Você está na página 1de 61

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

NATANAEL ALVES DA SILVA

ANÁLISE DE SEGURANÇA SEGUNDO A NR 35 NAS CONSTRUTORAS DA


GRANDE FLORIANÓPOLIS:
TRABALHO EM ALTURA

Palhoça
2022
NATANAEL ALVES DA SILVA

ANÁLISE DE SEGURANÇA SEGUNDO A NR 35 NAS CONSTRUTORAS DA


GRANDE FLORIANÓPOLIS:
TRABALHO EM ALTURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Engenharia Civil da Universidade
do Sul de Santa Catarina como requisito parcial
à obtenção do título de bacharel em Engenharia
Civil.

Orientador: Prof. José Humberto Dias de Toledo, Ms.


Palhoça
2022
NATANAEL ALVES DA SILVA

ANÁLISE DE SEGURANÇA SEGUNDO A NR 35 NAS CONSTRUTORAS DA


GRANDE FLORIANÓPOLIS:
TRABALHO EM ALTURA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi


julgado adequado à obtenção do título de
Engenheiro (a) Civil e aprovado em sua forma
final pelo Curso de Engenharia Civil da
Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 23 de maio de 2022.

______________________________________________________
Professor e orientador José Humberto Dias de Toledo, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________
Professor Valnei Carlos Denardin, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________
Eng.Civil Ricardo Augusto Kreische
Sistrel Pré-Moldados Ltda
Este trabalho é dedicado primeiramente a Deus
por ter sustentado minhas mãos durante esses
anos de caminhada acadêmica e por me permitir
chegar até aqui, a minha esposa Lara, meus pais
e familiares por estarem sempre na torcida por
mim.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por guiar meus passos, me dar forças e


orientação para que eu persistisse mesmo em meio as dificuldades, certamente sem Ele
esta etapa na minha vida não estaria se concretizando.
Aos meus pais Valdir e Isolde por sempre acreditarem no meu potencial e por
me mostrarem que na vida tudo é possível, basta acreditar e agir.
A minha esposa Lara que sempre esteve presente me apoiando e motivando
durante esses longos anos de estudos.
Ao professor Ms. José Humberto Dias de Tôledo por aceitar ser meu orientador

e por não medir esforços em me auxiliar em cada etapa da construção deste trabalho.

A todos os professores que fizeram parte de toda minha trajetória acadêmica

meus mais sinceros agradecimentos por todo conhecimento compartilhado.

A todas a qual não mencionei, mas de certa forma fizeram parte de toda minha

trajetória meu mais singelo obrigado por torcerem por mim e por acreditarem no meu

potencial.
“Esta é minha ordem: Seja forte e corajoso! Não tenha medo nem desanime, pois o
Senhor, seu Deus, estará com você por onde você andar.” – Josué 1:9
RESUMO

A maior parte dos acidentes de trabalho ocorrem por irregularidades e falha na prevenção. Com
isso, é de extrema relevância conhecer e entender a importância que os sistemas de segurança
possuem a fim de garantir e prevenir a segurança dos colaboradores. Com base nisso o trabalho
elaborado visa analisar e verificar a forma como algumas empresas da construção civil na região
da grande Florianópolis, SC seguem e colocam em prática as recomendações estabelecidas pela
NR 35, bem como quais dificuldades são encontradas na implementação da mesma. Para a
efetivação da pesquisa iniciou-se abordando sobre o tema geral da NR 35 e a seguir foi
elaborado um formulário para que as empresas respondessem questões relacionadas a segurança
dos seus colaboradores e quais os procedimentos utilizados para trabalhar com a NR 35. Com
isso, com todas as respostas obtidas e analisadas conclui-se que nos dias atuais por conta da
exigência e cobrança maior com a segurança as empresas estão se preocupando e buscando
estar em consonância com as regras propostas, visto que o descumprimento poderá gerar e
acarretar em penalidades.

Palavras-chave: NR 35. Trabalho em altura. Segurança em trabalhos em altura. Prevenção.


ABSTRACT

Most work accidents are due to irregularities and failure to prevent them. With this, it is

extremely important to know the security of systems have a purpose of security and prevention.

Based on this, the article aims to analyze and verify how some civil construction companies in

the greater Florianópolis, SC region follow and today work as the main ones by the 35, as well

as what are all the difficulties in the same situation. In order to carry out the research, the general

theme of NR 35 was addressed and then the companies answered the safety questions of their

employees and what procedures were used to work with NR 35. with security and looking for

us to look for companies that are looking for answers such as requirements and billing with the

biggest proposals, since what is looking for the requirement with security and most companies

may be looking for in all the requirements of the requirement and with the greatest security the

proposals, since the one who disrespects the requirement with the greatest security may be

looking for the answers in all the requirements.

Keywords: NR 35. Work at heights. Safety when working at height. Prevention.


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Questão 03 do questionário ................................. 39Erro! Indicador não definido.


Nenhuma entrada de índice de ilustrações foi encontrada.Gráfico 3 - Questão 04 do
questionário ........................................................................... 40Erro! Indicador não definido.

Nenhuma entrada de índice de ilustrações foi encontrada.Gráfico 5 - Análise de


profissionais nas construtoras ................................................ 43Erro! Indicador não definido.

Nenhuma entrada de índice de ilustrações foi encontrada.Gráfico 7 - Questão 09 do


questionário ........................................................................... 45Erro! Indicador não definido.

Nenhuma entrada de índice de ilustrações foi encontrada.Gráfico 9 - Questão 12 do


questionário ........................................................................... 48Erro! Indicador não definido.

Nenhuma entrada de índice de ilustrações foi encontrada.


LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – Responsáveis pela segurança ......................... 36Erro! Indicador não definido.


QUADRO 2 – Questão 01 do questionário ........................... 37Erro! Indicador não definido.
QUADRO 3 – Questão 02 do questionário ........................... 38Erro! Indicador não definido.
QUADRO 4 – Local onde obteve o certificado .................... 38Erro! Indicador não definido.
QUADRO 5 – Inspeção e manutenção .................................. 41Erro! Indicador não definido.
QUADRO 6 – Questão 05 do questionário ........................... 41Erro! Indicador não definido.
QUADRO 7 – Métodos para prevenir ................................... 42Erro! Indicador não definido.
QUADRO 8 – Altura considerada para o trabalho em altura 44Erro! Indicador não definido.
QUADRO 9 – Reação a um acidente de trabalho em altura . 46Erro! Indicador não definido.
QUADRO 10 – Acidente de trabalho em altura .................... 47Erro! Indicador não definido.
QUADRO 11 – Questão 11 do questionário ......................... 48Erro! Indicador não definido.
QUADRO 12– Armazenar os equipamentos......................... 49Erro! Indicador não definido.
QUADRO 13– Questão 14 do questionário .......................... 50Erro! Indicador não definido.
QUADRO 14– Questão 15 do questionário .......................... 50Erro! Indicador não definido.
LISTA DE SIGLAS

AEPS Anuário Estatístico da Previdência Social

AR Análise de Risco

CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

EPC Equipamento de Proteção Coletivo

EPI Equipamento de Proteção Individual

FNE Federação Nacional dos Engenheiros

KN Kilo Newton

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

NBR Norma Brasileira Regulamentadora

NR 35 Norma Regulamentadora 35

OIT Organização Internacional do Trabalho

PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PGR Programa a Gerenciamento de Riscos

PT Permissão de Trabalho

RTP Recomendações Técnicas de Procedimentos

SEESP Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo

SSMT Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho

SPCQ Sistema de Proteção Coletiva contra Quedas

SPIQ Sistema de Proteção Individual contra Quedas


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 15
1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO .............................................................................................. 16
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ......................................................................................... 16
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 17
1.4 OBJETIVOS .................................................................................................................... 17
1.4.1 Objetivo Geral ......................................................................................................... 17
1.4.2 Objetivos Específicos .............................................................................................. 17
1.5 METODOLOGIA DE PESQUISA.................................................................................. 18
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................... 19
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................... 20
2.1 ACIDENTES DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ....................................... 20
2.2 NORMAS REGULAMENTADORAS ........................................................................... 22
2.3 NORMA REGULAMENTADORA 35 ........................................................................... 24
2.4 TRABALHOS CORRELATOS ...................................................................................... 32
3 RESULTADOS OBTIDOS .............................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.6
3.1 PESQUISA EM CAMPO ................................................................................................ 36
3.2 PROCEDIMENTO DE PESQUISA ................................................................................ 36
3.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................................... 36
4 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 52
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 53
APÊNDICES ........................................................................................................................... 56
APÊNDICE A – Título ........................................................................................................... 57
APÊNDICE B – Título ................................................................ Erro! Indicador não definido.
ANEXOS ...................................................................................... Erro! Indicador não definido.
15

1 INTRODUÇÃO

Apesar de a construção civil ser um grande setor gerador de empregos, é o que mais
registra acidentes de trabalhos, óbitos e afastamentos de seus colaboradores. De acordo com
informações coletadas pelo Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, entre 2012
e 2018, no Brasil, aconteceram cerca de 4,4 milhões de acidentes de trabalho. Desses, 97 mil
foram na construção civil. Ainda, dos 31,9 mil acidentes com óbito, 2.666 foram no setor da
construção.
Embora o setor da construção civil apresente negligências, também se destaca os efeitos
positivos, na qual ultrapassam a fase de obra. Encerrado o ciclo de edificações e entregue as
chaves a construção civil residencial é capaz de gerar mais 36% dos valores das moradias em
termos de demanda para os diversos setores da economia, incluindo a própria construção.
(VASCONCELOS, 2021)
Por ter respostas mais positivas do que negativas, a construção civil vem crescendo cada
vez mais a cada ano que passa, com isso a taxa de probabilidade em acidentes aumenta também,
de acordo com dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho, 2020), o Brasil ocupa a
quarta posição no ranking mundial de acidentes de trabalho, ficando atrás apenas da China,
Índia e Indonésia. Segundo o Ministério do Trabalho (2019), quedas em altura são as maiores
causas de acidentes de trabalhadores no Brasil, e 40% dos acidentes de trabalho estão ligados a
quedas de alturas elevadas.
Com o objetivo de garantir maiores condições de segurança aos trabalhadores, a NR 35
(Trabalho em Altura) foi criada com o intuito de assegurar ao trabalhador e ao empregador uma
maior segurança no que tange a qualidade no ambiente de trabalho, diminuindo o número de
acidentes e afastamentos no trabalho. A norma, teve uma discussão inicial em 2010 no primeiro
seminário internacional em trabalho em altura feito pela FNE (Federação Nacional do
Engenheiros) juntamente com a SEESP (Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo).
Foi nesse encontro que tiveram a ideia de criar uma NR especializada nesse setor, o MTE
(Ministério do Trabalho e Emprego) não teve objeções e aprovou a iniciativa, com isso no dia
27 de março de 2012 a NR 35 foi publicada no diário oficial entrando em vigor no dia 02 de
abril de 2013.
Segundo a NR 35 o trabalho em altura pode ser classificado como qualquer atividade
executada acima de 2,00 metros de altura. A NR apresenta algumas regras e responsabilidades
que devem ser cumpridas por parte do empregador e do trabalhador, a fim de diminuir os riscos
de acidentes e mortes no âmbito do trabalho.
16

De acordo com Oliveira (2017) antes da década de 90 o serviço em altura não era
verificado, e isso se dava pela falta de um profissional capacitado e pela falta de equipamentos
adequados. Foi somente no ano de 1998 que houve uma exigência maior referente aos sistemas
de segurança, onde as empresas de telecomunicações impuseram um sistema de segurança a
fim de se igualar aos padrões americanos e europeus.
Os sistemas de segurança têm enorme importância para manter a segurança dos
colaboradores, e de lá para cá tem sido aprimorado e passaram a atender os requisitos que a
norma NR 35 estabelece.
O presente trabalho tem como objetivo principal analisar algumas empresas da
construção civil na região da grande Florianópolis, SC para verificar se estão seguindo as
recomendações da NR 35 em seus canteiros de obras.

1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO

Tema: Trabalho em altura em canteiros de obras.


Delimitação: essa pesquisa se delimita em verificar se as empresas da construção civil na
grande Florianópolis, SC estão implantando os seus canteiros de obras seguindo as
recomendações da NR 35, e quais as dificuldades para as suas implantações.

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

A maioria dos acidentes de trabalho acontecem por falha na prevenção. Prevenir os


acidentes é analisar os riscos, averiguar os equipamentos de segurança (se estes se encontram
em ótimo estado e pronto para o uso) e aplicar as recomendações das Normas
Regulamentadoras. Como todo o equipamento o EPI (equipamento de proteção individual) e o
EPC (equipamento de proteção coletiva) também precisam de manutenção, já alguns acidentes
acontecem por falta de treinamento técnico ao trabalhador, e esses acontecimentos ocorrem por
negligência do trabalhador ou do empregador.
A pesquisa em questão, visa responder as seguintes questões: será que as empresas
da construção civil estão aplicando as recomendações que a NR 35 estabelece na implantação
dos seus canteiros de obras? Há muita burocracia para a implementação da NR 35? Quais os
benefícios que essa norma traz para o trabalhador e ao empregador?
17

1.3 JUSTIFICATIVA

O acidente de trabalho não se trata somente sobre ferimentos ou mortes, segundo


Camargo et al (2018), as empresas que acabam tendo esses acidentes podem sofrer legalmente
pela falta de cuidado com o trabalhador. Segundo o autor, na NR 9 temos que as empresas
podem ser multadas e penalizadas, se houver descumprimento com a hierarquia obrigatória das
medidas de proteção.
Esta pesquisa se justifica em função da importância da NR 35 para assegurar
condições de trabalho adequadas e a preservação da vida dos trabalhadores, como também, para
as empresas na construção civil, verificando e analisando o cumprimento da NR 35 através de
dados estatísticos e redução de acidentes com trabalho em altura.
Além disso, apontar as maiores dificuldades que as empresas encontram e se eles
estão procurando soluções para continuar a fornecer segurança e proteção para seus
funcionários, como eles podem alcançar a conformidade com os padrões da NR 35 e como lidar
com as barreiras para incorporar esses padrões em sua prática diária são fundamentais para
proporcionar um ambiente de trabalho seguro.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Investigar a importância das prevenções conforme as recomendações que a NR 35


estabelece e, se as empresas da construção civil na grande Florianópolis, SC estão implantando
os seus canteiros de obras de acordo com a NR 35.

1.4.2 Objetivos Específicos

• Apresentar as recomendações da NR 35;


• Estudar os riscos de queda na construção civil causados pelos trabalhos em altura;
• Analisar os benefícios das dificuldades da implementação da NR 35 nas empresas;
• Avaliar com algumas empresas a implantação das medidas de segurança solicitadas pela
NR 35;
• Verificar se os métodos de trabalho da empresa estão conforme a NR 35; e,
18

• Descrever como as empresas lidam com o armazenamento, manutenção e inspeção dos


equipamentos de proteção individual e coletivo para trabalho em altura.

1.5 METODOLOGIA DE PESQUISA

O trabalho conta com uma pesquisa de natureza aplicada já que será realizada uma
pesquisa exploratória, onde as construtoras responderão uma série de perguntas relacionadas à
NR 35 na empresa.
Para este tipo de estudo foi decidido fazer uma pesquisa mista quanto a abordagem do
problema. Essa escolha apresenta os procedimentos de coleta, análise e combinação dos dados,
com exemplos demonstrando a integração dos resultados quantitativos e qualitativos do estudo.
Proetti (2017)
De acordo com Proetti (2017) os métodos qualitativos e quantitativos se
complementam e auxiliam para que haja uma compreensão e a quantificação dos aspectos
lógicos e fundamentais de um fato ou fenômeno estudado. São procedimentos de cunho
racional, intuitivo e descritivo.
Ainda de acordo com Proetti (2017):

A pesquisa qualitativa não visa à quantificação, mas sim ao direcionamento para o


desenvolvimento de estudos que buscam respostas que possibilitam entender,
descrever e interpretar fatos. Ela permite ao pesquisador manter contato direto e
interativo com o objeto de estudo. A pesquisa quantitativa segue com rigor de estudo
a um plano previamente estabelecido, com hipóteses e variáveis definidas pelo
estudioso. Ela visa enumerar e medir eventos de forma objetiva e precisa. (PROETTI,
2017, p.02)

A execução deste trabalho se inicia com pesquisas em base de dados (Google


Acadêmico e sites oficiais) com o objetivo de compreender os quesitos e as necessidades que a
NR 35 estabelece, com essas informações serão feitas questões para o formulário para as
construtoras responderem.
Desta maneira será possível analisar e estudar como as construtoras estão trabalhando
com a NR 35 na empresa.
A escolha das empresas para este estudo será focada em analisar o máximo possível de
construtoras disponíveis que trabalham com altura ou por cordas em suas obras.
O formulário será respondido presencialmente junto do autor, as cidades escolhidas para
as entrevistas nas construtoras são em São José, Palhoça e Florianópolis, a fim de que essas
19

respondam o formulário com as perguntas relacionadas a segurança dos colaboradores e os


métodos que a construtora trabalha com a NR 35.
A coleta de dados será totalmente presencial, por questões de ética e moral as construtoras
não serão identificadas.
O formulário será a fonte principal para a coleta dos dados para a pesquisa, após a
obtenção dos dados será estudado e analisado a forma como as construtoras e seus
colaboradores estão trabalhando, se realmente estão capacitados para o trabalho em altura ou
por cordas, conforme a NR 35 estabelece em seus anexos I e II.
Com os formulários respondidos, será feito uma planilha no Excel, a fim de organizar os
dados obtidos para um melhor entendimento. (Microsoft Corp., Estados Unidos)
Sendo o estudo de natureza quantitativa e qualitativa, os dados obtidos serão de modo
exploratório, a fim de analisar as questões respondidas de forma aprofundada, para assim
coletar possíveis soluções para os problemas relatados. (PROETTI, 2017)

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

A seguir neste tópico está descrito toda a estrutura do trabalho, o trabalho foi dividido
em 4 capítulos, realizados da seguinte forma:
Começando com o capítulo 1 temos a introdução, o tema e delimitação, o problema de
pesquisa, a justificativa, os objetivos e a metodologia de pesquisa. No capítulo 2 começamos
com o referencial teórico, depois temos os acidentes do trabalho na construção civil, as normas
regulamentadoras, a norma regulamentadora 35 em específico e os trabalhos correlatos.
No capítulo 3 consta os resultados obtidos, a pesquisa em campo, o procedimento de
pesquisa e a análise dos resultados. E por fim no capítulo 4 temos as considerações finais em
relação a pesquisa realizada.
20

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O local de trabalho é considerado seguro após uma visualização do local, a fim de


minimizar o máximo possível dos riscos de acidentes. Para minimizar os riscos, além da
observação é necessária uma organização no local onde o trabalhador irá exercer as suas
funções, é muito importante que os funcionários se comprometam com a utilização de seus EPI,
utilizando-os de forma correta e com as manutenções em dia.
O destaque neste capítulo será sobre os acidentes de trabalho; Norma
Regulamentadora NR 35 e seus anexos I e II. Essa será a base teórica utilizada para as
argumentações e análise dos dados obtidos.

2.1 ACIDENTES DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Conforme Bedrikow, Baumecker e Buschinelli (1996), descrevem que riscos de


acidentes do trabalho:

[...] compreendem agentes mecânicos que em geral produzem efeitos de forma súbita
e lesões do tipo traumáticas - acidentes do trabalho - e agentes físicos, químicos e
biológicos, causadores de doenças profissionais. Acrescentam-se os riscos
ergonômicos e, com importância crescente, fatores psicossociais com repercussão em
especial sobre a saúde mental dos trabalhadores. Mudanças nas tecnologias e nas
formas de organização do trabalho, informatização, descaracterização da empresa
como único local de trabalho e trabalho em domicílio, criam novas formas de risco
[...]

De acordo com BRASIL (2021), o Brasil obteve uma pequena queda em relação aos
acidentes de trabalho registrados em 2019 comparado a 2018, com 582.507 acidentes. Porém,
houve um aumento no número de mortes no trabalho, de 2.132 para 2.184 (2,44%), já com os
acidentes ocupacionais, esses que causam incapacidades permanentes nos trabalhadores,
diminuiu significativamente, de 19.686 para 12.624, uma queda de 35,87%. Esses dados
estatísticos constam no AEPS. (Anuário Estatístico de Previdência Social, 2019)
Uma pesquisa coletada pelo Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho,
entre 2012 e 2018, no Brasil, ocorreram aproximadamente 4,4 milhões de acidentes de trabalho.
Sendo que 97 mil foram na área da construção civil. Dos acidentes com óbitos somam um total
de 31,9 mil, desses, 2.666 foram no setor de construção.
21

Os acidentes mais comuns de trabalho na construção civil, são as quedas de alturas,


cortes e lacerações pelo uso de ferramentas e equipamentos afiados e muitas das vezes lesões
por fazer esforços repetitivos.
Segundo o engenheiro de segurança do trabalho, Soravassi (2020), que também é
atuante no Trabt Medicina e Segurança do Trabalho, diz que a natureza da atividade na
construção civil é perigosa e precisa de atenção:

A taxa nacional de mortalidade no trabalho é de 5,21 mortes para cada 100 mil
trabalhadores, já na construção civil a taxa é de 11,76 casos para cada grupo de 100
mil. Entre as principais causas de acidentes estão: impactos com objetos, quedas,
choques elétricos, soterramento ou desmoronamento. (SORAVASSI, 2020)

Muitos dos acidentes podem ser evitados, além dos equipamentos de segurança que é
o primordial e é indispensável, é necessário que os trabalhadores tenham um treinamento
adequado para cada situação. É importante que os contratantes analisem de forma adequada se
o trabalhador está apto tanto fisicamente quanto mentalmente para exercer as suas funções com
segurança, com isso é possível suprir a falta de conhecimento ou experiência, diminuir o
estresse do dia a dia, ter uma motivação melhor e até mesmo o cumprimento das normas, regras
e modos operatórios estabelecidos pela construtora. (ROCHA, 2012)
Uma questão importante que não pode ser desconsiderada, é deixar o ambiente de
trabalho equilibrado e organizado. Segundo Colombo (2009) muitos acidentes de trabalho e
riscos na construção civil ocorrem por falta de experiência por parte do trabalhador. A falta de
planejamento muitas das vezes resultam em atraso da entrega da obra, consequentemente o
atraso acaba gerando estresse e pressão, tornando o ambiente de trabalho mais agressivo e
vulnerável, com isso o trabalhador acaba ficando nervoso exausto com a situação, aumentando
muito as chances de acontecer um acidente no trabalho.
A norma Regulamentadora NR 9, impõem que os empregadores e instituições que
contratam trabalhadores como empregados, tem a obrigatoriedade de elaborar e implementar
para seus empregados, o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), com prioridade a saúde
e integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, verificação, análise e gerenciamento
das ocorrências de riscos ambientais presentes ou que venham a aparecer no ambiente de
trabalho, levando em consideração o cuidado com o meio ambiente.
Segundo o item 9.1.5 da NR 9, é considerado riscos ambientais os agentes físicos,
químicos e biológicos presentes no ambiente de trabalho que, com o passar do tempo ou
dependendo da intensidade, são capazes e favoráveis a prejudicar a saúde do trabalhador.
22

De acordo com a NR 9 é considerado os riscos físicos: ruído, vibrações, pressões


anormais, temperaturas extremas sendo frio ou calor, radiações ionizantes e não ionizantes,
infração e ultrassom. Os riscos químicos são: substâncias, compostos e produtos nas formas de
poeiras, névoas, fumos, gases ou vapores. E Riscos biológicos são: bactérias, fungos, parasitas,
protozoários, vírus, entre outros.
No próximo tópico daremos destaque as Normas regulamentadoras.

2.2 NORMAS REGULAMENTADORAS

Segundo Costa (2009), a Legislação Brasileira de Segurança do Trabalho surgiu para


amparar os trabalhadores que foram vítimas de acidentes do trabalho, antigamente a culpa dos
acidentes no trabalho caía sobre os trabalhadores. De acordo com o autor, a ideia na época era
de que o trabalhador se acidentava por ser negligente, pelo conceito de gestão da segurança e
controle de perdas. Com isso foram formuladas leis que obrigam as empresas a criarem políticas
de prevenção e auxílio a trabalhadores acidentados, essas leis ajudam muito as vítimas de
acidente do trabalho, pois dependendo do acidente ela fica incapacitada de trabalhar, no pior
dos casos essas vítimas podem vir a óbito, deixando muitas das vezes uma família para
sustentar.
Uma grande e importante alteração na legislação ocorreu em 1977, essa alteração foi
no capítulo V do título II da lei 6.514 das Leis do trabalho, relativo à Segurança e Medicina do
Trabalho, revogando o que legislava desde 1943.
Costa (2009), destaca que na seção 1, art. 154 está descrito que:

A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capítulo, não


desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à
matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados
ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas
oriundas de contratos coletivos de trabalho. (COSTA, 2009)

Já o art. 200 desta Lei destaca que: “Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer
disposições complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as
peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho.”
Com essa alteração na Lei, em 1978 foram criadas 28 e Normas Regulamentadoras do
Ministério do Trabalho, através da portaria 3.214, obtendo uma diversidade maior e melhor Da
segurança nos aspectos do trabalho.
23

Com o passar do tempo novas normas foram adicionadas, atualmente existem 35 NRs,
eram 37 NRs, porém em 2019 a NR 02 (Inspeção Prévia) foi revogada e em 2020 a NR 27
(Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho e da
Previdência Social) também foi revogada, somando então 35 normas regulamentadoras.

As Normas Regulamentadoras são:

NR-01 - Disposições Gerais


NR-03 - Embargo e Interdição
NR-04 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SSMT (Atual:
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho)
NR-05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
NR-06 - Equipamento de Proteção Individual – EPI
NR-07 - Exames Médicos (Atual: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
- PCMSO)
NR-08 - Edificações
NR-09 - Riscos Ambientais (Atual: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais -
PPRA)
NR-10 - Instalações e Serviços em Eletricidade (Atual: Segurança em Instalações e
Serviços Elétricos)
NR-11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR-12 - Máquinas e Equipamentos
NR-13 - Vasos sob Pressão (Atual: Caldeiras e Vasos de Pressão)
NR-14 - Fornos
NR-15 - Atividades e Operações Insalubres
NR-16 - Atividades e Operações Perigosas
NR-17 - Ergonomia
NR-18 - Obras de Construção, Demolição e Reparos (Atual: Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção)
NR-19 – Explosivos
NR-20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis (Atual: Líquidos combustíveis e
inflamáveis)
NR-21 - Trabalhos a Céu Aberto
NR-22 - Trabalhos Subterrâneos (Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração)
24

NR-23 - Proteção Contra Incêndios


NR-24 - Condições Sanitárias dos Locais do Trabalho (Atual: Condições sanitárias e de
conforto nos locais de trabalho)
NR-25 - Resíduos Industriais
NR-26 - Sinalização de Segurança
NR-28 - Fiscalização e Penalidades
NR-29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR-30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR-31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura,
Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
NR-32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
NR-33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
NR-34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção,
Reparação e Desmonte Naval.
NR-35 - Trabalho em Altura
NR-36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de
Carnes e Derivados
NR-37 - Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo

Dentre as normas atuais está a NR 18, que é considerada a norma mais importante para
o trabalho em canteiros de obra, já que é a referência para a elaboração do “checklist”. Nesse
checklist é listado as verificações a ser utilizado nos canteiros de obras afim de verificar a
segurança. (SOUZA JR; GUIMARÃES; PERUZZI, 2013)
O objetivo da NR 18 é “Estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento
e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na
Indústria da Construção.”
No próximo tópico, daremos destaque as recomendações da NR 35 que é objeto de
estudo no presente trabalho.

2.3 NORMA REGULAMENTADORA 35


25

A Norma Regulamentadora 35 (NR 35) constitui os parâmetros de proteção e as


condições mínimas para o trabalho em altura, envolvendo desde o planejamento, a organização
e a execução, priorizando sempre a segurança e a saúde dos trabalhadores. (AZEVEDO, 2017)
No dia 28 de abril de 2014, a portaria n° 593 alterou a NR 35, onde prevê a proteção e
prevenção nas atividades executadas acima de 2m (dois metros) do nível inferior, onde haja
risco de queda. (BRASIL, 2017)
A fiscalização é de extrema importância na prevenção de acidentes de trabalho em
altura, pois muitas vezes a aplicação incorreta da NR 35 acontece pela falta de informação o até
mesmo pelos trabalhadores que tem dificuldade em mudar o hábito por achar que tem
experiência o suficiente para que nada o aconteça. Esta norma se complementa com as normas
técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos competentes e, na ausência ou omissão dessas, com
as normas internacionais aplicáveis. (AZEVEDO, 2017)
A NR 35 estabelece as responsabilidades dos empregadores e dos funcionários
(BRASIL, 2017):

Responsabilidade dos empregadores:

• garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;


• assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da
Permissão de Trabalho - PT;
• desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em
altura;
• assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura,
pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares
de segurança aplicáveis;
• adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de
proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
• garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de
controle;
• garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de
proteção definidas nesta Norma;
• assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de
risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
• estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;
26

• assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será
definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
• assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.

Responsabilidade dos trabalhadores:

• cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os


procedimentos expedidos pelo empregador;
• colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;
• interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem
evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras
pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico;
• zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas
ações ou omissões no trabalho.

A NR 35 propõe a Capacitação e o Treinamento do Trabalhador no item 35.3, onde o


empregador tem o dever de realizar programas para treinar os trabalhadores para o trabalho em
altura. Para o trabalhador ser capacitado para o trabalho em altura, ele deve fazer um
treinamento com carga horária mínima de 8 horas, onde ele terá que provar que está apto tanto
na prática quanto na teórica, onde o conteúdo programático no mínimo deve incluir (BRASIL,
2017):

1. normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;


2. análise de Risco e condições impeditivas;
3. riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;
4. sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
5. equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção,
conservação e limitação de uso;
6. acidentes típicos em trabalhos em altura;
7. condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de
primeiros socorros.
27

Segundo a NR 35, os treinamentos em trabalho em altura são periódicos, com validade


de dois anos, porém se ocorrer alguma das situações a seguir o trabalhador será obrigado a fazer
o treinamento novamente: mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
evento que indique a necessidade de novo treinamento; retorno de afastamento ao trabalho por
período superior a noventa dias; mudança de empresa. (BRASIL, 2017)

A NR 35 possui etapas para o planejamento, organização e a sua execução, sendo elas:

1. Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador
capacitado e autorizado.
2. Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo
estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade
e que possua anuência formal da empresa.
3. Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades
em altura, garantindo que:
a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;
b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada
situação;
c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e
queda de altura, considerando também os fatores psicossociais.
4. A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional
do trabalhador.
5. A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da
autorização de cada trabalhador para trabalho em altura.
6. No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia:
a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de
execução;
b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de
execução do trabalho de outra forma;
c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder
ser eliminado.
28

7. Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade.
8. A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as
condições do local de trabalho já previstas na análise de risco.
9. Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.
10. A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:
a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;
b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
d) as condições meteorológicas adversas;
e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção
coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos
fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;
f) o risco de queda de materiais e ferramentas;
g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas
regulamentadoras;
i) os riscos adicionais;
j) as condições impeditivas;
k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma
a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
l) a necessidade de sistema de comunicação;
m) a forma de supervisão.

11. Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar
contemplada no respectivo procedimento operacional.
12. Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura
devem conter, no mínimo:
a. as diretrizes e requisitos da tarefa;
b. as orientações administrativas;
c. o detalhamento da tarefa;
d. as medidas de controle dos riscos características à rotina;
e. as condições impeditivas;
f. os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;
29

g. as competências e responsabilidades.

13. As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas
mediante Permissão de Trabalho.
14. Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na
Análise de Risco e na Permissão de Trabalho.
15. A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização
da permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e
arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.
16. A Permissão de Trabalho deve conter:
a. os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;
b. as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c. a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.
17. A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao
turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações
em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.

No escopo da NR 35 é abordado os sistemas de proteção contra queda:

1. É obrigatória a utilização de sistema de proteção contra quedas sempre que não for
possível evitar o trabalho em altura.
2. O sistema de proteção contra quedas deve:
a. ser adequado à tarefa a ser executada;
b. ser selecionado de acordo com Análise de Risco, considerando, além dos riscos a que o
trabalhador está exposto, os riscos adicionais;
c. ser selecionado por profissional qualificado em segurança do trabalho;
d. ter resistência para suportar a força máxima aplicável prevista quando de uma queda;
e. atender às normas técnicas nacionais ou na sua inexistência às normas internacionais
aplicáveis;
f. ter todos os seus elementos compatíveis e submetidos a uma sistemática de inspeção.

3. A seleção do sistema de proteção contra quedas deve considerar a utilização:


a. de sistema de proteção coletiva contra quedas - SPCQ;
b. de sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ, nas seguintes situações:
b.1 na impossibilidade de adoção do SPCQ;
30

b.2 sempre que o SPCQ não ofereça completa proteção contra os riscos de queda;
b.3 para atender situações de emergência.

4. O SPCQ deve ser projetado por profissional legalmente habilitado.


5. O SPIQ pode ser de restrição de movimentação, de retenção de queda, de
posicionamento no trabalho ou de acesso por cordas.
6. O SPIQ é constituído dos seguintes elementos:
a. sistema de ancoragem;
b. elemento de ligação;
c. equipamento de proteção individual.

7. Os equipamentos de proteção individual devem ser:


a. certificados;
b. adequados para a utilização pretendida;
c. utilizados considerando os limites de uso;
d. ajustados ao peso e à altura do trabalhador.

8. O fabricante e/ou o fornecedor de EPI devem disponibilizar informações quanto ao


desempenho dos equipamentos e os limites de uso, considerando a massa total aplicada
ao sistema (trabalhador e equipamentos) e os demais aspectos previstos no item 19.
9. aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções do SPIQ, recusando-se os
elementos que apresentem defeitos ou deformações.
10. Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os elementos
do SPIQ.
11. Devem-se registrar os resultados das inspeções:
a. na aquisição;
b. periódicas e rotineiras quando os elementos do SPIQ forem recusados.
12. Os elementos do SPIQ que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou
sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua
restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, em normas
internacionais e de acordo com as recomendações do fabricante.
13. O SPIQ deve ser selecionado de forma que a força de impacto transmitida ao trabalhador
seja de no máximo 6kN quando de uma eventual queda.
14. Os sistemas de ancoragem destinados à restrição de movimentação devem ser
dimensionados para resistir às forças que possam vir a ser aplicadas.
31

15. Havendo possibilidade de ocorrência de queda com diferença de nível, em


conformidade com a análise de risco, o sistema deve ser dimensionado como de retenção
de queda.
16. No SPIQ de retenção de queda e no sistema de acesso por cordas, o equipamento de
proteção individual deve ser o cinturão de segurança tipo paraquedista.
17. O cinturão de segurança tipo paraquedista, quando utilizado em retenção de queda, deve
estar conectado pelo seu elemento de engate para retenção de queda indicado pelo
fabricante.
18. A utilização do sistema de retenção de queda por trava-queda deslizante guiado deve
atender às recomendações do fabricante, em particular no que se refere:
a. à compatibilidade do trava-quedas deslizante guiado com a linha de vida vertical;
b. ao comprimento máximo dos extensores.
19. A Análise de Risco prevista nesta norma deve considerar para o SPIQ minimamente os
seguintes aspectos:
a. que o trabalhador deve permanecer conectado ao sistema durante todo o período de
exposição ao risco de queda;
b. distância de queda livre;
c. o fator de queda;
d. a utilização de um elemento de ligação que garanta um impacto de no máximo 6 kN
seja transmitido ao trabalhador quando da retenção de uma queda;
e. a zona livre de queda;
f. compatibilidade entre os elementos do SPIQ.
20. O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem ser posicionados:
a. quando aplicável, acima da altura do elemento de engate para retenção de quedas do
equipamento de proteção individual;
b. de modo a restringir a distância de queda livre;
c. de forma a assegurar que, em caso de ocorrência de queda, o trabalhador não colida com
estrutura inferior.
21. O talabarte, exceto quando especificado pelo fabricante e considerando suas limitações
de uso, não pode ser utilizado:
a. conectado a outro talabarte, elemento de ligação ou extensor;
b. com nós ou laços.
22. Emergência e Salvamento: o empregador deve disponibilizar equipe para respostas em
caso de emergências para trabalho em altura.
32

22.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que
executam o trabalho em altura, em função das características das atividades.
22.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para
as respostas a emergências.
22.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem
constar do plano de emergência da empresa.
22.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar
capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e
mental compatível com a atividade a desempenhar.

No próximo tópico destaca-se alguns trabalhos correlatos ao do presente estudo.

2.4 TRABALHOS CORRELATOS

Este tópico apresenta trabalhos correlatos ao em estudo, onde será evidenciado os


resultados obtidos por outros autores que fizeram um estudo sobre as empresas em relação a
Norma Regulamentadora 35.

2.4.1 Análise da implementação da NR 35 em diferentes empresas da construção civil, com


foco no Anexo I - Acesso por Cordas e Anexo II – Sistemas de Ancoragem.

Autores: PAULA REBELLO BENDER,


THAUAN HEDER FARIA DA SILVEIRA

Universidade: UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA (UNISUL)

O estudo apresentado por Bender e Silveira (2020) teve como objetivo demonstrar a
importância de aplicação das medidas previstas pelos anexos I e II da NR 35 e avaliar o
cumprimento da NR 35 nas cinco empresas selecionadas para este estudo.
Os resultados conforme os dados obtidos pelo estudo não foram muito satisfatórios
conforme a análise geral:

No geral os resultados obtidos por meio dessa pesquisa mostram um resultado não
satisfatório quanto as condições de segurança oferecidas aos trabalhadores, onde
parece faltar um pouco de preparo das empresas tanto para evitar que os acidentes
ocorram quanto para caso acidentes ocorram. Através das respostas obtidas com essa
pesquisa podemos observar que entre as cinco empresas entrevistadas apenas duas
possuem todos os procedimentos questionados no formulário, fato que ainda mostra
33

despreparo das empresas quando o assunto é trabalho em altura. (BENDER e


SILVEIRA, 2020)

2.4.2 Avaliação do cumprimento da NR-35 nos canteiros de obras.

Autor(a): ALYSSON GONÇALES QUADROS

Universidade: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

O estudo apresentado por Quadros (2017) teve como objetivo avaliar o cumprimento da
NR-35 nos seis canteiros de obras envolvidos neste estudo.
No trabalho Quadros (2017) concluiu que:

Conclui-se por meio do objetivo deste estudo na avaliação ao cumprimento da NR-35


nas seis obras analisadas com relação a NR-35 entre conformidades e não
conformidades e a aplicação de um checklist, previamente elaborado por profissional
responsável, possibilita a distinção de conformidades e não conformidades nos
canteiros de obras, permitindo a distinção dos itens não conformes e/ou aceitos com
restrições e que devem ser ajustados de acordo com o descrito na NR-35, a fim de
melhorar o ambiente de trabalho e minimizar a vulnerabilidade tanto do empregado
quanto do empregador (QUADROS, 2017).
No geral os resultados obtidos por meio do levantamento comparativo da NR-35 entre
monitoramento do trabalho em altura e medidas tomadas por meio da NR mostram um
panorama satisfatório nas obras visitadas, onde as condições de segurança para o
trabalho em altura foram consideradas ótimas segundo suas pontuações, mas ainda há
muito que melhorar para que se tornem ideais (QUADROS, 2017).

2.4.3 Identificação dos riscos em obras de edificações residenciais na realização de


trabalho em altura.

Autor(a): CAROLINE LEAL CARLOS

Universidade: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

O estudo apresentado por Carlos (2015) teve como objetivo identificar e avaliar os riscos
de queda em altura em obras de edifícios residenciais, a fim de propor medidas de segurança
que atendam ás normas técnicas e leis vigentes, principalmente a NR 18, NR 35, RTP n° 1 e
RTP n°4.
No trabalho de Carlos (2015) concluiu que:

O canteiro de obra é um local que propicia riscos à saúde e à segurança do funcionário.


É crucial a presença de um profissional de segurança do trabalho na obra para
34

identificar, avaliar e controlar situações de risco, visando evitar que imprevistos


aconteçam e contribuir para um ambiente mais seguro e saudável para as pessoas. A
adoção de medidas corretivas e preventivas é primordial e proporcionam benefícios para
ambas as partes, já que diminui a ocorrência de acidentes de trabalho em altura, que na
maioria dos casos acontecem por falta de orientação dos funcionários ou o uso
inadequado dos equipamentos de segurança. Além disso, o capital destinado ao bem-
estar do trabalhador deve ser encarado como um investimento e não como um custo
sem retorno. Desse modo, um ambiente seguro proporcionado pelo empregador e com
a colaboração dos funcionários gera benefícios como a satisfação e produtividade do
serviço. (CARLOS, 2015)

No próximo capítulo apresenta-se os resultados e análises.


35

3 RESULTADOS OBTIDOS

Neste capítulo serão informados os métodos e os dados obtidos na pesquisa em


campo. Os dados obtidos foram recebidos através do questionário feito pelo autor, a
veracidade das respostas não foi questionada e, para não revelar o nome das construtoras
por questão de segurança e ética foi utilizado as letras do alfabeto para representá-las.

3.1 PESQUISA EM CAMPO

Para a realização das pesquisas em campo foram selecionadas 04 construtoras na


Palhoça, 04 construtoras em São José e mais 04 construtoras em Florianópolis, totalizando
12 construtoras diferentes entrevistadas.

3.2 PROCEDIMENTO DE PESQUISA

O procedimento utilizado para as pesquisas em campo foi a aplicação do


questionário (Apêndice 1) de forma presencial pelo autor, no mês de setembro de 2022. O
questionário foi respondido pelo responsável pela segurança do trabalho na empresa, no
momento da pesquisa, e está constituído por 15 perguntas, sendo 13 objetivas e 02
discursivas que serão analisadas de forma quanti-qualitativa e com base no referencial
teórico.

3.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os dados apresentados a seguir representam de forma fiel as respostas apresentadas


pelas 12 construtoras.
No primeiro Quadro iniciamos com as funções dos responsáveis sobre a segurança da
obra que responderam o questionário no dia entrevistado.

Quadro 01 – Responsáveis pela segurança.


Função do responsável que respondeu a planilha respectiva de sua empresa.

CONSTRUTORA
36

A Engenheiro Civil.
B Técnico de Edificações.
C Técnico em Segurança do Trabalho.
D Mestre de Obras.
E Engenheiro Civil.
F Engenheiro Civil.
G Engenheiro Civil.
H Engenheiro Civil.
I Técnico de Segurança.
J Técnico de Segurança do Trabalho.
K Técnico em Edificações.
L Engenheiro civil.
Fonte: O Autor (2022)

No Quadro 02 foi destacada a questão que tem por objetivo verificar se os trabalhadores
que estão expostas a trabalho em altura são capacitados.

Quadro 02 – Questão 01 do questionário.


1. Os funcionários que trabalham com altura são realmente treinados e
capacitados para o trabalho em altura?
CONSTRUTORA SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA
A X
B X
C X
D X
E X
F X
G X
H X
I X
J X
K X
L X
TOTAL 12
Fonte: O Autor (2022)

Como podemos ver, todas as construtoras responderam que os seus funcionários


realmente são capacitados para o trabalho em altura.

No próximo quadro as respostas sobre se os seus funcionários possuem certificados


comprovando sua capacidade para o trabalho em altura.
37

Quadro 03 – Questão 02 do questionário.


2. A construtora possuí os certificados que comprovam a qualificação do
funcionário para o trabalho em altura?
CONSTRUTORA SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA
A X
B X
C X
D X
E X
F X
G X
H X
I X
J X
K X
L X
TOTAL 12
Fonte: O Autor (2022)

Com as respostas obtidas percebemos que todos os funcionários possuem certificados,


comprovando sua capacidade para o trabalho em altura.
No próximo Quadro veremos onde os funcionários de cada construtora obteve os
certificados para exercer o trabalho em altura.

Quadro 04 – Local onde obteve o certificado.


Como foi obtido o certificado?
CONSTRUTORA Se a resposta foi sim, onde foi obtido o certificado?
CONSTRUTORA
A Empresa terceirizada.
B Empresa terceirizada.
C Seconci.
D Empresa terceirizada.
E Seconci.
F EDS Segurança e Saúde.
G FEK Acessorias / Seconci.
H OFFISAFE Saúde e Segurança.
I Na própria construtora.
J Reviver.
K LR treinamentos (Funcionários são terceirizados).
L Seconci.
38

Fonte: O Autor (2022)

Com essas respostas é possível dizer que a maioria das construtoras hoje, preferem
optar por contratar empresas terceiras para a obtenção do certificado para o trabalho em altura
do que fazer o curso na própria empresa.
A seguir temos no gráfico 01 é verificado se as construtoras fazem exames para testar a
capacidade física e mental dos funcionários, conforme recomendações da NR 35 para que sejam
aptos a exercer a função.

Gráfico 01 – Questão 03 do questionário.


3. É avaliado a saúde mental e física dos
funcionários que trabalham em altura?
12 11

10

2 1
0
0
SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

Fonte: O Autor (2022)

Com essa base de dados podemos ver que hoje as construtoras estão cada vez mais se
importando com a saúde mental e física de seus colaboradores para um trabalho mais seguro.
No gráfico 02 é analisado o intervalo de tempo para os testes de aptidão física e
mental.
39

Gráfico 02 – Intervalo de tempo para os testes de aptidão.


Qual é o intervalo de tempo para a avaliação?
6
5 5
5

3
2
2

0
Anual Bianual Não sabe

Anual Bianual Não sabe

Fonte: O Autor (2022)

Segundo a NR 35 cabe ao empregador avaliar o estado de saúde mental e física dos


trabalhadores que exercem as atividades no trabalho em altura, segundo a NR 35 a periocidade
dos exames de capacitação dos trabalhadores tem validade de 2 anos. (BRASIL, 2017)
No gráfico 03 a seguir, é perguntado para as empresas se fazem a inspeção e a
manutenção dos equipamentos de segurança para o trabalho em altura.

Gráfico 03 – Questão 04 do questionário.


4. A construtora faz a inspeção e a manutenção
dos equipamentos de segurança para o trabalho
em altura?
12 11
10
8
6
4
2 1
0
0
SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

Fonte: O Autor (2022)


40

Através de gráfico acima se verifica que as construtoras realmente se importam com a


integridade dos equipamentos de segurança, pois um equipamento em maus estados tem
chances muito maiores para que um acidente ocorra. Segundo a NR 35, antes do início dos
trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os elementos do SPIQ, devem-se
registrar os resultados das inspeções, periódicas e rotineiras quando os elementos do SPIQ
forem recusados. (BRASIL, 2017)
Os elementos do SPIQ que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem
impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração for
prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, em normas internacionais e de
acordo com as recomendações do fabricante. (BRASIL, 2017)

O Quadro 05 a seguir é a resposta das empresas que responderam sim na questão 04 do


questionário, na qual foi perguntado como é feita a inspeção e manutenção dos equipamentos.
Quadro 05 – Inspeção e manutenção.
Como é feita a inspeção e a manutenção dos equipamentos?

CONSTRUTORA
A Pelo técnico de segurança da construtora.
B Diariamente.
C Conferir o C.A. (Certificado de Aprovação).
D Alguns equipamentos já vem com etiquetas de validade.
E Diário, em caso de problema é substituído.
F Visual.
G Verificação individual de cada equipamento.
H Visual.
I Em vistorias diárias.
J Inspeção visual controlado em documento interno
K Mensal.
L
Fonte: O Autor (2022)

Analisando o quadro acima percebemos que as algumas empresas fazem as inspeções


corretamente como a NR 35 estabelece, já outras estão fazendo de maneiras erradas ou não
estão considerando uma certa importância e preocupação para os materiais de segurança, não
tem uma certa preocupação com os materiais de segurança é um risco muito alto para possíveis
acidentes no trabalho.
Já no Quadro 06 é perguntado se a empresa antes de iniciar o trabalho em altura é
avaliado os riscos de acidentes.
41

Quadro 06 – Questão 05 do questionário.


5. Antes do trabalho em altura iniciar é feita alguma avaliação de risco para o
trabalho?
CONSTRUTORA SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA
A X
B X
C X
D X
E X
F X
G X
H X
I X
J X
K X
L X
TOTAL 12
Fonte: O Autor (2022)
Com essas respostas podemos ver que a prevenção é o melhor método para prevenir
acidentes no trabalho em altura.
No próximo Quadro veremos como é feito por cada empresa o método para prevenir
futuros acidentes.
Quadro 07 – Métodos para prevenir.
Qual é o método utilizado para a prevenção de acidentes?

CONSTRUTORA
A Treinamento pelo Técnico de Segurança.
B É avaliado pelo Tec. Segurança.
C Análise de risco/ Permissão de trabalho.
D Empresa que fornece o equipamento avalia os riscos.
E Toda função e serviço é feito uma APR.
F Uso de EPI e EPC.
G Verificação de todos os cabos, ambiente em geral, clima,
equipamentos de segurança.
H Análise de risco elaborada por tec. Segurança.
I Diariamente olhamos as atividades que serão desenvolvidas.
J APR das atividades e equipe que irá executar.
K Conforme o PGE são feitos guarda corpos antes e ancoragens para
após iniciar os trabalhos.
L Utilização de equipamentos de Segurança.
Fonte: O Autor (2022)
42

Descreve que o correto seria que todas as construtoras deveriam apresentar Análise de
risco elaborada por tec. Segurança, como podemos ver somente a construtora H faz exatamente
como a NR 35 estabelece.
Para a prevenção de acidentes a NR 35 estabelece alguns parâmetros a seguir, para ter um
trabalho em altura mais seguro, por exemplo, todo trabalho em altura deve ser realizado sob
supervisão, cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da
atividade, a execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as
condições do local de trabalho já previstas na análise de risco, como podemos ver no quadro
acima as construtoras tem suas preferencias sobre o quesito prevenção, cada uma lida onde
acreditam que deve estar a atenção para prevenir os acidentes no trabalho.

No gráfico 04 a seguir veremos a quantidade de empresas que tem constituídos o


SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho).

Gráfico 04 – Questão 06 do questionário.


6. A construtora possuí o SESMT (Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho) vinculado a empresa?
10
8
8

6
4
4

2
0
0
SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

Fonte: O Autor (2022)

Como podemos ver são muitas as empresas que tem o SESMT constituído. Segundo a
NR 04 é obrigatório a contratação de profissionais da área de segurança e saúde do trabalho de
acordo com o número de empregados e a natureza do risco da atividade da econômica da
empresa. (BRASIL, 2017)
O gráfico 05 a seguir representará os profissionais na área da segurança e saúde que tem
nas empresas.
43

Gráfico 05 – Análise de profissionais nas construtoras.


Profissionais vinculados.
10 9

8
6
6 5

4
2 2
2
0
Médico do Trabalho Auxiliar de Engenheiro de Técnico de Enfermeiro do
Enfermagem do Segurança Segurança do Trabalho
Trabalho Trabalho

Médico do Trabalho Auxiliar de Enfermagem do Trabalho


Engenheiro de Segurança Técnico de Segurança do Trabalho
Enfermeiro do Trabalho

Fonte: O Autor (2022)

Como podemos ver 6 empresas possuem Médico do Trabalho, apenas 2 empresas têm
Auxiliares de Enfermagem do Trabalho. Engenheiro de Segurança tem 5 empresas que
responderam que possuí, já Técnico de Segurança do Trabalho quase todas as empresas
responderam que possuí, e por fim somente 2 empresas informaram que possuem Enfermeiro
do Trabalho. É importante destacar que esses profissionais têm qualificação para garantir um
ambiente de trabalho adequado as recomendações das NR e em específico a NR 35.
No Quadro 08 será abordado para quantos metros de altura é adotado pelas construtoras
para adotar as medidas relativas a trabalho em altura.

Quadro 08 – Altura considerada para o trabalho em altura.


7. A construtora adota as medidas de segurança para o trabalho a partir de
quantos metros?
CONSTRUTORA 02 metros 03 metros 04 metros
A X
B X
C X
D X
E X
F X
G X
H X
I X
44

J X
K X
L X
TOTAL 12
Fonte: O Autor (2022)

Como podemos ver as construtoras estão cada vez mais se preocupando com a altura
para o trabalho em altura, todas elas responderam a menor metragem que é a recomendada pela
NR 35.
No gráfico 06 a seguir será apresentado as empresas que trabalham com o acesso por
cordas.

Gráfico 06 – Questão 08 do questionário.


8. A construtora trabalha com acesso por cordas?
10 9
9
8
7
6
5
4 3
3
2
1 0
0
SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

Fonte: O Autor (2022)

Com base nos dados obtidos vemos que hoje são muitas as empresas que trabalham com
o acesso por cordas, para a conscientização das construtoras temos o anexo 01 da NR 35, onde
estabelece todos os parâmetros de segurança que devem ser seguidos para esse tipo de trabalho
em específico.
No gráfico 07 a seguir veremos o que as empresas fazem quando algum acidente ocorre
na construtora relacionado a trabalho em altura

Gráfico 07 – Questão 09 do questionário.


45

9. A construtora possuí algum método para


resgate ou primeiros socorros em casos de
acidentes envolvendo o trabalho em altura?
8 7
7
6
5 4
4
3
2 1
1
0
SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

Fonte: O Autor (2022)

Como podemos perceber muitas empresas não sabe como reagir com rapidez em caso de
um acidente. A NR 35 estabelece o que deve fazer para este tipo de situação, por exemplo,
emergência e salvamento, o empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de
emergências para trabalho em altura, a equipe pode ser própria, externa ou composta pelos
próprios trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das características das
atividades, o empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as
respostas a emergências, as ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em
altura devem constar do plano de emergência da empresa, as pessoas responsáveis pela
execução das medidas de salvamento devem estar capacitadas a executar o resgate, prestar
primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.
(BRASIL, 2017)
No Quadro 09 algumas empresas falaram como agem em relação a um acidente de
trabalho em altura.
46

Quadro 09 – Reação a um acidente de trabalho em altura.


Se a resposta foi sim, quais são os métodos?

CONSTRUTORA
A
B
C
D
E Rapel.
F
G Em obra não, em caso de acidentes será acionado a emergência.
H
I Geralmente em casos de acidente a técnica de segurança leva para o
hospital, ou é responsável por chamar ajuda.
J Empresa terceira e procedimento interno de primeiros socorros.
K
L
Fonte: O Autor (2022)

Como podemos ver no quadro 09 são poucas as construtoras que estão aptas para um
resgate na própria construtora, normalmente elas contam somente com a ajuda de terceiros,
como por exemplo os bombeiros, porém seria o ideal toda empresa ter um kit de primeiros
socorros e alguns funcionários com aprendizado na área de segurança, dependendo do acidente
a cada segundo que passa pode ser fatal para o colaborar que sofreu o acidente.
No gráfico 08 a seguir veremos as empresas que já tiveram acidentes no trabalho em
altura.

Gráfico 08 – Questão 10 do questionário.


10. Já teve algum caso de acidente relacionado
ao trabalho em altura na construtora?
10 9

4 3

2
0
0
SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

Fonte: O Autor (2022)


47

Felizmente vemos que a taxa de acidentes está menor entre as construtoras pesquisadas.
No Quadro 10 2 empresas relataram como ocorreu esses acidentes na construtora.
Quadro 10 – Acidente de trabalho em altura.
Se a resposta foi sim, o que ocorreu para que o acidente acontecesse?

CONSTRUTORA
A
B
C
D
E
F
G
H
I Funcionário não protegeu a corda, quando estava na cadeirinha o
colega ficou com medo da corda romper, foi segurar e a corda
“decepou” o dedo dele.
J Vários fatores, falta de percepção do trabalhador antecipar
processos, burlar a segurança.
K
L
Fonte: O Autor (2022)

Felizmente foram poucas as construtoras entrevistadas que tiveram acidentes


relacionados ao trabalho em altura, podemos ver que os acidentes relatados no quadro 10
aconteceram por negligência dos colaboradores, eles não tomaram os devidos cuidados que a
NR – 35 estabelece ou não quiseram seguir o que é pedido.
No Quadro 11 é questionado se as empresas tiveram alguma dificuldade em
implementar a NR 35 na construtora.
48

Quadro 11 – Questão 11 do questionário.


11. A construtora teve problemas ou dificuldades ao implementar a NR -35?

CONSTRUTORA SIM NÃO NÃO TEM


CERTEZA
A X
B X
C X
D X
E X
F X
G X
H X
I X
J X
K X
L X
TOTAL 12
Fonte: O Autor (2022)

Felizmente vemos que todas as empresas pesquisadas não tiveram problemas ou


dificuldades na implementação da NR 35.
No gráfico 09 é perguntado se a construtora armazena corretamente os equipamentos de
segurança.

Gráfico 09 – Questão 12 do questionário.


12. A construtora armazena corretamente seus
equipamentos de segurança?
12 11

10

2 1
0
0
SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

Fonte: O Autor (2022)


49

Os cuidados com os equipamentos de segurança são de extrema importância para a


prevenção de acidentes, pois o material se não for bem cuidado pode se deteriorar por algum
motivo sobre o clima ou até mesmo se o armazenar sujo, acelerando o tempo de vida útil do
equipamento.
O Quadro 12 a seguir apresenta os métodos que as construtoras usam para o
armazenamento de seus equipamentos de segurança.
Quadro 12 – Armazenar os equipamentos.
Como é armazenado os equipamentos?

CONSTRUTORA
A
B Dentro de armário.
C Todos armazenados em local próprio com conferência todos os dias.
D Cada funcionário cuida do seu.
E EPI individualmente, proteções coletivas em um setor da obra.
F Almoxarifado.
G Equipamento individual para cada funcionário, armazenados com
seus pertences.
H Almoxarifado.
I Cordas em sacolas. Cintos de segurança individuais nos armários dos
funcionários.
J Cada colaborador é responsável pelo guardo dos equipamentos
individuais.
K Almoxarifado.
L Os equipamentos são guardados no almoxarifado.
Fonte: O Autor (2022)

É muito bom obter esses resultados, vendo que as construtoras têm seus meios para os
cuidados com os materiais de segurança, observamos que algumas construtoras optam por
deixar os equipamentos de segurança individual por conta dos funcionários, cada um cuidando
do seu próprio material, mesmo assim é indispensável que as construtoras deixem de analisar
os equipamentos de segurança diariamente.
No gráfico 10 as respostas a pergunta se os funcionários colaboram com o uso dos
equipamentos de segurança no dia a dia de serviço.
50

Gráfico 10 – Questão 13 do questionário.


13. Os funcionários colaboram para a segurança
com o trabalho em altura?
12 11

10

2 1
0
0
SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA

Fonte: O Autor (2022)

Como podemos ver a maioria dos funcionários respeitam a norma NR 35, de forma a
garantir a sua integridade física e as recomendações da NR.
No Quadro 14 as respostas a pergunta para a empresa, qual é a ação que a empresa toma
quando um funcionário não quer colaborar com os parâmetros de segurança da empresa?
Quadro 13 – Questão 14 do questionário.
14. Quais são os procedimentos que a construtora segue quando um funcionário
se recusa a utilizar os parâmetros da NR - 35?
CONSTRUTORA
A Advertência verbal.
B É retirado da obra.
C Advertência verbal, advertência por escrito, suspensão ou demissão
por justa causa.
D Se o funcionário se recusar a usar os equipamentos de segurança ele
é demitido por justa causa.
E São corrigidos primeiramente verbalmente e depois através de
advertência por escrito.
F Demissão.
G Advertência ou demissão, não é permitido qualquer trabalho em
altura sem os devidos equipamentos.
H Advertência.
I Advertência e desligamento do funcionário.
J O colaborador é advertido e muitas vezes retirado da atividade.
K Orientação seguida por notificação verbal, em caso de
descumprimento, demissão.
L Cobrança e advertência verbal.
Fonte: O Autor (2022)
51

Analisando as respostas obtidas no quadro 13, observa-se que as construtoras estão cada
vez mais rígidas com seus colaboradores para que sigam os padrões estabelecidos pelas normas
regulamentadoras para a segurança deles mesmos, isso está assim porque as normas hoje estão
mais ativas e focadas em diminuir a taxa de acidentes de trabalho no Brasil.
A seguir no Quadro 14 a última pergunta do questionário que trata sobre o que as
construtoras pensam sobre a NR 35.

Quadro 14 – Questão 15 do questionário.


15. Qual é a opinião que a construtora tem a respeito sobre a NR - 35?

CONSTRUTORA
A A construtora acha importante, porém algumas medidas da NR – 35
acabam atrapalhando o andamento do serviço.
B Necessário.
C Respeito a vida.
D A NR – 35 é ideal, porém, deveria ter uma reciclagem melhor nos
treinamentos dos funcionários, por exemplo com treinamentos mais
em prática do que na teoria.
E Fundamental na construção civil.
F Essencial.
G Super importante para o funcionário ter a noção e saber reagir em
caso de acidente, oriento em todas as precauções para evitar riscos,
tempo de validade do suficiente para o trabalhador, importante
sempre validar.
H De alta importância para segurança dos colaboradores.
I Construtora tenta sempre se atualizar e manter a segurança dos
funcionários.
J Importante a construtora leva muito a sério e preza pela segurança
nos processos.
K É fundamental para segurança dos trabalhadores.
L A construtora acha necessária a aplicação da NR – 35, a fim preservar
a vida dos funcionários e a integridade da construtora.
Fonte: O Autor (2022)

Através das respostas obtidas com os questionários, podemos ver que as construtoras
estão se atualizando cada vez mais para a segurança dos funcionários, sabemos que o Brasil
ainda representa um número significativo de acidentes na construção civil, mas com o passar
do tempo isso está melhorando, cada dia que passa surge novas ideias para melhorar a segurança
no trabalho em altura, com as normas sendo cada vez mais rigorosas com as construtoras através
de penalidades com o não cumprimento dos parâmetros estabelecidos pela norma, tende a
melhorar muito mais.
52

4 CONSIDERAÇOES FINAIS

A presente pesquisa teve por objetivo pesquisar a relevância das prevenções conforme
está descrita nas recomendações que a NR 35 estabelece, além disso foi averiguado como as
empresas da construção civil na grande Florianópolis, SC estão instituindo esta norma dentro
dos canteiros de obras.
Diante das leituras e pesquisas buscamos primeiramente compreender o que é a norma
NR 35 e trazer alguns subsídios históricos referente a mesma a fim de explicar sua criação e
sua utilidade.
Em seguida começamos com o referencial teórico, depois temos os acidentes do trabalho
na construção civil, as normas regulamentadoras, a norma regulamentadora 35 em específico e
os trabalhos correlatos.
Por fim, temos os resultados dos dados coletados com as empresas referente os riscos
de queda, benefícios e dificuldades da implementação da NR 35 nas empresas, verificação de
métodos de trabalhado, responsabilidade quanto ao armazenamento, manutenção e verificação
dos equipamentos de proteção individual e coletiva.
Diante das leituras e dados levantados percebe-se que a NR 35 é uma norma de extrema
relevância para que as medidas de proteção para o trabalho em altura sejam cumpridas de forma
responsável e legal, e por esse motivo se faz necessário fiscalização periódica, treinamento
regular e reciclagem aos empregadores e empregados tanto na forma teórica como prática a fim
de capacitar e averiguar possíveis falhas e assim poder corrigi-las.
Além disso a presente pesquisa forneceu uma boa experiencia para a minha formação e
possível atuação na área, visto que abriu novos conhecimentos e pensamentos em vista de todo
referencial pesquisado e estudado sobre o tema exposto.
Sugere-se que pesquisas futuras promovam o levantamento de dados em uma maior
quantidade de empresas e que através disso sejam promovidos projetos, cursos e treinamentos
a fim de contribuir com a implementação correta das normas da NR 35 e desta forma promover
mais segurança e bem-estar aos trabalhadores e empregadores.
53

REFERÊNCIAS

Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho: AEAT 2015 / Ministério da Fazenda ... [et al.].
– vol. 1 (2009). Brasília: MF, 2015. 991 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14280: Cadastro de
acidente do trabalho – Procedimento e Classificação. Rio de Janeiro.2001.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE MEDICINA DO TRABALHO. Construção civil está entre
os setores com maior risco de acidentes de trabalho. 30 de abril de 2019. Disponível em: <
https://www.anamt.org.br/portal/2019/04/30/construcao-civil-esta-entre-os-setorescom-maior-
risco-de-acidentes-de-trabalho/>. Acesso em: 22 de abril. de 2022.
AZEVEDO, Pedro Henrique Medeiros de. Segurança nos trabalhos em altura em
conformidade com a NR-35 – Na construção e manutenção das torres eólicas na região de
João Câmara/RN. 18 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Centro Tecnológico,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.
BENDER, SILVEIRA. DIFICULDADES PARA IMPLANTAÇÃO DA NR 35:
TRABALHO EM ALTURA. [s.l.] UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
(UNISUL), 2020.
BRASIL. Ministério da Fazenda. Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho. Brasília.
2017.
CAMARGO, RD. et al. Trabalho em altura X Acidentes de trabalho na Construção Civil.
Revista Teccen. Jul./Dez. 2018.
CARLOS, C. L. IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS EM OBRAS DE EDIFICAÇÕES
RESIDENCIAIS NA REALIZAÇÃO DE TRABALHO EM ALTURA. [s.l.]
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ, 2015.
COLOMBO, Caroline Bitencourt. O acidente do trabalho e a responsabilidade civil do
empregador. 2009. 84f. Monografia (Curso de Direito) – Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 2009.
CONSTITUIÇÃO – Constituição Nacional Brasileira – Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil>, Acesso em 28 de março 2022.
COSTA, Analice. Indicadores de Acidentes de Trabalho em Obras da Construção Civil no
Brasil e na Bahia. 2009. 51f. Monografia – Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira
de Santana, 2009.
DAU, G. Índice de acidentes e mortes no trabalho cresceu no setor de construção
civil . Disponível em: <https://www.jornalcontabil.com.br/indice-de-acidentes-e-mortes-no-
trabalho-cresceu-no-setor-de-construcao-civil/>. Acesso em: 09 de março. 2022.
54

Lei de Benefícios da Previdência Social - Lei 8213/91 | Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.
Disponível em: < https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/104108/lei-debeneficios-
da-previdencia-social-lei-8213-91#art-19>. Acesso em: 14 de maio de 2022.

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. Manual de auxílio na interpretação e aplicação da


norma regulamentadora nº 35 – trabalhos em altura. NR 35 Comentada, 2011.
NBR 14.280 – Fevereiro/1999. Cadastro de Acidentes do Trabalho: procedimentos e
classificação. Rio de Janeiro –RJ. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, 1999.
NORMA REGULAMENTADORA 35. Disponível em:
<https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-35.pdf>. Acesso em:
13 de maio de 2022.
OIT – ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, Safety and Health at Work.
Disponível em: <http:// http://www.ilo.org/ilostat>. Acesso em: 14 de abril de 2022.
OLIVEIRA ALPINISMO. Saiba sobre a história do trabalho em altura. Disponível em:
<https://oliveiraalpinismo.com.br/historia-do-trabalho-em-altura/>. Acesso em: 13 de março.
2022.
PREVENÇÕES, P.-O. D. E. Brasil ocupa 4a posição no ranking mundial de acidentes de
trabalho. Disponível em: <https://prev-one.com.br/artigo/brasil-ocupa-4a-posicao-no-ranking-
mundial-de-acidentes-de-trabalho>. Acesso em: 21 de março. 2022.
QUADROS, Gonçales Alysson. Avaliação do cumprimento da NR-35 nos canteiros de obras.
Monografia de especialização -Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2017.
Revista Grandes Construções. Disponível em:
<https://grandesconstrucoes.com.br/Noticias/Exibir/construcao-civil-possui-alto-indice-de-
acidentes-e-mortes-no-trabalho>. Acesso em: 08 de março de 2022.
ROCHA, Luiz Carlos Lumbreras, Manual de auxílio na interpretação e aplicação da norma
regulamentadora nº 35 – trabalhos em altura. NR 35 Comentada. MTE, 2012.
Segurança do trabalho: país registra mais de 700 mil casos de acidentes de trabalho por ano.
Disponível em: <https://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/especial-
publicitario/ubm/conhecimento-transforma/noticia/2020/03/26/seguranca-do-trabalho-pais-
registra-mais-de-700-mil-casos-de-acidentes-de-trabalho-por-ano.ghtml>. Acesso em: 17 de
abril. 2022.
SIDNEY PROETTI, as pesquisas qualitativa e quantitativa como métodos de investigação
científica: um estudo comparativo e objetivo. Revista Lumen – ISSN: 2447 – 8717, página 02,
2017.
55

SINDUSCON-SP, R. Indústria da construção reduzir o número de acidentes de


trabalho. Disponível em: <https://sindusconsp.com.br/industria-da-construcao-reduz-o-
numero-de-acidentes-do-trabalho/>. Acesso em: 12 de março. 2022.
SOUZA Jr, Dogmar A. de Souza; GUIMARÃES, Paulo Avelar.; PERUZZI, Antonio de
Paulo. Qualidade, segurança e eficiência de canteiros de obras. Artigo n46, p19-29,
Universidade Federal de Uberlândia, Brasil. 2013
56

APÊNDICES
57

APÊNDICE 1 – Questionário

Nome: Natanael Alves da Silva. Curso: Engenharia Civil.

TCC: Análise da segurança no trabalho relacionado a NR 35 nas empresas de construção civil.

Local:
Função do responsável pelo questionário:
Data:

QUESTIONÁRIO

1. Os funcionários que trabalham com altura são realmente treinados e capacitados para a
função?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tem certeza .

2. A construtora possuí os certificados que comprovam a qualificação do funcionário


para o trabalho em altura?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tem certeza .


Se a resposta foi sim, onde foi obtido o certificado?

_______________________________________________________________________

3. É avaliado a saúde mental e física dos funcionários que trabalham em altura?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tem certeza .


58

Se a resposta foi sim, qual é o intervalo de tempo para a avaliação?

4. A construtora faz a inspeção e a manutenção dos equipamentos de segurança para o


trabalho em altura?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tem certeza .

Se a resposta foi sim, com é feita a inspeção e a manutenção dos equipamentos?

5. Antes do trabalho em altura iniciar é feita alguma avaliação de risco para o trabalho?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tem certeza .

Se a resposta foi sim, qual é o método utilizado para a prevenção de acidentes?

6. A construtora possuí o SESMT vinculado a empresa?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tem certeza.


Se a resposta foi sim, quais e quantos são os profissionais vinculados?

Médico do Trabalho: ( ) Sim ( ) Não Quantidade:____


Auxiliar de Enfermagem do Trabalho: ( ) Sim ( ) Não Quantidade:____
Engenheiro de Segurança: ( ) Sim ( ) Não Quantidade:____
Técnico de Segurança do Trabalho: ( ) Sim ( ) Não Quantidade:____
Enfermeiro do Trabalho: ( ) Sim ( ) Não Quantidade:____
59

7. A construtora adota as medidas de segurança para trabalho em altura a partir de


quantos metros?

( ) 02 metros ( ) 03 metros ( ) 04 metros.

8. A construtora trabalha com acesso por cordas?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tem certeza.

9. A construtora possuí algum método para resgate ou primeiros socorros em casos de


acidentes envolvendo o trabalho em altura?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tem certeza.

Se a resposta foi sim, quais são os métodos?

10. Já teve algum caso de acidente relacionado ao trabalho em altura na construtora?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tem certeza

Se a resposta foi sim, o que ocorreu para que o acidente acontecesse?

11. A construtora teve problemas ou dificuldades ao implementar a NR – 35?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tem certeza

Se a resposta foi sim, quais foram os problemas e as dificuldades?


60

12. A construtora armazena corretamente seus equipamentos de segurança?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tem certeza.

Se a resposta foi sim, como é armazenado os equipamentos?

13. Os funcionários colaboram para a segurança com o trabalho em altura?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tem certeza.

14. Quais são os procedimentos que a construtora segue quando um funcionário se recusa
a utilizar os parâmetros da NR – 35?

15. Qual é a opinião que a construtora tem a respeito sobre a NR – 35?

Você também pode gostar