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Projeto Vai Contar A História Do Aglomerado Da Serra Protagonizada Por Suas Matriarcas
Projeto Vai Contar A História Do Aglomerado Da Serra Protagonizada Por Suas Matriarcas
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Cidades Memória
08/07/2019 às 19h39
Por: Redacao
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Um projeto idealizado por duas jornalistas e sete profissionais de outras áreas está
resgatando a história do Aglomerado da Serra tendo como protagonistas as
mulheres. “Matriarcas da Serra” foi aprovado no edital do Fundo Municipal de Cultura
e já está sendo realizado. Fazem parte do projeto um filme e oito livros contando
trajetórias de mulheres que, lutando por seus direitos, contribuíram e contribuem para
a construção dessa comunidade de Belo Horizonte.
Formada pela PUC Minas em 2015, Luía fez um ano da graduação na Universidad de
Los Andes, no Chile, onde produziu microdocumentários sobre histórias de vida de
moradores locais. Ela tem experiência ainda como assessora de comunicação e
produtora de eventos, com destaque para o projeto Diálogos Possíveis – Entre o
Centro e a Periferia.
Os outros integrantes do projeto são o fotógrafo Afonso Pimenta, que colabora com a
pesquisa e a produção de fotografia still; Carol Lopes, atriz protagonista do filme;
Gabriela Matos, graduanda em Cinema e Audiovisual, que atua como diretora e
cinegrafista; Luísa Nonato, graduanda em Geografia, que colabora com a pesquisa;
Natalie Matos, formada em Cinema e Audiovisual e técnica em Produção Cultural,
responsável pelo design, filmagem e edição; Nego Dê, rapper, poeta, ator, arte-
educador de teatro, que faz a direção de roteiro; Thiago Pacheco, formado em
Comunicação Social, que atua como roteirista; e a jornalista e fotógrafa Simone
Moura, que atua como diretora e produtora executiva.
História apagada
Luísa Farias contou que o projeto nasceu da experiência de Simone Moura e Luísa
Nonato como moradoras do Aglomerado. O Aglomerado inclui sete vilas: Nossa
Senhora de Fátima, Nossa Senhora da Conceição, Novo São Lucas, Marçola,
Fazendinha, Santana do Cafezal e Nossa Senhora Aparecida.
O que não está contado na história oficial da capital, segundo a jornalista, é uma série
de conquistas que tiveram mulheres como protagonistas, como Dona Dalila, que
estrela o teaser do projeto. Dona Dalila foi uma das moradoras que lideraram a
associação de moradores e conquistaram água canalizada, transporte e melhorias
para a saúde do Aglomerado. Além desses benefícios, elas organizaram mutirões
para construção de casas e abertura de ruas.
“Queremos motivar outras mulheres e mostrar esse processo não parou com as
matriarcas”, ressaltou Luísa. Segundo a jornalista, a nova geração tem potencial de
luta pelo reconhecimento de identidade e enfrentamento de preconceitos de raça e
gênero. “Pretendemos inspirar outras ações voltadas para o resgate e valorização da
memória local a partir das vivências e resistências de moradoras, em sua maioria
negras e pardas, que aprenderam a lidar desde cedo com o preconceito e as
desigualdades de gênero, raça, cor e credo, dia após dia.”
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