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“Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade“.

Você pode não saber o autor dessa frase, mas,


certamente, já a ouviu algumas vezes na vida. A assertiva de Joseph Goebbels, ministro da
propaganda na Alemanha Nazista, denota o poder decorrente da repetição desenfreada de
uma informação equivocada,

A primeira delas diz respeito à execução das convivências familiares assistidas, tão importantes
em situações de risco, principalmente quando existem denúncias de abuso sexual.

parágrafo único do art. 4° da lei, termo inadequado ao direito contemporâneo, à alteração, em


primeiro plano, passa a exigir que o ambiente forense mantenha espaços adequados para que
a convivência assistida possa ser exercida

Quanto às perícias psicológicas ou biopsicossociais, tão importantes para a identificação da


prática alienadora, a alteração legislativa reforça a nomeação de peritos privados, na esteira
do que prevê o art. 465 do diploma processual civil[1], quando da ausência ou insuficiência de
serventuários responsáveis para a realização do estudo, inserção realizada no novo § 4° do art.
5° da lei 12.318/10. Além disso, os processos cujo laudo psicológico ou biopsicossocial esteja
pendente há mais de seis meses terão prazo de três meses para a apresentação da avaliação
requisitada, a partir da publicação da alteração legislativa.

O tempo é o “senhor” da alienação, e a agilidade dos processos que tratam dessa matéria é
imperiosa, sob pena de concretizarmos uma violência à qual o Judiciário e as carreiras jurídicas
não podem coadunar-se.

O Direito de Família tem como base a afetividade e a


solidariedade
como mostram diversos autores, desse modo expõe Moacir
César Pena Junior:
“A família [...] aperfeiçoando-se por meio do afeto, da igualdade, do
companheirismo, da lealdade, da ética e da confiança mútua entre
seus membros, tornando-se o porto seguro de todos nós e ponto de
partida para o nosso desenvolvimento em busca da plena realização
pessoal”.19
19 JÚNIOR, Moacir César Pena. Direito das Pessoas e das Famílias – Doutrina e
Jurisprudência.
Editora Saraiva. 2008. p. 22.

O Direito de Família não pode ser disposto ou transferido para


outrem,
pois são normas cogentes, assim, sofre interseções e limitações
de ordem pública,
propiciadas pela natureza indisponível e personalíssima de suas
normas jurídicas.26
Como consequência, apresenta-se a norma de direito de família
como
irrenunciável, intransmissível, imprescritível, inalienável, não
decaindo, nem
prescrevendo e não admitindo termo ou condição27, no que
concerne a filiação e
estado da pessoa..
26 DINIZ,Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 23 ed. Editora Saraiva. São
Paulo. 2008. p.
10

Outro princípio de suma importância no direito de família é o


chamado
igualdade ou isonomia, como bem prega Gilmar Mendes em sua
obra, significa tratar
igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de
sua
desigualdade.42
2 MENDES, Gilmar Mendes. Curso de Direito Constitucional. 4 ed. Editora Saraiva.
São Paulo. 2009.
p. 180.

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1.2. A alienação parental: generalidades
Conforme Bertolo Mateus Oliveira foi em 1987, que o americano
Richard Gardner, perito judicial, denominou a Síndrome da
Alienação Parental como
o comportamento intencional ou inconsciente de aniquilação
afetiva do outro genitor
por aquele que detêm a guarda do filho menor49, podendo ser
chamada de
Síndrome de Falsas Memórias ou Síndrome de Medéia (quando
pais separados
adotam a imagem do filho como a extensão deles mesmos)50.

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