Você está na página 1de 4

Relatório de 2020 Ministério da Saúde

As Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT) são responsáveis por mais da metade
das mortes no Brasil, sendo identificadas, em 2018, 54,7% de mortes por doenças
crônicas não transmissíveis (DCNT) e 11,5% de mortes por agravos.

As DCNT – principalmente doença cardiovascular, câncer, diabetes e doenças


respiratórias crônicas – são causadas por vários fatores ligados às condições de vida
dos sujeitos, determinados pelo acesso a bens e serviços públicos, garantia de direitos,
acesso à informação, emprego e renda e possibilidades de fazer escolhas favoráveis à saúde.
Os principais fatores de risco para o adoecimento por DCNT são tabagismo, consumo de
álcool, alimentação não saudável e inatividade física, que podem ser modificados pela
mudança de comportamento e por ações governamentais que regulamentem e reduzam, por
exemplo, comercialização, consumo e exposição de produtos danosos à saúde.

DANTS /SG

Em reunião com a equipe das DANT´S aqui de São Gonçalo, também nos foram transmitidos
essa atenção ao aumento em meio a Pandemia e que estivéssemos ajudando a construir
estratégias de prevenção ao uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas.

Realidade em São Gonçalo-RJ

A Saúde Mental do nosso município teve um BUM significativo, segundo relatos de


coordenadores dos CAPS AD, onde a média de acolhimento a pessoas com transtornos por
uso e abuso de drogas, foram de 10 a 35 acolhimentos no mês. Um aumento de mais de
300%.

E ainda consta que o aumento de atendimento a depressão e suicídio também tiveram


números elevados bem expressivos, além da emergência nos casos psiquiátricos, que na
semana passada tiveram que acolher 29 pessoas sendo que a estrutura é para 19, um
aumento de mais de 50%.

Visão Global
Segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Álcool e Crime (UNODC)

2019

Viena, 26 de junho de 2019 -

Públivo Alvo – 15 a 64 anos

Em 2019, estima-se 271 milhões de pessoas fazem uso e cerca de 35 milhões de pessoas
sofrem de transtornos associados ao uso de drogas e necessitam de tratamento.

Em comparação a 2009, um aumento de 30%

"As conclusões do Relatório Mundial sobre Drogas deste ano complicam ainda mais a situação
global dos desafios das drogas, ressaltando a necessidade de uma cooperação internacional
mais ampla para promover respostas equilibradas e integradas de saúde e justiça criminal à
oferta e demanda", disse Yury Fedotov, diretor-executivo do UNODC.
2020

25 de junho de 2020 –

Em 2020, estima-se 271 milhões de pessoas fizeram uso no ultimo ano e MAIS de 35 milhões
de pessoas sofrem de transtornos associados ao uso de drogas e necessitam de tratamento.

Em comparação a 2009, um aumento de 30%

O relatório também analisa o impacto da COVID-19 nos mercados de drogas e, embora seus
efeitos ainda não sejam totalmente conhecidos, o fechamento de fronteiras e outras restrições
relacionadas à pandemia já causaram escassez de drogas nas ruas, levando ao aumento de
preços e à redução da pureza.

O aumento do desemprego e a redução de oportunidades causados pela pandemia também


podem afetar desproporcionalmente as camadas mais pobres, tornando-as mais vulneráveis ao
uso e ao tráfico e cultivo de drogas para obterem sustento, aponta o relatório.

A diretora-executiva do UNODC, Ghada Waly, explicou que os grupos vulneráveis e


marginalizados, jovens, mulheres e as camadas mais pobres pagam o preço do problema das
drogas no mundo. “A crise da COVID-19 e a retração econômica ameaçam agravar ainda mais
os riscos das drogas, quando nossos sistemas sociais e de saúde estão à beira de um colapso
e nossas sociedades estão lutando para lidar com esse problema”.

“Precisamos que todos os governos demonstrem maior solidariedade e apoiem, principalmente


os países em desenvolvimento, no combate ao tráfico ilícito de drogas e ofereçam serviços
baseados em evidências para os transtornos associados ao uso indevido de drogas e doenças
relacionadas, para que possamos alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável,
promover a justiça e não deixar ninguém para trás”, afirmou a diretora-executiva do UNODC

Devido à COVID-19, os traficantes podem ter que encontrar novas rotas e métodos, e as
atividades ligadas ao tráfico e remessas pelo correio podem aumentar, apesar de a cadeia de
suprimentos postais internacionais ter sido interrompida.

A pandemia também tem levado à escassez de opioides, o que, por sua vez, pode resultar em
pessoas que buscam substâncias mais facilmente disponíveis, como álcool, benzodiazepinas
ou mistura com drogas sintéticas. Podem surgir padrões de uso mais prejudiciais à medida que
alguns usuários passem para o uso da injeção, ou injetem com maior frequência.

Ao observar outros efeitos da atual pandemia, o relatório alerta que se os governos reagirem
igual à crise de 2008, quando reduziram orçamentos de drogas, intervenções para prevenção,
serviços de tratamento e fornecimento de naloxona, usado na reversão da overdose de
opioides, populações podem ser mais duramente atingidas.

As operações de interceptação e a cooperação internacional também podem se tornar menos


prioritárias, facilitando a operação por parte dos traficantes.

Pobreza, marginalização

Pobreza, pouca educação e marginalização social continuam sendo fatores importantes que
aumentam o risco de ocorrência de transtornos associados ao uso de drogas. Além disso, os
grupos vulneráveis e marginalizados também podem enfrentar barreiras para obter serviços de
tratamento devido à discriminação e ao estigma.

2021

24 de junho de 2021

Em 2020, estima-se 275 milhões de pessoas fizeram uso no ultimo ano e cerca de 36 milhões
de pessoas sofrem de transtornos associados ao uso de drogas e necessitam de tratamento.

Em comparação a 2009, um aumento de 30%

Relatório Mundial sobre Drogas 2021 avalia que pandemia potencializou


riscos de dependência

Novos desdobramentos - A COVID-19 desencadeou inovação e adaptação em serviços de


prevenção e tratamento de drogas por meio de modelos mais flexíveis de prestação de
serviços. Muitos países introduziram ou expandiram os serviços de telemedicina devido à
pandemia, o que para os usuários de drogas significa que os profissionais de saúde podem
agora oferecer aconselhamento ou avaliações iniciais por telefone e usar sistemas eletrônicos
para prescrever substâncias controladas.

Embora o impacto da COVID-19 nos desafios das drogas ainda não seja totalmente conhecido,
a análise sugere que a pandemia trouxe dificuldades econômicas crescentes que
provavelmente tornarão o cultivo de drogas ilícitas mais atraente para as frágeis comunidades
rurais. O impacto social da pandemia que provoca um aumento da desigualdade, da pobreza e
das condições de saúde mental, sobretudo entre populações já vulneráveis representa fatores
que podem levar mais pessoas a consumir drogas.

"A menor percepção dos riscos do uso de drogas tem sido associada a maiores taxas de
consumo de drogas. As descobertas do Relatório Mundial sobre Drogas 2021 do UNODC
destacam a necessidade de fechar a lacuna entre percepção e realidade para educar os
jovens e salvaguardar a saúde pública", disse a diretora-executiva do UNODC,

Ghada Waly.

Embasamento científico - Entre 2010 e 2019, o número de pessoas que usam drogas
aumentou 22%, em parte devido ao crescimento da população mundial. Com base apenas nas
mudanças demográficas, as projeções atuais sugerem um aumento de 11% no número de
pessoas que usam drogas globalmente até 2030 — e um aumento acentuado de 40% na
África, devido ao seu rápido crescimento e população jovem.

De acordo com as últimas estimativas globais, cerca de 5,5% da população entre 15 e 64 anos
já usou drogas pelo menos uma vez no ano passado, enquanto 36,3 milhões de pessoas, ou
13% do número total de pessoas que usam drogas, sofrem de transtornos associados ao uso
de drogas.

Globalmente, estima-se que mais de 11 milhões de pessoas injetam drogas, metade das quais
vivem com Hepatite C. Os opioides continuam sendo os responsáveis pelo maior volume de
doenças atribuídas ao uso de drogas.

Você também pode gostar