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Lobos de Blue Moon 2

Propriedade do Beta

Jane Perks

Embora ele não percebesse isso, o beta do bando e proprietário


da livraria, Horatio Ortega sempre teve um fraco por certo homem
irritadiço.

Problema é o nome do meio de Corey Malone.

Embora eles se conhecessem desde que eram crianças, Corey


continua a ser uma dor no seu traseiro.

Como beta, o trabalho de Horatio é manter a ordem na cidade,


mas Corey parece disposto a quebrar todas as regras.

Quanto mais Horatio tenta odiar Corey, mais difícil é deixá-lo ir.
Uma noite é tudo que precisava para as peças que faltavam do
quebra-cabeça se encaixarem no lugar. Corey é o companheiro
predestinado de Horatio, quer Horatio goste ou não, e o calor entre eles
está quente demais para ignorar.

Quando Corey leva isso longe demais e caí em apuros com o clã
local de shifters ursos, cabe a Horatio colocar as coisas em seu devido
lugar.

Mas convencer Corey para ser seu companheiro, vai ser ainda
mais difícil.
Revisora

Prólogo

Quinze anos atrás

Horatio Ortega correu tão rápido quanto às pernas de doze anos


de idade poderiam levá-lo. Ofegante, com os músculos queimando,
Horatio precisava de uma pausa, mas não podia parar agora. Arriscou
dando uma olhada por cima do ombro, mas seu algoz continuava vindo,
prestes a pegá-lo em breve.
— Volte aqui, seu pedaço inútil de merda, — Raul Ortega
gritou, voz alta o suficiente para os vizinhos ouvirem. Cabeças estalaram
para fora das janelas. A maioria voltou para o que estavam fazendo.
Horatio não receberia ajuda deles. Eles tinham sua própria
quota de problemas, então por que se preocupar com a sua?
Mil cenários correram pela cabeça de Horatio. Talvez Raul
pudesse tropeçar, ou um carro poderia esbarrar nele, mas isso era uma
ilusão.
Horatio correu pela calçada, fazendo uma curva acentuada. Os
passos atrás dele começaram a enfraquecer. Seu pai estava perdendo a
velocidade. Hora de fazer a sua saída pelo lugar habitual e obter alguns
rápidos minutos de paz.
Oh, Raul não iria esquecer, bêbado como estava, em algum
momento Horatio teria que voltar para seu pequeno trailer casa, e
Horatio não poderia continuar a confiar em seus amigos para escondê-lo.
Hayden não teria se importado, mas Hayden estava em uma viagem de
acampamento com seus irmãos mais velhos.
Deus, Horatio odiava os fins de semana. Aos sábados ele
passava se esquivando de Raul e aos domingos passava enrolado em seu
miserável cubículo de quarto, cuidando de todas as suas dores. Vendo o
muro ao lado da estrada, Horatio deu um suspiro de alívio. Ignorando a
placa 'Propriedade Privada, Mantenha-se fora da mira' Horatio agarrou o
muro e começou a subir.

Tinha feito isso tantas vezes que poderia fazê-lo com os olhos
fechados.

Balançando uma perna por cima, parou para ouvir, ouvir as


maldições de seu pai em algum lugar nas proximidades.
— Vá para o inferno, bastardo, — Horatio murmurou. Pulou a
cerca, aterrissando no quintal abandonado de alguém.
A velha mansão Whittaker tinha estado aqui por tanto tempo
quanto Horatio se lembrava, acumulando poeira e teias de aranha.

Ela trazia más lembranças a sua vizinhança, e a maioria das


crianças a evitava como uma praga. Rumores diziam que era
assombrada, mas nenhum fantasma tinha incomodado Horatio até
agora. Gostava da calma e tranquilidade, e gostava de ver o menino lá.

Não qualquer menino, mas um garoto do outro lado do bairro.


Geralmente as crianças como Corey, que vinham da parte superior de
Blue Moon não se associavam com as crianças como Horatio, mas
compartilhavam um terreno comum.
Uma vez os jardins dos extensos terrenos se alastravam em
volta da propriedade Whittaker agora parecia algum tipo de selva cheia
de mato. Horatio fez o seu caminho para o playground enferrujado.

Corey já estava lá, em seu uniforme de escola particular,


chutando a sujeira, estava sentado em sua extremidade favorita dos
balanços.

Ele animou-se com a visão de Horatio.


— Finalmente. Pensei que nunca viria. — Corey olhou para
Horatio, que assumiu o balanço ao lado dele. — Acho que sei por quê. —
Ele acenou para o olho roxo de Horatio. — O que aconteceu?
Horatio sorriu.

Eles sempre desempenhavam o mesmo jogo.

— Eu caí.
Não escapou a Horatio que Corey tinha rolado as mangas de seu
blazer da escola por causa do calor, revelando contusões púrpuras iguais
as suas. Corey assentiu distraidamente.

— Eu caio muito, também.


Lentamente, ao longo das semanas, Horatio conseguiu obter a
história do outro garoto. Depois que o irmão mais velho de Corey
morreu, Corey tornou-se herdeiro do conglomerado Malone, mas nunca
tinha sido o favorito de seu pai.
Menos inteligente e não tão atlético como seu irmão mais velho,
o pai de Corey pensou que usar os punhos com ele, poderia ajudá-lo.
— Algum dia, vou dar o fora desse buraco de merda e nunca
olhar para trás, — Horatio murmurou surpreso quando Corey voou para
fora do seu balanço para ficar na frente dele. Corey agarrou as correntes
do seu balanço, os olhos desesperados.
— Você não pode fazer isso.
— Por que não?
— Não tenho amigos, amigos reais, apenas você. A maioria das
crianças da minha escola fala comigo somente por causa do nome da
minha família. Prometa-me, Horatio, você não vai sair.
Horatio soltou um riso amargo. O pai de Corey não iria deixar
uma criança que morava num trailer vir perto de sua casa. Ambos
tinham a sua quota de problemas.

— Nós somos amigos? Encontramo-nos aqui uma vez por


semana, mas nós não saímos, fazemos coisas estúpidas que meninos
normais fazem.
Corey parecia irritado. Ele ergueu o queixo, olhos azuis em
chamas, e passou a mão sobre seu cabelo loiro bagunçado.

— Não somos normais.


— Não. Não somos.
Eles balançavam para frente e para trás em seus balanços, sem
falar. Eventualmente, Corey disse: — Eu já vou.
— Seja meu convidado. — Horatio assistiu Corey fazer o
caminho de volta para o muro e subir com a mesma agilidade que
Horatio. Sem Corey lá, o lugar se sentia incrivelmente solitário. Mesmo
que eles conversavam sobre coisas sem sentido, como as lições da
escola ou os filmes que odiavam, o som da voz de Corey era
reconfortante.
— Vou pedir desculpas a ele na próxima semana, — Horatio
murmurou para si mesmo, erguendo-se do balanço. O jardim estava
muito estranhamente quieto para o seu gosto, sem outra alma para
apreciar o lugar.
Horatio nunca conseguiu voltar.

Naquela semana, um lobisomem mordeu Horatio e seus dois


amigos enquanto estavam em uma viagem escolar. As coisas mudaram.
O pai de Horatio ficou com medo de sua natureza e acabou se mudando.
Horatio aprendeu a cuidar de si mesmo.
Um lobo transformado recentemente não tinha muito controle
sobre seu animal, embora Horatio se mantivesse longe da mansão
Whittaker até que começou a ter um melhor controle.
Esperou por Corey, que nunca apareceu novamente.

Mais tarde, ouviu que Corey tinha sido enviado para uma escola
particular na França.

Estava chateado que Corey não disse uma palavra, mas, o que
Horatio esperava?
Ainda assim, Horatio manteve sua pequena promessa estúpida.

Nunca deixou Blue Moon, mas era porque tinha um bando para
se preocupar.

Anos mais tarde, Corey voltou para casa.

O menino emburrado que Horatio conhecia se tornou um adulto


imprudente em uma espiral descendente.
Capítulo Um

Apesar de ser o proprietário da Books with Claws 1, Horatio


gostava de abastecer as prateleiras e mergulhar nas tarefas habituais
que poderia pedir aos seus empregados para fazer.

A livraria era uma das duas paixões de Horatio. A segunda era o


seu bando.
Ele tinha boas memórias do lugar. A necessidade de sair de casa
e os socos de seu pai sempre o levaram de volta a Corey e ao seu lugar
secreto de infância.

Quando Corey deixou a cidade, Horatio ia para esta livraria e se


perdia em um livro, enquanto o tempo voava.

Quando ouviu que o proprietário atual queria fechar o lugar


depois de décadas, Horatio usou a maior parte de suas economias para
comprá-la.
O sino soou da livraria.

Sentiu o cheiro de outro shifter, Horatio virou-se, franzindo a


testa quando um membro do bando procurou por ele. Seu lobo tornou-se
irritado.

Apenas uma semana atrás, Horatio teve que ajudar a resolver


uma confusão para Hayden, seu melhor amigo e alfa do bando, sobre
seu companheiro shifter gato malhado.

Não poderia ter um pouco de paz por aqui?


1
Livros com garras.
A julgar pelo olhar de Jaime Benson, Horatio ia ter mais uma
noite movimentada.

O bando Blue Moon era o grupo de animais dominantes na


cidade, por isso caia sobre eles para resolver os problemas dos shifters.

Horatio evitava sujar as mãos, se possível.

Ele ia para as negociações em primeiro lugar. Hayden contava


com ele para ser o pacificador, mas às vezes, certas coisas só poderiam
ser resolvidas com violência.
— Qual é o problema? — Horatio perguntou a Jaime, levando-o
para o fundo da livraria. Ele nunca discutia negócios do bando em
público.
— Uma briga começou no bar do Harris.
— Vítimas?
— Nenhuma até agora, mas dois shifters estão brigando por um
ser humano.
— Como executor do bando, você não poderia lidar com isso,
ou ligar pedindo ajuda? — Horatio perguntou exasperado.
As feridas que conseguiu semanas atrás, quando Hayden se
emaranhou com três shifters de fora não tinham completamente curado.

Horatio não estava com disposição para mergulhar tão cedo em


outra luta.

Oh, ele lidava com os problemas do bando, mas queria ter uma
noite normal.
Planejava hoje ir ao seu bar favorito para jantar e tomar
algumas cervejas, em seguida, pegar alguma coisa sexy disposto e levar
para casa para aquecer sua cama à noite. Sempre realista, Horatio não
acreditava no conceito de companheiros.

Compromisso exigia muito.

Deixar alguém segurar seu coração cativo?

Horatio estaria morto antes disso, e não lhe faltava companhias.


— Bem. — Jaime lambeu os lábios como se a frase que
quisesse dizer fosse um assunto delicado. — Eu poderia chamar Don e
Howie, mas você disse que se envolvesse o seu humano, deveria falar
com você em primeiro lugar.
— Meu humano. — Horatio não gostava do som disso. Apesar
de raramente falar com Corey Malone em anos, certos membros do
bando chamava Corey disso. Inferno, o pequeno ser humano não tinha
ideia de quantas vezes poderia ter morrido sobre alguma briga tola se
não fosse por Horatio manter o controle sobre isso.
— Obrigado, Jaime. Vou lidar com isso.
Quando Jaime não partiu Horatio perguntou:

— Há mais alguma coisa?


— Beta, alguns dos lobos estão apenas querendo saber o que
esse humano tem com você? — Jaime nunca realmente perguntou a
queima-roupa, mas fez isso agora.
O outro homem não iria trair a confiança de Horatio nem em um
milhão de anos, Horatio sabia, porque Horatio tinha pessoalmente lhe
dado à mordida e o treinado para assumir o controle de seu lobo.

Interiormente, Horatio percebeu que devia a Jaime uma


explicação.

Jaime agia como seus olhos e ouvidos, e tinha lhe pedido para
ficar atento a Corey.
Horatio pesou suas palavras com cuidado.
— Quer dizer, eu penso se este ser humano é o seu
companheiro, mas por que ele? Horatio, você pode ter qualquer um do
bando ou da cidade, mas fica tão excitado quando está perto da porra da
puta desse garoto que tem... — Jaime não terminou.
Horatio o tinha pela gola em meros segundos.

Empurrando-o contra a parede, Horatio mostrou os caninos.

Porra.

O que havia sobre Corey que o fez agir dessa forma, tão
possessivo e ao contrário do que ele era? Respirando com dificuldade,
Horatio deixou Jaime ir. Esta foi à razão pela qual enviou Jaime para
tomar conta, porque se visse Corey com outro homem, Horatio ficaria
louco de ciúmes, louco o suficiente para matar, e Horatio valorizada seu
controle sobre todas as coisas.
Dane-se tudo, Jaime disse a verdade. Corey ganhava a vida
vendendo seu corpo. Por um tempo, Corey tinha sido o equivalente a um
amante de um dos amigos de seu pai. Quando isso acabou, Corey teve
que se contentar com menos.
A última conversa de Horatio com Corey não tinha ido bem, um
gritando com o outro que terminou com Horatio saindo. Corey deixou
claro que Horatio não tinha o direito de fazer julgamentos sobre o seu
sustento. Desde então, Horatio se manteve a distância.
— Desculpe, — Horatio murmurou, deixando Jaime ir.
— Horatio, você é muito bom para alguém que parece disposto
a cavar sua própria sepultura, — disse Jaime com uma voz suave que
Horatio nunca tinha ouvido antes.
Franzindo a testa, Horatio perguntou: — O que você quer dizer?
— Estou ouvindo alguns rumores que seu humano irritou
alguns ursos.
Horatio resmungou, não querendo ouvir mais. Arrancaria a
verdade dos lábios de Corey em breve. Estava claro que ele precisava
entrar em cena e não devia deixar que outra pessoa lidasse com o seu
problema. Apertou o ombro de Jaime. — Como eu disse, vou assumir a
partir daqui.
Jaime concordou. — Se este humano significa algo, tudo bem,
mas se não fizer, a lua cheia é daqui a duas semanas. Você não iria
considerar alguém do bando?
Horatio tinha tido conhecimento da agitação no bando. Depois
que Hayden tomou um shifter de fora como companheiro, ele
decepcionou alguns lobos solteiros, porque tinham estado olhando-o e
esperando que ele se resolvesse.

Horatio conhecia alguns deles e o tinham no radar também, mas


eles sabiam as regras. Ele não se comprometia ou tomava amantes por
um longo período de tempo. Inferno, Horatio nunca tinha estado em
qualquer relacionamento sério. Foi culpa de Corey por afundar suas
garras nele, e sua própria culpa maldita por não ser capaz de deixar isso
ir.
— Vou apoiá-lo em caso de algo acontecer.
Depois de dizer ao seu gerente para trancar depois que saísse,
ele entrou em seu carro, feliz pela companhia de Jaime. Pelo menos
tinha outra coisa para se concentrar, além de pensar. Ultimamente,
Corey dominava seus pensamentos.

Sexo aleatório não o satisfazia mais.


Era vendo o rosto e corpo de Corey que Horatio se masturbava
no chuveiro a cada vez. Imaginava tomar os lábios pecaminosos e
tentadores de Corey, para silenciar aquela língua afiada. O pau de Corey,
não, Horatio não iria lá, porque não tinha ideia da merda, de onde estes
pensamentos estavam vindo.
Corey e ele nunca fizeram isso, apesar da tensão palpável entre
eles. Horatio sabia que uma vez que tivesse Corey, iria se tornar
instantaneamente viciado.
Harris era um veterinário do exército aposentado e o shifter
urso abriu seu bar anos atrás. O Honeypot2 era o lugar onde os shifters
não acasalados iam para um pouco de diversão, e onde os seres
humanos dispostos se aventuravam para obter um sabor do
sobrenatural.
Blue Moon não era grande. Eles chegaram ao lugar em quinze
minutos. Esta rua particular, fechava para a multidão da noite.

Mais bares espalhados pela rua nas proximidades, juntamente


com o salão de strip-tease e um ou dois estabelecimentos de jogos de
azar.

Sendo um pouco longe de uma grande cidade ou vila, os


moradores de Blue Moon levavam o seu entretenimento a sério.
Eles saíram do carro e o som de vozes torcendo estavam mais
altos do que a música country que fluía da porta aberta do bar.

Antes que Horatio e Jaime pudessem entrar, a janela da frente


do bar quebrou em pedaços e um parcialmente transformado shifter urso
desabou completamente. Oh inferno, como iriam explicar isso para as

2
Pote de mel.
autoridades locais?
Horatio tinha que limpar isso em breve, ou pelo menos ajudar a
conter, antes que a polícia local chegasse.

— Jaime...
Horatio esqueceu o que iria dizer, porque o nariz travou no
vento pelo cheiro familiar.
Álcool misturado com medo e excitação, e em particular aroma
acentuado e inebriante que pertencia especificamente a Corey. A
segunda figura veio depois que o homem-urso, rapidamente se levantou
sobre as patas traseiras. Horatio o reconheceu. O homem-urso, Oscar
Price, pertencia ao clã local de shifters ursos.

O outro era um estranho, outro shifter, mas seu animal


permanecia indeterminado.
Eles cautelosamente circularam entre si e Horatio percebeu que
haviam reunido mais espectadores. Alguns dos clientes do bar saíram
para assistir também.
— Eu vi o ser humano primeiro, e ele ofereceu sua bunda doce
para mim, — afirmou o estranho.
— Você fez a porra de um erro, amigo. Aquele humano assinou
como o novo brinquedo puta do nosso clã para pagar suas dívidas.
O rosto de Horatio torceu diante dessas palavras. Nada do que o
homem-urso disse podia ser verdade. Corey não seria estúpido o
suficiente para cair tão baixo, ou seria?
As narinas do estranho queimaram.

— O desgraçado está fugindo de nós.


A figura esbelta escorregou para fora da porta de trás do bar e
para o corredor, provavelmente não percebendo que os shifters brigando
por ele estavam na rua.
— Isso está ficando perigoso, beta. Precisamos de auxílio, —
disse Jaime, em voz baixa.
Horatio estava certo que isso fazia sentido absoluto, mas a
lógica voou para fora da janela no momento em seu lobo pegou o cheiro
de Corey. Se o humano não tinha interesse de se endireitar, talvez o que
Corey precisava era de uma mão firme. Ele respirou profundamente.
Jaime começou a chamar outro executor. Entrar em uma luta de forma
imprudente não era seu estilo, mas Deus, Horatio estava além de
chateado. Por que Corey fazia seu objetivo de tornar a vida de Horatio
infeliz?
— Horatio, ainda bem. — Harris saiu do bar e parecia aliviado
pela presença de Horatio e de Jaime. — Maldito difícil em separar esses
dois. Pode o bando ajudar?
Corey congelou quando saiu do beco.

Parecia uma confusão, mais magro do que Horatio lembrava,


roupas em farrapos, mas não parecia seriamente ferido, pelo menos, só
um pouco machucado. Por um segundo, o coração de Horatio quase
parou.

Queria estender a mão, puxar Corey em seus braços, e dizer a


Corey que iria protegê-lo de qualquer coisa e qualquer um que ousasse
feri-lo.
Onde isso conduzia a Horatio, embora?

Corey fazia o que queria em torno da cidade, sem dar a mínima


para ninguém. Enganar e manipular eram partes integrantes das
especialidades de Corey.

Horatio tinha visto muitos homens se apaixonarem por seu


charme com bastante frequência. Ele ficou afastado porque Corey deixou
claro que não queria Horatio dessa forma.

Além disso, Corey era como um reincidente. Ele faria seu crime
tudo de novo se pudesse.

Como Horatio podia ajudar alguém que não estava nem um


pouco interessado em ajudar a si mesmo?
Quantas vezes tinha Corey lhe dito para se foder? Se Horatio
não fosse um homem bom, seguraria Corey e lhe ensinaria uma lição.

Outros shifters não hesitariam, mas Horatio nunca tomou


ninguém contra sua vontade. Se ele entrasse na luta, iria estar fazendo
uma reivindicação por Corey?

Se o que Oscar disse era verdade, então Horatio teria que lutar
contra um clã inteiro de ursos para manter Corey.

— Humano, você propositadamente nos fez lutar para que


pudesse escapar? Você acha que nós somos tão estúpidos? — Perguntou
o homem-urso, que deu passos decididos na direção dele. Confuso, o
estranho pareceu desistir da luta instantaneamente.
— Ele é seu, urso. É uma luta inútil sobre bens de segunda mão
fodidos de qualquer maneira, — o estranho zombou. — Vou encontrar
melhores bundas em outros lugares. Tenho certeza de que toda essa
gente já o teve.
Corey vacilou com essas palavras, mas manteve um olho em
Oscar e continuou recuando. Sabendo que sua presa estava em sua
mira, Oscar não foi atrás de Corey imediatamente. O filho da puta levou
o seu tempo doce, para atormentar Corey.
— Você vai se arrepender por ter feito isso comigo, pequeno
humano. Você é bom apenas para uma coisa. Meus irmãos estão indo
para mantê-lo acorrentado, e nós estamos indo para apreciar usar
aquela bunda, — Oscar rosnou. — Você acha que pode continuar a
jogar com o sobrenatural e esperar sair ileso?
Horatio não podia ficar parado e deixar que outra pessoa
tomasse Corey, isso era inaceitável.
— Horatio? — Perguntou Jaime.
Ele respondeu a Jaime com um rosnado. Tinha sido um longo
tempo desde que Horatio deixou seu lobo tomar o controle, mas com
certeza se sentiu bem.

Vendo vermelho, Horatio deixou a fúria varrer sobre ele. Ele não
estava ciente de mudar.

Ossos estalaram e os órgãos se reorganizaram. Pelo cobria seus


braços. Garras e caninos apareceram.
Acelerar a mudança doía como o inferno, mas Horatio abraçou a
dor.
O lobo não dava a mínima para tomar cuidado agora.

Um homem-urso idiota cometia o erro de tomar o que por


direito lhes pertencia, pisando em seu território, e o lobo queria que o
urso pagasse por tomar seu humano.

Capítulo Dois

Corey tinha usado cada truque no livro.

Sabia disso no momento em que avistou Oscar no bar.

Flertou com o shifter raposa de fora, esperando que os dois


lutassem. Corey deveria saber melhor do que esperar que pudesse
enganar dois shifters. As pessoas que estavam prestes a serem pegas,
faziam coisas desesperadas, mas Corey estava tão profundo no buraco
de seus problemas que não sabia mais como sair deles. Santa merda.
Vivia a vida sem pensar no amanhã, mas estava ficando velho.

As coisas deveriam mudar, uma vez que voltou a Blue Moon,


mas só foram de mal a pior.

Após uma má temporada na cidade, Corey tinha voltado para


casa, esperando que seu bastardo de um pai tivesse deixado alguma
coisa depois de sua morte.

Não surpreendentemente, sua família se recusou a falar com


ele.

Nenhuma maravilha que Corey voltou a um comércio que sabia


de cor para pagar as contas.
Deus, viu Horatio na cidade inesperadamente ferido. Horatio
parecia em nada como Corey se lembrava. Mais e mais frio, Horatio só
parecia se preocupar com o seu bando de merda.

Eles bateram de frente e para trás desde o retorno de Corey,


mas nada veio disso, apenas lutas, então Corey curou suas dores em
outros lugares.
Ele ficou aliviado pelo fato que Horatio nunca iria vê-lo no seu
pior, como sendo encurralado por um homem-urso, porque
estupidamente concordou em pagar suas dívidas com o seu corpo.
Embora Corey tivesse deixado seu caro apartamento na cidade, ainda
tinha uma grande dívida de cartão de crédito de dezoito mil dólares para
pagar.
— Você vai vir por vontade própria, humano, ou vai fazer isso
ser árduo? — Oscar perguntou.
Com um metro e oitenta e três de altura o musculoso shifter
urso foi para cima de Corey, e o pressionou de costas contra a parede de
tijolos, lhe machucando. Sendo um amante e não um lutador por
natureza, Corey sabia que tinha zero chances contra um homem-urso.
Ainda assim, sabia o que estava reservado para ele e preferia morrer a
estar à disposição de todo um clã shifter urso com tesão.
Corey tinha ouvido histórias de seres humanos que se tornaram
os animais de estimação de shifters e nenhum deles teve um final feliz.
Pior, o desespero levou Corey a fazer a oferta, não esperando que os
ursos o fizessem pagar em breve.
— Vá se foder. — Corey arrepiou quando Oscar soltou um uivo
furioso.
As pupilas de Oscar começaram a mudar, e pelos começaram a
cobrir seus braços e pescoço. Corey não sabia o que era pior, ser escravo
sexual de um shifter ou ser atacado até a morte. Nunca tinha sido
corajoso, qualquer um. Deus, Corey não tinha qualidades redentoras e
sabia disso.
— Por favor. Eu não quis dizer isso. Vamos conversar.
Oscar respondeu, levantando uma garra peluda. Corey fechou
os olhos, antecipando um golpe que nunca chegou. Algo ou alguém
soltou um rugido feroz. Um enorme, lobo magro, com uma pele escura
da cor de chocolate veio ao lado de Oscar, enfrentando o enorme
homem-urso o jogando no chão.

De repente, Oscar não bloqueou sua linha de visão. Os instintos


bem afiados disse a Corey para correr, mas algo sobre o lobo chamou
sua atenção. Parecia covardia escapar enquanto seu misterioso salvador
lutava por sua causa.
Outro enorme lobo com pele cinzenta veio ao lado de Corey,
piscando-lhe o que parecia ser um olhar de desaprovação, antes de
sentar sobre as patas traseiras, como um cão de guarda. Compreensão
repentina veio a Corey sobre a identidade de seu salvador.

Totalmente mudado, Oscar levantou-se em suas duas patas


traseiras para soltar um rugido penetrante. O lobo marrom esperou, seu
corpo inteiro tenso. Eles olharam um para o outro, mas antes de chegar
às vias de fato, os dois adversários consideraram um ao outro. Deviam
ter chegado a uma conclusão, porque ambos começaram a voltar para
humano.
Corey só tinha olhos para o lobo marrom. P

elo voltando à pele humana até que Horatio estava ali, nu e


glorioso. Sob o luar, a pele dourada brilhando do suor, destacando cada
músculo esculpido. Todos os músculos do corpo de Corey congelaram.

Deveria ter se movido, dito alguma desculpa banal e obtido o


inferno fora de lá em vez de explicar a si mesmo para Horatio e suportar
a desaprovação no olhar do outro homem. Em vez disso, sua mente se
perguntou como seria a sensação de passar a mão sobre os músculos
das costas de Horatio. Se Horatio virasse, Corey iria avistar uma ereção
entre suas pernas.
— O que é isso, beta? O bando local de lobo tem uma
reivindicação sobre este humano? —
Corey respirava com dificuldade, aguardando a resposta de
Horatio. Ele podia ser humano, mas entendia o básico da política dos
shifters. Um ser humano reivindicado caia sob a proteção de um dos
membros do bando, mas Horatio mentiria por causa dele, depois da
maneira de merda que tinha tratado Horatio?
— Ele é meu, — Horatio disse simplesmente, duas palavras
simples, mas Corey sentiu o soco.
As narinas de Oscar queimaram.

— Não cheirei nenhum vira-lata no homem e ele fez um acordo


com a gente. Nossos grupos tiveram negócios antes, beta. Não é comum
de você oferecer proteção aos estranhos.
— Corey não é um estranho, — Horatio disse firmemente, mas
não exatamente oferecendo mais explicações.
O coração de Corey bateu com força contra seu peito. Não
esperava que esta noite terminasse assim, como sabia que Horatio não
era o cavaleiro de ninguém de armadura brilhante.
Enquanto discutiam Corey pensou no que tinha ouvido dos
moradores falando sobre o beta, contos sanguinários que fizeram Corey
vacilar.

Poderia ter conhecido Horatio uma vez, mas isso foi há muito
tempo atrás. Horatio era praticamente um estranho para ele, mas sabia
que Horatio nunca iria machucá-lo.

Isso era uma coisa que Corey tinha certeza.


— Oh, posso ver o quão duro você está para o ser humano.
Você nunca foi impulsivo antes, Horatio, e o humano não usa marcas.
Dê-lhe para nós. Nós não queremos nenhum problema com os lobos.
— Lute comigo, então.
Oscar rosnou.

— Você arriscaria tudo por este usado humano?


— Não vou me repetir, urso.
Oscar considerou Horatio por um longo tempo, e depois bufou.

— Isto não é só foda mais, beta. Longe disso.


Para o choque de Corey, Oscar se afastou da luta.

Espectadores murmuraram entre si e Corey tinha a sensação de


que ele seria o assunto da cidade amanhã. Horatio virou-se para Corey e
seu guarda-costas lobo, e o mundo ficou pequeno para ele. Um focou no
outro e Corey ficou surpreso ao ver a intensidade no olhar dourado de
Horatio.

Ele tinha visto lampejos de raiva em Horatio, mas o que estava


debaixo disso?

A fome crua e desejo que habilmente tinha escondido todos


esses anos?
Não que Corey não sentia o mesmo, porque todo esse tempo
sabia que só queria um homem. Afastou-se, porque ele era um jogo
ruim para um lobisomem beta muito respeitado. Além disso, Oscar fez
um ponto válido.

O que um homem da posição de Horatio iria querer com um ser


humano contaminado?
Corey engoliu a saliva.

Cada passo que Horatio tomava em sua direção o fez pressionar


as costas contra a parede. Seu olhar caiu para a parte inferior do corpo
de Horatio.

Oh Senhor, Horatio era enorme, maior do que qualquer coisa


que Corey já teve dentro de sua bunda.

Ele quebrou o contato visual, olhando para a esquerda e para a


direita para uma possível rota de fuga, mas o lobo cinza usou seu
enorme corpo para bloquear o caminho, novamente atirando-lhe um
olhar de desaprovação.
— Jaime, está tudo bem. Vou lidar com ele. — O som da voz
calma de Horatio assustou Corey.
— Você vai me segurar? — Perguntou Corey, levantando o
queixo.
— Você vai correr de mim outra vez, Corey? — Horatio estava
a curta distância agora. Tudo o que Corey tinha que fazer era ceder, mas
as emoções confusas se contorciam dentro dele.
— Não preciso de sua ajuda.
— Devo deixar Oscar levá-lo? — O punho de Horatio se chocou
contra a parede de tijolos, criando um buraco e errando o rosto de Corey
por uma polegada. — Você não vai sobreviver a uma noite.
— Eu não tive escolha. Você não sabe nada sobre mim, Horatio.
Não tem o direito de fazer julgamentos.
— Errado, Corey. Sei muito sobre você. Todo mundo tem uma
escolha. Poderia ter vindo para mim.
Corey tinha dificuldade para se concentrar em suas palavras,
confundido pela proximidade de Horatio. Deus Horatio cheirava tão bem,
suor, floresta de pinheiros, e algo distintamente a Horatio.
— Ido para você? Você teria me ajudado?
Horatio soltou um grunhido frustrado.

— Com os problemas que você causou, por que acha que teve
sorte até agora? Se não fosse por mim ou Jaime, você estaria morto no
chão até agora.
Desamparado, Corey olhou para o lobo cinzento, Jaime, que
acenou com a enorme cabeça em concordância. Corey percebeu por que
algumas noites, sentiu olhos o observando.

Por que parecia que ninguém o incomodava quando aparecia em


bairros mais ásperos de Blue Moon.
Porra, mas Corey odiava quando Horatio estava certo.

O que o beta esperava, que Corey caísse de joelhos e


implorasse por seu perdão?

Segure esse pensamento.

Corey gostava de ter um homem poderoso dando ordens,


especialmente Horatio, mas por que Horatio tinha que ser tão
condescendente e presunçoso?
— Não preciso de você olhando por mim.
— Se é assim que se sente, talvez eu devesse chamar Oscar de
volta. Dizer que você é todo dele, desde que o escolheu sobre mim. —
Horatio virou as costas.
Desespero arranhou Corey.

Por que sempre dizia exatamente o oposto do que realmente


queria dizer quando Horatio estava por perto? Agarrou o ombro largo de
Horatio, sentindo a mudança abrupta na respiração do lobisomem.
— Horatio, espere. Por favor.
Horatio virou, o olhar expectante. Corey rangeu os dentes e
forçou a palavra para fora.

— Desculpa.
— Engraçado, você não soa como se quisesse dizer isso. Certo
Jaime. Eu não preciso dessa porra de problemas. Seja feliz com seus
ursos.
— Horatio, não seja um idiota.
Corey engasgou quando Horatio envolveu seus dedos ao redor
de sua garganta.

Quando passava pela livraria de Horatio e o vislumbrava


abastecendo as prateleiras, Horatio não parecia assustador. Aqui fora,
Horatio parecia positivamente assustador, mas ao vê-lo todo mandão e
possessivo isso o atraiu, também.
— Você pisou fora da linha, Corey. Estou terminado com você.
Horatio relaxou seu aperto, mas Corey agarrou seu pulso,
sentindo sua pulsação acelerada. Inferno, Corey estava ciente de sua
pele queimando pelo simples toque de Horatio. Que diabos estava
acontecendo com ele? Era exatamente por isso que Corey se mantinha
distante. Sabia que havia uma química entre Horatio e ele, mas não
tinha percebido que era um incêndio, pensava que era apenas uma
simples faísca.
— Não diga isso. Você disse que me conhece, — Corey
sussurrou, pedindo a Horatio para entender. — Sabe que só falo besteira
sempre que estou com medo e sou covarde demais para pedir ajuda. Por
favor, dê-me uma chance. Eu menti. Preciso da tua ajuda.
Eu quero você. Salve-me. Corey não acrescentou essas últimas
palavras, com medo que fosse assustar seu lobo à distância.
Corey flexionou a mão aberta de Horatio e inclinou o rosto para
ele. Horatio endureceu sua mandíbula.
— O primeiro passo para a mudança é admitir seu erro. Nós
podemos passar por isso, — disse Horatio, olhos focados, puxando sua
mão, como se o toque de Corey queimasse. — Você me recusou antes,
Corey.
— Eu menti, também, — Corey sussurrou.
— Venha aqui. — Horatio ofereceu a Corey uma mão e Corey
aceitou, ficando surpreendido quando Horatio o puxou perto para um
abraço.
Corey ficou tenso no início, antes de relaxar em seus
reconfortantes, braços maciços. Quem diria que um abraço poderia ser
melhor do que sexo? Então, novamente, Corey não tinha experimentado
o prazer ainda, mas tinha a sensação que esta noite seria uma noite de
muitas estreias.
Seguro nos braços de Horatio, Corey disse a Horatio a verdade.

— Deus, Horatio. Você não sabe? Você é o único homem que eu


realmente queria.
Horatio começou a acariciar a curva de suas costas e maldição,
que se sentiu incrivelmente bem, também.
— Eu sei, — Horatio disse calmamente, inclinando-se perto de
beliscar o lóbulo da orelha. Corey estremeceu involuntariamente. —
Você terminou fugindo de mim?
— Sim, — respondeu Corey, o que significava isso. Ele fez
outra aposta. — Beije-me. Por favor, eu sempre quis saber.
— Como aquele, não é? — Perguntou Horatio, seu tom leve.
— Só beije-me já, seu bastardo.
Horatio não o provocou novamente. Tomou os lábios de Corey,
saqueando, e o sabor incrível de Horatio inundou pela garganta abaixo.

Corey estava ciente de Horatio apertando seu aperto em torno


de sua cintura, e Horatio pressionando para cima de sua barriga.

Suas línguas e dentes emaranhando, mas Horatio quebrou o


beijo primeiro, deixando Corey querendo mais.

Capítulo Três

— Cristo, Horatio, — Corey murmurou. — Por que não fizemos


isso há muito tempo?
— Nenhum de nós estava pronto. Vamos dar o fora daqui, —
Horatio sugeriu.
Ele expressou isso mais como uma afirmação do que um
comando, mas Corey não se importava. Gostou desse tom de exigência
de Horatio, puxando-o junto, aparentemente sem se importar com sua
nudez. Corey pensou sobre suas palavras. Era verdade. Nenhum dos
dois estava pronto. Haviam estado insinuando em torno do conceito de
'nós' por tanto tempo, que parecia um desperdício de tempo. Ainda
assim, nada poderia apagar o passado e Corey tinha acumulado muitos
danos em seu tempo. Suas preocupações e inseguranças não iriam
embora facilmente.
Corey viu Jaime arrastando atrás deles, quando alcançaram o
carro de Horatio. Notando que Corey estava olhando, Horatio olhou para
Jaime.
— Filhote, eu estou assumindo.
Jaime soltou um gemido insatisfeito.
— Eu vou ficar bem.
Quem quer que esse outro lobisomem fosse, era importante
para Horatio, Corey adivinhou, mas não parecia que eram íntimos.
— Não vou causar problemas para o seu beta, — Corey disse
ao lobo, que lhe deu um olhar fulminante antes de ir à distância.
— Ele é superprotetor de você, — ele comentou com Horatio,
entrando no carro. Horatio encontrou uma camisa e calça e as vestiu.
— Eu dei a Jaime a mordida. De certa forma, eu o treinei, —
Horatio explicou, ligando o motor.
— E você mantém uma roupa de reposição aqui?
— Todos nós fazemos, em caso de emergência.
— Isso parece lógico.
Horatio deu-lhe um olhar de soslaio.

— Estamos longe de ter terminado, Corey.


Corey deixou escapar um suspiro de frustração.
— Não vou te distrair. Eu falo quando estou nervoso, mas vou
dizer-lhe tudo.
Horatio deu-lhe um olhar cético.
Pela segunda vez naquela noite, Corey disse-lhe a verdade. Não
sabia como seria bom descarregar os fardos que carregava por tanto
tempo, para compartilhar seus segredos com outra alma que não fosse o
julgar ou condenar.

— Estou cansado de mentir, Horatio, de enganar, mas não


importa o quanto tente, não consigo sair do buraco que me enterrei
dentro.
Horatio acariciou sua mão.

— Está bem. Estou aqui.


— Por quê? Quero dizer, você não tem que fazer tudo isso. —
Corey nervosamente brincava com os dedos, ciente de que devia muito a
Horatio. Ele não culpava a reação de Jaime, porque sabia que não era a
escolha ideal de ninguém.
— Eu queria. Além disso, esperei muito tempo para você vir a
mim e estou cansado de esperar. —
Corey estremeceu com a firmeza de suas palavras.
— Você gosta disso, não é, quando eu assumo o comando?
— Você é tão cheio de si mesmo.
— Bom, porque gosto de estar no controle. — As palavras de
Horatio levantaram os pelos em seus braços. Excitação e medo correram
em suas veias.
— Para onde estamos indo? — Perguntou Corey.
— Para o meu lugar. Você tem alguma objeção?
— Não. — O estômago de Corey deixou escapar um grunhido
embaraçoso.
Horatio riu.

— Vou dar algo para você comer em primeiro lugar.


— Parece que você pegou um gato de rua, — Corey apontou.
— Você poderia ser um shifter felino, bebê, porque sempre
parece gostar de sibilar para mim. —
As bochechas de Corey queimaram na expressão de carinho.
Quando começaram a usar nomes de animal de estimação um para o
outro? Deus, ele só tinha estado no carro de Horatio por alguns minutos.
Eram praticamente estranhos um ao outro, mas por que isso parecia tão
certo?
Percebendo seu silêncio, Horatio perguntou:

— Perdeu suas palavras? Isso é novo.


— Bastardo, — Corey disse fracamente, esmagado por tudo
isso.
— Respire, Corey. Não vou te comer.
— Muito engraçado, — Corey murmurou.
— Pelo menos o seu humor está intacto.
Horatio tinha arriscado sua vida e reputação para mantê-lo, e
Corey não sabia como pagar por isso. Perguntas correram através de sua
cabeça. O que aconteceria amanhã, ou mesmo hoje à noite? Será que
Horatio viria a se arrepender de sua decisão? Corey parecia ser um
perito em decepcionar a todos, seu pai, sua família e amigos.

Será que Horatio viria a vê-lo como nada mais do que um


fracasso, também?
Oh, foda-se o futuro. Corey precisava parar de se preocupar e
simplesmente pensar em tomar um passo de cada vez. Nada estava
escrito em pedra.

Pela primeira vez em sua vida, Corey queria mudar, não apenas
por Horatio, mas por si mesmo.

Horatio claramente acreditava que ele podia, então Corey iria


fazer o seu melhor.
Horatio entrou em um bairro residencial tranquilo, estacionou
seu carro no meio-fio de um antigo, mas charmoso complexo de
apartamentos. Saindo do carro, Corey olhou em volta.

— Lugar legal.
— Venha. — Horatio levou-o dentro do lobby dos apartamentos
e no elevador. Eles saíram no sétimo andar. Corey olhou ao redor do
apartamento enquanto Horatio pedia por comida chinesa, aparentemente
encomendando uma festa.
— Conseguiremos comer tudo isso? — Perguntou Corey.
— Nós lobisomens ficamos com fome, especialmente depois de
uma mudança. Não se preocupe, não vou dormir com a sobrecarga de
carboidrato. — Horatio lançou-lhe um sorriso cheio de dentes. — Tenho
um segundo tipo de fome para cumprir.
— Presunçoso pensar que vai ter sorte, — Corey replicou. Ele
mordeu o lábio inferior, quando a figura de Horatio desfocou.
— Você não pode mentir para mim, animal de estimação. —
Horatio pressionou uma mão sobre a virilha de Corey, no bojo lá. —
Posso cheirar sua excitação, Corey. Se eu abrisse seu jeans, o que iria
encontrar?
Corey deixou escapar uma risada trêmula.
— Fale por você mesmo. Deus, você sempre é assim bruto?
— Eu pego o que quero, o que eu quero. — Horatio tirou a
mão, para grande alívio de Corey, porque sabia que ele iria se perder se
Horatio pegasse seu pau para fora para brincar com ele.
— Oh sim, já ouvi histórias sobre você. — Corey acomodou-se
no sofá. Não surpreendentemente, cada polegada do pequeno estúdio
estava limpo, sem uma camisa fora do lugar, assim que Horatio
valorizava a ordem e controle sobre todas as coisas. Bem, Corey estava
prestes a balançar seu mundo.
— Histórias? — Perguntou Horatio, levantando uma
sobrancelha.
Corey bufou.

— Como você pegando homens e mulheres, e despejando-os no


dia seguinte, e que não havia ninguém vivo que pudesse amarrá-lo.
Empresário local de dia, pegador de homem de noite.
— Não acho que já ouvi alguém me chamar assim, — Horatio
disse secamente.
— Não se atreveriam. Você tem uma reputação de ser de
sangue frio e lógico, também, descartando os seus adversários com
facilidade.
Horatio tomou o espaço vazio ao lado de Corey.

— Você me faz soar como um monstro.


— Isso não é minha intenção. Você não... — Corey foi cortado
quando Horatio passou a mão possessiva sobre sua coxa, movendo-se
para cima, perto de sua virilha.
— Algumas das histórias são verdadeiras, alguns são exageros.
— Eu sei. — Corey respirava.
Ele estava ciente do que estava se metendo. Horatio tinha
mudado no momento em que recebeu a mordida. Embora Corey tivesse
estado fora de Blue Moon, mas sabia que tinha sido difícil para Horatio
aceitar sua nova vida.

— Eu vi você hoje à noite. Você estava pronto para rasgar a


garganta de Oscar.
— Diga-me como você se emaranhou com os shifters ursos.
— Indo direto para a matança, eu vejo. — Corey suspirou.
A campainha tocou e Horatio voltou com a comida. Ele falou
enquanto terminavam uma caixa para viagem após a outra. Sem
interromper sua narrativa, Horatio ouviu atentamente, e Corey daria
qualquer coisa para saber quais eram os pensamentos que passavam
pela cabeça de Horatio.
— Eles vão me ajudar a pagar a minha dívida de cartão de
crédito, e, em troca, sou deles, — Corey terminou. Esperando uma
palestra mordaz, ou pior, decepção, Corey preparou-se para a reação de
Horatio. Ele estava tão quieto, mas Corey podia sentir a raiva que
emanava dele. Mãos enrolaram em punhos, os olhos de Horatio também
tinha um tom selvagem de ouro nas pupilas, dizendo a Corey que
Horatio estava perdendo o controle sobre seu mundo.
Hesitante, Corey tocou sua mão. Horatio não a sacudiu ou
afastou. Incentivado, Corey acariciou sua grande mão até Horatio se
acalmar. Eventualmente, Horatio soltou um suspiro. — Nós suspeitamos
que os shifters ursos fazem merdas como essa, mas para serem
realmente estúpidos o suficiente para atrair o meu humano em seu
covil? Alguém vai pagar.
O ar ficou aquecido. Em segundos, a tensão rachou. Meu
humano. Corey estremeceu involuntariamente e encontrou o olhar
dourado de Horatio. Não sabia se deveria ter medo ou ficar animado, e
tinha esquecido o que era, estar a sós com Horatio. Era intenso e um
pouco desconfortável, porque ele era geralmente calmo e lógico. Corey
poderia ter estado com alguns homens, mas no final, nenhum deles
poderia chegar aos pés de Horatio.
— Horatio, eu cometi um erro, — Corey admitiu, mordendo o
lábio inferior. — Sei que tenho ido longe demais, mas não tenho
ninguém para me puxar para trás.
— Estou aqui, Corey. Não vou deixar qualquer um desses filhos
da puta tocar em você.
Sentindo-se carente, Corey encostou a cabeça no ombro,
surpreendendo Horatio que estendeu a mão para acariciar seu cabelo.
Isso era tão bom. Inferno, seria incrível se aconchegar ao lado do corpo
sólido de Horatio na cama.
— Coloque tudo para fora, — Horatio murmurou. — Vai se
sentir melhor depois.
Corey fez.

Deixou toda a frustração e raiva aumentando nele por meses


escorrer para fora. Agarrando a camisa de Horatio, Corey sentiu as
lágrimas traidoras caindo de suas pálpebras. Tinha estado perdido por
tanto tempo, que Corey já não sabia o caminho de volta. Estar sozinho,
sem ninguém em quem confiar, Corey tinha feito uma má decisão após a
outra.
Não culpava ninguém, porque era um adulto que fez essas
escolhas. Não era como se Corey não tivesse tentado mudar seus
modos. Ele fez, mas não importava o que fizesse, era muito bom em
estragar a sua vida. O desespero fazia coisas estranhas para as pessoas,
e em vez de escolher o caminho mais difícil, porque Corey não se via
pagando sua dívida de cartão de crédito em toda a sua vida. Quando fez
o acordo com Oscar e os ursos, Corey não sabia que eles viriam a sério
para cobrar. Parecia que tinha finalmente atingido o fundo do poço.
— Sinto muito, — Corey sussurrou. Que direito ele tinha de
puxar Horatio para isso?
— Não é a mim que você tem que pedir desculpas. Precisa
perdoar a si mesmo em primeiro lugar.
Difícil de fazer, quando Corey não podia ver uma qualidade que
restasse de si mesmo, mas Horatio aparentemente fazia. Poderia
trabalhar com isso, tornar-se uma pessoa melhor não apenas para si,
mas para Horatio, que nunca tinha desistido de Corey quando seus
amigos e familiares fizeram.
Corey sacudiu a cabeça. — Não, eu lhe devo um pedido de
desculpas. Fui muito teimoso para pedir a sua ajuda, estava com medo
de seu julgamento.
Horatio se acalmou. Um grunhido escorreu de seus lábios.

— É por isso que sempre me afastava? — Parecia bobo, quando


Horatio dizia assim. Pelo seu silêncio, Horatio amaldiçoou em voz baixa.
— Sempre estarei aqui para você, Corey. Se você cair, vou te pegar.
Lembre-se disso.
Sentindo-se corajoso, Corey perguntou uma questão que
importava.

— Por quê?
Horatio esboçou um sorriso, e Corey queria nada mais do que
beijar aqueles lábios pecaminosamente sexy.
— Porque sempre soube desde que éramos crianças que não
haveria mais ninguém além de você.
— Senti o mesmo. — A admissão o deixou se sentindo leve,
aliviado.
— Você acabou fugindo de mim, de nós, Corey?
— Estou aqui agora, mas aonde isso vai? Horatio, estou com
medo. — Corey se lembrou do olhar nos olhos de Oscar e suas palavras.
Como poderia esperar que Horatio lutasse suas batalhas por ele? — Não
posso envolvê-lo.
Ele recuou pelo grunhido de Horatio.
— Estamos nisso juntos agora, animal de estimação. Você e eu,
se lembre disso.
Corey deixou escapar um riso nervoso. — Você tem certeza?
Porque sou um problema.
Horatio o olhou por um momento.

— Bebê, você sempre foi um problema.


Ele sorriu.

— Você está flertando comigo, beta?


— Eu não flerto. Não preciso. — Horatio lhe deu um sorriso
cheio de dentes. — Você foi meu, desde o momento que coloquei os
olhos em você.
Cristo.

Como Horatio poderia dizer essas palavras, sem um pingo de


timidez, apenas a pura confiança, fez Corey acreditar nele, será? Poderia
Corey realmente sair dessa bagunça e ver um futuro com Horatio?
Horatio bateu em seu joelho.
— Você teve uma longa noite. Descanse um pouco. O banheiro
é por ali. Vou pegar roupas de reposição, um travesseiro e cobertor. Nós
vamos descobrir o resto amanhã.
— Espere. Por favor. — Corey agarrou a bainha da camisa de
Horatio antes que ele pudesse se afastar. Horatio levantou uma
sobrancelha, mas sentou-se no sofá. — Não estou exausto. — Corey
acariciou o peitoral esquerdo firme de Horatio sob a camisa, sentindo a
mudança na respiração de Horatio. — Não lhe agradeci por ter vindo em
meu socorro.
Horatio soltou uma risada dura. — Você não precisa fazer isso,
Corey.
— Eu quero, e não me diga que vai me recusar, beta. — Corey
assentiu para a protuberância no jeans de Horatio. — Posso ver que
você está duro por mim.
Ele engoliu em seco quando Horatio pressionou uma mão contra
sua própria ereção e deu-lhe um aperto. Corey gemeu.

— Quero isso. Você quer isso. Você disse que sou seu, beta.
Faça-me seu.

Capítulo Quatro

Como poderia Horatio recusar uma oferta tão tentadora? O


sorriso travesso de Corey o fez parecer mais jovem e charmoso e Horatio
não conseguia conter seu lobo por mais tempo. Antes que seu pequeno
humano arrogante achasse que estava no comando desta dança, Horatio
agarrou a parte de trás do pescoço de Corey, acariciando a pele com as
pontas dos dedos. Corey deixou escapar um gemido necessitado, então
Horatio tomou seus lábios novamente, amando o gosto de Corey em
seus lábios.
Quando Horatio soltou Corey, Corey gemeu em sua boca,
querendo mais. Ele chupou e mordiscou o lábio inferior de Corey,
apreciando a forma como Corey se esfregava contra ele, querendo
chegar perto. Horatio empurrou sua língua na garganta de Corey,
gostando e esfregando a mão de Corey contra sua coxa.
Corey se afastou, respirando com dificuldade, seus lábios ainda
inchados do beijo de Horatio.

— Deus, Horatio. Não sabia que você podia beijar assim.


— A maioria das pessoas dizem que sou muito talentoso com a
minha boca. — Era uma coisa para se provar, Corey corou. — Você
gostaria de saber?
— Posso ver por que seus outros amantes disseram isso.
Horatio amaldiçoou-se pela escolha errada das palavras, mas,
novamente, Corey não tinha o direito de julgá-lo.

— Vamos esclarecer uma coisa, pequeno humano. Depois desta


noite, não haverá outros homens para você.
Corey engoliu. Desafio acendeu em seus olhos, que só fez
Horatio mais duro. — Você não pode fazer esses tipos de decisões por
mim.
— Não posso? — Horatio se inclinou perto do ouvido de Corey.
— Este pequeno corpo doce é meu, Corey, bem como seu pau, seu
coração e alma, e depois de hoje à noite, você não vai querer mais
ninguém.
Corey estremeceu assustado quando Horatio rasgou sua camisa,
jogando-a para o lado, e passou a mão possessiva para baixo na sua
parte superior do tórax. Horatio tinha aumentado em tamanho e
ganhado mais massa muscular depois de virar um lobo. Horatio correu
os dedos para baixo dos peitorais de Corey, costelas e da barriga lisa.
Corey gemeu em seu simples toque e Horatio sorriu.
Ele já tinha o humano. Corey não saberia o que o atingiu.
Horatio começou a criar um caminho de beijos no pescoço, clavícula e
tórax. Tomou o mamilo esquerdo em sua boca, sugando até o broto
endurecer. Corey gritou quando Horatio cerrou os dentes e deixou uma
marca de mordida, a marca de seus dentes perfeitos contra a pele pálida
de Corey.
— Horatio, Deus.
Horatio puxou sua boca.

— Nenhum Deus, bebê. Há apenas nós, você e eu, e quero


deixar todas as minhas marcas neste corpo lindo seu para que o mundo
vá saber a quem pertence.
— Bastardo possessivo, — Corey murmurou, mas Horatio
podia ver que o pensamento o excitou. Seu pequeno humano adorava
isso. Corey estava esperando o homem certo para chegar, um homem
que fosse capaz de dar-lhe o que precisava, ou seja, Horatio.
Horatio se moveu mais abaixo, desabotoando o topo do jeans de
Corey e abrindo o zíper. Começou a puxar o zíper, mas Corey agarrou
sua mão. Horatio pensou que o homem iria mudar de ideia. Ele rosnou
com impaciência, mas recuaria se Corey não quisesse isso agora. Horatio
podia ter feito muitas coisas, mas nunca tomou ninguém contra o seu
consentimento. Onde estava a diversão nisso, sabendo que era melhor
ver o outro se render? Corey se submeteria a ele tão docemente.
Franzindo a testa, Horatio não sabia como proceder.
— Espere. Preciso ver você, também. Por favor, não pode
imaginar quantas vezes imaginei como você se parecia sob suas roupas.
— Venha descobrir, animal de estimação.
Sorrindo, Corey ficou de pé. Agarrou a bainha da camisa de
Horatio.

— Tem um delicioso presente para eu desembrulhar?


— Acha gostoso?
Corey puxou sua camisa, claramente gostando do que
encontrou, porque fez uma pausa, traçando a linha de seu abdômen.

— Ah sim.
Horatio riu, deixando Corey retirar sua camisa.
— Oh, bebê, você é um deleite.
Horatio deixou Corey tocar e explorar, amando a sensação de
suas mãos em seu corpo. Ele malhava como um hábito, porque, em sua
linha de trabalho, lobisomens necessitavam estar em forma para lutar.
Nada de especial, mas inferno, a expressão genuína de Corey de prazer
fez tudo valer a pena.
— Tudo meu? — Corey perguntou, brincando, apertando os
tríceps e bíceps de Horatio.
— Isso funciona nos dois sentidos, animal de estimação.
Corey assentiu, olhando sério.

— Você sabe que não quero mais ninguém, certo? Quero dizer,
você já olhou para si mesmo?
— Prove o quanto você me quer, animal de estimação.
Entendendo, Corey soltou o cinto. Horatio o deixou puxar para
baixo sua calça e boxer. Por um segundo, Corey olhou para seu pau,
pendurado longo e grosso entre as pernas.
— Tão grande, oh, bebê. Não acho que já tive qualquer coisa
tão enorme em mim.
— Assustado?
— Claro que não. — Corey caiu silenciosamente de joelhos. O
sangue correu para o pau de Horatio com a visão perfeita disso. Corey
passou as palmas para cima de suas panturrilhas, joelhos e coxas.
Tomando o controle, Horatio afundou os dedos nos cabelos de Corey, e
pressionou a ponta brilhante para os lábios do humano.
— Mostre-me o quanto quer o meu pau, animal de estimação.
— Com prazer. — Corey lambeu a cabeça do pênis de Horatio,
lambendo a fenda.
Horatio nunca tinha visto qualquer homem que amava dar
boquetes como Corey, e foda, sua língua se sentiu incrível no eixo de
Horatio. Ele puxou o cabelo de Corey, mas o ser humano parecia ter a
intenção de explorar cada polegada dele. Corey lambeu-o da coroa para
a base, tendo uma de suas bolas em sua boca, sugando, antes passar
para a outra.

Usando o cabelo de Corey como uma alça, Horatio guiou a boca


de Corey para seu pau.
Abrindo a boca, Corey levou o pênis de Horatio. Horatio fixou
seu olhar sobre Corey, que engasgou em primeiro lugar, antes de
acomodá-lo com facilidade. Assistindo Corey balançar sua cabeça para
cima e para baixo fez Horatio quase explodir seu sêmen na boca de
Corey, mas manteve seu clímax de vir. O que era sobre Corey que fazia
Horatio reagir como algum filhote com tesão?
Apertando seu aperto no cabelo de Corey, Horatio sentiu Corey
relaxar, deixando-o foder sua boca.
— Foda-se, bebê. Sua boca se sente incrível em volta do meu
pau, — Horatio murmurou, vendo mais uma vez Corey corando.
Ele fodeu a boca de Corey algumas vezes, antes de puxar.
Horatio soltou um tremendo gemido quando Corey fechou a boca sobre
seu pau, recusando-se a deixar ir.
— Tome meu sêmen, então, bebê. Não derrame uma gota, —
Horatio ordenou. Era uma visão bonita, Corey trabalhando sua
mandíbula para tomar o seu creme. Depois, Corey lambeu os lábios,
claramente satisfeito consigo mesmo. Horatio ajudou-o a ficar de pé,
colocando um braço sobre sua cintura e puxando-o para perto.
Gemendo, Corey esfregou sua ereção contra Horatio. Sorrindo, Horatio o
beijou de novo, amando o jeito que Corey respondia a ele. Sua mão
encontrou o pau de Corey e começou a bombeá-lo.
Os olhos de Corey abriram enquanto Horatio trabalhava em seu
pau duro. Liberando seus lábios, Horatio sabia que Corey estava para
gozar.

— Vá em frente, animal de estimação. Goze nos meus dedos.


Com um grito, Corey explodiu em todos os seus dedos,
derramando jorros de seu sêmen sobre o estômago de Horatio. Ele
beijou Corey de novo, rápido e doce.
— Perfeito, animal de estimação. — Horatio ergueu os dedos,
ainda molhados com o sêmen de Corey, e o lambeu.
— Oh, — foi tudo que Corey poderia dizer, claramente
acordado.
— Você tem um gosto tão fodidamente bom, animal de
estimação. Cada polegada sua, incluindo seu sêmen.
As bochechas de Corey coraram e ele limpou a garganta.

— Você sempre fala sujo?


— Só com você, animal de estimação, uma vez que você gosta
tanto.
Com uma expressão de teimosia em seu rosto, Corey agarrou
sua mão e lambeu o resto dos dedos de Horatio secos.
— Como é o gosto, bebê, você e eu juntos?
— Bom.
— Nós não terminamos, animal de estimação. Longe disso.
— Oh, eu sei. — Corey olhou para a ereção de Horatio e
Horatio não podia esperar para mergulhar seu pau na bundinha apertada
de Corey.
— É melhor estar pronto pequeno humano. Desde que pediu
tão bem, tenho a intenção de usar essa bunda bonitinha, até que você
dificilmente possa caminhar na parte da manhã.
Corey respirou, os olhos brilhando de emoção.

— Foda-me, Beta. Por favor. Diga-me como você me quer?


Horatio pensou sobre isso, então assentiu para o sofá. — Deite-
se no braço do sofá, estarei de volta com o lubrificante.
Ele entrou no banheiro, pegando o lubrificante e um pano limpo
da gaveta. Shifters não pegavam doenças e Horatio iria foder Corey sem
camisinha. Horatio olhou para seu reflexo no espelho por alguns
segundos. Não podia ter de volta suas ações agora, não depois que toda
a cidade havia testemunhado a luta, e Horatio nunca iria mudar alguma
coisa ou fazer de outra maneira.
Se Horatio pudesse mudar o passado, impediria Corey de fazer
esse negócio com o clã shifter urso, mas não podia fazer nada sobre isso
agora. Corey tinha entrado em uma confusão grande e Horatio não sabia
por onde começar. Tudo o que podia fazer era ficar com Corey e ajudá-lo
a sair fora dessa bagunça. Não seria uma coisa fácil. Até agora, a palavra
teria se espalhado ao redor da cidade que Horatio tinha oferecido sua
proteção a um ser humano já reivindicado pelos shifters ursos. Hayden e
o resto do bando exigiriam respostas, mas Horatio estava pronto para
defender suas ações.
Quando voltou, Corey tinha virado seu corpo sobre o sofá. Ao
ouvi-lo, Corey enfiou a bundinha sexy para cima para Horatio,
implorando para ser fodido.
— Tão impaciente, animal de estimação? — Horatio bateu na
nádega esquerda de Corey, fazendo Corey gemer. — Não se preocupe
animal de estimação, estou indo para ir devagar.
— Confio em você, — Corey disse simplesmente. Horatio olhou
para ele, passando a mão para cima e para baixo da espinha de Corey.
Será que Corey sabia o quanto essas palavras significavam para
Horatio?
Lubrificando seus dedos, Horatio espalhou uma quantidade
generosa sobre o ânus de Corey.
Corey se mexeu com impaciência, mas Horatio deu um tapa na
bunda em advertência.
— Comporte-se, bebê. Preciso de você pronto para que possa
me levar. Não sou exatamente pequeno.
— Eu sei, — Corey respirava com dificuldade.
Deslizando um dedo, Horatio enrolou, atingindo a próstata de
Corey. Corey deixou escapar um gemido. Sorrindo, Horatio colocou um
segundo dedo e começou a tesourar a entrada de Corey. Todo esse
tempo, Corey implorou e suplicou.
— Horatio, por favor. Foda-me, já. Preciso de você em mim.
— Tão, bruto, animal de estimação. — Horatio puxou os dedos
para fora, cutucando as pernas de Corey mais abertas. Podia ver o pau
de Corey já a meio mastro. Pressionando a ponta contra o ânus
enrugado de Corey, provocou a entrada de Corey.
— Bebê, por favor.
Bebê. Horatio gostava de ser chamado assim. Não querendo
atormentar Corey, além disso, apertou ainda mais os quadris de Corey e
empurrou a cabeça do pênis, ouvindo Corey ofegar.
— Inspire e expire, animal de estimação.
Corey obedeceu e Horatio empurrou lento e fácil, até que estava
inteiramente dentro de Corey.
— Porra, você está tão apertado para mim, Corey.
— E você é tão grande, — Corey sussurrou. — Você se sente
bem, apesar de tudo.
— Perfeito, — Horatio terminou. — Pronto para que eu possa
me mexer?
— Por favor.
Com isso, Horatio não precisou de outro convite. Retirou-se um
pouco apenas para empurrar o seu caminho, encontrando rapidamente o
ritmo. Abaixo dele, Corey gemia.
— Mais rápido, bebê. Por favor.
Horatio pegou velocidade, indo mais profundo com seus
impulsos, querendo penetrar os lugares mais profundos de Corey. Ele
quis dizer o que tinha dito. Depois desta noite, Corey já não iria querer
qualquer outro homem, apenas ele. Alcançando o pênis de Corey,
Horatio começou a trabalhar nele, amando os sons de prazer que Corey
fazia. Ele mudou o ângulo dos impulsos e bombeou de volta. Horatio
devia ter batido o doce ponto de Corey, porque Corey engasgou e
agarrou o tecido do sofá.
Ele bateu no local novo e de novo, sabendo que não ia durar. O
aumento da pressão dentro de Horatio estava prestes a estourar. Não
ajudava que os músculos da bunda de Corey puxavam-o ainda mais,
num aperto duro em torno de seu pau.
— Horatio, estou perto, — Corey sussurrou ofegante, os dois
estavam.
Horatio acariciou seu pau mais rápido.

— Faça-o, bebê. Goze nos meus dedos novamente.


Corey gritou seu nome, seu corpo todo trêmulo enquanto
derramava seu sêmen em toda a mão de Horatio.
— Porra.
Ouvindo seu nome nos lábios de Corey, Horatio martelou em
Corey várias vezes antes de explodir. Vendo estrelas, Horatio esvaziou
seu sêmen dentro da bunda apertada de Corey.
— Isso foi... wow, — Corey disse depois. Recuperado, Horatio
puxou para fora de Corey, e virou-o de volta no sofá, ajudando a limpar
a ambos com um pano limpo. Corey parecia atordoado, mas feliz.
— Vamos, animal de estimação. É hora de dormir.
— Ganho afagos, também? — Corey perguntou timidamente.
— Claro. — Horatio puxou, mas Corey começou a fechar os
olhos. O humano gritou quando Horatio o levantou facilmente em seus
braços. Resmungando, Corey passou os braços em volta do pescoço de
Horatio quando Horatio o levou para o quarto.
— Oh menino, eu poderia me acostumar com isso.

Capítulo Cinco

— Você não terminou com a prateleira ainda? — Perguntou


Trenton, gerente assistente da Books with Claws, e supervisor de Corey.
— Dê-me mais cinco minutos, — Corey disse de volta, sem se
preocupar em esconder a irritação em sua voz.
— Tudo bem, mas se apresse. Nós temos uma nova remessa de
livros para desempacotar.
Fazia três dias desde a sua maravilhosa noite com Horatio.
Horatio queria ajudá-lo a ter nova vida, começando com um trabalho
honesto. Por causa de sua reputação, a maioria das pessoas da cidade
não iria contratá-lo por causa da sua família ou da sua reputação. Não
ajudava que seu currículo continha uma série de trabalhos que ele saiu
ou foi demitido. A maioria dos seus rendimentos vinha da venda de seu
corpo, mas isso estava fora de questão, agora que ele era de Horatio.
Corey não se importava. Depois daquela noite, queria ser tão puro
quanto possível para seu incrível companheiro.
Inferno, gostava de trabalhar na livraria de Horatio, tanto nos
períodos de pico, como nas tardes tranquilas. O único problema era
alguns dos funcionários de Horatio. Dois eram lobisomens e eram
membros do bando do seu companheiro. Não precisava ser um gênio
para descobrir que Dustin e Trenton tinham uma queda pelo seu beta.
Depois de terminar com a prateleira, Corey foi para a parte de
trás.
— Você precisa trabalhar muito mais rápido, Corey. As tardes
podem ser lentas, mas a multidão da noite vai começar a chegar, —
disse Trenton.
O ruivo alto parecia ter decidido que não gostava de Corey
desde a primeira vez que o viu. Vendo Dustin do outro lado da sala
descarregando os livros fez Corey suspirar. Aguentar um, tudo bem, mas
dois seria um pé no saco. Apesar de sua animosidade e aversão, os
shifters não iriam machucá-lo, Corey sabia, não com a observação de
Horatio, mas Corey não era feito de pedra. Palavras inesperadas
poderiam ferir, especialmente se traziam alguma verdade.
Corey não sabia por que os deixava afetá-lo assim. Ao longo dos
anos, desenvolveu uma pele grossa perfeita para deixar comentários e
insultos não o afetarem. As coisas tinham mudado, embora. O seu eu
antigo não dava à mínima, porque sabia que ganhava uma grande renda
num comércio que era bom durante a noite e impróprio para o mundo a
luz do dia. O seu novo eu queria ser melhor, porque Horatio acreditava
que ele poderia ser.
— Não posso acreditar que o beta escolheu este bom-para-
nada de humano, — murmurou Dustin. — Lento, indigno, e as coisas
que os ursos dizem sobre ele.
Às vezes, Corey se perguntava por que Horatio o escolheu,
também, por que o beta arriscaria sua reputação para manter Corey.
— Dust, volte ao trabalho. — Trenton olhou para seu relógio de
pulso. — Horatio quer estes feitos para a noite, então ele vai ter uma
coisa a menos para se preocupar.
O enorme lobisomem de cabelos escuros resmungou algo
baixinho suave demais para Corey pegar, as palavras como 'beta' e
'precisa se explicar'.
Incapaz de evitar, Corey voltou-se para Trenton.

— O que você quer dizer com uma coisa a menos para se


preocupar? Horatio está em apuros?
Trenton bufou, continuando a desempacotar os livros das
caixas. Vendo que Corey tinha parado de trabalhar e cruzado os braços,
Trenton franziu a testa, encarando-o. Corey tinha visto o seu quinhão de
shifters rosnando, então se manteve firme, em silêncio, exigindo uma
resposta.
— Horatio não te disse? — Perguntou Trenton. Dustin bufou,
mas Corey ignorou.
— Disse-me o que?
Trenton deu de ombros.

— Ele está se encontrando com o alfa, o gama e alguns dos


executores para se explicar.
Um frio penetrou na espinha de Corey, seguido por uma súbita
explosão de raiva. Eles praticamente viviam juntos. Como Horatio
poderia deixar de mencionar esse pequeno detalhe? Trenton olhou-o por
alguns minutos.
— Posso sentir sua raiva humano. Você tem alguma ideia do
que o beta arriscou para salvar sua bunda gorda e sem valor? — Foi a
primeira vez que Corey tinha visto o gerente assistente com raiva.
— Horatio pode tomar suas próprias decisões, e ele me
escolheu. — Corey se sentiu mesquinho dizendo aquelas palavras, mas
como um ser humano no mundo do shifter, não podia se dar ao luxo de
mostrar fraqueza.
Dustin rosnou.

— Por piedade.
Trenton cerrou os punhos e Corey podia ver suas pupilas
virando amarelas. A autopreservação disse-lhe para dar um passo atrás,
e correr para fora da sala de estoque e direto para Horatio, mas o que
isso provaria? Que Corey era e seria sempre um covarde?
— Você egoísta filho da puta, — cuspiu Trenton. — O pior
cenário? Horatio não apenas perde a sua posição como beta. Ele será
expulso do bando. O bando não arriscaria lutar contra outro grupo
animal. Conhecendo Horatio, ele enfrentaria os ursos sozinho. O que
aconteceria com ele, então?
Corey congelou. O bando de Blue Moon significava tudo para
Horatio. Horatio os considerava família, mais do que seu pai abusivo já
tinha sido. Inferno, durante o seu tempo longe de Blue Moon, Corey
realmente invejou Horatio por ser mordido e ter encontrado uma nova
família. Ele não tinha o direito de estar com raiva. Trenton e Dustin
provavelmente apenas cuidavam de Horatio.
— O que, nada a dizer sobre isso? — Perguntou Dustin, careta
no rosto. — Você só vai continuar usando-o como um escudo? Se eu
soubesse o que você faria para o nosso beta, teria te caçado e te
matado.
— Isso é o suficiente, de ambos, — disse Trenton. A porta da
sala abriu, revelando Horatio.
— Está tudo indo bem aqui? — Perguntou Horatio. Cristo, o
companheiro de Corey parecia perfeito como sempre, mesmo em jeans,
camisa de flanela e um avental de empregado.
Dustin jogou a Corey um olhar sujo, como se previsse que
Corey fosse contar.
— Tudo bem, — Corey respondeu, sua voz áspera. Horatio o
estudou por alguns segundos.
— Você tem certeza? Corey, você está parecendo um pouco
pálido. Talvez...
— Estou bem, — Corey agarrou. — Precisamos acabar com
isto.
— Entendo. — Horatio esfregou as têmporas. — Trent, vou
deixar tudo para você. Preciso ir para uma reunião.
— Reunião? — Corey não conseguia manter a nitidez de sua
voz. Horatio fez uma pausa, o rosto em conflito com as emoções. — Boa
sorte.
Horatio assentiu prestes a sair, mas parou.

— Corey, vamos falar sobre isso quando eu chegar em casa.


— Ótimo. — Vendo o olhar hesitante no rosto de Horatio,
Corey suspirou. — Vá. Vejo você mais tarde.
— Ok, Jaime vem buscá-lo depois do trabalho.
Corey esbravejou. Outra questão que eles discordavam. Corey
não precisava de um guarda-costas, mas quando Horatio apontou que os
shifters ursos poderiam tentar algo, Corey cedeu.
Depois de Horatio sair, Corey olhou para as caixas na frente
dele. Horatio arriscou tudo que tinha para ajudar Corey, por que não
poderia Corey fazer o mesmo? Ele ingenuamente supôs que Horatio
poderia consertar tudo?
— Ele é muito bom para você, humano, — Dustin murmurou.
Pela primeira vez, Corey encontrou seu olhar desafiador.
Ele não conhecia a história de Dustin, ou Trenton, mas eles
simplesmente se importavam com o seu beta. Mais do que importava, a
julgar pela forma como se tornaram protetores.
— Eu sei, — Corey murmurou, sua resposta surpreendendo
aos dois. Eles terminaram a tarefa sem outra palavra. Corey ficou
surpreso que não houve observações espertinhas disparadas contra ele.
O resto da noite passou sem incidentes, até a hora de fechar.
— Desculpe-me, onde posso encontrar a seção de não ficção e
biografia? — A pergunta veio de um cara magro em seus vinte anos.
Com seu capuz para cima, Corey não conseguia distinguir suas feições.
— Venha, por favor. — Corey levou-o para a área raramente
frequentada da livraria. — Você está à procura de um autor ou livro em
particular?
A mão pálida fechou em seu pulso. Corey quase gritou, até que
viu as contusões espreitando de suas mangas. Olhos negros assustados
permaneciam colados ao dele. Um rosto machucado olhava para ele. O
olhar de Corey caiu na expressão infeliz no rosto do rapaz e focou nas
marcas de mordidas vermelhas no pescoço do rapaz. Vampiros
mantinham animais de estimação humanos, ele sabia, mas o ninho de
vampiros locais era pequeno. Estas marcas foram feitas por shifters. Seu
estômago embrulhou.
— Tenho uma mensagem de meus donos, — o jovem
sussurrou, lambendo os lábios secos.
Apesar de ter sido rude, Corey não podia deixar de olhar para
essas marcas feias. Deus. Se Horatio não o tivesse reivindicado, será
que teria acabado assim? Inferno, ele e esse cara praticamente podiam
ser gêmeos. Ele sabia que o homem-urso não ousaria entrar na livraria
da propriedade do beta do bando de lobisomens, então enviou um ser
humano ligado ao clã de shifters ursos.
— Que mensagem?
Ele olhou nervosamente ao redor e, não encontrando ninguém a
observá-los, respondeu: — Quanto tempo você vai continuar se
escondendo com os lobos? Se você se preocupa com o seu lobo e se
sabe o que é bom para você, venha para a casa do urso na estrada
Necessities na Rota 244.
— Corey, há algum problema? — Veio à voz de Trenton.
O jovem hesitou como se quisesse dizer mais. Parecia estar
fazendo um balanço de Corey da mesma forma que Corey fazia dele.

— Não vá. Parece que você obteve um acordo melhor com os


lobos, — ele sussurrou.
Eles eram parecidos. Empurrados para a beira do desespero,
Corey tinha feito cada coisa desprezível que poderia pensar para
sobreviver. Este jovem, uma espécie de alma gêmea, fez o mesmo.
— Corey, — Trenton estalou, aproximando-se deles. —
Desculpe-me, o meu funcionário... —
Trenton não terminou. Irritação virou-se para outra coisa,
suspeita, não para Corey, mas o jovem falando com ele. Arreganhando
os caninos para o intruso, Trenton caminhou até Corey e se plantou na
frente sem hesitação. — Você não é bem-vindo aqui, humano. —
O estranho acenou com a cabeça, afastando-se rapidamente e
praticamente correndo para a saída. Corey não sabia o que sentir. Ele
estava zangado que Trenton tinha mandado embora o estranho antes de
Corey poder perguntar mais, mas, ao mesmo tempo, estava confuso que
Trenton iria protegê-lo, sem dúvida. Cristo. Será que Horatio pediu para
vigiá-lo? Não deveria ser uma surpresa, mas era. Trenton e Dustin o
odiavam, mas arriscariam suas vidas por Horatio protegendo o humano
de Horatio?
— O que você estava pensando? — Trenton exigiu, sacudindo-
o da expressão furiosa.
— Ele queria ajuda para encontrar um livro. Não vi as marcas
de mordida até mais tarde, — Corey respondeu com sinceridade.
Trenton o deixou ir com um olhar de frustrado.
— Se é uma porra de uma pequena tarefa, então você não
devia fazê-lo. Horatio lhe disse para ficar de olho em mim, não foi? —
Corey não podia deixar de perguntar. Ele sabia que estava cavando em
uma ferida aberta, mas não se conteve. Se alguém o empurrasse, ele
empurraria de volta com mais força. Isso estava em sua natureza.
Em vez de discutir com ele, Trenton parecia cansado. — Horatio
escolheu você, — Trenton disse simplesmente. — Por mais que eu não
consigo entender isso, eu respeito sua decisão. Eu com certeza não irei
deixar o humano de Horatio morrer no meu turno. Isso iria destruí-lo.
Abalado, Corey olhou para ele, sem palavras.
— Corey, está pronto para ir? — A voz de Jaime veio de trás
deles. O enorme lobisomem olhou de Corey para Trenton. — Será que
interrompo alguma coisa?
— Não, nós terminamos, — Trenton murmurou, afastando-se.
— Estou fechando a loja hoje, — Corey interrompeu.
— Não, pode ir embora. — Antes de Corey poder argumentar,
Trenton disse: — Por favor, apenas vá.
Corey não perguntou novamente. Tirou o avental e agarrou sua
bolsa dos armários dos funcionários. Dustin estava lá também.
— Se você não tivesse vindo para a vida de Horatio, nada dessa
merda teria acontecido, — disse Dustin com desgosto evidente em sua
voz.
Corey tinha acabado seu trabalho para o dia, então fez o que fez
melhor, ele fugiu. Quando saiu pela porta, Jaime terminou seu cigarro.
— Você está pronto? — Jaime, pelo menos, parecia mais
agradável do que Trenton ou Dustin.
— Sim. — Corey entrou no carro de Jaime sem discutir.
Depois de alguns minutos de dirigir sem falar, Jaime disse: —
Não pense mal deles.
— Quem? Trenton e Dustin? Eles parecem tornar sua missão de
vida para me odiar, — Corey queixou-se como um moleque e sabia
disso, mas precisava desabafar.
Jaime riu. — Não posso culpá-los, realmente. Não gostei de
você em primeiro lugar, mas agora não vejo qualquer outra pessoa para
estar com Horatio.
Corey piscou. — Sério?
— Eles vão amolecer. Eles como eu somos protetores de
Horatio.
— Por quê? — Corey sabia que Jaime daria sua vida por
Horatio sem hesitação, também. Inferno, sob as ordens de Horatio,
Jaime ficou de olho em Jaime desde o momento em que retornou a Blue
Moon.
— Horatio deu a todos nos três a mordida, você sabia?
— Ele fez? Pensei que apenas Alfas poderiam fazer isso.
— Horatio poderia ser Alfa se quisesse. Ele não vai ganhar
contra Hayden, nosso atual Alfa, mas se fosse num outro lugar, poderia
desafiar um bando mais fraco e vencer. — Jaime parecia perdido em
pensamentos. — Quando Horatio encontrou cada um de nós, estávamos
todos de uma forma ruim. Você sabe por que Trenton e Dustin estão lhe
dando um momento tão difícil?
— Por quê?
— Eles veem seus antigos eus em você.
Corey não conseguia esconder sua surpresa.
— Todos nós viemos do lado ruim da cidade. Horatio encontrou-
me depois de um tiroteio de gangues. Ele me deu a mordida, me salvou.
Trent e Dustin vieram da mesma forma. Eles podem não estar
interessados em Horatio no sentido romântico, como eu estou, mas eles
são malditos protetores com ele.
A admissão de Jaime parecia um balde de água fria. — Você
ama Horatio?
Jaime nem sequer olhou envergonhado por isso. Dando de
ombros, Jaime virou no bairro de Horatio. — Por um longo tempo, mas
sei que é uma batalha perdida quando o vi. — Estacionando o carro no
meio-fio, Jaime olhou Corey com olhos sérios. — Corey, faça o que nós
não podemos. Ame-o. Cuide dele, e quando ele for um filho da puta
teimoso, desafie-o.
Corey olhou Jaime com um sorriso. — Eu vou fazer o meu
melhor.
— Estarei aqui, se você precisar de alguma coisa, — disse
Jaime, estendendo-se em seu assento.
— Obrigado. — Corey saiu do carro. Parecia que Jaime tinha
colocado um peso pesado em seus ombros. Como Jaime colocava tanta
confiança nele isso confundia Corey. Inferno, mesmo Trenton foi tão
longe a ponto de colocar-se na frente de Corey depois de sentir uma
ameaça. O que havia de tão especial sobre ele?
De volta ao apartamento, Corey começou a pensar na casa de
Horatio e sua. Ele caiu no sofá da sala de estar. Ligando a TV no mudo,
Corey olhou para a tela, não vendo nada. Seus pensamentos giravam em
torno de Horatio e sua reunião. Será que os superiores realmente
expulsariam Horatio e o separaria da única família que ele amava?
Agitado, Corey levantou-se e começou a andar em torno do
apartamento, esquecendo o jantar completo.
O telefone sem fio tocou meia hora mais tarde. Corey o pegou,
nervoso. — Horatio?
— Desculpe desapontá-lo, mas é apenas eu, — veio à voz de
Jaime. — Escute, estou ficando um pouco preocupado. Estou me
dirigindo para a reunião, fique aqui. Dustin está vindo para assumir meu
posto.
— Dustin? Ótimo.
Jaime realmente riu.

— Dê a ele uma chance. Ele é realmente um cara muito


engraçado. Ele vai estar aqui em quinze minutos. Se acontecer alguma
coisa, dê a qualquer um de nós uma chamada. Você tem uma caneta e
papel na mão?
Depois de dizer a Corey seus números, Jaime desligou o
telefone. Ele olhou para o bloco com os números por alguns segundos,
recordando as palavras de despedida de Dustin para ele. Se Corey não
tivesse vindo para a vida de Horatio, Horatio não estaria nesta confusão.
Seu estômago embrulhou, Corey rapidamente rabiscou uma nota e
pegou sua jaqueta antes de Dustin chegar para seu posto.

Levaria um tempo para o orgulhoso shifter chamar a Corey, e


ver a nota. Corey contava com Dustin para tomar a decisão certa, para
não segui-lo.
Isso praticamente matou Corey por fazê-lo, mas deixou a chave
reserva que Horatio tinha lhe dado com seu bilhete de despedida
apressado. Um covarde sabia fazer uma coisa boa, ele estava fugindo.
Corey não fugia de seus problemas neste momento, apesar de tudo.

Estava fazendo isso para consertar as coisas. Uma vez que


estivesse fora do caminho, Horatio iria encontrar alguém digno. Com o
coração pesado, Corey partiu.

Ele pegou um táxi cinco minutos depois e deu instruções para o


a casa do urso na estrada Necessities.
— Você tem certeza? Isso não é um lugar para seres humanos
irem, — o motorista avisou, mas Corey disse-lhe que estava bem.
Ele parecia bravo, mas estava com mais medo do que já tinha
estado em sua vida. Iria enfrentar seus problemas de frente. Horatio
salvá-lo não tinha sido uma coisa totalmente ruim. Durante os últimos
três dias, Corey se sentiu esmagadoramente feliz. Tinha aprendido que
poderia optar por ser alguém, se queria e que ele não era um inútil como
seu pai disse.
No entanto, Horatio não podia lutar contra todas as suas
batalhas por ele.

Duvidava que os ursos iriam querer uma luta com os lobos em


suas mãos. Corey iria colocar todas as suas habilidades para uma boa
utilização. Enganaria e mentiria, até que os ursos estivessem
convencidos de que já não tinha que se preocupar com Horatio e seu
bando.
O táxi passou pela cidade propriamente dita e se dirigiu para a
periferia, o que chamavam de Roughs3.

Eles dirigiram por armazéns abandonados e casas de


paralelepípedos em conjunto com madeira e estanho, e por um longo
trecho de estrada. Árvores cresciam em ambos os lados da estrada. A
esquerda havia uma pequena estrada de terra que levava a uma cabana
de dois andares com as palavras 'Urso Necessities' na frente.

Motos estavam estacionadas em frente.


— Isto é, tanto quanto posso levá-lo, garoto. Você tem certeza
sobre isso? — Perguntou o taxista, parando na estrada de terra que
conduzia a casa.
— Sim, obrigado. — Corey pagou o motorista e saiu com o
coração batendo.
A partir daqui, podia ouvir música country alta misturada com
vozes de bêbados, uivos e, ocasionalmente, um grito. Engoliu em seco.
Que tipo de diabos ele voluntariamente se jogou?
— Um passo de cada vez, — Corey murmurou para si mesmo.
Podia fazer isso, ser corajoso por uma vez e parar de depender
de Horatio. Ele conseguiu arrastar os pés até a estrada de terra. Dois
grandes homens com camisas de flanelas e botas de vaqueiros
empoeiradas estavam em pé na entrada da porta, observando-o. Sob as
luzes difusas, Corey podia ver as suas pupilas virarem amarelas. Ele
conhecia o olhar de apreciação que lhe deram. Conteve sua raiva. O
motorista disse isso, não foi? Que apenas certos seres humanos vinham
aqui, e ele não devia se importar se esses shifters olhavam para ele

3
Áspero.
como carne livre. Deus, ele não podia acreditar que tinha negociado com
Horatio para isso.
Tomando respirações profundas, Corey estava prestes a entrar
quando um dos homens agarrou seu pulso.
— Espere, rapaz? — Perguntou o barbudo.
Ele olhou-o nos olhos, fazendo o segundo rir.
— Animado, para um ser humano, — o outro comentou. —
Uma noite com nós dois e vamos ensinar-lhe o seu lugar.
— Eu vim aqui para me divertir. Talvez mais tarde, Oscar está
me esperando.
— Oscar, eh? Você deveria ter dito isso antes. — O primeiro o
deixou ir. Corey entrou, ainda sentindo o peso de seus olhares pesados
sobre sua figura.
Não demorou muito para Oscar farejá-lo. — Bem, bem, se não
é o humano de Horatio.
Oscar estava sentado em uma das mesas de canto,
acompanhado por dois amigos, uma semelhança tão grande com Oscar.
— Junte-se a nós.
Engolindo Corey se aproximou.
— Onde está seu protetor, pequeno humano? — Oscar
zombou. — Cansado de você já?
— Sim. — Corey não se incomodou em esconder a dor em sua
voz. — Eu vim aqui para pagar minhas dívidas.
— Você quer, agora? — Oscar acariciou seu amplo colo,
deixando uma mensagem clara. — Por que não prova como está ansioso
para ganhar meu favor?
Apesar de se odiar por isso, Corey montou seu colo, mãos
imediatamente indo para a fivela do cinto de Oscar. Repulsa se arrastou
por sua espinha, mas a situação tinha uma sensação familiar para ele.
Esta não era a primeira vez que Corey tinha se prostituído e, a este
ritmo, não seria a última. Horatio tinha lhe dito que ele era melhor, mas
só porque Horatio estava lá para fazer Corey melhor. No final, Corey só
podia fazer uma coisa. Oscar riu, agarrando seus pulsos.
— É verdade, então. Este ser humano está realmente
desesperado por um pau, — comentou o homem-urso ao lado de Oscar.
— Algumas pessoas não mudam, pequeno buraco
especialmente sujo. — Oscar se aproximou e sussurrou em seu ouvido.
— Prove para mim, humano. Mostre-me que você quer meu pau mais do
que a de um lobisomem.

Capítulo Seis

— Você está assumindo um grande risco, Horatio, — Hayden


disse eventualmente.
O alfa estava sentado em frente à Horatio na Book with Claws,
na sala de descanso dos funcionários. À esquerda de Hayden sentava
Nathan Fisher, o novo gama do bando. Após o último gama trair Hayden
e o bando, que abalou a estrutura do bando, aqui estava Horatio fazendo
o mesmo. Tendo crescido com Hayden, Horatio sabia que o alfa faria o
que pudesse. Afinal, Horatio uma vez arriscou a própria vida para ajudar
a Conner, companheiro gato malhado de Hayden. No entanto, Horatio
também sabia que Hayden tinha responsabilidades como alfa. Hayden
devia tratar Horatio da mesma maneira que tratava todos os outros
lobos abaixo dele.
— Eu não o conheço muito bem, beta, mas temos trabalhado
com os outros durante anos. Isto é irresponsável, mesmo para você, —
disse Nathan, franzindo a testa.
Antes de ganhar a posição de gama, Nathan tinha trabalhado
como executor do bando durante anos. Horatio sempre o viu como o que
tinha mais cérebro do que os outros executores, isso dizia muito, desde
que a maioria dos shifters pensava com suas garras e dentes. De certa
forma, Nathan lembrava a Horatio dolorosamente de si mesmo. Antes de
Corey voltar para sua vida, ele tinha sido tão contrário a Hayden, por
fazer de um shifter gato malhado seu companheiro que trouxe o seu
próprio conjunto de problemas.
— Mas agradecemos a você por nos dizer o seu lado da
história, — Hayden disse cuidadosamente.
Dois outros executores do bando estavam nos cantos da sala, e
Horatio sabia que não importava o quanto ele confiava em todo mundo
aqui, a notícia iria facilmente sair para o resto do bando em breve. Será
que os outros membros começariam a questionar suas habilidades de
liderança?
— Se há qualquer um que discorde, estou feliz em defender a
minha posição em um círculo de desafio.
Nathan soltou um suspiro. — Mesmo assim, com o homem-urso
envolvido, o bando não seria capaz de apoia-lo nisso.
Horatio assentiu, esperando o resultado. Ele não queria arrastar
os outros em sua bagunça de qualquer maneira. Além disso, entendia a
lógica. O bando se envolvendo por causa dele significaria guerra com
outro grupo animal, mas se era apenas Horatio, poderia escrevê-lo como
um problema pessoal.
— Se não há mais nada para discutir, estou indo para casa, —
disse Horatio.
Além disso, ele queria ver Corey. Estava pensando em seu
humano durante todo o dia, desde que viu Corey na sala de descanso,
parecendo perturbado. Eles poderiam falar, ver TV e talvez alguns
afagos, ou mesmo sexo.
— Nós vamos discutir outros assuntos do bando na próxima
reunião, — Hayden concordou. Nathan se levantou de seu assento,
desculpando-se, e assim fizeram os outros executores. Finalmente
sozinho, Hayden deixou escapar um suspiro de frustração. — Horatio,
você está assumindo porra um grande risco aqui.
— Eu sei. Você não fez o mesmo com Conner?
Hayden olhou para a porta aberta, onde Nathan e os dois
executores saíram. — Jaime tem cuidado das suas costas?
Horatio assentiu. Não gostou nem um pouco que Jaime se
ofereceu para ajudar com tudo o que podia, mas ele não deixaria seu
orgulho ficar no caminho do seu futuro. Horatio não podia fazer isso por
si mesmo, especialmente se pretendia sair para o território dos shifters
ursos e fazer sua reclamação sobre Corey.
— Seja cuidadoso. Não posso me dar ao luxo de perdê-lo
depois de Jimmy, — Hayden murmurou.
— Certo, — disse Horatio, pensando na recente morte do
gama. — Vou para casa. A data do pagamento da dívida de Conner é
breve, certo?
— Certo.
Eles se dirigiram para fora da livraria juntos e Horatio viu Jaime
terminando seu cigarro. Jaime já havia informado via texto que Dustin
estava assumindo suas funções. A espinha de Horatio arrepiou quando
um carro de repente deu uma guinada para o lado. Dustin saiu, suado e
ofegante. Uma sensação desagradável veio a Horatio.
— Não posso encontrá-lo. Quando fui para o seu apartamento
para verificar, ele não estava mais lá. — Dustin entregou a Horatio um
bilhete amassado. — Ele deixou isso.
Horatio mal conseguia ler as palavras no papel. Não havia como
negar inferno que isso era uma nota de despedida. Raiva nublou sua
visão. Cristo. Queria bater em alguém. Sem pensar, Horatio agarrou um
punhado da camisa de Dustin. Dustin baixou a cabeça, incapaz de olhar
para ele, e uma onda de culpa atingiu Horatio.
— Não é culpa dele, Horatio. Coloque-o para baixo, — disse
Hayden, usando sua voz Alfa autoritária.
Horatio soltou Dustin, respirando com dificuldade. Hayden
estava certo, é claro. Ele sempre tinha sido o único a fazer um lobo
irracional usar sua cabeça em vez de deixar seu animal assumir o
controle. Aqui estava Horatio, agindo irracionalmente.
— Foda-se. — Sua mente correu. Conhecendo Corey, seu
companheiro humano iria entregar-se aos ursos para que ele não fosse
mais problema de Horatio. Não estavam juntos nisso? Por que Corey não
podia esperar um pouco mais?
— É minha culpa, — Dustin admitiu. — Enquanto estávamos
na sala de armazenamento de livros, Trent e eu mencionamos que você
tinha uma reunião com o conselho do bando.
As narinas de Horatio queimaram. Então era por isso. Ele cerrou
os punhos, inspirando e expirando. Seria fácil perder-se e ao seu lobo
enfurecido e jogar Dustin para a calçada, mas Horatio conhecia Dustin.
Ele havia dado a Dustin a mordida há muito tempo. Podia se ter sorte ao
transformar um ferido, pois apenas cinquenta por cento sobrevivia ao
seu primeiro turno. Horatio lembrava estar tão orgulhoso deles, todos os
meninos que ele tinha transformado, tornando-se homens.
— Não é sua culpa. Estamos perdendo tempo. Jaime vamos.
— Vou com você e Jaime, — Dustin interrompeu, uma súplica
no olhar.
— Não. Dustin, você não é um lutador, — Horatio disse com
firmeza.
— Você é a pessoa que me ensinou a lutar. Deixe-me ajudar.
Devo a Corey um pedido de desculpas, também.
— Não vai doer em ter mais apoio, — Hayden acrescentou, e
Horatio tinha quase esquecido que ainda estava lá. O Alfa parecia
pensativo. — O bando pode não poder te apoiar, mas Jaime e Dustin são
tecnicamente seus lobos, filhotes preocupados com você.
Horatio secamente assentiu. — Nós estamos levando o meu
carro.
Depois de dizer adeus a Hayden, Horatio dirigiu seu carro para o
território shifter urso, que se localizava nos arredores de Blue Moon.
Almas desesperadas e aqueles com pouca sorte se aventuravam nesta
parte da cidade. Horatio viu a Urso Necessities numa distância próxima.
— Vou lidar com a conversa. Vocês dois não ajam a menos que
isso realmente fique confuso, entendeu?
— Nós vamos seguir a sua liderança, chefe, — Jaime
respondeu, olhando tão alegre como sempre. Horatio desligou o motor
no estacionamento. Os três começaram a ir para a casa. Dois shifter
urso bloqueavam seu caminho.
— Os lobos não são bem-vindos aqui.
— Tenho um compromisso com Oscar.
— Oscar parece bastante ocupado agora, — respondeu um
deles.
Horatio empurrou o primeiro contra a parede, grunhindo e
rosnando. Jaime e Dustin assistiam o segundo. — Ele está me
esperando. Ele tem algo que me pertence e pretendo ter de volta.
— Vamos, rapazes. Estamos aqui apenas para conversar. Não
vão nos deixar passar? — Jaime perguntou bem-humorado.
— Você parece um urso com mais cérebro do que a maioria, —
Horatio disse ao cara que pressionava contra a parede. A violência não
era a sua maneira, então ia tentar outra tática em primeiro lugar. — Se
eu morrer aqui, o meu bando não ficará feliz. Diga-me, o clã está pronto
para uma guerra em grande escala com a matilha de lobos sobre um ser
humano desprezível?
O urso grunhiu. — Porra do Oscar teimoso, ele é o segundo no
comando. Nosso alfa Chance sempre o deixa fazer o que quiser. Você
acha que pode levar de volta o seu humano sem fazer muito bagunça?
— Horatio pode, — disse Dustin. Jaime concordou com a
cabeça.
Horatio deixou o urso ir.
— Ray, acho que há algo mais interessante ali, — disse o
primeiro homem-urso. Os dois ursos deixaram que passassem. A parte
mais difícil não tinha passado, porque Horatio sentia olhares hostis sobre
eles quando entraram.
— Bem, parece que o proprietário original veio atrás de seu
humano animal de estimação fugitivo. — A voz de Oscar cortou no meio
da multidão.
Ele empurrou a figura esbelta de seu colo, jogando Corey no
chão pegajoso. Horatio estalou os dedos. A fivela do cinto de Oscar
estava aberta, mas não parecia que nada tivesse acontecido. Contusões
estavam começando a florescer na pele de Corey, dizendo a Horatio que
Corey devia ter mudado de ideia e dito a Oscar para se foder.
— Eu sabia que era muito foda bom para ser verdade, — Oscar
disse, levantando de seu assento. Corey ficou de pé, mas um dos lacaios
de Oscar o agarrou.
— Horatio, — Corey sussurrou, deixando cair seu olhar. — Eu
sinto muito. Estava errado por sair correndo.
— Vamos falar sobre isso depois, — Horatio disse secamente.
Ele não podia se dar ao luxo de mostrar fraqueza agora.
— Essa resposta é do bando de lobos Blue Moon? Guerra? —
Perguntou Oscar.
— Não coloque palavras na minha boca, urso. Eu vim aqui por
minha própria vontade. Eles, — Horatio respondeu, apontando o polegar
para Dustin e Jaime, — são amigos preocupados que vieram junto para
um passeio.
— Você joga sujo, beta.
— Oscar Price, eu desafio você a um círculo oficial de desafio.
Se ganhar, você pode ter minha vida, mas meus dois lobos ficam em
liberdade. Se perder, o ser humano é meu.
— E suas dívidas? — Perguntou Oscar, mostrando seus
caninos.
— Nós vamos trabalhar num plano de pagamento.
— Parece razoável, — disse uma nova voz. O maior homem
que Horatio já tinha visto andou até eles. Cheio de cicatrizes e
levemente bêbado, existia poder rolando fora dele em ondas. Este devia
ser o alfa e, a julgar pela expressão chocada de Oscar, ele não esperava
que Chance fosse intervir.
— Chance, você... — Oscar começou.
— Você acha que não sei que tipo de merda está fazendo nas
minhas costas, Oscar?
Chance rosnou, virando-se para Horatio, e eles compartilharam
um entendimento secreto. Sem interferência de Chance, Horatio tinha a
sensação que Oscar iria usar qualquer método dissimulado para ganhar e
nenhum deles estaria saindo dessa vivo. Horatio viu nos olhos de Oscar.
O homem-urso não dava a mínima maldita que isso pudesse levar a mais
derramamento de sangue e violência, e que tinha sido anos desde que
um grupo de animais em Blue Moon tinha lutado para matar.
— Nós vamos resolver essa porra de bagunça agora. Vou ser a
testemunha desta luta. Isso será suficiente, Lobo? — Perguntou Chance.
— Concordo com os termos, — disse Horatio. A multidão se
moveu fora da casa, para o terreno da luta. Shifters, humanos e outros
habitantes sobrenaturais começaram a fazer apostas enquanto
formavam um círculo em torno dos adversários.
Ajustando ao som, Horatio se despiu para mudar. Na
extremidade oposta estava Oscar e seus apoiadores. Seu olhar
encontrou o de Corey e Horatio assentiu, esperando que Corey confiasse
nele o suficiente para vencer. Com Chance de pé num lado, cerveja na
mão, Horatio sabia que a luta seria limpa, pelo menos.
— Chefe, você pode com isso, — disse Jaime.
— Volte para seu humano. — Dustin bateu em seu ombro.
Horatio alcançou a sua besta. A mudança veio fácil para ele
neste momento, porque seu lobo queria provar a Oscar que Corey não
pertencia a ele. Pelo cobria seus braços e Horatio caiu de quatro. Vendo
que Horatio iria terminar deslocando em primeiro lugar, Oscar de forma
imprudente caiu em Horatio em forma semi-humana e meio-urso.
Horatio se esquivou, terminando o último da mudança.
Rosnando, Oscar jogou uma garra para ele. Horatio desviou,
rosnando baixinho. Espuma formava sob o focinho de Oscar. Seus olhos
amarelos enlouquecidos dizia a Horatio que ele estava além da razão, o
que tornava difícil prever seus movimentos. Horatio foi para a ofensiva,
sem rodeios. Oscar fez o mesmo. Eles emaranharam, garras e dentes
afundando na pele. Mais lento, mas maior e mais forte, Oscar enviou
Horatio voando e pousando no lado do círculo, onde os apoiadores de
Oscar estavam localizados.
— Horatio, vença, — Corey gritou.
Estimulado pela confiança de Corey, Horatio ficou de quatro
patas. Oscar veio correndo para ele, usando suas garras para rasgá-lo.
Horatio vaiou entre os dentes quando as garras de Oscar acertou seu
lado. Ele saltou para o lado, afundando os caninos no lado do pescoço de
Oscar. O homem-urso urrou de fúria, tentando derrubá-lo, mas Horatio
teimosamente se agarrou a ele. Ele trouxe Oscar para o chão, mas Oscar
rolou, usando seu peso para esmagar Horatio.
Recusando-se a desistir, Horatio foi para o baixo-ventre de
Oscar, mordendo com força até que Oscar virou. Não hesitando, Horatio
estava prestes a dar o golpe final quando vislumbrou algo peludo e
marrom vindo a ele pelo lado. Um dos ursos de Oscar veio correndo para
ele, abordando-o ao chão. Chance rosnou, gritando alguma coisa.
Corey gritou. Oscar levantou-se vacilante em seu traseiro.
Horatio ouviu outra chamada de lobo, e Jaime veio ainda mudando,
pegando o urso que interferiu Horatio. Chateado, Horatio veio para Oscar
novamente. Foda-se, isso era uma bagunça. Ele precisava terminar isto
em breve.
Oscar veio para ele de novo, mas agora Horatio conhecia seus
movimentos. Ele sentiu as garras de Oscar em sua pata esquerda, mas
deixou Oscar o acertar para que pudesse chegar perto. Horatio
finalmente cerrou os caninos para baixo na espessura do pescoço de
Oscar. Oscar uivou, mas Horatio colocou toda a sua força na mordida,
finalmente rasgando a garganta de Oscar em um golpe. Os olhos
enormes do urso abriram amplamente, antes de cair no chão.
Horatio soltou os dentes.
— O lobo ganhou, — Chance disse, e Horatio viu Jaime e os
outros ursos cautelosamente recuando uns dos outros.
— Alfa, um de seus ursos quebrou o círculo primeiro, —
interrompeu Dustin. Horatio iria sorrir, se pudesse. Ele tinha ensinado
bem ao seu filhote.
Chance parecia infeliz. Horatio tinha um sentimento, se não
houvesse uma multidão assistindo, a situação teria sido de forma
diferente. De qualquer maneira, Horatio sabia que hoje, foi um ganha-
ganha para todos. Chance era um bastardo esperto, sabendo que
qualquer que fosse o resultado hoje, seria ao seu favor. Isso estava
longe de terminar. Em algum lugar no futuro, os shifters ursos causariam
problemas ao seu bando, se eles se enfrentaram novamente, Horatio
tinha a sensação de que ele não seria tão indulgente.
Horatio mudou de volta para humano, aproximou-se de Corey e
estendeu a mão. Os shifters ursos resmungaram, mas deixaram o ser
humano ir. Corey agarrou sua mão, olhos cheios de lágrimas. O ser
humano teria puxado Horatio para um abraço, e Horatio estava tentado
a abraçá-lo e dizer-lhe que tudo ficaria bem, mas não estavam fora de
perigo ainda.
— Parece que a vitória é sua, beta, — disse Chance. Horatio
sentiu Corey agarrando-se a seus bíceps e ficando perto. — O que você
diz de esquecermos este pequeno incidente infeliz e talvez reformular os
números sobre o quanto o seu humana nos deve?
— Soa perfeito.
— Não se engane, lobo. Da próxima vez, nós não vamos fácil
em você, — Chance avisou.
— Nós não iríamos esperar isso de você. — Horatio e seu
grupo se afastaram da luta. Voltando ao estacionamento, Corey virou
envolvendo os braços em torno de Horatio.
— Realmente sinto muito, — Corey sussurrou.
Horatio o silenciou com um beijo. Ainda estava com raiva de
Corey por fazer esta decisão precipitada sem consultá-lo, mas
trabalhariam em seus problemas um de cada vez. A única coisa que
importava era o fato que Corey estava seguro e de volta em seus braços.
— Vamos para casa, — disse Horatio, liberando os lábios de
Corey. Ele se virou para Dustin e Jaime. — Obrigado por terem minhas
costas.
Jaime, ainda em forma de lobo, soltou um grunhido.
— Esses bastardos lutam sujo, — Dustin murmurou, virando-
se para Corey. — Eu sinto muito, por hoje cedo.
Corey sacudiu a cabeça. — É minha culpa. Obrigado, por
sempre cuidar das costas de Horatio. Ele é teimoso.
Dustin sorriu.

— Eu sei.
Horatio rosnou.

— Ainda estou aqui. Entrem no carro, filhotes. Você, também,


Corey.

Capítulo Sete

Depois que Dustin e Jaime foram deixados em suas casas, o


caminho de volta para o apartamento de Horatio foi silencioso. Corey
ocasionalmente roubou olhares para Horatio. Cristo, o beta parecia bem
desgastado. A luta foi ganha, mas não podia esquecer o gosto do medo
em sua boca quando Horatio estava cabeça-a-cabeça contra Oscar no
círculo. Horatio arriscou tanto por ele e Corey não sabia como agradecer.
— Horatio, precisamos deixar alguém ver seus ferimentos, —
Corey apontou.
Horatio resmungou. — Jaime chamou o nosso médico residente
do bando. Ele está vindo ao apartamento daqui a pouco.
— Bom. — Corey não sabia mais o que dizer.
Chegando ao prédio de apartamentos, Horatio desligou o motor,
voltando-se para ele, sua expressão séria.
— Horatio, eu...
— Cometi um erro e você pediu desculpas o suficiente.
— Não, eu não tenho. — Corey começou a desviar o olhar, mas
Horatio segurou seu queixo, forçando Corey para olhá-lo nos olhos. A
expressão de Horatio era intenso, cheio de perguntas.
— Preciso entender por que você saiu daquele jeito.
— Não é difícil de descobrir. Quero dizer, olhe para mim. Não
sou um companheiro adequado para um beta.
— Quem diabos te disse isso?
Era uma visão, vendo o beta geralmente calmo perder a calma.
Não querendo arrastar qualquer outra pessoa na bagunça, Corey não
disse a Horatio quaisquer nomes. — Não é óbvio? Horatio, pense sobre
isso racionalmente. Você quer passar o resto de sua vida com um
fracasso?
— Você não é um fracasso, Corey. Você perdeu o seu caminho
um pouco, mas encontrou o caminho certo novamente. — Horatio
inclinou a cabeça para um beijo e Corey estava todo aberto para recebê-
lo.
Fechando os olhos, o calor inundou em sua garganta. Desejo
bateu em seu peito e acordou seu pau. Deus. Horatio era tudo mordida e
dentes, mas Corey acolheu o beijo de punição. Ele desejava a mordida,
porque sabia que Horatio estava apenas lembrando a Corey a quem ele
pertencia. Droga. Dane-se o mundo. Horatio tinha arriscado tudo,
incluindo seu bando, para salvar Corey, mas Corey era egoísta também.
Queria isso, para ver onde estaria com Horatio.
— Você está indo para deixar tudo isto, entre nós, para trás? —
Horatio perguntou depois de soltar seus lábios. — Você acha que você
ou eu vamos encontrar algo semelhante a este calor de novo? Foda-se,
bebê. Você e eu somos fodidamente perfeitos.
— Não, — Corey sussurrou. — Eu quero isso. Quero 'nós',
Horatio. Você vai me dar outra chance?
Corey estava atordoado quando Horatio agarrou seus ombros, e
viu a ferocidade selvagem em seus olhos. — Nunca mais, Corey.
Prometa-me que nunca vai fugir de mim de novo sem falar comigo
primeiro.
— Prometo.
Horatio sorriu. — Bom. Vamos. Wes provavelmente está
esperando fora da minha porta.
— O médico do bando? — Perguntou Corey.
Eles entraram no prédio e pegaram o elevador. A porta do
elevador abriu a dois homens enormes, musculosos. O olhar de Corey
instantaneamente disparou para o maior dos dois. Grande e cheio de
cicatrizes, o homem de cabelo escuro emanava poder inegável.
— Hayden, — Horatio disse com alguma surpresa.
À menção do nome do alfa do bando, Corey endireitou sua
espinha. O Alfa olhou de cima para baixo, antes de acenar.
— Eu vejo que você recuperou seu companheiro fujão. Os
ursos?
— Já fechei um acordo com Chance. Vou dizer-lhe tudo sobre
isso em detalhes na reunião de amanhã.
— Huh, aquele astuto filho da puta ainda está no comando,
hein. — Hayden voltou-se para Corey. — Então você é o ser humano
que o meu beta está obcecado.
— Corey, — Corey se apresentou, estendendo a mão. Se ele
realmente estava fazendo isso, tornando-se companheiro de um
lobisomem, sabia que não deveria mostrar fraqueza. Após seu encontro
com os ursos, que viam os seres humanos como nada mais do que
animais de estimação descartáveis, ele esperava que o alfa o colocasse
em seu lugar. Em vez disso, Hayden apertou sua mão, com um firme
aperto.
— Vou deixar Horatio em suas mãos. — Hayden bateu Horatio
na parte de trás em seu caminho para o elevador, deixando-os com Wes.
— Bem, vamos começar com isso. Tenho um compromisso de
manhã cedo, — Wes cortou. Corey gostou que o médico não fosse de
brincadeiras. Uma vez dentro, Wes fez Horatio se sentar e tirou seu kit
de primeiros socorros. Ocasionalmente, pediu a Corey para pegar algo,
mas Corey não se importava.
— Será que ele vai ficar bem? — Perguntou Corey,
preocupado.
— Estes são apenas arranhões...
— Você chama essas marcas de arranhões? — Corey
perguntou.
Horatio parecia aflito, a ponto de explicar, mas Wes foi mais
rápido.
— Não há nada para se preocupar. Com as habilidades de
Horatio, ele vai curar em algum momento. Ele já teve piores.
— Isso é um grande consolo, — Corey murmurou. Depois de
terminar, levou Wes para a porta.
— Ele gosta de você. Isso é interessante, porque ele é
geralmente mal-humorado com todos os outros, — comentou Horatio.
Corey olhou para as ataduras em torno do corpo de Horatio. —
Será que você realmente ficará bem?
Horatio bufou. — Claro. Tenho outras ideias sobre como você
pode me ajudar a ficar melhor, apesar de tudo.
Corey levantou uma sobrancelha. — Explique-me como o sexo
pode acelerar o processo de cura.
— Vai ajudar a levantar meu ânimo, — disse Horatio. — Na
verdade, você tem uma mente suja. Tudo que eu quero é você se
aconchegando ao meu lado.
— Oh. — Corey não conseguia esconder a decepção em sua
voz. Ouvindo a risada de Horatio, ele olhou para o beta. — Você é
impossível, beta.
Horatio o levou perto de um beijo. — Isso foi emoção suficiente
para o hoje. Temos tempo de sobra para beijar e fazer as pazes.
Depois de um banho, eles se retiraram para o quarto. Corey
amava como Horatio o buscava automaticamente na cama. Felizmente,
ele se aconchegou contra Horatio, suspirando contentemente enquanto
Horatio o puxava para um abraço apertado.
— Apreciei você vir por mim, — Corey sussurrou no escuro.
— Sempre, animal de estimação. Não importa quantas vezes
você corra, vou correr atrás de você. — Horatio aninhou seu pescoço, e
Corey sentiu a ligeira pressão de seus caninos.
Era uma promessa, Corey sabia. Um destes dias, Horatio lhe
daria a sua marca de acasalamento. Seu coração acelerou com o
pensamento. Corey nunca pensou que ele queria pertencer a outro
homem assim, mas Horatio não era qualquer um. Desde o momento em
que se conheceram, Corey sabia que Horatio era o seu destino. Mesmo o
tempo não conseguiu apagar o que eles tiveram.
— Horatio? — Corey timidamente perguntou.
— Sim, animal de estimação?
— Obrigado.
Horatio gemeu. — Por quê? Será que não discutimos isso
antes?
Corey virou, confrontando Horatio. — Por ser paciente e
maravilhoso, e por esperar por mim, mesmo depois de todo esse tempo.
Um sorriso curvou nos lábios de Horatio.

— Você não sabe, animal de estimação? Você vale a pena.


Corey corou com isso. Ele jurou ser um melhor companheiro
para Horatio. Esquecer o passado, a vida de Corey iria começar aqui e
agora.

Capítulo Oito

— Trent, eu terminei a exibição dos bestsellers desta semana,


— Corey anunciou.
O gerente lobisomem olhou para ele, depois para o relógio de
parede. — Bom trabalho. Vejo você amanhã, então.
— Mas ainda há um monte de coisas para fazer, — Corey
apontou.
Uma semana havia se passado desde que Horatio o levou de
volta dos shifters ursos, mas pouco a pouco, as coisas mudaram para
melhor. Apesar de Dustin e Trent ainda agirem protetores de Horatio, o
trabalho, pelo menos, tornou-se tolerável. Com o incidente concluído,
Horatio finalmente apresentou Corey ao resto do bando. Muitos
aceitaram a escolha de Horatio, mas alguns não gostaram do fato de seu
beta tomar um ser humano por companheiro. Corey só precisava provar
para os lobisomens que Horatio o escolheu por uma razão.
Corey ainda tinha de resolver sua dívida com os shifters ursos,
mas um plano de pagamento sólido, sem a necessidade de estar cara a
cara com qualquer um deles se tornou mais fácil. Além disso, Corey
tinha uma renda sólida agora e Horatio disse que ele poderia fazer outra
coisa se ficasse cansado de trabalhar na loja. Corey duvidava. Gostava
do cheiro dos livros, a atmosfera confortável, e de conhecer os
frequentadores pelo nome. Acima de tudo, gostava de ver Horatio perto
da hora do encerramento. Vendo o enorme beta, poderoso perdendo-se
em um livro sempre o fazia sorrir.
— Vá. Horatio tem trabalhado duro, também. Você pode ter
algum tempo fora, — Trent sugeriu.
— Obrigado, — disse Corey, o que significava isso. Trent não
disse nada, mas Corey não imaginou o pequeno sorriso em seus lábios.
Jaime estava certo. Uma vez que Corey houvesse passado as barreiras
de Trent e de Dustin, ia ver que eram caras decentes. Inferno, Dustin
provou isso quando veio com Horatio e Jaime para resgatá-lo. Corey
devia aos lobos e Horatio sua vida.
Ele pegou suas coisas do vestiário. Antes de ir para casa, Corey
pegou uma garrafa de vinho e comida. Horatio tinha deixado a livraria no
início da tarde para atender os negócios do bando, mas tinha prometido
a Corey que estaria de volta pela hora do jantar. Com o jantar a base de
massas na mão, Corey levou para o apartamento. Parou quando chegou
à porta da frente. Colado na porta estava uma nota com a letra de
Horatio. Escrito um endereço.
Corey arrancou o pedaço de papel, coração batendo. Alguém
tinha levado Horatio, um inimigo, talvez? Jaime teria chamado
imediatamente se Horatio estivesse com problemas, embora. Levou um
segundo para perceber onde o endereço era. Sorrindo, Corey entrou no
apartamento, trocando sua boxer por algo mais sexy, antes de voltar
para seu carro.
Tinha passado anos desde que Corey tinha visitado a antiga
propriedade assombrada Whittaker, mas sabia como chegar lá. Durante
seu tempo longe, muitas vezes se lembrava dos encontros com Horatio
lá, quando eram crianças. Inferno, ensaiou conversas inteiras em sua
cabeça. Chegando ao bairro, Corey estacionou o carro no meio-fio. A
cerca enferrujada parecia à mesma de anos atrás, exceto que havia mais
folhagem na escalada do metal.
— O que você está planejando, Horatio? — Corey murmurou.
Por alguns segundos, olhou pelo muro, vinho e jantar na mão.
Ele se sentiu tolo, tentando passar por cima com tantas coisas na mão.
Outra nota pendurada em cima do muro, nenhuma mensagem, apenas
uma seta vermelha.
Animado, Corey seguiu a nota e chegou ao portão da frente que
normalmente estava fechado, desta vez estava aberto. Teve Horatio
aberto com sua força sobrenatural? Corey verificou seu caminho pela
fenda estreita.
Raramente tinha estado nesta parte do terreno. A entrada de
automóveis preenchia com grama e estava coberta com vegetação que
levava o caminho para a mansão Whittaker dilapidada. Velas acesas no
caminho escuro. Inferno, Corey nunca imaginou que Horatio era
romântico. Os pés de Corey o levaram no caminho para uma estreita
estrada de terra que conduzia ao jardim e parque infantil.
Nostalgia o acertou quando encontrou os antigos balanços,
como Horatio sentado em seu lugar habitual. Espalhado no chão estava
uma toalha de piquenique, mais velas e jantar.
— Bebê, você fez tudo isso por mim? — Perguntou Corey,
colocando sua comida e bebida para baixo.
Ele tomou outro balanço, fechando os olhos. Estar aqui o
transportava de volta ao passado, a um tempo de duas crianças de
mundos completamente diferentes que escondiam suas contusões um do
outro. Parecia uma vida inteira atrás, mas essas crianças tinham se
tornado homens. Enquanto Corey não tinha ficado orgulhoso das coisas
que tinha feito para sobreviver, vendo Horatio novamente parecia corrigir
seus erros. Sentindo a mão grande de Horatio tocando na corrente do
seu balanço, Corey abriu os olhos.
— Assinei a escritura para este lugar hoje. Bem, tecnicamente
não é minha, mas do bando. Temos vindo a realizar reuniões na livraria,
mas estamos crescendo. Este é um bom lugar, perfeito para oferecer
refúgio e abrigo para os necessitados.
A respiração de Corey ficou presa em sua garganta. — Você
comprou... isso significa que podemos vir aqui a qualquer hora que
quisermos.
Horatio atou seus dedos juntos. — Você não se importa?
— Claro que não, porque não podemos deixar este lugar
continuar a apodrecer assim, certo? Seria bom para manter a
propriedade e dar-lhe mais vida.
— Bom. — Horatio beijou seus dedos. — Com fome? Tenho
uma noite inteira planejada para nós, incluindo um jantar à luz de velas.
— E depois? — Corey não podia deixar de perguntar.
Os olhos de Horatio brilhavam dourados. — Há algumas coisas
sujas que quero fazer com esse corpo sexy seu.
O olhar de Corey arrastou para o saco no balanço. Sua
respiração engatou. — É o nosso saco de brinquedos sexuais?
Sorrindo, Horatio o levou a toalha de piquenique no terreno.
Corey não deixou de notar o kit de primeiros socorros ao lado do saco.
Será que Horatio pensava em dar-lhe a marca de acasalamento hoje à
noite? Embora seu coração batesse contra seu peito, Corey queria
Horatio para dar esse passo final, mais do que qualquer coisa no mundo,
porque estava finalmente pronto.
— Desculpe, comprei mais comida.
— Mais não é necessariamente ruim. Estou faminto.
— Para massas ou por mim? — Corey não podia evitar em
provocar.
— Você sabe a resposta para isso, animal de estimação. Conte-
me sobre o seu dia, — Horatio persuadiu quando eles começaram a
comer.
Nunca em um milhão de anos que Corey imaginaria seu futuro
transformando desta forma. De uma vida cheia de mentiras e um futuro
sombrio sendo o animal humano de um clã de shifters ursos, Corey tinha
conseguido dar a volta por cima e tinha um futuro promissor com um
homem que amava desde a infância. Esta era uma das coisas favoritas
que ele amava, além do sexo alucinante, quando Horatio e ele se
estabeleceram para jantar, contaram sobre o dia um do outro.
Recipientes foram colocados de lado, eles terminaram o vinho. Horatio o
puxou para um beijo profundo e áspero. As entranhas de Corey
derreteram.
— Você está pronto para ser finalmente meu, animal de
estimação? — Perguntou Horatio, puxando seus lábios.
Corey não hesitou. — Faça-me seu, beta.
— Vamos ver o quanto. — Horatio puxou a camisa de Corey e
deitou-o sobre a toalha de piquenique.
— Estou vestindo uma surpresa para você, — disse Corey.
Desabotoou sua calça jeans e abriu o zíper, então Horatio pode ver o
quão duro Corey estava por ele.
Horatio enganchou as mãos nas presilhas da calça de Corey e
puxou-as para baixo, revelando a pequena tanga vermelha sexy que
Corey vestiu antes de vir aqui. Vendo a mudança da respiração de
Horatio e seus olhos brilharem com fome, fez tudo valer a pena. Horatio
jogou o jeans de Corey à distância e pressionou a mão sobre a
protuberância. Corey assobiou quando Horatio deu ao seu pau um
aperto.
— Necessitado, animal de estimação. Diga-me o que você quer.
— Quero ver você nu para que eu possa implorar para o seu
pênis.
— Como o meu companheiro desejar. — Horatio levantou. O
beta deu a Corey uma vista esplêndida enquanto despia suas roupas, e,
finalmente, ficando de pé, nu e glorioso. Fiel à palavra de Horatio, todas
as suas feridas do desafio tinham desvanecido para linhas brancas neste
momento.
Corey lambeu os lábios. Até agora, não conseguia superar o fato
de que este lindo lobo era toda dele. Horatio pegou o saco de brinquedos
e ajoelhou-se entre suas pernas, sua mão pairando sobre o cós da tanga
fio dental de Corey.
— Você gosta disso?
— Fodidamente amei. — Com um empurrão, Horatio rasgou o
tecido, ignorando os protestos de Corey. Horatio silenciou Corey com um
olhar. — Não se preocupe, animal de estimação. Vou comprar mais para
que eu possa arrancá-las de você.
Para isso, Corey não tinha resposta. Horatio mostrou-lhe os
itens no saco. Ele engoliu em seco, vendo o plug e o lubrificante. Horatio
sabia que isso iria deixá-lo louco. No entanto, Corey esparramou suas
coxas mais abertas, Horatio lubrificou sua bunda e o brinquedo.
— Pretendo desfrutar do seu doce corpo completamente esta
noite, Corey, enquanto este pequeno brinquedo o estica e prepara você
para o meu pau. — Horatio empurrou a cabeça do plástico, fazendo
Corey gemer. O plug era menor do que Horatio, mas isso ainda o fez se
contorcer. Horatio empurrou-o em todo o caminho até a base, até que
Corey estava ciente do plug dentro dele.
Horatio cobriu seu corpo sobre o dele. O beta prendeu as mãos
de Corey sobre sua cabeça, sabendo que Corey gostava da perda de
controle.
— Beije-me, — Corey exigiu.
— Companheiro exigente. — Horatio tomou seus lábios
novamente, empurrando sua língua na garganta de Corey. Puxando para
fora, Horatio beijou o lado do pescoço. — Mantenha as mãos acima da
cabeça, entendeu?
— Certo, bebê.
Horatio soltou suas mãos e foi para o mamilo direito de Corey
colocando em sua boca, sugando até o broto endurecer. Gemendo, Corey
sentiu os dentes de Horatio. Gemendo Corey lutou para obedecer.
Horatio tomou seu tempo para explorar cada polegada de seu corpo com
as mãos e boca. No momento em que a boca de Horatio chegou ao pau
duro de Corey, Corey estava pronto para gozar. Horatio apertou a ponta
em advertência.
— Não goze, animal de estimação, ou você não será
recompensado esta noite.
— Vou tentar.
Horatio colocou sua língua na ponta brilhante de Corey,
lambendo sua fenda. Os olhos de Corey alargaram e, antes que pudesse
se conter, ele gozou. Horatio puxou sua boca longe, enrolando a mão ao
redor de seu amolecido pau. Vendo o olhar de desaprovação de Horatio,
Corey mordeu o lábio, mas Horatio não parecia irritado, apenas
divertido, o que significava que ele estava em apuros.
— Más maneiras, animal de estimação. — Horatio baixou o
rosto, e começou a lambê-lo. — Não vamos perder todo esse creme.
Horatio o limpou. Até então, o seu pau acordou novamente.
— Você gozou sem minha permissão. — Horatio pegou o saco
de brinquedo. O coração de Corey começou a galopar quando Horatio
pegou um chicote de baixa intensidade, um de seus favoritos.
— Oh, beta. Venha me punir, — Corey sussurrou, gemendo
quando Horatio fez cócegas com as extremidades em toda sua coxa.
— Você gosta de ser um mau pequeno humano?
— Só para você, beta.
Horatio deixou o flogger voar. Cada golpe adicionava mais a
próxima. Corey choramingou e implorou, mas Horatio não poupou suas
bolas, ou pau, que até então estavam cheias e curvando-se. Lembrando
as palavras de Horatio, Corey segurou seu clímax. Horatio nunca bateu
no mesmo lugar e seus golpes não eram duros, mas Deus, isso deixou
Corey querendo mais. Cada vez que o flogger beijava sua pele, o plug
dentro de sua bunda se mexia.
— Você vai se comportar agora, animal de estimação? —
Perguntou Horatio, dispensando o flogger.
— Oh sim bebê. Por favor.
— O que você está me pedindo, Corey? — Horatio acariciou os
vergões na pele de Corey. — Diga-me o que meu bebê quer.
— Seu pau em mim, por favor. Quero que você me lembre a
quem esse coração e corpo pertencem.
Horatio montou em seu rosto. — Pretendo ter todos os seus
buracos, animal de estimação. Vamos começar com a sua boca.
Corey estava apenas feliz por cumprir. Horatio cutucou o pau
brilhante para os lábios e Corey levou-o, sem engasgar. Acostumado ao
tamanho de Horatio, Corey trabalhou seus lábios e língua. Rodou sua
língua em toda a cabeça do pau de Horatio, estendendo a mão para
aplicar pressão sobre as bolas de Horatio.
— É isso aí, bebê. Foda-me, sua boca se sente bem. — Horatio
deixou Corey comandar o show por alguns minutos. Corey adorava a
sensação e o gosto do pau de Horatio em sua boca. Eventualmente,
Horatio soltou um grunhido e assumiu, começando a foder sua boca.
— Engula, animal de estimação.
Depois de empurrar o seu eixo na boca de Corey algumas vezes,
Horatio derramou jorros de sêmen na garganta de Corey. Corey chupou
seu pau amolecido, e não derramou uma gota.
— Perfeito, animal de estimação. — Horatio puxou seu
membro para fora. — Tão duro para mim tão cedo?
— Você sabe que estou. Como você me quer?
— quero ir fundo, bebê, por isso de quatro. — Horatio ajudou
Corey para a posição. Corey olhou o pau de Horatio. Rindo, Horatio
enfiou os dedos pelos cabelos de Corey. — Deixe-me pronto, animal de
estimação, mas pretendo terminar em você.
Corey voltou ao trabalho, balançando a cabeça para cima e para
baixo no comprimento de Horatio. Sob seus cuidados, o beta endureceu
em sua boca. Horatio puxou seu cabelo, puxando seu pênis para fora
com um grunhido. Corey o sentiu andar atrás dele, tomando posição
entre as pernas. Horatio cutucou as pernas mais distantes.
— Você acha que está pronto para me levar, animal de
estimação?
— Claro que sim. — Corey suspirou quando Horatio puxou o
plug. Ele se sentiu um pouco vazio de repente, e Corey ansiava pelo pau
de Horatio. — Por favor.
Horatio agarrou seus quadris e entrou com um impulso certeiro,
fazendo Corey suspirar. Sem encontrar nenhuma obstrução, Horatio
bateu profundamente em seu traseiro, até que suas bolas pesadas
lançaram contra a bunda de Corey. Sentindo Horatio profundo nele,
Corey gemeu. Horatio não se moveu por alguns segundos.
— Deus, bebê. Você se sente tão bem dentro de mim, — Corey
murmurou, fazendo os músculos para apertar em torno do pau de
Horatio.
Gemendo, Horatio agarrou seus quadris com força e começou a
se mover. Empurrou dentro e fora de Corey, começando lento.
Encontrando um ritmo, Horatio pegou velocidade, indo rápido e
profundo. Precisando de algo para se agarrar, Corey agarrou na grama.
O ar da noite acariciava sua pele, mas quase não sentia o frio. Empurrou
sua bunda em Horatio, pronto para receber seu pau. Horatio devia ter
mudado o ângulo, porque a sua próxima entrada fez Corey gritar.
— Grite tão alto quanto quiser, animal de estimação. Ninguém
pode nos ouvir.
Horatio foi para seu ponto doce mais e mais, ao mesmo tempo,
estendendo a mão para o pau de Corey. Ele trabalhou o membro de
Corey, deslizando o punho para cima e para baixo.
— Venha nos meu dedos, animal de estimação.
Ao comando de Horatio, Corey deixou escapar um suspiro
trêmulo de alívio. A pressão foi grande dentro dele. Vendo estrelas,
Corey gritou o nome de Horatio quando derramou seu sêmen em toda a
mão de Horatio. Horatio golpeou nele várias vezes, e, em seguida, atirou
seu sêmen na bunda de Corey. Ambos caíram na toalha, ofegantes, com
Corey deitado em cima de Horatio. Ele sentiu Horatio acariciando suas
costas.
— Foi tão bom, — Corey murmurou contra ele. Ele moeu seu
corpo contra o de Horatio. Corey congelou quando sentiu o pênis de
Horatio pressionando para cima em seu estômago. — Mais uma vez?
— Veja o que você faz comigo, animal de estimação? —
Horatio mordiscou o lóbulo da orelha.
— Quero que me monte.
Horatio sorriu, olhando para ele. Movendo as mãos de Corey,
Horatio posicionado-as sobre o seu pau. Compreendendo o comando,
Corey bombeou seu pau até o pau de Horatio endurecer, pronto para a
ação. Ele cuidadosamente posicionou sua bunda no pau em espera.
Horatio bloqueou seu olhar sobre Corey. — Vem cá, bebê. Monte-me.
Corey gemeu quando sentou sua bunda no pênis de Horatio.
Droga, Horatio era enorme, mas com sua bunda cheia de sêmen e
lubrificante, ele conseguiu. Horatio agarrou sua cintura, olhos escuros e
cheios de desejo. Corey começou a balançar os quadris, movendo-se
para trás e para frente, lado a lado. Com cada turno, ele sentiu Horatio
crescendo dentro dele.
— É tão bom, — Corey sussurrou, cobrindo seu corpo sobre o
de Horatio.
Horatio se inclinou para frente, roubando um beijo. Corey
continuou saltando sobre seu pau, gemendo quando Horatio cravou os
dedos nos quadris. Horatio se aproximou, a boca no lado do pescoço.
Enquanto Corey continuava fodendo o pau de Horatio, Horatio chupou e
mordiscou a garganta.
Horatio pegou o pau de Corey e bombeou. Sentindo os caninos
de Horatio, Corey aumentou o ritmo. Horatio mordeu ao mesmo tempo
em que Corey sentiu o clímax. Dor e prazer misturados. Corey quase
podia sentir o lobo de Horatio, alcançando sua alma e ligando-os juntos.
Gozou em seguida, derramando seu sêmen no peito de Horatio.
Puxando seus caninos longes, Horatio ajudou Corey a sair dele.
— Espere aqui, — Horatio ordenou. — Preciso cuidar da
mordida.
— Não vou a lugar nenhum, bebê.
Corey estava deitado de costas, contente, vendo Horatio chegar
para o kit de primeiros socorros com os olhos semicerrados. Seu pescoço
se sentia um pouco molhado com sangue, mas Horatio chegou ao seu
lado rapidamente. Apoiando Corey, Horatio cuidou da ferida com dedos
ágeis. O coração de Corey correu em seu peito. Estava finalmente feito.
Ninguém podia negar que ele era o companheiro de Horatio agora, e
acasalamento era mais vinculativo do que qualquer contrato de
casamento. Engraçado como Corey sempre temia estar em um
relacionamento sério, mas agora não podia imaginar estar com outro
homem, exceto com Horatio até que a morte os separasse.
— Como você está se sentindo? Dói?
— Fantástico. A mordida apenas dói um pouco, mas não foi tão
doloroso como eu pensava.
— Bom, isso vai curar dentro de uma semana.
Depois de Horatio prender a gaze sobre seu pescoço, tirou um
pano para limpá-los.
— Horatio, vamos ficar aqui por um tempo.
— Nós podemos passar a noite. Eu trouxe cobertores.
Corey sorriu. — Há quanto tempo você vem planejando esta
noite?
— Não muito.
Corey poderia dizer que era uma mentira, porque Horatio nunca
fazia as coisas pela metade. Mas deixou passar. Voltando com
cobertores, Horatio estava ao lado dele. Corey se aconchegou, amando a
sensação do corpo musculoso de Horatio contra o seu magro.
— É bom ser possuído por você, beta.
— Você era meu no momento que te vi pela primeira vez, —
Horatio corrigiu.
— Que bobagem minha presumir. — Corey suspirou quando
Horatio o puxou para um abraço apertado. Entrelaçou os dedos juntos,
fechando os olhos. Corey adormeceu com a ascensão e queda do peito
de Horatio, no lugar congelado no tempo onde conheceu seu amado.

Epílogo

Corey passou o dia inteiro vendo para os reparos da Mansão


Whittaker, os jardineiros trabalhando no crescimento excessivo das
plantas. Parte dele estava triste de ver toda a selvageria ser domada. O
jardim tinha sido parte do encanto e fascínio de Horatio e seu lugar
secreto, mas os tempos tinham mudado. O playground, eles decidiram
manter. Juntamente com outros membros do bando, Corey e sua equipe
começaram a trabalhar para restaurar o imóvel. Desde que ele
trabalhava durante a semana na loja, os fins de semana, se dedicava a
este projeto.
— Sentindo-se sentimental, animal de estimação? —
Perguntou Horatio, vindo por trás dele.
Corey sabia que era seu companheiro não a partir de sua voz,
mas seu toque familiar. Ele se inclinou no abraço de Horatio.
— Um pouco, mas seria bom ouvir o riso neste lugar. Ver
pequenos lobisomens perseguindo um ao outro ao redor.
Surpreendeu a Corey para descobrir que o bando não consistia
de apenas musculosos machos dominantes, mas também mulheres,
crianças e famílias inteiras. Parecia que Hayden e seu bando tinham o
hábito de pegar abandonados, mas, o que poderia Corey dizer sobre si
mesmo? Com o tempo, o bando aceitou o papel de Corey na vida Horatio
e ele começou a fazer amizades sinceras. Embora o bando tivesse sua
cota de política, os lobos teimosamente protegiam um ao outro e Corey
era um deles agora.
— Os filhotes são barulhentos, — Horatio murmurou.
Eles estavam falando sobre uma substituta e construir uma
família. Apesar de terem infâncias terríveis, ambos queriam ter filhos.
Seria bom ter alguns para bajular, Corey meditou. Não importava se ele
ou ela era um shifter, apesar de que seria bom para cuidar de algo que
poderia alternar entre ser um bebê bonito e algo adorável e peludo.
— Você está de volta mais cedo, — Corey apontou. — Pensei
que Jaime e você iam verificar o clã shifter do pequeno gato malhado
que acabou de se mudar.
— Jaime disse que iria fazê-lo sozinho. Ele tem agido estranho
ultimamente, mal-humorado e diferente de si mesmo.
Corey virou, então enfrentou Horatio. Tocou o rosto mal
barbeado de Horatio, sorrindo quando Horatio colocou a mão sobre a
dele. — Você não sabe, bebê?
Franzindo a testa, Horatio perguntou: — O quê?
— Jaime... amou você desde muito tempo. — A julgar pelo
olhar chocado de Horatio, o beta não tinha uma dica disso. Corey
suspirou. — Bem, espero que ele encontre seu companheiro. Ele é um
cara bom. Além disso, ao contrário de Trent ou Dustin, ele é realmente
divertido de se estar. —
Apesar de Jaime nunca ter dito isso em voz alta, Corey podia
ver a forma estranha, que ele começava a agir em torno de Horatio.
Como os shifters gatos malhados, que recentemente se mudaram,
parecia que mais e mais grupos pequenos de animais começaram a se
refugiar no Blue Moon. O bando não tinha sido capaz de estabelecer a
razão disso, mas era lógico pensar que decorreu de alguém falando ou
algo acontecendo. Corey superou um arrepio. Fosse o que fosse, Horatio
também tinha a sensação de que nuvens de tempestades começariam a
florescer a distância. De qualquer maneira, Corey tinha confiança que o
bando seria capaz de lidar com o que o destino jogasse para eles.
— Tenho certeza que ele vai. — Horatio esfregou seu pescoço.
— O que você diz de chamá-lo um dia? Os trabalhadores estão indo para
casa e ouvi que alguns quartos de hóspedes na mansão estão prontos.
Corey levantou uma sobrancelha.

— Beta, o que você está sugerindo? Que estreamos o mobiliário


novo?
Horatio rosnou baixinho.

— Não posso evitar, Corey. Preciso de você a cada vez que o


vejo.
Corey sorriu. Sentia o mesmo, então deixou Horatio levá-lo para
a mansão.

— Bebê, me diga uma coisa.


Os tênis tocaram o cascalho bem pavimentado agora que entrou
na nova varanda. Dentro havia trabalhos em andamento. Havia a
sugestão de uma nova escada que levava ao segundo e terceiro andares.
O antigo salão de baile ficava para a direita, e seria convertido para a
nova sala de reuniões do bando. Horatio o levou para os corredores que
levam a mais quartos. Quem diria que este lugar se tornaria algo mais
do que um pedaço esquecido da história da cidade?
— O que você gostaria de saber, animal de estimação? —
Perguntou Horatio, parando para olhar para Corey por cima do ombro.
— Quando nós nos tornarmos um daqueles casais que
discutem, lembre-se que você me ama. — Corey engasgou quando
Horatio o puxou para um beijo.
— Idiota, — Horatio disse com carinho. — Eu nunca vou ficar
cansado de você. Mesmo depois de décadas passarem, sempre será
assim entre nós. O que temos não é um fogo que acabará por apagar. É
uma chama constante, queimando mais brilhante a cada ano.
— Tão confiante, Beta? — Corey não podia mesmo ver além da
próxima semana ou mês, mas Horatio estava pensando tão longe? Isso
era Horatio. Seu coração aqueceu com o pensamento de envelhecer com
Horatio. Eles teriam uma família até então, sua própria, além do bando.
— Claro. Você está duvidando de mim, pequeno humano?
— Não, — Corey olhou em seus olhos e disse suas três
palavras favoritas, só porque ele adorava ver a reação de Horatio o
tempo todo. — Eu te amo muito, sabe disso?
Horatio o beijou de novo, lento e suave.

— Porra eu também te amo, bebê.

FIM

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