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O referido projeto de Lei, estabelece em seu artigo 3º, que “a União ajuizará ação
regressiva contra as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis
direta ou indiretamente pelos atos que ensejaram a decisão de caráter pecuniário”. Desta
redação, é possível concluir que haveria um sistema de responsabilização dos causadores de
violações de Direitos Humanos, na modalidade de responsabilidade subjetiva.
Conforme Carlos Roberto Gonçalves, a classificação corrente e tradicional, pois,
denomina objetiva a responsabilidade que independe de culpa. Esta pode ou não existir, mas
será sempre irrelevante para a configuração do dever de indenizar. Indispensável será a
relação de causalidade entre a ação e o dano, uma vez que, mesmo no caso de
responsabilidade objetiva, não se pode acusar quem não tenha dado causa ao evento. Nessa
classificação, os casos de culpa presumida são considerados hipóteses de responsabilidade
subjetiva, pois se fundam ainda na culpa, mesmo que presumida.
Afirma ainda o autor que diz ser “subjetiva” a responsabilidade quando se esteia na
ideia de culpa. A prova da culpa do agente passa a ser pressuposto necessário do dano
indenizável. Nessa concepção, a responsabilidade do causador do dano somente se configura
se agiu com dolo ou culpa.
O fato de ainda não ter sido aprovado o projeto de Lei, revela que não há interesse
da classe política na responsabilização individual dos violadores das normas de Direitos
Humanos, o que faz transparecer que as elites política e econômica do país estejam envolvidas
nas referidas violações.