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DIREITO
POUSO ALEGRE
2023
LARISSA MARIANO DE ALMEIDA
FDSM - MG
2023
LARISSA MARIANO DE ALMEIDA
Banca Examinadora
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Prof. Nelson Fraga da Silva – FDSM (Orientador)
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Prof. – FDSM (Banca Examinadora)
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- FDSM (Banca Examinadora)
A Deus, pоr ter permitido que eu tivesse saúde е determinação para não desanimar
durante a realização deste trabalho e em especial a Maysa, que me incentivou nos momentos
difíceis.
“O segredo da existência não consiste somente em viver, mas em saber para que se vive".
“Fiodor Dostoievski”
RESUMO
O sistema tributário brasileiro é conhecido por sua complexidade, com uma grande
quantidade de impostos, taxas e contribuições, que podem gerar confusões e dificuldades na
interpretação da lei. Dentre esses tributos, o imposto sobre serviços de qualquer natureza
(ISSQN) é um dos mais complexos devido à sua competência para a arrecadação e à variedade
de serviços que podem ser tributados. Ainda que o ISSQN seja um tributo de grande
importância para os municípios e para o Distrito Federal, sua complexidade trouxe problemas
tanto para as empresas quanto para as próprias prefeituras. A cobrança do ISSQN em diferentes
municípios pode gerar uma carga burocrática desnecessária para as empresas que precisam lidar
com uma legislação complexa. Por outro lado, a falta de padronização clara na arrecadação
deste tributo pode gerar incertezas e dificuldades para as administrações municipais na
identificação e cobrança dos valores devidos. Nesse contexto, existem propostas de
simplificação tributária que visam unificar os tributos federais, estaduais e municipais em um
único tributo. A unificação tributária pode trazer benefícios para as empresas que as ajudarão a
se manterem competitivas no mercado, além de facilitar a arrecadação e administração de
tributos pelos municípios. No entanto, a proposta de unificação enfrenta desafios e críticas
relacionadas à distribuição de recursos entre os entes federativos e à complexidade do texto.
The Brazilian tax system is known for its complexity, with a large amount of taxes, fees
and contributions, which can lead to confusion and difficulties in interpreting the law. Among
these taxes, the tax services of any nature (ISSQN) is one of the most complex due to its
municipais nature and the variety of services that can be taxed. Although the ISSQN is a very
important tax for municipalities and the Federal District, its complexity brought problems both
for companies and for city halls themselves. The collection of ISSQB in different municipalities
can generate an unnecessary bureaucratic burden for companies that have to deal with the tax
legislation of different locations. On the other hand, the lack of clear standardization in tax
collection can generate uncertainties and difficulties for municipal administrations in
identifying and collecting amounts due. In this context, there are proposals for tax simplification
that aim to unify federal, state and municipal taxes in a single tax. Tax unification can bring
benefits to companies that will help them remain competitive in the market, in addition to
facilitating the collection and administration of taxes by municipalities. However, the proposed
unification faces challenges and criticisms related to the distribution of resources among federal
entities and the complexity of the text. It is important to emphasize that tax planning is a legal
and important practice for companies that can bring financial benefits if done within the law
and with the help of qualified professionals.
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2. TRIBUTAÇÃO COMPLEXA E SEUS IMPACTOS NO ISSQN
A atenção ao serviço no Brasil é um tema complexo que pode ter diferentes efeitos sobre
as empresas e os contribuintes em geral. Especificamente no caso do Imposto sobre Serviços
de Qualquer Natureza (ISSQN), a complexidade da legislação tributária pode dificultar a
operação das empresas e gerar custos tributários.
A Lei Complementar 116/2003 é a legislação que estabelece as regras gerais para a
cobrança do ISSQN, porém cada município brasileiro e o Distrito Federal, tem autonomia para
definir suas próprias alíquotas e exigências em relação ao imposto. Isso significa que uma
empresa que presta serviços em diferentes localidades pode ter que lidar com muitas regras
tributárias diferentes, o que pode dificultar o funcionamento e até inviabilizar alguns negócios.
Uma das consequências da complexidade tributária é a falta de clareza e transparência
para os contribuintes quanto aos seus direitos e obrigações. As regras tributárias muitas vezes
são pouco claras e de difícil compreensão, o que pode gerar insegurança e desconfiança por
parte dos contribuintes (RECIPE FEDERAL, 2021).
Outro efeito da complexidade tributária é a possibilidade de erros na aplicação das
normas, que podem levar a autuações e multas por parte do fisco. Mesmo as empresas que
cumprem rigorosamente as obrigações fiscais podem encontrar-se em situações de conflito com
as autoridades fiscais devido as dificuldades na interpretação e aplicação das normas legais.
Além disso, a complexidade tributária pode gerar custos tributários para as empresas
que devem investir em recursos humanos e tecnológicos para atender às obrigações tributárias
e acompanhar as mudanças na legislação tributária.
É importante ressaltar que, a prestação de serviços no Brasil é uma importante fonte de
arrecadação municipal. No entanto, a complexidade tributária pode gerar uma distribuição
desigual dos recursos arrecadados, pois alguns municípios podem ser mais eficientes do que
outros na arrecadação do ISSQN.
A complexidade tributária pode trazer diversos impactos negativos para as empresas e
para os contribuintes em geral no que se refere às declarações de serviços e ao ISSQN em
particular.
É essencial que as autoridades fiscais e os legisladores trabalhem para simplificar e
harmonizar as regras fiscais.
A simplificação fiscal pode ajudar a reduzir os custos de compliance das empresas, ou
seja, os custos associados ao cumprimento das obrigações fiscais. Isso pode incluir, por
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exemplo, redução de obrigações, padronização de regras tributárias e adoção de tecnologias que
facilitem o cumprimento das obrigações tributárias (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2021).
A harmonização das regras tributárias também é importante para garantir uma
distribuição mais justa dos recursos arrecadados com impostos municipais, como o ISSQN. Isso
pode ser alcançado, por exemplo, com a adoção de alíquotas mais uniformes entre os
municípios e a unificação do sistema de arrecadação dos municípios.
Além disso, a simplificação e harmonização tributária pode contribuir para reduzir a
insegurança jurídica e aumentar a transparência em relação aos direitos e obrigações dos
contribuintes. O resultado pode ser um ambiente de negócios mais estável e previsível, o que é
fundamental para apoiar o investimento e o desenvolvimento econômico.
A simplificação e harmonização das regras fiscais são essenciais para reduzir custos
e riscos para as empresas e promover um ambiente mais favorável ao desenvolvimento
empresarial e económico. Autoridades fiscais e legisladores devem trabalhar juntos para
simplificar e harmonizar as regras fiscais para criar um ambiente tributário mais justo, eficiente
e transparente para empresas e contribuintes em geral.
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como o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), que também é um grande
contribuinte para ISSQN.
Em geral, a pandemia de Covid-19 teve um impacto significativo na cobrança do ISSQN
e na prestação de serviços em geral.
É importante que o fisco e o legislador levem em consideração esses aspectos na
definição de políticas tributárias para o setor de serviços no pós-pandemia para apoiar a
recuperação econômica e garantir a sustentabilidade das finanças municipais. É imprescindível
que o fisco e o legislador considerem o impacto da pandemia na arrecadação do ISSQN e na
prestação de serviços ao definir políticas tributárias para o setor de serviços pós-pandemia.
Nesse sentido, é importante que sejam tomadas medidas que possam estimular a
retomada da atividade econômica e, consequentemente, a arrecadação de tributos. Algumas
medidas possíveis incluem a redução temporária da alíquota do ISSQN para setores mais
afetados pela pandemia, como o turismo, e a criação de incentivos fiscais para empresas que
tomarem medidas para adequar seus serviços à nova realidade.
Além disso, é importante que sejam tomadas medidas para simplificar e tornar a
legislação tributária mais transparente, o que pode ajudar a reduzir custos e riscos para as
empresas e, consequentemente, estimular a atividade econômica e a arrecadação de impostos.
É preciso que o fisco e o legislador estejam atentos aos impactos da pandemia no setor
de serviços e na arrecadação do ISSQN e tomem medidas que estimulem a retomada econômica
e garantam a sustentabilidade das finanças municipais no pós-pandemia.
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Porém, é importante ressaltar que a distribuição do ISSQN no país é muito desigual.
Grande parte da arrecadação tributária está concentrada nos grandes centros urbanos, enquanto
os municípios menores arrecadam pouco ou quase nada.
Na tentativa de corrigir essa desigualdade, foi criado o Sistema de Distribuição
Tributária, que visa distribuir a arrecadação do ISSQN de forma mais justa entre os municípios
brasileiros. O sistema leva em consideração o local de prestação do serviço e o município de
residência do prestador.
Apesar da existência de um sistema de partilha de impostos, muitos municípios ainda
enfrentam dificuldades na arrecadação do ISSQN e dependem de repasses dos governos federal
e estaduais para garantir sua sobrevivência financeira.
Portanto, é fundamental que medidas sejam tomadas para estimular o desenvolvimento
econômico e a prestação de serviços em todas as regiões do país, para garantir a sustentabilidade
financeira dos municípios e promover uma distribuição mais equitativa dos recursos públicos.
Para garantir a sustentabilidade financeira dos municípios e promover uma distribuição mais
justa dos recursos públicos, é preciso estimular o desenvolvimento econômico e a prestação de
serviços em todas as regiões do país. Isso pode ser alcançado por meio de políticas públicas que
apoiem o empreendedorismo, a qualificação profissional e o investimento em infraestrutura
(BRASIL, 2003).
Uma forma de apoiar o empreendedorismo é por meio da criação de incubadoras de
empresas e espaços de coworking que oferecem suporte técnico e financeiro para que novos
negócios possam ser criados e desenvolvidos. É importante investir na formação profissional e
na educação empreendedora da população para incentivar a criação de novas empresas e
serviços.
Outra forma de estimular o desenvolvimento econômico é por meio de investimentos
em infraestrutura, como a construção de rodovias, portos, aeroportos e sistemas de transporte
público. Isto facilita a circulação de pessoas e bens entre regiões do país e estimula o
desenvolvimento de novas atividades motivacionais nos espaços de educação pré-escolar.
Por fim, é importante que as políticas públicas levem em consideração as
especificidades regionais do país para garantir que todas as regiões possam se desenvolver de
forma sustentável e equitativa. O apoio ao desenvolvimento econômico e à prestação de
serviços em todas as regiões da república contribui não só para a sustentabilidade financeira
dos municípios, mas também para a redução das desigualdades sociais e a promoção do bem-
estar da população em geral.
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2.4. A INFLUÊNCIA DA LEI COMPLEMENTAR 116/2003 NA FAIXA DE LARGURA
DE BANDA E SUAS LIMITAÇÕES
A Lei Complementar 116/2003 é uma lei tributária que estabelece as regras para a
cobrança do imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN) pelos municípios brasileiros.
Essa lei tem impacto direto em diversas indústrias prestadoras de serviços, entre elas as de
telecomunicações e de entrega de banda larga (BRASIL, 1988).
A faixa de banda refere-se à quantidade de dados que podem ser transferidos por meio
de uma conexão com a Internet e é um fator decisivo na qualidade do serviço prestado. No
entanto, a Lei Complementar 116/2003 estabelece restrições que podem afetar a oferta de banda
larga em algumas áreas do país.
A lei define que o ISSQN deve ser cobrado pelo município onde o serviço é
efetivamente prestado. No caso dos serviços de telecomunicações, a lei determina que o
imposto deve ser cobrado pelo município onde se encontra o dispositivo que permite ao usuário
conectar-se à rede. Isso significa que as empresas de telecomunicações que prestam serviço em
múltiplas localidades devem pagar o ISSQN de cada município onde possuem equipamentos
instalados.
Essa regra, se pode criar uma situação conhecida como “efeito cascata”, onde o imposto
é cobrado várias vezes pelo mesmo serviço, aumentando o custo final para o usuário. Além
disso, em algumas regiões do país podem ocorrer restrições técnicas para instalação de
equipamentos de telecomunicações, o que pode afetar a oferta de conexão de banda larga e a
qualidade do serviço prestado (DIAS, 2019).
Para resolver essas questões, é importante que o legislador avalie a Lei Complementar
116/2003 e considere atualizá-la para atender às demandas do setor de telecomunicações e
oferta de banda larga. Isso pode incluir a criação de regras claras para a cobrança do ISSQN e
a simplificação do processo de licenciamento para instalação de equipamentos de
telecomunicações em áreas com restrições técnicas.
A criação de regras claras para a cobrança do ISSQN pode ajudar a evitar um “efeito
dominó” e reduzir a complexidade tributária para empresas de telecomunicações que prestam
serviços em múltiplas localidades.
Além disso, simplificar o processo de licenciamento para instalação de equipamentos
de telecomunicações em áreas com técnicas limitadas pode melhorar a oferta de banda larga
nessas regiões e promover um desenvolvimento mais equitativo e sustentável em todo o país.
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A Lei Complementar 116/2003 estipula que o ISSQN deve ser cobrado pelo município
onde o serviço é efetivamente prestado, ou seja, onde o serviço é efetivamente executado. Esta
regra é conhecida como “ponto de pooling” e visa evitar a duplicação interna e garantir uma
distribuição mais justa dos recursos entre os municípios.
Por exemplo, se uma empresa de telecomunicações presta serviços de Internet em várias
cidades, cada município deve cobrar o ISSQN apenas por parte dos serviços prestados em seu
território, evitando assim a bitributação da empresa pelo mesmo serviço em municípios
diferentes.
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3. PROPOSTA DE SIMPLIFICAÇÃO
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Com a simplificação do ISSQN, as empresas terão menos obrigações secundárias, como
a apresentação de declarações diversas e a obtenção de licenças municipais, o que reduziria os
custos administrativos e o risco de multas por parte do fisco.
Outra vantagem da simplificação do ISSQN é a melhoria do ambiente dos negócios e o
suporte aos negócios no Brasil.
Regras tributárias mais simples e claras facilitaram a criação e o crescimento de
empresas, o que pode levar ao desenvolvimento econômico do país.
Além disso, a simplificação tributária poderia atrair mais investimentos estrangeiros à
medida que as empresas estrangeiras ganhassem mais segurança e previsibilidade ao investir
no Brasil.
Um dos principais problemas é a diversidade de regras tributárias em cada município
brasileiro, o que dificulta a adoção de regras tributárias uniformes em todo o país.
Além disso, a simplificação tributária pode afetar a escolha de alguns municípios que
possuem regras tributárias mais complexas, podendo perder receita com a adoção de regras
tributárias mais simples.
A simplificação tributária é, portanto, uma medida importante e necessária para apoiar
o desenvolvimento econômico e melhorar o ambiente de negócios no Brasil, mas requer a
adoção de medidas de longo prazo e a cooperação de todos os entes federativos.
A viabilidade da simplificação do ISSQN dependerá da capacidade do governo em
promover um diálogo construtivo com os municípios e na adoção de medidas que respeitem as
peculiaridades de cada região.
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Os contadores, por sua vez, possuem um papel fundamental na orientação das empresas
em relação às regras tributárias abrangidas pelo ISSQN, na identificação de oportunidades de
economia tributária e na elaboração de planejamentos tributários que reduzam o impacto
tributário nas empresas.
É importante que os contadores se mantenham atualizados sobre as mudanças na
legislação tributária e na jurisprudência dos tribunais para garantir que as empresas estejam em
conformidade com os impostos e possam se beneficiar de oportunidades para reduzir sua carga
tributária.
Nesse sentido, é importante ressaltar que a gestão eficaz do ISSQN e o cumprimento
das normas tributárias não são apenas uma obrigação legal, mas também uma estratégia para
reduzir riscos e aumentar a competitividade das empresas, principalmente em um ambiente cada
vez mais complexo e competitivo.
As empresas também devem estar atentas à gestão do ISSQN e à conformidade
tributária, esforçar-se para manter um controle efetivo das informações e dos processos internos
e buscar identificar oportunidades de economia tributária sem infringir a lei.
A boa gestão do ISSQN e o cumprimento das obrigações fiscais não apenas evitarão
possíveis autuações e satisfações, como também poderão trazer benefícios como a obtenção de
certidões de quitação, necessárias para participar de licitações e obter financiamentos.
É, por isso, importante que as empresas e os contabilistas trabalhem em conjunto para
assegurar o cumprimento fiscal e a gestão eficaz do ISSQN, garantir a redução dos riscos e
custos para as empresas e o reforço do ambiente de negócios no país.
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4. REFORMAS
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tributo é uma das principais propostas de reforma tributária apresentadas no Brasil nos últimos
anos.
O objetivo é simplificar o sistema tributário, torná-lo mais eficiente e menos
burocrático, além de reduzir a carga tributária de empresas e residentes. essa é uma questão
levantada por muitos governadores e prefeitos, principalmente pelos estados e municípios que
têm maior arrecadação de impostos. Eles temem que a unificação tributária possa levar a uma
perda de receita para seus estados e municípios, o que afetaria seus orçamentos e capacidade de
investimento.
Por outro lado, os defensores da reforma defendem que a unificação tributária pode
trazer maior eficiência do sistema tributário, custodiais e obrigações para as empresas e
administrações públicas, além de eliminar a chamada "guerra fiscal" entre os entes federados,
aumentando a eficiência de impostos e taxas de administração tributária. em que estados e
municípios fornecem incentivos fiscais para atrair empresas para suas regiões.
A reforma tributária é, portanto, uma questão multissetorial, e sua viabilidade frente ao
ISS e demais tributos depende de como o processo entre os entes federados é conduzido com o
objetivo de distribuição justa e equitativa de recursos e benefícios a todos. conectado.
Atualmente, o sistema tributário brasileiro é muito complexo e difícil, com uma grande
variedade de impostos, taxas e contribuições que são cobrados em diferentes níveis de governo.
A proposta de unificar tributos em um único tributo tem o potencial de reduzir essa
complexidade e tornar a arrecadação tributária mais clara e transparente (BRASIL, 2014).
No entanto, a proposta enfrenta desafios e críticas quanto à distribuição de recursos entre
os entes federados. Isso porque a arrecadação de impostos é uma das principais fontes de
arrecadação do governo, e a consolidação de tributos em um único tributo pode gerar prejuízos
para alguns entes federados e lucros para outros. Isso gerou muita discussão e negociação entre
os governos federal, estadual e municipal.
Outra crítica à proposta de unificação dos tributos em um único tributo é a complexidade
do texto. A reforma tributária envolve mudanças na legislação tributária e é importante que as
mudanças sejam bem definidas e claras para evitar confusões e interpretações divergentes.
Além disso, é importante que as mudanças sejam implementadas gradativamente, para que
empresas e governos possam se adequar às novas regras.
Apesar dos desafios e críticas, a proposta de unificação dos tributos em um único tributo
ainda é considerada uma das principais formas de simplificar o sistema tributário brasileiro e
reduzir a carga tributária das empresas e da população em geral. É importante que o debate da
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reforma tributária continue avançando com a participação de todos os setores da sociedade para
que se chegue a uma solução que atenda às necessidades de todos.
É uma estratégia que as empresas usam para reduzir sua carga tributária e custos
tributários no complexo ambiente tributário do país. Por meio da análise criteriosa da legislação
tributária e da situação financeira da empresa, é possível identificar oportunidades legais de
redução de tributos e, assim, evitar a exposição a riscos fiscais e financeiros.
No Brasil, o planejamento tributário é uma atividade legal e legítima desde que seja feito
dentro da lei. É importante ressaltar que o planejamento tributário deve ser realizado por
profissionais protegidos como advogados tributaristas, contadores e consultores financeiros que
possuam conhecimento especializado em legislação tributária e experiência em planejamento
estratégico (BRASIL, 2020).
No entanto, deve-se ter cuidado para não confundir planejamento tributário com
sonegação fiscal ou práticas sonegadoras. Essas práticas configuram tentativa de furto como
obrigações fiscais e são ilegais e podem gerar sérias consequências para as empresas, como
multas e até processos criminais.
O planejamento tributário, por sua vez, consiste em estratégias jurídicas de redução da
carga tributária, que podem ser realizadas de diversas formas, como, entre outras: a utilização
de desonerações fiscais, a escolha de regimes tributários mais passivos, a reorganização das
empresas.
O planejamento tributário é uma prática importante e legal no Brasil que pode trazer
benefícios financeiros para as empresas se feito dentro da lei e com o auxílio de profissionais
protegidos. O planejamento tributário é uma estratégia adotada pelas empresas para minimizar
a carga tributária por meio da análise e seleção das opções mais vantajosas do ponto de vista
tributário. Trata-se da identificação das obrigações tributárias da empresa, como as formas de
pagamento dos tributos e a utilização dos benefícios fiscais previstos em lei.
No Brasil, o planejamento tributário é uma prática legal e permitida pela legislação
tributária, desde que seja feito dentro da lei. A Constituição Federal garante o direito de buscar
a redução judicial da carga tributária, desde que não haja violação de norma legal ou fraude
fiscal.
O planejamento tributário pode ser feito de várias formas, por exemplo, escolhendo os
regimes tributários mais permissíveis, utilizando incentivos fiscais, realizando operações de
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reorganização societária, entre outros. Cada empresa deve avaliar qual estratégia é mais
adequada ao seu perfil e à sua atividade econômica (CARVALHO, 2016).
Porém, é importante ressaltar que o planejamento tributário deve ser feito sob a
orientação de profissionais qualificados, como advogados tributaristas e contadores, para evitar
erros e problemas de auditoria. Deve-se ter em mente que a sonegação e a evasão fiscal são
crimes previstos em lei e podem acarretar processos administrativos e criminais para as
empresas e seus responsáveis.
O planejamento tributário é, portanto, uma prática legal e importante para as empresas,
mas deve ser realizado dentro dos limites da lei e sob a orientação de profissionais capacitados.
Pode trazer benefícios financeiros para as empresas e ajudá-las a se manterem competitivas no
mercado, desde que seja feita de forma transparente e responsável.
É importante ressaltar que planejamento tributário não deve ser confundido com
sonegação fiscal, que é ilegal e pode trazer sérias consequências para as empresas e seus
responsáveis. O planejamento tributário inclui a análise das opções legais de redução da carga
tributária por meio de estratégias que levem em consideração a legislação tributária e as
especificidades dos negócios.
É uma ferramenta importante para a gestão financeira das empresas, mas deve ser
realizada de forma transparente e ética, sob a orientação de profissionais qualificados como
contadores e advogados especializados em direito tributário.
Há uma correlação direta entre a necessidade de uma ampla reforma tributária no Brasil
e a agressividade dos serviços no país. Isso porque a complexidade e a falta de transparência
do sistema tributário brasileiro acabam levando a uma atitude agressiva das empresas em
relação aos tributos.
Muitas empresas acabam seguindo um planejamento tributário agressivo para minimizar
sua carga tributária, muitas vezes fora da lei. Isso acaba prejudicando a arrecadação de impostos
e a competitividade no mercado, pois as empresas que não utilizam essas práticas são
prejudicadas nas relações que a elas recorrem.
Além disso, a ausência de uma reforma tributária abrangente também prejudica o
desenvolvimento econômico do país, pois o sistema tributário brasileiro é extremamente
complexo e burocrático, gerando custos adicionais para as empresas e para a população em
geral (CRESPO, 2016).
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Uma reforma tributária em grande escala poderia trazer uma simplificação do sistema
tributário com a unificação de tributos e a introdução de distorções que prejudicam a
competitividade e a eficiência do mercado. Além disso, a reforma tributária poderia trazer mais
transparência ao sistema tributário brasileiro, o que poderia ajudar a reduzir a agressividade
tributária corporativa.
No entanto, é importante observar que a reforma tributária abrangente é um tema
complexo que envolve muitos interesses e debates. É necessário um amplo diálogo entre
autoridades, empresas e sociedade em geral para encontrar uma solução justa e viável para todos
os envolvidos. No que diz respeito à agressividade tributária, é importante ressaltar que essa
prática é ilegal e pode trazer sérias consequências para as empresas e seus administradores. É
fundamental, portanto, que as empresas busquem formas legais de redução da carga tributária,
por exemplo, por meio do planejamento tributário, e que os órgãos responsáveis pelo controle
atuem de forma consistente contra a sonegação e outras práticas ilegais.
No entanto, a ausência de uma reforma tributária abrangente pode contribuir para manter
a complexidade do sistema tributário brasileiro, o que pode trazer dificuldades para as empresas
e dificultar o cumprimento das obrigações fiscais. Além disso, a falta de reforma tributária pode
gerar distorções na distribuição dos recursos arrecadados entre os entes federados, o que pode
gerar desigualdades regionais e dificultar a promoção do desenvolvimento econômico e social
do país como um todo (CUNHA, 2019).
Portanto, é preciso que a questão da reforma tributária seja discutida de forma ampla e
transparente, com o envolvimento de todos os interessados, a fim de se encontrar uma solução
que promova a simplificação e equidade do sistema tributário brasileiro, sem comprometer a
arrecadação necessária para financiar o patrimônio público. políticas. É fundamental que a
discussão sobre a reforma tributária ocorra de forma ampla e transparente para que todos os
interessados possam se manifestar e contribuir com suas ideias e sugestões. A participação da
sociedade é fundamental para a construção de um sistema tributário mais justo e eficiente, que
contribua para o desenvolvimento econômico e social do país.
Além disso, é importante que a reforma tributária leve em consideração as
peculiaridades de cada setor da economia e a realidade das diferentes regiões do país. Por
exemplo, as necessidades e exigências de uma indústria podem diferir das necessidades e
exigências de uma empresa de serviços, e as condições de uma região podem diferir das de
outra região (FREITAS, 2019).
Outro aspecto crucial é que a reforma tributária não comprometerá a arrecadação
necessária para financiar as políticas públicas. É importante que haja uma análise criteriosa das
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implicações de qualquer alteração proposta para que não haja perda de receita dos entes
federados e que os recursos sejam distribuídos pela União de forma justa e equilibrada. e
municípios.
Por fim, é preciso que a reforma tributária seja uma das medidas para melhorar o
ambiente de negócios no Brasil. A simplificação do sistema tributário pode ajudar a reduzir
custos e burocracia para as empresas, o que pode aumentar a competitividade e atrair mais
investimentos para o país.
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A complexidade do sistema tributário brasileiro tem implicações na escolha do ISSQN
e na competitividade das empresas brasileiras. A simplificação tributária pode trazer benefícios
tanto para as empresas quanto para os municípios, mas sua implementação requer amplo
diálogo e articulação entre autoridades e sociedade em geral. A complexidade tributária é um
problema que afeta empresas e municípios, dificulta o cumprimento das obrigações tributárias
e gera custos adicionais. A simplificação tributária pode trazer benefícios para empresas e
municípios, possibilitar uma gestão mais eficiente do ISSQN e cobrir custos administrativos e
financeiros.
No entanto, a implementação da simplificação tributária requer um amplo diálogo entre
as autoridades e a sociedade em geral, com a participação ativa de empresas e contadores. É
importante garantir que as mudanças propostas sejam viáveis e justas para todos os envolvidos
e que não comprometam a arrecadação necessária para financiar as políticas públicas (LEITE,
2017).
A simplificação tributária não deve ser vista como uma solução didática para os
problemas de consideração no Brasil. São necessários avanços em outras frentes, como a
redução da carga tributária e a melhoria da eficiência do gasto público, para apoiar o
desenvolvimento econômico e social do país.
Portanto, é fundamental que o poder público e a sociedade em geral se comprometam a
encontrar soluções que apoiem a simplificação e a equidade do sistema tributário brasileiro sem
comprometer a escolha necessária para financiar as políticas públicas e garantir um ambiente
favorável ao crescimento. país como um todo.
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5. CONCLUSÃO
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Diante desse cenário, é importante que as autoridades busquem a simplificação do
sistema tributário por meio de medidas como a reforma tributária e a modernização do sistema
de arrecadação e controle do ISSQN.
O planejamento tributário é uma prática empresarial legal e importante que pode trazer
benefícios financeiros quando feito dentro da lei e sob a orientação de profissionais capacitados.
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REFERÊNCIA
ZEBRA (2021). Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Acesso em 2 de março
de 2023, em https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/pb/artigos/imposto-sobre-
servicos-de-qualquer-natureza-(iss),f6a57ba0a28e7710VgnVCM1000010044. Acessado em:
03 de mar de 2023.
BRASIL. Projeto de Lei nº 3.887, de 2020. Institui o Auxílio Bens e Serviços (CBS) e revoga
o Programa de Integração Social (PIS) e o Auxílio Financiamento da Seguridade Social
(COFINS). Acesso em 2 de março de 2023, em https://www.camara.leg.br/propostas-
legislativas/2263049.
CRESPO, AA, & Machado, MAV (2016). O impacto do planejamento tributário na carga
tributária das empresas. Journal of Accounting and Organizations, 10(26), 91-108. doi:
10.11606/rco.v10i26.116694.
29
FREITAS, AM, Oliveira, RM, & Pires, TR (2019). Planejamento Tributário: Uma Revisão
Sistemática da Literatura. Revista Contemporânea de Contabilidade, 16(38), 105-124. doi:
10.5007/2175-8069.2019v16n38p105.
GUIMARÃES, TB, Farias, SA de, & Calixto, MSS (2017). Uma análise da carga tributária
brasileira e seus poderes para os negócios. Revista Científica UNIABEU, 10(28), 21-34.
Extraído de http://revista.uniabeu.edu.br/index.php/RUniabeu/article/view/744. Acessado em:
02 de mar de 2023.
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