Você está na página 1de 72

LAUDO

TÉCNICO

SETEMBRO
DE 2023 AÇÃO JUDICIAL

AUTOS:
0024964-30.2019.8.27.2729
REQUERENTE:
CONSTRUTORA E INCORPORADORA AVANÇAR SPE LTDA
REQUERIDO:
MACY CONSTRUCOES - EIRELI
AÇÃO:
PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Ao

Excelentíssimo Senhor Doutor Magistrado da 1ª Vara Cível da Comarca de


Palmas – Estado do Tocantins.

O presente Laudo Técnico refere-se às inspeções realizadas pelo Perito signatário à obra
localizada no Jardim dos Ipês II, quadra 25, rua 10, lotes unificados 83, 84, 85, 86, 91, 92,
93 e 94, na cidade de Porto Nacional/TO, sendo este doravante denominado OBJETO.

Nesta direção, o presente trabalho busca esclarecer os quesitos apresentados pelo


Requerente e pelo Requerido nos Autos, sendo realizadas diligências ao OBJETO no dia
abaixo relacionado:

1. 25 de agosto de 2023.

Aspectos abordados neste relatório:

• Metodologia empregada.
• Localização e caracterização do Objeto periciado.
• Esclarecimentos dos quesitos do REQUERENTE.
• Esclarecimentos dos quesitos do REQUERIDO.
• Parecer conclusivo.

O presente Laudo Técnico é composto de 111 páginas.

i
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Índice
Para melhor identificar a estrutura deste Laudo Técnico, demonstra-se, a seguir, a
subdivisão adotada na matéria, em forma de itens:

1. Perito que atuou no presente Laudo Técnico _______________________________ 1

1.1. Perito ___________________________________________________________________ 1

2. Metodologia utilizada ___________________________________________________ 2

2.1. Nível da inspeção realizada _________________________________________________ 4

2.2. Terminologia empregada e prescrições normativas _____________________________ 5


2.2.1. Absorção de água ____________________________________________________________ 11
2.2.2. Vergas e contravergas _________________________________________________________ 11
2.2.3. Anomalia e falha _____________________________________________________________ 12
2.2.4. Graus de risco _______________________________________________________________ 13
2.2.5. Juntas de dilatação em forro autoportante com placas de gesso ________________________ 13

2.3. Equipamentos utilizados __________________________________________________ 14

2.4. Contingências e limitações ________________________________________________ 19

2.5. Responsabilidades _______________________________________________________ 20

3. Exame pericial ________________________________________________________ 22

3.1. Classificação do objeto ___________________________________________________ 22

3.2. Localização do imóvel periciado ____________________________________________ 22

3.3. Caracterização do imóvel periciado _________________________________________ 23

3.4. Quesitos ________________________________________________________________ 30


3.4.1. Considerações gerais _________________________________________________________ 30
3.4.2. Apresentados pelo Douto Juízo __________________________________________________ 33
3.4.3. Apresentados pelo Requerente __________________________________________________ 33
3.4.4. Apresentados pelo Requerido ___________________________________________________ 45

3.5. Relatório fotográfico ______________________________________________________ 51

4. Conclusões __________________________________________________________ 68

ii
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

4.1. Parecer conclusivo _______________________________________________________ 68

5. Referências Bibliográficas ______________________________________________ 69

6. Apêndice A – Levantamento aerofotogramétrico ___________________________ 73

7. Apêndice B – Relatório de análise termográfica das infiltrações ______________ 83

7.1. Considerações preliminares _______________________________________________ 83

7.2. Resultados observados ___________________________________________________ 83

8. Anexo A – Projeto Arquitetônico _________________________________________ 96

9. Anexo B – Projeto de Esgoto Sanitário___________________________________ 100

iii
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Lista de Figuras
Figura 1 – Juntas de dilatação recomendadas para forro autoportante com placas de gesso (adaptado da NBR
16591/2017) __________________________________________________________________________ 14
Figura 2 – Câmera digital empregada na diligência – Data-base: 25/08/2023 _______________________ 14
Figura 3 – Câmera de ação empregado na diligência – Data-base: 25/08/2023 ______________________ 15
Figura 4 – Trenas laser empregadas na diligência (VCHON H-100 – Esq. e ATUMAN LS-1 – dir.) – Data-base:
25/08/2023 ___________________________________________________________________________ 15
Figura 5 - VANT-DRONE marca DJI modelo Phantom 4 Advanced – Data-base: 25/08/2023 ___________ 16
Figura 6 - VANT-DRONE marca DJI modelo MINI2 – Data-base: 25/08/2023 _______________________ 16
Figura 7 - Câmera termográfica FLIR SYSTEMS, modelo FLIR C2 – Data-base: 25/08/2023 ___________ 17
Figura 8 - Termohigrômetro digital HIKARI, modelo HTH-913 – Data-base: 25/08/2023 _______________ 17
Figura 9 – Clinômetro digital empregado na diligência – Data-base: 25/08/2023 _____________________ 18
Figura 10 – Medidor eletrônico de fissuras dotado de sonda remota – Data-base: 25/08/2023 __________ 18
Figura 11 – Martelete perfurador/rompedor empregado na diligência – Data-base: 25/08/2023 __________ 19
Figura 12 – Marreta de madeira empregada na diligência – Data-base: 22/07/2022 __________________ 19
Figura 13 – Imagem de satélite da cidade de Palmas e localização do imóvel vistoriado (indicador em vermelho)
– Data-base: 11/06/2022 (Fonte: adaptado de www.google.com.br) _______________________________ 22
Figura 14 – Planta baixa do pavimento térreo do Objeto periciado com destaque (vermelho) para as unidades
construídas – Fonte: adaptado do Projeto Arquitetônico fornecido pelo Requerente __________________ 24
Figura 15 – Planta de cobertura e locação do Objeto periciado com destaque (vermelho) para as unidades
construídas – Fonte: adaptado do Projeto Arquitetônico fornecido pelo Requerente __________________ 25
Figura 16 – Planta baixa das casas “tipo 1” e “tipo 2” do Objeto periciado – Fonte: adaptado do Projeto
Arquitetônico fornecido pelo Requerido _____________________________________________________ 26
Figura 17 – Planta baixa das instalações de lazer e guarda do Objeto periciado – Fonte: adaptado do Projeto
Arquitetônico fornecido pelo Requerido _____________________________________________________ 26
Figura 18 – Vista área geral do Objeto periciado – Data-base: 25/08/2023 _________________________ 27
Figura 19 – Vista área geral do Objeto periciado – Data-base: 25/08/2023 _________________________ 27
Figura 20 – Vista área geral do Objeto periciado – Data-base: 25/08/2023 _________________________ 27
Figura 21 – Vista área geral do Objeto periciado – Data-base: 25/08/2023 _________________________ 28
Figura 22 – Vista área geral do Objeto periciado com a identificação das unidades – Data-base: 25/08/2023
____________________________________________________________________________________ 28
Figura 23 – Vista da fachada frontal do Objeto periciado – Data-base: 25/08/2023 ___________________ 29
Figura 24 – Vista da entrada do Objeto periciado (detalhe) – Data-base: 25/08/2023 _________________ 29
Figura 25 – Detalhe da placa de identificação do Objeto periciado – Data-base: 25/08/2023 ____________ 29

iv
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 26 – Entorno das casas com indicação de jardim e sem indicação de calçada no Projeto Arquitetônico
fornecido para análise – Fonte: adaptado do Projeto Arquitetônico fornecido pelo Requerente __________ 38
Figura 27 – Calçada em concreto com largura média de 60cm no entorno das casas do Objeto _________ 38
Figura 28 – Calçada externa do condomínio sem especificação de material, mas com hachura correspondente
à da pista de rolamento de veículos no Projeto Arquitetônico fornecido para análise – Fonte: adaptado do
Projeto Arquitetônico fornecido pelo Requerente ______________________________________________ 38
Figura 29 – Calçada em concreto no entorno do condomínio, Objeto da lide ________________________ 38
Figura 30 – Coberturas das casas e da área de lazer representadas no Projeto Arquitetônico – Fonte: adaptado
do Projeto Arquitetônico fornecido pelo Requerente ___________________________________________ 41
Figura 31 – Vista geral das coberturas das casas e da área de lazer encontradas quando da realização das
diligências ___________________________________________________________________________ 41
Figura 32 – Ausência de previsão de ponto de esgoto sanitário para máquina de lavar roupas no Projeto de
Esgoto Sanitário – Fonte: adaptado do Projeto de Esgoto Sanitário fornecido pelo Requerente _________ 44
Figura 33 – Vista geral da guarita e da área de lazer __________________________________________ 51
Figura 34 – Entrada da guarita com a porta de vidro solta ______________________________________ 51
Figura 35 – Revestimento cerâmico de piso da guarita com incidência de manchas características de manchas
d´água ______________________________________________________________________________ 51
Figura 36 – Revestimento cerâmico de piso da guarita com incidência de manchas características de manchas
d´água (detalhe) _______________________________________________________________________ 51
Figura 37 – Painel de alvenaria da guarita com mofo, bolor e manchas indicativas de infiltração pela janela 51
Figura 38 – Painel de alvenaria da guarita com mofo, bolor e manchas indicativas de infiltração pela janela
(detalhe) _____________________________________________________________________________ 51
Figura 39 – Falha no rejuntamento da pingadeira da janela da guarita _____________________________ 52
Figura 40 – Aferição da inclinação da pingadeira da janela da guarita com clinômetro digital (1,2° para o interior)
____________________________________________________________________________________ 52
Figura 41 – Aferição da inclinação da pingadeira da janela da guarita com clinômetro digital (0°) ________ 52
Figura 42 – Aferição da inclinação da pingadeira da janela da guarita com clinômetro digital (0°) ________ 52
Figura 43 – Vista geral da área de lazer ____________________________________________________ 52
Figura 44 – Vista geral do revestimento cerâmico da área de lazer _______________________________ 52
Figura 45 – Revestimento cerâmico de piso da área de lazer com incidência de manchas características de
manchas d´água ______________________________________________________________________ 53
Figura 46 – Revestimento cerâmico de piso da área de lazer com incidência de manchas características de
manchas d´água (detalhe) _______________________________________________________________ 53
Figura 47 – Revestimento cerâmico de piso da área de lazer com incidência de manchas características de
manchas d´água e sujidades _____________________________________________________________ 53
Figura 48 – Revestimento cerâmico de piso da área de lazer quebrado ____________________________ 53
Figura 49 – Revestimento cerâmico de piso da área de lazer quebrado ____________________________ 53

v
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 50 – Remoção de revestimento cerâmico de piso da área de lazer para inspeção das condições de
aplicação ____________________________________________________________________________ 53
Figura 51 – Disposição dos cordões (irregulares e sem preenchimento) da argamassa de assentamento do
revestimento cerâmico de piso da área de lazer removido (detalhe do revestimento) _________________ 54
Figura 52 – Disposição dos cordões (irregulares e sem preenchimento) da argamassa de assentamento do
revestimento cerâmico de piso da área de lazer removido (detalhe do substrato) ____________________ 54
Figura 53 – argamassa de assentamento do revestimento cerâmico de piso da área de lazer removido com
desagregação e pulverulência junto ao substrato _____________________________________________ 54
Figura 54 – Prospecção no substrato de concreto para verificação de impermeabilização na região do
revestimento cerâmico removido (sem impermeabilização) _____________________________________ 54
Figura 55 – Prospecção no substrato de concreto para verificação de impermeabilização na região do
revestimento cerâmico removido (sem impermeabilização) _____________________________________ 54
Figura 56 – Revestimento cerâmico do deck da piscina da área de lazer quebrado ___________________ 54
Figura 57 – Revestimento cerâmico do deck da piscina da área de lazer quebrado (detalhe) ___________ 55
Figura 58 – Piscina da área de lazer (sem operação) __________________________________________ 55
Figura 59 – Painel externo da área de lazer com manchas indicativas de infiltração e fissuras características
de expansão higrotérmica _______________________________________________________________ 55
Figura 60 – Caixa de inspeção de esgoto sanitário com tampa danificada (inexistente no projeto fornecido) e
aferição da largura da calçada de proteção da área de lazer com trena laser (57,7cm) ________________ 55
Figura 61 – Vista geral do muro lateral e gradis do Objeto ______________________________________ 55
Figura 62 – Vista geral do muro lateral e gradis do Objeto (pingadeira quebrada e fissura junto ao gradil) _ 55
Figura 63 – Vista geral do muro lateral e gradis do Objeto (detalhe da pingadeira quebrada e fissura junto ao
gradil) _______________________________________________________________________________ 56
Figura 64 – Vista geral do muro lateral e gradis do Objeto ______________________________________ 56
Figura 65 – Vista geral do muro lateral e gradis do Objeto ______________________________________ 56
Figura 66 – Muro lateral e gradis do Objeto (detalhe) __________________________________________ 56
Figura 67 – Ausência de reboco e pingadeira em trecho do muro de divisa do Objeto _________________ 56
Figura 68 – Ausência de reboco e pingadeira em trecho do muro de divisa do Objeto (detalhe) _________ 56
Figura 69 – Vista geral da face externa do muro de divisa do Objeto com incidência de fissuras características
de dilatação higrotérmica, manchas e bolor característicos de percolação de umidade ________________ 57
Figura 70 – Face externa do muro de divisa do Objeto com incidência de fissuras características de dilatação
higrotérmica, manchas e bolor característicos de percolação de umidade (detalhe) __________________ 57
Figura 71 – Vista geral da pavimentação da pista de rolamento de veículos em blocos de concreto intertravados
____________________________________________________________________________________ 57
Figura 72 – Presença de pontos de depressão na pavimentação da pista de rolamento de veículos em blocos
de concreto intertravados ________________________________________________________________ 57

vi
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 73 – Presença de pontos de ressalto na pavimentação da pista de rolamento de veículos em blocos de


concreto intertravados __________________________________________________________________ 57
Figura 74 – Falha na pingadeira do muro de divisa da Casa 1; fissuras de dilatação térmica diferencial e
incidência de manchas e bolor característicos de percolação de água _____________________________ 57
Figura 75 – Falha na pingadeira do muro de divisa da Casa 1; fissuras características de dilatação térmica
diferencial e incidência de manchas e bolor característicos de percolação de água (detalhe) ___________ 58
Figura 76 – Fissuras características de dilatação higrotérmica e incidência de manchas e bolor característicos
de percolação de água em painel externo da Casa 1 __________________________________________ 58
Figura 77 – Fissuras características de dilatação higrotérmica e incidência de manchas e bolor característicos
de percolação de água em painel externo da Casa 1 (detalhe) ___________________________________ 58
Figura 78 – Fissuras características de dilatação higrotérmica; desplacamento da argamassa de revestimento
e falhas nas pingadeiras em extremidade superior de painel externo da Casa 1 _____________________ 58
Figura 79 – Fissuras características de dilatação higrotérmica; desplacamento da argamassa de revestimento
e falhas nas pingadeiras em extremidade superior de painel externo da Casa 1 (detalhe) ______________ 58
Figura 80 – Fissuras características de dilatação higrotérmica; desplacamento da argamassa de revestimento
e falhas nas pingadeiras em extremidade superior de painel externo da Casa 1 (detalhe) ______________ 58
Figura 81 – Fissuras características de dilatação higrotérmica e incidência de manchas e bolor característicos
de percolação de água em painel externo da Casa 1 __________________________________________ 59
Figura 82 – Fissuras características de dilatação higrotérmica e incidência de manchas e bolor característicos
de percolação de água em painel externo das Casas 2, 3 e 4 ___________________________________ 59
Figura 83 – Fissuras de dilatação higrotérmica e incidência de manchas e bolor característicos de percolação
de água em painel externo das Casas 2 e 3 _________________________________________________ 59
Figura 84 – Fissuras de dilatação higrotérmica e manchas e bolor característicos de percolação de água em
painel externo da Casa 2 (detalhe) ________________________________________________________ 59
Figura 85 – Fissuras de dilatação higrotérmica e manchas e bolor característicos de percolação de água em
painel externo da Casa 2 (detalhe) ________________________________________________________ 59
Figura 86 – Aferição da inclinação da pingadeira de janela da Casa 2 com clinômetro digital (0°) ________ 59
Figura 87 – Fissuras características de dilatação higrotérmica e incidência de manchas e bolor característicos
de percolação de água em painel externo das Casas 9 e 10 ____________________________________ 60
Figura 88 – Fissuras características de dilatação higrotérmica e incidência de manchas e bolor característicos
de percolação de água em painel externo da Casa 9 (pingadeira em detalhe) _______________________ 60
Figura 89 – Aferição da inclinação da pingadeira de janela da Casa 9 com clinômetro digital (0,6° em direção
ao exterior) ___________________________________________________________________________ 60
Figura 90 – Empolamento da película do revestimento e presença de manchas características de infiltração
por capilaridade em painel de alvenaria interno da Casa 3 ______________________________________ 60
Figura 91 – Fissuras no forro de gesso da Casa 3 características de dilatação térmica ________________ 60
Figura 92 – Manchas e furos no forro de gesso da Casa 3 indicativos de infiltrações na cobertura _______ 60

vii
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 93 – Manchas e furos no forro de gesso da Casa 3 indicativos de infiltrações na cobertura (detalhe) 61
Figura 94 – Manchas e bolor característicos de infiltração de água por falta e/ou deficiência de rufo da cobertura
em painel da área de serviço da Casa 3 ____________________________________________________ 61
Figura 95 – Fissuras características de dilatação higrotérmica e incidência de manchas e bolor característicos
de percolação de água em painel externo da Casa 3 __________________________________________ 61
Figura 96 – Fissuras características de dilatação higrotérmica e incidência de manchas e bolor característicos
de percolação de água em painel externo da Casa 3 (detalhe) ___________________________________ 61
Figura 97 – Aferição da largura da calçada de proteção da Casa 3 com trena laser (60,0cm) ___________ 61
Figura 98 – Manchas e furos no forro de gesso da Casa 7 indicativos de infiltrações na cobertura _______ 61
Figura 99 – Manchas no forro de gesso e na face interna do painel de alvenaria da Casa 7 indicativos de
infiltrações na cobertura _________________________________________________________________ 62
Figura 100 – Manchas no forro de gesso e na face interna do painel de alvenaria da Casa 7 indicativos de
infiltrações na cobertura _________________________________________________________________ 62
Figura 101 – Fissura característica de dilatação térmica diferencial na face externa de painel de alvenaria da
Casa 7 ______________________________________________________________________________ 62
Figura 102 – Fissura característica de dilatação térmica diferencial na face externa de painel de alvenaria da
Casa 7 (detalhe) _______________________________________________________________________ 62
Figura 103 – Indícios de intervenções prévias em fissuras na face externa de painel de alvenaria da Casa 7
com pasta de cimento (sem sucesso) ______________________________________________________ 62
Figura 104 – Indícios de intervenções prévias em fissuras na face externa de painel de alvenaria da Casa 7
com pasta de cimento (sem sucesso) ______________________________________________________ 62
Figura 105 – Aferição da abertura das fissuras existentes na face externa de painel de alvenaria da Casa 7
com fissurômetro digital _________________________________________________________________ 63
Figura 106 – Aferição da abertura das fissuras existentes na face externa de painel de alvenaria da Casa 7
com fissurômetro digital (0,31mm) _________________________________________________________ 63
Figura 107 – Aferição da abertura das fissuras existentes na face externa de painel de alvenaria da Casa 7
com fissurômetro digital (0,44mm) _________________________________________________________ 63
Figura 108 – Aferição da abertura das fissuras existentes na face externa de painel de alvenaria da Casa 7
com fissurômetro digital (0,08mm) _________________________________________________________ 63
Figura 109 – Empolamento da película do revestimento e presença de manchas características de infiltração
por capilaridade em painel de alvenaria interno da Casa 5 ______________________________________ 63
Figura 110 – Empolamento da película do revestimento e presença de manchas características de infiltração
por capilaridade em painel de alvenaria interno da Casa 5 ______________________________________ 63
Figura 111 – Empolamento da película do revestimento e presença de manchas características de infiltração
por capilaridade em painel de alvenaria interno da Casa 5 ______________________________________ 64
Figura 112 – Empolamento da película do revestimento e presença de manchas características de infiltração
por capilaridade em painel de alvenaria interno da Casa 5 ______________________________________ 64

viii
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 113 – Fissura característica de dilatação térmica diferencial em painel de alvenaria interno da Casa 5
____________________________________________________________________________________ 64
Figura 114 – Manchas e furos no forro de gesso da Casa 5 indicativos de infiltrações na cobertura ______ 64
Figura 115 – Fissuras características de dilatação higrotérmica com incidência de mancha e bolor
característicos de infiltração de água próximo à extremidade superior de painel externo da Casa 5 (detalhe)
____________________________________________________________________________________ 64
Figura 116 – Fissuras características de dilatação higrotérmica e incidência de manchas e bolor característicos
de percolação de água em painel externo da Casa 5 próximo à pingadeira da janela _________________ 64
Figura 117 – Pontos de falha na vedação da cobertura da área de serviço da Casa 5 _________________ 65
Figura 118 – Revestimento cerâmico de piso da garagem da Casa 3 com incidência de manchas características
de manchas d´água e sujidades __________________________________________________________ 65
Figura 119 – Revestimento cerâmico de piso da garagem da Casa 3 com incidência de manchas características
de manchas d´água e sujidades (detalhe) ___________________________________________________ 65
Figura 120 – Revestimento cerâmico de piso da cozinha da Casa 5 com incidência de manchas características
de manchas d´água e sujidades __________________________________________________________ 65
Figura 121 – Revestimento cerâmico de piso da cozinha da Casa 5 com incidência de manchas características
de manchas d´água e sujidades (detalhe) ___________________________________________________ 65
Figura 122 – Verificação de som cavo no revestimento cerâmico de piso da cozinha da Casa 5 com marreta
de madeira ___________________________________________________________________________ 65
Figura 123 – Tubulação de água e esgoto para máquina de lavar roupas na área de serviço da Casa 3 __ 66
Figura 124 – Tubulação de água no piso da área dos fundos da Casa 3 exposta ____________________ 66
Figura 125 – Tubulação de água e esgoto para máquina de lavar roupas na área de serviço da Casa 7 __ 66
Figura 126 – Tubulação de água e esgoto para máquina de lavar roupas na área de serviço da Casa 7 (detalhe)
____________________________________________________________________________________ 66
Figura 127 – Tubulação de água e esgoto para máquina de lavar roupas na área de serviço da Casa 7 (detalhe)
____________________________________________________________________________________ 66
Figura 128 – Tubulação de água para máquina de lavar roupas na área de serviço da Casa 7 (detalhe) __ 66
Figura 129 – Tubulação de água e esgoto para máquina de lavar roupas na área de serviço da Casa 5 __ 67
Figura 130 – Tubulação de água para máquina de lavar roupas na área de serviço da Casa 5 (detalhe) __ 67
Figura 131 – Tubulação de esgoto para máquina de lavar roupas na área de serviço da Casa 5 (detalhe) _ 67
Figura 132 – Tubulação de esgoto para máquina de lavar roupas na área de serviço da Casa 5 (detalhe da
fixação do tubo à parede por meio de arame) ________________________________________________ 67
Figura 133 – Ortoimagem do Objeto – Data-base: 25/08/2023 ___________________________________ 74
Figura 134 – Vista 3D-1 do Objeto – Data-base: 25/08/2023 ____________________________________ 75
Figura 135 – Vista 3D-2 do Objeto – Data-base: 25/08/2023 ____________________________________ 75
Figura 136 – Vista 3D-3 do Objeto – Data-base: 25/08/2023 ____________________________________ 76
Figura 137 – Vista 3D-4 do Objeto – Data-base: 25/08/2023 ____________________________________ 76

ix
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

1. PERITO QUE ATUOU NO PRESENTE LAUDO TÉCNICO

Apresenta-se, a seguir, a capacitação técnica do Perito que atuou no presente Laudo


Técnico.

1.1. Perito

Moacyr Salles Neto, Engenheiro Civil pela Universidade Federal de Goiás - UFG
(1997), Mestre em Estruturas e Construção Civil pela Universidade de Brasília - UnB
(2000) e Doutor em Estruturas e Construção Civil pela Universidade de Brasília - UnB
(2010). Professor Titular do Campus Palmas do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Tocantins – IFTO, atuando na instituição desde 2003.
Professor de cursos técnicos, de graduação e pós-graduação. Tem vasta experiência
na Engenharia Civil, com ênfase em sistemas de fechamento e revestimento, reforço
estrutural, perícias de engenharia e patologias das edificações.

1
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

2. METODOLOGIA UTILIZADA

Desenvolveu-se a perícia técnica utilizando-se do método de avaliação analítica, ora


este dividido em: análise de projetos e documentações (quando existentes), inspeções
e medições, quando se fizeram oportunos, visando avaliar os pontos de interesse.

Ciente dos Quesitos a serem respondidos e atento ao que preconiza o Código de


Processo Civil de 2015, Art. 473, inciso IV, § 3°, “Para o desempenho de sua função,
o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os meios necessários,
ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em
poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo
com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos
necessários ao esclarecimento do objeto da perícia” este expert peticionou, quando
da especificação da data e horário da Diligência Inaugural, no Evento 151, cópias dos
seguintes documentos, os quais seriam posteriormente analisados:

i. Projetos de implantação do empreendimento.


ii. Habite-se das edificações em pauta.
iii. Projeto arquitetônico das edificações em pauta, aprovado na Prefeitura Municipal de
Porto Nacional, em mídia digital, com ART.
iv. Projeto estrutural das edificações em pauta, em mídia digital, com ART.
v. Projeto de fundações das edificações em pauta, em mídia digital, com ART.
vi. Projeto de impermeabilização das edificações em pauta, em mídia digital, com ART.
vii. Projeto hidrossanitário das edificações em pauta, em mídia digital, com ART.
viii. Projeto de cobertura das edificações em pauta, em mídia digital, com ART.
ix. Manual do Proprietário elaborado pela construtora e fornecido aos clientes.
x. Termo de entrega das edificações em pauta.
xi. Memorial Descritivo devidamente registrado, em mídia digital.
xii. Especificação da qualificação do profissional que contestou o Parecer Técnico do
Requerente, integrante dos Autos.

Dentre a documentação solicitada, não foram fornecidos para análise:

i. Projeto de impermeabilização das edificações em pauta, em mídia digital, com ART.


ii. Projeto hidráulico (água fria) das edificações em pauta, em mídia digital, com ART.
iii. Manual do Proprietário elaborado pela construtora e fornecido aos clientes.
2
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

iv. Termo de entrega das edificações em pauta.


v. Especificação da qualificação do profissional que contestou o Parecer Técnico do
Requerente, integrante dos Autos.

Para realização deste trabalho, foi empreendida 1 (uma) diligência à obra em pauta,
ou seja, no Jardim dos Ipês II, quadra 25, rua 10, lotes unificados 83, 84, 85, 86, 91,
92, 93 e 94, na cidade de Porto Nacional/TO, a saber:

1. 25 de agosto de 2023.

A diligência do dia 25 de agosto contou com a participação dos seguintes


intervenientes:

1. Sr. Frederico Tavares Silva, CPF 035.842.526-36, representante do


Requerente.
2. Eng. Civil Valdeci Elvis Correa, CPF: 571.294.446-49, Assistente Técnico do
Requerente.

Durante a realização das diligências foram observados todos os detalhes importantes


para o deslinde da questão, juntamente com a oitiva dos relatos das pessoas que
presenciaram os fatos.

Registrou-se a situação da obra por meio de fotografias, com o intuito de documentar


a configuração presente, bem como caracterizar a edificação, sendo elaborado um
arquivo fotográfico. Todas as fotos presentes neste Laudo encontram-se datadas.

A conduta metodológica geral seguiu, inicialmente, o preconizado na Proposta de


Honorários Periciais contida no Evento 116, podendo-se salientar:

1. A existência de anormalidades associadas às manifestações patológicas foi


determinada por meio de inspeção visual.
2. Foi realizada prospecção localizada no revestimento cerâmico da
churrasqueira para averiguar a realização de impermeabilização no contrapiso
destinado ao revestimento cerâmico que apresenta mancha d´água e as
condições de assentamento.
3. Na determinação dos pontos de infiltração, foi empregada a técnica de
termografia, a qual identifica a temperatura emitida por materiais com diferentes
3
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

coeficientes de condutibilidade térmica. Caso as condições encontradas in loco


impossibilitem o uso desta ferramenta, será empregado um detector de
umidade digital.
A termografia é um dos métodos mais avançados de testes não destrutivos, no
qual é empregado conjunto de instrumentos sensíveis à radiação infravermelho
(termovisores e radiômetros), permitindo visualizar o perfil térmico e medir as
variações de calor emitido pelas diversas regiões da superfície de um corpo,
sem a necessidade de contato físico com o mesmo. Desta maneira, é possível
formar uma imagem térmica (termograma) no momento da inspeção, para
análise e correção do problema.
4. A abertura das fissuras foi medida com o auxílio de um fissurômetro eletrônico
dotado de ampliação de 200x e iluminação em LED.
5. A verificação da inclinação das pingadeiras foi determinada através do emprego
de clinômetro digital.
6. As coberturas foram inspecionadas com o auxílio de veículo autônomo não-
tripulado (VANT – DRONE) devidamente registrado na ANAC (Agência
Nacional de Aviação Civil), com piloto devidamente registrado no DECEA
(Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e voo autorizado no sistema
SARPAS.

Em seguida, fez-se acurada análise dos dados coletados, dentro das hipóteses mais
indicadas tendo, desta forma, processado todos os elementos reunidos, de maneira
suficiente, modo pelo qual chegaram-se às conclusões ora demonstradas.

2.1. Nível da inspeção realizada

Segundo a Norma de Inspeção Predial Nacional, do Instituto Brasileiro de Avaliações


e Perícias de Engenharia – IBAPE, empregou-se o NÍVEL 2 DE INSPEÇÃO
PREDIAL, a qual é realizada em edificações com média complexidade técnica, de
manutenção e de operação de seus elementos e sistemas construtivos, de padrões
construtivos médios e com sistemas convencionais. Normalmente empregada em
edificações com vários pavimentos, com ou sem plano de manutenção, mas com
empresas terceirizadas contratadas para execução de atividades específicas como:

4
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

manutenção de bombas, portões, reservatórios de água, dentre outros. A Inspeção


Predial nesse nível é elaborada por profissionais habilitados em uma ou mais
especialidades.

2.2. Terminologia empregada e prescrições normativas

No curso do presente trabalho foram empregadas diversas terminologias técnicas as


quais, com a finalidade de evitar ambiguidades ou interpretações errôneas, são a
seguir parcialmente relacionadas.

1. Absorção de água: porcentagem de água impregnada em uma placa,


expressa em fração de massa em relação à massa seca (NBR ISO
13006/2020).
2. Aderência: propriedade do revestimento de resistir às tensões atuantes na
superfície ou na interface do substrato (NBR 13528-1/2019).
3. Água de condensação: água proveniente da condensação de água presente
sobre a superfície de um elemento construtivo, sob determinadas condições de
temperatura e pressão (NBR 9575/2010).
4. Água de percolação: água que atual sobre superfícies, não exercendo
pressão hidrostática superior a 1kPa (0,1mca) (NBR 9575/2010).
5. Água sob pressão negativa: água, confinada ou não, que exerce pressão
hidrostática superior a 1kPa (0,1mca), de forma inversa à impermeabilização
(NBR 9575/2010).
6. Água sob pressão positiva: água, confinada ou não, que exerce pressão
hidrostática superior a 1kPa (0,1mca), de forma direta à impermeabilização
(NBR 9575/2010).
7. Argamassa de revestimento: mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s),
aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com
propriedades de aderência e endurecimento (NBR 13529/2013).
8. Camada de assentamento: camada de argamassa sobre a qual são
assentados os pisos cerâmicos (NBR 9817/1987).

5
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

9. Camada de impermeabilização: tipo de camada intermediária cuja função é


promover a estanqueidade do piso, impedindo a ascensão da umidade do solo
e inibindo a formação de eflorescências, ou a infiltração de águas superficiais
(NBR 13753/1996).
10. Concessionária: termo empregado para designar genericamente a entidade
responsável pelo abastecimento público de água. Na maioria dos casos esta
entidade atua sob concessão da autoridade pública municipal. Em outros
casos, a atuação se dá diretamente por esta mesma autoridade ou por
autarquia a ela ligada (NBR 5626/2020).
11. Conservação: ato de manter o bem em estado de uso adequado à sua
finalidade, que implica em maiores despesas que as de uma simples
manutenção (IBAPE, 2002).
12. Construção: Ato, efeito, modo ou arte de construir. (NBR 13752/1996).
13. Corpo negro: emissor e absorvedor perfeito de radiação em todos os
comprimentos de onda. Por definição, o valor de sua emissividade é 1,0 (NBR
15424/2016).
14. Contraverga: componente estrutural localizado sob os vãos de alvenaria (NBR
8545/1984).
15. Defeito: qualquer desvio de uma característica de um item em relação aos seus
requisitos (NBR 5462/1994). Anomalia que pode causar danos efetivos ou
representar ameaça potencial à saúde ou à segurança do usuário, decorrente
de falhas do projeto ou execução de um produto ou serviço, ou ainda, de
informação incorreta ou inadequada de sua utilização ou manutenção (IBAPE,
2002).
16. Defeito de fabricação: defeito de um item devido à não-conformidade da
fabricação com o projeto ou com os processos de fabricação especificados
(NBR 5462/1994).
17. Diâmetro nominal (DN): número que serve para designar o diâmetro de uma
tubulação e que corresponde aos diâmetros definidos nas normas específicas
de cada produto (NBR 5626/2020).

6
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

18. Emissividade: razão da radiação emitida por um corpo real pela que seria
emitida por um corpo negro, à mesma temperatura. A emissividade pode variar
entre 0 (refletor perfeito) e 1 (corpo negro) (NBR 15424/2016).
19. Erro: ação ou resultado de errar; falta de correção, de exatidão, de perfeição
etc.; falha; defeito; imperfeição (Aulete, 2022).
20. Esquadria: nome genérico dos componentes formados por perfis utilizados nas
edificações (NBR 10821-1/2017).
21. Esquadria de correr: esquadria formada por uma ou várias folhas que podem
ser movimentadas por deslizamento horizontal, no plano da esquadria (NBR
10821-1/2017).
22. Esmalte: cobertura vitrificada que é impermeável (NBR ISO 13006/2020).
23. Estabilidade: qualidade ou característica daquilo que é estável; solidez; que
denota firmeza (MICHAELIS, 2020).
24. Estado-limite último (ELU): estado-limite relacionado ao colapso, ou a
qualquer outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso
da estrutura (NBR 6118/2014).
25. Estado-limite de formação de fissuras (ELS-F): estado em que se inicia a
formação de fissuras. Admite-se que este estado-limite é atingido quando a
tensão de tração máxima na seção transversal for igual a fct,f (NBR 6118/2014).
26. Estado-limite de abertura de fissuras (ELS-W): estado em que as fissuras
se apresentam com aberturas iguais aos máximos especificados na norma
técnica ABNT NBR 6118/2014 (NBR 6118/2014).
27. Estado-limite de deformações excessivas (ELS-DEF): estado em que as
deformações atingem os limites estabelecidos para a utilização normal, dados
na norma técnica ABNT NBR 6118/2014 (NBR 6118/2014).
28. Estado-limite de vibrações excessivas (ELS-VE): estado em que as
vibrações atingem os limites estabelecidos para a utilização normal da
construção (NBR 6118/2014).
29. Exame: Inspeção, por meio de perito, sobre pessoa, coisas, móveis e
semoventes, para verificação de fatos ou circunstâncias que interessam à
causa (NBR 13752/1996).

7
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

30. Gás liquefeito de petróleo (GLP): produtos constituídos de hidrocarbonetos


com três ou quatro átomos de carbono (propano, propeno, butano, buteno),
podendo apresentar-se em mistura entre si e com pequenas frações de outros
hidrocarbonetos (NBR 13932/1997).
31. Impermeabilização: conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços),
composto por uma ou mais camadas, que tem por finalidade proteger as
construções contra a ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade (NBR
9575/2010).
32. Impermeabilização rígida: conjunto de materiais ou produtos que não
apresentam características de flexibilidade compatíveis e aplicáveis às partes
construtivas não sujeitas à movimentação do elemento construtivo (NBR
9575/2010).
33. Infiltração: penetração indesejável de fluidos nas construções (NBR
9575/2010).
34. Instalação predial de água fria: sistema composto por tubos, reservatórios,
peças de utilização, equipamentos e outros componentes, destinado a conduzir
água fria da fonte de abastecimento aos pontos de utilização (NBR 5626/1998).
35. Janela: esquadria, vertical ou inclinada, geralmente envidraçada, destinada a
preencher um vão, em fachadas ou não. Entre outras, sua finalidade é permitir
a iluminação e/ou ventilação de um recinto para outro (NBR 10821-1/2017).
36. Legal: relativo à norma ou regra jurídica; que é de lei; autorizado, sancionado
por lei; conforme os princípios do direito (MICHAELIS, 2020).
37. Manutenção: ações preventivas ou corretivas necessárias para preservar as
condições normais de utilização de um bem (IBAPE, 2002).
38. Não-conformidade: não atendimento a um requisito (NBR ISO 9000/2005).
39. Normal: conforme a norma; regular; que é comum e que está presente na
maioria dos casos; habitual, natural, usual; tudo que é permitido e aceito
socialmente (MICHAELIS, 2020).
40. Placas cerâmicas: placa fina composta de argilas e/ou matérias-primas
inorgânicas, geralmente usada como revestimento de pisos e paredes,
usualmente conformada por extrusão (A) ou prensagem (B) à temperatura
ambiente, mas podendo ser conformada por outros processos (C),
8
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

subsequentemente é secada e queimada a temperaturas suficientes para


desenvolver as propriedades requiridas. As placas podem ser esmaltadas (GL)
ou não esmaltadas (UGL); são incombustíveis e não afetadas pela luz (NBR
ISO 13006/2020).
41. Porcelanato: placa totalmente vitrificada com coeficiente de absorção de água
igual ou inferior a uma fração de massa de 0,5%, pertencentes aos grupos AIa
e BIa (NBR ISO 13006/2020).
42. Pressão de serviço: é a pressão máxima a que se pode submeter um tubo,
conexão, válvula, registro ou outro dispositivo, quando em uso normal.
(CREDER, 2006). Esta pressão é limitada, pela NBR 5626/1998, em 60mca
(40mca de pressão estática + 20mca de sobrepressões devidas a transientes
hidráulicos (NBR 5626/2020).
43. Pressão dinâmica: pressão da água em movimento dentro da tubulação
(YAMASAKI, 2019).
44. Pressão estática: pressão na tubulação com a água parada (YAMASAKI,
2019). Em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água em
qualquer ponto de utilização da rede predial de distribuição não deve ser
superior a 400 kPa (40mca) (NBR 5626/2020).
45. Pressão mínima: em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da
água nos pontos de utilização deve ser estabelecida de modo a garantir a vazão
de projeto indicada na NBR 5626/2020 e o bom funcionamento da peça de
utilização e de aparelho sanitário. Em qualquer caso, a pressão não deve ser
inferior a 10 kPa (1mca), com exceção do ponto da caixa de descarga onde a
pressão pode ser menor do que este valor, até um mínimo de 5 kPa (0,5mca),
e do ponto da válvula de descarga para bacia sanitária onde a pressão não
deve ser inferior a 15kPa (1,5mca) (NBR 5626/2020).
46. Pressão total de fechamento: valor máximo atingido pela água na seção logo
a montante de uma peça de utilização em seguida a seu fechamento,
equivalendo à soma da sobrepressão de fechamento com a pressão estática
na seção considerada (CREDER, 2006).
47. Projeto de impermeabilização: conjunto de informações gráficas e descritivas
que definem integralmente as características de todos os sistemas de
9
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

impermeabilização empregados em uma dada construção, de forma a orientar


inequivocamente a produção deles. O projeto de impermeabilização é
constituído de três etapas sucessivas: estudo preliminar; projeto básico de
impermeabilização e projeto executivo de impermeabilização (NBR
9575/2010).
48. Rastreabilidade: Capacidade de recuperação do histórico, da aplicação ou da
localização de um item ou atividade, ou itens ou atividades similares, por meio
de identificação registrada (AMBROZEWICZ, 2001).
49. Requisito: necessidade ou expectativa que é expressa, geralmente, de forma
implícita ou obrigatória (NBR ISO 9000/2005).
50. Resistência de aderência à tração (Ra): tensão máxima suportada por uma
área limitada de revestimento (corpo de prova) na interface de avaliação,
quando submetida a um esforço ortogonal de tração (NBR 13528-1/2019).
51. Sistema de impermeabilização: conjunto de produtos e serviços (insumos)
dispostos em camadas ordenadas, destinado a conferir estanqueidade a uma
construção (NBR 9575/2010).
52. Superfície polida: superfície da placa esmaltada e não esmaltada que recebeu
um acabamento brilhante por polimento mecânico no último estágio de
fabricação (NBR ISO 13006/2020).
53. Tardoz: face da placa cerâmica que fica em contato com a argamassa de
revestimento (NBR 13753/1996).
54. Termografia por infravermelho: método de medição de temperatura, sem
contato, que possibilita a formação de imagens térmicas (chamadas
termogramas) de um componente, equipamento ou processo, a partir da
radiação infravermelha emitida pelos objetos (NBR 15424/2016).
55. Usual: que se usa geralmente; comum, frequente, habitual (MICHAELIS,
2020).
56. Verga: componente estrutural localizado sobre os vãos da alvenaria (NBR
8545/1984).
57. Vícios: anomalias que afetam o desempenho de produtos ou serviços, ou os
tornam inadequados aos fins a que se destinam, causando transtornos ou
prejuízos materiais ou financeiros a outrem. Podem decorrer de falha de
10
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

projeto, ou da execução, ou ainda da informação defeituosa sobre sua


utilização ou manutenção (IBAPE, 2002).

2.2.1. Absorção de água


A NBR ISO 13006/2020 classifica as placas cerâmicas quanto à absorção de água
(EV) em placas de baixa, média e alta absorção, denominados grupos I, II e III,
respectivamente, os quais apresentam subdivisões conforme a Tabela 1.

Tabela 1 – Codificação dos grupos de absorção de água conforme a NBR ISO 13006/2020
Absorção Grupo de Método de Absorção de Classificaçã
de água Absorção fabricação água o
Placas EV ≤ 0,5% AIa
extrudadas 0,5% < EV ≤ 3% AIb
Baixa I Placas EV ≤ 0,5% BIa
prensadas a
0,5% < EV ≤ 3% BIb
seco
Placas 3% < EV ≤ 6% AIIa
extrudadas 6% < EV ≤ 10% AIIb
Média II Placas 3% < EV ≤ 6% BIIa
prensadas a
6% < EV ≤ 10% BIIb
seco
Alta III - EV > 10% III

2.2.2. Vergas e contravergas


A NBR 8545/1984 fixa os preceitos que devem ser atendidos quando da execução de
vergas e contravergas em alvenarias sem função estrutural, podendo-se assim
sintetizar:

i. Sobre o vão de portas e janelas devem ser moldadas ou colocadas vergas.


Igualmente sob o vão da janela ou caixilhos diversos devem ser moldadas ou
colocadas contravergas.
ii. As vergas e contravergas devem exceder a largura do vão de pelo menos 20cm
de cada lado e devem ter altura mínima de 10cm.
iii. Quando os vãos forem relativamente próximos e na mesma altura, recomenda-
se uma única verga sobre todos eles.

Quando o vão for maior do que 2,4m a verga ou contraverga deve ser calculada como
viga.
11
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

2.2.3. Anomalia e falha


Segundo a Norma de Inspeção Predial Nacional, do Instituto Brasileiro de Avaliações
e Perícias de Engenharia – IBAPE, as anomalias e falhas constituem não
conformidades que impactam na perda precoce de desempenho real ou futuro dos
elementos e sistemas construtivos, e redução de sua vida útil projetada. Podem
comprometer, portanto: segurança; funcionalidade; operacionalidade; saúde de
usuários; conforto térmico, acústico e lumínico; acessibilidade, durabilidade, vida útil,
dentre outros parâmetros de desempenho definidos na ABNT NBR 15575-1/2013.
Podem estar relacionadas a desvios técnicos e de qualidade da construção e/ou
manutenção da edificação. Podem, ainda, não atender aos parâmetros de
conformidade previstos para os sistemas construtivos e equipamentos instalados, tais
como: dados e recomendações dos fabricantes, manuais técnicos em geral, projetos
e memoriais descritivos, normas, etc.

De forma geral, as anomalias são vícios construtivos, de projetos, materiais e/ou


execução, podendo ser classificadas de acordo com o Quadro 1. Já as falhas são
vícios de manutenção e são classificadas de acordo com o Quadro 2.

Quadro 1 – Classificação das Anomalias


Anomalia Descrição
Endógena Falha no processo construtivo: projeto, materiais ou execução
Originaria de fatores externos a edificação, provocados por terceiros
Exógena
(Obras lindeiras, variações de tensão, ataques de insetos, etc.)
Natural Originaria de fenômenos da natureza (enchentes, raios, ventos, etc.)
Originaria da degradação de sistemas construtivos pelo
Funcional
envelhecimento natural e, consequente término da vida útil
Fonte: IBAPE(2012)

Quadro 2 – Classificação das Falhas


Falha Descrição
Decorrentes de falhas de procedimentos e especificações
inadequados do plano de manutenção, sem aderência a questões
técnicas, de uso, de operação, de exposição ambiental e,
De
principalmente, de confiabilidade e disponibilidade das instalações,
Planejamento
consoante a estratégia de manutenção. Além dos aspectos de
concepção do plano, há falhas relacionadas às periodicidades de
execução.

12
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Associada à manutenção: proveniente de falhas causadas pela


De Execução execução inadequada de procedimentos e atividades do plano de
manutenção, incluindo o uso inadequado dos materiais.
Relativas aos procedimentos inadequados de registros, controles,
Operacionais
rondas e demais atividades pertinentes.
Decorrentes da falta de controle de qualidade dos serviços de
Gerenciais manutenção, bem como da falta de acompanhamento de custos da
mesma.
Fonte: IBAPE(2012)

2.2.4. Graus de risco


A Norma de Inspeção Predial Nacional, do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias
de Engenharia – IBAPE, apresentada um critério que avalia o grau de risco das
anomalias e falhas observadas no edifício durante a inspeção predial. Esse grau de
risco leva em conta a exposição ao perigo para os patrimônios, meio ambiente e
usuários.

1. Grau de Risco MÍNIMO → risco de causar pequenos prejuízos à estética ou


atividade programável e planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de
ocorrência dos riscos críticos e regulares, além de baixo ou nenhum
comprometimento do valor imobiliário.
2. Grau de Risco MÉDIO → Risco de provocar a perda parcial de desempenho
e funcionalidade da edificação sem prejuízo à operação direta de sistemas, e
deterioração precoce.
3. Grau de Risco CRÍTICO → Risco de provocar danos contra a saúde e
segurança das pessoas e do meio ambiente; perda excessiva de desempenho
e funcionalidade causando possíveis paralisações; aumento excessivo de
custo de manutenção e recuperação; comprometimento sensível de vida útil.

2.2.5. Juntas de dilatação em forro autoportante com placas de gesso


A NBR 16591/2017 estabelece que as juntas de dilatação são recomendadas na
execução de forros autoportantes de gesso quando os ambientes apresentarem áreas
maiores que 10m² e nos primeiros e últimos pavimentos da obra (10% do número de
pavimentos total do prédio, sendo 5% para os primeiros andares e outros 5% para os
últimos). A junta de dilatação deve ser prevista em projeto, sendo utilizada para evitar

13
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

danos causados pelos movimentos diferenciais entre o forro e a estrutura de vedação.


A Figura 1, adaptada da NBR 16591/2017, ilustra os tipos de juntas de dilatação
recomendadas.

Junta de dilatação tipo A Junta de dilatação tipo B Junta de dilatação tipo C


Figura 1 – Juntas de dilatação recomendadas para forro autoportante com placas de gesso
(adaptado da NBR 16591/2017)

2.3. Equipamentos utilizados

O registro das imagens foi realizado por meio de uma câmera digital Canon EOS
Reflex Rebel SL3 com teleobjetivas de 35mm a 300mm e filtros tipo MACRO para
aproximação das imagens, ilustrada na Figura 2.

Figura 2 – Câmera digital empregada na diligência – Data-base: 25/08/2023

O vídeo das diligências, após comunicação e anuência dos intervenientes, foi gravado
com o auxílio de uma câmera de ação GoPro Hero4 Black, capaz de gravar vídeos
com resolução máxima de 4K a 30 fps, com ajuste manual de ISO e tempo de
exposição das fotos, ilustrada na Figura 3.

14
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 3 – Câmera de ação empregado na diligência – Data-base: 25/08/2023

As dimensões foram aferidas com o auxílio de duas trenas laser (telêmetros), sendo
o primeiro uma trena laser (telêmetro) fabricado pela VCHON, modelo H-100, com
alcance de 100m e precisão de ±2mm. A segunda foi uma trena laser (telêmetro)
fabricado pela ATUMAN, modelo LS-1, com alcance de 20m e precisão de ±2mm. A
Figura 4 ilustra os equipamentos empregados.

Figura 4 – Trenas laser empregadas na diligência (VCHON H-100 – Esq. e ATUMAN LS-1 –
dir.) – Data-base: 25/08/2023

O registro de imagens aéreas foi obtido por meio de dois veículos autônomos não-
tripulados (VANT-DRONE). O primeiro da marca DJI modelo Phantom 4 Advanced
com peso máximo de decolagem de 1,37Kg, velocidade máxima de 72Km/h, sistema
de posicionamento por satélites GPS/GLONASS, sistema de detecção de obstáculos,
câmera de 20MP, lente 35mm f/2.8-f/11, ISO 100-3200, obturador mecânico 8-
1/2000s, resolução de vídeo 4K, 100Mbps. Alcance de 7Km e altura máxima de 500m.
Devidamente registrado na ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para uso não-
recreativo sob número PP-060819750, com piloto devidamente registrado no DECEA
(Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e voo autorizado no sistema SARPAS.
A Figura 5 ilustra o equipamento empregado.

15
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 5 - VANT-DRONE marca DJI modelo Phantom 4 Advanced – Data-base: 25/08/2023

O segundo Veículo Autônomo Não-Tripulado (VANT-DRONE) também é da marca DJI,


modelo MINI2 com peso máximo de decolagem de 250g, velocidade máxima de
57,6km/h, sistema de posicionamento por satélites GPS/GLONASS/GALILEO,
sistema de detecção de obstáculos, câmera de 12MP, lente 35mm f/2.8, ISO 100-
3200, obturador eletrônico 4-1/8000s, resolução de vídeo 4K, 30fps. Alcance de 10km
e altura máxima de 500m. Devidamente registrado na ANAC (Agência Nacional de
Aviação Civil) para uso não-recreativo sob número PP-068197510. O piloto era
devidamente registrado no DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e
os voos foram autorizados no sistema SARPAS. A Figura 6 ilustra o equipamento
empregado.

Figura 6 - VANT-DRONE marca DJI modelo MINI2 – Data-base: 25/08/2023


16
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

A captação das imagens foi realizada por meio dos softwares Drone Deploy 4.1.0®, e
Pix4D Capture 4.9.0®, com um GSD (Ground Sample Distance), de 1,0cm/pixel. O
processamento das imagens foi realizado por meio do software Agisoft Metashape®.

Na determinação dos pontos de infiltração, correspondentes aos locais com suspeita


de falha dos sistemas de impermeabilização, foi empregada uma câmera termográfica
fabricada pela FLIR SYSTEMS, modelo FLIR C2, com campo de visão (FOV) de 45°
e capaz de gerar imagens que armazenam 4.800 medições termográficas isoladas
(sensor de IV de 80x60), com precisão de ±2°C e faixa de medição de -10°C a +150°C,
ilustrada na Figura 7. Este equipamento identifica a menor temperatura de diferentes
superfícies decorrente da evaporação da umidade superficial.

Figura 7 - Câmera termográfica FLIR SYSTEMS, modelo FLIR C2 – Data-base: 25/08/2023

A temperatura do ponto de orvalho foi determinada com o auxílio de um


termohigrômetro digital fabricado pela HIKARI, modelo HTH-913, com taxa de
amostragem 2x por segundo, ambiente de operação de -20°C a 60°C, RH<90% e taxa
de armazenamento de -20°C a 60°C, RH<75%, com indicação de temperatura de
bulbo úmido, ponto de orvalho e sobre faixa de temperatura e umidade do ar, ilustrado
na Figura 8.

Figura 8 - Termohigrômetro digital HIKARI, modelo HTH-913 – Data-base: 25/08/2023

17
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

As inclinações foram aferidas com o auxílio de um clinômetro e esquadro a laser


fabricado pela ATuMan Precision Machinery Technology Industrial Tools, dotado de
dupla projeção e base articulada com possibilidade de fixação vertical. Apresenta faixa
de operação de 360° (4x90°), distância de projeção de 10m e precisão de 0,5°,
ilustrado na Figura 9.

Figura 9 – Clinômetro digital empregado na diligência – Data-base: 25/08/2023

As fissuras foram inspecionadas e mensuradas com o emprego de um medidor digital


de abertura de fissuras CK-102, dotado de sonda remota e capacidade de medição
automática de fissuras até 8mm. Precisão de 0,01mm na faixa de medição de 0,01 a
2mm; 0,02mm na faixa de medição de 2,01 a 4mm e 0,02mm ±0,013mm na faixa de
medição de 4,01 a 8mm, apresentando temperatura de funcionamento de -20 a 60°C,
ilustrado na Figura 10.

Figura 10 – Medidor eletrônico de fissuras dotado de sonda remota – Data-base:


25/08/2023

A remoção do revestimento cerâmico, bem como de parte de seu substrato, foi


realizada com o auxílio de um martelete perfurador/rompedor da marca STANLEY,
modelo SDS-PLUS 1.5J 20V com Bateria 2.0Ah 20V, com motor com sistema
brushless sem escova de carvão, empunhadura emborrachada e indicador de carga
da bateria, ilustrado na Figura 11.
18
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 11 – Martelete perfurador/rompedor empregado na diligência – Data-base:


25/08/2023

A verificação de som cavo no revestimento cerâmico, indicativo de deficiência de


assentamento, foi realizada com o auxílio de uma marreta de madeira com batente de
40mm de diâmetro da marca BLACK JACK, ilustrada na Figura 12.

Figura 12 – Marreta de madeira empregada na diligência – Data-base: 22/07/2022

2.4. Contingências e limitações

O presente Laudo Técnico está sob a égide das seguintes premissas:

i. O Laudo apresenta todas as condições limitativas impostas pela metodologia


empregada que afetam as análises, opiniões e suas conclusões.

19
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

ii. O Perito inspecionou pessoalmente a área na qual a ocorrência é relatada nos


Autos, sendo o Laudo elaborado e, a partir de então, produzidas as respectivas
análises e conclusões.
iii. O Laudo foi elaborado com estrita observância dos postulados constantes do
Código de Ética Profissional (CONFEA, 2002).
iv. Os honorários profissionais do Perito não estão, de qualquer forma,
subordinados às conclusões deste Laudo.
v. O Perito não tem nenhuma inclinação pessoal em relação à matéria versada
e/ou às Partes Diretamente Interessadas.
vi. Entre as premissas: Os documentos acostados aos Autos são fidedignos e as
informações colhidas junto a terceiros foram oferecidas de boa-fé.
vii. O conteúdo exarado neste trabalho pode ser afetado no caso de juntada de
novos subsídios e/ou o chamamento para apreciação de outros não vistos.
viii. O Perito não assume quaisquer responsabilidades por fatores sociais, físicos,
políticos, naturais e econômicos que possam afetar os registros, conclusões e
opiniões versadas neste Laudo surgidas após sua data-base.
ix. A análise grafotécnica de quaisquer subsídios juntados aos Autos não está
incluída no escopo deste labor pericial.
x. Esta Perícia restringiu-se a prover respostas às questões objetivas e
precisamente lavradas pelas Partes, não avançando sobre outras dimensões
que entrelaçam o Objeto da lide, restando contida às condições de contorno
factuais e hodiernas.

2.5. Responsabilidades

A responsabilidade do autor do presente laudo está limitada ao seu conteúdo, que foi
baseado no escopo e nível de inspeção do trabalho contratado. Salienta-se que,
conforme preconizado pelo Código de Processo Civil de 2015, Art. 473, inciso IV, § 2°,
“É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir
opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia”.

20
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

O autor exime-se de qualquer responsabilidade técnica por quaisquer irregularidades


decorrentes dos projetos, construtivas, de materiais, e de deficiência de manutenção,
assim como de suas consequências.

Exime-se também de qualquer responsabilidade técnica o profissional contratado,


sobre a análise de elementos, componentes, subsistemas e locais onde não foi
possível executar a Inspeção Predial.

21
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

3. EXAME PERICIAL

3.1. Classificação do objeto

Seguindo as disposições na norma NBR 13752/1996, o Objeto em estudo pode ser


assim sumariamente tipificado:

i. Quanto à natureza: Imóveis/Benfeitorias/Outras.


ii. Quanto aos direitos: Outros.
iii. Quanto à espécie de perícia: Exame.
iv. Quanto ao tipo de ocorrência: Ações Judiciais.

3.2. Localização do imóvel periciado

Conforme sobejamente demonstrado, o edifício periciado encontra-se no Jardim dos


Ipês II, quadra 25, rua 10, lotes unificados 83, 84, 85, 86, 91, 92, 93 e 94, na cidade
de Porto Nacional, estado do Tocantins. A Figura 13 apresenta a imagem de satélite
da cidade de Porto Nacional, com a localização do imóvel vistoriado, indicado em
vermelho.

Figura 13 – Imagem de satélite da cidade de Palmas e localização do imóvel vistoriado


(indicador em vermelho) – Data-base: 11/06/2022 (Fonte: adaptado de www.google.com.br)

22
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

3.3. Caracterização do imóvel periciado

A edificação vistoriada é de uso residencial multifamiliar, composta por 10 (dez)


unidades habitacionais dispostas em dois conjuntos seriados (um com 4 unidades e
outro com 6 unidades) construído com estrutura de concreto armado e vedação em
alvenaria de blocos cerâmicos. 9 (nove) das unidades habitacionais construídas
correspondem ao “tipo 1” e 1 (uma) unidade habitacional corresponde ao “tipo 2”,
conforme discriminado no Projeto Arquitetônico integrante do item 8. Anexo A – Projeto
Arquitetônico. Cabe salientar o que o referido projeto contempla a construção de 22
(vinte e duas) unidades, mas durante a realização da diligência foram constatadas
somente 10 (dez) unidades construídas.

A disposição arquitetônica apresentada para o condomínio habitacional, adaptada do


Projeto Arquitetônico fornecido pelo Requente, encontra-se ilustrada na Figura 14 e
na Figura 15, onde as unidades construídas estão delimitadas em vermelho. A Figura
16, por sua vez, ilustra a disposição arquitetônica das unidades habitacionais
identificadas como do tipo 1 (com 3 dormitórios, sendo 1 suíte) e do tipo 2 (com 2
dormitórios, sendo 1 suíte). O Objeto conta, ainda, com instalações destinadas ao
lazer e à segurança (piscina, churrasqueira e guarita), cuja disposição arquitetônica
encontra-se ilustrada na Figura 17.

Vistas aéreas gerais do Objeto são ilustradas na Figura 18, na Figura 19, na Figura
20, na Figura 21 e na Figura 22. A Figura 23 ilustra sua fachada frontal, cuja entrada
pode ser observada em maior detalhe na Figura 24. A Figura 25, por sua vez, ilustra
a placa de identificação do Objeto, fixada em sua fachada frontal.

23
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 14 – Planta baixa do pavimento térreo do Objeto periciado com destaque (vermelho)
para as unidades construídas – Fonte: adaptado do Projeto Arquitetônico fornecido pelo
Requerente

24
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 15 – Planta de cobertura e locação do Objeto periciado com destaque (vermelho)


para as unidades construídas – Fonte: adaptado do Projeto Arquitetônico fornecido pelo
Requerente

25
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 16 – Planta baixa das casas “tipo 1” e “tipo 2” do Objeto periciado – Fonte: adaptado
do Projeto Arquitetônico fornecido pelo Requerido

Figura 17 – Planta baixa das instalações de lazer e guarda do Objeto periciado – Fonte:
adaptado do Projeto Arquitetônico fornecido pelo Requerido
26
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 18 – Vista área geral do Objeto periciado – Data-base: 25/08/2023

Figura 19 – Vista área geral do Objeto periciado – Data-base: 25/08/2023

Figura 20 – Vista área geral do Objeto periciado – Data-base: 25/08/2023


27
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 21 – Vista área geral do Objeto periciado – Data-base: 25/08/2023

Casa 10 Casa 9 Casa 8 Casa 7 Casa 6 Casa 5

Casa 1 Casa 2 Casa 3 Casa 4

Área de
lazer

Piscina
Guarita

Entrada

Figura 22 – Vista área geral do Objeto periciado com a identificação das unidades – Data-
base: 25/08/2023

28
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 23 – Vista da fachada frontal do Objeto periciado – Data-base: 25/08/2023

Figura 24 – Vista da entrada do Objeto periciado (detalhe) – Data-base: 25/08/2023

Figura 25 – Detalhe da placa de identificação do Objeto periciado – Data-base: 25/08/2023


29
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

3.4. Quesitos

3.4.1. Considerações gerais


Medeiros Júnior (IBAPE-SP, 2008) grifa que data do final da década de 1910 o
surgimento da Engenharia de Avaliações e Perícias no Brasil, consequente à
promulgação da Lei das Terras, grafada sob a Lei nº 601/1850. O autor sinaliza 1 o
Instituto de Engenharia Legal (IEL), entidade criada em 1953 no Rio de Janeiro, como
espaço a partir do qual buscou-se atender demandas dos profissionais de Engenharia
atuantes na área a época.

No Brasil, as normas fixadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),


afetas à Engenharia de Avaliações e Perícias, são relativamente jovens se
comparadas à maturidade dos demais dispositivos jurisdicionais brasileiros, sendo
estas incrementalmente aprimoradas, quanto aos conceitos, métodos e
procedimentos (TAKAHASHI, 2002).

A ABNT é o Fórum Nacional de Normalização, sendo as normas brasileiras (NBR)


elaboradas por Comissões de Estudo (CE) formadas por representantes dos diversos
setores envolvidos, delas fazendo parte produtores, consumidores e neutros
(universidades, laboratórios, etc.). É do costume seus projetos de norma ficarem em
circulação para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais
interessados.

Particularizando as Perícias de Engenharia na Construção Civil, hodiernamente a


NBR 13.752/1996 estabelece diretrizes básicas, conceitos, critérios e procedimentos.
Esta normativa fixa, no subitem 4.3.1, que os requisitos exigidos em uma perícia
“estão diretamente relacionados com as informações que possam ser extraídas” e
“são condicionados à abrangência das investigações, à confiabilidade e adequação
das informações obtidas, à qualidade das análises técnicas efetuadas e ao menor
grau de subjetividade emprestado pelo perito” (op. cit., subitem 4.3.1.3, grifo nosso).

1
Medeiros Júnior aponta que o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (IBAPE) foi fundado em 1954,
passando a “debater a matéria através de cursos, palestras e simpósios” (IBAPE-SP, 2008, p. 35)
30
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

O notável Eng. Nelson Roberto Pereira Alonso, oferecendo preciosa contribuição à


literária obra “Perícias de Engenharia”, promovida pelo Instituto Brasileiro de
Avaliações e Perícias de São Paulo (IBAPE-SP), destaca, in verbis:

“Em ações judiciais o objetivo da perícia deve estar explicitamente indicado


no pedido inicial da ação e deve transparecer através de quesitos
formulados com pertinência e objetividade. Caso contrário, o perito e seus
assistentes técnicos terão sérias dificuldades em concebê-los em suas mentes
e materializá-los nas respostas, dificultando sobremaneira o desenvolvimento
de seus trabalhos. (op.cit., 2008, p.22, grifo nosso)

Autores como Mendonça (1999); Curi (1998); Vendrame (1997); Medeiros Jr. e Fiker
(1996) asseveram a valoração dos quesitos quando da produção do laudo pericial.
Nesta linha, Vendrame (1997, p. 11) aponta que os quesitos “formulados pelas partes,
quando bem formulados, possuem a função de direcionar o perito em seu trabalho,
fornecendo subsídios importantes, funcionando também como forma de cercear o
trabalho pericial exatamente no ponto objeto da demanda”.

Cerzindo a dualidade temporal e espacial dos serviços e das obras ventilados nos
Autos, coube a este Perito explorar métodos aplicáveis para a construção da Peça
Laudativa, restando a abrangência e profundidade do exame pericial circunscritos à
objetividade e clareza dos quesitos fixados nos Autos.

Desta forma, os quesitos entabulados pelas Partes Interessadas constituíram o dorso


do percurso metodológico.

A temporalidade das discussões elencadas na lide oferece de plano estorva adicional


quanto à apropriação de fatos e circunstâncias que efetivamente fizeram presentes
nos exatos instantes da execução do Objeto (instante 1), da aferição in loco (instante
2), do seu recebimento provisório (instante 3) e do recebimento definitivo (instante
4), tal como narrado na lide, todos estes em data pretérita ao labor pericial.

Por oportuno, insta destacar que o registro formal destes instantes, guardada perfeita
atenção às condições factuais nas quais estes ocorreram, e às técnicas atreladas à
sua execução, pode fundar, no tempo presente, potencial descritor. Portanto, a
insuficiência e/ou imperfeição ou inexistência destes registros comprometem a

31
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

rastreabilidade de fatos e circunstâncias com início e fim em datas anteriores às


diligências empreendidas por este profissional, afetando negativamente a extração,
confiabilidade e adequação das informações com potencial descritor do Objeto da
Perícia.

Renovam, assim, os ensinamentos de Mattos (2010) na obra intitulada vistos em sua


obra titulada “Planejamento e Controle de Obras”, sobre Documentação e
Rastreabilidade, in verbis:

Por gerar registros escritos e periódicos, o planejamento e o controle


propiciam a criação de uma história da obra, útil para resolução de
pendências, resgate de informações, elaboração de pleitos contratuais,
defesa de pleitos de outras partes, mediação de conflitos e arbitragem.
(MATTOS, p. 24, 2010)

O Nobre Eng. Nelson Alonso (IBAPE-SP, 2008) sentencia que em determinados casos
fazem necessários subsídios esclarecedores, citando: plantas, croquis, resultados de
ensaios, entre outros. Tais subsídios, frutos da rastreabilidade, se fiéis à realidade sob
a qual a obra e/ou o serviço foram executados, favorecem a reconstrução, em tempo
presente, de fatos e circunstâncias pretéritos.

Não obstante à rastreabilidade documental, as condições sob as quais repousa uma


obra podem ser evidenciadas por meio de exames e vistorias de campo específicos,
conexos ou não a métodos destrutivos e/ou não-destrutivos, quando do cômputo do
desempenho e de métricas dos elementos constituintes. Apurar tais requisitos remete
ao atendimento às prescrições técnicas pertinentes, assim como, se o caso, aos
requisitos vinculados entres Partes Interessadas, seja por meio de memoriais,
projetos, contrato, notas técnicas, editais, entre outros.

No curso da quesitação, as Partes devem objetivar e descrever quais parâmetros


técnicos compõem o campo da lide (pontos de interesse), premissa orientadora do labor
pericial quando do seu planejamento: arquitetando tempo para extrair, tratar e analisar
informações; compor Junta Técnica Assessora para dar cabo às frentes de trabalho
multidisciplinares; mobilizar máquinas e equipamentos; etc.

32
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Já no curso processual as Partes devem cooperar para com o labor pericial, na medida
em que estes detêm, em tese, dados referentes ao Objeto da Perícia, os quais,
quando conhecidos e apropriados, compõem conjunto probatório que dão substância
às avaliações por parte deste expert, as quais ancoram a formação de sua convicção
técnica.

Na próxima subseção são descritos aspectos relacionados aos quesitos elaborados e


juntados pelo Douto Juízo e pelas Partes Interessadas, quando o caso.

3.4.2. Apresentados pelo Douto Juízo


No Evento 86 do referido Processo, quando foram demandados os serviços de
Perícia Técnica, não foram apresentados quesitos pelo Douto Juízo.

3.4.3. Apresentados pelo Requerente


No Evento 110 do referido Processo o Requerente relaciona os quesitos a serem
respondidos por este expert, os quais encontram-se a seguir. Almejando sistematizar
as respostas dos quesitos apresentados, foi definida uma indexação que permite a
fácil identificação de cada questionamento em meio ao rol.

“1- Gostaria que o Expert perguntasse ao Requerido o número do CREA ou do CAU


do profissional que contestou os defeitos apontados no nosso Laudo Pericial.”

Número de ordem 1: “Gostaria que o Expert perguntasse ao Requerido o número do


CREA ou do CAU do profissional que contestou os defeitos apontados no nosso Laudo
Pericial.”

Resposta: quesito prejudicado. Apesar de previamente informado no Evento 151


da data da diligência pericial, nem o Requerido, nem tampouco seu Assistente
Técnico, compareceram ao local do Objeto para acompanhar a diligência,
inviabilizando sua inquirição. Em tempo, este expert informa que não foi encontrada a
identificação do profissional (engenheiro ou arquiteto) que assistiu à Contestação
integrante do Evento 73.

33
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

“2- Qual é o prazo de garantia legal para reclamar de vícios ocultos ou defeitos nas
edificações?”

Número de ordem 2: “Qual é o prazo de garantia legal para reclamar de vícios ocultos
ou defeitos nas edificações?”

Resposta: quesito prejudicado. Este expert não deve imiscuir em questões de


direito.

“3- Qual a data da emissão do Habite-se e da realização de nossa inspeção pericial?”

Número de ordem 3-a: “Qual a data da emissão do Habite-se?”

Resposta: o Habite-se foi emitido em 04/03/2016, conforme documento integrante do


Evento 156.

Número de ordem 3-b: “Qual a data da realização de nossa inspeção pericial?”

Resposta: quesito prejudicado. A Parte Interessada não particularizou a “inspeção


pericial” de interesse. Mantendo o costumeiro prestígio à cooperação processual,
ainda que a cognição tenha sido prejudicada em razão da ambiguidade da quesitação,
este expert informa que o Autor realizou uma inspeção no Objeto em 07/04/2018, a
qual integra o Evento 1, e este expert realizou uma diligência ao Objeto,
acompanhando pelo representante do Autor e de seu Assistente Técnico, a qual
resultou no presente Laudo Técnico, em 25/08/2023.

“4- Melhorias na edificação como grades ou pingadeiras podem comprometer os


componentes de uma obra se elas estiverem bem executadas?”

Número de ordem 4: “Melhorias na edificação como grades ou pingadeiras podem


comprometer os componentes de uma obra se elas estiverem bem executadas?”

Resposta: não. Conceitualmente quaisquer melhorias, se adequadamente


implantadas, respeitando as limitações inerentes a cada material construtivo bem

34
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

como às integrações entre sistemas, acarretam o incremento de desempenho da


edificação, e não o seu comprometimento.

“5- As fissuras detectadas nas edificações estão relacionadas a fenômenos naturais


ou a ineficiência do sistema estrutural executado?”

Número de ordem 5: “As fissuras detectadas nas edificações estão relacionadas a


fenômenos naturais ou a ineficiência do sistema estrutural executado?”

Resposta: Durante as realizações das diligências foram encontradas fissuras no


Objeto com tipologia característica de fatores motivadores distintos, a saber:

i. Fissuras características de dilatação higrotérmica, associadas à variação de


temperatura e umidade às quais o revestimento de argamassa foi submetido,
geralmente em decorrência de falhas dos sistemas de impermeabilização
(como o das vigas-baldrame) ou de detalhamentos construtivos inadequados
ou deficientes (como as falhas em pontos localizados encontradas nas
pingadeiras). A Figura 33, a Figura 34, a Figura 38, a Figura 59, a Figura 62, a
Figura 63, a Figura 65, a Figura 69, a Figura 70, a Figura 74, a Figura 75, a
Figura 76, a Figura 77, a Figura 78, a Figura 79, a Figura 80, a Figura 81, a
Figura 82, a Figura 83, a Figura 84, a Figura 85, a Figura 87, a Figura 88, a
Figura 95, a Figura 96, a Figura 103, a Figura 104, a Figura 105, a Figura 110,
a Figura 115 e a Figura 116 ilustram esta manifestação patológica.
ii. Fissuras características de dilatação térmica diferencial, associadas à ruptura
da interface entre materiais com diferentes coeficientes de dilatação térmica
linear, a exemplo da existente no encontro de pilares de concreto com painéis
de alvenaria. Normalmente estas fissuras são mitigadas pelo emprego de
materiais flexíveis, como espumas de poliuretano ou armaduras difusas, como
telas metálicas. A Figura 74, a Figura 75, a Figura 85, a Figura 101, a Figura
102 e a Figura 113 ilustram esta manifestação patológica.
iii. Fissuras características da ruptura do ponto de ancoragem de elementos
metálicos em painéis de alvenaria, pela maior dilatação dos elementos
metálicos (em comparação aos painéis de alvenaria). Normalmente estas
35
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

fissuras são mitigadas pela execução de juntas nos elementos metálicos ou


redução de seu comprimento. A Figura 61, a Figura 62 e a Figura 63 ilustram
esta manifestação patológica.
iv. Fissuras nos forros de gesso ocasionadas pela ausência e/ou deficiência de
juntas de dilatação. A Figura 91 ilustra esta manifestação patológica.

As fissuras encontradas e acima relatadas não estão associadas a fenômenos


naturais, nem tampouco à ineficiência do sistema ESTRUTURAL. Estão, sim,
relacionadas às falhas dos sistemas de impermeabilização, fechamento e
revestimento. Em tempo, esclarece-se que uma mesma fissura pode ser decorrente
de mais de um fator motivador.

“6- As manchas detectadas na parte baixa das paredes estão relacionadas a falta de
impermeabilização nas vigas baldrames?”

Número de ordem 6: “As manchas detectadas na parte baixa das paredes estão
relacionadas a falta de impermeabilização nas vigas baldrames?”

Resposta: quesito parcialmente prejudicado. A Parte Interessada não


particularizou as paredes e as manchas que compõem o ponto de interesse.
Mantendo o costumeiro prestígio à cooperação processual, ainda que a cognição
tenha sido prejudicada, em razão de a quesitação não ter restringido os pontos de
análise, este expert informa que foram encontradas manchas na extremidade inferior
dos painéis de alvenaria associadas a fatores motivadores distintos, a saber:

i. Sujidades associadas ao uso e à falta de manutenção, como as ilustradas na


Figura 45, na Figura 47 e na Figura 49.
ii. Manchas de umidade, bolor e mofo, ocasionadas pela umidade ascensional por
capilaridade, em decorrência da ausência e/ou deficiência do sistema de
impermeabilização das vigas baldrames. A Figura 34, a Figura 43, a Figura 61,
a Figura 62, a Figura 67, a Figura 69, a Figura 70, a Figura 72, a Figura 74, a
Figura 76, a Figura 77, a Figura 81, a Figura 82, a Figura 83, a Figura 87, a

36
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 88, a Figura 90, a Figura 95, a Figura 96, a Figura 109, a Figura 110, a
Figura 111 e a Figura 112 ilustram esta manifestação patológica.
iii. Manchas de umidade e empolamento do revestimento, em painéis contíguos
ao banheiro, ocasionadas pela percolação de água, possivelmente pela
argamassa de rejuntamento do revestimento cerâmico de piso e de parede. A
Figura 110, a Figura 111 e a Figura 112 ilustram esta manifestação patológica.

Em tempo, esclarece-se que uma mesma mancha pode ser decorrente de mais de
um fator motivador.

“7- Calçadas externas fazem parte do projeto original? Como ele se apresenta no
projeto aprovado pela prefeitura?”

Número de ordem 7: “Calçadas externas fazem parte do projeto original? Como ele
se apresenta no projeto aprovado pela prefeitura?”

Resposta: quesito parcialmente prejudicado. A Parte Interessada não


particularizou se as calçadas externas que compõem o ponto de interesse são as
calçadas externas às casas do Objeto ou as calçadas externas ao condomínio.
Mantendo o costumeiro prestígio à cooperação processual, ainda que a cognição
tenha sido prejudicada, em razão de a quesitação não ter restringido os pontos de
análise, este expert esclarece que, em relação ao projeto arquitetônico fornecido para
análise e integrante do item 8. Anexo A – Projeto Arquitetônico:

i. No perímetro das casas consta, no Projeto Arquitetônico fornecido para análise,


a indicação de jardim, mas foram encontradas calçadas em concreto simples
(sem armadura) com largura média de 60cm, como indicado na Figura 26 e na
Figura 27.
ii. No perímetro do condomínio, Objeto da presente lide, consta a representação
de calçada sem, contudo, especificação de seu material. A representação
gráfica empregada (hachura) na calçada então representada é a mesma da
pista de rolamento de veículos, conduzindo à conclusão de que seriam
materiais assemelhados. A Figura 28 e a Figura 29 ilustram esta situação.

37
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 26 – Entorno das casas com


Figura 27 – Calçada em concreto com
indicação de jardim e sem indicação de
largura média de 60cm no entorno das casas
calçada no Projeto Arquitetônico fornecido
do Objeto
para análise – Fonte: adaptado do Projeto
Data-base: 25/08/2023
Arquitetônico fornecido pelo Requerente

Figura 28 – Calçada externa do condomínio


sem especificação de material, mas com
hachura correspondente à da pista de Figura 29 – Calçada em concreto no entorno
rolamento de veículos no Projeto do condomínio, Objeto da lide
Arquitetônico fornecido para análise – Fonte: Data-base: 25/08/2023
adaptado do Projeto Arquitetônico fornecido
pelo Requerente

“8- A manutenção da edificação deve ser executada antes ou depois dos 5 anos de
garantia?”

Número de ordem 8: “A manutenção da edificação deve ser executada antes ou


depois dos 5 anos de garantia?”

Resposta: quesito prejudicado. A NBR 5674/2012 estabelece os tipos de


manutenção (rotineira, corretiva ou preventiva) e os aspectos a serem observados

38
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

quando de sua execução, mas remete a periodicidade ao então especificado no


Manual do Proprietário, elaborado conforme a NBR 14037/2011. Este documento
(Manual do Proprietário) foi demandado para análise por este expert no Evento 151,
mas não foi fornecido pelas Partes Interessadas.

“9- A patologia de pisos conhecida como mancha d'água está relacionada a qualidade
do material ou a falta de manutenção?”

Número de ordem 9: “A patologia de pisos conhecida como mancha d'água está


relacionada a qualidade do material ou a falta de manutenção?”

Resposta: a manifestação patológica conhecida como mancha d´água está


diretamente relacionada às características do revestimento cerâmico:

i. à cor da base - tardoz (bases vermelhas tendem a apresentar maior incidência)


e
ii. à absorção de água (quanto maior a absorção de água do revestimento
cerâmico, maior a incidência).

Logo, a mitigação da manifestação patológica pode ser alcançada de duas diferentes


formas:

i. Pela especificação de revestimentos que não desenvolvam a mancha d´água


(o mercado comercializa revestimentos com esta especificação).
ii. Impedindo que a água alcance o suporte dos revestimentos cerâmicos, pela
adequada especificação da argamassa de rejuntamento e pela adequada
impermeabilização do substrato.

Foi realizada prospecção em um revestimento cerâmico da área de lazer afim de


determinar a existência da camada de impermeabilização, a qual não foi encontrada,
como ilustrado na Figura 50, na Figura 53, na Figura 54 e na Figura 55.

Pelo exposto, este expert conclui que a manifestação patológica conhecida como
mancha d´água está relacionada às características do revestimento empregado
ou pela falha do processo de assentamento, não tendo relação direta com a falta

39
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

de manutenção. A Figura 35, a Figura 36, a Figura 44, a Figura 45, a Figura 46, a
Figura 47, a Figura 48, a Figura 49, a Figura 50, a Figura 118, a Figura 119, a Figura
120, a Figura 121 e a Figura 122 ilustram a manifestação patológica conhecida como
mancha d´água.

“10- Os telhados, rufos e calhas foram executados de acordo com os projetos


apresentados?”

Número de ordem 10: “Os telhados, rufos e calhas foram executados de acordo com
os projetos apresentados?”

Resposta: quesito parcialmente prejudicado. Ciente dos quesitos elaborados pelas


Partes Interessadas este expert, no Evento 151, demandou cópia do Projeto de
Coberturas, mas tal documento não lhe foi fornecido. O Projeto Arquitetônico fornecido
pelo Requerente e integrante do item 8. Anexo A – Projeto Arquitetônico, possui
apenas informações gerais sobre os elementos integrantes do sistema de coberturas
sem, contudo, representar todos os elementos nem pormenorizar seu
dimensionamento. Mantendo o costumeiro prestígio à cooperação processual, ainda
que a cognição tenha sido prejudicada, em razão da ausência dos documentos
demandados, este expert esclarece que o sistema de coberturas encontrado não
corresponde ao representado no Projeto Arquitetônico fornecido para análise e
integrante do item 8. Anexo A – Projeto Arquitetônico, podendo-se salientar:

i. Existem telhados edificados, mas não representados no Projeto Arquitetônico,


indicados pelas setas em amarelo na Figura 30 e na Figura 31.
ii. As calhas representadas no Projeto Arquitetônico correspondem ao
materializado no Objeto.
iii. Não há especificação de rufos no Projeto Arquitetônico fornecido para análise.

40
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 30 – Coberturas das casas e da área de lazer representadas no Projeto


Arquitetônico – Fonte: adaptado do Projeto Arquitetônico fornecido pelo Requerente

Figura 31 – Vista geral das coberturas das casas e da área de lazer encontradas quando da
realização das diligências
Data-base: 25/08/2023

“11- O afundamento de pisos está relacionado com o processo executivo ou com a


falta de manutenção?”

41
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Número de ordem 11: “O afundamento de pisos está relacionado com o processo


executivo ou com a falta de manutenção?”

Resposta: durante a realização das diligências este expert constatou não-


conformidades no pavimento de blocos intertravados de concreto (pista de rolamento
de veículos), com sobressaltos e pontos de depressão, associados a recalques
localizados da camada de suporte. Tais manifestações patológicas estão relacionadas
ao processo executivo e/ou excesso de carga de veículos, não tendo relação direta
com a eventual falta de manutenção. A Figura 71, a Figura 72 e a Figura 73 ilustram
a configuração encontrada quando da realização das diligências.

“12- Os forros de gesso devem possuir sistemas de dilatação? Existem tais


mecanismos nas edificações inspecionadas?”

Número de ordem 12-a: “Os forros de gesso devem possuir sistemas de dilatação?”

Resposta: sim, conforme descrito no item 2.2.5. Juntas de dilatação em forro


autoportante com placas de gesso desta peça laudativa.

Número de ordem 12-b: “Existem tais mecanismos nas edificações inspecionadas?”

Resposta: não, como pode ser observado na Figura 91, na Figura 92, na Figura 93,
na Figura 98, na Figura 99, na Figura 100 e na Figura 114.

“13- As infiltrações nas janelas e portas estão relacionadas a ineficiência da calefação


ou a falta de manutenção?”

Número de ordem 13: “As infiltrações nas janelas e portas estão relacionadas a
ineficiência da calefação ou a falta de manutenção?”

Resposta: as janelas encontradas nas casas do Objeto, quando da realização da


diligência, são classificadas, conforme a NBR 10821-1/2017, como esquadrias de
correr. A NBR 10821-2/2023, por sua vez, estabelece que a janela não pode
apresentar vazamentos que provoquem o escorrimento de água pelas paredes ou

42
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

componentes sobre os quais esteja fixada, quando submetida às condições de ensaio.


As janelas vistoriadas durante a diligência apresentaram falha de estanqueidade à
água, a qual está relacionada às características do elemento e/ou técnica construtiva
empregada durante sua fixação, não estando diretamente relacionada à eventual falta
de manutenção. A Figura 38, a Figura 84, a Figura 85 e a Figura 88 ilustram a
configuração encontrada durante a realização das diligências.

“14- Deficiências no caimento dos pisos estão relacionados à execução ou a falta de


manutenção?”

Número de ordem 14: “Deficiências no caimento dos pisos estão relacionados à


execução ou a falta de manutenção?”

Resposta: durante a realização da diligência foi realizada a oitiva dos moradores das
casas 3, 5 e 7, os quais relataram que, nos banheiros, o caimento do piso não conduz
eficientemente a água para os respectivos ralos. Eventuais deficiências no caimento
dos pisos estão relacionadas à execução, não tendo relação direta com eventual falta
de manutenção.

“15- Deficiências no reboco estão relacionados à falta de manutenção ou ao processo


executivo?”

Número de ordem 15: “Deficiências no reboco estão relacionados à falta de


manutenção ou ao processo executivo?”

Resposta: Eventuais deficiências no reboco estão relacionadas à execução, não


tendo relação direta com eventual falta de manutenção.

“16- No projeto hidrossanitário disponibilizado não existem pontos de água e esgoto


para máquina de lavar?”

43
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Número de ordem 16: “No projeto hidrossanitário disponibilizado não existem pontos
de água e esgoto para máquina de lavar?”

Resposta: quesito parcialmente prejudicado. Ciente dos quesitos elaborados pelas


Partes Interessadas este expert, no Evento 151, demandou cópia do Projeto
hidrossanitário (água fria e esgoto sanitário), mas somente o projeto de esgoto
sanitário lhe foi fornecido, o qual integra o item 9. Anexo B – Projeto de Esgoto
Sanitário. Neste projeto não consta previsão para ponto de esgoto sanitário destinado
à máquina de lavar roupas, como ilustrado na Figura 32.

Figura 32 – Ausência de previsão de ponto de esgoto sanitário para máquina de lavar


roupas no Projeto de Esgoto Sanitário – Fonte: adaptado do Projeto de Esgoto Sanitário
fornecido pelo Requerente

Em tempo, este expert esclarece que, nas casas vistoriadas durante a realização das
diligências, os moradores realizaram adaptações nas instalações hidrossanitárias
(nem sempre da forma tecnicamente recomendada), de forma a viabilizar a instalação
de máquinas de lavar roupas e/ou tanquinhos de lavar roupas, como ilustrado na
Figura 123, na Figura 124, na Figura 125, na Figura 126, na Figura 127, na Figura
128, na Figura 129, na Figura 130, na Figura 131 e na Figura 132.

44
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

3.4.4. Apresentados pelo Requerido


No Evento 111 do referido Processo o Requerido relaciona os quesitos a serem
respondidos por este expert, os quais encontram-se a seguir. Almejando sistematizar
as respostas dos quesitos apresentados, foi definida uma indexação que permite a
fácil identificação de cada questionamento em meio ao rol.

“1 – O sinal de umidade nas paredes externas podem (sic.) ter sido causados pela
grande quantidade de água nas partes externas e sem ventilação?”

Número de ordem 17: “O sinal de umidade nas paredes externas podem (sic.) ter
sido causados pela grande quantidade de água nas partes externas e sem
ventilação?”

Resposta: não. As manchas de umidade, bolor e mofo observadas nas paredes


externas, quando da realização das diligências, foram ocasionadas pela umidade
ascensional por capilaridade, em decorrência da ausência e/ou deficiência do sistema
de impermeabilização das vigas baldrames. A Figura 34, a Figura 43, a Figura 61, a
Figura 62, a Figura 67, a Figura 69, a Figura 70, a Figura 72, a Figura 74, a Figura 76,
a Figura 77, a Figura 81, a Figura 82, a Figura 83, a Figura 87, a Figura 88, a Figura
95 e a Figura 96 ilustram esta manifestação patológica.

“2 – A umidade apresentada na parte baixa pode ter sido ocasionada pelo excesso de
água lançado nas paredes?”

Número de ordem 18: “A umidade apresentada na parte baixa pode ter sido
ocasionada pelo excesso de água lançado nas paredes?”

Resposta: não, conforme já relatado na resposta do quesito de número de ordem 17.

“3 – O defeitos (sic.) apresentados (sic.) nos piso (sic.) pode ter sido ocasionado pelo
mal uso?”

45
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Número de ordem 19: “O defeitos (sic.) apresentados (sic.) nos piso (sic.) pode ter
sido ocasionado pelo mal uso?”

Resposta: quesito parcialmente prejudicado. A Parte Interessada não


particularizou os defeitos que compõem o ponto de interesse nos pisos do Objeto.
Mantendo o costumeiro prestígio à cooperação processual, ainda que a cognição
tenha sido prejudicada, em razão de a quesitação não ter restringido os pontos de
análise, este expert esclarece que, quando da realização da diligência, no
revestimento cerâmico de piso da área de lazer e das casas do Objeto foram
constatadas as seguintes não-conformidades:

i. Manchas d´água como as ilustradas na Figura 35, na Figura 36, na Figura 45,
na Figura 46, na Figura 47, na Figura 49, na Figura 118, na Figura 119, na
Figura 120, na Figura 121 e na Figura 122, não passíveis de serem
ocasionadas pelo uso inadequado do sistema de revestimento.
ii. Manchas de sujidades, como as ilustradas na Figura 47, passíveis de serem
ocasionadas pelo uso inadequado do sistema de revestimento.
iii. Revestimento quebrado e/ou trincado, como ilustrado na Figura 44, na
Figura 45, na Figura 48, na Figura 49, na Figura 56 e na Figura 57, passíveis
de serem ocasionadas pelo uso inadequado do sistema de revestimento.
iv. Revestimento com som cavo, constatado por meio de ensaio de percussão
com marreta de madeira, como ilustrado na Figura 122, indicativo de falha de
aderência ao substrato, não passível de ser ocasionada pelo uso
inadequado do sistema de revestimento.

“4 – As infiltrações oriundas dos telhado (sic.) pode ter sido causado por intempéries,
como vento, que danificaram as telhas?”

Número de ordem 20: “As infiltrações oriundas dos telhado (sic.) pode ter sido
causado por intempéries, como vento, que danificaram as telhas?”

Resposta: quesito parcialmente prejudicado. A Parte Interessada não


particularizou quais telhados do Objeto compõem o ponto de interesse. Mantendo o

46
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

costumeiro prestígio à cooperação processual, ainda que a cognição tenha sido


prejudicada, em razão de a quesitação não ter restringido os pontos de análise, este
expert esclarece que infiltrações oriundas de telhados podem ser causadas por ação
de intempéries, como o vento, que podem vir a danificar as telhas.

“5 – Os danos nas pingadeiras pode (sic.) ter sido causado pela instalação de outros
equipamentos?”

Número de ordem 21: “Os danos nas pingadeiras pode (sic.) ter sido causado pela
instalação de outros equipamentos?”

Resposta: quesito parcialmente prejudicado. A Parte Interessada não


particularizou quais pingadeiras do Objeto compõem o ponto de interesse (pingadeiras
das janelas ou dos muros e, dentre estes, quais elementos). Mantendo o costumeiro
prestígio à cooperação processual, ainda que a cognição tenha sido prejudicada, em
razão de a quesitação não ter restringido os pontos de análise, este expert esclarece
que foram constatados pontos em que as pingadeiras de muro encontravam-se
parcialmente rompidas ou com falhas no rejuntamento, mas tais pontos não
correspondiam aos pontos de fixação das hastes da cerca eletrificada, como ilustrado
na Figura 61, na Figura 62, na Figura 63, na Figura 75 e na Figura 80. Nos pontos
relatados, os danos observados não podem ter sido causados pela instalação
de outros equipamentos, a exemplo da cerca eletrificada.

“6 – A tampa da caixa pode ter sido danificada por excesso de peso ou mal uso?”

Número de ordem 22: “A tampa da caixa pode ter sido danificada por excesso de
peso ou mal uso?”

Resposta: quesito prejudicado. A Parte Interessada não particularizou qual caixa


do Objeto compõe o ponto de interesse.

47
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

“7 – O afundamento dos blocos junto ao portão pode ter sido ocasionado devido ao
excesso de peso?”

Número de ordem 23: “O afundamento dos blocos junto ao portão pode ter sido
ocasionado devido ao excesso de peso?”

Resposta: sim. Durante a realização das diligências este expert constatou não-
conformidades no pavimento de blocos intertravados de concreto (pista de rolamento
de veículos), com sobressaltos e pontos de depressão, associados a recalques
localizados da camada de suporte. Tais manifestações patológicas estão relacionadas
ao processo executivo e/ou excesso de carga de veículos. A Figura 71, a Figura 72 e
a Figura 73 ilustram a configuração encontrada quando da realização das diligências.

“8 – As cerâmicas despregando nos arremates pode ter sido em decorrência do mal


uso do local?”

Número de ordem 24: “As cerâmicas despregando nos arremates pode ter sido em
decorrência do mal uso do local?”

Resposta: não. O desprendimento do revestimento cerâmico geralmente está


relacionado:

i. Ao emprego de argamassas colantes inadequadas às condições de exposição


ou com o tempo máximo em aberto especificado pelo fabricante desrespeitado.
ii. À execução inadequada dos cordões (altura inferior ao recomendado; cordões
sem disposição uniforme; cordões sem preenchimento adequado).
iii. Ao emprego de simples colagem em placas de grandes dimensões, que
demandam dupla colagem (argamassa colante aplicada no substrato e na
placa cerâmica).
iv. Juntas de assentamento, mobilização e/ou dessolidarização inexistentes ou
inadequadas.

Durante a realização das diligências este expert constatou que, no ponto de


prospecção realizado, os cordões da argamassa colante apresentam-se irregulares e

48
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

sem preenchimento, como ilustrado na Figura 50, na Figura 51 e na Figura 52. Foi
também constatado que a argamassa colante empregada não apresentava
estabilidade, apresentando desagregação, como ilustrado na Figura 53. Tais fatores
não são decorrentes do uso inadequado do sistema de revestimento.

“9 – As fissuras encontradas no muro, podem ter sido ocasionadas pela movimentação


do solo ou pelo mal uso do mesmo?”

Número de ordem 25: “As fissuras encontradas no muro, podem ter sido ocasionadas
pela movimentação do solo ou pelo mal uso do mesmo?”

Resposta: quesito prejudicado. A Parte Interessada não particularizou quais


fissuras do muro do Objeto compõe o ponto de interesse. Mantendo o costumeiro
prestígio à cooperação processual, ainda que a cognição tenha sido prejudicada, em
razão de a quesitação não ter restringido os pontos de análise, este expert esclarece
que foram encontradas, durante a realização da diligência, fissuras no muro com as
seguintes características:

i. Fissuras características de dilatação higrotérmica, associadas à variação de


temperatura e umidade às quais o revestimento de argamassa foi submetido,
geralmente em decorrência de falhas dos sistemas de impermeabilização
(como o das vigas-baldrame) ou de detalhamentos construtivos inadequados
ou deficientes (como as falhas em pontos localizados encontradas nas
pingadeiras). A Figura 62, a Figura 63, a Figura 65, a Figura 69, a Figura 70, a
Figura 74 e a Figura 75 ilustram esta manifestação patológica.
ii. Fissuras características de dilatação térmica diferencial, associadas à ruptura
da interface entre materiais com diferentes coeficientes de dilatação térmica
linear, a exemplo da existente no encontro de pilares de concreto com painéis
de alvenaria. Normalmente estas fissuras são mitigadas pelo emprego de
materiais flexíveis, como espumas de poliuretano ou armaduras difusas, como
telas metálicas. A Figura 74 e a Figura 75 ilustram esta manifestação
patológica.

49
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

iii. Fissuras características da ruptura do ponto de ancoragem de elementos


metálicos em painéis de alvenaria, pela maior dilatação dos elementos
metálicos (em comparação aos painéis de alvenaria). Normalmente estas
fissuras são mitigadas pela execução de juntas nos elementos metálicos ou
redução de seu comprimento. A Figura 61, a Figura 62 e a Figura 63 ilustram
esta manifestação patológica.

As fissuras acima relatadas não possuem relação direta com a movimentação do solo,
nem tampouco com o uso inadequado dos sistemas de vedação e revestimento.

50
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

3.5. Relatório fotográfico

Figura 33 – Vista geral da guarita e da área Figura 34 – Entrada da guarita com a porta
de lazer de vidro solta
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 35 – Revestimento cerâmico de piso Figura 36 – Revestimento cerâmico de piso


da guarita com incidência de manchas da guarita com incidência de manchas
características de manchas d´água características de manchas d´água (detalhe)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 37 – Painel de alvenaria da guarita Figura 38 – Painel de alvenaria da guarita


com mofo, bolor e manchas indicativas de com mofo, bolor e manchas indicativas de
infiltração pela janela infiltração pela janela (detalhe)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

51
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 40 – Aferição da inclinação da


Figura 39 – Falha no rejuntamento da
pingadeira da janela da guarita com
pingadeira da janela da guarita
clinômetro digital (1,2° para o interior)
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

Figura 41 – Aferição da inclinação da Figura 42 – Aferição da inclinação da


pingadeira da janela da guarita com pingadeira da janela da guarita com
clinômetro digital (0°) clinômetro digital (0°)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 44 – Vista geral do revestimento


Figura 43 – Vista geral da área de lazer
cerâmico da área de lazer
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

52
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 45 – Revestimento cerâmico de piso Figura 46 – Revestimento cerâmico de piso


da área de lazer com incidência de manchas da área de lazer com incidência de manchas
características de manchas d´água características de manchas d´água (detalhe)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 47 – Revestimento cerâmico de piso


da área de lazer com incidência de manchas Figura 48 – Revestimento cerâmico de piso
características de manchas d´água e da área de lazer quebrado
sujidades Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

Figura 50 – Remoção de revestimento


Figura 49 – Revestimento cerâmico de piso
cerâmico de piso da área de lazer para
da área de lazer quebrado
inspeção das condições de aplicação
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

53
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 51 – Disposição dos cordões Figura 52 – Disposição dos cordões


(irregulares e sem preenchimento) da (irregulares e sem preenchimento) da
argamassa de assentamento do argamassa de assentamento do
revestimento cerâmico de piso da área de revestimento cerâmico de piso da área de
lazer removido (detalhe do revestimento) lazer removido (detalhe do substrato)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 53 – argamassa de assentamento do Figura 54 – Prospecção no substrato de


revestimento cerâmico de piso da área de concreto para verificação de
lazer removido com desagregação e impermeabilização na região do revestimento
pulverulência junto ao substrato cerâmico removido (sem impermeabilização)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 55 – Prospecção no substrato de


concreto para verificação de Figura 56 – Revestimento cerâmico do deck
impermeabilização na região do revestimento da piscina da área de lazer quebrado
cerâmico removido (sem impermeabilização) Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

54
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 57 – Revestimento cerâmico do deck


Figura 58 – Piscina da área de lazer (sem
da piscina da área de lazer quebrado
operação)
(detalhe)
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

Figura 60 – Caixa de inspeção de esgoto


Figura 59 – Painel externo da área de lazer
sanitário com tampa danificada (inexistente
com manchas indicativas de infiltração e
no projeto fornecido) e aferição da largura da
fissuras características de expansão
calçada de proteção da área de lazer com
higrotérmica
trena laser (57,7cm)
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

Figura 62 – Vista geral do muro lateral e


Figura 61 – Vista geral do muro lateral e
gradis do Objeto (pingadeira quebrada e
gradis do Objeto
fissura junto ao gradil)
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

55
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 63 – Vista geral do muro lateral e


Figura 64 – Vista geral do muro lateral e
gradis do Objeto (detalhe da pingadeira
gradis do Objeto
quebrada e fissura junto ao gradil)
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

Figura 65 – Vista geral do muro lateral e Figura 66 – Muro lateral e gradis do Objeto
gradis do Objeto (detalhe)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 68 – Ausência de reboco e pingadeira


Figura 67 – Ausência de reboco e pingadeira
em trecho do muro de divisa do Objeto
em trecho do muro de divisa do Objeto
(detalhe)
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

56
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 69 – Vista geral da face externa do Figura 70 – Face externa do muro de divisa
muro de divisa do Objeto com incidência de do Objeto com incidência de fissuras
fissuras características de dilatação características de dilatação higrotérmica,
higrotérmica, manchas e bolor característicos manchas e bolor característicos de
de percolação de umidade percolação de umidade (detalhe)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 72 – Presença de pontos de


Figura 71 – Vista geral da pavimentação da
depressão na pavimentação da pista de
pista de rolamento de veículos em blocos de
rolamento de veículos em blocos de concreto
concreto intertravados
intertravados
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

Figura 74 – Falha na pingadeira do muro de


Figura 73 – Presença de pontos de ressalto
divisa da Casa 1; fissuras de dilatação
na pavimentação da pista de rolamento de
térmica diferencial e incidência de manchas e
veículos em blocos de concreto intertravados
bolor característicos de percolação de água
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

57
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 75 – Falha na pingadeira do muro de Figura 76 – Fissuras características de


divisa da Casa 1; fissuras características de dilatação higrotérmica e incidência de
dilatação térmica diferencial e incidência de manchas e bolor característicos de
manchas e bolor característicos de percolação de água em painel externo da
percolação de água (detalhe) Casa 1
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 77 – Fissuras características de Figura 78 – Fissuras características de


dilatação higrotérmica e incidência de dilatação higrotérmica; desplacamento da
manchas e bolor característicos de argamassa de revestimento e falhas nas
percolação de água em painel externo da pingadeiras em extremidade superior de
Casa 1 (detalhe) painel externo da Casa 1
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 79 – Fissuras características de Figura 80 – Fissuras características de


dilatação higrotérmica; desplacamento da dilatação higrotérmica; desplacamento da
argamassa de revestimento e falhas nas argamassa de revestimento e falhas nas
pingadeiras em extremidade superior de pingadeiras em extremidade superior de
painel externo da Casa 1 (detalhe) painel externo da Casa 1 (detalhe)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

58
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 81 – Fissuras características de Figura 82 – Fissuras características de


dilatação higrotérmica e incidência de dilatação higrotérmica e incidência de
manchas e bolor característicos de manchas e bolor característicos de
percolação de água em painel externo da percolação de água em painel externo das
Casa 1 Casas 2, 3 e 4
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 83 – Fissuras de dilatação Figura 84 – Fissuras de dilatação


higrotérmica e incidência de manchas e bolor higrotérmica e manchas e bolor
característicos de percolação de água em característicos de percolação de água em
painel externo das Casas 2 e 3 painel externo da Casa 2 (detalhe)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 85 – Fissuras de dilatação


Figura 86 – Aferição da inclinação da
higrotérmica e manchas e bolor
pingadeira de janela da Casa 2 com
característicos de percolação de água em
clinômetro digital (0°)
painel externo da Casa 2 (detalhe)
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

59
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 87 – Fissuras características de Figura 88 – Fissuras características de


dilatação higrotérmica e incidência de dilatação higrotérmica e incidência de
manchas e bolor característicos de manchas e bolor característicos de
percolação de água em painel externo das percolação de água em painel externo da
Casas 9 e 10 Casa 9 (pingadeira em detalhe)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 89 – Aferição da inclinação da Figura 90 – Empolamento da película do


pingadeira de janela da Casa 9 com revestimento e presença de manchas
clinômetro digital (0,6° em direção ao características de infiltração por capilaridade
exterior) em painel de alvenaria interno da Casa 3
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 92 – Manchas e furos no forro de


Figura 91 – Fissuras no forro de gesso da
gesso da Casa 3 indicativos de infiltrações
Casa 3 características de dilatação térmica
na cobertura
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

60
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 94 – Manchas e bolor característicos


Figura 93 – Manchas e furos no forro de
de infiltração de água por falta e/ou
gesso da Casa 3 indicativos de infiltrações
deficiência de rufo da cobertura em painel da
na cobertura (detalhe)
área de serviço da Casa 3
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

Figura 95 – Fissuras características de Figura 96 – Fissuras características de


dilatação higrotérmica e incidência de dilatação higrotérmica e incidência de
manchas e bolor característicos de manchas e bolor característicos de
percolação de água em painel externo da percolação de água em painel externo da
Casa 3 Casa 3 (detalhe)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 97 – Aferição da largura da calçada Figura 98 – Manchas e furos no forro de


de proteção da Casa 3 com trena laser gesso da Casa 7 indicativos de infiltrações
(60,0cm) na cobertura
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

61
Dr. Moacyr Salles Neto
Engenheiro Civil
(63) 98441-8591
Doutor em Estruturas e Construção Civil
moacyrsallesneto@gmail.com

Figura 100 – Manchas no forro de gesso e


Figura 99 – Manchas no forro de gesso e na
na face interna do painel de alvenaria da
face interna do painel de alvenaria da Casa 7
Casa 7 indicativos de infiltrações na
indicativos de infiltrações na cobertura
cobertura
Data-base: 25/08/2023
Data-base: 25/08/2023

Figura 101 – Fissura característica de Figura 102 – Fissura característica de


dilatação térmica diferencial na face externa dilatação térmica diferencial na face externa
de painel de alvenaria da Casa 7 de painel de alvenaria da Casa 7 (detalhe)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

Figura 103 – Indícios de intervenções Figura 104 – Indícios de intervenções


prévias em fissuras na face externa de painel prévias em fissuras na face externa de painel
de alvenaria da Casa 7 com pasta de de alvenaria da Casa 7 com pasta de
cimento (sem sucesso) cimento (sem sucesso)
Data-base: 25/08/2023 Data-base: 25/08/2023

62

Você também pode gostar