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Escola Básica do 2º e 3º Ciclos Dr.

Horácio Bento de Gouveia

Subgéneros da Literatura Oral e Tradicional


LOT
Conhece alguns dos subgéneros de produções da literatura oral.
CONTO: Pequena história inventada e, geralmente, sobre um episódio individual. Tem como
principal função deleitar ou entreter os ouvintes mas, regra geral, contém uma lição. Há muitos tipos
de contos: contos maravilhosos ou de fadas, de caráter religioso, de caráter humorístico...
LENDA: História fantasiosa, mas com um fundo de verdade, que explica alguns costumes
populares, nomes de lugares, nomes de terras... Há referência a personagens reais, ou a um espaço
existente ou ainda a um espaço histórico, real. São classificadas do seguinte modo:
 lendas de entidades mitológicas, quando as suas personagens são seres sobrenaturais, ligadas
ao maravilhoso popular (fadas, sereias, duendes, o diabo, bruxas...);
 lendas hagiográficas (ou religiosas) se nelas figuram seres divinos (a Virgem, o Menino Jesus,
os Santos...);
 lendas históricas: narram feitos históricos extraordinários, protagonizados por personagens que
são figuras históricas (D. Afonso Henriques, por exemplo);
 lendas etiológicas: pretendem explicar a origem de um nome, de um topónimo, de um
fenómeno natural…
 lendas de mouros e mouras: a ação passa-se durante a ocupação árabe da Península Ibérica e
do sul de França, remetendo para elementos da civilização muçulmana e para a sua influência
nestas áreas geográficas.
FÁBULA: Narrativa pouco extensa, cujas personagens são animais irracionais. Geralmente contém
ensinamentos ou críticas mais ou menos indiretas ao comportamento humano, encerrando um
ensinamento: a moral.

PARÁBOLAS: Narrativa curta, semelhante à fábula, mas protagonizada por seres humanos,
que evoca, alegoricamente, diversas realidades sempre com uma moral, um ensinamento.
MITO: Narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico, profundamente relacionado
com uma dada cultura e/ou religião. O mito procura explicar os principais acontecimentos da vida,
os fenómenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semideuses e heróis
(as personagens são, portanto, criaturas sobrenaturais). Pode dizer-se que o mito é uma primeira
tentativa de explicar a realidade.
LENGALENGA: Texto geralmente extenso e repetitivo, com palavras repetidas ou sequência de
letras (A,B,C...) ou números (1,2,3...) com caráter puramente lúdico.
TRAVA-LÍNGUA: Expressão constituída por uma sequência de palavras cuja pronúncia se torna
difícil, como por exemplo “três tristes tigres”. Servem para divertir e também ajudam a melhorar a
dicção.
PROVÉRBIO: Expressão que contém sempre um ensinamento. Por vezes até rimam, para facilitar a
sua memorização.

Existem ainda:

Adivinhas - Anedotas - Quadras Populares - Canções Populares -


Orações ou Rezas - Superstições - Jogos Tradicionais - Benzeduras
Ditados Populares – Rituais – Expressões idiomáticas……

Identifica agora o subgénero de cada um dos textos que se seguem:

A - “Não há Sábado sem sol, Domingo sem missa, nem Segunda sem preguiça.” _________________

B — Oh, que eco que há aqui!


— Que eco é?
— É o eco que há cá.
— O quê? Há cá eco?
— Há cá eco, há... ___________________

C - Se as casas tivessem asas


Se as asas varressem o mar
Se o mar coubesse no copo
Se o copo jogasse à bola
Se a bola se fizesse sol
Se o sol fosse à escola
Se a escola se escondesse de Segunda a Sexta-feira
Se a Sexta-feira se vestisse de encarnado
Se o encarnado pintasse a chuva
Se a chuva abrisse a porta
Se a porta caminhasse pela rua
De braço dado com a lua
Se a lua saltasse para a minha mão
E eu a comesse dentro do pão!... ___________________
D-A Raposa e as Uvas não as podia alcançar.
Então falou despeitada:
Certa raposa matreira, — Estão verdes essas uvas.
que andava à toa e faminta, Verdes não servem pra nada!
ao passar por uma quinta,
viu no alto da parreira Como não cabem quatro mãos em duas luvas,
um cacho de uvas maduras, há quem prefira desdenhar a lamentar.
sumarentas e vermelhas.
Ah, se as pudesse tragar! ___________________
Mas lá naquelas alturas

E - Padre-nosso pequenino
Set’anjinhos vão comigo
E sete livros a rezar,
Sete candeias a alumiar.
A Senhora é minha madrinha
E o Senhor é meu padrinho
Que me fez a cruz na testa,
P’ó demonho não chegar. ___________________

F - Qual é coisa, qual é ela,


que tem uma perna mais comprida que a outra
e noite e dia anda sem parar? ____________________

G - Eco era uma ninfa da montanha. Zeus convenceu-a a distrair sua esposa Hera com uma conversa
contínua, de modo que esta não pudesse espiá-lo. Irada, Hera tirou a Eco o poder da fala, deixando-lhe apenas a
capacidade de repetir a sílaba final de cada palavra que ouvia. Um amor não correspondido pelo belo Narciso, que
amava apenas à sua própria imagem refletida, fez a ninfa definhar de tristeza até desaparecer, restando dela apenas
a voz, que repete os sons nas montanhas. ___________________

H - Perto daquele ripado, está parlando um pardal pardo.


— Pardal pardo, porque parlas?
— Eu parlo e parlei, porque sou o pardal pardo, Parlador d’ El-rei.
___________________

A PROFESSORA: Júlia Cristina

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