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Cavaleiro Ronronador
Marcy Jacks
Revisora da série
Capítulo Um
Havia vozes ao seu redor. Oscar estava acordado, mas não conseguia
se concentrar em nada. Sentia-se quente, febril. O calor pulsava de sua pele
em ondas que não conseguia controlar, e ofegava por respirar.
Deus, estava tão quente. Era ainda mais difícil pensar. Tinha que tirar
suas roupas. Puxou-as, se apenas conseguisse tirar a camisa para que sua pele
pudesse obter algum ar. Isso parecia meio importante.
— Tem que haver algo que possa fazer. Olhe para ele.
Esse era o homem de antes. Garrick. Ele esteve aqui. Saber disso era
o suficiente para fazer Oscar se sentir melhor, pelo menos. Significava que não
estava sozinho.
— Eu... eu não sei o que fazer.
Outra voz que reconheceu. Onde estava? Quem eram essas pessoas?
— Você consegue pensar em alguma coisa? Qualquer coisa?
Garrick parecia chateado. Seria por causa de Oscar? Esperava que
não. Não queria ferir o homem ou ser um fardo para ele.
— Vou tentar pensar em alguma coisa. Prometo. Vou tentar mesmo.
OK? Se ele não ficar melhor de manhã, talvez eu possa tentar alguns cânticos
ou alguns feitiços da terra, mas nada está funcionando agora.
Mais palavras. Palavras que Oscar não entendia porque estava muito
malditamente aquecido.
Conseguiu abrir os olhos. Quando os tinha fechado? Ele desmaiou?
Isso devia ter sido porque agora definitivamente não estava na frente da
clínica.
Garrick estava lá, mas a vários metros de distância, levando as
pessoas para fora da sala. Oscar estava em um quarto, e estava em uma cama
que não era apenas o dobro da sua em largura, mas era mais alta, também.
Os caras altos precisavam de camas altas, aparentemente.
Oscar não conseguia parar de ofegar. O calor o fez sentir como se
estivesse deitado em uma fornalha. Ficou pior enquanto observava Garrick
aproximando-se dele no silêncio do quarto.
Seus movimentos eram lentos, mas seu corpo ainda parecia tão
fluido. Caminhou com um propósito, as costas retas e os ombros para trás.
Seus olhos estavam em Oscar. Não estavam duros e frios, mas ainda
despertavam algo dentro dele que fazia Oscar tremer, apesar do calor. Ele era
a presa. Isso era o que era. Era a presa, e de alguma maneira estranha,
realmente gostava disso.
— Como você está se sentindo?
Oscar piscou.
— Q-quente. — Puxou a camisa novamente. — Quero isso fora.
Garrick não se moveu para ajudá-lo. Isso era decepcionante. Oscar
queria o homem aqui. Ainda podia sentir seu toque quando Garrick o segurou,
e de alguma forma, sabia que se pudesse recuperar isso de novo, tudo ficaria
bem.
— Qual é o seu nome?
— Meu nome? — Oscar ofegou. Por que diabos era tão difícil tirar a
camisa?
— Diga-me seu nome agora. — O tom de Garrick tinha uma sugestão
daquela corrente perigosa que Oscar não sabia o que fazer.
Provavelmente devia tê-lo assustado, e fez um pouco, mas mais do
que qualquer coisa, o deixou excitado como o inferno.
— Meu nome... é Oscar.
— Oscar?
O olhar no rosto de Garrick era quase suficiente para irritar Oscar.
— Se você fizer piadas, vou matar você.
Provavelmente era a coisa errada a dizer. Garrick se moveu tão
depressa que Oscar não o viu, e a próxima coisa que soube, era a mão do
sujeito grande em torno da garganta de Oscar.
Não estava apertando, não do jeito que aquela criatura sombra tinha
apertado sua garganta. Oscar ainda podia respirar, mas havia a ameaça de ter
uma mão fechada em volta de sua garganta e aquele rosto tão perto que seus
narizes se tocavam.
Uma estranha calma se instalou sobre Oscar naquele momento. Era
porque Garrick estava tão perto? Seria porque sua mão estava finalmente na
pele de Oscar?
— Tente dizer isso de novo.
Oscar não entendeu.
— Dizer o que?
Garrick franziu o cenho.
— Você acabou de dizer que ia me matar.
— Sim, se zombar do meu nome.
Isso pareceu confundir Garrick ainda mais, mas então finalmente
pareceu entender, quando puxou para trás sua mão.
— Estava com medo que eu me divertisse com seu nome?
Perguntou como se Oscar devesse ser um nome normal. Tanto faz.
Oscar foi até ele. Estendendo a mão, gemendo, precisando da mão de Garrick
novamente. Pegou o homem pelo pulso e puxou-o de volta.
Não colocou a mão de Garrick sobre sua garganta, mas logo acima de
sua clavícula, onde seus dedos ainda conseguiam alcançar a carne.
O toque era frio, e aliviou a dor do calor que se precipitava através
dele.
— Sinto-me bem.
Oscar fechou os olhos brevemente. Pensou que ouviu um barulho
ronronante naquele momento. Era agradável, calmante, mas quando abriu os
olhos, não viu um gato. Somente viu Garrick, olhando para ele com os olhos
semicerrados, algo selvagem dentro deles.
Oscar continuou a suspirar, mas agora seu membro estava latejando.
Muito perto. Este homem estava muito perto, e Oscar queria mais do que
sempre quis alguém em toda a sua vida.
Abriu a boca, inclinando-se para cima. Garrick parecia que ia se
mexer, Oscar estava prestes a ter a boca deste homem sobre ele, e não podia
esperar para que isso acontecesse. Mas não se mexeu e isso fez Oscar
insatisfeito, ainda aquecido, mas estava pior agora, porque podia sinceramente
sentir o calor do corpo de Garrick tão perto e tão longe.
— Você é humano?
— O quê? — Agora Oscar realmente não entendeu. — Que tipo de
pergunta estúpida é essa?
Estava com raiva, estava excitado, e o homem que queria estava
fazendo perguntas idiotas. Brilhante.
— Preciso saber se é só você ai. A bruxa fez alguma coisa com você?
— Isso me deu um ataque de tosse, e eu realmente, realmente quero
que você me foda.
Oscar gemeu, agarrando Garrick pelos ombros e puxando-o para
baixo. Precisava dele. Precisava disso. Tinha que ter esse homem, ou ia
explodir.
Garrick se afastou. Era muito forte. Estava apenas perto o suficiente
para Oscar continuar a ser intoxicado por ele, mas muito longe dele para
conseguir o que queria.
— Você está abrindo sua boca. Você me queria em você, não é?
— Muito observador, — Oscar ofegou. Conseguiu colocar sua mão na
parte de trás do pescoço de Garrick, e oh Deus, aquele toque era como um
relâmpago correndo por sua pele. Mas ao contrário da verdadeira eletricidade,
havia uma intensidade de prazer que não podia escapar.
— O que... o que está acontecendo comigo? — Oscar ofegou.
— Eu não sei. — Garrick pegou a outra mão de Oscar. Ele a trouxe
para o rosto, permitindo que Oscar o tocasse o quanto quisesse. — Ajuda
quando você me toca?
Oscar assentiu, ainda lutando para respirar, ainda desesperado para
tocar mais, para se aproximar desse homem. Era uma tortura não conseguir
ter mais do que isso.
— Tem certeza de que não me reconhece? De modo nenhum?
Garrick soou como se estivesse com tanta dor quanto Oscar. Ele não
entendia. Tinha esse problema com superaquecimento e toque, também?
Oscar deveria corrigir isso. Puxou Garrick novamente, e desta vez,
graças a Deus, o homem permitiu ser movido, e finalmente conseguiu saborear
os lábios do homem contra os seus.
Ele gemeu. Não conseguia se conter. O toque, o sabor doce. Garrick
era quente, áspero e macio ao mesmo tempo. Riu interiormente. Seu cérebro
estava disparando sobre os nervos de prazer que não sabia que tinha tido, e
nada se comparou quando Garrick enfiou a língua dentro da boca de Oscar,
deixando-o saborear.
Sua boca estava molhada. O beijo estava molhado, mas era o melhor
tipo de molhado, e oh, Deus, Oscar estava sendo arrastado para isso. Seu
corpo estava em chamas, e continuou tentando empurrar seu peito e quadris,
todo o seu corpo, para cima do outro homem. Precisava dele. Precisava disso!
Garrick gemeu, o barulho vibrando na boca de Oscar quando o
homem mais alto subiu na cama com ele, subiu em cima dele.
Seus corpos se juntaram, e embora Oscar ainda estivesse queimando
nas roupas que estava usando, esse era o tipo de calor que queria.
Apesar de suas roupas, sentia o calor do corpo de Garrick, o calor
doce dele, e a força em seus músculos. Jesus, devia malhar muito. Oscar não
conseguia detectar uma grama de gordura nele. Era loucura.
Mas Oscar estava totalmente envolvido nisso. Era incrível. Queria
mais, e deixou sua mão procurar livremente agora que estava livre para fazê-
lo.
— Toque-me, me toque, por favor, — implorou Oscar. Disse isso uma
e outra vez, sempre que sua boca não estava sendo devorada.
Foi assim que sentiu quando Garrick o beijou. O homem estava
tentando comê-lo, dominá-lo, colocar sua marca no corpo de Oscar, e Oscar
estava totalmente amando.
Mais. Dê-me mais. Dê-me tudo. Queria ser totalmente possuído por
este homem. Oscar estava sufocando no calor, mas ainda não era suficiente.
Como poderia querer mais quando estava se sentindo como se estivesse sendo
tão totalmente possuído assim?
Não importava. Nada disso importava, especialmente quando Garrick
subitamente se arrancou e puxou a jaqueta de couro.
Ele a arrancou do corpo, jogando fora como se fosse lixo e deixando-
a no chão para ser esquecida. Fez a mesma coisa com sua camisa escura
embaixo, e Oscar poderia ter chorado de alívio. Finalmente. Finalmente!
Oscar puxou o cinto e o zíper de Garrick. Não conseguia se livrar de
suas roupas em tempo hábil, também poderia tentar tirar Garrick.
Garrick fez aquele barulho ronronante e rosnando novamente, e era
um som tão estranho que Oscar não podia acreditar que estava vindo dele.
Estava vindo dele? Oscar olhou ao redor, só no caso de realmente haver um
gato em algum lugar aqui.
— Olhos em mim, lindo, — Garrick disse, pegando Oscar pela
bochecha e forçando-o a olhar para os olhos escuros.
Algo se suavizou dentro deles, e Garrick gemeu.
— Você é tão fodidamente doce de olhar.
Oscar piscou. Tinha feito comentários sobre seus olhares antes, e em
geral, Oscar sabia que não era ruim de olhar, mas ninguém nunca tinha olhado
para ele e dito que ele era lindo ou doce de olhar. Isso parecia quase
romântico, e Oscar não sabia o que fazer com elogios como esse.
Isso o fez se sentir quase tímido, mas então a dor em seu pau
assumiu. Seu pau saltou quando Garrick abriu o jeans que Oscar tinha
colocado quando tinha ido abrir a clínica para a chamada de emergência.
Garrick estendeu a mão, segurando e tocando a protuberância do
pênis de Oscar. Oscar abriu a boca em um suspiro silencioso. Era como se ele
realmente não tivesse visto aquilo vindo, mas Deus, ele quase não tinha. Como
poderia ser tão bom ser tocado por esse homem? Como poderia ser tão
familiar?
— Tenho esperado tanto tempo por você. Estou tão feliz por ter
voltado.
— Oh Deus, cale a boca e continue fazendo isso, — gemeu Oscar.
Mais. Ele queria mais. Segurou os lençóis e inclinou os quadris para
frente, precisando que Garrick usasse mais pressão.
Ele fez. Deu a Oscar exatamente o que queria, e Oscar se viu
empurrando seu pênis contra aquela bela e gloriosa mão.
Garrick se inclinou, sua boca aquecida pressionando beijos na
garganta e na clavícula de Oscar. Oscar gemeu, desesperado por sentir aquela
boca em toda a sua pele. Só sabia que era a única maneira que ia ser capaz de
se sentir bem.
— G-Garrick, minhas roupas. Quero-as fora. Preciso delas fora!
Garrick recuou. Oscar, honestamente, não esperava que aquelas
mãos o agarrassem pela camisa e a rasgasse.
Foi irritante, e estimulante. Merda, a força de Garrick era tão
excitante, mesmo que tivesse arruinado uma das melhores camisas de
trabalho de Oscar.
— É isso que você quer?
Fez a mesma coisa com a calça de Oscar, arrancando-a do corpo de
Oscar em um completo show de dominância e força. Ele assentiu rapidamente.
— Maldição, isso é incrível.
Os olhos de Garrick brilharam para uma cor diferente, e Oscar
percebeu onde estava o gato que procurava. Era nos olhos de Garrick.
— Estamos apenas começando.
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Ele bateu seus quadris para frente forte e rápido, áspero o suficiente
para que Oscar ofegasse da forma repentina como sua carne bateu uma contra
a outra.
Somente podia se concentrar em respirar quando Garrick fez isso. Mal
podia acreditar que o outro homem estava fazendo isso. Ele era... merda, era
incrível.
Garrick não tinha nenhum sentido do ritmo, mas havia uma sensação
de fome animal com a forma como empurrou seus quadris para frente, a
maneira como rosnava sempre que se encontravam.
Aquele ruído soava tão sujo, Oscar adorou. Amava ainda mais quando
a vibração e o choque de cada impulso direto pulsavam através dele, fazendo-
o tremer, fazendo-o querer perder o controle total.
— Deus, isso é bom. — Oscar tentou empurrar seus quadris de volta
contra Garrick, como se o outro homem não estivesse fazendo todo o trabalho,
e porque se sentia bem. Sempre houve isso. O problema era que mal
conseguia manter o ritmo. Oscar queria acompanhar. Era frustrante que não
pudesse, que estava deitado debaixo deste homem e se divertindo.
Oscar gemeu.
— O que é?
Era tão intenso e interessante a maneira como Garrick não
desacelerou ou parou quando ele fez essa pergunta.
— Quero me mexer. Fazer algo por você.
Garrick sacudiu a cabeça.
— Não se preocupe com isso. Isso é tudo para você. Isto é só para
você.
Oscar não entendeu. Mas gostou. Essas palavras aqueceram o
interior de seu peito e o lisonjearam, mas ninguém nunca tinha sido tão
sexualmente generoso com ele antes. Até mesmo o último namorado que teve,
aquele que amava, adorava e pensava que passaria o resto de sua vida, tinha
sido o tipo de cara que ficava irritado sempre que Oscar gozava muito rápido
ou se Oscar estava cansado e não podia gozar para ele.
A ideia de que ele pudesse simplesmente deitar aqui e sentir era
suposto estar tudo bem?
Não, Oscar queria participar, então era isso que iria fazer. Podia não
ser capaz de empurrar seus quadris para cima para encontrar cada um dos
poderosos golpes de Garrick, mas estava certo como o inferno que ia conseguir
algo feito.
Oscar ainda tinha o uso de suas mãos e boca, então se certificou de
colocá-los em excelente uso.
Inclinou-se, pressionando os lábios para o lado da garganta de
Garrick. Beijou e sugou aquele doce ponto onde pulsava o coração do outro
homem. Garrick soltou um pequeno suspiro. Poderia ter sido o prazer, ou ter
sido a maneira como Oscar estava tocando-o. De qualquer maneira, Oscar iria
aceitar que isso significava que estava fazendo algo certo.
— Quero te tocar. Quero fazer você se sentir bem, — disse Oscar.
Garrick não respondeu. Apenas deu outro gemido quando os dedos
de Oscar encontraram seus mamilos. Oscar os apertou, rolando as pontas dos
dedos sobre eles antes de beliscá-los. Ele não o fez duro, não no início, mas no
segundo que percebeu que Garrick parecia gostar disso áspero, mais áspero do
que Oscar gostava, apertou duro.
Um longo gemido escapou da garganta do homem, Oscar estava
definitivamente fazendo algo certo.
— Quando você quer algo, sempre consegue.
Oscar assentiu com a cabeça.
— Isso está exatamente certo. — Apertou seu ânus em torno do pau
de Garrick. Queria mantê-lo dentro de si, o maior tempo possível, mantendo a
cabeça em forma de cogumelo segura firmemente contra sua próstata, mas,
claro, não era assim que funcionava, e Garrick gemeu enquanto aumentava o
ritmo de seus impulsos. Fodeu Oscar mais e mais rápido, como se para
compensar a pressão adicionada em torno de seu pau.
— Tão apertado. Você se sente tão bem em torno do meu pau, bebê.
— Garrick gemeu novamente. — Porra, senti sua falta.
Oscar também não sabia por que dizia isso, ou quem Garrick pensava
que era, mas parecia certo dizer ao homem que sentia falta dele. Parecia
natural. Ele não deveria dizer isso.
Esperava que Garrick não ficasse chateado com Oscar pela manhã
quando descobrisse que Oscar não era quem pensava que era, mas já seria
tarde demais, e não havia como Oscar pedir para ele parar. Ambos estavam
longe demais, e sentiu a corrida de outro orgasmo crescendo dentro dele, nos
seus testículos apertados e no local logo abaixo da barriga.
Iria gozar, e ia ser grande.
Oscar ofegou para respirar, tentou desesperadamente obter as
palavras que queria quando sentiu o prazer aumentando.
— Goze dentro de mim. Quero sentir você gozando antes de mim.
Quero isso.
Tentou alcançar seu pau, mas Garrick empurrou sua mão para fora do
caminho e se inclinou sobre ele, até o ponto em que Oscar podia sentir seu
pênis preso entre suas barrigas.
— Não toque. Isso é meu.
O tom grunhido na voz de Garrick e a maneira como olhava para
Oscar era mais que suficiente para fazê-lo assentir.
— É seu.
Garrick se moveu. A fricção, o doce alívio de ter seu pênis esfregando
entre suas barrigas foi quase o suficiente para enviar Oscar sobre a borda. Mal
se agarrava em seu autocontrole.
— Você quer sentir alguma coisa? Quer meu toque no seu pau? Então
vai sentir isso.
Garrick continuava se movimentando, mantinha fazendo Oscar sentir
aquele doce e provocador atrito que o levava cada vez mais perto da borda.
Garrick também não estava ficando lento. Estava acelerando. Estava fodendo
Oscar com velocidade e ritmo de um homem que estava na borda, e Oscar
gemeu. Tão perto. Estava tão perto, mas Garrick também, e Oscar estava
desesperado para sentir o homem gozar dentro dele. Tinha que sentir isso.
Precisava.
— Oh Deus, por favor!
Oscar fez isso. Estendeu a mão. A corrida quente do sêmen de
Garrick inundou dentro dele, e só então Oscar sentiu que era capaz de gozar.
A corrida do orgasmo tomou conta de cada nervo em seu corpo. Os
músculos de Oscar apertaram quando gozou. Apertou seu corpo inteiro em
torno de Garrick quando essa sensação disparou através dele.
Então tudo que podia fazer era respirar. O calor que o tinha agarrado
tão fortemente antes de Garrick ter começado a tocá-lo retornou. Oscar ainda
sentia como se estivesse pegando fogo, e não havia ar suficiente no quarto.
Estava desconfortável, o calor ainda parecia que era muito, mas
podia lidar com isso agora, porque era o calor do corpo de Garrick.
Oscar fez o possível para recuperar o fôlego deitando contra o peito
de Garrick. O pesado batimento cardíaco de Garrick era um som reconfortante.
Era reconfortante o suficiente para embalar Oscar ainda mais do que já estava,
apesar de quão duro estava batendo.
Estava nervoso com alguma coisa? Ou assustado? Por que o coração
de um homem estava batendo tão forte e alto? Isso foi mais do que apenas um
orgasmo.
Falando nisso, depois de ter tido tantos orgasmos, honestamente
pensou que ficaria acordado a noite toda, mas este parecia ser o único que
finalmente minou-lhe suas forças.
Oscar sentiu-se mal. Garrick tinha feito tanto por ele, tinha lhe dado
tanto prazer, e tinha dado a Garrick apenas um único orgasmo.
Não havia nada a ser feito, no entanto. Não importava que não
soubesse onde estava ou quem realmente era Garrick. Tudo o que importava
era como estava cansado e quanto queria dormir.
Bem, nunca foi capaz de resistir a uma soneca por muito tempo, e
quando Oscar fechou os olhos, estava dormindo.
Garrick deixou seu companheiro dormir. Observou o homem por um
curto período de tempo.
Olga estava de volta, mas como Oscar.
Garrick passou os dedos pelos cabelos de Oscar. Era mais curto, mas
se sentia como antes. Ainda tão suave como sempre e com os mesmos
destaques.
Além de como era estranho ter seu companheiro de volta com sexo
diferente, Garrick não poderia estar mais emocionado. Seu companheiro havia
retornado. O feitiço que Kevin tinha lançado como Kinsey há tantos anos tinha
se estendido para Olga, permitindo que ela reencarnasse como Oscar, para
voltar a Garrick mesmo depois do fogo terrível.
Era tudo o que Garrick poderia ter desejado, tudo o que poderia ter
pedido. O coração de Garrick ainda estava batendo em seu peito. Não podia
acreditar. Realmente não podia acreditar que poderia ser tão sortudo.
Continuou a assistir a Oscar dormir um pouco mais. Verificou todas as
diferenças em seu companheiro agora em comparação com o que tinha
parecido naqueles anos atrás.
Sua mandíbula não era tão acentuada, mas ainda era atraente. Para
um homem, poderia até ser chamado de um menino bonito. Aquelas palavras
que as crianças estavam usando nos dias de hoje, não era?
Sua pele era um pouco mais áspera ao longo de sua mandíbula,
também. Garrick tinha beijado seu companheiro o suficiente para saber que
era porque Oscar precisava se barbear, mas seus pelos brancos tornavam difícil
perceber. Podia sentir o leve arranhar sempre que tocava o rosto de Oscar, mas
era agradável. Garrick gostava de como se sentia. Não levaria muito tempo
para se acostumar a tudo. Garrick queria beijar Oscar novamente.
Ele quase fez, mas se deteve.
Não, ainda não. Oscar parecia muito bem, mas Garrick ainda não
sabia o que aquela bruxa tinha feito com ele. Poderia ter sido irresponsável da
parte dele ter relações sexuais com seu companheiro antes que soubesse o
que estava acontecendo, mas Garrick não tinha sido capaz de parar. Como
poderia segurar quando Oscar olhava para ele assim? Quando seu
companheiro tinha sido tão aquecido, tão obviamente atingido pela luxúria,
realmente não havia nada que Garrick pudesse fazer, senão ceder.
Era o melhor tipo para ceder, mas agora Garrick precisava descobrir o
que estava acontecendo. Tinha que falar com Kevin novamente.
Garrick suspirou. Foi até o armário. Tinha algumas coisas aqui que
poderia usar, e embora não quisesse, a última coisa que precisava era que seu
companheiro acordasse em um estado de algum tipo de possessividade e
corresse em alvoroço pela casa enquanto Garrick não estava lá.
— Desculpe bebê, mas preciso fazer isso.
Tinha esperança que Oscar não acordasse e ficasse irritado. Garrick
precisava olhar no carro e na carteira de seu companheiro. Precisava descobrir
o que pudesse sobre ele.
Capítulo Cinco
A razão pela qual Oscar não conseguir chegar longe foi porque ainda
estava nu, mas mesmo tentando escapar de uma situação que aparentemente
viu, como sendo uma ameaça, ainda estava tentando segurar o cobertor em
torno de sua cintura.
Ficou tudo muito fácil para Garrick ir atrás de seu companheiro e
pegá-lo antes que chegasse a meio caminho para fora da porta.
Garrick não gostava de enfrentar seu companheiro no chão, mas era
algo que precisava ser feito, mesmo quando Oscar continuou a lutar com ele e
gritar por ajuda.
Kevin saiu de seu quarto, barriga inchada e enorme com a criança
dentro dele. Garrick mal olhou para o outro homem, mas podia dizer o quão
completamente e totalmente desconfortável Kevin estava com essa coisa toda.
O pobre rapaz provavelmente pensou que Garrick estava tentando matar
Oscar.
— Saia de cima de mim! Alguém me ajude!
— Não vou te machucar. Pare de lutar!
Garrick estava ficando frustrado e zangado. Não queria ser uma
dessas coisas porque sabia que nada disso era culpa de seu companheiro.
— Você quer que eu consiga alguma ajuda? — Kevin perguntou, se
aproximando.
— Não, está tudo bem.
Garrick não queria que Kevin buscasse Alistair, porque se o fizesse
isso significaria que seus irmãos ficariam ainda mais suspeitos de ter Oscar na
casa.
— Você tem certeza?
Kevin estava ficando muito perto.
— Tenho certeza. Você pode voltar para o seu quarto.
Oscar abriu a boca, gritou o som mais horrível que Garrick já tinha
ouvido em sua vida e, com uma força que Garrick não esperava, jogou-o fora
de suas costas.
Garrick voou. Suas costas bateram na parede, e ele caiu duro assim
que Oscar voltou a se levantar.
O homem ignorou o cobertor e sua nudez dessa vez, enquanto corria
para Kevin.
Garrick trabalhou no piloto automático enquanto seu companheiro
corria para o companheiro grávido de Alistair. Oscar era rápido, mas Garrick
era mais rápido, mesmo sendo apanhado desprevenido. Garrick voou para
cima e, em três passos rápidos, pegou Oscar pela cintura e puxou-o para longe
de Kevin antes que pudesse pegar o outro homem e machucá-lo.
— Maldição! — Kevin correu para trás o mais rápido que conseguiu, o
que não era muito rápido, considerando o tamanho de sua barriga. Teve que
segurar suas mãos em torno da barriga para gingar a distância.
Enquanto isso, levou toda a força de Garrick apenas para segurar
Oscar, para mantê-lo de machucar Kevin.
— Oscar! Pare! Acalme-se!
Oscar não se acalmava. Ou não podia. Garrick não podia sequer ter
certeza, porque seu companheiro não parecia humano. Rosnou e estalou como
um animal, e seus olhos estavam pretos escuros.
Era como se fosse um demônio, ou possuído por um. Sombras
arrastavam-se daqueles olhos como cobras vivas.
Oh, Deus, aquela bruxa tinha feito algo para seu companheiro, e
agora estava o deixando louco. Que diabos ia fazer?
Kevin gritou para Alistair enquanto corria para as escadas. Garrick
desejou que não o fizesse, mas neste momento, não podia culpá-lo por isso, e
sabia que era a coisa certa a fazer. Por que não chamaria seu companheiro
quando o companheiro de Garrick estava ficando louco?
Oscar rosnou de novo, aquele mesmo ruído horrível e desumano,
enquanto soltava o punho e acertava Garrick na mandíbula.
Não doeu, não realmente, mas Garrick com certeza sentiu isso.
Precisava acalmá-lo. Se não conseguisse que seu companheiro ficasse
calmo e voltasse a se controlar, então Alistair iria subir aqui em uma
tempestade furiosa e Garrick teria uma briga em suas mãos.
Não importava o que Oscar tinha acabado de tentar fazer, Garrick
nunca deixaria qualquer mal chegar a ele. Este era seu companheiro, e iria
protegê-lo com sua vida. Não falharia desta vez.
Garrick agarrou os braços de Oscar em um aperto apertado, cavando
suas garras na pele enquanto puxava o homem de volta e forçava as costas de
Oscar contra seu peito.
— Acalme-se. Tenho você. Se acalme.
Oscar não se acalmou, não imediatamente, mas Garrick concentrou
toda sua energia no outro homem. Respirou profundamente, permitindo que
Oscar sentisse seus batimentos cardíacos e sua respiração.
Oscar continuou a rosnar, a lutar, mas cada movimento tornou-se
cada vez mais calmo. Já não havia tanta luta, sentado ali, respirando com ele,
absorvendo a energia de Garrick.
Garrick deixou suas mãos deslizarem para baixo e em torno da
cintura de Oscar e estômago.
— Sinta minhas mãos. Você me conhece. Sabe quem sou. Você está
seguro.
Garrick tocou o peito de Oscar, deixando suas mãos roçarem os duros
mamilos do homem, mas não os provocando, nem mesmo quando ouviu o
gemido de Oscar.
O pau de Oscar estava duro. Isso parecia acontecer com bastante
rapidez, mas Garrick ignorou isso, também, mesmo quando sua mão coçava
para segurar o pênis de Oscar e acariciá-lo. Talvez um orgasmo fosse bom para
trazer Oscar para seu antigo eu, mas mesmo Garrick querendo seu
companheiro, não poderia foder Oscar ou empurrá-lo no meio do corredor
quando não estava inteiramente ele mesmo. Então, ouviu o som do grito
furioso de Alistair do andar de baixo.
— Onde diabos ele está?
Merda.
— Bebê, preciso que você mantenha a calma, certo? Precisamos
voltar para o nosso quarto, e vai ficar lá até eu ir buscá-lo.
Oscar gemeu. Garrick os puxou de pé. Eles haviam escorregado para
o chão quando Garrick o agarrou, mas o som dos passos de Alistair subindo
correndo as escadas fez Garrick se mover mais rápido.
Os olhos de Oscar ainda não estavam completamente escuros.
Estavam um pouco mais no lado opaco e cinza. Algo ainda estava claramente
lá, mas não tinha a mesma influência sobre Oscar que tinha estado lá há um
minuto.
Alistair estava ali, de frente para Garrick quando empurrou Oscar de
volta para seu quarto e fechou a porta.
Ele se virou quando Alistair o empurrou.
Garrick o empurrou para trás, afastando-o da porta.
— Foda-se! Nem pense nisso!
— Ele tentou colocar os dedos na garganta de Kevin! O que acha que
vou fazer?
— Você não vai entrar lá. Fique longe dele.
Os olhos de Alistair se tornaram vermelhos. Ele era um alfa que
claramente não gostava de ouvir que não estava prestes a conseguir o que
queria.
Garrick sacudiu a cabeça.
— Não. Nem pense nisso. Eu cuido disso.
Alistair sacudiu a cabeça. Estava furioso, e todo o corpo de Garrick
ficou tenso. Preparou-se para uma luta contra seu irmão para defender seu
companheiro.
— Alistair, eu te amo, realmente faço, mas eu juro por Deus se você
entrar lá, vou lutar com você até a morte. Não estou brincando sobre isso.
Ele quis dizer isso. Fazia.
Os olhos de Alistair ficaram vermelhos. Seu corpo também estava
tenso. Parecia que estava prestes a perder sua própria mente, também.
Garrick poderia ter piorado as coisas dizendo a seu irmão que iria
lutar com ele. Maldição. Que diabos faria se Alistair tentasse lutar aqui no
corredor?
Eles se olharam para o que tinha que ser uns bons cinco minutos
antes de Alistair grunhir.
— Certifique-se de mantê-lo preso. Até que saibamos o que está
acontecendo, não o quero fora de sua vista.
— Não vai acontecer de novo.
Foi bom o suficiente. Garrick agarrou-se a isso, e aceitou. O lado alfa
dele ainda queria lutar, assim poderia defender a honra de seu companheiro,
mas isso viria mais tarde.
Alistair olhou para a porta, olhou para ela, como se estivesse
tentando ver Oscar através, mas finalmente, felizmente, ele se virou e saiu.
Kevin estava no fim do corredor, observando-os. Deu uma expressão
triste para Garrick, como se não esperasse que Alistair subisse aqui e quisesse
matar o homem, mas Garrick não tinha nada contra ele.
Kevin estava assustado. Claro, tinha ido para Alistair.
Kevin era a razão pela qual Garrick tinha seu companheiro de volta
para começar. Nem sequer pensaria em ficar irritado com Kevin, mas agora,
tinha coisas mais importantes para se preocupar.
Garrick respirou profundo. Precisava verificar Oscar. Falaria com Kevin
mais tarde. Oscar era a sua principal prioridade.
Garrick bateu na porta antes de abri-la.
— Oscar?
Seu companheiro não estava na cama. Estava sentado no canto do
quarto, no chão com os joelhos para cima. Uma posição de proteção total.
Entrou no quarto, fechando e trancando a porta atrás de si, apenas
para se certificar que seu companheiro ficava a salvo.
— Ei, você está bem?
Oscar sacudiu a cabeça. Tinha os braços enrolados ao redor dos
joelhos, e seu rosto estava pressionado contra seus braços.
— Não fique envergonhado. Está tudo bem. Vamos descobrir o que
está errado.
Oscar passou a mão pelo cabelo, os dedos apertando as mechas.
— O que aconteceu comigo?
Garrick não podia evitar. Tinha que tocar em seu companheiro, então
isso era exatamente o que faria. Colocou a mão no ombro de Oscar, e foi o
toque pele-com-pele que parecia fazer tudo parecer muito melhor naquele
momento. Garrick sentiu como se finalmente pudesse respirar, e quase parecia
que a tensão e pressão nos ombros de Oscar diminuíram um pouco também.
— É por isso que tivemos que levá-lo. Quando aquela bruxa te atacou
em seu carro ontem à noite, fez algo para você. Vamos consertá-lo. Kevin é
bom com esse tipo de coisa. Ele vai consertar isso. Ei, olhe para mim.
Teve que levar sua mão sob os braços de Oscar, forçando seu
companheiro a enfrentá-lo. Não era a melhor coisa do mundo para fazer, mas
era melhor do que nada naquele momento. Pelo menos seu companheiro
estava olhando para ele, mas aquela expressão com olhos lacrimosos cutucou
Garrick no coração.
— Eu vou ficar bem?
Garrick não podia se segurar. Absolutamente não podia, então puxou
seu companheiro para ele até que seus braços estavam apertados em torno
dos ombros em um abraço firme.
Tentou empurrar todo o seu amor e devoção dentro do outro homem,
tentou fazê-lo de modo que Oscar sentisse e fosse confortado por ele.
— Você vai ficar bem. Vamos superar isso.
Isso não era sobre Garrick, nem um pouco, mas estava tão
fodidamente feliz quando seu companheiro o segurou de volta, quando Oscar
não o afastou.
Oscar o abraçou como se precisasse de Garrick para respirar.
Demorou mais ou menos uma hora para que o tom cinzento
finalmente deixasse os olhos de Oscar completamente. Naquele momento,
Garrick ficou um pouco mais confiante de que poderia tirar seu companheiro
do quarto.
Oscar parecia bem. Estava calmo, não mais tentando escapar. Não
agora que percebeu que poderia haver algo realmente errado com ele.
Garrick não contou a Oscar sobre sua vida anterior, sobre o fogo,
nada disso. Não queria despejar muita coisa no homem, já era bastante ruim
que Oscar estivesse aprendendo sobre todas as coisas assustadoras do mundo.
Oscar vestiu-se com algumas roupas que Garrick tinha sido obrigado
a emprestar de Tomas, mas pelo menos serviam nele.
Oscar parecia chocado com a ideia de bruxas. Garrick ainda não tinha
dito ao seu companheiro que ele poderia se transformar em um puma, embora
pela maneira como Oscar às vezes olhava para ele, Garrick tinha a impressão
de que já suspeitava que algo era diferente.
— O que vou fazer sobre o meu trabalho? Tenho que ir trabalhar.
— Liguei para o seu trabalho antes de acordar — disse Garrick. Ele
enviou uma mensagem para Alistair e seus irmãos mais cedo dizendo que ia
levar seu companheiro para tomar café da manhã. Isso permitiria que eles e
seus companheiros ficassem fora do caminho, enquanto tinham a certeza de
que estariam atentos a quaisquer ruídos potenciais se Oscar perdesse o
controle novamente.
— Você ligou para o meu trabalho?
Garrick assentiu, observando seu companheiro de perto enquanto
tentava fingir que não o estava observando.
— Sim, desculpe por isso. Tive que olhar em sua carteira, carro e
telefone antes de encontrar todos os números que eu queria. Liguei e disse
que você tropeçou e machucou sua perna. Vai se recuperar de uma leve torção
entre duas e quatro semanas.
Oscar notavelmente empalideceu com aquele número.
— Será que realmente levará tanto tempo antes... antes que essa
coisa esteja fora de mim?
— Não, — disse Garrick. Ele não fazia ideia de quanto tempo
demoraria, mas queria dar alguma esperança ao seu companheiro. — Isto é
apenas para sua segurança, realmente.
— Preciso trabalhar. Não posso ficar sem trabalhar. Acabei de me
mudar para esta cidade. Não tenho dinheiro para ficar sem trabalho tanto
tempo. E se eu for demitido?
Estava disparando tantas perguntas rapidamente que estava
seriamente começando a fazer Garrick preocupado por sua saúde mental.
Garrick teve que parar seu companheiro antes que pudessem fazer um buraco
no chão de tanto andar.
— Ei, olhe para mim. Respire, tudo bem? Tudo vai ficar bem.
Oscar sacudiu a cabeça.
— Vai ficar — insistiu Garrick. — Sei que vai. Se você está tendo
problemas de dinheiro, não se preocupe com isso. Posso cobrir o aluguel do
seu lugar até que possa voltar ao trabalho.
Não que Garrick estivesse planejando deixar seu companheiro voltar
para o apartamento onde estava hospedado. Só estava oferecendo isso para
deixar Oscar tranquilo.
— Não acho que seu chefe vai demiti-lo. Ele parecia um cara certo e
me disse para lhe dizer para se cuidar, embora pedisse que ligasse para ele.
OK? Você vai ficar bem, e essa coisa vai se resolver muito em breve e poderá
voltar a ser um veterinário normal. Certo?
Oscar tinha esse olhar de olhos arregalados em seu rosto, como se
ainda não pudesse acreditar completamente que isso estava acontecendo, mas
pelo menos acenou com a cabeça, finalmente.
— Sim, ok, mas você pode soltar meus ombros? Meus braços
realmente doem.
Garrick recuou rapidamente, mas só porque sabia que Oscar não
estava mentindo para fazê-lo soltar.
As manchas nos braços de Oscar, onde Garrick o tinha agarrado
antes, tinham grandes hematomas agora. Os pontos em que os dedos de
Garrick haviam cavado haviam até sangrado um pouco, e aqueles pareceram
incrivelmente dolorosos para um ser humano.
O resto de seus braços teria impressões de mãos pretas e azuis
dentro de algumas horas.
Garrick tinha boas razões, mas seu coração doía ao ver que ele
colocara essas marcas em seu companheiro.
— Desculpe.
Oscar assentiu, mas permaneceu quieto quando desceram as
escadas.
Quando chegaram lá, pareceu se animar um pouco ao ver a cozinha.
Oscar até assobiou ao ver os muitos aparelhos de aço inoxidável.
— Jesus, sério? Você é rico?
Garrick riu quando abriu a geladeira, tirando uma caixa de ovos.
— Quando você viveu tantos anos como eu e meus irmãos temos,
você acumula alguma riqueza.
Isso tinha que ser uma piada.
— Vocês inventaram um aplicativo ou algo assim?
Garrick soltou uma gargalhada.
— Não, nada disso. Na verdade, nenhum de nós é particularmente
bom em usar computadores. Estava falando sério. Somos todos mais velhos do
que parecemos, e ganhamos muito dinheiro durante esses anos. Depois de um
tempo, começamos a nos interessar em finanças, e há o negócio em que Yuki
investiu.
— Sério? Isso é legal. Não sei nada sobre investir.
— Nem o resto de nós, mas é o conhecimento de Yuki com números
que nos mantém onde estamos. Você não é alérgico a nada, não é?
Oscar balançou a cabeça, o que era ótimo porque era o momento de
Garrick brilhar, fazendo ao seu companheiro um bom café da manhã.
As vitaminas e as proteínas eram importantes para o corpo, e para
Oscar se recuperar de tudo o que aquela maldita bruxa tinha feito, ia precisar
de toda a força que pudesse obter.
Não era apenas isso. Garrick sabia disso, e aparentemente Oscar
percebeu quando Garrick colocou o prato na frente dele.
— Por que... por que você está fazendo tudo isso por mim?
Aquela dor no peito de Garrick retornou. Atirando diretamente no
coração quando seu companheiro olhou para ele assim, como se fosse
pequeno, assustado e indefeso.
— Porque eu amo você.
Algo piscou nos olhos de Oscar. Uma lembrança? Ele estava se
lembrando do que aconteceu em sua vida anterior? Estava se lembrando
deles?
— Como poderia me amar? Você não me conhece. Nós nos
conhecemos ontem à noite.
O rubor inundou todo o pescoço de Oscar e seu rosto pela menção da
noite passada, e como Garrick suspeitou, seu companheiro não tinha
esquecido o que aconteceu. Simplesmente não queria admitir que sabia que
tinham feito sexo.
Garrick estendeu a mão para pegar a mão de Oscar. A emoção que
correu através dele quando seu companheiro permitiu o toque foi intenso, o
suficiente para fazer o coração de Garrick brevemente acelerar.
— Eu te amo porque você é meu companheiro. Não se lembra de nós,
mas você vai. Pouco a pouco.
Foi assim que aconteceu com Tomas e Kevin, então Garrick Iria
assumir que seria o mesmo com Oscar.
Oscar piscou para ele, ainda dando-lhe aquele olhar de olhos
brilhantes de cervos pegos em faróis, mas então sua expressão suavizou e
algo apareceu lá que não tinha estado há um minuto.
— Você sente, não é? — Garrick sentiu o calor subindo no ar. Não era
só ele. Era seu companheiro, também, mas em seu companheiro, estava
especialmente quente. — Você pode sentir a atração entre nós. Sei que você
pode.
Oscar engoliu em seco, desviou o olhar e olhou para ele.
Aqueles olhos cinza-verdes eram perfeitos. Eram exatamente como
Garrick se lembrava deles. Tocou o rosto de Oscar. Claro que se sentia um
pouco diferente e parecia diferente, mas ainda era o companheiro de Garrick.
Ainda era o único que Garrick amava mais do que qualquer coisa e qualquer
outra pessoa no mundo inteiro.
— Estava tão fodidamente assustado que eu tinha esquecido como
eram seus olhos. Estou tão feliz por você ter voltado. Está tudo bem se não
entender, e está tudo bem se não se lembrar de tudo imediatamente. Vamos
chegar lá. Juntos vamos chegar lá, e tudo ficará bem.
Oscar assentiu com a cabeça, os olhos ficando meios fechados, como
se parecesse esquecer tudo sobre a comida e se inclinasse para que a boca de
Garrick estivesse em cima da dele.
Capítulo Seis
Provavelmente era uma coisa boa que ninguém estivesse por perto,
mas se alguém tivesse entrado na cozinha naquele momento, tinha certeza de
que não teria se importado. Não com a maneira perita que as mãos de Garrick
o tocavam, acariciando sua pele, suas coxas, e então seus mamilos.
Oscar gemeu.
— Você realmente sabe o que está fazendo.
Garrick não parou de beijar sua garganta, e suas mãos não pararam
sua exploração sob a camisa e a calça de Oscar.
Ele tinha ficado um pouco preocupado que talvez Garrick não
entendesse totalmente o que estava fazendo, mas agora tinha que questionar
sua própria sanidade sobre isso. Era claramente o tipo de homem que sabia
exatamente o que estava fazendo, e Deus, se sentiu tão bem.
Oscar fechou os olhos, apertando os lábios, e lutando para conter o
prazer que se acumulava dentro dele. O calor, o prazer, o modo como sua
cabeça começava a flutuar.
Via coisas sempre que fechava os olhos, coisas que não conseguia
explicar, mas muita coisa tinha a ver com Garrick e Oscar. Pelo menos, Oscar
pensou que era ele. Sentia-se diferente. Era uma lembrança, certo? Tinha que
ser uma lembrança, e nela, Garrick estava beijando-o e amando-o tão
apaixonadamente e grosseiramente como estava agora.
Oscar pensou que algumas coisas se sentiam um pouco diferentes
nessa memória, mas, de outra forma, era real, assim como as emoções, a
forma como seu coração inchou quando Garrick disse que o amava e a maneira
como Oscar queria constantemente se jogar no outro homem.
Ele ofegou, e não era apenas da maneira como Garrick caiu de
joelhos ou a forma como sua boca pressionou contra a protuberância no jeans
de Oscar antes de desabotoar a calça e puxá-la para baixo.
Merda, Oscar também o amava. Como isso era possível? Como podia
acontecer quando nem conhecia o cara? Algo estranho estava acontecendo,
mais estranho do que apenas o fato de que havia uma coisa esquisita dentro
dele que o fazia fazer coisas perigosas.
O que poderia ser mais estranho no mundo do que estar apaixonado
por um homem que não conhecia? Não só isso, mas sentir como se precisasse
de Garrick para respirar, para funcionar adequadamente. Era estranho, e era
bonito porque quanto mais Garrick o tocava, mais sua boca beijava em torno
das coxas, ignorando seu pau e provocando-o, mais Oscar queria se derreter
nos braços do homem.
Garrick poderia fazer o que quisesse, sempre que quisesse, e ele
deixaria isso acontecer. Não ia lutar contra isso. Era tarde demais, e se deixou
levar.
Garrick sentiu isso. Não tinha certeza do que foi que fez para que o
clique acontecesse dentro de sua cabeça, mas definitivamente estava lá, e o
sentiu.
A aceitação, o ímpeto do prazer e a necessidade que sentia de seu
companheiro eram além de intoxicante. Garrick gemeu com isso, com a súbita
descarga de adrenalina que se infiltrou em seu corpo enquanto beijava, lambia
e mordia a pele de Oscar com mais vigor do que nunca.
Seu companheiro o queria. Seu companheiro o amava de volta. Não
entendia tudo ainda, e não sabia o que estava acontecendo, não inteiramente,
mas o desejo e o carinho estavam lá.
Garrick aceitaria, e o faria feliz. Era isso que queria. Oh deuses, isso
era o que estava esperando.
— G-Garrick, por favor — suplicou Oscar.
Garrick olhou para seu companheiro, quando Oscar mordeu os nós
dos dedos. Ele sempre teve o hábito de fazer isso em sua vida anterior juntos.
Sempre que estava se sentindo um pouco brincalhão, um pouco exagerado e
vigoroso, Oscar tinha um divertido hábito de levantar o dedo até a boca e
morder a articulação.
Era bom ver que mais coisas tinham voltado do que apenas os
cabelos e olhos. O fato que a personalidade fosse a mesma fez o pênis de
Garrick latejar duro e pesado entre as pernas.
Enrolou os dedos em torno do pênis de Oscar, acariciando,
observando como não era muito diferente de tocar seu próprio pênis.
— Isso é o que você quer?
Empurrou a mão para cima e para baixo.
Oscar arregalou os olhos. Deixou cair a mão, permitindo que Garrick
visse mais claramente a cor que inundava suas bochechas e a luxúria que
estava lá.
— Você é tão fodidamente lindo.
A cor no rosto de Oscar se aprofundou mais antes de Garrick deixar
seus lábios deslizarem pela cabeça do pênis de Oscar.
Oscar aspirou profundamente, e seu corpo tremeu. Garrick podia
sentir cada movimento, cada respiração, cada suave tremor e agitação sob
suas mãos, e isso era uma emoção sem preço.
Garrick gostava dessa parte mais do que pensava. Gostava que seu
companheiro fosse um homem, achou que não havia muito para se acostumar.
Apreciou o controle que lhe permitiu ter sobre seu companheiro, junto com os
ruídos que Oscar fazia enquanto ele girava sua língua e afundava sua boca
mais profundamente em torno do pênis.
Esperava que essa parte se sentisse muito diferente, mas não. Sentia
como devia ser. Como um homem fazendo amor com seu companheiro.
— Oh Deus, — gemeu Oscar.
Deixou seus dedos deslizarem pelo cabelo de Garrick, e suas unhas
rasparam suavemente contra o couro cabeludo de uma maneira que Garrick
apreciou enormemente. Ele gemeu afundando mais baixo até que sentiu a
ponta do pau de Oscar suavemente tocar a parte traseira de sua garganta. Só
então recuou.
Oscar continuou gemendo e tremendo. As únicas coisas que parecia
capaz de dizer naquele momento eram as maldições e os apelos a Deus.
Bom. Era exatamente como queria mantê-lo, também.
Ele sugou suas bochechas. O desejo de fazer seu companheiro
completamente desgastado por seu toque, sua boca, e sua língua, e nada
mais, era demasiado grande para ignorar.
— Foda-se, você é... você é realmente bom nisso. Não pensei que
seria.
Ele não fazia? Maldito. Garrick ia ter que se certificar de que seu
companheiro não mantivesse esse pensamento em sua cabeça por muito
tempo.
Garrick gemeu. Gemeu e se certificou de soltar o som para que seu
companheiro sentisse essas vibrações contra seu pênis. Garrick amou quando
isso foi feito com ele, e se certificou de fazer absolutamente tudo o que
gostava, para ter certeza que Oscar gostaria.
Levantou a mão, segurando os testículos apertados de Oscar.
Gentilmente, muito gentilmente, os enrolou em sua mão.
O gemido e a maneira como as coxas de Oscar tremeram foram o
suficiente para forçar Garrick segurar seu companheiro. Caso contrário,
poderia cair de joelhos.
Garrick puxou a boca para trás.
— Você pode ficar de pé?
— Não pare.
— Você pode ficar de pé?
Oscar assentiu, um pouco freneticamente, o que tornou um pouco
engraçado.
— Bom saber.
Oscar manteve seus olhos nele enquanto retornava sua boca para
onde deveria ter estado o tempo todo. A boca de Oscar abriu quando sua
cabeça caiu para trás.
Sim, Garrick estava definitivamente fazendo isso certo. Quanto mais
Oscar reagia, mais alto gemia, e mais duro agarrava o cabelo de Garrick, mais
animado ele se tornava.
Cristo, seu companheiro sempre foi sensível. Isso foi incrível, e
Garrick aproveitou tudo isso.
Foi forçado a liberar os testículos de Oscar, no entanto. Garrick
gemeu duro e profundamente na garganta, e não apenas porque estava
tentando fazer com que seu companheiro gozasse com os ruídos, mas porque
Garrick estava começando a perder o controle de si mesmo.
Precisava chegar ao seu pênis. Qualquer coisa para o atrito que lhe
permitiria obter algum nível de controle.
Foda-se, não conseguia se lembrar da última vez que tinha estado
tão sensível apenas tocando seu próprio pênis. Garrick empurrou sua mão
enquanto sacudia a cabeça para frente e para trás no pau de Oscar.
— Oh, merda. Oh Deus, é isso. Eu vou... vou...
Estava claro o que ia fazer, e como na noite passada, Garrick queria
isso. Queria absolutamente tudo o que seu companheiro tinha para lhe
oferecer.
Girou a língua em torno do pênis de Oscar. Sugou mais forte e
balançou a cabeça para frente e para trás o mais rápido que podia.
— Goze, bebê. Goze. quero isso na minha boca. Quero você dentro
de mim.
Oscar gritou enquanto espasmava e gozava. Segurou mais apertado o
cabelo de Garrick, e Cristo, não ficaria nem um pouco surpreso se isso o
fizesse calvo, mas estava disposto a suportar por causa de seu companheiro e
pelo calor que estava jorrando dentro de sua boca. Foi fantástico. Foi ótimo.
Tinha ouvido que não tinha um gosto tão bom, mas não achou nada de errado
com o sabor de seu companheiro. Estava muito feliz de engoli-lo.
Não parou por aí. Sabia que seu companheiro tinha mais para dar do
que isso, e por isso que não parou. Havia mais. Tinha que tomar mais, e Oscar
não parou de tremer e gemer enquanto estava sendo ordenhado até o último
de seu prazer.
Não. Não o último. O gato dentro do corpo de Garrick sabia que havia
mais, e Iria o creme.
Quase bufou quando esse pensamento deixou sua cabeça. Tinha que
se afastar.
— Oh Deus. — Oscar afundou de joelhos desta vez, como se não
pudesse suportar manter-se em seus pés mais.
Garrick precisava beijá-lo, de modo que era exatamente o que faria.
— Venha cá.
Ele se inclinou, colocando a mão atrás do pescoço de Oscar e
puxando-o para frente. A boca de Oscar se abriu antes que seus lábios se
encontrassem, como se quisesse dizer alguma coisa, mas não conseguia tirar
as palavras antes que fosse tarde demais.
Garrick beijou seu companheiro. Não apenas o beijou. Dominou-o
completamente e totalmente. Enfiou a língua dentro da boca de Oscar e se
assegurou que seu companheiro soubesse a quem pertencia quando o fez.
Oscar se agarrou a ele como se iria desmoronar, caso o soltasse, e
isso era bom. Foi bom porque, quando beijou seu companheiro, sentiu como se
fosse voar.
Oscar inclinou a cabeça para trás e inclinou a cabeça para o lado, um
ângulo que permitiu Garrick tirar melhor proveito de sua posição no chão, e foi
doce. Cada respiração áspera e cada grunhido suave que veio da garganta de
Oscar atingiu Garrick diretamente no peito.
Ele afastou as bocas e passou os dedos pelos cabelos de Oscar.
— Deuses, esperei por tanto tempo.
A confusão nos olhos de Oscar era óbvia, mas não discutiu com
Garrick.
— Vou ter que te contar tudo. Juro que vou — Garrick prometeu, e os
puxou de pé. — Mas por enquanto, vou precisar que você vire de frente para a
ilha da cozinha.
Oscar engoliu em seco, mas acenou com a cabeça e rapidamente fez
o que lhe pediu, colocando as mãos no balcão de mármore antes de olhar por
cima do ombro, como se soubesse o quão desejável era, como se soubesse o
quanto Garrick o desejava. Tendo prazer nesse conhecimento.
Garrick puxou a calça de Oscar pelo resto do caminho, deslizando
atrás de seu companheiro. Eles ainda estavam na maior parte vestidos, e isso
fez Garrick ainda mais animado do que provavelmente teria estado.
Ele se inclinou para perto, sussurrando contra a orelha de Oscar.
— Você não está preocupado que alguém venha nos ver?
Oscar permaneceu em silencio.
— Responda-me, bebê.
Garrick estendeu a mão para frente, com a mão encostada e
acariciando o pênis de Oscar. Estava duro novamente, não exatamente ao nível
de desespero que tinha estado antes de gozar da primeira vez, mas estava
sensível o suficiente que Oscar abriu a boca em um suspiro silencioso quando
sentiu o toque da mão de Garrick.
— Eu... eu não...
— Vamos lá você consegue. Diga-me o que está pensando. Você está
envergonhado?
— Um pouco, — Oscar perguntou, as palavras saindo como se tivesse
finalmente conseguido forçá-las para fora.
Garrick esfregou seu pênis contra a bunda de Oscar.
— Isso te preocupa?
Outro estremecimento, outro gemido, e desta vez Oscar ainda rosnou
um pouco.
Um som tão bonito. Um barulho tão incrível para ouvir da garganta
do seu companheiro.
— Eu... eu não me importo. Apenas foda-me. Como fez ontem à
noite. Oscar olhou por cima do ombro, e aquela sensação de brincalhão que
tinha estado lá antes tinha desaparecido. Estava fora e foi substituído por algo
mais desesperado, algo que o puma dentro do corpo de Garrick respondeu de
todo o coração.
Achou a primeira coisa que podia na cozinha que poderia usar para
isso, e acabou por ser o óleo vegetal que estava em cima do fogão.
Molhou os dedos antes de empurrá-los para dentro do corpo de
Oscar. Por mais ou menos um minuto, ficou preocupado que pudesse ter sido
muito áspero, que poderia estar deixando seu lado alfa levar a melhor sobre
ele.
Não. Não é o caso. Não quando Oscar gemia assim, empurrou sua
bunda de volta, e gritou para Garrick para continuar, para empurrar seus dedos
mais para dentro.
— Você gosta disso? — Garrick passou um braço em volta dos
ombros de Oscar, usando-o para segurar os dois enquanto empurrava seus
dedos mais profundamente, fodendo com o dedo ao seu companheiro,
preparando-o.
Oscar continuou ofegante.
— Sim.
Garrick apertou os dedos ainda mais profundo do que antes. Não
sabia muito bem o que estava fazendo aqui, ainda não, mas tudo o que fazia
parecia estar indo bem, pois Oscar continuava gemendo e empurrando para
trás contra os dedos de Garrick.
Garrick sabia ler a linguagem corporal de seu companheiro, e fez tudo
o que seu companheiro lhe disse para fazer. Fosse com seu corpo ou sua voz,
ele fez.
— Foda-se, isso é bom. — Oscar deixou sua cabeça cair em seus
braços. Estava completamente e totalmente curvado sobre a ilha, e foda se a
visão disso não fez Garrick ir selvagem com luxúria.
— Acho que você está fazendo isso comigo de propósito.
Oscar apertou seus lábios, outro gemido suave escapando de sua
garganta.
— Preciso disso. Preciso disso.
Pelo menos foi um elogio. Seu companheiro precisava dele, e mesmo
que não conseguisse falar que precisava dele, o desespero estava lá.
Garrick cravou os dedos.
— Quero fazer você gozar gritando. Vou dar-lhe o tipo de prazer que
só poderia sonhar antes.
Garrick empurrou os dedos para frente e para trás, espalhando-os e
provocando a próstata de seu companheiro, vendo como o corpo de Oscar se
transformava em uma gelatina.
— Você deveria ver a si mesmo. Tão fodidamente sexy. Parece que
mal se segura ao balcão, mas continua empurrando para trás contra meus
dedos. — Garrick usou sua outra mão para acariciar seu pau, apenas o
suficiente para que pudesse obter um pouco do atrito que precisava, e gemeu.
— Droga, quero estar dentro de você. Meu pau dói. É assim que eu preciso.
— E-então você deve parar de falar e fazê-lo.
Garrick ronronou.
— Isso é um desafio?
Oscar olhou-o por cima do ombro.
— Absolutamente.
Garrick sorriu.
— O que quiser, você ganha.
Puxou seus dedos livres, esparramando mais do óleo vegetal sobre
seu pau duro antes de alinhar a cabeça com a bunda de Oscar.
Gemeu quando a ponta tocou o ânus do homem, e começou a
empurrar para dentro.
Oscar suspirou antes mesmo de ser violado, e quando seu corpo
cedeu, a pressão, o calor apertado em torno do pau de Garrick era quase
demais. Gemeu um barulho áspero, e quando esse prazer o agarrou, respirou
fundo, balançando a cabeça.
— Desculpe, bebê. Não posso me segurar.
Ele não deu a Oscar uma chance de dizer qualquer coisa a isso,
enquanto empurrava seu pau o resto do caminho para frente, enchendo seu
companheiro, e o barulho áspero de prazer que Oscar deixou sair foi suficiente
para dar a Garrick o que precisava.
Rosnou. Estava longe demais, e bombeou seus quadris duramente e
rápido, batendo a pélvis contra a bunda de Oscar, possuindo-o, reclamando-o.
Oscar era seu, e nunca o deixava ir.
— Gosta disso. Bem assim, — Oscar gemeu, o que foi suficiente para
Garrick. Ele ficou selvagem com seus movimentos. Gemeu enquanto fodia seu
companheiro mais duro, mais rápido. Deuses, tinha sentido falta disso.
Precisou disso por tanto tempo. Como tinha vivido durante todos esses anos
sem ele?
— Te amo. Te amo muito, maldição.
Oscar gemeu um barulho longo e alto. Jogou a cabeça para trás,
expondo o pescoço, e Garrick segurou seu peito apertado para que pudesse
beijar e chupar a garganta.
Chupou forte o suficiente para que soubesse que haveria uma marca
deixada lá. Seus beijos deixariam seu companheiro marcado.
Foda-se, a ideia disso era tão malditamente sexy, de seu
companheiro andando com pequenas marcas de amor.
Não era como se Garrick pensasse que qualquer de seus irmãos
precisasse da lembrança, ou que tentariam roubar seu companheiro, mas,
maldição, ainda queria desesperadamente colocar essas marcas em seu
amante.
— Tão apertado. Você é tão apertado, e é meu. Nunca se esqueça
disso.
— Não vou.
— Você é meu companheiro, — Garrick disse com um gemido,
fodendo o corpo de Oscar mais duro, mas abrandando o ritmo, permitindo-se
apreciar esse acúmulo constante de prazer ainda mais do que antes.
Ia explodir com ele. Iria entrar em erupção, e cada vez que fazia isso
dentro de seu companheiro, cimentava sua conexão, tudo fazia se sentir mil
vezes melhor.
Garrick rosnou para o ouvido de Oscar.
— Diga que você é meu. Quero ouvir dizer isso.
Oscar gemeu.
— Sou seu.
Isso era muito fácil. Garrick não tinha certeza de que seu
companheiro quisesse dizer isso.
Bateu no traseiro dele. O barulho e o tapa acordaram-no
definitivamente de sua névoa de prazer, quando abriu os olhos e gritou.
Garrick não terminou. Segurou seu companheiro apertado em seu
peito e rosnou em sua orelha.
— Diga que gosta de dizer isso.
A boca de Oscar caiu aberta enquanto ofegava, os olhos semicerrados
e o rosto corado de prazer.
— Diga, — disse Garrick, quase rosnando as palavras.
Precisava ouvi-las. Não tinha pensado que precisaria ouvir essas
palavras tanto, mas agora que tinha a ideia em sua cabeça, fazia.
Diga! Por favor, diga. Precisava de seu companheiro para dizer que
precisava dele.
— Eu também te amo.
Garrick parou abruptamente. Simplesmente parou. Não podia evitar.
A última coisa que esperava ouvir era que seu companheiro o amava.
Bem, sabia que Oscar o amava, mas não esperava que estivesse
disposto a admiti-lo tão cedo.
Oscar também não se mexeu. Olhou por cima do ombro, mas foi
rápido para desviar o olhar novamente, como se estivesse envergonhado por
ter dito algo assim.
— Você me ama?
Oscar ainda se recusava a olhar para ele. Deu de ombros e
murmurou algo tão baixo que Garrick não conseguiu ouvi-lo.
Garrick não precisava ouvir o que seu companheiro havia dito. Tinha
ouvido o suficiente na primeira vez, e estava emocionado.
Oscar ofegou e soltou um grito agudo quando Garrick abraçou-o e
apertou-o com força. Mais apertado do que provavelmente precisava, mas não
importava. Nada mais importava.
— O que você está fazendo?
— Abraçando você, — Garrick disse, e Deus, sua voz estava
embargada. Estava sufocando-o saber que seu companheiro disse que o
amava.
— Eu também te amo. Muito. Juro que não falharei com você de
novo.
— Você nunca fez.
O coração de Garrick parou. Realmente. Será que Oscar sabia o que
estava dizendo? Sabia o que Garrick estava se referindo?
Antes que pudesse pensar mais sobre se as memórias dele estavam
começando a voltar, Oscar tomou as coisas em suas próprias mãos e apertou
seu ânus em torno do pau de Garrick. O homem menor empurrou seu traseiro
de encontro ao pau de Garrick, removendo todas as noções que Garrick podia
ter tido sobre aprender o que Oscar sabia sobre sua vida passada juntos.
Tudo o que Garrick pensava agora era fazer amor e terminar o que
tinha começado.
Não esperava que Alistair aparecesse lá.
— Keaton está mandando seu maldito exército atacar a casa!
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Oscar quase não podia acreditar. Assistiu e ouviu tudo o que estava
acontecendo no gramado depois de puxar Kevin para longe da janela.
Kevin estava grande e grávido. Oscar só pensou que poderia ser ele,
então não teve nenhum problema ignorando Kevin quando reclamou que
queria ouvir o que estava acontecendo lá fora.
Descobriu-se que Garrick tinha mais irmãos do que imaginava, e
aqueles irmãos estavam super chateados com Alistair, Garrick e os outros,
porque achavam que Alistair tinha deixado seus deveres para eles.
Oscar não gostava de ouvir isso. Franziu a testa, e tremeu com o
impulso de gritar em apoio para seu companheiro. Tudo dentro dele lhe dizia
para fazê-lo, e se sentia como se estivesse lutando fisicamente consigo mesmo
para manter a cabeça fria.
Oscar fez o possível para contar a Kevin e Tomas o que estava
acontecendo enquanto os dez homens falavam. Ele só tinha que ficar quieto
sobre tudo, porque não queria chamar mais atenção para si mesmo, nem para
este quarto, no caso de essas pessoas não serem quem diziam que eram.
Oscar só conseguia respirar quando os recém-chegados, Carlisle e
seus irmãos, se viraram e se afastaram. Foram até as árvores. Talvez houvesse
motocicletas escondidas lá em algum lugar. Ou talvez iriam se transformar em
suas formas de animais e partir. Se tivessem formas de animais. Oscar
recordou que Garrick dize-lhe que não podia sempre mudar em um puma.
Tinha sido algo que veio mais tarde, depois do fogo...
Fechou as janelas quando Garrick olhou para ele, e a expressão em
seu rosto não era agradável.
— Eles estão voltando.
Deitado na cama, Kevin endireitou a coluna. Estavam no quarto dele
e de Alistair.
— Já acabaram? Eles estão a salvo?
Oscar assentiu com a cabeça.
— Os outros foram embora.
Tomas levantou-se e saiu correndo do quarto. Oscar o viu ir embora,
aturdido.
— Será que ele vai se esconder?
A voz irritada de Bram gritando através da casa desprendeu o que era
provavelmente uma boa razão para isso.
— Tomas!
Alistair o seguiu.
— Kevin! Onde está você?
Kevin revirou os olhos, a mão na barriga.
— Estou aqui em cima!
Oscar não pensou que iria querer correr e se esconder de seu próprio
companheiro, mas o som de passos pesados batendo pela casa e subindo as
escadas foi o suficiente para fazê-lo pensar que talvez esconder não era uma
má ideia.
Quando Alistair entrou no quarto, seus olhos brilhavam e o que tinha
que ser a expressão mais furiosa que Oscar jamais vira em seu rosto, inclusive
quando Oscar tinha atacado Kevin, ele malditamente bem teria fugido do
quarto.
Sim, ele teria, se Garrick não estivesse na porta, dando a Oscar
aquele mesmo olhar furioso, e agora de repente parecia não haver saída. A
sensação de animal enjaulado não era boa.
De repente, Oscar queria nada mais do que fugir.
Kevin se levantou quando Alistair se aproximou. Ele cruzou os braços
sobre a barriga e rolou os olhos, como se toda aquela coisa fosse apenas um
incômodo para ele.
— Sinto muito, está bem? Tinha que dizer alguma coisa.
Alistair colocou as mãos nos ombros de Kevin.
— Você se coloca em perigo fazendo isso! Tem alguma ideia do que
eu teria feito se eles tivessem tentado machucá-lo? E se tivessem percebido
que você estava aqui em cima e achassem que era uma ameaça? Eu não teria
sido capaz de te proteger!
Oscar não tinha certeza do que esperava. Não era como se tivesse
esperado violência, não realmente, mas a raiva no rosto de Alistair, e a
maneira como Tomas correra, parecia colocar isso como uma possibilidade na
mente de Oscar.
Então, sim, estava aliviado e se sentiu um pouco estúpido quando
Alistair puxou seu companheiro para frente e o abraçou apertado.
— Não faça isso de novo. — Alistair empurrou seu companheiro de
volta, embora ainda o segurasse firmemente pelos ombros. — Você me
escutou? Quando eu disser para se esconder, seria bom se você se escondesse.
Compreendeu?
Kevin assentiu com a cabeça.
— Sim, me desculpe por ter te preocupado.
Eles se abraçaram novamente. Tomas e Bram estariam fazendo a
mesma coisa em seu quarto?
Oscar esperava. Parecia meio doce.
Uma mão pesada caiu sobre seu ombro naquele momento.
— Nós devemos ir.
Oscar ficou tenso. O tom da voz de Garrick não era agradável. Merda.
Oscar tinha visto a cena doce e particular na frente dele e quase tinha
esquecido que ainda estava em um pequeno problema.
Estava quase com medo de olhar para Garrick.
O homem não estava mais olhando para ele, mas isso não era
suficiente para fazer Oscar se sentir bem.
Engoliu em seco, balançando a cabeça.
Eles deixaram o quarto juntos, voltando para o seu próprio.
Oscar realmente queria aliviar o clima. O silêncio entre eles era tão
pesado.
— Então, você pode ter mais irmãos do que sabia.
Garrick rosnou um pouco, empurrando a porta aberta de seu quarto e
empurrando Oscar dentro.
— Ei! Sou um cara grávido, você sabe! — Oscar olhou para Garrick
enquanto o homem fechava a porta. — Sou praticamente um tesouro nacional
com essa coisa acontecendo dentro do meu corpo. Você precisa ser cuidadoso.
— Então você também tem que ser.
— O que você está. Gah!
Garrick moveu-se tão rapidamente que Oscar não teve a chance de
se orientar antes de ser puxado para cima nos braços de Garrick e jogado
sobre seu ombro.
— O que você está fazendo?
Garrick jogou Oscar na cama antes de subir por cima dele.
— Estou tomando o que é meu, estilo homem das cavernas. Você
disse que gostava desse tipo de coisa, certo?
Oscar piscou. Isso era honestamente a última coisa que esperava
ouvir.
— Você quer fazer sexo comigo agora?
— Depois que você e os outros me assustaram? Sim, absolutamente.
— Garrick tirou os óculos de sol dos olhos de Oscar e os jogou fora. Encarou os
olhos de Oscar como se fossem normais, como se não houvesse nada de
estranho ou sinistro em ter olhos negros com veias azuis espantosas saindo de
todos eles.
Então Oscar achou que ele entendia.
— Isso é por causa de eu estar lá em cima ouvindo você, ou é porque
esses caras, seus novos irmãos, apontaram que tenho algo escuro dentro de
mim?
O rosto de Garrick se transformou em algo dolorido, e Oscar soube
que tinha acertado o problema na cabeça.
Oscar suspirou.
— Vou tentar ser mais cuidadoso, mas eles não estão atrás de mim,
certo? Eles mesmos disseram.
Garrick rosnou.
— Eles podem estar mentindo.
Esta era a parte de Garrick que Oscar adorava. A parte dele que era
protetor e amoroso. Oscar passou as mãos pelos cabelos de Garrick, desejando
que houvesse algo que pudesse dizer para confortar o homem, mas não sabia
o que dizer.
— Gostaria que houvesse algo que pudesse dizer ou fazer para fazer
você não ter tanto medo de me perder. Não quero que esteja andando com
esse medo o tempo todo. Não é justo.
Garrick pressionou o rosto no peito de Oscar.
— Não há nada que possa fazer sobre isso. Perder você uma vez foi o
suficiente para me fazer paranoico sobre isso acontecer novamente.
Oscar estava tão feliz por nunca ter sentido aquela dor. Odiava pensar
em Garrick vivendo por mais de mil anos com aquela dor no peito. Só tinha
sabido o que era estar tão apaixonado por alguém, tão desesperadamente,
depois de conhecer Garrick. Bastava pensar em não ter Garrick por perto era
suficiente para fazê-lo tão malditamente assustado de um mundo sem ele.
E esse era o tipo de reação que Oscar tinha acabado de pensar sobre
isso. Garrick tinha vivido isso.
— Estou aqui agora. Prometo que não vou a lugar algum.
Era uma promessa que nunca poderia cumprir. Ninguém estava no
controle de viver ou morrer. Pessoas tinham ataques cardíacos, tinham
acidentes de carro, adoeciam... e isso era apenas uma vida aleatória, normal.
Oscar estava oficialmente vivendo em um mundo onde havia feiticeiras
malvadas lá fora, pessoas horríveis com poderes que queriam matá-lo e
destruir seu companheiro e os irmãos de seu companheiro sem nenhum
motivo aparente além da vingança. Isso não era normal, e isso adicionou um
novo nível a tudo isso, que Oscar ainda estava tentando entender.
Garrick não apontou o fato de que Oscar não seria capaz de manter
esse tipo de promessa. Apenas fingiu que Oscar seria capaz de mantê-lo, e
acenou com a cabeça.
— Prometa-me que nunca vai a lugar algum sem mim. Não irá
trabalhar e eu te levarei de férias, vai ficar vivo e nada de ruim vai te
acontecer.
Oscar assentiu, brincando com esse novo jogo que estavam fazendo.
— Sou seu por quanto tempo me quiser.
Garrick olhou para ele.
— Vou querer você para sempre.
Oscar sorriu para ele.
— Bom saber porque não vou a lugar algum.
Ele colocou a mão de Garrick sobre sua barriga.
— Nem nosso filho. Quer dizer, quando ele crescer e quiser ir para a
faculdade, espalhar suas asas e tudo isso, então, claro, mas você sabe o que
quero dizer.
Garrick riu, ergueu-se e beijou Oscar na boca.
— Sim, sei o que você quer dizer, e prometo a você que Keaton e seu
bando de monstros escuros não conseguirão passar por mim. Prometo que
farei o mundo mais seguro para você e nosso filho. Juro pelos Deuses que eu
quero.
— Acredito em você.
E essa foi uma promessa que Oscar selou com outro beijo.
FIM