplos de informações que permitem medir os impactos do
turismo. Certamente, o acompanhamento de informações externas à localidade também é
importante.
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2.Conceito de plano
2.1.Realidades
2.2.Objetivos
Para onde se deseja ir?
O primeiro passo de um processo de planeamento estratégico é identificar os propósitos
que a organização e/ou o responsável pelo planeamento deseja alcançar, para os ordenar
pela sua importância e para considerar como estão longe de se conciliarem uns com os
outros.
Antes dos objetivos ficarem explícitos, ninguém pode ter a certeza que eles serão
partilhados pelas pessoas para quem foram planeados; nem é possível de forma racional
preferir um plano a outro plano.
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Contudo, a seleção de metas, objetivos e indicadores não é uma tarefa fácil, pois o
problema surge da integração de programas individuais (municípios) num plano coerente
(regional/nacional).
Esta questão levanta-se não só ao nível do que está contido no seio do documento de
planeamento, mas também no que respeita à estrutura organizacional e aos valores
possuídos por aqueles que têm a responsabilidade da formulação e da implementação do
planeamento estratégico.
2.3.Implementação
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Por seu lado, a coordenação é uma atividade política e será por causa disso que a
coordenação se traduz numa extrema dificuldade, especialmente, na indústria do turismo,
em que são em grande número as partes envolvidas no processo de tomada de decisão.
Para além disso, este processo pode estabelecer maior cooperação entre os vários
stakeholders no suporte às metas e aos objetivos das organizações do turismo; pode
também criar as bases para responder, de forma mais eficiente às mudanças.
A avaliação consiste num qualquer processo que permita ordenar preferências. Para outros
autores, a avaliação confina-se a avaliar o que acontece após a implementação da
política/medida.
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Avaliar o programa, em termos dos seus objetivos originais”, pode revelar que a política
não está ser corretamente aplicada e que não conduzirá ao efeito planeado.
O sucesso ou insucesso das políticas pode resultar de muitos dos aspetos relacionados com
a sua elaboração (ambiguidade dos objetivos e das intenções), da implementação, da
política (burocracia e forças incontroláveis) ou de forças imprevistas (económicas, políticas
e sociais) e, ainda, da criação de mudanças nas necessidades públicas.
É assim entendido como relevante que mais estudos se devem realizar para que a
investigação em planeamento estratégico de destinos turísticos possa contribuir para o
desenhar e selecionar de estratégias mais sustentáveis para os destinos.
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3.Impacto turístico
AMBIENTAL SOCIAL
CULTURAL ECONÓMICO
3.1.Ambiental
O Turismo como outras atividades humanas, executadas em larga escala, podem ter
consequências adversas para a terra, a vegetação e a vida animal nos locais onde ocorrem.
Uma das ironias da sociedade moderna foi a transferência da população para os centros
urbanos, coincidindo com a melhoria da mobilidade a qual permitiu que grande número de
pessoas se deslocasse ao meio rural, à montanha e às praias por motivos de lazer.
Elas são atraídas pelo ritmo de vida mais lento e tranquilo longe das cidades, pela
oportunidade de observar a vida animal selvagem ou pela busca do sol e de praia. As
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Os problemas ambientais são agora temas centrais do planeamento, muito poucos projetos
são analisados, sem um estudo de impactos ambientais. A qualidade do meio ambiente é
um assunto central do desenvolvimento turístico pois o turismo depende de forma
dramática daquele.
Existe uma longa lista de danos ambientais causados pelos motivos mais diversificados que
adiante se analisam.
Positivos:
Conservação de áreas naturais importantes;
Conservação de locais arqueológicos e históricos e de carácter cultural e
arquitetónico;
Melhoramento da qualidade ambiental;
Aumento da atratividade ambiental;
Melhoramento das infraestruturas;
Consciencialização para os problemas ambientais;
Negativos:
Poluição
o Visual (arquitetónica);
o Água, Ar, Sonora;
o Congestão (veículos e pessoas);
o Detritos;
o Perturbação Ecológica;
Catástrofes Naturais;
Alteração dos Ciclos da Natureza;
Problemas derivados do mau uso dos solos;
Saturação populacional;
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3.2.Social
O Turismo é, sem dúvida, um agente de mudança, o que também se aplica aos aspetos
socioculturais.
Os turistas permanecem no país recetor por pouco tempo trazem consigo os seus valores e
expectativas.
Os turistas, sobretudo os que praticam um turismo de massas, viajam protegidos por uma
“bolha ecológica” (ecological bubble) – uma infraestrutura de facilidades baseada em
standards europeus que são criados até nos países mais pobres, que recria o meio
ambiente e os costumes do país de origem.
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Em muitos países estes turistas não demonstram sensibilidade para com os habitantes
locais, nem para com a sua cultura. Ofendem sem disso ter consciência.
Qualquer país que recebe grande número de turistas acaba por se confrontar com uma
reação a esta situação.
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Um dos fatores chave na relação residente / visitante pode ser o volume. Com o aumento
do volume de turistas (conceito desenvolvido por Doxey) à medida que os visitantes
aumentam, as comunidades poderão atingir um ponto a partir do qual a irritação aumenta.
Vejamos, então, de uma forma mais desenvolvida algumas das consequências sociais e
culturais que o Turismo poderá acarretar:
Impactos Sociais
Turismo e Conduta Moral: Prostituição:
O crescimento da prostituição em certas zonas turísticas deve poder explicar-se a partir das
seguintes hipóteses:
1. O processo turístico criou locais e ambientes que atraem prostitutas e os seus
clientes: “Sun, Sea, Sand and Sex”;
2. Pela sua natureza intrínseca Turismo quer dizer afastamento dos padrões puritanos
do quotidiano, sendo o anonimato assegurado pela distância do local de residência
e pela existência de dinheiro para gastar hedonisticamente. Estas condições
conduzem a sobrevivência e expansão da prostituição;
3. O Turismo proporciona oportunidades de emprego às mulheres o que lhes permite
usufruir de um melhor estatuto económico. Isto leva a uma liberalização de
costumes que pode levar algumas à prostituição para manter ou incrementar o seu
nível económico;
4. O Turismo é evocado como pretexto para justificar uma mudança de padrões
morais.
Crime
Neste caso também se podem encontrar argumentos explicativos de uma possível ligação
entre o Turismo e o Crime.
1. A densidade da população durante a época alta;
2. A localização da estância em relação à fronteira internacional;
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3. O rendimento per capita dos residentes e dos turistas apresentar grandes diferença
o que encoraja o roubo;
Jogo
A legalização do Jogo e a sua regulamentação foi feita com os seguintes objetivos:
Gerar atividade turística;
Gerar emprego e ativar a economia local;
Aumentar as fontes de rendimento, através dos impostos lançados sobre esta
atividade e das condições em que se fazia a concessão de exploração.
Apesar das objeções levantadas pela polícia local, pelas organizações religiosas e outros
grupos de pressão locais afirmando que esta nova situação atrairia as organizações
criminosas tipo Máfia, prostituição e violência.
Alguns destinos turísticos vivem contudo desta atividade como Monte Carlo, Las Vegas,
Tijuana, Atlantic City.
Religião
As peregrinações foram as viagens mais realizadas pelos homens desde a Antiguidade. As
peregrinações aos grandes templos egípcios e gregos foram relatadas pelos
contemporâneos.
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Os fiéis das grandes religiões ressentem-se, porém, das visitas realizadas pelos não
crentes, pelos turistas provenientes de espaços culturais e religiosos diferentes, acusando-
os de desvirtuarem a componente religiosa do local.
O Conselho Mundial das Igrejas em 1970 propôs que para obviar a violência dos impactos
se adotassem as seguintes medidas:
Língua
A língua é um instrumento de comunicação e parte dos atributos sociais e culturais de
qualquer povo.
Podemos avaliar os impactos do Turismo, neste domínio, tentando avaliar as relações entre
o crescimento turístico e as mudanças linguísticas ocorridas. Estas podem ocorrer pelos
seguintes motivos:
Aspirações de atingir um estatuto idêntico aos turistas pode levar os residentes a adotarem
a língua ou alguns termos utilizados pelos visitantes.
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Através do contacto social direto – este tipo de influência exige comunicação direta o
que ocorre sobretudo com os trabalhadores ligados a serviços com relação direta ou
indireta com o Turismo. Estes têm por vezes tendência para abandonar a sua língua
materna e adotar a dos turistas.
Saúde:
3.3.Cultural
Comunicação Intercultural
Formas materiais de Cultura
Formas não materiais de cultura
As mudanças culturais são induzidas por fatores internos e externos à cultura. A mudança
cultural, que ocorreria mesmo na ausência do Turismo é resultado das seguintes relações:
A modificação do nicho ecológico ocupado pela sociedade;
O contacto entre duas sociedades com culturas diferentes;
A evolução da mesma sociedade;
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O tipo de turistas – A tipologia de turistas de Cohen e de Plog, mais uma vez, ilustram a
forma como decorre as relações. Os alocêntricos ( Plog) e drifter’s e explorer’s desenvolvem
relações mutuamente enriquecedoras.
A forma como este tipo de turistas encaram a comunidade tentando conhecê-la e participar
da sua vida é gratificante para ambas as partes.
Arte Popular
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Gastronomia
A cozinha tradicional das regiões recetoras tem sido secundarizada a favor da cozinha
internacional, embora nos últimos tempos os turistas tendam a desejar experimentar os
pratos locais. Mais uma vez isto também se prende com o tipo de turistas que visita
determinada região.
Arquitetura
Vestuário
A forma dos turistas se vestirem é por vezes considerada pouco respeitosa pela
comunidade recetora, sobretudo quando aqueles visitam lugares que a comunidade
considera sagrados (ex: proibições da Catedral de Sevilha).
O Turismo também teve um papel importante na reintrodução dos trajes típicos das regiões
recetoras. Os espetáculos para turistas ajudaram a manter esses elementos da cultura
tradicional.
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Quanto mais curta é a visita, maiores são as distorções. A expropriação da cultura local e a
exploração das populações locais representando ou retratando a sua cultura é um
fenómeno mundial.
3.4.Económico
Os principais impactos económicos do turismo centram-se em quatro aspetos:
a) Ganhos em moeda estrangeira;
b) Contribuição para as receitas do Estado;
c) Criação de emprego e rendimentos;
d) Contribuição para o desenvolvimento regional.
Estes ganhos resultam das receitas obtidas através da venda de bens e serviços aos
visitantes não residentes no país de acolhimento.
Estas receitas podem ser realizadas em moeda forte, universalmente aceite e sem restrição
de câmbios ou em moeda fraca a qual por vezes é objeto de transferências condicionadas,
não contando com aceitação universal.
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Os benefícios dos gastos com a prática do turismo espalham-se através de muitos sectores
da sociedade e podem ser acompanhados através do efeito multiplicador.
O efeito multiplicador mede os gastos diretos dos visitantes e calcula como estes se
ampliam à medida que, a população residente gasta parte desse dinheiro ganho como lucro
ou rendimento de trabalho, estimulando assim a atividade económica.
Deve-se ter, contudo, em conta que os gastos iniciais dos turistas se dissipam devido a dois
fatores:
Os turistas compram bens importados do que resulta que parte do benefício
reverte a favor de economias estrangeiras.
Alguns dos ganhos iniciais são aforrados.
Por outro lado nalguns países em vias de desenvolvimento a atividade económica principal
é a agricultura que é praticada muitas vezes ao nível da subsistência pelo que, os impostos
diretos sobre a pequena força de trabalho, com rendimentos acima daquele nível se tornam
fundamentais para a economia do país.
Indiretos resultam das taxas e impostos sobre bens e serviços oferecidos aos turistas.
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Em alguns países, onde o Turismo tem um peso considerável como rendimento do Estado
não se efetuam contribuições diretas. Empresas e trabalhadores não são sujeitos a
impostos. As receitas são geradas de forma indireta através de taxas sobre bens e serviços.
Direto pode ser definido como um emprego criado especificamente pela necessidade de
satisfazer o sector turístico. Um exemplo óbvio desta situação é a criação de um emprego
num hotel.
Indireto é o caso do referido hotel poder socorrer-se de outras empresas que explorem o
sector da lavandaria ou dos transportes (táxis) o que representará a criação de postos de
trabalho de forma indireta.
O turismo é muitas vezes descrito como uma atividade de trabalho intensivo. Parece pois
que o emprego neste sector será mais abundante do que noutros sectores
tecnologicamente sofisticados onde grandes investimentos criam poucos empregos.
Para os países em vias de desenvolvimento o turismo é pois visto como fonte de emprego
pouco especializado mas bem mais interessante do que o trabalho na agricultura por
proporcionar salários mais compensatórios e melhores condições e compensações.
Para o país recetor o turismo pode estimular as atividades económicas permitindo um mais
rápido desenvolvimento.
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A capacidade de gerar empregos pelo Turismo, comparado com outras indústrias, tem sido
criticada por várias razões a saber:
A maioria do emprego é sazonal;
A população local é muitas vezes reduzida e não preenche toda a procura;
Em muitas áreas há poucos trabalhadores com conhecimentos técnicos específicos,
assim como capacidades de gestão;
Pessoas vindas de fora são atraídas por salários mais compensadores, assim como,
pela possibilidade de viver num local agradável.
O impacto regional do desenvolvimento turístico é sempre apreciável tanto mais que muitas
dessas regiões podem, por várias razões, ter poucas alternativas de desenvolvimento.
Nesses casos, o turismo gera rendimentos, emprego e atividade económica ajudando assim
a suportar a comunidade e a aumentar o nível dos seus rendimentos.
Por outro lado, o desenvolvimento de um sector turístico de grande importância impõe uma
série de custos para a população local, em equipamentos e infraestruturas várias, de forma
a impor-se como destino turístico competitivo.
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